Design de Mobiliário
Design de Mobiliário
Design de Mobiliário
MOBILIÁRIO
Introdução
É interessante analisarmos a função do artista criativo e a importância das
suas obras na sociedade, considerando as suas contribuições históricas e
buscando compreender a construção do pensamento no seu papel criador.
Nesse contexto, é importante refletir sobre as seguintes questões: qual é o
papel do design? Seria ele composto por preceitos unicamente estéticos?
Ou se trata de uma manifestação que retrata uma época, uma cultura e
uma sociedade?
Partindo dessas questões, neste capítulo, você vai analisar as mudanças
históricas e a construção do pensamento artístico em um período de grande
transformação tecnológica, social, cultural, econômica e política. Estamos
falando das contribuições da Revolução Industrial para o desenvolvimento
do design e de como ele acompanhou essa quebra de pensamentos sociais.
Assim, você vai estudar os movimentos estéticos da história do mobiliário
do séc. XVIII ao séc. XX e vai verificar a temática do design industrial sob o
ponto de vista histórico-crítico. Por fim, você vai analisar os estilos artísticos
e estéticos do passado e a sua influência no design contemporâneo.
2 História do mobiliário no mundo
Eram móveis mais largos (para acomodar os vestidos da época) e mais leves
em ornamento, conforme aponta Alencar (2011). Os móveis eram simétricos,
de estilo livre, com formas sinuosas, uso de tecidos florais e entalhos em suas
superfícies, bem como elementos dourados, prateados e em bronze.
ideias, sem a pretensão de voltar ao passado (Figura 10). Era clara a preocupação
com as questões humanas na transição para o século XX, principalmente na
arquitetura de edifícios e cidades. Nesse momento, surgem novos questiona-
mentos quanto ao mobiliário dessas novas edificações e aos novos mobiliários
urbanos, sob o aspecto do movimento higienista, ainda conforme Maia (2011).
No ano de 1952, foi fundada a Escola de Ulm, com ideais políticos, que
discutia o papel social do design, que naquele momento precisava de uma
função social definida. Essa escola passou, então, a ramificar a área em dois
segmentos, sendo eles produto e comunicação; tal segmentação é aplicada
até hoje e é conhecida como método de Ulm, mudando e consolidando o
conceito de design.
De acordo com Pereira (2010), o período contemporâneo teve início antes
de 1970, com a morte de três grandes mestres da arquitetura e do design: Le
Corbusier, em 1965, Walter Gropius e Mies Van Der Rohe, ambos em 1969.
Houve um período de retrocesso do movimento moderno na década de 1950,
com a desaceleração da economia e o fracasso das cidades modernas; a mu-
dança pautava os debates sobre arquitetura e design.
História do mobiliário no mundo 15
Leituras recomendadas
BRANDÃO, A. Anotações para uma história do mobiliário brasileiro do século XVIII.
Revista CPC, São Paulo, n. 9, p. 42-64, 2009. Disponível em: <http://www.revistas.usp.
br/cpc/article/view/15654/17228>. Acesso em: 13 nov. 2018.
DAUFENBACH, K. E sempre Bauhaus. Vitruvius, ano 17, v. 201, nº. 3, fev. 2017. Disponível
em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.201/6434>. Acesso
em: 13 nov. 2018.
GIEDION, S. Espaço, tempo e arquitetura: o desenvolvimento de uma nova tradição. São
Paulo: Martins Fontes, 2004.
HAYDEN, A. The furniture designers of Thomas Sheraton. London: Gibbings and Company,
1910. Disponível em: <http://www.survivorlibrary.com/library/the_furniture_designs_
of_thomas_sheraton_1910.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2018.
MARTINS, E. et al. O papel do designer contemporâneo a partir das contribuições eu-
ropeias na formação do profissional. Arcos Design, Rio de Janeiro, v. 7, nº. 1, p. 138-156,
jul. 2013. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/arcosdesign/
article/download/10000/7877>. Acesso em: 13 nov. 2018.
Conteúdo:
ERGONOMIA
APLICADA
Introdução
O projeto de mobiliário representa uma importante atribuição dos pro-
fissionais de arquitetura e design. As abrangentes áreas de atuação da
arquitetura exigem conhecimentos técnicos para o projeto de móveis,
seja em escala urbana ou voltados para os espaços internos. Desses
conhecimentos, a ergonomia é de comprovada relevância, pois a inter-
face usuário–arquitetura é intermediada pelo mobiliário. As pesquisas
antropométricas consolidadas prescrevem dimensionamentos mínimos,
médios e até padronizados para a execução de móveis que atendam aos
quesitos de segurança e conforto dos indivíduos.
Neste capítulo, você vai estudar os aspectos ergonômicos envolvidos
no projeto de mobiliário. Você também vai verificar as normas técnicas
publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e os
padrões dimensionais referenciais para projetos de mobiliários ergonô-
micos, desenvolvidos com o objetivo de auxiliar os projetistas.
ou deslocado, cujo termo oposto é “imóvel”. Oates (1991) alega que a palavra
francesa meubles (traduzido como algo transportável) é uma reminiscência
da Idade Medieval, quando os senhores feudais costumavam deslocar-se
permanentemente para administrar as suas propriedades distantes e levavam
consigo alguns dos seus pertences pessoais, como os móveis.
Rybczynski (1999, p. 40) afirma que “[...] as palavras francesa e italiana
para mobília — mobiliers e mobili — significam, como a palavra portuguesa,
‘o que pode ser movido’ (este sentido não existe na palavra inglesa furniture)”.
No século XVII, uniram-se, à noção de transportabilidade, as influências de
moda e estilo por todo o continente europeu. O móvel sempre foi reflexo da vida
e da sociedade no qual está inserido, conforme defende Mancuso (2004, p. 167):
O século XX fez emergir um aspecto que antes era privilégio de apenas uma
pequena parcela da população, o conforto. A democratização do conforto se
deveu à produção em massa e à industrialização, que introduziu em milhares
de casas equipamentos e aparelhos que facilitavam o serviço doméstico e que
melhoravam as condições de aquecimento e iluminação e agora para uma
grande parcela da população.
(Continua)
Normas para mobiliários 7
(Continuação)
Norma Título
(Continua)
8 Normas para mobiliários
(Continuação)
Norma Título
https://goo.gl/qTukTK
Assentos
Como orientações gerais, Ching (2013, p. 324) postula: “Os assentos devem
ser projetados para sustentar confortavelmente o peso e a forma do corpo do
usuário”. O estudo antropométrico relacionado aos assentos é vasto; dele
extraímos alguns princípios para serem aplicados nas distintas situações de
“sentar”, mostrados na Figura 3.
Sistema mesa–assento
Para garantir uma boa interface entre o corpo humano e mesa durante refeições,
não só as dimensões antropométricas devem ser analisadas, mas também o
corpo humano, a cadeira, a mesa e a área individual de acesso à mesa devem ser
vistos como um sistema. Deve-se observar ainda que o tamanho desta última
irá determinar a percentagem livre da área central da mesa para colocação de
bebidas e pratos a serem servidos.
Bancadas de cozinha
Dentre os ambientes domésticos, as cozinhas foram os espaços de serviço que
mais mudaram nas últimas décadas. Os novos designs dos equipamentos, a
redução dos espaços de habitação, que impulsionou a integração da cozinha
com a sala de jantar, e a própria forma de vida social, que incorporou o ato de
cozinhar para receber em casa, podem ser considerados como influências da
nova configuração das cozinhas, conforme defende Mancuso (2004).
A complexidade das atividades executadas nas cozinhas é um desafio para
os arquitetos e designers, conforme lecionam Panero e Zelnik (2018, p. 157):
Nas cozinhas, tudo deve atender às dimensões humanas; devem ser veri-
ficadas as medidas de largura e profundidade corporal máximas dos usuários
de maiores dimensões, as projeções dos eletrodomésticos, os sistemas de
aberturas de portas e gavetas dos armários e o espaço livre por onde o usuário
vai circular, conforme ilustra a Figura 7.
Desde que não exista nenhuma janela acima da pia, a colocação de armá-
rios suspensos na parede deverá obedecer ao mínimo de 55,9 centímetros de
altura entre o topo da bancada e a parte inferior desses armários, conforme
lecionam Panero e Zelnik (2008).
Em um projeto ergonômico de mobiliário para cozinha, devemos destacar
também os seguintes aspectos:
ARAÚJO, R. G. O mobiliário urbano ao longo dos tempos. In: Colóquio sobre história e
historiografia da arquitetura brasileira, 2008, Brasília. Anais... Brasília: ICC, 2008. Dispo-
nível em: <https://sites.google.com/site/coloquiohh08/trabalhos-apresentados-3>.
Acesso em: 9 out. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Catálogo. Rio de Janeiro, [2018]. Dispo-
nível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx>. Acesso em: 9 out. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14006: móveis escolares. Cadeiras
e mesas para conjunto aluno individual. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <file:///D:/
Documentos/Downloads/kupdf.net_nbr-14006-moveis-escolares-cadeiras-e-mesas-
-para-aluno-indivdual.pdf>. Acesso em: 9 out. 2018.
CHING, F. D. K. Arquitetura de interiores ilustrada. Porto Alegre: Bookman, 2013.
DAL PIVA, R. Processo de fabricação dos móveis sob medida. Porto Alegre: SENAI-RS, 2007.
DEVIDES, M. T. C. Design, projeto e produto: o desenvolvimento de móveis nas Industrias
do polo moveleiro de Arapongas, PR. 2006. Dissertação (Mestrado em Arquitetura)
— Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, 2006. Disponível em: <http://web.faac.unesp.br/
Home/Pos-Graduacao/Design/Dissertacoes/mariatereza.pdf>. Acesso em: 9 out. 2018.
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Portal de compras da FNDE.
Mobiliário escolar: apresentação. Brasília, [2018]. Disponível em: <http://www.fnde.gov.
br/portaldecompras/index.php/produtos/mobiliario-escolar>. Acesso em: 9 out. 2008.
GURGEL, M. Projetando espaços: Guia de interiores para áreas comerciais. São Paulo:
SENAC, 2005.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. ver. e ampl. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.
MANCUSO, C. Arquitetura de interiores e decoração: a arte de viver bem. Porto Alegre:
Sulina, 2004.
OATES, P. B. História do mobiliário ocidental. Lisboa: Presença, 1991.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento humano para espaços interiores. São Paulo:
Gustavo Gili, 2008.
PRONK, E. Dimensionamento em arquitetura. 7. ed. João Pessoa: Editora Universitária
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RAMOS, L. F. M. D. Uma contribuição ao estudo dos móveis de madeira e seus derivados.
2013. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) — Faculdade de Arquitetura, Engenha-
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RYBCZYNSKI, W. Casa: pequena história de uma ideia. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1999.
Normas para mobiliários 19
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-1: edificações ha-
bitacionais. Desempenho. Requisitos Gerais. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:
<http://360arquitetura.arq.br/wp-content/uploads/2016/01/NBR_15575-1_2013_Final-
-Requisitos-Gerais.pdf>. Acesso em: 9 out. 2018.
BOUERI FILHO, J. J. Antropometria aplicada à arquitetura, urbanismo e desenho industrial.
São Paulo: Estação das Letras e Cores Editora, 2008.
BOUERI FILHO, J. J. Projeto e dimensionamento dos espaços da habitação: espaço de
atividades. São Paulo: estação das Letras e Cores, 2008.
BUXTON, P. Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2017.
NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. 13. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.
PEDRO, J. B. et al. Dimensões do mobiliário e do equipamento na habitação. Lisboa:
Lnec, 2011.
SANTOLIN, C. B.; LIMA, D. F. As dimensões do mobiliário: disponível aos escolares e
as especificações da Norma Brasileira 14006. Varia Scientia, v. 10, n. 17, p. 47-60, 2010.
Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/variascientia/article/view/3530>.
Acesso em: 9 out. 2018.
Conteúdo:
ERGONOMIA
APLICADA
Introdução
Projetar para todos é um desafio para os arquitetos e urbanistas. A acessi-
bilidade universal não é apenas uma premissa legal, mas, acima de tudo, é
um posicionamento contra a segregação de grande parte da população
mundial. Os direitos humanos assegurados às pessoas com deficiência
requerem a contrapartida da elaboração de edifícios inclusivos. Por isso,
o estudo das deficiências mais frequentes — e as respectivas restrições
espaciais por elas causadas — é um conhecimento importante para
nossas atribuições profissionais.
Neste capítulo, você vai estudar as classificações das deficiências e
as condições do meio ambiente que podem agravar as dificuldades
dos indivíduos acometidos por alguma dessas disfunções fisiológicas.
O caminho para a acessibilidade universal acompanha legislações e
normas técnicas para edifícios e espaços públicos ao ar livre e recebe
um importante aporte dos princípios do desenho universal. Assim, você
também vai identificar as normas que regem a acessibilidade universal e,
por fim, vai verificar as ferramentas projetuais que auxiliam na concepção
de projetos arquitetônicos integralmente inclusivos.
2 Normas técnicas: espaços planejados para pessoas com deficiência
Orientação espacial
Segundo Dischinger (2012, p. 29): “[...] as condições de orientação es-
pacial são determinadas pelas características ambientais que permitem
aos indivíduos reconhecer a identidade e as funçõe
s dos espaço
s e defi nir
estratégias para seu deslocamento e uso”. O Quadro 1 apresenta diretrizes
de projeto para criar ambientes seguros e sem barreiras, observando o
quesito orientação espacial.
