0% acharam este documento útil (0 voto)
3 visualizações10 páginas

Aula 01 Causas de Incendios Naturais1680785963

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 10

Brigadista de Incêndio

Causas de incêndios Naturais

Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que agem por si
só, completamente independente da vontade humana.

Artificiais: Acidentais e Propositais

Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia ser por ele evitado
tomando-se as devidas medidas de precaução.

Acidental

Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora ele não tenha
intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios

Proposital

Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de alguém em


provocar o incêndio.

Exemplos de origens:
• Fogos de Artifícios
• Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis.
• Aparelhos eletrodomésticos / Instalações Elétricas Inadequadas
• Pontas de Cigarros
• Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.)
Energias de Reação

Para que um fogo se inicie, é necessário que os reagentes (comburente e combustível)


se encontrem em condições favoráveis para que possa ocorrer a reação. A energia necessária
para que a reação se inicie denomina-se Energia de Ativação, e é fornecida pelas fontes de
ignição.
O calor de reação é a energia que se ganha ou se perde quando ocorre uma reação.

Energia de Ativação
É a energia necessária para que ocorra uma reação química. Na reação de combustão
é conhecida como:
• Fonte de ignição: faísca. fósforo, raio, etc.

Elementos do fogo

Triângulo do Fogo
Na busca do entendimento dos fatores necessários para que houvesse a combustão,
durante muito tempo acreditou-se que apenas três elementos seriam necessários:
combustível, comburente e energia de ativação.
Para tanto se buscou uma forma didática para disseminar este conceito, daí foi criado
o triângulo do fogo, aproveitando a forma geométrica para a associação dos três elementos
básicos para a combustão.

Fig. Triângulo do Fogo


Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de
Bombeiro Militar, Volume III, 2014, p. 407.

Tetraedro do Fogo

Os processos de combustão, embora muito complexos, eram representados por um


triângulo, em que cada um dos seus lados representava um dos três fatores essências para a
deflagração de um fogo: combustível, comburente e calor.
Esta representação foi aceita durante muito tempo, não obstante fenômenos
anômalos não podiam ser completamente explicados com base neste triângulo.
Para poder explicar tais fenômenos, foi necessário incluir um quarto fator: a existência
de reações em cadeia. Por essa razão, foi proposta uma nova representação em forma de
tetraedro que compreende as condições necessárias para que se dê origem ao fogo.
A razão para empregar um tetraedro e não um quadrado é que cada um dos quatro
elementos está diretamente adjacente e em conexão com cada um dos outros três. Ao retirar
um ou mais dos quatro elementos do tetraedro do fogo, este ficará incompleto e, por
consequência o resultado será a extinção.

Fig. Tetraedro do Fogo


Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.15.

Calor
• É a energia que dá início à combustão (ignição);
• Eleva a temperatura das substâncias;
• É responsável por vaporizar os materiais até o estado gasoso.
Fontes de Calor

• Química Reação exotérmica.


• Mecânica Fricção (atrito) de dois materiais.
• Elétrica Estática, arco elétrico, curto-circuito, raio.
• Nuclear Reação nuclear, radiação solar.

Combustível

• É toda substância sólida, líquida ou gasosa capaz de queimar e alimentar


a combustão.
• Em princípio, todas as substâncias são combustíveis, para efeito de
combate ao fogo, são incombustíveis os materiais que queimam somente acima de
1500ºC.
• A maioria dos combustíveis entram em combustão em fase
gasosa. Quando o combustível é sólido ou líquido, é necessário um fornecimento
prévio de energia térmica para o levar ao estado gasoso.

Exemplos de Combustíveis:

• Carvão
• Monóxido de carbono
• Hidrocarbonetos (gasolina, GLP, benzeno, etc.).

• Elementos não metálicos facilmente oxidáveis (enxofre, fósforo, etc.).


• Materiais que contenham celulose (madeira, têxteis, etc).
• Metais (alumínio, magnésio, titânio, zircônio, etc.).
• Metais não alcalinos (sódio, potássio, etc.).
Combustíveis Sólidos

• Dependem da área superficial.


• Sólidos particulados tem uma grande área superficial e queimam muito rápido.
• Exemplos: madeira, papel, tecido, metais.

Combustível Líquido

• É necessário que ocorra a vaporização do líquido para que haja a combustão.


Exemplos: gasolina, álcool, éter, tinta, solventes.

• Não tem forma própria, assumindo a forma do recipiente que os contém;


• Se derramados, escorrem e se acumulam nas partes baixa;
• A maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, sendo assim
flutuam sobre ela;
• Os líquidos derivados do petróleo têm pouco solubilidade em água;
• Na sua grande maioria são voláteis.

Combustível Gasoso

• Já estão em suspensão e se inflamam rapidamente. Exemplos: hidrogênio,


GLP, acetileno, metano.

Ponto de Fulgor

É a temperatura mínima a que uma substância combustível, em presença de ar, emite


uma quantidade de vapores suficiente para que a mistura se inflame quando sujeita a uma
fonte de ignição. Esta variável pode ser encontrada na bibliografia como ponto de inflamação
ou flash point.
Ponto de Fulgor
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de
Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55

Ponto de Combustão

Consiste na temperatura a qual um combustível emite vapores com rapidez suficiente


para proporcionar a continuidade da combustão. Ou seja , mesmo eliminando a fonte de
ignição inicial a combustão continua.
Esta temperatura é denominada de ponto de combustão ou temperatura de
combustão.
Ponto de Combustão
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de
Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55

Temperatura de Autoignição

É a temperatura mínima a que um combustível deve ser aquecido na presença de ar,


para provocar sua combustão espontânea, sem a presença de uma fonte de ignição.
A temperatura de autoignição de um combustível sólido é influenciada pela circulação
de ar de aquecimento ou ventilação, e pela forma e dimensão do sólido.

Fig. Temperatura de Autoignição


Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de
Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55

Comburente

É o agente oxidante (comburente) da reação de combustão, o oxigênio presente no ar


atmosférico.

Reação em Cadeia

As reações em cadeia constituem o processo que permite o progresso da reação no


seio da mistura comburente-combustível.
Na combustão ocorre a formação de frações químicas, instáveis e temporárias,
denominadas “radicais livres”. Estes radicais são responsáveis pela transferência de energia
entre uma molécula “queimada” e uma molécula “não queimada”.

Propagação do Calor

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e


irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com
temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.

Condução

Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a


molécula. Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro próxima a uma
fonte de calor, as moléculas desta extremidade absorverão calor; elas vibrarão mais
vigorosamente e se chocarão com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor.
Fig. Propagação do Calor por condução
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.26.

Você também pode gostar