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O BRINCAR NO SETTING PSICANALÍTICO: UMA REVISÃO TEÓRICA

AZAMBUJA, Natielly Rosa de¹. CANEDA, Cristiana Rezende Gonçalves².

¹Acadêmica do Curso de Psicologia. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL, Campus


de Cachoeira do Sul. natiellyrosaa@rede.ulbra.br

²Docente do Curso de Psicologia. ULBRA.

RESUMO:
O brincar na prática clínica vai muito além da diversão conceituado pelo dicionário, na visão
de psicanalistas é o modo pela qual a criança se expressa, um ato rico em verdades. O brincar
é carregado de sentidos e de sentimentos como medo, angústia, tristeza, raiva, felicidade e
esperança, é uma das vias pela qual a criança expressa suas fantasias e desejos de maneira
simbólica. A pesquisa a seguir foi elaborada a partir de uma revisão narrativa de literatura
psicanalítica. Melanie Klein, Anna Freud, Aberastury e Winnicott foram alguns dos grandes
psicanalistas contribuintes para a construção e estruturação da clínica psicanalítica com
crianças. No atendimento com crianças o brincar se torna técnica e por meio dela o sujeito vive
e revive suas experiências, há a criação de um espaço imaginário, um ato livre e sem obrigações.
Com o brincar da criança dentro da clínica psicanalítica é possível estabelecer o rapport, o sigilo
e outros aspectos importantes na análise. Para além do analista, o setting também faz parte do
brincar. Há uma gama de brinquedos que podem ser utilizados na clínica podendo ser eles
estruturados ou não estruturados. Por meio desta revisão teórica foi possível discorrer sobre a
importância do ato de brincar na clínica com crianças, por ser uma técnica rica em conteúdo
inconsciente, experiências e sentimentos além de ser uma via pela qual o paciente elabora seus
traumas e conflitos. A eficácia do brincar se confirma nos casos apresentados por autores que
estudaram o tema e dentro da prática clínica. O brincar vai além de uma mera aplicação de
técnicas, é uma permissão da criança interior do analista, um trabalho dual que se dá pela
transferência, um ato livre, complexo e sigiloso que permite a expressão, um espaço-tempo para
exercer liberdade de ser.
Palavras-chave: criança, brinquedos, psicanálise.
INTRODUÇÃO

A psicoterapia infantil se dá, entre outras técnicas, pela via do brincar entre o paciente
e o terapeuta. Para FULGENCIO (2006) “o objetivo do brincar, em essência, não é o riso ou o
prazer. Isso é secundário em relação à necessidade de ser e continuar sendo, que se realiza pelo
gesto espontâneo próprio ao brincar”. O brincar na prática clínica vai muito além do divertir
conceituado pelo dicionário. Na perspectiva de psicanalistas o brincar é um ato rico em
verdades.

A criança que brinca na análise exerce segundo SCHMIDT (2014) “sua imaginação e
seu mundo “faz de conta”, e nesse processo elabora aspectos frustrantes da realidade,
transforma algo passivo em ativo, aprende a compartilhar e a experimentar um contato social”.
O brincar é carregado de sentidos, de sentimentos como medo, angústia, tristeza, raiva,
felicidade e esperança, é uma das vias pela qual a criança expressa suas fantasias e desejos de
maneira simbólica.

Para PARREIRAS (2006), “o brincar pode dizer do ato de manipular o brinquedo ou de


fazer de um objeto um brinquedo”. É um ato que se situa no presente, no passado e no futuro.
O brincar não é neutro pois carrega a história da criança com seus outros objetos sobretudo
setting, instrumento fundamental do processo analítico. Aqui neste trabalho busca-se promover
uma reflexão acerca do brincar das crianças na clínica psicanalítica a fim de identificar aspectos
importantes desenroladas no setting.

METODOLOGIA

Esta pesquisa foi elaborada a partir de uma revisão narrativa de literatura psicanalítica
com base em livros clássicos pertinentes a psicanálise, psicoterapia e psicologia.

DISCUSSÃO
Partindo da ideia de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, de que
linguagem estamos falando sendo o sujeito aquele que não senta no divã para falar abertamente
sobre os seus traumas? Para SOMMERHALDER (2004) “o homem não cessa de falar do que
lhe escapa”. Qual é a linguagem das crianças?

Os primeiros brinquedos surgiram por volta do séc. XIX, e eram produzidos por fábricas
de estanho e de madeira, sendo assim inicialmente de mão de obra caseira. Sua função logo
após a criação era para a decoração de casas e para auxiliar o deleite de crianças. Com a
industrialização e comercialização do brinquedo, passou então a ser elaborado por profissionais
especialistas.