(Continua)
14 Normas técnicas: espaços planejados para pessoas com deficiência
(Continuação)
Comunicação
Conforme Dischinger (2012, p. 30):
Imagens Comunicação
Deslocamento
Segundo Dischinger (2012, p. 30), “[...] as condições de deslocamento em
ambientes edificados referem-se à possibilidade de qualquer pessoa poder
movimentar-se ao longo de percursos horizontais e verticais (saguões, escadas,
corredores, rampas, elevadores) de forma independente, segura e confortá-
vel, sem interrupções e livre de barreiras físicas para atingir os ambientes
que deseja”. O Quadro 3 expõe ferramentas projetuais a fim de garantir um
deslocamento acessível e seguro a todos os usuários.
Imagens Deslocamento
(Continua)
Normas técnicas: espaços planejados para pessoas com deficiência 17
(Continuação)
Imagens Deslocamento
Uso
Conforme Dischinger (2012, p. 32), “[...] as condições de uso dos espaços e dos
equipamentos referem-se à possibilidade efetiva de participação e realização
de atividades por todas as pessoas”. O Quadro 4 traz recomendações de projeto
para o uso efetivo de espaços e equipamentos.
18 Normas técnicas: espaços planejados para pessoas com deficiência
Imagens Uso
Leituras recomendadas
CAMBIAGHI, S. Desenho universal: métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas. 2.
ed. São Paulo: SENAC, 2011.
CARLETTO, A. C.; CAMBIAGHI, S. Desenho universal: um conceito para todos. São Paulo:
Mara Gabrilli, 2008.
DORNELES, V. G.; AFONSO, S.; ELY, V. H. M. B. O desenho universal em espaços abertos:
uma reflexão sobre o processo de projeto. Gestão e Tecnologia de Projetos, São Paulo,
v. 8, n. 1, p. 55-67, jan./jun. 2013. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/gestao-
deprojetos/article/view/62203/65031>. Acesso em: 29 out. 2018.
GURGEL, M. Projetando espaços: guia de interiores para áreas comerciais. São Paulo:
SENAC, 2005.
MANCUSO, C. Arquitetura de interiores e decoração: a arte de viver bem. Porto Alegre:
Sulina, 2004.
NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. 13. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento humano para espaços interiores. São Paulo:
Gustavo Gili, 2008.
PRADO, A. R. C.; LOPES, M. E.; ORNSTEIN, S. W. Trajetória da acessibilidade o Brasil. In:
PRADO, A. R.; LOPES, M. E.; ORNSTEIN, S. W. (Org.). Desenho universal: caminhos para a
acessibilidade no Brasil. São Paulo: Annablume, 2010.
STEINFELD, E. Arquitetura através do desenho industrial. In: Seminário sobre acessibi-
lidade ao meio físico, 6., 1994, Brasília. Curso básico sobre acessibilidade ao meio físico.
Brasília: Corde, 1994.
Conteúdo:
DESIGN DO
MOBILIÁRIO
Introdução
A maioria dos móveis produzidos antes do século XX era confeccionada
por artesãos locais e a partir de materiais como madeira. Porém, com a
Revolução Industrial, novos materiais e novos processos construtivos
impulsionaram o desenvolvimento tanto de novos modelos quanto de
novas formas de construção do mobiliário. As diversas possibilidades
encontradas pelos designers também contribuíram para o surgimento de
grandes novidades nesse ramo, especialmente com o desenvolvimento
da tipologia industrial e de novos materiais de construção, como o ferro,
o aço, o vidro, o concreto armado, etc.
Neste capítulo, você vai estudar os materiais e seus usos no processo
de desenvolvimento do design do mobiliário a partir da Revolução In-
dustrial. Você vai identificar os materiais mais adequados para cada tipo
de móvel e ambiente, além de verificar as ferragens e os acessórios mais
adequados para cada tipo de móvel e ambiente.
2 Materiais empregados em um projeto mobiliário
Madeira
Segundo Mello (2007 apud CABRAL et al., 2016), algumas características
são relevantes nas construções em madeira, como trabalhabilidade, excelente
relação entre peso e resistência mecânica, beneficiamento com baixo consumo
energético, reaproveitamento e renovabilidade. Outra característica relevante
reside no fato de a madeira apresentar resistência em relação à densidade,
superando o aço e o concreto. Com relação ao teor de umidade, a madeira
apresenta comportamento semiporoso, podendo absorver ou perder umidade
de acordo com as condições do meio. Já a densidade, ou peso específico — a
quantidade de massa contida na unidade de volume, ou a relação entre peso
e volume de uma amostra —, tem relação direta com o tipo de madeira. Um
ponto importante a citar sobre a densidade é que varia de acordo com o grau
de umidade (MELLO, 2007 apud CABRAL et al., 2016).
Quando comprimida ou tracionada na direção da fibra, a madeira pode ser
amassada ou esmagada; porém, quando a carga for aplicada perpendicularmente,
acaba por resistir menos ao cisalhamento na direção da sua fibra. Ainda, a madeira
expande ou contrai perpendicularmente a sua fibra conforme mudanças no nível
de umidade (CHING; BINGGELI, 2013). Veja, a seguir, os tipos de madeira.
libera farpas. Possui aparência muito similar à da madeira natural, sendo boa
isolante térmica e podendo atingir uma grande durabilidade.
A grande desvantagem da opção pelo uso da madeira plástica é o alto valor
de investimento inicial, devido ao fato de o material ser desenvolvido com
tecnologia de ponta não muito acessível, o que muitas vezes dificulta inclu-
sive a entrada dela no mercado, tendo no Brasil uma produção em boa escala
somente nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. O alto custo
da coleta seletiva e o desconhecimento da produção de materiais reciclados
por parte da população acabam tornando o mercado desses materiais menos
requisitado, segundo Cabral et al. (2016).
Laminados
Os laminados são uma espécie de revestimento para móveis e pisos bastante
usual, aplicado a uma estrutura tanto de MDF como de MDP. Os laminados
naturais em madeira são uma opção mais em conta, com uma durabilidade e
resistência superior à dos laminados de alta e baixa pressão. A composição
de laminados de alta pressão apresenta três camadas:
Metal
É resistente tanto à compressão quanto à tração. Uma característica interessante
desse material é que o metal é dúctil, ou seja, de fácil manuseio, podendo ser
transformado em fios e martelado até diminuir sua espessura. O metal pode
ser aparafusado com ou sem porca, rebitado ou soldado.
Metais podem ser fortes dependendo do seu peso e método de constru-
ção. O aço inoxidável resiste à ferrugem. Outros metais podem precisar de
revestimentos ou acabamentos para evitar ferrugem ou oxidação; alguns
revestimentos de cobre e latão são muito finos. O ferro, por sua vez, precisa
de um revestimento protetor para evitar ferrugem (CHING; BINGGELI, 2013).
O metal mais utilizado pelos designers no desenvolvimento de móveis
é o alumínio. Suas vantagens são maior resistência, leveza, maleabilidade,
flexibilidade e fácil manipulação, além de seu melhor acabamento. O alumínio,
na década de 1880, ainda era considerado um material muito caro, tendo seu
valor de mercado reduzido a partir do desenvolvimento da eletricidade. Foi
a partir do século XX, na Áustria, que foram feitas as primeiras aplicações
do alumínio em decorações de móveis, em pernas, braços e parafusos. Um
exemplo é o mobiliário Bentwood, do arquiteto e designer Otto Wagner, de
1906, nos quais o emprego de alumínio nas cadeiras variava de acordo com
sua hierarquia de uso. Outra aplicação desse material veio no ano seguinte, em
1907, por Hans Christiansen, como decorativo de portas e armários. Somente
a partir de 1920 desenvolveu-se uma maior variedade de aplicações.
Para a indústria moveleira da Europa e da América do Norte, o alumínio
não era considerado estimulante de grandes possibilidades econômicas, como
já exemplificava John Gloag em 1944 (EDWARDS, 2001). A justificativa dada
era a de que a indústria de móveis deveria ser refeita para fabricar metais,
sendo utilizado em grande parte das vezes em hospitais, instituições e locais
de trabalho, sob um entendimento comum de suas propriedades simbólicas.
Apesar de primeiramente exibido na França, em 1921, foram os norte-america-
nos os responsáveis pela maior inserção desse material no mobiliário de interiores.
No final da década de 1920, a fábrica Alcraft Alcoa, em Buffalo, produziu cadeiras
de alumínio jateadas com areia, envernizadas e depois revestidas duas vezes com
esmalte. As cores padrão eram nogueira, mogno, carvalho e duas variedades de
verde, bem como um acetinado prata. Esse novo material era mais aceito quando
apresentado como algo de estilo inovador, mas foi somente a partir de 1934, com
projetos de renomados arquitetos, entre eles Frank Lloyd Wright, que o material
passou a ser mais presente e mais aceito esteticamente (EDWARDS, 2001).
6 Materiais empregados em um projeto mobiliário
Plástico
O plástico possui inúmeros tipos e variações no mercado. Não é tão forte,
mas pode ser reforçado com fibra de vidro, podendo se tornar estruturalmente
estável com facilidade e ter formas rígidas. Os móveis em plástico geralmente
são peças únicas, sem juntas ou conexões. Móveis feitos de outros materiais
frequentemente contêm partes de plástico.
A maioria dos plásticos são feitos de óleo; entretanto, podemos encontrar
alguns modelos feitos de soja e outros materiais. Alguns plásticos arranham
com facilidade e são afetados por produtos químicos ou produtos de limpeza.
Plásticos são frequentemente feitos para parecerem com outros materiais,
como madeira esculpida. Nesses casos, o acabamento às vezes se desgasta,
revelando a base de plástico por baixo (CHING; BINGGELI, 2013).
Vidro
O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida por meio
do resfriamento de uma massa em fusão. As suas principais qualidades são a
transparência e a dureza. O vidro se distingue de outros materiais por várias
características: não é poroso nem absorvente e é ótimo isolador (dielétrico).
Possui baixo índice de dilatação e condutividade térmica e suporta pressões
de 5.800 a 10.800 kg/cm2. Veja, a seguir, alguns tipos de vidro.
Acrilato ou acrílico
O acrílico tem menor resistência à tração e menor rigidez que o vidro e o
policarbonato. A resistência à tração diminui gradualmente com o aumento da
temperatura. Possui boa resistência ao impacto e, na quebra, a chapa acrílica
não estilhaça como o vidro — ela quebra em pedaços não cortantes. É um
material sensível ao entalhe. O acrílico tem boa resistência à água, aos álcalis
e às soluções aquosas de sais inorgânicos. Mesmo que diluídos, os ácidos cia-
nídrico e fluorídrico atacam o acrílico, assim como os ácidos sulfúrico, nítrico
e crômico concentrados. Os solventes à base de hidrocarbonetos clorados e
monômeros de metil metacrilato atacam o acrílico fortemente.
Laca
A laca é feita com a matéria-prima de casulos de um tipo de inseto, o Laccifer
lacca, existente na Índia e nas áreas tropicais da região. Para ser utilizada no
8 Materiais empregados em um projeto mobiliário
Polímeros
Os polímeros, diferentemente das substâncias químicas de baixa massa mo-
lecular, são produtos heterogêneos, pois podem apresentar uma mistura de
moléculas de diferentes massas moleculares, apresentando, portanto, polimo-
lecularidade. A utilidade de alguns polímeros depende, principalmente, de
suas propriedades elétricas, as quais os tornam adequados para isolamento
elétrico, em capacitores dielétricos ou radomes de micro-ondas.
Os plásticos obtidos de materiais poliméricos sintéticos (derivados de
petróleo) são inerentemente muito resistentes ao ataque da natureza. O maior
grupo de polímeros utilizados em embalagens e materiais dessa natureza são as
poliolefinas, que são resistentes à peroxidação, à água e a micro-organismos,
sendo duráveis durante o uso. Já a celulose é empregada na fabricação de
papel, de tecidos e como matéria-prima na fabricação da seda artificial, de
explosivos, de colódio, de celuloide, etc.
PMMA
Polímero amorfo e transparente, uma vez que os grupos metila e éster, dis-
tribuídos aleatoriamente ao longo da cadeia molecular, impedem a sua cris-
talização. Assim, o PMMA é um material duro, rígido e transparente. Além
disso, em relação à maioria dos termoplásticos, apresenta excelente resistência
a intempéries. A resistência desse polímero ao impacto é inferior a muitos
outros termoplásticos, como acetato de celulose, ABS, policarbonato, etc.,
mas é superior em relação ao poliestireno cristal. O PMMA apresenta uma
série de vantagens:
Materiais de estofamento
Algodão: fibra vegetal com baixa elasticidade e flexibilidade. É com-
bustível e amassa com facilidade. Seu uso é principalmente residencial.
Linho: derivado do caule da planta com o mesmo nome. Extremamente
forte, tende a ser quebradiço e amassar com facilidade. É mais resistente
ao mofo do que o algodão. Para uso profissional e residencial.
Rami: fibra natural lustrosa e muito forte. Dura, quebradiça e não
elástica. Frequentemente misturada com linho e algodão. Para uso
profissional e residencial.
Seda: produzida pelo bicho-da-seda. É a mais forte de todas as fibras
naturais. É resistente a solventes, mas degrada com facilidade com a
exposição ao sol. Comumente utilizada apenas em moradias.
Raiom: fabricado a partir da polpa de madeira. Pode ser misturado com
outras fibras e aceita bem corantes. Para uso profissional e residencial.
