A Inclusao Dos Trans
A Inclusao Dos Trans
A Inclusao Dos Trans
POSSIBILIDADES
Resumo
www.conedu.com.br
Introdução
Metodologia
Mediante o objetivo almejado para este artigo, foi feito uma pesquisa bibliográfica em
torno do tema, como forma de se obter maior ênfase na discussão atual da temática em meio à
realidade que se tem vivenciado. A pesquisa bibliográfica é “aquela que se caracteriza pelo
desenvolvimento e esclarecimento de ideias, com o objetivo de oferecer uma visão
panorâmica, uma primeira aproximação a um determinado fenômeno” (GONÇALVES, 2001,
p.65).
Através da pesquisa exploratória, é notório que esta se concebe como de grande
relevância para as metas que se deseja alcançar, de modo que possibilita ao pesquisador um
leque de informações a respeito do tema em estudo, pela qual se
www.conedu.com.br
pode consultar diferentes obras e autores, ou seja, contribuindo, assim, para a qualidade final
do seu trabalho.
Para Gonçalves (2001), a pesquisa bibliográfica faz um levantamento de boa parte do
conhecimento disponibilizado sobre o tema, de modo a possibilitar ao pesquisador outras
teorias elaboradas por diferentes autores, de diversos lugares do mundo, podendo, assim,
analisar e avaliar as contribuições dos mesmos em relação a explicação do seu objeto de
estudo.
É por meio desse tipo de pesquisa que se pode dar seguimento a um trabalho mais
significativo e de qualidade, sem romper com os objetivos que são elaborados no início do
processo, de modo que permite outro olhar mediante um determinado objeto. Podendo, assim,
compreender de diferentes ângulos os pontos de vista de teóricos estudiosos do assunto, e
consequentemente, fazendo com que possamos construir nosso próprio posicionamento diante
do tema.
Conceituando gênero
Discutir sexualidade mesmo nos dias de hoje ainda pode ser considerado, muitas
vezes, assunto polêmico e causador de repreensões no âmbito escolar. Há muitos anos fomos
educados de maneira que assuntos como esses só poderiam se fazer presentes quando
chegássemos a maior idade, por mais que saibamos que a sexualidade se constrói ao longo do
desenvolvimento biológico e social. Para que o entendimento sobre nosso trabalho seja
inteiramente eficaz, é importante uma explanação geral sobre o seu progresso ao longo dos
anos.
Na década de 1930, muitos professores foram jubilados e presos, por incluírem nos
planejamentos das aulas o ensino acerca da temática sexualidade na escola. Júlia Steimbruck,
carioca e que fora deputada em 1968, criou um projeto de Lei que tinha como objetivo tornar
obrigatório o ensino sobre a educação sexual no âmbito escolar.
Com o surgimento de diversas doenças sexualmente transmissíveis, que desencadeou
na proliferação do vírus HIV e com a preocupação da família devido a gravidez indesejada na
adolescência, nas décadas de 70 e 80, as pessoas passaram a ter maiores curiosidades acerca
da sexualidade do sujeito, e como consequência, na década de 90, foi comprovado em uma
pesquisa do Instituto Data Folha, divulgada em 1993, que 86% da população que colaboraram
para a pesquisa, eram favoráveis à inclusão das discussões sobre
www.conedu.com.br
Orientação Sexual nos currículos escolares (BRASIL, 1998, p. 291). O governo efetua, então,
aos Parâmetros Curriculares Nacionais, a elaboração do tema “Pluralidade cultural e
orientação sexual”, tratando-se de questões acerca da sexualidade nas escolas.
Para construir identidade de gênero e sexualidade, o indivíduo passa por formações e
transformações ao longo do seu desenvolvimento biológico e social. A adolescência concebe
uma fase de transição da infância para a fase adulta, conduzindo cargas de significativas
dúvidas, medos, aspectos morais, amadurecimento corporal, alterações emocionais que
desencadeará na formação da identidade do indivíduo. Ao abordar essa temática,
compreendemos que a sexualidade “é um termo amplamente abrangente que dificilmente se
encaixa em uma definição única e absoluta.” (BRASIL, 2001, p. 117).
Nessa perspectiva, Louro (2008) conceitua que para construção da identidade de
gênero e sexualidade o indivíduo passará por diversas aprendizagens durante sua formação, o
qual envolve vivências tanto no âmbito social, quanto no âmbito cultural em que este se
socializa.
Partindo dessa definição, compreendemos que a sexualidade é aspecto indispensável
da vida humana, dando início logo após o nascimento até a vida adulta do sujeito. Por isso,
faz-se cada vez mais necessário discussões acerca da temática nos mais diversos espaços, e
dentre tais as escolas e a família, no qual o individuo irá construir sua identidade perante a
sociedade.
Os trans são pessoas vulneráveis a qualquer tipo de preconceito, muitas vezes partindo
dos mesmos, onde o estranhamento com o seu corpo os levam a inúmeras duvidas, sem falar
sobre a dificuldade que enfrentam em retratar sobre o assunto com seus familiares, amigos e
todo mundo a sua volta.
De acordo com Chauí (1985):
Sabemos que o preconceito surge muitas vezes do meio em que fazemos parte, ou seja,
da maneira que nascemos já começa a distinguir, como exemplo rosa é para menina e bola é
pra menino, e diante de muitos outros fatores. Dessa forma o trabalho da inclusão e a visão da
www.conedu.com.br
escolar nestas situações se perdem a uma cultura machista e não dão espaços as novas
descobertas.