Afirma PARREIRAS (2006) “a função desses objetos foi se transformando com a


própria história da vida social, da família e das produções culturais”. A autora reforça que no
brinquedo não veio antes da brincadeira, antes mesmo de ser estruturado a imaginação estava a
frente do ato. O brinquedo pode ser visto como um mecanismo para o movimento que auxilia
na transformação.

A brincadeira nasce da necessidade de comunicação do ser humano, um bebê recém-


nascido tem sua subjetividade construída a partir das identificações e inscrições da mãe. Quando
este bebê se separa da mãe, surge a necessidade de comunicação com o mundo, por meio de
objetos, choros, risos e outros. Surge a necessidade de comunicar que sente fome, sente sono
ou dor, frio e sede.

Para Winnicott o objeto transicional é o que possibilita a separação da dupla mãe-bebê


e por meio do brincar a criança comunica antes mesmo das palavras. Se a psicanalise é a arte
da escuta, podemos pensar na escuta da criança antes mesmo da palavra, na escuta do ser e do
brincar. Segundo PARREIRAS (2006), “a psicanálise confirma a nossa subjetividade, como
testemunho das nossas criações imaginárias, dos nossos sonhos”.

No Brasil os primeiros brinquedos industrializados chegaram no séc. XX, produzidos


artesanalmente, feitos de aço e pintados, eram carros, navios, barcos e outros. Segundo fulana
“o brinquedo é um objeto mais popular no nosso país do que um livro. Ao nascer uma criança,
é comum presenteá-la com um brinquedo: um mordedor de plástico, um boneco, um bichinho
de pelúcia ou de pano”. Com o passar do tempo modificou-se a ideia de que o brinquedo deveria
ser a miniatura das “coisas de adulto”, o adulto demorou a entender que a criança não é uma
miniatura de si.

Ainda segundo PARREIRAS (2006), “tomamos aqui algumas funções do brinquedo


postas pela sociedade: o entretenimento, o aprendizado, a repetição e a imitação”. No
atendimento psicanalítico com crianças o brincar se torna técnica, por meio dela o sujeito vive
e revive suas experiências, há a criação de um espaço imaginário, um ato livre e sem obrigações.
A fantasia e o brincar serve de alivio para os sofrimentos psíquicos da criança, o brinquedo é
substituto dos objetos reais.

De acordo com MRECH (2002), “o uso da atividade lúdica como uma das formas de
revelar os conflitos interiores das crianças foi, sem dúvida, uma das maiores descobertas da
Psicanálise”. Na clínica o brincar é uma técnica valiosa que depende da presença na
transferência do paciente e do analista sendo assim considerada uma relação entre o paciente e
o seu inconsciente.

O ato analítico para REGHELIN (2008), “acontece na transferência, na medida em que


o analista é o representante dos objetos primários infantis e no brinquedo, através da caixa,
cujos conteúdos adquirem as representações dos anseios, medos e desejos inconscientes da
criança”. O primeiro paciente criança de Freud passou pelo processo de análise indireta, o pai
realizava anotações, o menino apresentava sintomas fóbicos e Freud buscava compreender o
significado do conteúdo latente manifesto por meio dos comportamentos e brincadeiras do
paciente. Inicialmente Freud acreditava que somente os pais do paciente pudessem exercer o
papel de analista. O que logo caiu por terra.

Sobre os escritos de Anna Freud frente a psicanálise com crianças afirma SCHMIDT
(2014), “a autora entendia o brincar como atividade expressiva, não representativa, e, portanto,
não simbólica, uma vez que o simbolismo se ligava ao reprimido, segundo concepção da
época.” Ressalta ainda que os objetos de amor do sujeito estão presentes no real e não no
imaginário, uma informação importante no que diz respeito à condução e conhecimento do
analista referente a análise com crianças.
Melanie Klein realiza assim como Anna Freud importantes contribuições sobre o
brincar e a psicanálise com crianças. Segundo FULGENCIO (2008) “sua teoria do brincar
ocupa um lugar fundamental, como meio pelo qual o método psicanalítico ampliou seu poder
de resolução de problemas clínicos.” Rita era paciente de Klein, tinha dois anos e nove meses.
Conforme SCHMIDT (2014), “Klein sentiu muita dificuldade em seguir o modelo clássico da
psicanálise com adultos, pois Rita falava muito pouco e no início da análise limitava-se a brincar
com sua boneca”. A análise de Rita só foi possível através da brincadeira.

O rapport entre o analista e paciente pode ser estabelecido por meio do brincar,
Winnicott acreditava que por meio do lúdico é possível estabelecer um ambiente de confiança.
Ainda na ótica de Winnicott sobre o brincar segundo FELICE (2003), “é uma forma básica de
viver, universal e própria da saúde, que facilita o crescimento e conduz aos relacionamentos
grupais.