Couro: material de origem animal, mais precisamente de sua camada
de pele, que, quando transformada em um material estável, é utilizada
na confecção de calçados, bolsas, materiais diversos e, inclusive, como
revestimento de alguns tipos de mobiliários. O couro bovino é utilizado
na fabricação de móveis, sendo considerado um material resistente, de
boa qualidade e de fácil adaptabilidade. Essa pele é composta de três
camadas: a flor, onde são eliminados os pelos e que constitui a parte
nobre do couro; a vaqueta, utilizada em artigos finos, como forrações, e
10 Materiais empregados em um projeto mobiliário
Estofados e poltronas
Materiais predominantes: estrutura interna em madeira; estofamento
em couro ou tecido podendo ou não conter aplicações em plástico; plás-
tico, madeira ou alumínio em sua base; braços ou estruturas externas
aparentes em alumínio ou madeira.
12 Materiais empregados em um projeto mobiliário
Figura 2. Poltrona.
Fonte: Ching e Binggeli (2013, p. 326).
Mesas
Materiais predominantes: estrutura em madeira, alumínio, MDF
ou MDP revestido com laminado ou laca; tampo de vidro, madeira,
alumínio, plástico, MDF ou MDP revestido com laminado ou laca.
Mesas: as mesas são superfícies planas e horizontais sustentadas pelos
pisos e devem seguir atributos de força, estabilidade, tamanho, formato
e altura; fabricação em materiais duradouros (Figura 3). Seu tampo
pode ser de madeira, vidro, plástico, pedra, metal, azulejo ou concreto.
O acabamento da superfície deve ser duradouro e ter boa resistência ao
Materiais empregados em um projeto mobiliário 13
Figura 3. Mesas.
Fonte: Ching e Binggeli (2013, p. 332).
Camas
Materiais predominantes em seu uso: estrutura interna em madeira
ou metais como ferro; estofamento em tecido forrado e acolchoado,
podendo ou não conter aplicações em plástico; plástico, madeira ou
alumínio em sua base.
Camas: as camas consistem em dois componentes: colchão e base ou
estrutura de apoio (box), também podendo conter cabeceiras. A Figura
4 traz o exemplo de um sofá-cama.
14 Materiais empregados em um projeto mobiliário
Roupeiros e armários
Materiais predominantes em seu uso: Estrutura em madeira, metais como
ferro ou alumínio, MDF ou MDP revestido com laminado ou laca; portas de
madeira, MDF ou MDP revestido com laminado ou laca, metais como ferro
ou alumínio, vidro comum ou espelhado e acetato.
guarda-roupa;
estante de biblioteca;
cômoda;
buffet (um tipo de cômoda destinado a servir refeições ocasionais);
armário suspenso (armário aéreo);
unidade de parede (um conjunto de móveis que cumpre todas as funções
de armazenamento);
conjunto embutido (conjunto de móveis de parede, geralmente fechado,
usado para armazenamento).
Figura 8. Conectores mecânicos: (a) grampo; (b) prego; (c) parafusos para madeiras; (d)
juntas excêntricas; (e) parafuso com porca cega; (f) parafuso com porca; (g) parafusos para
metais; (h) parafusos confirmat; e (i) parafusos para placas de aglomerado.
Fonte: Smardzewski (2015, documento on-line).
Leituras recomendadas
ARTIGAS, L. V. Fibrocimento. Universidade Federal do Paraná, 2013. Disponível em:
<http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/0/0d/TC034_fibrocimento.pdf>. Acesso
em: 19 nov. 2018.
ATELIER MORITO EBINE. Goma-Laca. 2018. Disponível em: <http://moritoebine.com/
pdf/gomalaca.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2018.
MORASSI, O. J. Polímeros termoplásticos, termofixos e elastômeros. São Paulo, 2013. Disponível
em: <https://www.crq4.org.br/sms/files/file/apostila_pol%C3%ADmeros_0910082013_
site.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2018.
SILVA, A. L. B. B.; SILVA, E. O. Conhecendo materiais polímeros. Universidade Federal de
Mato Grosso, 2003. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/
texto/ea000223.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2018.
Conteúdo:
TENDÊNCIAS EM
MATERIAIS E
REVESTIMENTOS
DE INTERIORES
Introdução
O uso da madeira na produção de móveis não é recente, já na Idade
Média ela era empregada, quase como uma escultura, nas peças utilizadas
nos castelos. Porém, com a Revolução Industrial, novos materiais foram
desenvolvidos, como os laminados, um vidro mais resistente e o acrílico.
Neste capítulo, você estudará as características da madeira, como ela
é beneficiada e empregada; os laminados, como eles se diferem e podem
receber um acabamento externo; a diferenciação de vidro e acrílico, suas
características e alguns exemplos.
Madeira manufaturada
O termo manufaturado remete a uma estrutura fabril em que a técnica de
produção é artesanal; e o trabalho, desempenhado por muitas pessoas em
instrumentos individuais. Embora essa palavra tenha sua origem nas oficinas
manuais, atualmente, a expressão é usada para se referir às fábricas ou a um
grande estabelecimento industrial. A manufatura sucedeu o artesanato, no
século XV, como uma forma de produção e organização de trabalho, intro-
duzindo as máquinas e a produção em série.
Por ser um material natural, a madeira tem sua transformação por meio
do beneficiamento artesanal ou semi-industrial. Sua condição natural faz
haver uma variação no aspecto não somente entre espécies, como também
em relação à composição química e às propriedades físicas e mecânicas das
madeiras. Ela pode ser considerada uma fonte ecológica de matéria-prima,
sendo um produto biodegradável e reciclável, de fonte natural e que possui
beneficiamento de baixo consumo energético.
Painéis e laminados de madeira e revestimentos para mobiliário 3
Laminados
O laminado consiste em painéis fabricados com fibras, partículas, pedaços ou
lâminas aglutinadas de madeira com algum adesivo sintético, posteriormente
prensados a alta temperatura. A diferenciação entre seus tipos de produto está
na composição e na forma de prensagem.
4 Painéis e laminados de madeira e revestimentos para mobiliário
Figura 2. Floresta de pinus, madeira usada para compor os laminados (MDF, MDP, OSB,
compensado e aglomerado).
Fonte: PUGUN SJ/Shutterstock.com.
https://qrgo.page.link/2AiVH
Figura 5. Painéis deslizantes em MDF melamínico, que separam a sala de estar do escritório.
Fonte: AP Moinhos... (2018, documento on-line).
Vidros e acrílicos
O vidro é um material muito versátil, que pode ser empregado em vários pontos
da arquitetura, seja no piso, guarda-corpo, cobertura, revestimento e mobiliário.
Já a arquitetura tem a função de abrigar o ser humano das adversidades do
tempo, proporcionar proteção e conforto, bem como permitir a entrada de luz.
12 Painéis e laminados de madeira e revestimentos para mobiliário
Segundo Mariacher (1992), o vidro foi realizado pela queima acidental da areia
pelos fenícios, em 3 mil a.C., os quais, por terem sido grandes navegadores,
difundiram essa descoberta rapidamente. Inicialmente utilizado apenas como
efeito decorativo e para criar pequenos ornamentos (p. ex., vasos, copos e
jarras), ele foi aprimorado, usado em larga escala e começou a exercer a função
de espelho e vitral. Esses usos foram descobertos por diferentes civilizações
que entraram em contato com o material.
A Era Gótica teve grande contribuição para o desenvolvimento do vidro na
arquitetura, por exemplo, os arcos permitiram a aplicação dos vidros coloridos,
a entrada de luz e transmitiram mensagens bíblicas por meio dos desenhos em
vitrais. Já no Renascimento, o material se tornou mais resistente e usual. No
século XX, a ideia da transparência, reflexão, translucidez e opacidade, bem
como a melhoria da qualidade fizeram o vidro evoluir juntamente à construção
civil. Ele se transformou na membrana de contato com o ambiente, a fonte de
iluminação natural que faz as trocas térmicas. Atualmente, ele também tem
papel estrutural e/ou acústico, é produzido em grandes formatos e resiste às
fortes intempéries (MARIACHER, 1992).
Na área do mobiliário, o vidro surge como revestimento e atua juntamente
aos laminados e madeira, por exemplo, painéis e divisórias, móveis ou fixos,
ou móveis que precisam de transparência ou luz no interior. Veja, a seguir,
alguns tipos de vidro (BERGAMO; MOTTER, 2014).
Você sabe como são feitos os espelhos? Assista ao vídeo no link a seguir e entenda
o processo.
https://qrgo.page.link/FNKaW
Muitos móveis são feitos em acrílico, como mesas laterais, bancos e ca-
deiras. Inclusive, uma das cadeiras mais famosas, a Luís XV, originalmente
produzida em madeira esculpida, foi relançada em acrílico, com o nome Louis
Ghost (fantasma, em português), conforme você pode ver na Figura 7.
Figura 7. Cadeira Louis Ghost, inspirada na cadeira Luís XV, feita em madeira.
Fonte: Senna (2012, documento on-line).
AP MOINHOS 01. América Arquitetura. Porto Alegre, 2018. Disponível em: https://www.
americaarquitetura.com.br/ap-moinhos-01. Acesso em: 24 out. 2019.
BARROS FILHO, R. M. Painéis de madeiras reconstituídas. Belo Horizonte: INAP, 2014.
57 p. (Notas de aula).
BERGAMO, A. P. R. H.; MOTTER, C. B. A Origem do Vidro e seu uso na Arquitetura. In:
ENCONTRO CIENTÍFICO CULTURAL INTERINSTITUCIONAL, 12., 2014, Cascavel. Anais […].
Cascavel: Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, 2014. Disponível em: https://
www.fag.edu.br/upload/ecci/anais/55952eb6a5b8d.pdf. Acesso em: 24 out. 2019.
CHING, F. D. K. Técnicas de construção ilustradas. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017. 480 p.
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Book-
man, 2013. 376 p.
GALINA, I. C. M. et al. Instalação de pisos de madeira: curso técnico. Piracicaba: Pimads,
2013. 48 p. Disponível em: https://pimads.org/documentos/Apostila%20-%20Basico%20
de%20Madeiras%20e%20Instalacao%20de%20Pisos._1310201515951.pdf. Acesso em:
24 out. 2019.
GONZAGA, A. L. Madeira: uso e conservação. Brasília: Iphan/Monumenta, 2006. 246 p.
(Cadernos Técnicos, 6). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/
CadTec6_MadeiraUsoEConservacao.pdf. Acesso em: 24 out. 2019.
HAU, A. K.; KWAN, T. H.; LI, P. K. Melamine toxicity and the kidney. Journal of the American
Society of Nephrology, Baltimore, v. 20, n. 2, p. 245–250, Feb. 2009. Disponível em: https://
jasn.asnjournals.org/content/20/2/245.long. Acesso em: 24 out. 2019.
KELLER, H. You May Be Able to Buy an Eames Lounge at Costco. Architectural Design,
New York, 1 May 2017. Disponível em: https://www.architecturaldigest.com/story/
costco-is-selling-eames-lounge-chair. Acesso em: 24 out. 2019.
Painéis e laminados de madeira e revestimentos para mobiliário 17
Derli Kraemer
Influência das
cores nas artes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
As cores sempre estiveram presentes. No começo da história do homem,
as cores faziam parte mais das necessidades psicológicas do que das
estéticas, como, por exemplo, na história dos egípcios, que sentiam na
cor um profundo sentido psicológico, tendo cada cor uma simbologia.
Nas artes, Vincent van Gogh (1853-1890) conferiu às suas pinturas sensa-
ções cromáticas que traduzem intensas cargas emotivas e psicológicas.
Também foi no século XIX que houve um interesse maior em estudar
cientificamente a cor, com a participação de filósofos e escritores.
Neste capítulo, você vai conhecer o histórico da cor no campo das
artes, identificando os aspectos conceituais e simbólicos da cor nas artes
e vendo como aplicar as composições cromáticas utilizadas no campo
das artes.
giz e outras substâncias para obter o branco. Sua arte representava o cotidiano,
com cenas de caça e pessoas, e também tinha características religiosas.
https://goo.gl/ogk12E
É muito difícil falar sobre o histórico da cor nas artes sem falar de Vincent
Van Gogh. Segundo Proença (2014):
[...] conhecer Vincent Van Gogh é entrar em contato com um artista apai-
xonante. Alguém que se empenhou profundamente em recriar a beleza dos
seres humanos e da natureza por meio da cor, que para ele era o elemento
fundamental da pintura.
[...] agora nós temos aqui um glorioso e forte calor sem vento, o que é bom para
o meu trabalho. Um sol, uma luz, que por falta de nome melhor, eu chamo de
amarelo, amarelo-limão-claro, limão-claro-ouro. Como é bonito o amarelo!
(Extraído de Tout l’ouvre peintde Van Gogh, Paris. Flammarion, 1971. V.2,
p. 126. Les classiques de l’art Flammarion.).
Em sua última fase, após sair de uma profunda crise nervosa e internação,
instalou-se em Anvers, uma pequena cidade ao norte da França, e, em um
período de três meses, pintou aproximadamente 80 telas, com pinceladas cada
vez mais visíveis e cores intensas como suas emoções. Em julho de 1890,
suicidou-se, deixando 879 pinturas. Foi reconhecido, apenas após sua morte,
como o pintor que deu os primeiros passos no que seria a arte moderna. Como
diz Proença (2014), morreu sem que fosse compreendido o seu esforço para
libertar a beleza dos seres por meio de uma explosão de cores.
