Formação de Professores e Pratica de Ensino
Formação de Professores e Pratica de Ensino
Formação de Professores e Pratica de Ensino
PRoFESSo�ES &
PRÁTiCAJ DE Ef'ISiNo:
PESQUiSAJ (ONTEMPOflÂNEAJ
#DitaduraNuncaMais
Márcia de Souza Hobold
Isabel Maria Sabino de Farias
(Organizadoras)
FORMAÇÃO DE
PROFESSORES &
PRÁTICAS DE ENSINO:
PESQUISAS CONTEMPORÂNEAS
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo, SP)
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes - CRB-8 8846
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H683f Hobold, Márcia de Souza; Farias, Isabel Maria Sabino de (org.). Formação de professores
& prática de ensino: pesquisas contemporâneas / Organizadoras: Márcia de Souza Hobold
e Isabel Maria Sabino de Farias. -- 1. ed. -- Maceió, AL : Editora Café com Sociologia,
2024.
292 p.; gráfs.; tabs.; quadros; 14 x 21 cm.
E-Book; PDF; 9,2 MB.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-65-87600-55-0
CDD 370.71
24-3028238
CDU 377.8
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ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1. Formação de professores – Estágios.
2. Professor, formação.
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REFERÊNCIA
HOBOLD, Márcia de Souza; FARIAS, Isabel Maria Sabino de (org.). Formação de
professores & prática de ensino: pesquisas contemporâneas. 1. ed. Maceió, AL:
Editora Café com Sociologia, 2024.
Editor gerente
Cristiano das Neves Bodart - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Vice-diretor gerente
Roniel Sampaio-Silva - Instituto Federal do Piauí (IFPI)
COMITÊ EDITORIAL
Apresentação 9
Márcia de Souza Hobold
Isabel Maria Sabino de Farias
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1 Antes de ir a campo, preliminarmente, contatou-se a Secretaria Municipal de
Educação e Cultura de Antônio Carlos, a fim de solicitar autorização para a
pesquisa, requisito necessário para a aprovação doestudo no Comitê de Ética de
Pesquisas da UFSC, posteriormente registrado o projeto na Plataforma Brasil. A
aprovação ocorreu em 2 de maio de 2019, com o Parecer de nº 3.299.793 e CAAE:
08501119.0.0000.0121.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS DE ENSINO: pesquisas contemporâneas
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2Esta temática foi tratada na dissertação de mestrado intitulada “Hora-atividade
dos(as) professores(as) dos Anos Iniciais: contributos para a formação
continuada”, defendida em dezembro de 2020, sob autoria de Silvia Zimmermann
Pereira Guesser e orientação da Professora Dra. Márcia de Souza Hobold.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS DE ENSINO: pesquisas contemporâneas
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3 Deacordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a Covid-19 é uma doença causada
pelo coronavírus (SARS-CoV-2), cujo quadro clínico varia de infecções
assintomáticas a quadros respiratórios graves. O novo agente do coronavírus foi
descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China. A doença
rapidamente alastrou-se pelo mundo, forçando a adoção de medidas sanitárias de
isolamento social. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-
doenca. Acesso em: 22 jun. 2020.
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5Revisitando a pesquisa de mestrado “Hora-atividade dos(as) professores(as) dos
Anos Iniciais: contributos para a formação continuada”, defendida em 2020, sob
autoria de Silvia Zimmermann Pereira Guesser e orientação da Professora Dra.
Márcia de Souza Hobold, julgamos pertinente refletir a luz do sociólogo francês
Pierre Félix Bourdieu, acerca da formação cultural dos/as professores/as, após
cursar na condição de aluna especial, no primeiro semestre de 2022, a disciplina,
Dominação e Reprodução Social: a Sociologia de Pierre Bourdieu, na Linha de
Pesquisa: Sociologia e História da Educação – SHE, , ministrada pela Professora
Dra. Ione Ribeiro Valle.
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6 Esta temática foi tratada em apresentação de trabalho em março de 2022, no
evento; Ciclo de debates: formação e arte nos processos políticos
contemporâneos. Posteriormente, em dezembro do mesmo ano, foi publicado o
artigo nos anais do evento referenciado, intitulado “A hora-atividade como ação
transformadora”, de autoria da Mestra Silvia Zimmermann Pereira Guesser e
Professora Dra. Márcia de Souza Hobold.