O brincar surge no contexto da relação mãe-bebê, a qual segue uma sequência no


processo de desenvolvimento.” Além do analista, o setting também faz parte do brincar. Este
setting deve ser um local que permita a expressão da criança, onde o profissional não se
preocupe com a conservação do espaço.

Para REGHELIN (2008), “não cabe a nós impedir que eles expressem tais atitudes e
sim, entendermos o motivo que os leva a agir dessa maneira para interpretar no momento
devido.” Para fins de descrição o ideal é que o analista tenha móveis resistentes, um piso
lavável, mesa e cadeiras, um lavatório e se o profissional julgar pertinente um espelho onde a
criança possa se ver de corpo inteiro. Um setting não é um espaço ideal para que o sujeito exerça
sua criatividade e liberdade.

Conforme FRANCO (2003), “se não for possível experimentar este estado de
relaxamento, esta condição de aprendizado ativamente passiva, ativamente expectante, de fato
não há aprendizado algum: o analista não aprende, o paciente tampouco.” Na visão de
Aberastury o mesmo brinquedo ou brincadeira pode possuir diferentes significados. Os
brinquedos disponibilizados podem ser estruturados ou não estruturados, guardados em um
armário ou em caixas individuais. O uso da caixa de brinquedos individual é uma proposta da
autora Aberastury.

Afirma REGHELIN (2008), “tenho observado que o uso da caixa de brinquedos é


instrumento valioso para a compreensão, interpretação, elaboração no trabalho analítico
desenvolvido com crianças.” A caixa seria o mundo interno do paciente, com representações
inconscientes, um mundo não-verbal e um objeto muito valioso. Com os materiais individuais
dentro da caixa é permitido que a criança possa rasgar, sujar, colar e quebrar os brinquedos,
diferente dos que estão para o uso coletivo. Entre os materiais sugestivos para o consultório
estão a família terapêutica, argila, areia, massa de modelar, canetas, folhas, jornais, tinta, cola,
pincéis, tesouras, giz cera, casinhas mobiliadas, fantoches, carros, espadas e arminhas,
brinquedos de cozinha, soldadinhos, legos ou outros brinquedos de montagem e outros. Faz-se
necessário evitar materiais perigosos, cortantes ou com fogo, além de fazer uso de brinquedos
adequados a idade do paciente.

Já LEITE (2016) menciona “os jogos eletrônicos, vídeo games e tablets, principalmente,
vêm ganhando destaque ao longo dos anos e se tornando os favoritos das crianças. Alguns
profissionais da área psi iniciaram estudos relativos ao uso”. Estudos sobre o tema estão mais
voltados para a área comportamental, as consequências do uso demasiado e poucos nos
malefícios ou benefícios do uso na clinica. De acordo com a autora, “é preciso que fique claro
que, embora não se enquadre na proposta tradicional, o uso de novas tecnologias pode auxiliar
o terapeuta, o psicólogo ou o psicanalista a entender e manejar alguns comportamentos dos
pacientes”.

Diante disto, faz-se necessário a produção de mais pesquisas sobre o tema. Alguns
autores afirmam que os brinquedos devem ficar a mostra sem que o analista apresente ou
escolha os materiais. No que se refere a escolha do brinquedo significa segundo REGHELIN
(2008), “através da escolha de um brinquedo da caixa individual (do mundo interno), o paciente
apresenta ao analista o seu inconsciente, onde ele tem que ser empático, compreendê-lo e
interpretar através do jogo espontâneo.” A escolha dos brinquedos e brincadeiras deve ser livre
e sem a interferência do analista.
Cabe ressaltar ainda, que a escolha pode refletir na fase do desenvolvimento
psicossexual em que o paciente se encontra. Na fase oral exemplifica REGHLIN (2008) “as
crianças costumam brincar com mamadeiras, cuidam de bonecos, utilizam histórias de
dependência”. Na fase anal há brincadeiras com conteúdos sádicos, brinquedos de guerra,
soldados e os que sujam. A rivalidade, as armas e os conflitos se apresentam nas brincadeiras
na fase fálica.

Ressalta REGHLIN (2008), “o analista deve evitar a introdução de suas próprias


fantasias e personagens, ou seja, deve participar da história criada pelo paciente”. Durante o
brincar deve-se evitar interpretações precipitadas, o roteiro deve ser criado pelo paciente e o
analista deve ser um ator da cena. Conforme essa autora, “o analista deve cuidar com as
interpretações para que não interrompa a forma de brincar da criança e nem iniba a sua
criatividade”. A função do analista é o de aceitar como as coisas estão e esperar o paciente para
o brincar, não buscar coerência no lugar em que ela não está e evitar precipitações.