Mas a cor não é uma exclusividade da pintura. Observe a Figura 7, um
exemplo do uso da cor arquitetura e no design de interiores. A casa Tassel,
de 1893, é uma edificação do arquiteto Victor Horta, que fica em Bruxelas.
A casa foi projetada completamente estilo Art Noveau, com muitos detalhes
em ferro e vidro uso abundante de formas orgânicas.
90 Influência das cores nas artes
Nos primeiros anos do século XX, havia muita incerteza sobre o futuro,
com o avanço tecnológico e econômico em largos saltos. Apesar de Matisse
declarar sua busca por “paz e serenidade” (CHIPP, 1999), as telas dos fauvistas
causaram grande impacto. Segundo Janson e Janson (2009), os principais
representantes desse movimento foram Henri Matisse, André Derain, Maurice
Vlaminck e Raoul Dufy.
As cores falam. Transmitem uma mensagem que é emoldurada pela forma. Por meio
da cor podemos despertar memórias, influenciar comportamentos diversos. Existem
cores que são, por exemplo, sagradas em diversas culturas. Segundo Heller (2013), o
amarelo é divino para os chineses, já o verde é sagrado para os islâmicos. O azul é a
cor da pele dos deuses indianos, para justamente diferenciar dos mortais. Ao escolher
uma cor para uma peça, é necessário ter responsabilidade para com a cultura em
que está inserida.
Harmonia e contraste
Segundo Fraser e Banks (2007), harmonia de cores é o efeito obtido por uma
cor cuja tonalidade muda, controlada pela variação da saturação e luminosi-
dade. Esse controle é obtido por meio da adição de branco ou preto. O objetivo
pode ser a ênfase de um elemento específico. Veja um exemplo de harmonia
na Figura 9.
acordo com sua vontade criativa. No caso do uso consciente, artistas, diretores
de arte em agências de publicidade, designers gráficos, designers de produto,
designers de interiores e outros especialistas podem usar esse conhecimento
para obter melhores resultados em seus trabalhos. Acompanhe o Quadro 1.
Branco Ideal e nobre com ouro e azul. Objetivo com cinza. Leve com
amarelo. Delicado com o rosa.
ARTE BRASILEIRA UTFPR. Arte rupestre no Brasil. 1 jun. 2012. Disponível em: <https://
artebrasileirautfpr.wordpress.com/2012/06/01/arte-rupestre-no-brasil/>. Acesso em:
13 jan. 2019.
BARROS, L. R. M. A cor no processo criativo: um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de
Goethe. 3. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2006.
BASTOS, T. R. Círculo cromático: aprenda a combinar cores na decoração. Casa e Jardim,
9 mar. 2017. Disponível em: <https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/
Dicas/noticia/2017/03/circulo-cromatico-aprenda-combinar-cores-na-decoracao.
html>. Acesso em: 13 jan. 2019.
BEAUX-ARTS. Vincent VAN GOGH: JARDIN DE MARAÎCHERS. 25 out. 2012. Disponível
em: <https://www.devoir-de-philosophie.com/dissertation-vincent-van-gogh-jardin-
-maraichers-195616.html>. Acesso em: 13 jan. 2019.
CHIPP, H. B. Fauvismo e expressionismo: a intuição criadora. In: SELZ, P.; TAYLOR, J. C.
Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 121-142.
DELLA FRANCESCA, P. Ressurreição (detalhe) — Resurrection (detail). Warburg: banco
comparativo de imagens, 2018. Disponível em: <http://warburg.chaa-unicamp.com.br/
obras/view/10691>. Acesso em: 13 jan. 2018.
DIAS, L. Ticiano — Madona Cigana. VÍRUS DA ARTE & CIA, 27 nov. 2018. Disponível em:
<http://virusdaarte.net/ticiano-madona-cigana/>. Acesso em: 13 jan. 2019.
DIAS, L. Caravaggio — O TOCADOR DE ALAÚDE. VÍRUS DA ARTE & CIA, 31 mar. 2013.
Disponível em: <http://virusdaarte.net/caravaggio-o-tocador-de-alaude/>. Acesso
em: 13 jan. 2019.
FRASER, T.; BANKS, A. O guia completo da cor. São Paulo: Senac, 2007.
HELLER, E. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo:
Gustavo Gili, 2013.
HORTA, V. Casa Tassel. Diedrica, maio 2014. Disponível em: <http://www.diedrica.
com/2014/05/casa-tassel.html>. Acesso em: 13 jan. 2019.
JANSON, H.W.; JANSON, A. F. Iniciação à história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
LÉGER, F. Funções da pintura. São Paulo: Nobel, 1989.
MÜLLER, J. E. O Fauvismo. São Paulo: Verbo, EDUSP, 1976.
PACHECO, T. Combinação de cor avançada: tríade, complementar dividida, retângulo e
quadrado. Vida de Professor de Arte, 7 mar. 2017. Disponível em: <http://vidadeprofessor.
pro.br/combinacao-de-cor-triade-complementar-dividida-retangulo-e-quadrado>.
Acesso em: 13 jan. 2019.
98 Influência das cores nas artes
PIERRE AUGUSTE RENOIR, (French — Albert Cahen d’Anvers — Google Art Project.
jpg. Wikimedia Commons, the free media repositor, 19 out. 2012. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pierre-Auguste_Renoir_(French_-_Al-
bert_Cahen_d%27Anvers_-_Google_Art_Project.jpg>. Acesso em: 17 jan. 2019.
PROENÇA, G. História da arte. 17. ed. São Paulo: Ática, 2014.
VIRGEM BENOIS. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2017.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_Benois>. Acesso em: 13 jan. 2019.
Leituras recomendadas
BARROSO, P. F.; NOGUEIRA, H. S. História da arte. Porto Alegre: Sagah, 2018.
GOETHE, J. W. Zur Farbenlehre. Berlin: Createspace, 2014.
Conteúdo:
DESIGN DE
MOBILIÁRIO
Introdução
Neste capítulo, você vai saber mais sobre como o repertório de infor-
mações rearranjadas pode estimular a criatividade no desenvolvimento
de projetos de mobiliários residenciais ou comerciais. Você vai verificar
exemplos de projetos mobiliários que empregam a criatividade na
estrutura formal do projeto, transformando-o em ícone de design,
ou que fazem uso da criatividade na funcionalidade dos projetos,
promovendo benefícios aos usuários. Além disso, você vai conhecer
mais sobre a percepção espacial e formal em projetos de mobiliários
para ambientes comerciais e residenciais, compreendendo alguns
aspectos de Gestalt aplicados na prática em diversos projetos, os quais
podem melhorar a compreensão das mensagens transmitidas pelos
projetos mobiliários.
2 Criatividade em projetos de mobiliário para espaços residenciais e comerciais
Acesse o link abaixo para saber mais sobre a trajetória e os projetos de Sergio Rodrigues.
https://goo.gl/kHB5aX
4 Criatividade em projetos de mobiliário para espaços residenciais e comerciais
Figura 4. Loja temporária da empresa Granado, no Rio de Janeiro, em 2015, com mobiliário
todo feito a partir de paletes e caixotes de feira.
Fonte: Adaptada de Fator Brasil (2015).
Nas imagens da Figura 5, veja como o uso dos paletes pode ter estilos
diferentes de acordo com a necessidade e a proposta do ambiente.
Criatividade em projetos de mobiliário para espaços residenciais e comerciais 7
Figura 5. (a) Sofás para ambiente interno feitos de paletes. (b) Mesas e assentos
de um restaurante no terraço de um prédio, elaborados em paletes. (c) Sacada
com sofá de paletes e futon.
Fonte: (a) Adaptada de Cunha (2014); (b) Adaptada de krzysieka2/Shutterstock.com; (c)
Adaptada de Leroy Merlin (2018).
8 Criatividade em projetos de mobiliário para espaços residenciais e comerciais
O exercício da percepção
De acordo com o dicionário on-line Michaelis (2018), percepção é “ato ou
efeito de perceber; capacidade de distinguir por meio da mente, inteligência;
representação mental das coisas”. A percepção também está diretamente
relacionada ao pensamento analítico, o qual possibilita notar diferenças e
similaridades em uma situação que ainda não haviam sido notadas, conforme
lecionam Zavadil, Silva e Tschimmel (2016).
Percepção criativa
A percepção criativa geralmente tende a ser iniciada nas etapas iniciais dos projetos
de desenvolvimento, uma vez que as metodologias de design separam uma etapa do
processo exclusivamente para o desenvolvimento criativo, gerido por ferramentas
ou métodos de criação como geração de alternativas, brainstorming, etapa de
ideação, entre outras. Apesar disso, essa percepção não ficará condicionada às
primeiras etapas, tendendo a estar presente em todo o processo do projeto.
Nesses momentos, a criatividade deve se dar pela percepção do problema
a ser solucionado, buscando-se estímulos que possam clarear as ideias de
solução. Conhecer o problema em projetos mobiliários tem a ver com o co-
nhecimento das necessidades dos usuários e dos espaços, das condicionantes
técnicas, entre outros.
As etapas criativas também devem contar com aspectos cognitivos do
designer, ou seja, com analogias pertinentes às suas experiências e vivências
e ao seu conhecimento sobre materiais, formas e técnicas de fabricação. Isso
possibilitará que as informações possam ser reconfiguradas e/ou ressignifi-
cadas, gerando soluções criativas. Portanto, a percepção também está ligada
aos processos criativos no desenvolvimento de projetos, colaborando para a
organização de sensações que podem ser estimuladas por aspectos ambientais
do projeto, conforme leciona Sternberg (2012). De acordo com Kao (2014),
as soluções mais originais tendem a sair de analogias distantes, isto é, ligar
coisas que parecem não ter relações claras com o problema.
A Figura 6 mostra a cadeira Esqueleto, cujas formas do encosto e assento
fazem alusão a cabides e à coluna vertebral humana. Tais referências não
Criatividade em projetos de mobiliário para espaços residenciais e comerciais 9
estão diretamente ligadas ao ato de sentar, mas renderam uma solução formal
interessante e original ao projeto mobiliário.
Percepção espacial
A percepção espacial, conforme apontam Ramos e Gallo (2014), presume
a capacidade de criar e transformar imagens mentais, perceber formas,
reconhecer formas, manipular mentalmente as composições formais, além
de permitir a interação e a relatividade entre objetos, espaços, distâncias
e observador. Ela, então, exige sensibilidade para formas, linhas, cores
e volumes e a compreensão da relação entre esses elementos. É preciso
visualizar os objetos e criar imagens mentais deles, conforme leciona Souza
10 Criatividade em projetos de mobiliário para espaços residenciais e comerciais
A percepção espacial precisa ser estimulada e treinada para se tornar rápida e eficaz nos
processos de desenvolvimento do projeto mobiliário. Conhecimentos de geometria
e linguagem visual poderão estimular essa capacidade. Veja, no link a seguir, como a
percepção espacial pode ser desenvolvida e estimulada por meio da manipulação de
formas, linhas e cores — nesse caso, por meio de um jogo on-line.
https://goo.gl/Amz5bA
Percepção formal
É mais fácil representar o mobiliário quando se tem a clara percepção das
suas formas geométricas. O entendimento de que a peça é um agrupamento
de formas simples, ligadas por linhas retas ou curvas, permite uma melhoria
na percepção espacial e formal dos objetos.
Observe, nas imagens da Figura 7, alguns exemplos de mobiliários cujas
geometrias estão destacadas, facilitando a percepção formal.
Figura 8. (a) Mobiliário de área externa. (b) Loft (apartamento sem divisórias).
Fonte: (a) Adaptada de GavranBoris⁄Shutterstock.com; (b) Adaptada de jovana veljkovic ⁄Shutterstock.com.
Figura 10. Sala utilizando recurso de contraste para sair do óbvio e destacar mobiliário.
Fonte: Adaptada de Photographee.eu/Shutterstock.com.
Figura 13. (a) Casa de banho. (b) Hall do Spa Atlantis, na Suíça.
Fonte: (a) Adaptada de ImageFlow/Shutterstock.com; (b) Adaptada de Atlantis (2015).
ANDRÉA. Poltrona mole. Almoço de Sexta, 24 jul. 2017. Disponível em: <http://www.
almocodesexta.com.br/sergio-rodrigues-poltrona-mole/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
ANUAL DESIGN. Poltrona chifruda. Anual Design, 24 ago. 2011. Disponível em: <https://
www.anualdesign.com.br/blog/1003/poltrona-chifruda/>. Acesso em: 19 nov. 2018.
ARCHISCENE. Dis(order) Furniture by Sanjin Halilovic. 5 abr. 2012. Disponível em: <http://
www.archiscene.net/wp-content/gallery/archiscene/disorder-furniture04.jpg>. Acesso
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ATLANTIS. Spa. nov. 2015. Disponível em: <https://atlantisbygiardino.ch/wp-content/
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BARI, O. Mecanoo e Gispen criam Coleção de Mobiliário Modular para Ambientes Fle-
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com.br/br/868559/mecanoo-e-gispen-criam-colecao-de-mobiliario-modular-para-
-ambientes-flexiveis-de-aprendizado>. Acesso em: 19 nov. 2018.
BODEN, M. A. Dimensões da criatividade. Porto Alegre: Artmed, 1999.
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DENVIR, M. Gestalt: introdução às suas leis. Design Culture, 5 fev. 2013. Disponível em:
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GOMES FILHO, J. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São Paulo: Es-
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JOHNSON, S. De onde vêm as boas ideias. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
KAO, CHEN-YAO. Exploring the relationships between analogical, analytical, and creative
thinking. Thinking Skills and Creativity, v. 13, p. 80-88, 2014.