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que são impostas por uma cultura escolar dominante, cujos saberes
sãoconsiderados únicos e verdadeiros, instituindo escolas e práticas
pedagógicas padronizadas.
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8Para a pesquisa, acesse: TOZETTO, S. S.; SILVA, M. R.; DOMINGUES, T. G. Os
cursos de licenciatura em pedagogia das universidades públicas do estado do Paraná.
Formação Docente, Belo Horizonte, v. 11, n. 21, p. 41-56, mai./ago. 2019. Disponível
em: www.revformacaodocente.com.br. Acesso em: 04 abr. 2023.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS DE ENSINO: pesquisas contemporâneas
-
Antonio Anderson Brito do Nascimento
Emerson Augusto de Medeiros
Osmar Hélio Alves Araújo
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS DE ENSINO: pesquisas contemporâneas
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Complementos de matemática.
História da filosofia.
Sociologia.
Fundamentos biológicos da educação.
Psicologia educacional (BRASIL, 1939).
Estatística educacional.
História da educação.
Fundamentos sociológicos da educação.
Psicologia educacional.
Administração escolar (BRASIL, 1939).
História da educação.
Psicologia educacional.
Administração escolar.
Educação comparada.
Filosofia da educação (BRASIL, 1939).
Didática geral.
Didática especial.
Psicologia educacional.
Administração escolar.
Fundamentos biológicos da educação.
Fundamentos sociológicos da educação (BRASIL, 1939).
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10 Nesse período da história, o curso de Pedagogia formava professores para atuar
nas escolas normais, espaços de formação do professor do Ensino Primário. O
que se destaca nesse período é que, mesmo não sendo licenciado para atuar no
Ensino Primário, muitos pedagogos lecionavam em tal nível de ensino,
deixando a questão: por que não é possível lecionar no Ensino Primário, uma
vez que era o curso de Pedagogia que formava os professores formadores dos
docentes do Ensino Primário?
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(PE1); “Foi o tempo curto para algumas aulas ministradas no curso, era tão
bom a metodologia, o conteúdo, que poderia ser mais extenso” (PE5).
Os participantes revelam dificuldades de cunho pessoal em
suas falas. PE1 destaca novamente a questão teórica como o maior
desafio enfrentado, citando a dificuldade que teve e justificando que
o percurso formativo anterior não foi suficiente. Avalia que a for-
mação anterior foi superficial e fragmentada.
Diante do exposto, identificou-se lacunas na formação básica
dos professores; uma formação precária, que é reproduzida e reflete
no fazer docente. Essas lacunas estão atreladas a fatores sociais, po-
líticos, econômicos e culturais, que sabe-se que a formação inicial
não tem como corrigir. Contudo, acredita-se que para haver uma
construção do conhecimento no sentido de promover a práxis, a
formação deve criar condições de superação, ao considerar quem
são, onde estão e quais conhecimentos prévios têm os sujeitos que
são formadores de outros sujeitos para a construção de uma pro-
posta emancipadora.
Nesse sentido, buscou-se saber se as ações que foram desenvolvi-
das na formação ofertada para a turma foram suficientes ao tempo que
tecem críticas, no sentido de dar condições de mudar ou de refletir so-
bre a prática docente. Cinco participantes responderam que sim, as
ações foram suficientes, e ainda consideram que “[...] a formação foi uma
das melhores, pena que o tempo e a distância foi um empecilho (PE5)”.
Foi possivel identificar que quatro participantes atuavam na
zona rural, um participante atuava na zona rural e urbana e uma atu-
ava somente na zona urbana. Sobre como os professores avaliaram
a formação, eles atribuíram em suas falas notas que vão de 9 a 10 e
expressam que:
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Disponível em: https://mestresdoutores2019.cgee.org.br/web/guest/inicio.
Acesso em: 21 fev. 2022.
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Tradução nossa.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS DE ENSINO: pesquisas contemporâneas
Continua...