A liberdade para brincar e ser da criança deve ser resgatada como afirma MRECH
(2002)” para que ela deixe de ser objeto dos desejos e necessidades dos adultos, para se
investigar como ela pensa, sente, percebe o mundo à sua volta”. O sigilo também pode ser
tratado no ato de brincar ao final da sessão, onde os brinquedos são guardados na caixa em
conjunto com o paciente.

CONSIDERAÇÕES

O brincar e o brinquedo apresentado neste artigo assume uma forma de recurso para o
conhecimento do inconsciente na prática da clínica psicanalítica. A visão construída da
sociedade de um sujeito que virá a ser e não a miniatura de um outro contribuiu para que hoje
pudéssemos usufruir dos mais diversos brinquedos e brincadeiras.

A brincadeira é um fenômeno que deve ser constantemente estudado tendo em vista a


sua. Por meio da revisão teórica foi possível afirmar a importância do ato de brincar dentro da
análise de crianças por ser uma técnica rica em conteúdo inconsciente, experiências e
sentimentos além de ser uma via pela qual o paciente elabora seus traumas e conflitos.

A eficácia do brincar se confirma nos casos apresentados por autores que estudaram o
tema e dentro da prática clínica. Pela via do brincar segundo FULGENCIO (2008), “a
interpretação, reveladora da fantasia inconsciente, tinha o poder de fazer com que a criança
diminuísse, por assim dizer, seu grau de fixação a essa fantasia inconsciente e aos objetos
(pessoas) a ela associada”.

O ato de brincar é uma ponte de comunicação, o objeto transicional para a palavra, pode
assumir a posição de objeto de alteridade, auxilia a criança a subjetivar-se, a ser e comunicar.
O brincar vai além de uma mera aplicação de técnicas, é uma permissão da criança interior do
analista, um trabalho dual que se dá pela transferência, um ato livre, complexo e sigiloso que
permite a expressão.

Sobre o brincar, o setting e os materiais afirma REGHELIN (2008), “a criança não


necessita de muitos brinquedos e sim de espaço suficiente para sentir-se livre e fazer do
brinquedo o uso que quiser”. Ouso complementar ressaltando que a criança precisa de um
espaço-tempo para exercer liberdade de ser.

REFERÊNCIAS

FELICE, Eliana Marcello de. O lugar do brincar na psicanálise de crianças. Psicol. teor. prat.,
São Paulo , v. 5, n. 1, p. 71-79, jun. 2003 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
36872003000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 out. 2020.

FRANCO, Sérgio de Gouvêa. O brincar e a experiência analítica. Ágora (Rio J.) , Rio de
Janeiro, v. 6, n. 1, pág. 45-59, junho de 2003. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
14982003000100003&lng=en&nrm=iso>. acesso em 28 de outubro de 2020.
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-14982003000100003.
FULGENCIO, Leopoldo. O brincar como modelo do método de tratamento psicanalítico. Rev.
bras. psicanál, São Paulo , v. 42, n. 1, p. 123-136, mar. 2008 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-
641X2008000100013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 out. 2020.

LEITE, Renata Franco. Caixa lúdica e novas tecnologias. Estud. psicanal., Belo Horizonte , n.
45, p. 145-148, jul. 2016 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
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MRECH, Leny Magalhães. Além do sentido e do significado: a concepção psicanalítica da


criança e do brincar. O brincar e suas teorias, p. 155-172, 2002. Disponível em
https://repositorio.usp.br/item/001672406 acesso em 29 de outubro de 2020.

PARREIRAS, Ninfa de Freitas. A psicanálise do brinquedo na literatura para crianças. 2006.


Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. Disponível em
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-22082007-142716/pt-br.php acesso em
28 de outubro de 2020.

REGHELIN, Michele Melo. O uso da caixa de brinquedos na clínica psicanalítica de crianças1.


Contemporânea Psicanálise e Transdisciplinaridade, v. 5, p. 167-179, 2008. Disponível em
http://michelereghelin.com.br/wp-content/uploads/2018/05/O-uso-da-caixa-de-brinquedos.pdf
acesso em 28 de outubro de 2020.

SCHMIDT, Marília Bordin; NUNES, Maria Lúcia Tiellet. O brincar como método terapêutico
na prática psicanalítica: Uma revisão teórica. Revista de Psicologia da IMED, v. 6, n. 1, p. 18-
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https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/download/404/401 acesso em 27 de
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SOMMERHALDER, Aline. Crianças brincando de casinha numa brinquedoteca: um olhar


psicanalítico. 2004. Disponível em
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/96037/sommerhalder_a_me_rcla.pdf?seq
uence=1&isAllowed=y acesso em 26 de outubro de 2020.

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