LEROY MERLIN. Varanda pequena com sofá de pallets. 2018. Disponível em: <https://cdn.
leroymerlin.com.br/contents/varanda_pequena_com_sofa_de_pallets_0a31_original.
jpg>. Acesso em: 19 nov. 2018.
18 Criatividade em projetos de mobiliário para espaços residenciais e comerciais
Introdução
Nas suas diferentes formas, a representação gráfica consiste no processo
de comunicação de uma ideia por intermédio de elementos gráficos para
as diferentes pessoas que integram o projeto. O seu intuito é que todos os
envolvidos tenham clareza da estética, da funcionalidade e da adequação
do mobiliário no espaço em que este será inserido. A representação do
mobiliário pode se dar de maneiras distintas, de acordo com a etapa e a
necessidade do projeto. Portanto, é imprescindível ao designer de interiores
conhecer algumas dessas técnicas, que vão auxiliá-lo na comunicação
das suas ideias no decorrer do projeto.
Neste capítulo, você vai verificar a necessidade do desenho como
forma de representação do mobiliário em um projeto para espaços exter-
nos, para fins de expressão do projeto, relações de trabalho e otimização
de recursos. Você vai estudar as formas de representação gráfica desse
mobiliário, em especial o desenho perspectivado, e vai verificar como
desenvolver esse tipo de representação.
2 Desenho de móveis para espaços externos
Perspectiva do móvel
Conhecidas as três formas mais comuns de se comunicar as ideias de projeto
por meio do desenho — seja ele manual, em dimensões, com o apoio de
softwares, ou técnico, que também pode ter o auxílio do computador —,
você deve conhecer outros recursos do desenho que facilitam a comunicação
entre profissionais ligados ao projeto de mobiliário.
A perspectiva é uma técnica que, por meio de recursos de matemática,
viabiliza a representação de um espaço ou objeto tridimensional a partir de
uma superfície plana, conforme leciona Miguel (2003). Trata-se de um recurso
valioso para a representação gráfica do projeto mobiliário, pois proporciona
a visualização e a compreensão de um conjunto de objetos a partir de um
único desenho. O seu ângulo capta os principais itens da visão, conforme
aponta Bortolucci (2005):
A perspectiva possui variações que podem ser utilizadas de acordo com a necessidade
do projeto. Cada uma delas valoriza a representação sob angulações específicas; são
chamadas isométrica, cavaleira, militar e dimétrica.
Desenho de móveis para espaços externos 9
Do conhecimento à prática
Desenvolver o desenho de um móvel começa com os elementos básicos da
forma: linha, ponto e plano. A base teórica do desenvolvimento do desenho se
dá a partir dos mesmos conhecimentos, seja o desenho manual ou com auxílio
de computadores, uma vez que é o conhecimento e a prática que permitirão
o aperfeiçoamento do mesmo. Para desenvolver um desenho de mobiliário
perspectivado, é preciso saber onde posicionar cada um desses elementos no
plano, que pode ser papel ou tela de computador.
O ponto de fuga (PF) é um ponto, fixado no plano, do qual as linhas
fugitivas partem; é esse ponto que vai guiar a visão para o posicionamento
dos objetos, gerando a impressão de profundidade. O PF deverá ser fixado
na linha do horizonte (LH), que é o limite da visão do observador. Veja, na
Figura 5, o posicionamento do PF e da LH, de onde partem as linhas fugitivas
que amparam a posição do desenho.
Figura 8. (a) Conjunto de sofás e poltronas, a partir de linhas retas. (b) Desenho de cadeira
em papel quadriculado.
Fonte: (a) Adaptada de Slobodan Zivkovic/Shutterstock.com; (b) Adaptada de Julia Dolzhenko/Shut-
terstock.com.
12 Desenho de móveis para espaços externos
Veja, no link a seguir, que, com traços rápidos e poucos materiais, o desenhista consegue
obter desenhos em três vistas, valorizando detalhes.
https://goo.gl/2vFCis
O desenho técnico no Brasil é normatizado pela norma ABNT NBR 10067:1995, que
determina os princípios gerais da representação em desenho técnico. O seu intuito é
estabelecer um padrão de linguagem técnica no uso de linhas, cotas, escalas, escritas,
entre outros aspectos. É preciso ter conhecimento dessa norma para empregá-la em
desenhos técnicos manuais ou apoiados por software.
Figura 10. Projeto de área externa em vista superior com acabamento renderizado por
software.
Fonte: Adaptada de archideaphoto/Shutterstock.com.
Tomadas todas as decisões sobre o mobiliário que deverá ser produzido, esse é o
momento de representar o mobiliário tecnicamente, de acordo com a padronização
das normas de desenho técnico, fazendo uso de escalas, cotas, cortes e vistas para
que toda a especificação necessária chegue à equipe de produção, e não haja dúvidas
sobre o projeto.
BIS+PONTOS+DE+FUGA+1. Blogspot, [2018]. Largura: 403 pixels. Altura: 413 pixels. For-
mato: JPG. Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/_xmwQV3rl5Y4/TTayBA3RypI/
AAAAAAAABIA/rwVT5QikKuE/s1600/Bis+Pontos+de+fuga+1.jpg>. Acesso em: 31
out. 2018.
BORTOLUCCI, M. A. P. C. S. Desenho: teoria & prática. São Carlos: EESC/USP, 2005.
CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2011.
CRAFT, B.; CAIRNS, P. Sketching sketching: outlines of a collaborative design method.
In: British HCI Group Annual Conference on People and Computers, 23., 2009, Cam-
bridge. Anais… United Kingdom, 2009. Disponível em: <https://dl.acm.org/citation.
cfm?id=1671011>. Acesso em 31 out. 2018.
MIGUEL, J. M. C. Brunelleschi: o caçador de tesouros. Vitruvius, ano 4, v. 40, nº. 2, set. 2003.
Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.040/651>.
Acesso: 31 out. 2018.
TRA%C3%87O_MOBILI%C3%A1RIO. Blogspot, [2018]. Largura: 403 pixels. Altura: 333
pixels. Formato: JPG. Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-1CIvcZAq-RE/T8Pu8T-
MEEZI/AAAAAAAAAqc/i_eVbfjZrhc/s1600/TRA%C3%87O_mobili%C3%A1rio.jpg>.
Acesso em: 31 out. 2018.
Conteúdo:
DESIGN DO
MOBILIÁRIO
Introdução
Móveis são importantes peças que compõem um ambiente. A sua função?
Atender a diversas necessidades, como guardar objetos, trabalhar, comer,
sentar, deitar, dormir e relaxar, podendo ser usados de forma individual ou
agrupada, conforme aponta Smardzewski (2015). Quando combinados,
criam ambientes e direcionam o vazio por meio de volumes e circulações.
Neste capítulo, você vai estudar os diferentes tipos de mobiliário para
espaços internos e os materiais mais adequados para a sua construção. Por
fim, você vai verificar a aplicação do mobiliário em projetos de interiores.
Os móveis para escritórios e edificações de uso público ainda podem ser classificados
em subgrupos, relacionados às atividades humanas às quais são destinados:
móveis para administração;
móveis para escritórios e estudos;
móveis para trabalhadores.
Mobiliário para espaços internos 3
Mesa de jantar
Cadeira
Sala de jantar Console
Balcão de apoio
Sofá
Mesa de apoio lateral
Mesa de centro
Painel de TV
Sala de estar
Prateleira e nichos
Poltrona
Armário
Prateleira
Cristaleira
Cozinha Balcão de preparo
Mesa
Cadeira
Buffet
Armário
Lavanderia Prateleira
Balcão de serviço
Armário
Prateleira
Balcão de preparo e serviço
Bar
Varanda gourmet Mesa
Cadeira
Poltrona
Mesa de centro
Mesa de apoio
Armário
Banheiro social
Prateleira
(Continua)
Mobiliário para espaços internos 5
(Continuação)
Berço
Trocador
Cômoda
Armário
Roupeiro
Quarto do bebê
Cama
Poltrona
Cadeira
Prateleira
Escrivaninha
Cama
Beliche
Armário
Roupeiro
Cômoda
Quarto jovem
Poltrona
Cadeira
Prateleira
Escrivaninha
Painel de TV
Cama
Armário
Roupeiro
Cômoda
Poltrona
Suíte do casal
Cadeira
Prateleira
Escrivaninha
Penteadeira
Painel de TV
Armário
Prateleira
Balcão de apoio
Nicho
Salão principal
Cadeira
Poltrona
Mesa de apoio
Mesa de centro
Armário
Depósito
Prateleira
Mesa
Cadeira
Sala administrativa Armário
Poltrona
Prateleira
Armário
Banheiro
Prateleira
Armário
Prateleira
Copa Balcão de apoio
Mesa
Cadeira
Armário
Depósito de material de limpeza Prateleira
Balcão de apoio
Estofados e poltronas
Materiais predominantes:
■ estrutura interna em madeira;
■ estofamento em couro ou tecido, podendo ou não conter aplicações
em plástico;
■ plástico, madeira ou alumínio em sua base;
■ braços ou estruturas externas aparentes em alumínio ou madeira.
Assentos para auditórios: fornecem absorção acústica além da função
de sentar; há exigências para prevenção de incêndio quanto aos materiais
e à disposição dos assentos.
Poltronas: servem para descansar, conversar ou ler; são completamente
estofadas; fabricadas em madeira, plástico, aço ou uma combinação
de materiais (Figura 4).
Sofás: projetados para acomodar duas ou mais pessoas; geralmente são
estofados; curvos, retos ou angulares; com ou sem braços.
Conjunto de sofá: sofá dividido em partes que pode ser montado de
diferentes maneiras.
Namoradeiras: pequeno sofá com apenas dois lugares.
Mobiliário para espaços internos 11
Figura 4. Poltrona.
Fonte: Ching e Binggeli (2013, p. 326).
Mesas
Materiais predominantes:
■ estrutura em madeira, alumínio, MDF ou MDP revestidos com la-
minado ou laca;
■ tampo de vidro, madeira, alumínio, plástico, MDF ou MDP revestidos
com laminado ou laca.
Mesas: as mesas são superfícies planas e horizontais sustentadas pelos pisos
(Figura 5) e devem seguir os atributos de força e estabilidade, tamanho,
formato e altura; fabricação em materiais duradouros; seus tampos podem
ser de madeira, vidro, plástico, pedra, metal, azulejo ou concreto; o acaba-
mento da superfície deve ser duradouro e ter boa resistência ao desgaste; a
cor e a textura da superfície devem ter refletância de luz adequada à tarefa
visual. Seus tampos podem ser sustentados por pernas, cavaletes, bases
sólidas ou gaveteiros, podendo estar embutidos e ser baixados de estantes
de parede e se apoiar em pernas ou suportes retráteis.
12 Mobiliário para espaços internos
Figura 5. Mesas.
Fonte: Ching e Binggeli (2013, p. 332).
Camas
Materiais predominantes em seu uso:
■ estrutura interna em madeira ou metais como ferro;
■ estofamento em tecido forrado e acolchoado, podendo ou não conter
aplicações em plástico;
■ plástico, madeira ou alumínio em sua base.
Camas: as camas consistem em dois componentes: colchão e base ou
estrutura de apoio (box), também podendo conter cabeceiras (Figura 6).
Sofá-cama: sofá projetado para ser transformado em cama.
Mobiliário para espaços internos 13
Figura 6. Cama.
Fonte: Ching e Binggeli (2013, p. 336).
Roupeiros e armários
Materiais predominantes:
■ estrutura em madeira, MDF ou MDP revestidos com laminado ou
laca, metais como ferro ou alumínio;
■ portas de madeira, MDF ou MDP revestidos com laminado ou laca,
metais como ferro ou alumínio, vidro comum ou espelhado e acetato.
Roupeiros: móveis embutidos podem ajudar a manter as linhas de um
dormitório limpas e evitar que o ambiente fique atravancado.
Armários: móveis com portas frontais e frequentemente gavetas na
base (Figura 7).
Secretárias ou escrivaninhas e cômodas altas com pernas: têm
frentes que se abrem para baixo para criar uma superfície com gavetas
na parte inferior (Figura 7).
Armazenagem: são prateleiras, gavetas e armários fechados; suspensos
no teto, instalados na parede ou sobre o piso, como móveis indepen-
dentes; as unidades podem ter frentes abertas ou portas com ou sem
vidraças, ou mesmo persianas (Figura 7).
14 Mobiliário para espaços internos
Figura 7. Armários.
Fonte: Ching e Binggeli (2013, p. 338-339).
Princípios de projeto
Figura 8. Proporção.
Fonte: Adaptada de Breadmaker/Shutterstock.com.
16 Mobiliário para espaços internos
Figura 9. Escala.
Fonte: Adaptada de Photographee.eu/Shutterstock.com.
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores Ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Book-
man, 2013.
GUBERT, M. L. Design de interiores: a padronagem como elemento compositivo no
ambiente contemporâneo. 2011. Dissertação (Mestrado) — Faculdade de Arquitetura,
Programa de Pós-graduação em Design, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2011. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/handle/10183/36398>.
Acesso em: 30 nov. 2018.
SMARDZEWSKI, J. Furniture design. Viena: Springer, 2015. Disponível em: <http://1.dro-
ppdf.com/files/EgYn2/furniture-design-2015-.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.