Rosemberg (1985) e Vidal (2003) relatam que as preocupações em torno da
construção de sujeitos e de relações entre sujeitos dotados de corpos, gêneros e sexos sempre
tiveram presente no contexto escolar e nas políticas públicas de educação brasileira. Podemos
observar que desde as descobertas dos trans, o ministério da educação e os profissionais da
área vêm se preocupando uma solução para trabalhar a inclusões destes, porém vivemos em
uma sociedade cheia de preconceitos e que não buscam um entendimento do qual não
conhece.
Um pouco do contexto
O fantástico estreia a série quem sou eu? Que conta histórias de transgêneros em
diferentes fases da vida, ressaltando a diferença entre identidade de gênero e orientações
sexual. Em quatro episódios, com a ajuda da fábula de “Alice no país das maravilhas”, de
Levis Carrol, a Alice de quem sou eu? Vai partir em uma jornada de autoconhecimento e
representa todas as pessoas que sentem que nasceram no corpo errado e estão em busca de sua
identidade. (Série Fantástico Ed. dia 12/03/2017)
O termo “transgênero” ou “ trans” se refere a uma pessoa cuja identidade de gênero- o
sentimento psicologicamente abalado de ser um homem a mulher, ou nenhuma das categorias
corresponde á de seu sexo de nascimento. Cabe destacar que o termo transexual é usado com
cada vez menos freqüência, e a identidade de gênero não deve ser confundida com a
orientação sexual, uma mulher, ou homem pode ter qualquer orientação sexual: homossexual,
heterossexual ou bissexual.
Existem poucos dados estatísticos confiáveis sobre pessoas transgênero. Isso se deve,
em parte, ao sigilo em que precisamos viver e, esta falta de conhecimento ou compreensão ás
vezes também se acentua por uma tecnologia que muda e é complexa sua condição. Estes por
sua vez vivem em condições dramaticamente diferentes em distintas partes do mundo.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais 2001:
www.conedu.com.br
dia, atitudes, de solidariedade, cooperação e repúdio ás injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. (p.07)
Não por acaso, é muito recente a inclusão das questões de gênero, identidade
de gênero e orientação sexual na educação brasileira a partir de uma
perspectiva de valorização da igualdade de gênero e de promoção de uma
cultura de respeito e reconhecimento da diversidade sexual. Uma perspectiva
que coloca sob suspeita as concepções curriculares hegemônicas e visa a
transformar rotinas escolares, e a problematizar lógicas reprodutoras de
desigualdades e opressão (HENRIQUES et al., 2007, p. 11).
Por isso se faz necessário propostas político pedagógicas para minimiza a transfobia
no ambiente escolar, onde o conhecimento e a aplicação por parte de professores e gestores
sobre as orientações contidas nos parâmetros curriculares nacional
www.conedu.com.br
para educação infantil no que diz respeito à diversidade sexual e de gênero o qual pode ser
trabalhada através de leituras infantis que falem sobre a diversidade humana. Não deixando de
sinalizar uma maior participação de professores e gestores em cursos de formação referente a
inclusão dos gênero na sociedade.
Nesse contexto, as práticas e atitudes dos profissionais na educação são extremamente
importantes na construção do ser, de forma que pode induzir as crianças a serem
preconceituosa ou não, diante das representações que estão sendo transformadas, assim a
escola se apresenta como uma prática muito importante, a partir do seu papel que é de
construção dos saberes das crianças, sinalizando as de identidades e conseqüentemente das
diferenças.
Considerações finais
O fundamento dos estudos de gênero está no fato de que existe uma desigualdade ou
diferença. Cabe-se, portanto uma parte a escola buscar meios em que solucione o preconceito
para ser trabalhados em sala de aula, preconceitos com os trans e todos os outros tipos de
gênero sexuais, como assegura-se a LGBT, que está incluso lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e trans. Não apenas a escola em si, como se deve trabalhar toda a comunidade junta,
a sociedade lutar juntos, para conquistas de projetos sociais, movimentos os quais tenham
todo um vigor, e não se deixa intimidar diante os obstáculos encontrados.
Portanto, se a escola como um meio inclusivo na sociedade deseja-se ocupar um lugar
de privilégio, não se pode ignorar nenhum público. E tem de se incluir, para garantir
desenvolvimento de todos os seus alunos, independente de qual gênero sejam eles, inclusive
daqueles meninos que nasceram meninas, e meninas que nasceram meninos, e todos aqueles
meninos e meninas., que em ambas as partes todos lutam em busca de um mesmo objetivo,
em descobrir suas próprias identidades e a caminharem pela vida, com a liberdade de
exercerem a sua própria opinião, e se adequarem aos seus próprios modos de viver e assegura
sempre o respeito de todos.
REFERÊNCIAS
www.conedu.com.br
BRASIL. Ministério de Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. 1998.
GONÇALVES, Elisa Pereira. Conversa sobre iniciação a pesquisa científica. ed. Alínea:
Campinas, 2001.
ROSEMBERG, Fúlvia. Educação sexual na escola. Cadernos de Pesquisa, n. 53, São Paulo,
mai. 1985.
VIDAL, Diana Gonçalves. Educação sexual: produção de identidades de gênero na dé- cada
de 1930. In: SOUSA, Cynthia Pereira de (Org.). História da educação: processos, práticas e
saberes. 3. ed. São Paulo: Escrituras, 2003.
www.conedu.com.br