Poética/criação artística (quatro trabalhos)
Conceitos/ Autores conceituais e metodológicos
autores
Fonte: Elaboração das autoras.
planejamento em sala de aula, mas que este precisa ser revisto e ade-
quado a depender das necessidades de cada aluno. Assim, quanto
mais numerosa for a sala de aula, mais difícil será para manter uma
rotina, atender de modo individualizado cada aluno, promover a
aprendizagem considerando as diferentes formas de aprender, con-
seguir avaliar os alunos de modo processual. Além disso, não se
pode esquecer que nas salas regulares ainda há os alunos com defi-
ciências, os quais precisam de um olhar particular. Realizar tais ati-
vidades sem condições adequadas certamente é um desafio, princi-
palmente, para quem ainda está iniciando na profissão.
Não se pode perder de vista que para o exercício de um traba-
lho com qualidade é necessário oferecer suporte. Assim, “[...] de face
com dificuldades dessa natureza – salas superlotadas, ter que ‘impro-
visar’ denota a desvalorização para com a profissão, além de repre-
sentar algo a mais para o docente preocupar-se” (Cavalcante, 2018,
p. 71). Ainda sobre as condições de trabalho, os professores também
destacaram a falta de materiais, sendo um aspecto em comum entre
todos os níveis de atuação na educação básica, apresentando como
solução a compra por conta própria.
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15Esses autores possuem vasta produção científica e, dada a notoriedade no
âmbito acadêmico, não vamos aqui citar as datas das tantas obras publicadas.
Algumas compõem a fundamentação teórica do presente texto.
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16 Para Pimenta (2005), o termo “profissionalidade” não deve ser compreendido
isolado da relação estabelecida pela tríade profissionalização-profissionalidade-
profissionalismo. A autora considera a profissionalização como um rol de ações
historicamente situadas que definirão certos parâmetros para o exercício
profissional docente, envolvendo-se, inclusive, com o reconhecimento social da
profissão. Já o profissionalismo remete aos aspectos que são referendados ou
aderidos pelos sujeitos que exercem a profissão, vindo a definir um status social e
dando, portanto, legitimidade para a função social que exercem. Assim, a
profissionalidade revela os saberes e as competências definidos para o exercício
e, também, as formas subjetivas que os professores vão constituindo na relação
com os processos mais externos instituintes da profissionalização. Esses
processos são construídos a partir do diálogo, nem sempre consensual, com as
formas de adesão aos princípios de ação da prática profissional expressos pelo
profissionalismo.
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17 O Grupo de Pesquisa Formação e Profissão docente – (FOPROFI) cadastrado
no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq desde 2021 e atua em parceria com
o Grupo internacional - História de la Universidad LatinoAmericana (HISULA).
Atualmente, o Foprofi reúne diversos pesquisadores: estudantes de graduação/ini-
ciação científica e pós-graduação (mestrado e doutorado) da UFOP e de outras Ins-
tituições; profissionais da educação básica, além de parcerias com redes de pesquisa
nacional e internacional e projetos da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Observatório da Educação); assim com projetos par-
ceiros de outras universidades - Pensar a Educação Pensar o Brasil, da UFMG -
Universidade Federal de Minas Gerais; Rede Universidades Públicas Colombianas
(Rudecolombia). Como parceria mais recente, destaca-se a realizada com o Colégio
das Américas da Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha/Espanha.
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18Os colaboradores foram categorizados utilizando-se a letra “P” de professor e
um número correspondente sequencial (1-27), conforme se vem utilizando no
acervo de dados de pesquisas do Foprofi.
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20 De acordo com Curado e Silva (2022), o termo “competência”, ligado à
formação, é influenciado por Perrenoud (2000), sociólogo suíço que realizou
trabalhos sobre as competências e se tornou escritor de referência no país. Oautor
é reiteradamente citado no Parecer CNE/CP 22/2019, como embasamento do
termo “competências” na formação docente. Para o sociólogo, competência se
refere à “[...] faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes,
capacidades, informações etc.) para solucionar com pertinência e eficácia uma
série de situações” (Perrenoud, 2000, p. 19).
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21 Segundo Neves (2005), a “Terceira Via” se refere a um programa político
específico, teorizado pelo sociólogo britânico Anthony Giddens, o qual
fundamenta, no caso da sociedade brasileira, uma ideologia neoliberal voltada para
a descentralização, a privatização e a desresponsabilização do Estado, com ênfase
nos ideais do voluntariado.
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22As instituições são organizações culturais (no sentido amplo) a serviço das ideologias
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23 Na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, as escolas de Ensino
Fundamental, Anos Iniciais, recebem a denominação de Escolas Classes. Elas
atendem os estudantes do 1º ao 5º ano de escolarização; podendo oferecer a
Educação Infantil: creche e pré-escola; os 6.º e 7.º anos do Ensino Fundamental e
o 1.º e o 2.º segmento de Educação de Jovens e Adultos, de acordo com as
necessidades da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal.
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Saberes Classificação
Saberes Docentes Saber plural, formado pelo amálgama,
mais ou menos coerente, de saberes
oriundos da formação profissional e de
saberes disciplinares, curriculares e
experenciais. (p.36).
Saberes da Formação Pro- Conjunto de saberes transmitidos pelas
fissional (das ciências da instituições de formação de professores
educação e da ideologia (escolas normais ou faculdades de ciências
pedagógica) da educação). (p. 36).
Saberes Disciplinares São saberes que correspondem aos diversos
campos do conhecimento, aos saberes de
que dispõe a nossa sociedade, tais como se
encontram hoje integrados nas
universidades, sob a forma de disciplinas,
no interior de faculdades e de cursos
distintos. [...] Os saberes disciplinares
emergem da tradição cultural e dos grupos
sociais produtores de saberes. (p. 38).
Saberes Curriculares Esses saberes correspondem aos
discursos, objetivos, conteúdos e
métodos a partir dos quais a instituição
escolar categoriza e apresenta os saberes
sociais por ela definidos e selecionados
como modelos da cultura erudita e de
formação para a cultura erudita. (p. 38).
Continua...
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS DE ENSINO: pesquisas contemporâneas
Continua...
Saberes Experienciais Esses saberes brotam da experiência e são por
ela validados. Eles incorporam-se à
experiência individual e coletiva sob a forma
de habitus e de habilidades de saber-fazer e de
saber-ser. (p. 39).
Fonte – Tardif, 2012 (adaptado).
por mim e falavam assim: ‘Sua mãe foi minha pró’, ‘Sua mãe
foi minha pró’. Eu achava aquilo tão interessante que eu
falei ‘Eu também quero ser professora’ (Professor 5).
Sobre esse aspecto da influência familiar, Tardif (2002) aponta
que a trajetória docente é relevantemente marcada por questões pré-
profissionais, as quais a história familiar, o tempo de aluno, o exem-
plo de professores e outras pessoas pertencentes ao grupo social de
que faz parte constituem os saberes da docência e com eles a carreira
se forma. Essa narrativa, então, faz com que se note a escolha pela
profissão sucedendo de maneira diversificada, sendo que as experi-
ências, antes ou durante a prática do ofício docente, são balizadoras
para a constituição da profissionalidade.
Já a narrativa de um professor aponta para uma ruptura histórica,
determinando que a continuação dos estudos não era para todos,
sendo necessário abrir mão da escola para ajudar no sustento familiar.
E aí a minha mãe, mesmo sendo também leiga, tinha uma
visão de que era o estudo que dava essa condição de você
mudar, transformar sua realidade. Então a minha avó vivia
uma situação cultural, de não prosseguir estudando, e isso
ela fez com as filhas dela e queria passar essa mesma con-
dição pra os netos e daí por diante (Professor 3).
Entende-se, então, que a escolha do magistério ainda no ensino
médio é recheada de perspectivas familiares. O ato de querer lecio-
nar situa a história familiar como elemento mobilizador, seja para
sair da baixa condição financeira vivida, seja como elemento de par-
ticipação social, visto que a educação era percebida como ponte de
emancipação e de inserção na sociedade local.
Contemporaneamente, essa escolha profissional é factível de
reunir outros elementos mobilizadores, haja vista que o desprestígio
advindo das condições de trabalho envolvendo salários, valorização
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27 Projeto criado no ano de 1986, coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão, com
vistas a desenvolver projetos e organizar trabalhos de capacitação e
acompanhamento em serviço de professores do ensino fundamental.
28 O Projeto Chapada atua na formação continuada de educadores desde 1997. O
seu principal objetivo é garantir que os estudantes, até os 8 anos, consigam ler e
produzir textos.
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