Leituras recomendadas
BATHISTA, A. L. B.; SILVA, S. E. O. Conhecendo materiais polímeros. Universidade Federal
de Mato Grosso, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Departamento de Física, Cuiabá,
2003. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000223.
pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.
BRONDANI, S. A. et al. Uso de papelão como possível material no design de interio-
res. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 24., 2009, Salvador. Anais...
Bahia, 2009. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_
STP_095_647_12967.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.
CABRAL, S. C. et al. Características comparativas da madeira plástica com a madeira
convencional. Revista Vozes dos Vales, ano 5, nº. 10, p. 1-20, out. 2016. Disponível em:
<http://site.ufvjm.edu.br/revistamultidisciplinar/files/2016/09/Stenio22.pdf>. Acesso
em: 30 nov. 2018.
20 Mobiliário para espaços internos
Introdução
Neste capítulo, você vai aprender a promover bem-estar, conforto e
adequação em espaços externos por meio do planejamento do mobiliário
utilizado. Apesar de se tratar de áreas externas, esses espaços também
fazem parte da responsabilidade do designer de interiores, uma vez que a
área externa faz parte do interior de uma construção, conforme lecionam
Brooker e Stone (2014). Além disso, é nas áreas externas que se concentram
a maior parte das atividades de lazer e relaxamento de uma residência,
o que faz dessa área um lugar determinante para o bem-estar dos seus
moradores.
Passo a passo
A escolha do mobiliário para áreas externas deve ter como base as necessidades
daqueles que utilizarão o espaço. Para conhecer essas necessidades, deve-se partir
de um processo que envolve a busca por informações, a priorização de necessi-
dades e a tomada de decisões, etc. Para que esse processo ocorra de forma eficaz,
o designer de interiores pode fazer uso de etapas metodológicas de projeto.
2 Mobiliário para espaços externos
Figura 1. Áreas externas: (a) parcialmente coberta, (b) totalmente coberta e (c)
totalmente descoberta.
Fonte: (a) Pergolado... (2018, documento on-line); (b) Coberturas... ([2018], documento on-
-line); (c) Agora... ([2018], documento on-line).
4 Mobiliário para espaços externos
A área externa é geralmente utilizada como área de lazer; assim, ela deve ser funcional
e confortável. Faça o projeto de modo que não sejam empregados móveis e equipa-
mentos desnecessários. É importante também planejar corredores de circulação entre
os mobiliários — o espaço mínimo para circulação é entre 60 e 70 cm, enquanto um
espaço ótimo mede 80 cm.
Mobiliário para espaços externos 5
Segundo Heller (2013), as cores possuem relações diretas com o emocional humano;
combinações harmoniosas podem potencializar o bem-estar e o relaxamento, além
de trazerem mais energia e vibração.
Outro polímero com ótima aceitação para áreas externas é a fibra sinté-
tica, fabricada a partir de polímeros de alta resistência. Está muito presente
em projetos de interiores para espaços externos, devido à sua resistência,
durabilidade e fácil manutenção. O oposto ocorre com as fibras naturais que,
embora de grande atrativo estético, tendem a ter uma vida útil reduzida. Já a
fibra sintética apresenta boa resistência ao clima, não sofre com ataques de
Mobiliário para espaços externos 11
Acesse o link a seguir para saber mais sobre a fibra sintética e os benefícios do seu uso.
https://goo.gl/xxksNi
Metais. Um dos metais mais indicados para uso externo é o alumínio, pois suas
características físicas apresentam excelente desempenho em relação à exposição
ao clima. Além disso, pode ser empregado em uma grande variedade de designs.
O alumínio não costuma apresentar problemas com rachaduras e quebras; sua
manutenção e limpeza são simples, e ele pode ser utilizado até mesmo em
espreguiçadeiras que ficam em contato com a piscina. Porém, grandes períodos
12 Mobiliário para espaços externos
Figura 9. (a) Ambiente criado sobre um deck de madeira; (b) ambiente criado apenas pela
disposição dos móveis.
Fonte: (a) Conjunto%20berlim.jpg ([2018], documento on-line); (b) Jogo... ([2018], documento on-line).
Figura 10. (a) Ambiente com mesa com cobertura de ombrelone; (b) ombrelone sendo
usado para cobertura próximo à piscina.
Fonte: (a) Ombrelone-premium-giratorio-floreira-06-1000x856.jpg ([2018], documento on-line); (b)
R6-750x750.jpg ([2018], documento on-line).
para área externa. Quais são alguns 4. No seu novo projeto de área externa,
dos principais critérios para a escolha o cliente lhe pediu para inserir uma
desses materiais? mesa e cadeiras de ferro em estilo
a) Durabilidade, gosto pessoal do retrô, mas o ambiente é completa-
cliente, custo, harmonia estética mente descoberto. Quais orienta-
e funcionalidade. ções você oferece ao seu cliente?
b) Forma, padrão de cores, gosto a) Aconselho substituir o mobiliário
pessoal do designer, sustentabili- de ferro por plástico, uma vez
dade e resistência à poeira. que o ferro apresentará ferrugem.
c) Materiais robustos e tecnoló- b) Instruo sobre a manutenção
gicos, dimensões amplas, ma- anual do mobiliário e os riscos
teriais tratados e com estética em relação ao estilo retrô.
minimalista. c) Oriento sobre a vida útil e ma-
d) Materiais coloridos, de alto-pa- nutenção das peças e apresento
drão, manutenção lenta, multi- outras opções de materiais.
funcionais e harmoniosos. d) Aconselho sobre o investimento
e) Materiais resistentes, de acordo em uma cobertura para o am-
com a cartela de cores padrão, biente, de modo a não expor o
tecnológicos e anti-poeira. mobiliário.
3. A necessidade de utilização do e) Oriento sobre como o alumínio
ambiente deve nortear a proposta pode ter uma vida útil maior e
mobiliária do espaço. Como gerar uma manutenção facilitada em
o melhor aproveitamento de uma contraste com o ferro.
área externa (sacada) de pequenas 5. Qual é a influência do levantamento
dimensões, se o objetivo for rea- métrico na escolha dos móveis da
lizar pequenas refeições e guardar área externa?
objetos por meio da distribuição do a) Nenhuma, uma vez que o mobili-
mobiliário no piso e nas paredes? ário deve ser escolhido de acordo
a) Priorizando o uso de armários e com o gosto pessoal do cliente.
estantes no chão para o acondi- b) Influencia na organização do mo-
cionamento dos objetos. biliário, com o intuito de priorizar
b) Buscando otimizar o maior número áreas de circulação ótimas.
de mesas e assentos para que os c) O levantamento métrico auxilia
usuários aproveitem melhor. a orientação espacial dos pontos
c) Liberando corredores de 80 cm de energia e água.
para que as pessoas possam d) A influência do levantamento
circular com tranquilidade. métrico está na correta escolha
d) Valorizando espaços aéreos com das dimensões dos móveis e da
prateleiras e armários e liberando organização do espaço.
espaço para mesa e assentos. e) Nenhuma, visto que a marcenaria
e) Priorizando espaços livres e será planejada para privilegiar
arejados, buscando o frescor na espaços aéreos.
decoração.
Mobiliário para espaços externos 17
AGORA temos móveis para área externa. Janela Aberta Cortinas, [2018]. Disponível em:
<http://www.janelaabertacortinas.com.br/agora-temos-moveis-para-area-externa//>.
Acesso em: 17 out. 2018.
COBERTURAS telescópicas: áreas de lazer encantadoras e utilizáveis em todas as esta-
ções. Alucober, [2018]. Disponível em: <https://alucober.com.br/coberturas-telescopicas-
-areas-de-lazer-encantadoras-e-utilizaveis-em-todas-as-estacoes/3//>. Acesso em: 17
out. 2018.
PERGOLADO: como fazer o seu. Dcore Você, 9 jun. 2018. Disponível em: <https://www.
dcorevoce.com.br/pergolado-2/>. Acesso em: 17 out. 2018.
9BEF837C612F57B0019290B1C361C711.JPG. [2018]. Altura: 600 pixels. Largura: pixels.
Formato: JPG. Disponível em: <https://i.pinimg.com/originals/9b/ef/83/9bef837c612f
57b0019290b1c361c711.jpg>. Acesso em: 17 out. 2018.
BAXTER, M. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos. São Paulo:
Editora Edgard Blucher, 2001.
BROOKER, G.; STONE, S. O que é design de interiores? São Paulo. Senac, 2014.
CONJUNTO%20BERLIM.JPG. Só Lazer Móveis, [2018]. Altura: 500 pixels. Largura: 500
pixels. Formato: JPG. Disponível em: <http://solazermoveis.com.br/wa_p_albums/p_
album_iwbdeg9z0/iwbdeg9z4i6f54/thumb/conjunto%20berlim.jpg>. Acesso em:
17 out. 2018.
CONJUNTO-HORTENCIA_2014-07-25_14-30-55_0.JPG. Galax Commerce, [2018].
Altura: 465 pixels. Largura: 800 pixels. Formato: JPG. Disponível em: <https://
www.galaxcommerce.com.br/sistema/upload/306/produtos/Conjunto-Horten-
cia_2014-07-25_14-30-55_0.jpg>. Acesso em: 17 out. 2018.
HELLER, E. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. 1. ed. São
Paulo: Gustavo Gili, 2013.
JOGO de sofá fibra de alumínio piscina varanda móveis jardim. Mercado Livre, [2018].
Disponível em: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-891026381-jogo-de-sofa-
-fibra-aluminio-piscina-varanda-moveis-jardim-_JM>. Acesso em: 18 out. 2018.
MÓVEIS: área de piscina. S.O.S. Cadeira & Cia, [2018]. Disponível em: <http://soscadei-
rasecia.com.br/moveis-area-de-piscina/>. Acesso em: 17 out. 2018.
O CONFORTO nos móveis de área externa. Finlandesk, [2018]. Disponível em: <http://
www.finlandek.com.br/utilidades/o-conforto-nos-moveis-de-area-externa/>. Acesso
em: 17 out. 2018.
18 Mobiliário para espaços externos
Jaqueline Ramos
Arquitetura de interiores
e o mobiliário residencial
para áreas molhadas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai aprender a identificar os mobiliários que devem
ser utilizados nas áreas molhadas de uma residência, definindo as áreas e
as dimensões mínimas de cada equipamento. Você também vai conhecer
as funções e necessidades de cada uma dessas áreas, com sugestões de
equipamentos e dimensões mínimas de circulação a serem respeitadas.
Ao final do capítulo, você deve possuir os conhecimentos necessários
para projetar um ambiente confortável e funcional.
Ambiente Equipamentos
Cozinha Fogão
Geladeira
Pia de cozinha
Gabinete
Banheiro Lavatório
Vaso sanitário
Bidê
Lavabo Lavatório
Vaso sanitário
Máquina de lavar
Cozinha
A cozinha representa o estilo de vida da família que ali residirá. Suas dimensões
são determinadas pela importância que esse ambiente tem para os usuários
(PEREIRA, 2017). Nesse espaço, é realizado o preparo dos alimentos, bem
como a limpeza, a cocção, o estoque e, muitas vezes, as refeições propriamente
ditas (AZEVEDO, 2017).
A NBR 15.575 sugere a utilização de alguns equipamentos, que classifica
como equipamentos padrão. São eles: geladeira, pia, fogão, apoio para refeições
e armários superior e inferior. Essa normativa indica as dimensões mínimas
para a geladeira, a pia e o fogão. A geladeira deve ter 70 x 70 cm; a pia, 50 x
120 cm; e o fogão, 55 x 60 cm. A norma não indica dimensões para o apoio
para refeições e para os armários. Além de determinações em planta, há
dimensões que devem ser respeitadas para que haja ergonomia no ambiente
que será projetado.
Você deve notar que as dimensões dos equipamentos variam conforme o fabricante.
Para a representação correta dos espaços, o projetista deve solicitar ao cliente a listagem
dos equipamentos existentes ou que serão adquiridos. Ele também pode indicar os
modelos, se for do agrado do cliente.
É essencial instalar uma caixa de gordura na cozinha. Ela deve se localizar entre o cano
da pia da cozinha e a rede coletora de esgoto ou fossa. A ideia é garantir que a gordura
gerada na limpeza dos utensílios não vá para a rede de esgoto. Essa caixa deve ser
facilmente acessível para que a cada três meses seja realizada a sua manutenção, ou
seja, a retirada da gordura.
6 Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
Banheiro
A NBR 15.575 sugere a utilização de um lavatório, um vaso sanitário, um
bidê e um box com chuveiro no banheiro, indicando dimensões mínimas para
o box com chuveiro e para o lavatório. O box com chuveiro pode ter 80 x 80
cm, sendo quadrado, ou 70 x 90 cm se for retangular. O lavatório deve ter no
mínimo 39 cm de largura por 29 cm de profundidade. Lavatórios com bancada
devem apresentar no mínimo 80 cm de largura e 55 cm de profundidade. As
dimensões mínimas para o vaso sanitário e para o bidê não são apresentadas
pela normativa.
Para a graficação desses equipamentos, devem ser confirmadas com os
fornecedores as suas dimensões. A NBR 15.575 apresenta sugestões de quan-
titativos mínimos para cada equipamento. Porém, conforme as necessidades
e expectativas do cliente, podem ser inseridos ou suprimidos determinados
equipamentos. Banheiros em suítes de casais, em projeto de padrão alto, por
exemplo, podem contar com duas cubas e até mesmo dois chuveiros, para
garantir a autonomia dos usuários no ambiente.
Para a realização de um projeto de banheiro adequado, o projetista deve
estar atento à escolha e ao posicionamento dos elementos constituintes do
espaço. A cuba, por exemplo, pode ser embutida, sobreposta, apoiada ou
semiencaixada. Para o vaso, há opções com caixa acoplada ou com válvula.
Ainda é necessário considerar os metais — compostos por torneiras, mistu-
radores e registro — e demais equipamentos, como chuveiro, banheira, box,
ducha higiênica, espelhos, ralos e móveis (AZEVEDO, 2017).
O ambiente deve ser projetado para garantir o conforto dos usuários, aten-
dendo estética e funcionalmente aos que ali residem. Kenchian (2011) salienta
que o lavatório merece local de destaque no layout do banheiro, já que é
considerado o elemento principal do ambiente. Afinal, é o equipamento mais
utilizado, o que determina que seja bastante acessível.
Na Figura 3, você pode observar um exemplo de layout para banheiro,
com a distribuição dos equipamentos necessários indicados por norma. Cabe
ressaltar que atualmente o bidê tem sido substituído pela ducha higiênica, que
necessita de menos espaço e pode ser utilizada no vaso sanitário. Isso evita a
instalação de mais um ponto de descarte de água residual.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas 7
Lavabo
A NBR 15.575 sugere a utilização de um lavatório e um vaso sanitário no lavabo.
Assim como no banheiro, o lavatório deve ter no mínimo 39 cm de largura
por 29 cm de profundidade. Os lavatórios com bancada devem apresentar no
mínimo 80 cm de largura e 55 cm de profundidade. As dimensões mínimas
para o vaso sanitário não são apresentadas pela normativa. Entretanto, deve-se
sempre consultar os fornecedores para realizar a graficação com as medidas
reais dos equipamentos.
Área de serviço
A área de serviço ou lavanderia é o local em que são realizadas as atividades
específicas para tratamento das roupas. O layout e os equipamentos devem
estar dispostos de forma a garantir o tratamento adequado das peças do ves-
tuário dos moradores (KENCHIAN, 2011). O tratamento das roupas inclui os
processos de lavar, secar e passar. Entretanto, esse ambiente é também muito
utilizado como despensa ou depósito.
8 Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
As áreas molhadas devem ser revestidas com material resistente à água e à gordura.
Elas devem ser de fácil limpeza, ter impermeabilidade e resistência ao atrito constante.
Para evitar acidentes, ao serem molhados, os pisos não podem ser escorregadios.
Seleção de mobiliário
Os ambientes são definidos pelos equipamentos e mobiliários inseridos em
seu layout. A sua disposição é determinada pelas atividades desenvolvidas nos
locais. Você deve visar sempre à funcionalidade e ao conforto do ambiente.
As principais atividades desenvolvidas na cozinha são guardar, conservar,
lavar, preparar, cozinhar, fritar e assar alimentos, assim como lavar, secar e
guardar louças e utensílios. Esse espaço também pode servir para consultar e
elaborar receitas, eliminar e reciclar o lixo (KENCHIAN, 2011). Para muitas
famílias, a cozinha é um local de encontro, onde os membros se reúnem para
preparar e desfrutar das refeições junto a amigos e familiares. Por ser um local
tão significativo para os brasileiros, deve ser planejado com carinho e dedica-
ção. A ideia é garantir que todas as expectativas do cliente sejam alcançadas.
Para Azevedo (2017), o banheiro é o local mais importante de uma residên-
cia. Ele deve ser esteticamente agradável, funcional e confortável. Também
é necessário projetá-lo de forma que a sua organização otimize os fluxos,
principalmente em residências com famílias que possuem rotinas de trabalho
e estudo em horários próximos.
Kenchian (2011) apresenta os processos de lavar as mãos e o rosto, escovar
os dentes, tomar banho, relaxar na banheira, dar banho nas crianças, fazer as
excreções, cuidar dos cabelos e remover os pelos corporais como as principais
atividades desenvolvidas no banheiro. Ele ainda afirma que os atos de maquiar-
-se, cuidar da aparência, realizar curativos e verificar o peso são atividades
realizadas nesse mesmo ambiente.
Já para a área de serviço, o autor determina como atividades principais o ato
de lavar instalações sanitárias; recolher, separar, reciclar e eliminar resíduos;
lavar, secar, limpar, guardar, passar e dobrar roupas; e limpar e engraxar
sapatos. Ele afirma também que o ato de costurar roupas pode ocorrer na área
de serviço (KENCHIAN, 2011).
10 Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas
Mobiliário/equipamentos Mobiliário/equipamentos
Ambiente essenciais opcionais
Mobiliário
Dimensões (m)
Para cozinhas e áreas de serviço atenderem à NBR 9.050, devem ser re-
alizadas circulações com no mínimo 0,90 m, prevendo sempre um local ou
área para realizar o giro da cadeira de rodas, que exige 1,50 m. Apesar de o
ideal ser a realização de circulações com 1,50 m, edificações existentes nem
sempre possibilitam essa alternativa, assim como todos os ambientes de uma
edificação.
Ching (2012) indica que há dois tipos de dimensões relacionadas ao corpo
humano: as dimensões estruturais e as dimensões funcionais. As dimensões
estruturais são as dimensões do corpo em si, já as dimensões funcionais
variam conforme as atividades e movimentos dos usuários, como o ato de
sentar e esticar os braços para pegar algo nos armários (CHING, 2012). Essas
dimensões encontram-se ilustradas na Figura 7.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas 15
Você projeta para atender às necessidades do ser humano, não é? Por isso,
deve criar ambientes confortáveis e de fácil utilização, sempre atendendo às
normas vigentes e às expectativas do usuário. As áreas molhadas são ambientes
de grande importância em uma residência, pois são utilizadas para ativida-
des de higiene e alimentação, fatores fundamentais para a sobrevivência e a
convivência em sociedade.
Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para áreas molhadas 19
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531. Elaboração de projetos
de edificações – Atividades técnicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
MATERIALS. Guia Arauco: como projetar e construir uma cozinha corretamente? ArchDaily,
29 jul. 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/789635/guia-arauco-como-
-projetar-e-construir-uma-cozinha-corretamente>. Acesso em: 28 out. 2018.
NEUFERT, E. A arte de projetar em arquitetura. 18. ed. São Paulo: GG, 2013.
Conteúdo:
PROJETO DE
INTERIORES
RESIDENCIAIS
Marilia Pereira de
Ardovino Barbosa
Arquitetura de interiores
e o mobiliário residencial
para quartos e salas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A arquitetura de interiores estuda, entre vários fatores, a relação entre
os ambientes e seu mobiliário. Cada espaço residencial tem um uso e
uma função. Sala, cozinha, quarto e banheiro, entre outros cômodos,
necessitam de mobiliário específico. O estudo e o conhecimento desses
usos e dos móveis adequados a eles são importantes para a realização de
um bom projeto. Além disso, são fundamentais para garantir o melhor
aproveitamento e a funcionalidade dos espaços.
Neste capítulo, você vai estudar a arquitetura de interiores e o mobi-
liário residencial para quartos e salas. Por fim, vai conhecer as medidas
mínimas para cada um desses espaços internos.
Arquitetura de interiores
A arquitetura de interiores é a realização do projeto de um ou mais espaços em
uma edificação, em escala maior e mais detalhada. Ela prevê a distribuição do
mobiliário, a decoração e os aspectos técnicos que envolvem a construção. A
2 Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para quartos e salas
Intervenção detalhada nos ambientes internos e externos que lhe são corre-
latos, definindo uma forma de uso do espaço em função do mobiliário, dos
equipamentos e suas interfaces com o espaço construído, alterando ou não
a concepção arquitetônica original, para adequação às necessidades de uti-
lização (CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL,
2014, documento on-line).
Assentos
Figura 1. Assentos.
Fonte: Ching (2013, p. 326 e 327).
Mesas
Figura 2. Mesas.
Fonte: Ching (2013, p. 332).
6 Arquitetura de interiores e o mobiliário residencial para quartos e salas
Figura 3. Camas.
Fonte: Ching (2013, p. 336).
Figura 4. Armários.
Fonte: Ching (2013, p. 338).
Os móveis planejados são produzidos por diversas empresas especializadas. Eles são
compostos por módulos, parcialmente adaptáveis ao tamanho do cômodo e ao desejo
do cliente. Por sua vez, os móveis sob medida são feitos especialmente para a necessidade
do cliente. Eles são planejados para um espaço específico, com base nas suas medidas.
Enquanto os móveis planejados usam módulos pré-fabricados e comercializados em
lojas, os móveis sob medida são criados por marceneiros (MARANHA, 2018).
A maioria das cidades, por meio de seus códigos de obras, estipula as medidas
mínimas para os ambientes. Quando isso não acontece, você deve usar a NBR
15575 como base para o dimensionamento de espaços.
No link a seguir, você encontra uma matéria bastante interessante sobre as metragens
mínimas dos ambientes de uma casa.
https://goo.gl/1CnsqN
Leituras recomendadas
E-CIVIL. Sala íntima. 2018. Disponível em: <https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-
que-e-sala-intima.html>. Acesso em: 17 out. 2018.
KARLEN, M. Planejamento de internos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Conteúdo:
COMPOSIÇÃO DE
JARDINS
Introdução
Para a criação de um projeto de jardim e sua ambientação, é necessária
a seleção cuidadosa de diferentes elementos, como traçado, caminhos,
vegetação, mobiliário, iluminação e revestimentos de piso. A seleção de
materiais, cores, texturas e padrões de superfícies, assim como o arranjo
dos elementos do jardim devem ser adequados aos seus diferentes usos
e atividades de seus usuários.
O mobiliário e os diversos elementos construtivos utilizados para a
composição e ornamentação de áreas externas devem responder às
questões estéticas e funcionais, adequando-se às intempéries locais e às
questões sociais e culturais, contribuindo para a criação de uma relação
afetiva e simbólica entre o indivíduo e o espaço.
Neste capítulo, você verá exemplos de móveis para jardins, bem como
a relação de categorias desse tipo de mobiliário e os principais materiais
recomendados para as áreas externas.
criativas, surgem novas formas, que dependem do meio físico e das neces-
sidades humanas em relação à ordem estética, econômica, social, religiosa e
até mesmo ecológica, como revelam os autores:
Composições paisagísticas
Nas composições paisagísticas deve-se observar cuidadosamente o sítio, ou
seja, o local onde será trabalhada a paisagem, além de, segundo Waterman
(2011, p.86) “[...] compreender seu potencial e protegê-lo de todos os seus usos
possíveis”. No paisagismo, às vezes, a forma segue a função. Ainda que essa
fórmula seja aparentemente fácil de resolver, há um grande desafio, visto que a
paisagem apresenta uma infinidade de possibilidades funcionais e complexas
interseções de uso.
Nas áreas particulares (Figura 9), por outro lado, normalmente os móveis
para jardim, como mesas, cadeiras, espreguiçadeiras, são ligados e emoldurados
pelos planos de piso (permanência transitória e prolongada), com concepção e
materiais mais variados, gerando maior conforto e tempo de utilização. Nesses
casos, podem ser utilizados materiais menos duráveis, pois os móveis podem ser
facilmente remanejados para locais fechados e/ou protegidos contra intempéries.
O projeto de móveis para jardins 11
Figura 11. Jardim elementar. Neste projeto buscou-se trabalhar com elementos naturais
como pedra, fogo, madeira e vegetação.
Fonte: Adaptado de Pereira (2019, documento on-line).
bustos;
esculturas;
peças utilitárias (p. ex., fontes);
painéis;
pisos (mosaicos), etc.
PEREIRA, M. Jardim elementar: Kalil Ferre Paisagismo. 2019. Disponível em: https://
www.archdaily.com.br/br/921275/jardim-elementar-kalil-ferre-pasagismo/5d2ea0b028
4dd15263000002-jardim-elementar-kalil-ferre-pasagismo-foto. Acesso em: 1 nov. 2019.
PEREIRA, R. O. Elementos de mobiliário urbano nas cidades universitárias: considerações
para elaboração de novos projetos. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado
em Design Industrial) — Centro de Artes, Universidade do Estado de Santa Catarina,
Florianópolis, 2010. Disponível em: http://sistemabu.udesc.br/pergamumweb/vincu-
los/000000/000000000011/00001162.pdf. Acesso em: 1 nov. 2019
SILVEIERA, M. T.; UZEDA, H. Museu Casa de Rui Barbosa: o jardim como coleção de
Memória. In: PESSOA, A.; FASOLATO, D. (org.). Jardins históricos: intervenção e valoriza-
ção do patrimônio paisagístico. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2016.
p. 59–74. Disponível em: http://www.casaruibarbosa.gov.br/arquivos/file/Seminarios/
comunicacoes_JardinsHistoricos_2016.pdf. Acesso em: 1 nov. 2019.
TOK&STOK. Vida longa aos móveis de jardim: como conservar os móveis externos. c2019.
Disponível em: http://www.maistokstok.com.br/dicas/moveis-externos-moveis-de-
-jardim/. Acesso em: 1 nov. 2019.
VADA, P. Praça Fonte Nova: José Adrião Arquitetos. 2018. Disponível em: https://www.
archdaily.com.br/br/891211/praca-fonte-nova-jose-adriao-arquitetos/5ab3ad5af197cc
0ef0000195-praca-fonte-nova-jose-adriao-arquitetos-foto?next_project=no. Acesso
em: 1 nov. 2019.
WATERMAN, T. Fundamentos de paisagismo. Porto Alegre: Bookman, 2011.
Leituras recomendadas
FARAH, I.; SCHLEE, M. B.; TARDIN, R. (org.). Arquitetura paisagística contemporânea no
Brasil. São Paulo: Senac São Paulo, 2010.
KLIASS, R. Rosa Kliass: desenhando paisagens, moldando uma profissão. São Paulo:
Senac, 2006.
LANA, R. S. Arquitetos da paisagem: memoráveis jardins de Roberto Burle Marx e Henri-
que Lahmeyer de Mello Barreto: Minas Gerais: década de 1940. Belo Horizonte: Museu
Histórico Abílio Barreto, 2009.
LEENHARDT, J. (org). Nos jardins de Burle Marx. São Paulo: Perspectiva. 1996.
MACEDO, S. S. Quadro do paisagismo no Brasil. São Paulo: USP, 1999. (Coleção Quapá, v. 1).
MAGALHÃES, C. M. Patrimônio de arte: o mobiliário artístico dos jardins históricos
brasileiros. In: ARECES, M. Á. Á. (org.). Paisajes culturales, patrimonio industrial y desarrollo
regional. Gijón: CICEES, 2013. v. 13, p. 203–210. (Los ojos de la memoria).
MARX, R. B. Arte e paisagem: conferências escolhidas. São Paulo. Nobel. 1987.
SEGAWA, H. Ao amor do público: os jardins no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP,
1996.
16 O projeto de móveis para jardins
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
PROJETO DE
ARQUITETURA DE
INTERIORES
RESIDENCIAIS
Introdução
Passamos a maior parte do tempo dentro de edificações. Seja em casa,
na escola ou no trabalho, o interior dos edifícios faz parte de nossas vidas.
Esse simples fato basta para evidenciar a importância da concepção
desses espaços de maneira adequada e agradável. Além disso, o modo
como configuramos esses espaços inteiros afeta de forma direta o com-
portamento e o relacionamento das pessoas dentro deles.
Neste capítulo, você reconhecerá os fundamentos do leiaute e do
desenho de móveis residenciais, identificará padrões e boas práticas na
representação desses espaços, bem como diferentes momentos, etapas
e maneiras de representar os espaços interiores de projetos residenciais.
Ergonomia é a área de conhecimento que estuda o conforto dos usuários com base
nas dimensões do ser humano, ou antropometria. Com os dados ergonômicos, é
possível maximizar o conforto de uma peça de mobiliário para um uso específico.
Figura 4. Dimensões recomendadas (a) para a mesa de jantar e (b) para cozinhas.
Fonte: Ching e Binggeli (2019, p. 53–54).
Figura 7. Perfil do fabricante Deca para modelos de torneiras no site 3D Warehouse. Modelos
disponibilizados pelo próprio fabricante do produto.
Fonte: Deca Catálogo (2020, documento on-line).
Figura 8. Croqui de uma residência: observe que o mobiliário indicado tem dimensão
coerente, mas imprecisa.
https://qrgo.page.link/mPKsx
Leiaute e desenho de móveis residenciais 11
Leitura recomendada
MARADEI, G. 10 poltronas clássicas assinadas por famosos designers brasileiros. 2018. Dispo-
nível em: https://casavogue.globo.com/Design/Moveis/noticia/2018/09/10-poltronas-
classicas-assinadas-por-famosos-designers-brasileiros.html. Acesso em: 09 jan. 2020.
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
PROJETO DE
INTERIORES
RESIDENCIAIS
Marilia Pereira de
Ardovino
Layout e desenho de móveis
para quartos e salas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Os espaços internos são os ambientes físicos que correspondem às ne-
cessidades básicas de abrigo e proteção. Eles são o palco das atividades
diárias. Além disso, afetam o olhar, o humor e a personalidade dos usuários.
A arquitetura de interiores inclui o planejamento, o layout e o projeto de
espaços edificados. O seu objetivo é o aprimoramento funcional, estético
e do impacto psicológico desses locais (CHING, 2013).
Um projeto de interiores é composto por diversos elementos e dese-
nhos necessários para a concepção do espaço e para a comunicação entre
arquiteto e cliente. Um de seus elementos fundamentais é o layout, que
consiste em uma planta baixa mobiliada e detalhada com informações
e especificações do projeto.
Neste capítulo, você vai conhecer o conceito de layout para arquite-
tura de interiores, bem como os passos para a sua criação. Também vai
verificar como os móveis são representados em uma planta baixa e ver
exemplos de construção de um layout.
Criação de um layout
Um dos elementos do projeto de interiores é o layout do mobiliário em planta
baixa. O termo layout vem do inglês e literalmente significa “[...] qualquer
2 Layout e desenho de móveis para quartos e salas
Com base no que você viu até aqui, pode concluir que os passos para a
criação de um layout são:
A ergonomia (ou fatores humanos) é uma disciplina científica que estuda as inte-
rações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas. Ela também está
relacionada à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de
otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas
contribuem para o planejamento, o projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho,
produtos, ambientes e sistemas. A ideia é tornar esses elementos compatíveis com
as necessidades, habilidades e limitações das pessoas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ERGONOMIA, 2018).
Figura 6. Exemplos de mobiliário para salas e quartos em planta baixa em uma biblioteca
de desenhos arquitetônicos disponíveis para download.
Fonte: Bari (2017, documento on-line).
Assentos
Espaço de circulação entre poltronas e sofás: 1 pessoa > 0,60 | 2 pessoas > 1,20
Design universal > 1,50
Camas
A planta humanizada é aquela que vem com a representação dos móveis e revestimen-
tos de piso desenhados e coloridos. Se for uma planta de casa, pode também conter
o jardim desenhado. É uma planta feita para o leigo entender com mais facilidade.
Ela é diferente da planta técnica, que é composta basicamente por linhas. As plantas
baixas humanizadas são mais comerciais. São usadas pelos arquitetos e empresas para
explicar melhor o projeto para os clientes (ARQUIDICAS, 2017).
https://goo.gl/yrqWba
12 Layout e desenho de móveis para quartos e salas
Na Figura 10, a seguir, você pode ver um exemplo do layout de uma sala de estar grafi-
cado à mão. O desenho mostra a planta baixa, os elementos construtivos, o mobiliário,
as dimensões, os acessórios (cortina, tapete, objetos, vegetação), a representação do
piso e as especificações de acabamento e de móveis.
Leituras recomendadas
GALVÃO, A. Ergonomia aplicada a espaços interiores: dormitórios. UFPR, 2016. Disponível
em: <http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_arabella/wp-content/uploads/
sites/28/2016/03/Quarto.pdf>. Acesso em: 30 out. 2018.
KARLEN, M. Planejamento de espaços internos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Conteúdo:
PROJETO DE
INTERIORES
COMERCIAIS
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre a necessidade da boa comunicação
entre o profissional e o cliente, o que colabora para um resultado final
satisfatório para ambos. Além disso, você vai verificar alguns importantes
aspectos que devem ser considerados em um projeto de interiores co-
mercial, o que denominaremos boas práticas, analisando a sua aplicação
em uma proposta destaque.
A construção de um projeto não é uma tarefa fácil para ambos, cliente e ar-
quiteto. É um processo no qual vêm à tona muitos daqueles sonhos, desejos
e fantasias que, muitas vezes, são conflitantes entre os próprios membros
da família e que acabam criando discórdias sérias. É um processo às vezes
sofrido e a relação, delicada, especialmente se for a primeira experiência do
cliente com a construção e com um arquiteto e/ou vice-versa. O arquiteto tem
que entender a relação e saber gerenciar esse processo.
Na maioria das vezes, o cliente sabe pouco do que quer, tendo bastante
dúvidas com relação a técnicas, custos, funcionamento e organização. Por
isso, Pratini ([2018]) acrescenta que uma boa comunicação é importante para
conseguir colaborar com a definição de questões básicas sobre as quais o
cliente não está refletindo ou não consegue chegar a uma conclusão sozinho.
É por meio dos primeiros contatos com o cliente que são definidos os pontos
que vão nortear a futura proposta. Para Pratini ([2018]), uma das primeiras infor-
mações que deve ser solicitada pelo profissional ao cliente é uma lista de ambientes
que ele imagina para o futuro espaço comercial. Essa listagem, denominada
programa de necessidades, será traduzida em atividades a serem exercidas no
local. A partir disso é que são discutidos os primeiros pontos do projeto, a fim
de o cliente perceber se os ambientes listados são suficientes, se estão dentro do
orçamento e se podem ser racionados ou não. Além disso, a comunicação entre
profissional e cliente tem por objetivo a compressão de outros aspectos, como o
estilo de vida do cliente e a intenção do seu estabelecimento comercial.
Para Goi (2015), ter a percepção apurada sobre o que não é explicitado pelo
cliente contribui para uma proposta mais acertada. A partir da assimilação
sobre o cliente, das suas atitudes, comportamentos, roupas e rotina será
possível realizar algumas definições de alternativas. Para Pratini ([2018],
documento on-line), “[...] as alternativas vão-se excluindo ou justapondo
à medida que vão sendo identificados mais profundamente os traços dos
estilos de vida”.
Após essa comunicação inicial e algumas definições, será possível pros-
seguir com o processo projetual, gerando os desenhos e detalhes necessários
para a execução do empreendimento. Pratini ([2018]) ressalta que uma boa
comunicação é fundamental em todo o processo de projeto e também durante
a sua execução. Apesar de já haver definições no campo dos desenhos, no
decorrer do processo vão surgindo variadas possibilidades de materiais, for-
necedores, prazos, custos, entre outros aspectos. Com uma boa comunicação
é possível ir direcionando o cliente para as melhores escolhas, deixando-o
sempre ciente dos prós e contras de cada alternativa.
A escolha das cores é outro ponto-chave nas propostas comerciais, pois trata-se
de ferramentas bastante versáteis para a arquitetura. Usar a cor correta para cada
objetivo específico garante o sucesso do projeto, pois as cores estão diretamente
ligadas às sensações. Conforme Radamarker ([2018], documento on-line):
[...] distribuída por quatro andares, o visitante entra por um espaço com pé-
-direito duplo, no qual estantes e expositores parecem levitar para dar destaque
aos livros e objetos. Prateleiras suspensas por trilhos correm por entre as
seções, trazendo maior flexibilidade na configuração do leiaute.
Os expositores foram pensados para que uma ou outra obra não prevalecesse
diante das demais. Os olhos do visitante percorrem diferentes alturas, com
espaços ocupados por objetos que remetem a diferentes temas, as lombadas
inferiores desenhadas para que seja possível ver os títulos que estiverem mais
próximos do chão. Poltronas e pufes permeiam os percursos da livraria, num
misto de exposição de um pouco da história de nosso design e um convite
para que os leitores concentrados ou esparramados se esqueçam do tempo.
CASAS, A. et al. Livraria Saraiva: Studio Artur Casas. ArchDaily, 6 out. 2014. Disponível
em: <https://www.archdaily.com.br/br/628179/livraria-saraiva-studio-arthur-casas>.
Acesso em: 16 out. 2018.
ELY, V. B. Ergonomia + arquitetura: buscando um melhor desempenho do ambiente
físico. In: Ergodesign — Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de
Interfaces Humano-Tecnologia, 3., 2003, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: LEUI/
PUC-Rio, 2003.
GOI, F. D. A psicologia da arquitetura. Dicas de Arquitetura, 17 jul. 2015. Disponível
em: <https://dicasdearquitetura.com.br/a-psicologia-da-arquitetura/>. Acesso em:
16 out. 2018.
GOLDMAN, S. Psicodinâmica das cores. Canoas: La Salle, 1964. v. 1.
MESQUITA, R. 7 dicas para melhorar a comunicação com o cliente. Saia do Lugar, 7
mar. 2017. Disponível em: <http://saiadolugar.com.br/comunicacao-com-o-cliente/>.
Acesso em: 16 out. 2018.
NASCIMENTO, L. M. Apostila de projeto de interiores I: ambiente residencial. Passei
Direto, 2011. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/5840725/62182805-
-apostila-projeto-de-interiores-i>. Acesso em: 16 out. 2018.
NEVES, P. S. Esquemas cromáticos aplicados em ambientes internos: uma ênfase na si-
mulação computacional. 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Programa de
Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2000. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/pdf/30360442.pdf>.
Acesso em: 16 out. 2018.
PANATTO, J. Planejamento e execução de projeto de interiores. 2011. In: NASCIMENTO, L.
M. Apostila de projeto de interiores I: ambiente residencial. Passei Direto, 2011. Disponível
em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/5840725/62182805-apostila-projeto-de-
-interiores-i>. Acesso em: 16 out. 2018.
PRATINI, E. A delicada relação cliente-arquiteto. In: INSTITUTO BRASILEIRO DE DESEN-
VOLVIMENTO DA ARQUITETURA. Fórum da Arquitetura, São Paulo, [2018]. Disponível
em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=0&Cod=1611>. Acesso
em: 16 out. 2018.
RADAMARKER, F. Arquitetura comercial pode impulsionar o movimento das lojas.
AECweb, [2018]. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/arquitetura-
-comercial-pode-impulsionar-o-movimento-das-lojas_10667_10_0>. Acesso em: 16
out. 2018.
RELACIONAMENTO com o cliente: como um arquiteto pode se destacar. Sistema
MyWay, 3 mar. 2017.Disponível em: <https://sistemamyway.com.br/relacionamento-
-com-o-cliente-como-um-arquiteto-pode-se-destacar/>. Acesso em: 16 out. 2018.
Conteúdo: