Legislacao Facilitada
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13 Dias
PC-DF
D i a 1 ............................................................................................................................................... 6
Constituição Federal: Art. 5º
Lei nº 9.099/ 1995 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais)
D i a 2 ............................................................................................................................................ 17
Constituição Federal: Arts. 6º - 17
Lei nº 8.429/1992 (Improbidade Administrativa)
Decreto-Lei nº 2.266/1985 (Criação da Carreira PCDF, Cargos, Valores e Vencimentos)
Lei nº 9.264/1996 (Desmembramento e Reorganização da PCDF, Remuneração de seus Cargos)
D i a 3 ............................................................................................................................................. 29
Constituição Federal: Art. 144
Lei nº 13.869/2019 (Abuso de Autoridade)
Lei nº 4.878/1965 (Regime Jurídico dos Funcionários Policiais Civis da União e do DF)
D i a 4 ........................................................................................................................................................................... 41
Código Penal: Arts. 1º – 12
Lei Orgânica do Distrito Federal - Capítulo V, Seção I - Da Polícia Civil
Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais) Arts. 1º - 80
D i a 5 ........................................................................................................................................................................... 52
Código Penal: Arts. 121 – 154 -B
Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais) Arts. 81 -
142
D i a 6 ........................................................................................................................................................................... 65
Código Penal: Arts. 155 – 183
Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais) Arts. 143 -
182
D i a 7 ........................................................................................................................................................................... 73
Código Penal: Arts. 312 - 361
Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais) Arts. 183 -
253
D i a 8 ............................................................................................................................................. 85
Código de Processo Penal: Arts. 1º - 3º
Decreto nº 30.490/2009 (Regimento Interno da PCDF) Arts. 1º - 55
D i a 9 ........................................................................................................................................... 100
Código de Processo Penal: Arts. 4º - 23
Decreto nº 30.490/2009 (Regimento Interno da PCDF) Arts. 56 - 93
D i a 1 0 ........................................................................................................................................ 114
Código de Processo Penal: Arts. 282 - 350
Decreto nº 30.490/2009 (Regimento Interno da PCDF) Arts. 94 - 138
D i a 1 1 ........................................................................................................................................ 130
Resolução nº 217-A / 1948 (Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Convenção Americana de Direitos Humanos / 1969 (Pacto de San José da Costa Rica)
D i a 1 2 ........................................................................................................................................ 142
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos / 1966
Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais / 1966
D i a 1 3 ........................................................................................................................................ 154
Decreto nº 7.037 / 2009 (Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3)
O Plano de Legislação Facilitada é uma ferramenta indispensável para quem deseja aumentar o rendimento nos estudos e
alcançar a tão sonhada aprovação. Abordamos nesse plano toda a legislação exigida pelo edital do concurso PCDF – Escrivão 2019/2020,
selecionando, contudo, somente os dispositivos que poderão ser objeto de cobrança, buscando implementar um estudo direcionado e
objetivo.
Cada dia de leitura contempla leis e dispositivos diversos, de forma a tornar o estudo mais agradável e diversificado. Incorporamos,
ainda, diversas ferramentas com o intuito de facilitar o estudo da legislação:
• Súmulas
• Julgados e entendimentos jurisprudenciais
• Comentários
• Citações Doutrinárias
• Dicas de Memorização
• Tabelas
• Esquemas
• Marcações
Atenção: Embora o edital não tenha feito menção expressa a diplomas normativos específicos de Direitos Humanos,
consideramos relevante a leitura das principais normas sobre o tema, uma vez que a cobrança pode incidir no tópico do
edital: “Tratados Internacionais de Direito Humanos.” Por esse motivo, incluímos nos dias 11, 12 e 13 diplomas
relevantes sobre Direito Humanos.
Esse material é protegido por direito autorais, sendo vedada a sua reprodução, distribuição ou comercialização.
Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/89)
CALENDÁRIO 2020
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 1 2 3 4 5 6 7
5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8 8 9 10 11 12 13 14
12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 15 16 17 18 19 20 21
19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 22 23 24 25 26 27 28
26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 29 30 31
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HORÁRIO SEMANAL
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
12 am
1 am
2 am
3 am
4 am
5 am
6 am
7 am
8 am
9 am
10 am
11 am
12 pm
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VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de
Constituição da República Federativa crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
do Brasil de 1988 imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei;
TÍTULO II Escusa de Consciência. Norma constitucional de eficácia contida.
Dos Direitos e Garantias Fundamentais IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
CAPÍTULO I artística, científica e de comunicação,
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS independentemente de censura ou licença;
Direitos Fundamentais são cláusulas pétreas e normas abertas, sendo
Veda-se qualquer censura de natureza política, artística e ideológica, não
permitida a inclusão de novos direitos não previstos pelo constituinte
se podendo exigir licença de autoridade para veiculação de publicações.
originário.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
Imprescritibilidade: Não desaparece com o tempo indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
Inalienabilidade: Não é transferível a outra pessoa
violação;
Irrenunciabilidade: Não pode sofrer renúncia STJ: Súmula 227 - Pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
STF: Admite as biografias não‐autorizadas, não excluindo a possibilidade
Inviolabilidade: Autoridades e disposições infraconstitucionais devem
de indenização por dano material ou moral
observá-los
Universalidade: Abrange a todos XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
Efetividade: Poder público deve garantir sua aplicação
nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
Interdependência: Há diversas ligações entre os Direitos fundamentais
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Complementariedade: Devem ser interpretados de forma conjunta
STF: Casa é um termo amplo, consagrando consultório, escritório e
Relatividade: Direitos fundamentais não são absolutos
qualquer lugar privado não aberto ao público. Contudo, não é um direito
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado.
absoluto.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
nos termos seguintes: investigação criminal ou instrução processual penal;
STF: O estrangeiro em trânsito também está resguardado pelos direitos
STF: É lícita a gravação de conversa telefônica realizada por um dos
individuais, podendo, inclusive, utilizar-se de remédios constitucionais.
interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há
Contudo, ele não poderá fazer uso de todos os direitos, a exemplo da ação
investida criminosa deste último.
popular, que é privativa de brasileiro.
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício
I - homens e mulheres são iguais em direitos e
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que
obrigações, nos termos desta Constituição;
a lei estabelecer;
Princípio da Isonomia. Determina que seja dado igual tratamento aos
que estão em situação equivalente, e tratamento desigual os desiguais, na Norma de eficácia contida. O STF decidiu pela inconstitucionalidade da
medida de suas desigualdades. exigência de diploma de jornalismo para o exercício da profissão de
jornalista e pela constitucionalidade do exame da Ordem dos Advogados
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer do Brasil (OAB), por considerar que o exercício da advocacia traz um risco
alguma coisa senão em virtude de lei; coletivo.
Princípio da Legalidade. Para o particular, somente a lei pode criar XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
obrigações, assim, a inexistência de lei proibitiva implica em permissão. resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
Para o Poder Público, por sua vez, não é permitido atuar na ausência de exercício profissional;
lei.
XV - é livre a locomoção no território nacional em
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,
desumano ou degradante; nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
vedado o anonimato; armas, em locais abertos ao público, independentemente de
STF: A defesa da legalização de drogas em espaços públicos autorização, desde que não frustrem outra reunião
constitui legítimo exercício do direito à livre manifestação do pensamento. anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional exigido prévio aviso à autoridade competente;
ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou Não confundir a exigência de prévio aviso com autorização. Não se exige
à imagem; autorização da autoridade competente, mas somente que ela seja
comunicada com antecedência. Contudo, devem-se observar os demais
STJ: Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano material e requisitos: que seja pacífica, sem armas e não frustre outra reunião. Esse
dano moral oriundos do mesmo fato. dispositivo possui grande incidência nas provas.
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de XVII - é plena a liberdade de associação para fins
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a
de culto e a suas liturgias; de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de interferência estatal em seu funcionamento;
assistência religiosa nas entidades civis e militares de XIX - as associações só poderão ser
internação coletiva; compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
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suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
o trânsito em julgado; defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
Atividades Suspensas > Decisão Judicial b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
Compulsoriamente Dissolvidas > Decisão Judicial + Trânsito em Julgado para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a interesse pessoal;
permanecer associado; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
XXI - as entidades associativas, quando Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio da
expressamente autorizadas, têm legitimidade para Inafastabilidade de Jurisdição)
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; Como regra, qualquer pessoa poderá acessar o Poder Judiciário sem a
necessidade de esgotar as esferas administrativas, ressalvadas as
Representação Processual. Exige expressa autorização do associado para questões relativas à Justiça Desportiva e ao Habeas Data.
que seja válida, não podendo ser substituída por autorização genérica
prevista em estatutos da entidade. XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o
XXII - é garantido o direito de propriedade; ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Direito Adquirido: direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por Ato Jurídico Perfeito: consumado segundo a lei vigente ao tempo em
interesse social, mediante justa e prévia indenização em que se efetuou.
Coisa Julgada: decisão judicial de que já não caiba recurso.
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; LINDB – Art. 6º (Decreto-Lei nº 4.657)
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b) perda de bens; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
c) multa; processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;
d) prestação social alternativa;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito
e) suspensão ou interdição de direitos;
ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
Rol não-exaustivo, podendo a lei criar novos tipos de penalidades. judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
XLVII - não haverá penas: militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
termos do art. 84, XIX; encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
b) de caráter perpétuo; competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada;
c) de trabalhos forçados;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre
d) de banimento; os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
e) cruéis; assistência da família e de advogado; (Direito ao silêncio e à
STF: Quanto ao caráter perpétuo, o máximo penal legalmente exequível, não-autoincriminação)
no ordenamento positivo nacional, é de 30 (trinta) anos. LXIV - o preso tem direito à identificação dos
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada
sexo do apenado; pela autoridade judiciária;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
integridade física e moral; quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
L - às presidiárias serão asseguradas condições para fiança;
que possam permanecer com seus filhos durante o período LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a
de amamentação; do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da O Brasil tornou-se signatário da Convenção Americana de Direitos
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica, que somente permite a
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; prisão civil pelo não pagamento de obrigação alimentícia. Embora a
Constituição continue prevendo a possibilidade de prisão do depositário
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por infiel, a referida convenção, por possuir status supralegal, suspendeu a
crime político ou de opinião; (Concessão de asilo político) Mesmo após a eficácia de toda legislação infraconstitucional que regia essa prisão civil,
naturalização
tornando-a inaplicável.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado ----------------------------------------------------------------------------------------------------
senão pela autoridade competente; (Princípio do Juiz Natural) ----
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus STF: Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil do depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade de depósito.
bens sem o devido processo legal; (Princípio do devido
processo legal - Due process of law) LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que
LV - aos litigantes, em processo judicial ou alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a abuso de poder;
ela inerentes; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para
STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. corpus ou habeas data, quando o responsável pela
STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de Poder Público;
defesa. LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser
STF: Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito impetrado por:
ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de
recurso administrativo. a) partido político com representação no Congresso
STF: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito Nacional;
prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se
pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
obtidas por meios ilícitos; membros ou associados;
Para a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (Fruits of the LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre
Poisonous Tree), uma prova ilícita contamina todas as outras que dela
derivam. Essa teoria é denominada pela doutrina como ilicitude por que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
derivação. exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
---------------------------------------------------------------------------------------------------- prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
--- cidadania;
STJ: Não se aplica a Teoria da Árvore dos Frutos Envenenados quando a
prova considerada como ilícita é independente dos demais elementos de LXXII - conceder-se-á habeas data:
convicção coligidos nos autos, bastantes para fundamentar a condenação. a) para assegurar o conhecimento de informações
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou
em julgado de sentença penal condenatória; (Princípio da bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
presunção de inocência) público;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a b) para a retificação de dados, quando não se prefira
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
pública, se esta não for intentada no prazo legal; ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à
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moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos; Inclusive Pessoa Jurírica 1 2 3 4 5 6
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo
fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente _____________________________________
01
pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento; _____________________________________
02
b) a certidão de óbito;
_____________________________________
03
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários _____________________________________
04
ao exercício da cidadania.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, _____________________________________
05
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IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor,
não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. independentemente de assistência, inclusive para fins de
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a conciliação.
execução:
I - dos seus julgados; Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos,
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser
quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência
1º do art. 8º desta Lei. é obrigatória.
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado § 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes
Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa
de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser,
acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao
das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. Juizado Especial, na forma da lei local.
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei § 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do
importará em renúncia ao crédito excedente ao limite patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar.
estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo
conciliação. quanto aos poderes especiais.
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta individual, poderá ser representado por preposto
Lei, o Juizado do foro: credenciado, munido de carta de preposição com poderes
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local para transigir, sem haver necessidade de vínculo
onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas empregatício.
ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou
escritório; Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas litisconsórcio.
ações para reparação de dano de qualquer natureza.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos
ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo. previstos em lei.
Seção II Seção IV
Do Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos Dos atos processuais
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão
determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as
para dar especial valor às regras de experiência comum ou normas de organização judiciária.
técnica.
Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que por lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer ato processual,
reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão
lei e às exigências do bem comum. somente os dias úteis. (2018)
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que
Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os preencherem as finalidades para as quais forem realizados,
bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei.
mais de cinco anos de experiência. § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de tenha havido prejuízo.
exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto § 2º A prática de atos processuais em outras comarcas
no desempenho de suas funções. poderá ser solicitada por qualquer meio idôneo de
comunicação.
Seção III § 3º Apenas os atos considerados essenciais serão
Das Partes registrados resumidamente, em notas manuscritas,
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os demais
por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de atos poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente,
direito público, as empresas públicas da União, a massa que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão.
falida e o insolvente civil. § 4º As normas locais disporão sobre a conservação das
§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante peças do processo e demais documentos que o instruem.
o Juizado Especial:
Seção V
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os
Do pedido
cessionários de direito de pessoas jurídicas; Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação
II - as pessoas enquadradas como do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado.
microempreendedores individuais, microempresas e § 1º Do pedido constarão, de forma simples e em
empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar linguagem acessível:
no 123, de 14 de dezembro de 2006; I - o nome, a qualificação e o endereço das partes;
II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;
III - as pessoas jurídicas qualificadas como
III - o objeto e seu valor.
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos § 2º É lícito formular pedido genérico quando não for
termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação.
IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, § 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela
nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o sistema de
2001. fichas ou formulários impressos.
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Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei § 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado,
poderão ser alternativos ou cumulados; nesta última independentemente de termo de compromisso, com a
hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente,
limite fixado naquele dispositivo. o Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato, a data para a
audiência de instrução.
Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de § 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos.
distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado designará a
sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de quinze dias. Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos
critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei,
Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes, podendo decidir por equidade.
instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação,
dispensados o registro prévio de pedido e a citação. Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias
Parágrafo único. Havendo pedidos contrapostos, poderá subsequentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togado
ser dispensada a contestação formal e ambos serão para homologação por sentença irrecorrível.
apreciados na mesma sentença.
Seção VI Seção IX
Das Citações e Intimações Da Instrução e Julgamento
Art. 18. A citação far-se-á: Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á
I - por correspondência, com aviso de recebimento em imediatamente à audiência de instrução e julgamento, desde
mão própria; que não resulte prejuízo para a defesa.
II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização
mediante entrega ao encarregado da recepção, que será imediata, será a audiência designada para um dos quinze
obrigatoriamente identificado; dias subsequentes, cientes, desde logo, as partes e
III - sendo necessário, por oficial de justiça, testemunhas eventualmente presentes.
independentemente de mandado ou carta precatória.
§ 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão
para comparecimento do citando e advertência de que, não ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a
comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as sentença.
alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano.
§ 2º Não se fará citação por edital. Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes
§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou que possam interferir no regular prosseguimento da
nulidade da citação. audiência. As demais questões serão decididas na sentença.
Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados
Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte
para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de contrária, sem interrupção da audiência.
comunicação.
§ 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão Seção X
desde logo cientes as partes. Da Resposta do Réu
§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá
endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se toda matéria de defesa, exceto arguição de suspeição ou
eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente impedimento do Juiz, que se processará na forma da
indicado, na ausência da comunicação. legislação em vigor.
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§ 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz
poderá determinar sua imediata condução, valendo-se, se Seção XIII
necessário, do concurso da força pública. Dos Embargos de Declaração
Art. 48. Caberão embargos de declaração contra
Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá sentença ou acórdão nos casos previstos no Código de
inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes a Processo Civil.
apresentação de parecer técnico. Parágrafo único. Os erros materiais podem ser
Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, corrigidos de ofício.
de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em
pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos
confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da
ciência da decisão.
Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito,
devendo a sentença referir, no essencial, os informes Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o
trazidos nos depoimentos. prazo para a interposição de recurso.
Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, Seção XIV
sob a supervisão de Juiz togado. Da Extinção do Processo Sem Julgamento do Mérito
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos
Seção XII previstos em lei:
Da Sentença I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de audiências do processo;
convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes II - quando inadmissível o procedimento instituído por
ocorridos em audiência, dispensado o relatório. esta Lei ou seu prosseguimento, após a conciliação;
Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória III - quando for reconhecida a incompetência territorial;
por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos
previstos no art. 8º desta Lei;
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de
exceder a alçada estabelecida nesta Lei. sentença ou não se der no prazo de trinta dias;
VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a
Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do
proferirá sua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz fato.
togado, que poderá homologá-la, proferir outra em § 1º A extinção do processo independerá, em qualquer
substituição ou, antes de se manifestar, determinar a hipótese, de prévia intimação pessoal das partes.
realização de atos probatórios indispensáveis. § 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar
que a ausência decorre de força maior, a parte poderá ser
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.
conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio
Juizado. Seção XV
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por Da Execução
três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no
jurisdição, reunidos na sede do Juizado. próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente Código de Processo Civil, com as seguintes alterações:
representadas por advogado. I - as sentenças serão necessariamente líquidas,
contendo a conversão em Bônus do Tesouro Nacional - BTN
Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, ou índice equivalente;
contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual II - os cálculos de conversão de índices, de honorários,
constarão as razões e o pedido do recorrente. de juros e de outras parcelas serão efetuados por servidor
§ 1º O preparo será feito, independentemente de judicial;
intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à III - a intimação da sentença será feita, sempre que
interposição, sob pena de deserção. possível, na própria audiência em que for proferida. Nessa
§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido intimação, o vencido será instado a cumprir a sentença tão
para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. logo ocorra seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos
do seu descumprimento (inciso V);
Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, IV - não cumprida voluntariamente a sentença transitada
podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que
irreparável para a parte. poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução,
dispensada nova citação;
Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de
gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 13 não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de execução,
desta Lei, correndo por conta do requerente as despesas cominará multa diária, arbitrada de acordo com as condições
respectivas. econômicas do devedor, para a hipótese de inadimplemento.
Não cumprida a obrigação, o credor poderá requerer a
Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de elevação da multa ou a transformação da condenação em
julgamento. perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se
a execução por quantia certa, incluída a multa vencida de
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor
apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, na execução do julgado;
fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o
confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do cumprimento por outrem, fixado o valor que o devedor deve
julgamento servirá de acórdão. depositar para as despesas, sob pena de multa diária;
Art. 47. (VETADO)
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VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá independentemente de termo, valendo a sentença como título
autorizar o devedor, o credor ou terceira pessoa idônea a executivo judicial.
tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial o
em juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o acordo celebrado pelas partes, por instrumento escrito,
preço inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o referendado pelo órgão competente do Ministério Público.
pagamento não for à vista, será oferecida caução idônea, nos
casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel; Art. 58. As normas de organização judiciária local
VIII - é dispensada a publicação de editais em jornais, poderão estender a conciliação prevista nos arts. 22 e 23 a
quando se tratar de alienação de bens de pequeno valor; causas não abrangidas por esta Lei.
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da
execução, versando sobre: Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei.
correu à revelia;
b) manifesto excesso de execução; Capítulo III
c) erro de cálculo; Dos Juizados Especiais Criminais
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da Disposições Gerais
obrigação, superveniente à sentença. Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por
juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a
Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no conciliação, o julgamento e a execução das infrações
valor de até quarenta salários mínimos, obedecerá ao penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras
disposto no Código de Processo Civil, com as modificações de conexão e continência.
introduzidas por esta Lei. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o
§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação
comparecer à audiência de conciliação, quando poderá das regras de conexão e continência, observar-se-ão os
oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente. institutos da transação penal e da composição dos danos
§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e civis.
eficaz para a solução do litígio, se possível com dispensa da
alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre outras Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor
medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as
prestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
do bem penhorado. máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não
§ 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou com multa.
julgados improcedentes, qualquer das partes poderá requerer
ao Juiz a adoção de uma das alternativas do parágrafo Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-
anterior. se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade,
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens informalidade, economia processual e celeridade,
penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos
devolvendo-se os documentos ao autor. sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de
liberdade. (2018)
Seção XVI
Das Despesas Seção I
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em Da Competência e dos Atos Processuais
primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas Art. 63. A competência do Juizado será determinada
ou despesas. pelo lugar em que foi praticada a infração penal.
Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º
do art. 42 desta Lei, compreenderá todas as despesas Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão
processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana,
de jurisdição, ressalvada a hipótese de assistência judiciária conforme dispuserem as normas de organização judiciária.
gratuita.
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que
Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o preencherem as finalidades para as quais foram realizados,
vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei.
casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que
vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que tenha havido prejuízo.
serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor § 2º A prática de atos processuais em outras comarcas
de condenação ou, não havendo condenação, do valor poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de
corrigido da causa. comunicação.
Parágrafo único. Na execução não serão contadas § 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os
custas, salvo quando: atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência
I - reconhecida a litigância de má-fé; de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita
II - improcedentes os embargos do devedor; magnética ou equivalente.
III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido
objeto de recurso improvido do devedor. Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio
Juizado, sempre que possível, ou por mandado.
Seção XVII Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser
Disposições Finais citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo
Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implantadas comum para adoção do procedimento previsto em lei.
as curadorias necessárias e o serviço de assistência
judiciária. Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência,
com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa
Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado
valor, poderá ser homologado, no juízo competente, da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou,
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sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente • Transação Penal
de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única
idôneo de comunicação. aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática
interessados e defensores. de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença
definitiva;
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo
mandado de citação do acusado, constará a necessidade de de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos
seu comparecimento acompanhado de advogado, com a termos deste artigo;
advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a
defensor público. personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da
Seção II medida.
Da Fase Preliminar § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de
providenciando-se as requisições dos exames periciais direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo
necessários. registrada apenas para impedir novamente o mesmo
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura benefício no prazo de cinco anos.
do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou § 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá apelação referida no art. 82 desta Lei.
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste
violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida artigo não constará de certidão de antecedentes criminais,
de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá
convivência com a vítima. efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível
no juízo cível.
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não
sendo possível a realização imediata da audiência preliminar, Seção III
será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes. Do Procedimento Sumaríssimo
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou
envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se for pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei,
o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68 o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato,
desta Lei. denúncia oral, se não houver necessidade de diligências
imprescindíveis.
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será
representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima elaborada com base no termo de ocorrência referido no art.
e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-
advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do
composição dos danos e da aceitação da proposta de crime estiver aferida por boletim médico ou prova
aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. equivalente.
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público
conciliador sob sua orientação. poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei.
Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferentemente § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser
entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a
funções na administração da Justiça Criminal. complexidade e as circunstâncias do caso determinam a
adoção das providências previstas no parágrafo único do art.
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a 66 desta Lei.
escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a
civil competente. termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa citado e imediatamente cientificado da designação de dia e
privada ou de ação penal pública condicionada à hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o
direito de queixa ou representação. responsável civil e seus advogados.
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da
dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer
direito de representação verbal, que será reduzida a termo. suas testemunhas ou apresentar requerimento para
Parágrafo único. O não oferecimento da representação intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização.
na audiência preliminar não implica decadência do direito, § 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável
que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. civil, serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para
comparecerem à audiência de instrução e julgamento.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime § 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma
de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de prevista no art. 67 desta Lei.
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de
multas, a ser especificada na proposta. instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver havido
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possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e
de proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á nos restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, será
termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. processada perante o órgão competente, nos termos da lei.
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Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organização,
composição e competência.
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XV - repouso semanal remunerado,
Constituição da República Federativa preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário
do Brasil de 1988 superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do
normal;
CAPÍTULO II XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
DOS DIREITOS SOCIAIS menos, 1/3 (um terço) a mais do que o salário normal;
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a do salário, com a duração de 120 (cento e vinte) dias;
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
STF: Os prazos da licença-gestante não poderão ser superiores aos
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta prazos da licença-adotante.
Constituição.
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT: Art. 10, § 1º - até
que lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX da Constituição, o
social: prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de 5 (cinco) dias.
I - relação de emprego protegida contra despedida
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
complementar, que preverá indenização compensatória,
dentre outros direitos; (Eficácia limitada) XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço,
sendo no mínimo de 30 (trinta) dias, nos termos da lei;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
involuntário; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
meio de normas de saúde, higiene e segurança;
III - fundo de garantia do tempo de serviço; (FGTS)
XXIII - adicional de remuneração para as atividades
O empregador recolherá mensalmente a alíquota de 8% sobre a
remuneração do trabalhador. Não se aplica a servidor público estatutário.
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria; (Benefício previdenciário)
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e e pré-escolas;
previdência social, com reajustes periódicos que lhe XXVI - reconhecimento das convenções e acordos
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação coletivos de trabalho;
para qualquer fim; (Reserva legal) XXVII - proteção em face da automação, na forma da
STF: Súmula vinculante 6 - Não viola a Constituição o estabelecimento lei; (Eficácia limitada)
de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de
serviço militar inicial.
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
V - piso salarial proporcional à extensão e à está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
complexidade do trabalho;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 (cinco)
convenção ou acordo coletivo; anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, (dois) anos após a extinção do contrato de trabalho;
para os que percebem remuneração variável; a) (Revogada).
VIII - décimo terceiro salário com base na b) (Revogada).
remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
(Gratificação natalina)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício
de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do idade, cor ou estado civil;
diurno;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no
STF: Súmula 213 - É devido o adicional de serviço noturno, ainda que
sujeito o empregado ao regime de revezamento.
tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador
portador de deficiência;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual,
crime sua retenção dolosa; (Natureza alimentar)
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XI – participação nos lucros, ou resultados,
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, insalubre a menores de 18 (dezoito) e de qualquer trabalho
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
(Eficácia limitada)
a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos;
XII - salário-família pago em razão do dependente do
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Benefício XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
previdenciário) vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
(oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos
facultada a compensação de horários e a redução da IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII,
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplificação do
XIV - jornada de 6 (seis) horas para o trabalho
cumprimento das obrigações tributárias, principais e
realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
negociação coletiva;
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peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e Art. 11. Nas empresas de mais de 200 (duzentos)
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,
observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para CAPÍTULO III
a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão DA NACIONALIDADE
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a Art. 12. São brasileiros:
intervenção na organização sindical; I - natos:
II - é vedada a criação de mais de uma organização NACIONALIDADE ORIGINÁRIA
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
será definida pelos trabalhadores ou empregadores ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam
interessados, não podendo ser inferior à área de um a serviço de seu país; (Jus solis)
Município; (Princípio da unicidade sindical) b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em República Federativa do Brasil; (Jus sanguinis)
questões judiciais ou administrativas; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de
STF: O sindicato atua como substituto processual, não havendo
mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
necessidade de prévia autorização dos trabalhadores. brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Jus
se tratando de categoria profissional, será descontada em sanguinis / Potestativa)
folha, para custeio do sistema confederativo da
II - naturalizados:
representação sindical respectiva, independentemente da
contribuição prevista em lei; (Contribuição confederativa) NACIONALIDADE DERIVADA
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18
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6
República Federativa do Brasil. (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a mandato eletivo e candidato à reeleição. (Inelegibilidade reflexa)
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. STF: Súmula vinculante 18 - A dissolução da sociedade ou do vínculo
conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no §
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 7º do artigo 14 da Constituição Federal
poderão ter símbolos próprios.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condições:
CAPÍTULO IV
I - se contar menos de 10 (dez) anos de serviço,
DOS DIREITOS POLÍTICOS
deverá afastar-se da atividade;
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo
II - se contar mais de 10 (dez) anos de serviço, será
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
para todos, e, nos termos da lei, mediante: (Democracia
semidireta ou participativa) automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
I - plebiscito; § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
Consulta a população previamente à edição do ato legislativo ou
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de
administrativo; proteger a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida pregressa do
II - referendo;
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra
Consulta a população posteriormente à edição do ato legislativo ou
administrativo, para que o povo ratifique ou rejeite o ato.
a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de
função, cargo ou emprego na administração direta ou
III - iniciativa popular. indireta.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: (Capacidade § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante
eleitoral ativa)
a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da
I - obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos; diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
II - facultativos para: econômico, corrupção ou fraude.
a) os analfabetos; § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em
b) os maiores de 70 (setenta) anos; segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
temerária ou de manifesta má-fé.
c) os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18
(dezoito) anos.
TSE: Poderão votar aqueles que, na data da eleição, tiverem completado a Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos,
idade mínima de 16 anos. cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
TSE: Resolução 21.920/2004 – Não estará sujeita a sanção a pessoa I - cancelamento da naturalização por sentença
portadora de deficiência que torne impossível ou demasiadamente
oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao alistamento
transitada em julgado; (Perda)
e ao exercício do voto. II - incapacidade civil absoluta; (Suspensão)
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os III - condenação criminal transitada em julgado,
estrangeiros e, durante o período do serviço militar enquanto durarem seus efeitos; (Suspensão)
obrigatório, os conscritos. IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; (Perda)
(Capacidade eleitoral passiva) V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37,
I - a nacionalidade brasileira; § 4º. (Suspensão)
II - o pleno exercício dos direitos políticos; Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará
III - o alistamento eleitoral; em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência. (Princípio da anterioridade eleitoral)
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
CAPÍTULO V
a) 35 (trinta e cinco) anos para Presidente e Vice- DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Presidente da República e Senador;
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e
b) 30 (trinta) anos para Governador e Vice- extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
Governador de Estado e do Distrito Federal; nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
c) 21 (vinte e um) anos para Deputado Federal, direitos fundamentais da pessoa humana e observados os
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz seguintes preceitos:
de paz; I - caráter nacional;
d) 18 (dezoito) anos para Vereador. II - proibição de recebimento de recursos financeiros
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de estes;
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
reeleitos para um único período subsequente.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre
Presidente da República, os Governadores de Estado e do escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito. adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal,
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ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 14_____________________________________
disciplina e fidelidade partidária. (2017)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem 15_____________________________________
personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na
forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (2017) Lei nº 8.429 / 1992
(Cláusula de barreira) Lei de Improbidade Administrativa
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos
Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos,
nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de
distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das unidades da mandato, cargo, emprego ou função na administração
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
válidos em cada uma delas; ou (2017) providências.
II - tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados
CAPÍTULO I
Federais distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das
Das Disposições Gerais
unidades da Federação. (2017) Art. 1° Os atos de improbidade praticados por
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de qualquer agente público, servidor ou não, contra a (1)
organização paramilitar. administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o Municípios, de Território, de (2) empresa incorporada ao
mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a patrimônio público ou (3) de entidade para cuja criação ou
outro partido que os tenha atingido, não sendo essa custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de
filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do 50% (cinquenta por cento) do patrimônio ou da receita anual,
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de serão punidos na forma desta lei.
televisão. (2017) Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades
desta lei os atos de improbidade praticados contra o
patrimônio de (4) entidade que receba subvenção, benefício
ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como
(5) daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com menos de 50% (cinquenta por
cento) do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes
1 2 3 4 5 6 casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.
_____________________________________
06 Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou
hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos
_____________________________________
07
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
_____________________________________
08
_____________________________________
13
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a
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autoridade administrativa responsável pelo inquérito X - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência
dos bens do indiciado. ou declaração a que esteja obrigado;
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio
caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou
Segundo o art. 37, §4º, da Constituição Federal, os atos de improbidade valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda mencionadas no art. 1° desta lei.
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao De acordo com o STJ, tanto atos de improbidade que importam
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal enriquecimento ilícito quanto os que atentam contra os princípios da
cabível. administração pública exigem o dolo como elemento caracterizador. Os
atos de improbidade que causam prejuízo ao erário, contudo, podem ser
evidenciados por dolo ou por culpa.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao
patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito
às cominações desta lei até o limite do valor da herança. Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam
CAPÍTULO II Prejuízo ao Erário
Dos Atos de Improbidade Administrativa Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que
Seção I causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
Enriquecimento Ilícito malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel desta lei;
ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que integrantes do acervo patrimonial das entidades
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
decorrente das atribuições do agente público; formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio
referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei,
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, sem observância das formalidades legais e regulamentares
para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem aplicáveis à espécie;
público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou
preço inferior ao valor de mercado; locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de locação de bem ou serviço por preço superior ao de
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por mercado;
essas entidades; VI - realizar operação financeira sem observância das
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, normas legais e regulamentares ou aceitar garantia
direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de insuficiente ou inidônea;
jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a
de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar observância das formalidades legais ou regulamentares
promessa de tal vantagem; aplicáveis à espécie;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de
direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição processo seletivo para celebração de parcerias com
ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los
ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou indevidamente;
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; autorizadas em lei ou regulamento;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou
mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de renda, bem como no que diz respeito à conservação do
qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução patrimônio público;
do patrimônio ou à renda do agente público; XI - liberar verba pública sem a estrita observância das
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica aplicação irregular;
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente enriqueça ilicitamente;
público, durante a atividade; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
liberação ou aplicação de verba pública de qualquer qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de
natureza; qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem
como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades.
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XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
por objeto a prestação de serviços públicos por meio da ofício;
gestão associada sem observar as formalidades previstas na III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em
lei; razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público IV - negar publicidade aos atos oficiais;
sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem V - frustrar a licitude de concurso público;
observar as formalidades previstas na lei. VI -deixar de prestar contas quando esteja obrigado a
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a fazê-lo;
incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de
transferidos pela administração pública a entidades privadas medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
mediante celebração de parcerias, sem a observância das mercadoria, bem ou serviço.
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à VIII - descumprir as normas relativas à celebração,
espécie; fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou pela administração pública com entidades privadas.
jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de
públicos transferidos pela administração pública a entidade acessibilidade previstos na legislação.
privada mediante celebração de parcerias, sem a X - transferir recurso a entidade privada, em razão
observância das formalidades legais ou regulamentares da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia
aplicáveis à espécie; celebração de contrato, convênio ou instrumento
XVIII - celebrar parcerias da administração pública congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei
com entidades privadas sem a observância das formalidades nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (2018)
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; Conforme a Jurisprudência abaixo, o STJ reconheceu a prática de assédio
sexual como improbidade contra os princípios da administração pública.
XIX - agir negligentemente na celebração,
-------------------------------------------------------------------------------------------------
fiscalização e análise das prestações de contas de PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
ASSÉDIO DE PROFESSOR DA REDE PÚBLICA. PROVA TESTEMUNHAL
parcerias firmadas pela administração pública com entidades SUFICIENTE. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
privadas; AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. MATÉRIA
CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DA EXCELSA CORTE. DOLO DO AGENTE.
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela ATO ÍMPROBO. CARACTERIZAÇÃO.
administração pública com entidades privadas sem a estrita 1. Cinge-se a questão dos autos a possibilidade de prática de assédio
sexual como sendo ato de improbidade administrativa previsto no
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer caput do art. 11 da Lei n. 8.429/1992, praticado por professor da rede
forma para a sua aplicação irregular. pública de ensino, o qual fora condenado pelas instâncias ordinárias à
perda da função pública.
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela 2. A tese inerente à atipicidade da conduta em razão da inexistência de
administração pública com entidades privadas sem a estrita nexo causal entre o ato e a atividade de educador exercida pelo Professo
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer não foi abordada pelo Corte de origem, o que atrai a incidência da Súmula
282 do STF.
forma para a sua aplicação irregular. 3. O recorrente também tratou de questão constitucional, qual seja, a
dignidade da pessoa humana, matéria que refoge da competência desta
Corte Superior, sob pena de usurpação da competência do Supremo
Seção II-A
Tribunal Federal.
(2016) 4. É firme a orientação no sentido da imprescindibilidade de dolo nos
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de atos de improbidade administrativa por violação a princípio, conforme
Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício previstos no caput do art. 11 da Lei n. 8.429/1992 - o que foi claramente
demonstrado no caso dos autos, porquanto o professor atuou com
Financeiro ou Tributário dolo no sentido de assediar suas alunas e obter vantagem indevida
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa em função do cargo que ocupava, o que subverte os valores
fundamentais da sociedade e corrói sua estrutura.
qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter 5. O recurso não pode ser conhecido em relação à alínea c do permissivo
benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem constitucional, porquanto o recorrente não demonstrou suficientemente a
o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de divergência, o que atrai, por analogia, a incidência da Súmula 284/STF.
Recurso especial conhecido em parte e improvido.
31 de julho de 2003. (2016)
STJ - REsp 1255120/SC, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, j. 21.05.2013, 2ª Turma, DJe 28.05.2013.
A Lei Complementar mencionada acima trata do Imposto sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISS):
“Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer CAPÍTULO III
Natureza é de 2% (dois por cento). Das Penas
§ 1º O imposto não será objeto de concessão de isenções, Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis
incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução de e administrativas previstas na legislação específica, está o
base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer
outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
que a decorrente da aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
exceto para os serviços a que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
da lista anexa a esta Lei Complementar.” ▪ ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento
Seção III integral do dano, quando houver, perda da função pública,
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 (oito a dez)
Contra os Princípios da Administração Pública anos, pagamento de multa civil de até 3 (três) vezes o valor
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o
atenta contra os princípios da administração pública Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
instituições, e notadamente: de 10 (dez) anos;
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou ▪ PREJUÍZO AO ERÁRIO
regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de
competência;
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II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do rejeição não impede a representação ao Ministério Público,
dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao nos termos do art. 22 desta lei.
patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função § 3º Atendidos os requisitos da representação, a
pública, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 (cinco a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que,
oito) anos, pagamento de multa civil de até 2 (duas) vezes em se tratando de servidores federais, será processada na
o valor do dano e proibição de contratar com o Poder forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de 5 (cinco) anos; Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao
▪ CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas
PÚBLICA da existência de procedimento administrativo para apurar a
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do prática de ato de improbidade.
dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou
direitos políticos de 3 a 5 (três a cinco) anos, pagamento de Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar
multa civil de até 100 (cem) vezes o valor da remuneração representante para acompanhar o procedimento
percebida pelo agente e proibição de contratar com o administrativo.
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade,
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo a comissão representará ao Ministério Público ou à
de 3 (três) anos. procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente
▪ CONCESSÃO OU APLICAÇÃO INDEVIDA DE a decretação do sequestro dos bens do agente ou terceiro
BENEFÍCIO FINANCEIRO OU TRIBUTÁRIO que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da patrimônio público.
função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 § 1º O pedido de sequestro será processado de acordo
(cinco a oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo
do benefício financeiro ou tributário concedido. (2016) Civil.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta § 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação,
lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações
como o proveito patrimonial obtido pelo agente. financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da
lei e dos tratados internacionais.
CAPÍTULO IV
Da Declaração de Bens Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica
condicionados à apresentação de declaração dos bens e interessada, dentro de 30 (trinta) dias da efetivação da
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser medida cautelar.
arquivada no serviço de pessoal competente. § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, ações de que trata o caput.
semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá
espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou as ações necessárias à complementação do ressarcimento
no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e do patrimônio público.
valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta
de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto
do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de
uso doméstico. 1965.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo
e na data em que o agente público deixar o exercício do como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob
mandato, cargo, emprego ou função. pena de nulidade.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do § 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do
serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o juízo para todas as ações posteriormente intentadas que
agente público que se recusar a prestar declaração dos possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. § 6o A ação será instruída com documentos ou
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia justificação que contenham indícios suficientes da existência
da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da
Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas,
sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as observada a legislação vigente, inclusive as disposições
necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil.
caput e no § 2° deste artigo. § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará
autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer
CAPÍTULO V manifestação por escrito, que poderá ser instruída com
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial documentos e justificações, dentro do prazo de 15 (quinze)
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à dias.
autoridade administrativa competente para que seja § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de 30
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato (trinta) dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se
de improbidade. convencido da inexistência do ato de improbidade, da
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para
informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das apresentar contestação.
provas de que tenha conhecimento. § 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a agravo de instrumento.
representação, em despacho fundamentado, se esta não
contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A
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23
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de
inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e
processo sem julgamento do mérito. demais disposições em contrário.
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições
realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto
no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal.
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se
considera pessoa jurídica interessada o ente tributante que
figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o §
4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 1 2 3 4 5 6
de julho de 2003. (2016)
da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa _____________________________________
06
independe:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, _____________________________________
10
CAPÍTULO VII
Da Prescrição
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as
sanções previstas nesta lei podem ser propostas: Decreto Lei nº 2.266 / 1985
I – até 5 (cinco) anos após o término do exercício de Criação da Carreira PCDF, Cargos,
mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei
Valores e Vencimentos.
específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a
Dispõe sobre a criação da Carreira Policial Civil do Distrito
bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo
Federal e seus cargos, fixa os valores de seus vencimentos e
efetivo ou emprego.
dá outras providências.
III – até 5 (cinco) anos da data da apresentação à
administração pública da prestação de contas final pelas
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da
entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta
atribuição que lhe confere o artigo 55, item III, da
Lei.
Constituição,
DECRETA:
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Art. 1º Fica criada, no Quadro de Pessoal do Distrito
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua
Federal, a Carreira Policial Civil, composta de cargos de
publicação.
Delegado de Polícia, Médico-Legista, Perito Criminal,
escrivão de Polícia, Agente de Polícia, Datiloscopista Policial
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e Agente Penitenciário, conforme o Anexo I deste Decreto-lei vantagens, inclusive o tempo de serviço, o afastamento de
com os encargos previstos em legislação específica. funcionários para cursos de pós-graduação,
especialização e extensão, no País ou no exterior.
Art. 2º As atuais classes integrantes das categorias
funcionais do Grupo Polícia Civil do Distrito Federal (PC-200) Art. 13 A despesa com a execução deste Decreto-lei
existentes ficam transformadas nas seguintes: Segunda correrá à conta das dotações consignadas no Orçamento do
Classe, Primeira Classe e Classe Especial. Distrito Federal.
Art. 3º Os ocupantes dos cargos das atuais Art.14 Este Decreto-lei entrará em vigor na data de
categorias funcionais do Grupo PC-200 serão transpostos, na sua publicação, inclusive quanto a seus efeitos financeiros,
forma do Anexo II, para a carreira a que se refere o artigo 1º revogadas as disposições em contrário.
deste Decreto-lei.
Parágrafo único. Ficam extintos os cargos das Anexos
categorias designadas pelos Códigos PC-201, PC-202, PC-
203, PC-204, PC-205, PC-206 e PC-207. Anexo I
(Lei nº 9.659, de 9 de junho de 1998)
Art. 4º (Revogado)
Art.9º (Revogado)
Parágrafo único (Revogado)
Art.10(Revogado)
Art. 11 (Revogado)
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_____________________________________
10
_____________________________________
11
(Artigo 1º)
Tabela de Escalonamento Vertical _____________________________________
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_____________________________________
14
_____________________________________
15
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26
IV - órgãos do Ministério Público da União situados no
Art. 5o O ingresso nos cargos das carreiras de que trata Distrito Federal, para o exercício de cargo em comissão cuja
esta Lei dar-se-á sempre na 3a (terceira) classe, mediante remuneração seja igual ou superior à de cargo DAS-101.4 ou
concurso público, exigido curso superior completo, equivalente; (2018)
observados os requisitos previstos na legislação V - órgãos do Tribunal de Contas da União situados
pertinente. no Distrito Federal e Tribunal de Contas do Distrito Federal,
§ 1o O ingresso na Carreira de Delegado de Polícia do para o exercício de cargo em comissão cuja remuneração
Distrito Federal dar-se-á mediante concurso público de seja igual ou superior à de cargo DAS-101.4 ou equivalente;
provas e títulos, com a participação da Ordem dos (2018)
Advogados do Brasil, exigindo-se diploma de Bacharel em VI - Governadoria e Vice-Governadoria do Distrito
Direito e, no mínimo, 3 (três) anos de atividade jurídica ou Federal, para o exercício de cargo em comissão; (2018)
policial, comprovados no ato da posse. VII - Secretaria de Estado da Segurança Pública e da
§ 2o Será exigido para o ingresso na Carreira de Perito Paz Social do Distrito Federal, para o exercício de cargo em
Criminal da Polícia Civil do Distrito Federal o diploma de comissão ou função de confiança; e (2018)
Física, Química, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, VIII - demais órgãos da administração pública do
Ciência da Computação, Informática, Geologia, Odontologia, Distrito Federal considerados estratégicos, a critério do
Farmácia, Bioquímica, Mineralogia e Engenharia. Governador do Distrito Federal, para o exercício de cargo em
§ 3o Será exigido para o ingresso na Carreira de Perito comissão cuja remuneração seja igual ou superior à de cargo
Médico-Legista da Polícia Civil do Distrito Federal o diploma DAS-101.4 ou equivalente. (2018)
de Medicina. § 1º É vedada a cessão de servidor que não tenha
§ 4o O Poder Executivo disporá, em regulamento, cumprido o estágio probatório de que trata o art. 41 da
quanto aos requisitos e condições de progressão nos cargos Constituição Federal; (2018)
das carreiras. Constituição Federal de 1988: Art. 41. São estáveis após três anos de
Art. 6° (Revogado) efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público.
Art. 7° (Revogado)
Art. 8° (Revogado) § 2º É obrigatório o ressarcimento ao órgão cedente
do valor correspondente à remuneração do servidor cedido,
Art. 9° O enquadramento nas tabelas de que tratam salvo quando a cessão ocorrer para órgão da União,
os Anexos I, II e III far-se-á mediante requerimento do Governadoria e Vice-Governadoria do Distrito Federal, ou
servidor, em caráter irrevogável e irretratável, a ser Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social
apresentado no prazo de 60 (sessenta) dias contado da data do Distrito Federal; (2018)
da publicação desta Lei. § 3º A cessão à Presidência e Vice-Presidência da
Parágrafo único. O requerimento a que alude este artigo República, ao Gabinete de Segurança Institucional da
conterá, obrigatoriamente, expressa renúncia do interessado Presidência da República, ao Ministério da Justiça, ao
relativamente a parcelas remuneratórias eventualmente Ministério da Segurança Pública, à Presidência do Supremo
deferidas às Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Tribunal Federal, à Presidência do Tribunal de Justiça do
Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal decorrentes de Distrito Federal e dos Territórios, à Governadoria e Vice-
lei, ato administrativo ou decisão judicial. Governadoria do Distrito Federal, à Secretaria de Estado da
Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal e às
Art. 10. A não apresentação do requerimento nas unidades de inteligência da administração pública federal e
condições previstas no artigo anterior presumirá renúncia ao distrital e dos Tribunais de Contas da União e do Distrito
direito de enquadramento nas tabelas de que tratam Federal é considerada de interesse policial civil,
os Anexos I, II e III, às gratificações referidas no caput do art. resguardados todos os direitos e vantagens da carreira
7° e aos percentuais fixados no art. 8° desta Lei. policial. (2018)
Anexo I
Art. 11. O disposto nesta Lei aplica-se aos inativos e
pensionistas de servidores das Carreiras de Delegado de
Polícia Civil do Distrito Federal ou de Polícia Civil do Distrito
Federal.
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Anexo II
1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
_____________________________________
01
_____________________________________
02
_____________________________________
03
_____________________________________
04
_____________________________________
05
_____________________________________
06
Distrito Federal.
_____________________________________
09
Anexo I
Lei 12.804/2013 _____________________________________
10
_____________________________________
12
_____________________________________
13
_____________________________________
14
Anexo II _____________________________________
15
Tabela De Subsídios Para A
Carreira De Polícia Civil Do Distrito Federal
a) Quadro I: Valor do Subsídio para os Cargos de Perito
Criminal e Perito Médico-Legista da Carreira de Polícia Civil
do Distrito Federal
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§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros
Constituição da República Federativa militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-
se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais
do Brasil de 1988 estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios. (2019)
CAPÍTULO III § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento
DA SEGURANÇA PÚBLICA dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito a garantir a eficiência de suas atividades.
e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação § 8º Os Municípios poderão constituir guardas
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
patrimônio, através dos seguintes órgãos: (Rol taxativo) instalações, conforme dispuser a lei.
I - polícia federal; STF: Guardas Municipais podem exercer poder de polícia de trânsito,
aplicando sanções administrativas - multas - aos infratores.
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal; § 9º A remuneração dos servidores policiais
integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada
IV - polícias civis;
na forma do § 4º do art. 39.
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (2019) da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
STF: A atividade de policiamento naval é uma atividade secundária da patrimônio nas vias públicas:
Marinha de Guerra, possuindo caráter meramente administrativo. Não se
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização
pode atribuir a essa função natureza militar, apesar de ser desempenhada
pela Marinha de Guerra. de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
§ 1º A POLÍCIA FEDERAL, instituída por lei como eficiente; e
órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se a: II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
I - apurar infrações penais contra a ordem política e entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da em Carreira, na forma da lei.
União ou de suas entidades autárquicas e empresas
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo
da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas
respectivas áreas de competência; 1 2 3 4 5 6
III - exercer as funções de polícia marítima,
aeroportuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União.
§ 2º A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 1 2 3 4 5 6
ostensivo das rodovias federais.
§ 3º A POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL, órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais. _____________________________________
01
STF: A polícia militar, embora não seja polícia judiciária, pode realizar
flagrantes ou participar da busca e apreensão determinada por ordem _____________________________________
07
judicial.
_____________________________________
08
§ 5º-A. Às POLÍCIAS PENAIS, vinculadas ao órgão
administrador do sistema penal da unidade federativa a que _____________________________________
09
pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
(2019)
_____________________________________
10
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_____________________________________
11
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação
penal pública incondicionada.
_____________________________________
12 § 1º Será admitida ação privada se a ação penal
pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao
_____________________________________
13 Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do
_____________________________________
14 processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a
_____________________________________
15 ação como parte principal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no
prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar
o prazo para oferecimento da denúncia.
Lei nº 13.869 / 2019
Nova Lei de Abuso de Autoridade CAPÍTULO IV
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS
RESTRITIVAS DE DIREITOS
LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019
Seção I
Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a Lei Dos Efeitos da Condenação
nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 Art. 4º São efeitos da condenação:
de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano
Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; e revoga a Lei nº 4.898, causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do
de 9 de dezembro de 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos
por ele sofridos;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
sanciono a seguinte Lei: III - a perda do cargo, do mandato ou da função
pública.
CAPÍTULO I Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III
DISPOSIÇÕES GERAIS do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são
autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, automáticos, devendo ser declarados motivadamente na
que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê- sentença.
las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem Seção II
crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo Das Penas Restritivas de Direitos
agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou Art. 5º As penas restritivas de direitos
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta
capricho ou satisfação pessoal. Lei são:
- Prejudicar outrem I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades
- Beneficiar a si mesmo ou a terceiro públicas;
- Mero capricho II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do
- Satisfação pessoal mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a
§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na perda dos vencimentos e das vantagens;
avaliação de fatos e provas não configura abuso de III - (VETADO).
autoridade. Parágrafo único. As penas restritivas de direitos
podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
CAPÍTULO II
DOS SUJEITOS DO CRIME CAPÍTULO V
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E
autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da ADMINISTRATIVA
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos aplicadas independentemente das sanções de natureza
Municípios e de Território, compreendendo, mas não se civil ou administrativa cabíveis.
limitando a: Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles Lei que descreverem falta funcional serão informadas à
equiparadas; autoridade competente com vistas à apuração.
II - membros do Poder Legislativo;
III - membros do Poder Executivo; Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa
IV - membros do Poder Judiciário; são independentes da criminal, não se podendo mais
V - membros do Ministério Público; questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas. essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os
efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma reconhecer ter sido o ato praticado em estado de
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de
função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste dever legal ou no exercício regular de direito.
artigo.
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO III DOS CRIMES E DAS PENAS
DA AÇÃO PENAL
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Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
em manifesta desconformidade com as hipóteses legais: multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem,
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a como responsável por interrogatório em sede de
autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar procedimento investigatório de infração penal, deixa de
de: identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; identidade, cargo ou função.
II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar
diversa ou de conceder liberdade provisória, quando Art. 17. (VETADO).
manifestamente cabível;
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial
manifestamente cabível. durante o período de repouso noturno, salvo se capturado
em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido,
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de consentir em prestar declarações:
testemunha ou investigado manifestamente descabida ou Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
sem prévia intimação de comparecimento ao juízo: multa.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o
Art. 11. (VETADO). envio de pleito de preso à autoridade judiciária
competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar das circunstâncias de sua custódia:
prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado
multa. que, ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à
prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a autoridade judiciária que o seja.
decretou;
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista
qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou pessoal e reservada do preso com seu advogado:
à pessoa por ela indicada; Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte multa.
e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das impede o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se
testemunhas; pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor,
IV - prolonga a execução de pena privativa de por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-
liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência,
medida de segurança ou de internação, deixando, sem salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência
motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de realizada por videoconferência.
soltura imediatamente após recebido ou de promover a
soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na
mesma cela ou espaço de confinamento:
Art. 13. Constranger o preso ou o detento,
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
mediante violência, grave ameaça ou redução de sua
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
capacidade de resistência, a:
mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido
companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado,
à curiosidade pública;
observado o disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de
II - submeter-se a situação vexatória ou a
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
constrangimento não autorizado em lei;
III - produzir prova contra si mesmo ou contra Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou
terceiro: astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas
sem prejuízo da pena cominada à violência. mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das
condições estabelecidas em lei:
Art. 14. (VETADO). Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, no caput deste artigo, quem:
pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou I - coage alguém, mediante violência ou grave
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. dependências;
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem II - (VETADO);
prossegue com o interrogatório: III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco
silêncio; ou horas).
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por § 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar
advogado ou defensor público, sem a presença de seu socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem
patrono. a necessidade do ingresso em razão de situação de
flagrante delito ou de desastre.
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se
falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de
deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: diligência, de investigação ou de processo, o estado de
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lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer
responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém outro procedimento investigatório de infração penal, civil
ou agravar-lhe a responsabilidade: ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias,
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso,
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo
pratica a conduta com o intuito de: sigilo seja imprescindível:
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
por excesso praticado no curso de diligência; multa.
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou
informações incompletos para desviar o curso da Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de
investigação, da diligência ou do processo. obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem
expresso amparo legal:
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou multa.
privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se
ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, utiliza de cargo ou função pública ou invoca a condição de
prejudicando sua apuração: agente público para se eximir de obrigação legal ou para
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, obter vantagem ou privilégio indevido.
além da pena correspondente à violência.
Art. 34. (VETADO).
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em
procedimento de investigação ou fiscalização, por meio Art. 35. (VETADO).
manifestamente ilícito:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 36. Decretar, em processo judicial, a
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que
uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com extrapole exacerbadamente o valor estimado para a
prévio conhecimento de sua ilicitude. satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela
parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la:
Art. 26. (VETADO). Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no
procedimento investigatório de infração penal ou exame de processo de que tenha requerido vista em órgão
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou
indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração retardar o julgamento:
administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
multa.
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações,
sindicância ou investigação preliminar sumária,
por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de
devidamente justificada.
culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a
acusação:
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a
multa.
intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem
do investigado ou acusado:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. CAPÍTULO VII
DO PROCEDIMENTO
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos
judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de delitos previstos nesta Lei, no que couber, as disposições
prejudicar interesse de investigado: do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e Processo Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995
(Lei dos Juizados Especiais).
multa.
Parágrafo único. (VETADO).
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, Art. 40. O art. 2º da Lei nº 7.960, de 21 de dezembro
civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: (Prisão
contra quem sabe inocente: Temporária)
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. “Art.2º .......................................................................................
§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o
Art. 31. Estender injustificadamente a período de duração da prisão temporária estabelecido
investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso
ou fiscalizado: deverá ser libertado. (2019)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e ...................................................................................................
multa. § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, autoridade responsável pela custódia deverá,
inexistindo prazo para execução ou conclusão de independentemente de nova ordem da autoridade judicial,
procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando- pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver
o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado. sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou
da decretação da prisão preventiva. (2019)
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão
advogado acesso aos autos de investigação preliminar, no cômputo do prazo de prisão temporária. (2019)
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Interceptação Telefônica)
“Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de _____________________________________
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(2019)
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Art. 5º A precedência entre os integrantes das
classes e séries de classes do Serviço de Polícia Federal e
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do Serviço Policial Metropolitano, se estabelece básica e salvo quando se tratar de atribuição inerente à do seu cargo
primordialmente pela subordinação funcional. efetivo e mediante expressa autorização do Presidente da
Precedência: Significa preferência, prioridade, primazia, antecedência. República ou do Prefeito do Distrito Federal, quando
integrante da Polícia do Distrito Federal.
CAPÍTULO II Art. 12. A frequência aos cursos de formação
Das Disposições Peculiares profissional da Academia Nacional de Polícia para primeira
Art. 6º A nomeação será feita exclusivamente: investidura em cargo de atividade policial é considerada de
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo efetivo exercício para fins de aposentadoria.
integrante de classe singular ou inicial de série de classes
condicionada à anterior aprovação em curso específico da Art. 13. Estágio probatório é o período de 2 (dois)
Academia Nacional de Polícia; anos de efetivo exercício do funcionário policial, durante o
II - em comissão, quando se tratar de cargo isolado qual se apurarão os requisitos previstos em lei.
que em virtude de lei, assim deva ser provido. Parágrafo único. Mensalmente, o responsável pela
§ 1º (Revogado) repartição ou serviço, em que esteja lotado funcionário
§ 2º (Revogado) policial sujeito a estágio probatório, encaminhará ao órgão de
pessoal relatório sucinto sobre o comportamento do
Art. 7º A nomeação obedecerá a rigorosa ordem de estagiário.
classificação dos candidatos habilitados em curso a que se
tenham submetido na Academia Nacional de Polícia. Art. 14. Sem prejuízo da remessa prevista no
parágrafo único do artigo anterior, o responsável pela
Art. 8º A Academia Nacional de Polícia manterá, repartição ou serviço em que sirva funcionário policial sujeito
permanentemente, cursos de formação profissional dos a estágio probatório, seis meses antes da terminação deste,
candidatos ao ingresso no Departamento Federal de informará reservadamente ao órgão de pessoal sobre o
Segurança Pública e na Polícia do Distrito Federal. funcionário, tendo em vista os requisitos previstos em lei.
Art. 9º São requisitos para matrícula na Academia Art. 15. As promoções serão realizadas em 21 de abril
Nacional de Polícia: e 28 de outubro de cada ano, desde que verificada a
I - ser brasileiro; existência de vaga e haja funcionários em condições de a ela
II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade; concorrer.
III - estar no gozo dos direitos políticos;
IV - estar quite com as obrigações militares; Art. 16. Para a promoção por merecimento é
V - ter procedimento irrepreensível e idoneidade moral requisito necessário a aprovação em curso da Academia
inatacável, avaliados segundo normas baixadas pela Direção Nacional de Polícia correspondente à classe imediatamente
Geral do Departamento de Polícia Federal. superior àquela a que pertence o funcionário.
VI - gozar de boa saúde, física e psíquica,
comprovada em inspeção médica; Art. 17. O órgão competente organizará para cada
VII - possuir temperamento adequado ao exercício da vaga a ser provida por merecimento uma lista não excedente
função policial, apurado em exame psicotécnico realizado de três candidatos.
pela Academia Nacional de Polícia;
VIII - ter sido habilitado previamente em concurso Art. 18. O funcionário policial, ocupante de cargo de
público de provas ou de provas e títulos. classe singular ou final de série de classes, poderá ter
§ 1º A prova da condição prevista no item IV deste acesso à classe inicial de séries afins, de nível mais elevado,
artigo não será exigida da candidata ao ingresso na Polícia de atribuições correlatas porém mais complexas.
Feminina.
§ 2º Será demitido, mediante processo disciplinar § 1º A nomeação por acesso, além das exigências
regular, o funcionário policial que, para ingressar no legais e das qualificações em cada caso, obedecerá a provas
Departamento Federal de Segurança Pública e na Polícia do práticas que compreendam tarefas típicas relativas ao
Distrito Federal, omitiu fato que impossibilitaria a sua exercício do novo cargo e, quando couber, à ordem de
matrícula na Academia Nacional de Polícia. classificação em concurso de títulos que aprecie a
experiência profissional, ou em curso específico de formação
Art. 10. São competentes para dar posse: profissional, ambos realizados pela Academia Nacional de
I - o Diretor-Geral do Departamento Federal de Polícia.
Segurança Pública, ao Chefe de seu Gabinete, ao § 2º As linhas de acesso estão previstas nos Anexos
Corregedor, aos Delegados Regionais e aos diretores e IV dos Quadros de Pessoal do Departamento Federal de
chefes de serviço que lhe sejam subordinados; Segurança Pública e da Polícia do Distrito Federal,
II - o Diretor da Divisão de Administração do mesmo aprovados pela Lei nº 4.483, de 16 de novembro de 1964.
Departamento, nos demais casos;
III - o Secretário de Segurança Pública do Distrito Art. 19. As nomeações por acesso abrangerão metade
Federal, ao Chefe de seu Gabinete e aos Diretores que lhe das vagas existentes na respectiva classe, ficando a outra
sejam subordinados; metade reservada aos provimentos na forma prevista no
IV - o Diretor da Divisão de Serviços Gerais da Polícia artigo 6º desta lei.
do Distrito Federal, nos demais casos. Parágrafo único. (Revogado)
Parágrafo único. O Diretor-Geral do Departamento
Federal de Segurança Pública, o Secretário de Segurança Art. 20. O funcionário policial que, comprovadamente,
Pública do Distrito Federal e o Diretor da Divisão de se revelar inapto para o exercício da função policial, sem
Administração do referido Departamento poderão delegar causa que justifique a sua demissão ou aposentadoria, será
competência para dar posse. readaptado em outro cargo mais compatível com a sua
capacidade, sem decesso nem aumento de vencimento.
Art. 11. O funcionário policial não poderá afastar-se de Parágrafo único. A readaptação far-se-á mediante a
sua repartição para ter exercício em outra ou prestar serviços transformação do cargo exercido em outro mais compatível
ao Poder Legislativo ou a qualquer Estado da Federação, com a capacidade física ou intelectual e vocação.
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Art. 28. Quando o funcionário policial, de que trata o
Art. 21. O funcionário policial não poderá ser obrigado artigo anterior, ocupar imóvel sob a responsabilidade do
a interromper as suas férias, a não ser em virtude de órgão em que servir, 20% (vinte por cento) do valor do
emergente necessidade da segurança nacional ou auxílio previsto no artigo anterior serão recolhidos como
manutenção da ordem, mediante convocação da autoridade receita da União e o restante, empregado conforme for
competente. estabelecido pelo referido órgão de acordo com as suas
§ 1º Na hipótese prevista neste artigo, in fine, o peculiaridades.
funcionário terá direito a gozar o período restante das férias
em época oportuna. Art. 29. Quando o funcionário policial ocupar imóvel
§ 2º Ao entrar em férias, o funcionário comunicará ao de outra entidade, a importância referida no artigo 28 terá o
chefe imediato o seu provável endereço, dando-lhe ciência, seguinte destino:
durante o período, de suas eventuais mudanças. a) a importância correspondente ao aluguel, recolhida
ao órgão responsável pelo imóvel;
CAPÍTULO III b) o restante, empregado na forma estabelecida no
Das Vantagens Específicas artigo anterior, in fine.
Art. 22. O funcionário policial fará jus ainda às
seguintes vantagens: Art. 30. Esgotado o prazo previsto no parágrafo único
I - Gratificação de função policial; do artigo 27, o funcionário que continuar ocupando imóvel de
Il - Auxílio para moradia. responsabilidade da repartição em que servir indenizá-la-á da
importância correspondente ao auxílio para moradia.
Art. 23 O policial fará jus à gratificação de função Parágrafo único. Se a ocupação for de imóvel
policial por ficar, compulsoriamente, incompatibilizado para o pertencente a outro órgão o funcionário indenizá-la-á pelo
desempenho de qualquer outra atividade, pública ou privada, aluguel correspondente.
e em razão dos riscos à que está sujeito.
§ 1º A gratificação a que se refere este artigo será CAPÍTULO IV
calculada, percentualmente, sobre o vencimento do cargo Da Assistência Médico-Hospitalar
efetivo do policial, na forma a ser fixada pelo Presidente da Art. 31. A assistência médico-hospitalar
República. compreenderá:
§ 2º Quando se tratar de ocupante de cargo ou função a) assistência médica contínua, dia e noite, ao policial
de direção, chefia ou assessoramento com atribuições e enfermo, acidentado ou ferido, que se encontre hospitalizado;
responsabilidades de natureza policial, a gratificação será b) assistência médica ao policial ou sua família,
calculada sobre o valor do símbolo do cargo em comissão ou através de laboratórios, policlínicas, gabinetes odontológicos,
da função gratificada. pronto-socorro e outros serviços assistenciais.
§ 3º Ressalvado o magistério na Academia Nacional
de Polícia e a prática profissional em estabelecimento Art. 32. A assistência médico-hospitalar será prestada
hospitalar, para os ocupantes de cargos da série de classes pelos serviços médicos dos órgãos a que pertença ou tenha
de Médicos Legista, ao funcionário policial é vedado exercer pertencido o policial, dentro dos recursos próprios colocados
outra atividade, qualquer que seja a forma de admissão, à disposição deles.
remunerada ou não, em entidade pública ou empresa
privada. Art. 33. O funcionário policial terá hospitalização e
tratamento por conta do Estado quando acidentado em
Art. 24. O regime de dedicação integral obriga o serviço ou acometido de doença profissional.
funcionário policial à prestação, no mínimo, de 200
(duzentas) horas mensais de trabalho. Art. 34. O funcionário policial em atividade, excetuado
o disposto no artigo anterior, o aposentado e, bem assim, as
Art. 25. A gratificação de função policial não será paga pessoas de sua família, indenizarão, no todo ou em parte, a
enquanto o funcionário policial deixar de perceber o assistência médico-hospitalar que lhes for prestada, de
vencimento do cargo em virtude de licença ou outro acordo com as normas e tabelas que forem aprovadas.
afastamento, salvo quando investido em cargo em comissão Parágrafo único. As indenizações por trabalhos de
ou função gratificada com atribuições e responsabilidades de prótese dentária, ortodontia, obturações, bem como pelo
natureza policial, hipótese em que continuará a perceber a fornecimento de aparelhos ortopédicos, óculos e artigos
gratificação na base do vencimento do cargo efetivo. correlatos, não se beneficiarão de reduções, devendo ser
feitas pelo justo valor do material aplicado ou da peça
Art. 26. A gratificação de função policial incorporar-se- fornecida.
á aos proventos da aposentadoria à razão de 1/30 (um trinta
avos) do seu valor por ano de efetivo exercício de atividade Art. 35. Para os efeitos da prestação de assistência
estritamente policial. médico-hospitalar, consideram-se pessoas da família do
Parágrafo único. Para os efeitos da incorporação de funcionário policial, desde que vivam às suas expensas e em
que trata este artigo, levar-se-á em conta também o tempo de sua companhia:
efetivo exercício em atividade estritamente policial, a) o cônjuge;
anterior à data da concessão ao funcionário da vantagem b) os filhos solteiros, menores de 18 (dezoito) anos ou
prevista no artigo 23. inválidos e, bem assim, as filhas ou enteadas, solteiras,
viúvas ou desquitadas;
Art. 27. O funcionário policial casado, quando lotado c) os descendentes órfãos, menores ou inválidos;
em Delegacia Regional, terá direito a auxílio para moradia d) os ascendentes sem economia própria;
correspondente a 10% (dez por cento) do seu vencimento e) os menores que, em virtude de decisão judicial,
mensal. forem entregues à sua guarda;
Parágrafo único. O auxílio previsto neste artigo será f) os irmãos menores e órfãos, sem arrimo.
pago ao funcionário policial até completar 5 (cinco) anos na Parágrafo único. Continuarão compreendidos nas
localidade em que, por necessidade de serviço, nela deva disposições deste capítulo a viúva do policial, enquanto
residir, e desde que não disponha de moradia própria. perdurar a viuvez, e os demais dependentes mencionados
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nas letras "b" a "f", desde que vivam sob a responsabilidade aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos
legal da viúva. profissionais, curso instituído periodicamente pela Academia
Nacional de Polícia, em que seja compulsoriamente
Art. 36. Os recursos para a assistência de que trata matriculado.
este capítulo provirão das dotações consignadas no
Orçamento Geral da União e do pagamento das indenizações Art. 42. Por desobediência ou falta de cumprimento
referidas no artigo 34. dos deveres o funcionário policial será punido com a pena de
repreensão, agravada em caso de reincidência.
CAPÍTULO V
Das Disposições Especiais sobre Aposentadoria Art. 43. São transgressões disciplinares:
Art. 37. O funcionário policial será aposentado I - referir-se de modo depreciativo às autoridades e
compulsoriamente aos 65 (sessenta e cinco) anos de atos da administração pública, qualquer que seja o meio
idade, qualquer que seja a natureza dos serviços prestados. empregado para êsse fim; (Suspensão)
Embora a Lei nº 4.878/65 ainda faça menção expressa à aposentadoria II - divulgar, através da imprensa escrita, falada ou
compulsória aos 65 anos, de acordo com a Lei Complementar nº televisionada, fatos ocorridos na repartição, propiciar-lhes a
152/2015, serão aposentados compulsoriamente, com proventos divulgação, bem como referir-se desrespeitosa e
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de depreciativamente às autoridades e atos da administração;
idade: (Suspensão)
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;
III - promover manifestação contra atos da
II - os membros do Poder Judiciário; administração ou movimentos de apreço ou desapreço a
III - os membros do Ministério Público; quaisquer autoridades; (Suspensão)
IV - os membros das Defensorias Públicas; IV - indispor funcionários contra os seus superiores
V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. hierárquicos ou provocar, velada ou ostensivamente,
animosidade entre os funcionários; (Demissão)
Art. 38. O provento do policial inativo será revisto V - deixar de pagar, com regularidade, as pensões a
sempre que ocorrer: que esteja obrigado em virtude de decisão judicial;
a) modificação geral dos vencimentos dos funcionários (Repreensão)
policiais civis em atividade; ou VI - deixar, habitualmente, de saldar dívidas legítimas;
b) reclassificação do cargo que o funcionário policial (Suspensão)
inativo ocupava ao aposentar-se. VII - manter relações de amizade ou exibir-se em
público com pessoas de notórios e desabonadores
Art. 39. O funcionário policial, quando aposentado em antecedentes criminais, sem razão de serviço; (Suspensão)
virtude de acidente em serviço ou doença profissional, ou VIII - praticar ato que importe em escândalo ou que
quando acometido das doenças especificadas no artigo 178, concorra para comprometer a função policial; (Suspensão)
item III, da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, IX - receber propinas, comissões, presentes ou auferir
incorporará aos proventos de inatividade a gratificação de vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie e, sob
função policial no valor que percebia ao aposentar-se. qualquer pretexto, em razão das atribuições que exerce;
(Demissão)
CAPÍTULO VI X - retirar, sem prévia autorização da autoridade
Da Prisão Especial
competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
Art. 40. Preso preventivamente, em flagrante ou em (Suspensão)
virtude de pronúncia, o funcionário policial, enquanto não XI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos
perder a condição de funcionário, permanecerá em prisão casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe
especial, durante o curso da ação penal e até que a competir ou aos seus subordinados; (Demissão)
sentença transite em julgado. XII - valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado,
§ 1º O funcionário policial nas condições deste artigo de obter proveito de natureza político-partidária, para si ou
ficará recolhido a sala especial da repartição em que sirva, terceiros; (Demissão)
sob a responsabilidade do seu dirigente, sendo-lhe defeso XIII - participar da gerência ou administração de
exercer qualquer atividade funcional, ou sair da empresa, qualquer que seja a sua natureza; (Demissão)
repartição sem expressa autorização do Juízo a cuja XIV - exercer o comércio ou participar de sociedade
disposição se encontre. comercial, salvo como acionista, cotista ou comanditário;
§ 2º Publicado no Diário Oficial o decreto de (Demissão)
demissão, será o ex-funcionário encaminhado, desde logo, a XV - praticar a usura em qualquer de suas formas;
estabelecimento penal, onde permanecerá em sala especial, (Demissão)
sem qualquer contato com os demais presos não sujeitos ao XVI - pleitear, como procurador ou intermediário, junto
mesmo regime, e, uma vez condenado, cumprirá a pena que a repartições públicas, salvo quando se tratar de percepção
lhe tenha sido imposta, nas condições previstas no parágrafo de vencimentos, vantagens e proventos de parentes até
seguinte. segundo grau civil; (Demissão)
§ 3º Transitada em julgado a sentença condenatória, XVII - faltar à verdade no exercício de suas funções,
será o funcionário encaminhado a estabelecimento penal, por malícia ou má-fé; (Repreensão)
onde cumprirá a pena em dependência isolada dos demais XVIII - utilizar-se do anonimato para qualquer fim;
presos não abrangidos por esse regime, mas sujeito, como (Suspensão)
eles, ao mesmo sistema disciplinar e penitenciário. XIX - deixar de comunicar, imediatamente, à
§ 4º Ainda que o funcionário seja condenado às penas autoridade competente faltas ou irregularidades que haja
acessórias dos itens I e II do Artigo 68 do Código Penal, presenciado ou de que haja tido ciência; (Repreensão)
cumprirá a pena em dependência isolada dos demais presos, XX - deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera
na forma do parágrafo anterior. de suas atribuições, as leis e os regulamentos; (Suspensão)
XXI - deixar de comunicar à autoridade competente,
CAPÍTULO VII ou a quem a esteja substituindo, informação que tiver sobre
Dos Deveres e das Transgressões iminente perturbação da ordem pública, ou da boa marcha de
Art. 41. Além do enumerado no artigo 194 da Lei nº serviço, tão logo disso tenha conhecimento; (Suspensão)
1.711, de 28 de outubro de 1952, é dever do funcionário XXII - deixar de informar com presteza os processos
policial frequentar com assiduidade, para fins de que lhe forem encaminhados; (Repreensão)
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XXIII - dificultar ou deixar de levar ao conhecimento de XLIX - negligenciar a guarda de objetos pertencentes
autoridade competente, por via hierárquica e em 24 (vinte e à repartição e que, em decorrência da função ou para o seu
quatro) horas, parte, queixa, representação, petição, recurso exercício, lhe tenham sido confiados, possibilitando que se
ou documento que houver recebido, se não estiver na sua danifiquem ou extraviem; (Repreensão)
alçada resolvê-lo; (Repreensão) L - dar causa, intencionalmente, ao extravio ou
XXIV - negligenciar ou descumprir a execução de danificação de objetos pertencentes à repartição e que, para
qualquer ordem legítima; (Repreensão) os fins mencionados no item anterior, estejam confiados à
XXV - apresentar maliciosamente, parte, queixa ou sua guarda; (Demissão)
representação; (Repreensão) LI - entregar-se à prática de vícios ou atos atentatórios
XXVI - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida aos bons costumes; (Demissão)
qualquer ordem de autoridade competente, ou para que seja LII - indicar ou insinuar nome de advogado para
retardada a sua execução; (Suspensão) assistir pessoa que se encontre respondendo a processo ou
XXVII - simular doença para esquivar-se ao inquérito policial; (Demissão)
cumprimento de obrigação; (Suspensão) LIII - exercer, a qualquer título, atividade pública ou
XXVIII - provocar a paralisação, total ou parcial, do privada, profissional ou liberal, estranha à de seu cargo;
serviço policial, ou dela participar; (Demissão) (Demissão)
XXIX - trabalhar mal, intencionalmente ou por LIV - lançar em livros oficiais de registro anotações,
negligência; (Suspensão) queixas, reivindicações ou quaisquer outras matérias
XXX - faltar ou chegar atrasado ao serviço, ou deixar estranhas à finalidade deles; (Repreensão)
de participar, com antecedência, à autoridade a que estiver LV - adquirir, para revenda, de associações de classe
subordinado, a impossibilidade de comparecer à repartição, ou entidades beneficentes em geral, gêneros ou quaisquer
salvo motivo justo; (Suspensão) mercadorias; (Demissão)
XXXI - permutar o serviço sem expressa permissão da LVI - impedir ou tornar impraticável, por qualquer
autoridade competente; (Suspensão) meio, na fase do inquérito policial e durante o interrogatório
XXXII - abandonar o serviço para o qual tenha sido do indiciado, mesmo ocorrendo incomunicabilidade, a
designado; (Suspensão) presença de seu advogado; (Suspensão)
XXXIII - não se apresentar, sem motivo justo, ao fim LVII - ordenar ou executar medida privativa da
de licença, para o trato de interesses particulares, férias ou liberdade individual, sem as formalidades legais, ou com
dispensa de serviço, ou, ainda, depois de saber que qualquer abuso de poder; (Suspensão)
delas foi interrompida por ordem superior; (Suspensão) LVIII - submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a
XXXIV - atribuir-se a qualidade de representante de vexame ou constrangimento não autorizado em lei;
qualquer repartição do Departamento Federal de Segurança (Demissão)
Pública e da Polícia do Distrito Federal, ou de seus LIX - deixar de comunicar imediatamente ao Juiz
dirigentes, sem estar expressamente autorizado; (Suspensão) competente a prisão em flagrante de qualquer pessoa;
(Suspensão)
XXXV - contrair dívida ou assumir compromisso
LX - levar à prisão e nela conservar quem quer que se
superior às suas possibilidades financeiras, comprometendo
proponha a prestar fiança permitida em lei; (Suspensão)
o bom nome da repartição; (Suspensão)
LXI - cobrar carceragem, custas, emolumentos ou
XXXVI - frequentar, sem razão de serviço, lugares
qualquer outra despesa que não tenha apoio em lei;
incompatíveis com o decoro da função policial; (Demissão) (Demissão)
XXXVII - fazer uso indevido da arma que lhe haja sido LXII - praticar ato lesivo da honra ou do patrimônio da
confiada para o serviço; (Suspensão) pessoa, natural ou jurídica, com abuso ou desvio de poder,
XXXVIII - maltratar preso sob sua guarda ou usar de ou sem competência legal; (Demissão)
violência desnecessária no exercício da função policial; LXIII - atentar, com abuso de autoridade ou
(Demissão)
prevalecendo-se dela, contra a inviolabilidade de domicílio.
XXXIX - permitir que presos conservem em seu poder (Suspensão)
instrumentos com que possam causar danos nas
dependências a que estejam recolhidos, ou produzir lesões CAPÍTULO VIII
em terceiros; (Suspensão) Das Penas Disciplinares
XL - omitir-se no zelo da integridade física ou moral Art. 44. São penas disciplinares:
dos presos sob sua guarda; (Demissão) I - repreensão;
XLI - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de II - suspensão;
decisão ou ordem judicial, bem como criticá-las; (Suspensão) III - multa;
XLII - dirigir-se ou referir-se a superior hierárquico de IV - detenção disciplinar;
modo desrespeitoso; (Suspensão) V - destituição de função;
XLIII - publicar, sem ordem expressa da autoridade VI - demissão;
competente, documentos oficiais, embora não reservados, ou VII - cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
ensejar a divulgação do seu conteúdo, no todo ou em parte;
(Demissão)
Art. 45. Na aplicação das penas disciplinares serão
XLIV - dar-se ao vício da embriaguez; (Demissão)
considerados:
XLV - acumular cargos públicos, ressalvadas as
I - a natureza da transgressão, sua gravidade e as
exceções previstas na Constituição; (Demissão)
circunstâncias em que foi praticada;
XLVI - deixar, sem justa causa, de submeter-se a
Il - os danos dela decorrentes para o serviço público;
inspeção médica determinada por lei ou pela autoridade
Ill - a repercussão do fato;
competente; (Suspensão)
IV - os antecedentes do funcionário;
XLVII - deixar de concluir, nos prazos legais, sem
V - a reincidência.
motivo justo, inquéritos policiais ou disciplinares, ou, quanto a
Parágrafo único. É causa agravante da falta disciplinar
estes últimos, como membro da respectiva comissão,
o haver sido praticada em concurso com dois ou mais
negligenciar no cumprimento das obrigações que lhe são
funcionários.
inerentes; (Suspensão)
XLVIII - prevalecer-se, abusivamente, da condição de
Art. 46. A pena de REPREENSÃO será sempre
funcionário policial; (Demissão)
aplicada por escrito nos casos em que, a critério da
Administração, a transgressão seja considerada de natureza
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leve, e deverá constar do assentamento individual do IV - o Diretor-Geral do Departamento Federal de
funcionário. Segurança Pública, no caso de suspensão até sessenta dias;
Parágrafo único. Serão punidas com a pena de V - os diretores dos órgãos centrais do Departamento
repreensão as transgressões disciplinares previstas nos itens Federal de Segurança Pública e da Polícia do Distrito
V, XVII, XIX, XXll, XXIII, XXIV, XXV, XLIX e LIV do artigo 43 Federal, os Delegados Regionais e os titulares das Zonas
desta Lei. Policiais, no caso de suspensão até trinta dias;
VI - os diretores de Divisões e Serviços do
Art. 47. A pena de SUSPENSÃO, que não excederá Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do
de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave Distrito Federal, no caso de suspensão até dez dias;
ou reincidência. VII - a autoridade competente para a designação, no
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, são de caso de destituição de função;
natureza grave as transgressões disciplinares previstas nos VIII - as autoridades referidas nos itens III a VII, no
itens I, II, III, VI, VII, Vlll, X, XVIII, XX, XXI, XXVI, XXVII, XXIX, caso de repreensão.
XXX, XXXI XXXII, XXXIII, XXXIV, XXXV, XXXVII, XXXIX, XLI, CAPÍTULO X
XLII, XLVI, XLVIl, LVI, LVII, LIX, LX e LXIII do art. 43 desta Da Suspensão Preventiva
Lei. Art. 51. A suspensão preventiva, que não excederá
de 90 (noventa) dias, será ordenada pelo Diretor-Geral do
Art. 48. A pena de DEMISSÃO, além dos casos Departamento Federal de Segurança Pública ou pelo
previstos na Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, será Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal,
também aplicada quando se caracterizar: conforme o caso, desde que o afastamento do funcionário
I - crimes contra os costumes e contra o patrimônio, policial seja necessário, para que este não venha a influir na
que, por sua natureza e configuração, sejam considerados apuração da transgressão disciplinar.
como infamantes, de modo a incompatibilizar o servidor para Parágrafo único. Nas faltas em que a pena aplicável
o exercício da função policial. seja a de demissão, o funcionário poderá ser afastado do
Il - transgressão dos itens IV, IX, XI, XII, XIII, XIV, XV, exercício de seu cargo, em qualquer fase do processo
XVI, XXVIII, XXXVI, XXXVIII, XL, XLIII, XLIV, XLV, XLVIII, L, disciplinar, até decisão final.
LI, LII, LIII, LV, LVIII, LXI e LXII do art. 43 desta Lei.
§ 1º Poderá ser, ainda, aplicada a pena de demissão, CAPÍTULO XI
ocorrendo contumácia na prática de transgressões Do Processo Disciplinar
disciplinares. Art. 52. A autoridade que tiver ciência de qualquer
§ 2º A aplicação de penalidades pelas transgressões irregularidade ou transgressão a preceitos disciplinares é
disciplinares constantes desta Lei não exime o funcionário da obrigada a providenciar a imediata apuração em
obrigação de indenizar a União pelos prejuízos processo disciplinar, no qual será assegurada ampla
causados. defesa.
Art. 49. Tendo em vista a natureza da transgressão e Art. 53. Ressalvada a iniciativa das autoridades que
o interesse do Serviço Púbico, a pena e suspensão até 30 lhe são hierarquicamente superiores, compete ao Diretor-
(trinta) dias poderá ser convertida em detenção disciplinar Geral do Departamento Federal de Segurança Pública, ao
até 20 (vinte) dias, mediante ordem por escrito do Diretor- Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e aos
Geral do Departamento Federal de Segurança Pública ou dos Delegados Regionais nos Estados, a instauração do
Delegados Regionais, nas respectivas jurisdições, ou do processo disciplinar.
Secretário de Segurança Pública, na Polícia do Distrito § 1º Promoverá o processo disciplinar uma Comissão
Federal. Permanente de Disciplina, composta de 3 (três) membros de
Parágrafo único. A detenção disciplinar, que não preferência bacharéis em Direito, designada pelo Diretor-
acarreta a perda dos vencimentos, será cumprida: Geral do Departamento Federal de Segurança Pública ou
I - na residência do funcionário, quando não exceder pelo Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal,
de 48 (quarenta e oito) horas; conforme o caso.
II - em sala especial, na sede do Departamento § 2º Haverá até três Comissões Permanentes de
Federal de Segurança Pública ou na Polícia do Distrito Disciplina na sede do Departamento Federal de Segurança
Federal, quando se tratar de ocupante de cargo em comissão Pública e na da Polícia do Distrito Federal e uma em cada
ou função gratificada ou funcionário ocupante de cargo para Delegacia Regional.
cujo ingresso ou desempenho seja exigido diploma de nível § 3º Caberá ao Diretor-Geral do Departamento
universitário; Federal de Segurança Pública a designação dos membros
III - em sala especial na Delegacia Regional, quando das Comissões Permanentes de Disciplina na sede da
se tratar de funcionário nela lotado; repartição e nas Delegacias Regionais mediante indicação
IV - em sala especial da repartição, nos demais casos. dos respectivos Delegados Regionais.
§ 4º Ao Secretário de Segurança Pública do Distrito
CAPÍTULO IX Federal compete designar as Comissões Permanentes de
Da Competência Para Imposição de Penalidades Disciplina da Polícia do Distrito Federal.
Art. 50. Para imposição de pena disciplinar são
competentes: Art. 54. A autoridade competente para determinar a
I - o Presidente da República, nos casos de demissão instauração de processo disciplinar:
e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de I - remeterá, em três vias, com o respectivo ato, à
funcionário policial do Departamento Federal de Segurança Comissão Permanente de Disciplina de que trata o § 1º do
Pública; artigo anterior, os elementos que fundamentaram a decisão;
II - o Prefeito do Distrito Federal, nos casos previstos II - providenciará a instauração do inquérito policial
no item anterior quando se tratar de funcionário policial da quando o fato possa ser configurado como ilícito penal.
Polícia do Distrito Federal;
III - o Ministro da Justiça e Negócios Interiores ou o Art. 55. Enquanto integrarem as Comissões
Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Permanentes de Disciplina, seus membros ficarão à
respectivamente, nos casos de suspensão até noventa dias; disposição do respectivo Conselho de Polícia e dispensados
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do exercício das atribuições e responsabilidades de seus Art. 62. Aos funcionários do Serviço de Polícia Federal
cargos. e do Serviço Policial Metropolitano aplicam-se as disposições
§ 1º Os membros das Comissões Permanentes de da legislação relativa ao funcionalismo civil da União no que
Disciplina terão o mandato de seis meses, prorrogável pelo não colidirem com as desta Lei.
tempo necessário à ultimação dos processos disciplinares Parágrafo único. Os funcionários dos quadros de
que se encontrem em fase de indiciação, cabendo o estudo pessoal do Departamento Federal de Segurança Pública e da
dos demais aos novos membros que foram designados. Polícia do Distrito Federal ocupantes de cargos não
§ 2º O disposto no parágrafo anterior não constitui integrantes do Serviço de Polícia Federal e do Serviço
impedimento para a recondução de membro de Comissão Policial Metropolitano, continuarão subordinados
Permanente de Disciplina. integralmente ao regime jurídico instituído pela Lei nº 1.711,
de 28 de outubro de 1952.
Art. 56. A publicação da portaria de instauração do
processo disciplinar em Boletim de Serviço, quando indicar o Art. 63. O disposto nesta Lei aplica-se aos
funcionário que praticou a transgressão sujeita a apuração, funcionários que, enquadrados no Serviço Policial de que
importará na sua notificação para acompanhar o processo trata a Lei nº 3.780, de 10 de julho de 1960 e transferidos
em todos os seus trâmites, por si ou por defensor constituído, para a Administração do Estado da Guanabara, retornaram
se assim o entender. ao Serviço Público Federal.
Art. 57. Na hipótese de autuação em flagrante do Art. 64. Os funcionários do Quadro de Pessoal do
funcionário policial como incurso em qualquer dos crimes Departamento Federal de Segurança Pública ocupantes de
referidos no artigo 48 e seu item I, a autoridade que presidir o cargos não incluídos no Serviço de Polícia Federal, quando
ato encaminhará, dentro de vinte e quatro horas, à autoridade removidos ex officio, farão jus ao auxílio previsto no art. 22,
competente para determinar a instauração do processo item II, nas mesmas bases e condições fixadas para o
disciplinar, traslado das peças comprovadoras da funcionário policial civil.
materialidade do fato e sua autoria.
§ 1o Recebidas as peças de que trata este artigo, a Art. 65. O disposto no Capítulo IV desta Lei é
autoridade procederá na forma prevista no art. 54, item I, extensivo a todos os funcionários do Quadro de Pessoal do
desta Lei. Departamento Federal de Segurança Pública e respectivas
§ 2o As sanções civis, penais e disciplinares poderão famílias.
cumular-se, sendo independentes entre si.
§ 3o A responsabilidade administrativa do servidor Art. 66. É vedada a remoção ex officio do funcionário
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a policial que esteja cursando a Academia Nacional de Polícia,
existência do fato ou sua autoria. desde que a sua movimentação impossibilite a frequência no
§ 4o A suspensão preventiva de que trata o parágrafo curso em que esteja matriculado.
único do art. 51 é obrigatória quando se tratar de
transgressões aos incisos IX, XII, XVI, XXVIII, XXXVIII, XL, Art. 67. O funcionário policial poderá ser removido:
XLVIII, LI, LVIII e LXII do art. 43, ou no caso de recebimento I - Ex officio;
de denúncia pelos crimes previstos nos arts. II - A pedido;
312, caput, 313, 316, 317 e seu § 1o, e 318 do Decreto-Lei III - Por conveniência da disciplina.
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). § 1º Nas hipóteses previstas nos itens II e III deste
artigo, o funcionário não fará jus a ajuda de custo.
CAPÍTULO XII § 2º A remoção ex officio do funcionário policial, salvo
Dos Conselhos de Polícia imperiosa necessidade do serviço devidamente justificada, só
Art. 58. Os Conselhos de Polícia, levando em conta a poderá efetivar-se após 2 (dois) anos, no mínimo, de
repercussão do fato, ou suas circunstâncias, poderão, por exercício em cada localidade.
convocação de seu Presidente, apreciar as transgressões
disciplinares passíveis de punição com as penas de Art. 68. Não são considerados herança os
repreensão, suspensão até trinta dias e detenção disciplinar vencimentos e vantagens devidos ao funcionário falecido, os
até vinte dias. quais serão pagos, independentemente de ordem judicial, à
Parágrafo único. No ato de convocação, o Presidente viúva ou, na sua falta, aos legítimos herdeiros daquele.
do Conselho designará um de seus membros para relator da
matéria. Art. 69. Será concedido transporte à família do
funcionário policial falecido no desempenho de serviço fora
Art. 59. O funcionário policial será convocado, através da sede de sua repartição.
do Boletim de Serviço, a comparecer perante o Conselho Parágrafo único. A família do funcionário falecido em
para, em dia e hora previamente designados e após a leitura serviço na sede de sua repartição terá direito, dentro de seis
do relatório, apresentar razões de defesa. meses após o óbito, a transporte para a localidade do
território nacional em que fixar residência.
Art. 60. Após ouvir as razões do funcionário, o
Conselho, pela maioria ou totalidade de seus membros, CAPÍTULO XIV
concluirá pela procedência ou não da transgressão, Das Disposições Transitórias
deliberará sobre a penalidade a ser aplicada e, finalmente, o Art. 70. A competência atribuída por esta Lei ao
Presidente proferirá a decisão final. Prefeito do Distrito Federal e ao Secretário de Segurança
Parágrafo único. Votará em primeiro lugar o relator do Pública do Distrito Federal será exercida, em relação à
processo e por último o Presidente do órgão, assegurado a Polícia do Distrito Federal, respectivamente, pelo Presidente
este o direito de veto às deliberações do Conselho. da República e pelo Chefe de Polícia do Distrito Federal, até
31 de janeiro de 1966.
CAPÍTULO XIII
Das Disposições Gerais Art. 71. Ressalvado o disposto no art. 11 desta Lei, os
Art. 61. O dia 21 de abril será consagrado ao funcionários do Departamento Federal de Segurança Pública
Funcionário Policial Civil. e da Polícia do Distrito Federal, que se encontrem à
disposição de outros órgãos, deverão retornar ao exercício
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de seus cargos no prazo máximo de trinta dias, contados da
publicação desta Lei.
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I - os crimes: (Extraterritorialidade incondicionada)
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da
República;
Código Penal b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do
Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
PARTE GERAL empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
TÍTULO I fundação instituída pelo Poder Público;
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL c) contra a administração pública, por quem está a seu
Anterioridade da Lei serviço;
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou
há pena sem prévia cominação legal. domiciliado no Brasil;
Princípio da Reserva Legal. Dispositivo semelhante ao art. 5º, XXXIX, CF. II - os crimes: (Extraterritorialidade condicionada)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a
Lei penal no tempo reprimir;
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei b) praticados por brasileiro;
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
dela a execução e os efeitos penais da sentença mercantes ou de propriedade privada, quando em território
condenatória. (Abolitio criminis) estrangeiro e aí não sejam julgados.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. estrangeiro
(Novatio legis in mellius) § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira
STF: Súmula 611 - Transitada em julgado a sentença condenatória, depende do concurso das seguintes condições:
compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna. a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi
Lei excepcional ou temporária praticado;
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
decorrido o período de sua duração ou cessadas as brasileira autoriza a extradição;
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não
praticado durante sua vigência. ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
Tempo do crime outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da mais favorável.
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime
resultado. (Teoria da atividade) cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se,
STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado
reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
continuidade ou da permanência. b) houve requisição do Ministro da Justiça.
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Frações não computáveis da pena • Órgão Permanente
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de
• Dirigido por Delegado de Polícia
liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na
pena de multa, as frações de cruzeiro. • Responsável por Apuração de Infrações Penais, exceto os
militares.
Legislação especial § 1º São princípios institucionais da Polícia Civil
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos unidade, indivisibilidade, legalidade, moralidade,
fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de impessoalidade, hierarquia funcional, disciplina e unidade de
modo diverso. doutrina e de procedimentos.
As regras gerais do Código Penal possuem aplicação subsidiária em Princípios institucionais da Polícia Civil
relação às leis especiais.
• Unidade;
• Indivisibilidade;
• Legalidade;
• Moralidade;
1 2 3 4 5 6 • Impessoalidade;
• Hierarquia funcional;
• Disciplina; e
• Unidade de doutrina e de procedimentos.
§ 2º (Revogado).
§ 3º (Revogado)
§ 4º Aos integrantes da categoria de delegado de
1 2 3 4 5 6 polícia é garantida independência funcional no exercício
das atribuições de Polícia Judiciária.
§ 5º Os Institutos de Criminalística, de Medicina
Legal e de Identificação compõem a estrutura administrativa
_____________________________________
01 da Polícia Civil, devendo seus dirigentes ser escolhidos
entre os integrantes do quadro funcional do respectivo
_____________________________________
02 instituto.
§ 6º A função de policial civil é considerada de
_____________________________________
03 natureza técnica.
§ 7º O ingresso na carreira de policial civil do
_____________________________________
04 Distrito Federal é feito na forma da lei.
§ 8º As atividades desenvolvidas nos Institutos de
_____________________________________
05 Criminalística, de Medicina Legal e de Identificação são
consideradas de natureza técnico-científica.
_____________________________________
06 § 9º Aos integrantes das categorias de perito
criminal, médico-legista e datiloscopista policial é garantida a
_____________________________________
07
independência funcional na elaboração de laudos
periciais.
_____________________________________
08
§ 10. Compete ao Diretor-Geral da Polícia Civil do
Distrito Federal, por delegação, autorizar a realização de
_____________________________________
09
concursos públicos para o provimento de cargos das
carreiras da Polícia Civil, o que ocorre sempre que as vagas
_____________________________________
10
excedam a 5% dos respectivos cargos ou, com menor
número, de acordo com a necessidade, bem como decidir
_____________________________________
11
sobre o provimento dos cargos e expedir normas
complementares necessárias aos referidos fins. (Parágrafo
_____________________________________
12
acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 90, de 2015, que foi
DECLARADA INCONSTITUCIONAL: ADI 2015 00 2 024735-5 – TJDFT,
_____________________________________
13 Diário de Justiça, de 8/7/2016.)
§ 11. A delegação de que trata o § 10 exige prévia
_____________________________________
14 manifestação da Secretaria de Estado de Planejamento e
Orçamento do Distrito Federal, antes da realização do
_____________________________________
15 concurso, que confirme a existência de disponibilidade
orçamentária para cobrir as despesas com o provimento dos
cargos. (Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 90, de
2015, que foi DECLARADA INCONSTITUCIONAL: ADI 2015 00 2
024735-5 – TJDFT, Diário de Justiça, de 8/7/2016.)
Lei Orgânica do Distrito Federal § 12. É assegurado, pelo menos 1 vez ao ano ou
quando da nomeação por concurso público, o concurso de
CAPÍTULO V remoção interno, na hipótese em que o número de
(...) interessados seja superior ao número de vagas, com critérios
Seção I objetivos, pretéritos e determinados na Polícia Civil do Distrito
Da Polícia Civil Federal para todos os cargos e carreiras. (2016)
Art. 119. À Polícia Civil, órgão permanente dirigido § 13. O concurso de remoção de que trata o § 12
por delegado de polícia de carreira, incumbe, ressalvada a abrange todas as unidades e seções da Polícia Civil do
competência da União, as funções de polícia judiciária e a Distrito Federal, excetuando-se apenas as funções
apuração de infrações penais, exceto os militares. comissionadas. (2016)
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§ 14. É obrigatória a comprovação dos pré- _____________________________________
14
requisitos objetivos e determinados exigidos de cada
função para lotação pelo concurso de remoção. (2016) _____________________________________
15
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com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele
acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. expressamente previstas.
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á Art. 12. O concurso público terá validade de até 2
mediante ato da autoridade competente de cada Poder. (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período.
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a § 1o O prazo de validade do concurso e as condições
posse. de sua realização serão fixados em edital, que será publicado
no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: circulação.
I - nomeação; § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
II - promoção; candidato aprovado em concurso anterior com prazo de
III – (Revogado) validade não expirado.
IV - (Revogado)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento; STF: Súmula 15 - Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato
VIII - reintegração; aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem
IX - recondução. observância da classificação.
STF: Súmula 16 - Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse.
(Memorize: Rei Re-P-A-Re No Reco)
STF: Súmula 17 - A nomeação de funcionário sem concurso pode ser
Provimento é ato administrativo por meio do qual se preenche um cargo desfeita antes da posse.
público, designando-se o seu titular. As formas de provimento são STF: Súmula 684 - É inconstitucional o veto não motivado à participação
tradicionalmente classificadas em: de candidato a concurso público.
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salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de
qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no provimento em comissão do Grupo-Direção e
primeiro dia útil após o término do impedimento, que não Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
poderá exceder a trinta dias da publicação. equivalentes.
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos
do exercício serão registrados no assentamento individual do previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
servidor. afastamento para participar de curso de formação decorrente
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor de aprovação em concurso para outro cargo na
apresentará ao órgão competente os elementos necessários Administração Pública Federal.
ao seu assentamento individual. § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira formação, e será retomado a partir do término do
a partir da data de publicação do ato que promover o impedimento.
servidor.
Seção V
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro Da Estabilidade
município em razão de ter sido removido, redistribuído, Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá
mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de prazo, estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de
contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo De acordo com a Constituição Federal, art. 41, são estáveis após 3 (três)
o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença provimento efetivo em virtude de concurso público.
ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo
será contado a partir do término do impedimento. Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de
estabelecidos no caput. processo administrativo disciplinar no qual lhe seja
assegurada ampla defesa.
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho Além das hipóteses previstas acima, há outras na Constituição Federal
fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos que podemos mencionar:
cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal - insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação periódica,
na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimo e
- excesso de despesa com pessoal, nos termos do art. 169, §4º.1
máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de
confiança submete-se a regime de integral dedicação ao Seção VI
serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser Da Transferência
convocado sempre que houver interesse da Administração. Art. 23. (Revogado)
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de
trabalho estabelecida em leis especiais. Seção VII
Da Readaptação
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de ou mental verificada em inspeção médica.
avaliação para o desempenho do cargo, observados os § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o
seguinte fatores: (vide EMC nº 19) readaptando será aposentado.
I - assiduidade; § 2o A readaptação será efetivada em cargo de
II - disciplina; atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de
III - capacidade de iniciativa; escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese
IV - produtividade; de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
V- responsabilidade. atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Apesar de ainda constar na Lei 8.112/1990 o prazo de 24 meses, o STF e
o STJ possuem entendimento consolidado de que este prazo é de 3 (três) Seção VIII
anos. Da Reversão
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
estágio probatório, será submetida à homologação da aposentado:
autoridade competente a avaliação do desempenho do I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar
servidor, realizada por comissão constituída para essa insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (reversão
compulsória)
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o
regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da II - no interesse da administração, desde que: (reversão a
pedido)
continuidade de apuração dos fatores enumerados nos a) tenha solicitado a reversão;
incisos I a V do caput deste artigo. b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório c) estável quando na atividade;
será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo d) a aposentadoria tenha ocorrido nos 5 (cinco) anos
anteriormente ocupado, observado o disposto no anteriores à solicitação;
parágrafo único do art. 29. e) haja cargo vago.
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de resultante de sua transformação.
direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de
lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou
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§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício Da Vacância
será considerado para concessão da aposentadoria. Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o I - exoneração;
cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, II - demissão; (Caráter punitivo)
até a ocorrência de vaga. III - promoção; (Vacância e Provimento)
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da IV - (Revogado)
administração perceberá, em substituição aos proventos da V - (Revogado)
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, VI - readaptação; (Vacância e Provimento)
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que VII - aposentadoria;
percebia anteriormente à aposentadoria. VIII - posse em outro cargo inacumulável; (Vacância e
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os Provimento)
proventos calculados com base nas regras atuais se IX - falecimento. (Fato administrativo)
permanecer pelo menos cinco anos no cargo.
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a
artigo. pedido do servidor, ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
Art. 26. (Revogado) I - quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório;
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar
completado 70 (setenta) anos de idade. em exercício no prazo estabelecido.
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IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou
complexidade das atividades; ao local de trabalho.
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou § 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao
habilitação profissional; salário mínimo.
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as STF: Súmula Vinculante 4 - Salvo nos casos previstos na Constituição, o
finalidades institucionais do órgão ou entidade. salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de
§ 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.
ajustamento de lotação e da força de trabalho às STF: Súmula Vinculante 16 - Os arts. 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC
necessidades dos serviços, inclusive nos casos de 19/1998), da Constituição referem-se ao total da remuneração percebida
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. pelo servidor público.
§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará STF: Súmula Vinculante 15 - O cálculo de gratificações e outras
mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os vantagens do servidor público não incide sobre o abono utilizado para se
atingir o salário mínimo.
órgãos e entidades da Administração Pública Federal STF: Súmula Vinculante 37 - Não cabe ao poder Judiciário, que não tem
envolvidos. função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de fundamento de isonomia.
órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua STF: Súmula 679 - A fixação de vencimentos dos servidores públicos não
desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que pode ser objeto de convenção coletiva.
não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até
seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber,
§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado mensalmente, a título de remuneração, importância superior
em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade à soma dos valores percebidos como remuneração, em
do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos
outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do
Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal
Capítulo IV Federal.
Da Substituição Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza
Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, Art. 43. (Revogado)
no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente
máximo do órgão ou entidade. Art. 44. O servidor perderá:
§ 1o O substituto assumirá automática e I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem
cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o motivo justificado;
exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos
Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as
ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas,
hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês
deles durante o respectivo período. subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do imediata.
cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de
Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como
consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva efetivo exercício.
substituição, que excederem o referido período.
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou
titulares de unidades administrativas organizadas em nível de provento.
assessoria. § 1o Mediante autorização do servidor, poderá haver
consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, a
Título III critério da administração e com reposição de custos, na
Dos Direitos e Vantagens forma definida em regulamento.
Capítulo I § 2o O total de consignações facultativas de que trata
Do Vencimento e da Remuneração o § 1o não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento)
exercício de cargo público, com valor fixado em lei. reservados exclusivamente para:
Parágrafo único. (Revogado) I - a amortização de despesas contraídas por meio de
cartão de crédito; ou
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo II - a utilização com a finalidade de saque por meio do
efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias cartão de crédito.
permanentes estabelecidas em lei.
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou Art. 46. As reposições e indenizações ao erário,
cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62. atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao
órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias,
remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. podendo ser parceladas, a pedido do interessado.
93. § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das correspondente a 10% (dez por cento) da remuneração,
vantagens de caráter permanente, é irredutível. provento ou pensão.
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será
Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as feita imediatamente, em uma única parcela.
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§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência § 1o Correm por conta da administração as despesas de
de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a transporte do servidor e de sua família, compreendendo
sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles passagem, bagagem e bens pessoais.
atualizados até a data da reposição. § 2o À família do servidor que falecer na nova sede são
assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou § 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses
disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para de remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único
quitar o débito. do art. 36.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo
previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a
remuneração do servidor, conforme se dispuser em
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não regulamento, não podendo exceder a importância
serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos correspondente a 3 (três) meses.
casos de prestação de alimentos resultante de decisão
judicial. Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor
que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de
Capítulo II mandato eletivo.
Das Vantagens
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não
servidor as seguintes vantagens: sendo servidor da União, for nomeado para cargo em
I - indenizações; comissão, com mudança de domicílio.
II - gratificações; Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do
III - adicionais. art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário,
§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento quando cabível.
ou provento para qualquer efeito.
§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de
vencimento ou provento, nos casos e condições indicados custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova
em lei. sede no prazo de 30 (trinta) dias.
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I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia
Subseção IV e assessoramento;
Do Auxílio-Moradia II - gratificação natalina;
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento III – (Revogado)
das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres,
com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem perigosas ou penosas;
administrado por empresa hoteleira, no prazo de 1 (um) mês V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
após a comprovação da despesa pelo servidor. VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
atendidos os seguintes requisitos: IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo
servidor; Subseção I
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção,
imóvel funcional; Chefia e Assessoramento
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido
ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo
ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for de provimento em comissão ou de Natureza Especial é
exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem devida retribuição pelo seu exercício.
averbação de construção, nos doze meses que antecederem Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a
a sua nomeação; remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor do art. 9o.
receba auxílio-moradia;
V - o servidor tenha se mudado do local de residência Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal
para ocupar cargo em comissão ou função de confiança Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação da
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou
níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de
ou equivalentes; Natureza Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da Lei
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624,
ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses do de 2 de abril de 1998.
art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste
do servidor; artigo somente estará sujeita às revisões gerais de
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha remuneração dos servidores públicos federais.
residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for
exercer o cargo em comissão ou função de confiança, Subseção II
desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro Da Gratificação Natalina
desse período; e Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no
alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15
2006. (quinze) dias será considerada como mês integral.
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será
considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do
outro cargo em comissão relacionado no inciso V. mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. (Vetado)
Art. 60-C. (Revogado)
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de
a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em exercício, calculada sobre a remuneração do mês da
comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de exoneração.
Estado ocupado.
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar Art. 66. A gratificação natalina não será considerada
25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Estado.
§ 2o Independentemente do valor do cargo em Subseção III
comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os Do Adicional por Tempo de Serviço
que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de Art. 67. (Revogado)
R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).
§ 3o (MP nº 805, de 2017 - Vigência encerrada) Subseção IV
§ 4o (MP nº 805, de 2017 - Vigência encerrada) Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou
Atividades Penosas
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade
colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou em locais insalubres ou em contato permanente com
aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida,
por um mês. fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo
efetivo.
§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de
Seção II
insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.
Das Gratificações e Adicionais (Não cumulativos)
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas § 2o O direito ao adicional de insalubridade ou
nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes periculosidade cessa com a eliminação das condições ou
retribuições, gratificações e adicionais: (Rol não taxativo) dos riscos que deram causa a sua concessão.
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Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou
servidores em operações ou locais considerados penosos, Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual:
insalubres ou perigosos. I - atuar como instrutor em curso de formação, de
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das no âmbito da administração pública federal;
operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas II - participar de banca examinadora ou de comissão
atividades em local salubre e em serviço não penoso e não para exames orais, para análise curricular, para correção de
perigoso. provas discursivas, para elaboração de questões de provas
ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades III - participar da logística de preparação e de
penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão realização de concurso público envolvendo atividades de
observadas as situações estabelecidas em legislação planejamento, coordenação, supervisão, execução e
específica. avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem
incluídas entre as suas atribuições permanentes;
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar
aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em provas de exame vestibular ou de concurso público ou
localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos supervisionar essas atividades.
termos, condições e limites fixados em regulamento. § 1o Os critérios de concessão e os limites da
gratificação de que trata este artigo serão fixados em
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que regulamento, observados os seguintes parâmetros:
operam com Raios X ou substâncias radioativas serão I - o valor da gratificação será calculado em horas,
mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de observadas a natureza e a complexidade da atividade
radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto exercida;
na legislação própria. II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) situação de excepcionalidade, devidamente justificada e
meses. previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento
-- O adicional de insalubridade é devido ao servidor que, em razão de e vinte) horas de trabalho anuais;
suas funções, está em constante contato com as substâncias ou III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá
elementos que podem, o longo prazo, provocar deterioração de sua saúde, aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior
a exemplo do servidor que trabalha com raios X.
-- O adicional de periculosidade é pago ao servidor que coloca em risco vencimento básico da administração pública federal:
sua integridade física em razão do exercício de suas funções, tal como o a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se
agente que trabalha em redes de alta tensão tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput
-- O adicional penosidade está relacionado à localidade em que o deste artigo;
servidor é lotado.
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vivente Paulo b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput
Subseção V deste artigo.
Do Adicional por Serviço Extraordinário § 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com somente será paga se as atividades referidas nos incisos
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das
normal de trabalho. atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser
objeto de compensação de carga horária quando
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do
para atender a situações excepcionais e temporárias, § 4o do art. 98 desta Lei.
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. § 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para
Subseção VI qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de
Do Adicional Noturno cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.
compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5
(cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de Capítulo III
25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora Das Férias
como cinquenta e dois minutos e trinta segundos. Art. 77. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias,
Parágrafo único. Em se tratando de serviço que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos,
extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses
sobre a remuneração prevista no art. 73. em que haja legislação específica.
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão
Subseção VII exigidos 12 (doze) meses de exercício.
Do Adicional de Férias § 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago serviço.
ao servidor, por ocasião das férias, um adicional § 3o As férias poderão ser parceladas em até três
correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no
das férias. interesse da administração pública.
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função
de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será
comissão, a respectiva vantagem será considerada no efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo
cálculo do adicional de que trata este artigo. período, observando-se o disposto no § 1o deste artigo.
§ 1° e § 2° (Revogado)
Subseção VIII § 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em
comissão, perceberá indenização relativa ao período das
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férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um _____________________________________
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doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a
quatorze dias. _____________________________________
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1 2 3 4 5 6
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atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 penal se torne desnecessária. (Perdão Judicial)
STJ: Súmula 18 - A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória
Código Penal da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a
PARTE ESPECIAL metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o
TÍTULO I pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA de extermínio.
CAPÍTULO I § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um
DOS CRIMES CONTRA A VIDA terço) até a metade se o crime for praticado:
Homicídio simples I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses
Art. 121. Matar alguém: posteriores ao parto;
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior
Caso de diminuição de pena de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de de vulnerabilidade física ou mental; (2018)
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da III - na presença física ou virtual de descendente ou
vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3 (um sexto a um de ascendente da vítima; (2018)
terço).(Homicídio Privilegiado) IV - em descumprimento das medidas protetivas de
Não confunda Domínio de violenta emoção (Causa de diminuição da urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da
pena) com Influência de violenta emoção (Atenuante prevista no art. 65, Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (2018)
III, c, do CP). Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
Homicídio qualificado Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
§ 2° Se o homicídio é cometido: prestar-lhe auxílio para que o faça:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por Induzir é inspirar a vontade, fazer surgir a ideia; Instigar é reforçar uma
outro motivo torpe; (Homicídio mercenário) vontade preconcebida; Auxiliar é ajudar a vítima a se suicidar, a exemplo
de entregar uma arma sabendo da finalidade a ser empregada.
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de
resultar perigo comum; suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. (Crime
condicionado)
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação
Parágrafo único - A pena é duplicada:
ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do
ofendido; Aumento de pena
V - para assegurar a execução, a ocultação, a I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
impunidade ou vantagem de outro crime: II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
causa, a capacidade de resistência.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo Infanticídio
feminino: Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal,
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. o próprio filho, durante o parto ou logo após:
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema Pena - detenção, de dois a seis anos.
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no Estado puerperal são sintomas fisiológicos que, iniciados com o parto,
acometem a mulher, podendo levá-la, dependendo do grau de perturbação
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu emocional, a matar o próprio filho.
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro Alex Salim, Marcelo André de Azevedo, Direito Penal
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§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente,
Forma qualificada descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
anteriores são aumentadas de 1/3 (um terço), se, em agente das relações domésticas, de coabitação ou de
consequência do aborto ou dos meios empregados para
hospitalidade:
provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza
grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
lhe sobrevém a morte. Qualificadora referente a lesões corporais leves advindas de violência
doméstica.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: STJ: Súmula 542 - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal
Aborto necessário (Aborto Terapêutico) resultante de violência doméstica contra a mulher é pública
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; incondicionada.
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se
(Aborto sentimental, humanitário)
as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo,
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será
de seu representante legal. aumentada de 1/3 (um terço) se o crime for cometido contra
pessoa portadora de deficiência.
CAPÍTULO II § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou
DAS LESÕES CORPORAIS agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Lesão corporal (LEVE) Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de de Segurança Pública, no exercício da função ou em
outrem: decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
Pena - detenção, de três meses a um ano. parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
Lesão corporal de natureza grave condição, a pena é aumentada de 1/3 a 2/3 (um a dois
§ 1º Se resulta: (GRAVE) terços).
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais
de 30 (trinta) dias; CAPÍTULO III
II - perigo de vida; DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
III - debilidade permanente de membro, sentido ou Perigo de contágio venéreo
função; Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais
IV - aceleração de parto: ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea,
Pena - reclusão, de um a cinco anos. de que sabe ou deve saber que está contaminado:
§ 2° Se resulta: (GRAVÍSSIMA) Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
I - Incapacidade permanente para o trabalho; § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
II - enfermidade incurável; Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; § 2º - Somente se procede mediante representação.
IV - deformidade permanente;
V – aborto; Perigo de contágio de moléstia grave
O aborto do inciso V, para incidir como qualificadora, deverá ocorrer a Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem
título de culpa, configurando crime preterdoloso. moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de
Pena - reclusão, de dois a oito anos. produzir o contágio:
Lesão corporal seguida de morte Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam
que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de Perigo para a vida ou saúde de outrem
produzi-lo: Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. (Crime direto e iminente:
preterdoloso) Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não
Diminuição de pena constitui crime mais grave.
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 (um
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de sexto a um terço) se a exposição da vida ou da saúde de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a
vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3 (um sexto a um prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer
terço). natureza, em desacordo com as normas legais.
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda Abandono de incapaz
substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado,
mil réis a dois contos de réis: guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo,
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
anterior; (Crime próprio)
II - se as lesões são recíprocas. Pena - detenção, de seis meses a três anos.
Lesão corporal culposa § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de
§ 6° Se a lesão é culposa: natureza grave:
Pena - detenção, de dois meses a um ano. Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Aumento de pena § 2º - Se resulta a morte:
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Aumento de pena
Código. § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do de 1/3 (um terço):
art. 121 I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
Violência Doméstica
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II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, Resguarda a honra objetiva, a reputação que a pessoa possui perante a
irmão, tutor ou curador da vítima. sociedade. Caso a imputação seja de fato definido como contravenção
penal, haverá crime de difamação, e não de calúnia.
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Exposição ou abandono de recém-nascido § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para imputação, a propala ou divulga.
ocultar desonra própria: § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Exceção da verdade (Exception veritatis)
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
grave: I - se, constituindo o fato imputado crime de ação
Pena - detenção, de um a três anos. privada, o ofendido não foi condenado por sentença
§ 2º - Se resulta a morte: irrecorrível;
Pena - detenção, de dois a seis anos. II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas
indicadas no nº I do art. 141; (Presidente da República ou chefe
de governo estrangeiro)
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível III - se do crime imputado, embora de ação pública, o
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o Difamação
socorro da autoridade pública: (Crime omissivo próprio) Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. à sua reputação:
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se Resguarda também a honra objetiva, e não se exige que o fato ofensivo
seja inverídico para tipificação dessa conduta.
da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
triplicada, se resulta a morte. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar Parágrafo único - A exceção da verdade somente se
emergencial admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou relativa ao exercício de suas funções.
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de
formulários administrativos, como condição para o Injúria
atendimento médico-hospitalar emergencial: Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e o decoro:
multa. Resguarda a honra subjetiva, a percepção que o indivíduo tem de si
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da mesmo e de atributos morais, éticos, intelectuais, físicos. A injuria consiste
em atribuir qualidades negativas sobre a vítima, atingindo sua autoestima.
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza Não se admite exceção da verdade.
grave, e até o triplo se resulta a morte.
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: (Perdão
Maus-tratos judicial)
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou
sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de diretamente a injúria;
educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra
de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando- injúria.
a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato,
meios de correção ou disciplina: que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. considerem aviltantes: (Injúria real)
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além
grave: da pena correspondente à violência.
Pena - reclusão, de um a quatro anos. § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos
§ 2º - Se resulta a morte: referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
§ 3º - Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço), se o crime é (Injúria preconceituosa)
praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. Pena - reclusão de um a três anos e multa.
Atenção para não confundir:
CAPÍTULO IV
DA RIXA INJÚRIA PRECONCEITUOSA RACISMO
Rixa A manifestação é dirigida contra Reveste-se de cunho genérico,
uma vítima determinada. com vítima indeterminada.
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os Ex. Chamar alguém de judeu Ex. Negar emprego a judeus ou
contendores: safado ou de mulçumano dizer que todos os mulçumanos
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. terrorista. são terroristas.
A rixa consiste em briga, com agressões físicas recíprocas, entre três ou Art. 140, § 3º, Código Penal Lei nº 7.716/89
mais pessoas. Crime afiançável Crime Inafiançável
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal Crime prescritível Crime imprescritível
de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na
Ação penal pública condicionada à Ação penal pública
rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. representação do ofendido incondicionada
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA A HONRA Disposições comuns
Calúnia Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente aumentam-se de 1/3 (um terço), se qualquer dos crimes é
fato definido como crime: cometido:
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I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de Aumento de pena
governo estrangeiro; § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em
II - contra funcionário público, em razão de suas dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais
funções; de três pessoas, ou há emprego de armas.
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as
facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. correspondentes à violência.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga consentimento do paciente ou de seu representante legal, se
ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Exclusão do crime
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: Ameaça
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou
pela parte ou por seu procurador; gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou injusto e grave:
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. (Crime
difamar; formal)
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário Parágrafo único - Somente se procede mediante
público, em apreciação ou informação que preste no representação.
cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde Sequestro e cárcere privado
pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante
sequestro ou cárcere privado: (Crime permanente)
Retratação Pena - reclusão, de um a três anos.
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou
de pena. companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta)
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha anos;
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de II - se o crime é praticado mediante internação da vítima
comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o em casa de saúde ou hospital;
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
ofensa. IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito)
anos;
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se V – se o crime é praticado com fins libidinosos.
infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou
pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá- da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde Pena - reclusão, de dois a oito anos.
pela ofensa. (Pedido de explicações)
Redução a condição análoga à de escravo
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de
se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a
140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o
deste Código, e mediante representação do ofendido, no empregador ou preposto:
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da
3o do art. 140 deste Código. pena correspondente à violência.
AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A HONRA § 1o Nas mesmas penas incorre quem:
REGRA: I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por
-- Ação penal privada parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de
EXCEÇÕES:
trabalho;
-- Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou
Justiça: contra o Presidente da República ou chefe de governo se apodera de documentos ou objetos pessoais do
estrangeiro trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
-- Ação penal pública condicionada à representação do ofendido: 1. § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é
contra funcionário público no exercício de duas funções. 2. injúria
preconceituosa. cometido:
-- Ação penal pública incondicionada: injúria real, quando da violência I – contra criança ou adolescente;
resulta lesão corporal. II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião
ou origem.
CAPÍTULO VI STF: É da Justiça Federal a competência para processar e julgar o crime
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL de redução a condição análoga à de escravo.
SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL Tráfico de Pessoas (2016)
Constrangimento ilegal Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar,
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave
grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer finalidade de:(Crime formal)
o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: (Crime I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
subsidiário) II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. escravo;
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III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras
IV - adoção ilegal; ou pessoas;
V - exploração sexual. III - quem impede a comunicação ou a conversação
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e referidas no número anterior;
multa. IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho
§ 1o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a radioelétrico, sem observância de disposição legal.
metade se: § 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano
I - o crime for cometido por funcionário público no para outrem.
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê- § 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de
las; função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou telefônico:
pessoa idosa ou com deficiência; Pena - detenção, de um a três anos.
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, § 4º - Somente se procede mediante representação,
domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica
inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; Correspondência comercial
ou Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou
território nacional. em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir
§ 2o A pena é reduzida de 1/3 a 2/3 (um a dois terços) correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:
se o agente for primário e não integrar organização Pena - detenção, de três meses a dois anos.
criminosa. Parágrafo único - Somente se procede mediante
representação.
SEÇÃO II
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO SEÇÃO IV
DOMICÍLIO DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS
Violação de domicílio SEGREDOS
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou Divulgação de segredo
astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: de documento particular ou de correspondência
(Crime de mera conduta) confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. divulgação possa produzir dano a outrem:
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou § 1º Somente se procede mediante representação.
por duas ou mais pessoas: § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou
pena correspondente à violência. não nos sistemas de informações ou banco de dados da
§ 2º - Revogado – (2019) Administração Pública:
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
casa alheia ou em suas dependências: § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração
I - durante o dia, com observância das formalidades Pública, a ação penal será incondicionada.
legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum Violação do segredo profissional
crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser. Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de
§ 4º - A expressão "casa" compreende: que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
I - qualquer compartimento habitado; profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
II - aposento ocupado de habitação coletiva; Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém Parágrafo único - Somente se procede mediante
exerce profissão ou atividade. representação.
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação Invasão de dispositivo informático
coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio,
parágrafo anterior; conectado ou não à rede de computadores, mediante
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim
de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
SEÇÃO III autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
DOS CRIMES CONTRA A instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:
INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA O artigo 154-A foi introduzido através Lei nº 12.737 de 2012, conhecida
Violação de correspondência como “Lei Carolina Dieckmann”.
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e
correspondência fechada, dirigida a outrem: multa.
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1o Na mesma pena incorre quem produz, oferece,
Sonegação ou destruição de correspondência distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de
§ 1º - Na mesma pena incorre: computador com o intuito de permitir a prática da conduta
I - quem se apossa indevidamente de correspondência definida no caput.
alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega § 2o Aumenta-se a pena de 1/6 a 1/3 (um sexto a um
ou destrói; terço) se da invasão resulta prejuízo econômico. (Majorante)
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica § 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo
ou telefônica de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei,
utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica
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ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido: _____________________________________
14
(Qualificadora)
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e _____________________________________
15
Seção II
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
1 2 3 4 5 6 Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por
motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais,
dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva a suas expensas e conste do seu
_____________________________________
01 assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial.
_____________________________________
02 § 1o A licença somente será deferida se a assistência
direta do servidor for indispensável e não puder ser
_____________________________________
03 prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, na forma do disposto no
_____________________________________
04 inciso II do art. 44.
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as
_____________________________________
05 prorrogações, poderá ser concedida a cada período de 12
(doze) meses nas seguintes condições:
_____________________________________
06
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não,
mantida a remuneração do servidor; e
_____________________________________
07
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não,
sem remuneração.
_____________________________________
08
§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será
contado a partir da data do deferimento da primeira licença
_____________________________________
09
concedida.
§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças
_____________________________________
10
não remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações,
concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses,
_____________________________________
11
observado o disposto no § 3o, não poderá ultrapassar os
_____________________________________
12
limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o.
_____________________________________
13 Seção III
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado
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para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para gerência ou administração em sociedade cooperativa
o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e constituída por servidores públicos para prestar serviços a
Legislativo. seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento
remuneração. e observados os seguintes limites:
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados,
companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de 2 (dois) servidores;
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a
Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores;
em órgão ou entidade da Administração Federal direta, III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil)
autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de associados, 8 (oito) servidores.
atividade compatível com o seu cargo. § 1o Somente poderão ser licenciados os servidores
eleitos para cargos de direção ou de representação nas
Seção IV referidas entidades, desde que cadastradas no órgão
Da Licença para o Serviço Militar competente.
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar § 2o A licença terá duração igual à do mandato,
será concedida licença, na forma e condições previstas na podendo ser renovada, no caso de reeleição.
legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor Capítulo V
terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o Dos Afastamentos
exercício do cargo. Seção I
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
Seção V Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter
Da Licença para Atividade Política exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios,
remuneração, durante o período que mediar entre a sua nas seguintes hipóteses: (Vide Decreto nº 9.144, de 2017)
escolha em convenção partidária, como candidato a cargo I - para exercício de cargo em comissão ou função de
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a confiança;
Justiça Eleitoral. II - em casos previstos em leis específicas.
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade § 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para
onde desempenha suas funções e que exerça cargo de órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos
direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o demais casos.
décimo dia seguinte ao do pleito. § 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo pública ou sociedade de economia mista, nos termos das
dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de
período de 3 (três) meses. percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade
cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas
Seção VI pelo órgão ou entidade de origem.
Da Licença para Capacitação § 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no
Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o Diário Oficial da União.
servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do § 4o Mediante autorização expressa do Presidente da
exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício
por até 3 (três) meses, para participar de curso de em outro órgão da Administração Federal direta que não
capacitação profissional. tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata prazo certo.
o caput não são acumuláveis. § 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou
servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e
Art. 88. (Revogado) 2º deste artigo.
Art. 89. (Revogado) § 6º As cessões de empregados de empresa pública ou
Art. 90. (Vetado) de sociedade de economia mista, que receba recursos de
Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha
Seção VII de pagamento de pessoal, independem das disposições
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser exercício do empregado cedido condicionado a autorização
concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e
não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em
assuntos particulares pelo prazo de até 3 (três) anos comissão ou função gratificada.
consecutivos, sem remuneração. § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a Gestão, com a finalidade de promover a composição da força
qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública
serviço. Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de
empregado ou servidor, independentemente da observância
Seção VIII do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo.
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença Seção II
sem remuneração para o desempenho de mandato em Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
confederação, federação, associação de classe de âmbito Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo
nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade aplicam-se as seguintes disposições:
fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de
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I - tratando-se de mandato federal, estadual ou probatório, e que não tenham se afastado por licença para
distrital, ficará afastado do cargo; tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; afastamento.
III - investido no mandato de vereador: § 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que
vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do permanecer no exercício de suas funções após o seu
cargo eletivo; retorno por um período igual ao do afastamento
b) não havendo compatibilidade de horário, será concedido.
afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua § 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do
remuneração. cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o
contribuirá para a seguridade social como se em exercício órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei n o 8.112, de 11
estivesse. de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento.
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou § 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que
classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício justificou seu afastamento no período previsto, aplica-se o
para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada
de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente
Seção III máximo do órgão ou entidade.
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior § 7o Aplica-se à participação em programa de pós-
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95
para estudo ou missão oficial, sem autorização do desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo.
Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder
Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. Capítulo VI
§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda Das Concessões
a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor
permitida nova ausência. ausentar-se do serviço:
§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
não será concedida exoneração ou licença para tratar de II - pelo período comprovadamente necessário para
interesse particular antes de decorrido período igual ao do alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em
afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da qualquer caso, a 2 (dois) dias;
despesa havida com seu afastamento. III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos a) casamento;
servidores da carreira diplomática. b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais,
§ 4o As hipóteses, condições e formas para a madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou
autorização de que trata este artigo, inclusive no que se tutela e irmãos.
refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em
regulamento. Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor
estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício
organismo internacional de que o Brasil participe ou com o do cargo.
qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. § 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver
Seção IV exercício, respeitada a duração semanal do trabalho.
Do Afastamento para Participação em Programa § 2o Também será concedido horário especial ao
de Pós-Graduação Stricto Sensu no País servidor portador de deficiência, quando comprovada a
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da necessidade por junta médica oficial, independentemente de
Administração, e desde que a participação não possa ocorrer compensação de horário.
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante § 3o As disposições constantes do § 2o são extensivas
compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com
efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em deficiência. (2016)
programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de § 4o Será igualmente concedido horário especial,
ensino superior no País. vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade
definirá, em conformidade com a legislação vigente, os prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei.
programas de capacitação e os critérios para participação em
programas de pós-graduação no País, com ou sem Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no
afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê interesse da administração é assegurada, na localidade da
constituído para este fim. nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de ensino congênere, em qualquer época,
de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos independentemente de vaga.
servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao
entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor
(quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob
probatório, que não tenham se afastado por licença para sua guarda, com autorização judicial.
tratar de assuntos particulares para gozo de licença
capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) Capítulo VII
anos anteriores à data da solicitação de afastamento. Do Tempo de Serviço
§ 3o Os afastamentos para realização de programas Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de
de pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores serviço público federal, inclusive o prestado às Forças
titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há Armadas.
pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio
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Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação
dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano pública, sociedade de economia mista e empresa pública.
como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Parágrafo único. (Revogado) Capítulo VIII
Do Direito de Petição
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer
art. 97, são considerados como de efetivo exercício os aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse
afastamentos em virtude de: legítimo.
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio
Municípios e Distrito Federal; daquela a que estiver imediatamente subordinado o
III - exercício de cargo ou função de governo ou requerente.
administração, em qualquer parte do território nacional, por
nomeação do Presidente da República; Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade
IV - participação em programa de treinamento que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão,
regularmente instituído ou em programa de pós-graduação não podendo ser renovado.
stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; Parágrafo único. O requerimento e o pedido de
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão
municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos
merecimento; dentro de 30 (trinta) dias.
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o Art. 107. Caberá recurso:
afastamento, conforme dispuser o regulamento; I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
VIII - licença: II - das decisões sobre os recursos sucessivamente
a) à gestante, à adotante e à paternidade; interpostos.
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte § 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e,
público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; sucessivamente, em escala ascendente, às demais
c) para o desempenho de mandato classista ou autoridades.
participação de gerência ou administração em sociedade § 2o O recurso será encaminhado por intermédio da
cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
seus membros, exceto para efeito de promoção por requerente.
merecimento;
d) por motivo de acidente em serviço ou doença Art. 108. O prazo para interposição de pedido de
profissional; reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
f) por convocação para o serviço militar; recorrida.
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art.
18; Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito
X - participação em competição desportiva nacional ou suspensivo, a juízo da autoridade competente.
convocação para integrar representação desportiva nacional, Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de
no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão
XI - afastamento para servir em organismo internacional retroagirão à data do ato impugnado.
de que o Brasil participe ou com o qual coopere.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
aposentadoria e disponibilidade: cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de
Municípios e Distrito Federal; trabalho;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
família do servidor, com remuneração, que exceder a 30 quando outro prazo for fixado em lei.
(trinta) dias em período de 12 (doze) meses. Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência
§ 2o; pelo interessado, quando o ato não for publicado.
IV - o tempo correspondente ao desempenho de
mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso,
anterior ao ingresso no serviço público federal; quando cabíveis, interrompem a prescrição.
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à
Previdência Social; Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; ser relevada pela administração.
VII - o tempo de licença para tratamento da própria
saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é
inciso VIII do art. 102. assegurada vista do processo ou documento, na repartição,
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado ao servidor ou a procurador por ele constituído.
será contado apenas para nova aposentadoria.
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a
prestado às Forças Armadas em operações de guerra. qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de
serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos
ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
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Título IV exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista
Do Regime Disciplinar ou comanditário; (Demissão)
Capítulo I XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
Dos Deveres repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
A inobservância dos deveres legais constitui infração funcional e acarreta previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
para o servidor sanções disciplinares. A Lei 8.112/1990, todavia, não grau, e de cônjuge ou companheiro; (Demissão) + (5 anos de
relaciona uma penalidade específica para o descumprimento de cada um incompatibilidade para nova investidura)
dos deveres arrolados no art. 116. Genericamente, ela estatui, no seu art. XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem
129, que será aplicada a advertência no caso de “inobservância de dever
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
(Demissão)
justifique imposição de penalidade mais grave”
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
Art. 116. São deveres do servidor: estrangeiro; (Demissão)
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
cargo; (Demissão)
II - ser leal às instituições a que servir; Usura significa conceder empréstimos cobrando juros exorbitantes.
III - observar as normas legais e regulamentares; XV - proceder de forma desidiosa; (Demissão)
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando Proceder de forma desidiosa é atuar com negligência, preguiça.
manifestamente ilegais; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
V - atender com presteza: em serviços ou atividades particulares; (Demissão)
a) ao público em geral, prestando as informações XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de transitórias; (Suspensão)
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em horário de trabalho; (Suspensão)
razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais
quando houver suspeita de envolvimento desta, ao quando solicitado. (Advertência)
conhecimento de outra autoridade competente para Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do
apuração; caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos:
VII - zelar pela economia do material e a conservação I - participação nos conselhos de administração e fiscal
do patrimônio público; de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
IX - manter conduta compatível com a moralidade cooperativa constituída para prestar serviços a seus
administrativa; membros; e
X - ser assíduo e pontual ao serviço; II - gozo de licença para o trato de interesses
XI - tratar com urbanidade as pessoas; particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso legislação sobre conflito de interesses.
de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso Capítulo III
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela Da Acumulação
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, Art. 118. Ressalvados os casos previstos na
assegurando-se ao representando ampla defesa. Constituição, é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos.
Capítulo II § 1o A proibição de acumular estende-se a cargos,
Das Proibições empregos e funções em autarquias, fundações públicas,
As proibições são vedações específicas, às quais se aplicam empresas públicas, sociedades de economia mista da União,
penalidades disciplinares determinadas, diferentemente dos deveres. do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos
Art. 117. Ao servidor é proibido: Municípios.
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica
prévia autorização do chefe imediato; (Advertência) condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção
competente, qualquer documento ou objeto da repartição; de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
(Advertência) proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
III - recusar fé a documentos públicos; (Advertência) decorram essas remunerações forem acumuláveis na
IV - opor resistência injustificada ao andamento de atividade.
documento e processo ou execução de serviço; (Advertência)
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um
recinto da repartição; (Advertência) cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja órgão de deliberação coletiva.
de sua responsabilidade ou de seu subordinado; (Advertência) Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de remuneração devida pela participação em conselhos de
filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido administração e fiscal das empresas públicas e sociedades
político; (Advertência) de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou como quaisquer empresas ou entidades em que a União,
função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até direta ou indiretamente, detenha participação no capital
o segundo grau civil; (Advertência) social, observado o que, a respeito, dispuser legislação
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de específica.
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
(Demissão) + (5 anos de incompatibilidade para nova investidura)
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
X - participar de gerência ou administração de
acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido
sociedade privada, personificada ou não personificada,
em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de
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ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver Art. 127. São penalidades disciplinares:
compatibilidade de horário e local com o exercício de um I - advertência;
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou II - suspensão;
entidades envolvidos. III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Capítulo IV V - destituição de cargo em comissão;
Das Responsabilidades VI - destituição de função comissionada.
Art. 121. O servidor responde civil, penal e Previamente à aplicação de qualquer penalidade devem ser sempre, sem
administrativamente pelo exercício irregular de suas exceção, assegurados ao servidor o contraditório e a ampla defesa (CF,
atribuições. art. 5º, LV).
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
O servidor público sujeita-se à responsabilidade civil, penal e
administrativa decorrente do exercício do cargo, emprego ou função. Por
outras palavras, ele pode praticar atos ilícitos no âmbito civil, penal e Art. 128. Na aplicação das penalidades serão
administrativo. Hoje existe também a responsabilidade por atos de consideradas a natureza e a gravidade da infração
improbidade administrativa que, embora processada e julgada na área cometida, os danos que dela provierem para o serviço
cível, produz efeitos mais amplos do que estritamente patrimoniais, porque público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
pode levar à suspensão dos direitos políticos e à perda do cargo, com
fundamento no artigo 37, § 4º, da Constituição. antecedentes funcionais.
Direito Administrativo, Maria Sylvia Zanella Di Pietro Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato disciplinar.
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros. Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos
§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos
erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto
falta de outros bens que assegurem a execução do débito em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique
pela via judicial. imposição de penalidade mais grave.
§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros,
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de
regressiva. reincidência das faltas punidas com advertência e de
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos violação das demais proibições que não tipifiquem
sucessores e contra eles será executada, até o limite do infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo
valor da herança recebida. exceder de 90 (noventa) dias.
A responsabilidade civil dos agentes públicos é do tipo subjetiva, por § 1o Será punido com suspensão de até 15
culpa comum, isto é, eles só respondem pelos danos que causarem, por (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se
ação o por omissão, se o Estado provar que houve culpa ou dolo a ser submetido a inspeção médica determinada pela
(intenção) do servidor. A ação do Estado contra o agente público é autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade
denominada ação regressiva.
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
uma vez cumprida a determinação.
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a
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penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na
Constituição Federal, art. 37, § 6º: As pessoas jurídicas de direito público
e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo serviço.
ou culpa.
Art. 131. As penalidades de advertência e de
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes suspensão terão seus registros cancelados, após o
e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período,
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa praticado nova infração disciplinar.
resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não
desempenho do cargo ou função. surtirá efeitos retroativos.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes
poderão cumular-se, sendo independentes entre si. casos:
I - crime contra a administração pública;
Art. 126. A responsabilidade administrativa do II - abandono de cargo;
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que III - inassiduidade habitual;
negue a existência do fato ou sua autoria. IV - improbidade administrativa;
STF: Súmula 18 - Pela falta residual, não compreendida na absolvição V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servidor repartição;
público. VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
civil, penal ou administrativamente por dar ciência à VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
autoridade superior ou, quando houver suspeita de IX - revelação de segredo do qual se apropriou em
envolvimento desta, a outra autoridade competente para razão do cargo;
apuração de informação concernente à prática de crimes ou X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em patrimônio nacional;
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função XI - corrupção;
pública. XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas;
Capítulo V XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Das Penalidades
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Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132,
autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data da -- improbidade administrativa;
ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento -- aplicação irregular de dinheiros públicos;
sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo -- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
-- corrupção
processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas
seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em
comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI,
simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo
transgressão objeto da apuração; público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
II - instrução sumária, que compreende indiciação, Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço
defesa e relatório; público federal o servidor que for demitido ou destituído do
III - julgamento. cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV,
§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar- VIII, X e XI.
se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade -- crime contra a administração pública;
pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em -- improbidade administrativa;
-- aplicação irregular de dinheiros públicos;
situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de -- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e -- corrupção
do correspondente regime jurídico.
§ 2o A comissão lavrará, até 3 (três) dias após a Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência
publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em
intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias
que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo
consecutivos.
anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor
indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta
prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando- ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
nos arts. 163 e 164.
§ 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou
relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade
inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento
do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, sumário a que se refere o art. 133, observando-se
opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o especialmente que:
respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à I - a indicação da materialidade dar-se-á:
autoridade instauradora, para julgamento. a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
§ 4o No prazo de 5 (cinco) dias, contados do precisa do período de ausência intencional do servidor ao
recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a serviço superior a trinta dias;
sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no §
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos
3o do art. 167.
dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período
§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o
para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se período de doze meses;
converterá automaticamente em pedido de exoneração do II - após a apresentação da defesa a comissão
outro cargo. elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à
§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má- responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças
fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal,
de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos,
opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a
empregos ou funções públicas em regime de acumulação
intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias
ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação e remeterá o processo à autoridade instauradora para
serão comunicados. julgamento.
§ 7o O prazo para a conclusão do processo
administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não Art. 141. As penalidades disciplinares serão
excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato aplicadas:
que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das
15 (quinze) dias, quando as circunstâncias o exigirem.
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições
Procurador-Geral da República, quando se tratar de
deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade
subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou
Lei. entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso
disponibilidade do inativo que houver praticado, na
anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
atividade, falta punível com a demissão.
(trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos casos de advertência ou de suspensão de até 30
de infração sujeita às penalidades de suspensão e de (trinta) dias;
demissão. IV - pela autoridade que houver feito a nomeação,
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será
convertida em destituição de cargo em comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
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I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à
advertência.
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em
que o fato se tornou conhecido.
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal
aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
como crime.
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de
processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão
final proferida por autoridade competente.
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo
começará a correr a partir do dia em que cessar a
interrupção.
Cumpre observar que a ação civil de ressarcimento ao erário é
imprescritível, de acordo com o §5º do art. 37 da Constituição Federal.
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Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio,
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a
coisa comum:
Código Penal Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
TÍTULO II § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o
CAPÍTULO I agente.
DO FURTO
Furto (Simples)
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia CAPÍTULO II
móvel: DO ROUBO E DA EXTORSÃO
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Roubo
STJ: Súmula 567 - Sistema de vigilância realizado por monitoramento Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para
eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
§ 1º - A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime impossibilidade de resistência: (Roubo próprio)
é praticado durante o repouso noturno. STJ: Súmula 582 - Consuma-se o crime de roubo com a inversão da
STJ: A causa especial de aumento de pena do furto cometido durante o posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda
repouso noturno pode se configurar mesmo quando o crime é cometido que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e
em estabelecimento comercial ou residência desabitada, sendo indiferente recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e
o fato de a vítima estar, ou não, efetivamente repousando. pacífica ou desvigiada.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
de detenção, diminuí-la de 1/3 a 2/3 (um a dois terços), ou subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave
aplicar somente a pena de multa. (Furto privilegiado) ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
Princípio da Insignificância ou Bagatela: para a aplicação desse detenção da coisa para si ou para terceiro. (Roubo impróprio)
princípio, segundo o STJ, é necessária a observância dos seguintes
requisitos: 1. Mínima ofensividade da conduta do agente. 2. Ausência
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:
de periculosidade social. 3. Reduzidíssimo grau de reprovabilidade
(2018) - (Roubo circunstanciado)
do comportamento. 4. Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Furto famélico: é o furto praticado para saciar a fome, quando o I – (revogado);
agente se encontra na extrema pobreza. De acordo com o STJ, II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
poderá ser causa de exclusão de ilicitude por estado de necessidade. III - se a vítima está em serviço de transporte de valores
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou e o agente conhece tal circunstância.
qualquer outra que tenha valor econômico. (Crime permanente) IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a
Furto qualificado ser transportado para outro Estado ou para o
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, exterior;
se o crime é cometido: V - se o agente mantém a vítima em seu poder,
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à restringindo sua liberdade.
subtração da coisa; VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
escalada ou destreza; fabricação, montagem ou emprego. (2018)
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. § 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (2018)
STJ: Súmula 442 - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego
concurso de agentes, a majorante do roubo. de arma de fogo; (2018)
STJ: Súmula 511 - É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § II – se há destruição ou rompimento de obstáculo
2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que
presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a
qualificadora for de ordem objetiva. cause perigo comum. (2018)
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez)
§ 3º Se da violência resulta: (2018)
anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7
artefato análogo que cause perigo comum. (2018)
(sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (2018)
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30
subtração for de veículo automotor que venha a ser
(trinta) anos, e multa. (2018) - (Latrocínio)
transportado para outro Estado ou para o exterior.
Roubo
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos
STF: Súmula 610 - Há crime de latrocínio, quando o homicídio se
se a subtração for de semovente domesticável de
consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da
produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local vítima.
da subtração. (2016) - (Crime de abigeato) STJ: Súmula 443 - O aumento na terceira fase de aplicação da pena no
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo
e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de
majorantes.
de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem
sua fabricação, montagem ou emprego. (2018)
Extorsão (Simples)
Furto de coisa comum Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou
grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para
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outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que
se faça ou deixar de fazer alguma coisa: CAPÍTULO IV
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. DO DANO
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais Dano
pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
1/3 (um terço) até metade. Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência Dano qualificado
o disposto no § 3º do artigo anterior. Parágrafo único - Se o crime é cometido:
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
liberdade (Sequestro relâmpago) da vítima, e essa condição é II - com emprego de substância inflamável ou explosiva,
necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena se o fato não constitui crime mais grave
é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito
resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública,
previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
Extorsão concessionária de serviços públicos; (2017)
STJ: Súmula 96 - O crime de extorsão consuma-se independentemente IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável
da obtenção da vantagem indevida. para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa,
Extorsão mediante sequestro além da pena correspondente à violência.
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si
ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço Introdução ou abandono de animais em propriedade
do resgate: alheia
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade
§ 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o
horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de fato resulte prejuízo:
60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.
quadrilha.
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza histórico
grave: Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro tombada pela autoridade competente em virtude de valor
anos. artístico, arqueológico ou histórico:
§ 3º - Se resulta a morte: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta
anos. Alteração de local especialmente protegido
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade
que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do competente, o aspecto de local especialmente protegido por
sequestrado, terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3 (um a dois lei:
terços). (Delação premiada) Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
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II – recolher contribuições devidas à previdência social II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia
que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou
à venda de produtos ou à prestação de serviços; imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento
III - pagar benefício devido a segurado, quando as em prestações, silenciando sobre qualquer dessas
respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à circunstâncias;
empresa pela previdência social. Defraudação de penhor
STF / STJ: Não se exige dolo específico. III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando
espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento tem a posse do objeto empenhado;
das contribuições, importâncias ou valores e presta as Fraude na entrega de coisa
informações devidas à previdência social, na forma definida IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de
em lei ou regulamento, antes do início da ação coisa que deve entregar a alguém;
fiscal. (Extinção da punibilidade) Fraude para recebimento de indenização ou valor de
STF / STJ: A quitação do débito decorrente de apropriação indébita
seguro
previdenciária enseja a extinção da punibilidade, desde que realizada V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa
antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver
aplicar somente a de multa se o agente for primário e de indenização ou valor de seguro;
bons antecedentes, desde que: (Perdão judicial) Fraude no pagamento por meio de cheque
STF / STJ: Atualmente, entende-se que deve haver a aplicação do VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em
princípio da insignificância quando o valor do débito seja igual ou poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
inferior ao estabelecido pela previdência como sendo o mínimo para § 3º - A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime é
ajuizamento das ações fiscais. O valor atual é de R$ 20.000,00. cometido em detrimento de entidade de direito público ou de
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes instituto de economia popular, assistência social ou
de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social beneficência.
previdenciária, inclusive acessórios; ou Estelionato contra idoso
II – o valor das contribuições devidas, inclusive § 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for
acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela cometido contra idoso.
previdência social, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Estelionato
§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se STF: Súmula 246 - Comprovado não ter havido fraude, não se configura o
aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo crime de emissão de cheque sem fundos.
valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele STF: Súmula 521 - O foro competente para o processo e julgamento dos
estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque
para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (2018) sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento
pelo sacado.
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito STF: Súmula 554 - O pagamento de cheque emitido sem provisão de
fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da
ou força da natureza ação penal.
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao
STJ: Súmula 17 - Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais
seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: potencialidade lesiva, é por este absorvido.
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. STJ: Súmula 24 - Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: vítima entidade autárquica da previdência social, a qualificadora do § 3º,
Apropriação de tesouro do art. 171 do Código Penal.
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no STJ: Súmula 48 - Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem
todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante
falsificação de cheque.
prédio;
Apropriação de coisa achada STJ: Súmula 73 - A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado
configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, Estadual.
total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou STJ: Súmula 244 - Compete ao foro do local da recusa processar e julgar
legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.
dentro no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se
o disposto no art. 155, § 2º. (Apropriação privilegiada) Duplicata simulada
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que
CAPÍTULO VI não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES qualidade, ou ao serviço prestado.
Estelionato Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele
que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém
de Duplicatas.
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de Abuso de incapazes
quinhentos mil réis a dez contos de réis. Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da
o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo
art. 155, § 2º. (Estelionato privilegiado) qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito
jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Disposição de coisa alheia como própria
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou
em garantia coisa alheia como própria; Induzimento à especulação
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da
inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de
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outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de
especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou assembleia geral.
devendo saber que a operação é ruinosa:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Emissão irregular de conhecimento de depósito ou
"warrant"
Fraude no comércio Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant,
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, em desacordo com disposição legal:
o adquirente ou consumidor: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria
falsificada ou deteriorada; Fraude à execução
II - entregando uma mercadoria por outra: Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
qualidade ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, Parágrafo único - Somente se procede mediante
pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; queixa.
vender pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso,
metal de ou outra qualidade: CAPÍTULO VII
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. DA RECEPTAÇÃO
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º. Receptação
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou
Outras fraudes ocultar (Receptação própria), em proveito próprio ou alheio,
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em coisa que sabe ser produto de crime, ou influir (Receptação
hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de imprópria) para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
recursos para efetuar o pagamento: oculte:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. A receptação é um crime acessório ou parasitário – depende da
Parágrafo único - Somente se procede mediante existência de um crime anterior. Caso a infração anterior seja uma
representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, contravenção penal, não se tipificará o crime de receptação.
deixar de aplicar a pena. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Receptação qualificada
Fraudes e abusos na fundação ou administração de § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter
sociedade por ações em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
assembleia, afirmação falsa sobre a constituição da coisa que deve saber ser produto de crime:
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo: Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito
não constitui crime contra a economia popular. do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui ou clandestino, inclusive o exercício em residência.
crime contra a economia popular: § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza
I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela
ações, que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por
comunicação ao público ou à assembleia, faz afirmação falsa meio criminoso: (Receptação culposa)
sobre as condições econômicas da sociedade, ou oculta Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou
fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas relativo; ambas as penas.
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido
qualquer artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos ou isento de pena o autor do crime de que proveio a
da sociedade; coisa.
III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário,
sociedade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar
bens ou haveres sociais, sem prévia autorização da de aplicar a pena (Perdão judicial). Na receptação dolosa
assembleia geral; aplica-se o disposto no § 2º do art. 155 (Receptação
IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por privilegiada).
conta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a § 6o Tratando-se de bens do patrimônio da União, de
lei o permite; Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia,
V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito fundação pública, empresa pública, sociedade de economia
social, aceita em penhor ou em caução ações da própria mista ou empresa concessionária de serviços públicos,
sociedade; aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em (2017)
desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui
lucros ou dividendos fictícios; Receptação de animal
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir,
pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de
de conta ou parecer; produção ou de comercialização, semovente domesticável
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII; de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que
IX - o representante da sociedade anônima estrangeira, deve saber ser produto de crime: (2016)
autorizada a funcionar no País, que pratica os atos Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
(2016)
mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao
Governo.
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a CAPÍTULO VIII
dois anos, e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem DISPOSIÇÕES GERAIS
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Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos
crimes previstos neste título, em prejuízo: (Imunidade penal Lei nº 8.112 / 1990
absoluta)
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; Regime Jurídico dos Servidores
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco Públicos Civis da União, das
legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. Autarquias e das Fundações
Art. 182 - Somente se procede mediante Públicas Federais
representação, se o crime previsto neste título é cometido
em prejuízo: (Imunidade penal relativa) Título V
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; Do Processo Administrativo Disciplinar
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; Capítulo I
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. Disposições Gerais
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos irregularidade no serviço público é obrigada a promover a
anteriores: (Exclusão das imunidades) sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à defesa.
pessoa; § 1o (Revogado)
II - ao estranho que participa do crime. § 2o (Revogado)
§ 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade
autoridade a que se refere, poderá ser promovida por
igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que
tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência
específica para tal finalidade, delegada em caráter
permanente ou temporário pelo Presidente da República,
pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no
âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas
as competências para o julgamento que se seguir à
1 2 3 4 5 6 apuração.
_____________________________________
11 Capítulo II
Do Afastamento Preventivo
_____________________________________
12 Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o
servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a
_____________________________________
13 autoridade instauradora do processo disciplinar poderá
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo
_____________________________________
14 prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
remuneração.
_____________________________________
15 Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado
por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda
que não concluído o processo.
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diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
Capítulo III recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo
Do Processo Disciplinar a permitir a completa elucidação dos fatos.
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento
destinado a apurar responsabilidade de servidor por Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de
infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio
tenha relação com as atribuições do cargo em que se de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
encontre investido. provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar
de prova pericial.
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no
comissão composta de 3 (três) servidores estáveis processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
designados pela autoridade competente, observado o § 1o O presidente da comissão poderá denegar pedidos
disposto no § 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de
presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade § 2o Será indeferido o pedido de prova pericial, quando
igual ou superior ao do indiciado. a comprovação do fato independer de conhecimento especial
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor de perito.
designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair
em um de seus membros. Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor
§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, anexado aos autos.
até o 3º (terceiro) grau. Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público,
a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo hora marcados para inquirição.
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
administração. Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
comissões terão caráter reservado. escrito.
§ 1o As testemunhas serão inquiridas separadamente.
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas § 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou
seguintes fases: que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a depoentes.
comissão; Na acareação, as testemunhas cujos depoimentos conflitaram serão
II - inquérito administrativo, que compreende novamente ouvidas, postas frente a frente, cara a cara (daí “acareação”),
instrução, defesa e relatório; para que se procure identificar qual delas diz a verdade.
Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo
III - julgamento.
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a
disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da comissão promoverá o interrogatório do acusado,
data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.
a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias § 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles
o exigirem. será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em
§ 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será
tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros promovida a acareação entre eles.
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. § 2o O procurador do acusado poderá assistir ao
§ 2o As reuniões da comissão serão registradas em interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
atas que deverão detalhar as deliberações adotadas. sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
presidente da comissão.
STF: O prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por mais 60
(sessenta), não inclui o prazo de 20 (vinte) dias para julgamento, Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade
previsto no art. 167. O prazo total do Processo Disciplinar será, então, de
até 140 dias: 60 + 60 + 20.
mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta
médica oficial, da qual participe pelo menos um médico
Seção I psiquiatra.
Do Inquérito Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao processado em auto apartado e apenso ao processo
princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla principal, após a expedição do laudo pericial.
defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em
direito. Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será
formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo fatos a ele imputados e das respectivas provas.
disciplinar, como peça informativa da instrução. § 1o O indiciado será citado por mandado expedido
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita,
sindicância concluir que a infração está capitulada como no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do
ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia processo na repartição.
dos autos ao Ministério Público, independentemente da § 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será
imediata instauração do processo disciplinar. comum e de 20 (vinte) dias.
§ 3o O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
tomada de depoimentos, acareações, investigações e
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§ 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a
na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data autoridade que determinou a instauração do processo ou
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total
fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas. ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de
outra comissão para instauração de novo processo.
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica Vício insanável não pode ser convalidado
obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser § 1o O julgamento fora do prazo legal não implica
encontrado. nulidade do processo.
§ 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e de que trata o art. 142, § 2o, será responsabilizada na forma
não sabido, será citado por edital, publicado no Diário do Capítulo IV do Título IV.
Oficial da União e em jornal de grande circulação na
O prazo de julgamento é um prazo impróprio, assim, ainda que o
localidade do último domicílio conhecido, para apresentar julgamento não observe o lapso temporal previsto, não haverá nulidade.
defesa. Contudo, a autoridade julgadora que der causa à prescrição será
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para responsabilizada.
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação
do edital. Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a
autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, assentamentos individuais do servidor.
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. STF: O art. 170 da Lei 8.112/1990 é inconstitucional. “Reconhecida a
§ 1o A revelia será declarada, por termo, nos autos do prescrição da pretensão punitiva, há impedimento absoluto de ato
processo e devolverá o prazo para a defesa. decisório condenatório ou de formação de culpa definitiva por atos
§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade imputados ao investigado no período abrangido pelo PAD”. Nenhuma
consequência desabonadora da conduta do servidor, então, poderá ser
instauradora do processo designará um servidor como realizada pela Administração, como o registro dos fatos nos
defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo assentamentos individuais.
superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
igual ou superior ao do indiciado. Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como
crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará Público para instauração da ação penal, ficando trasladado
relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos na repartição.
autos e mencionará as provas em que se baseou para formar
a sua convicção. Art. 172. O servidor que responder a processo
§ 1o O relatório será sempre conclusivo quanto à disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado
inocência ou à responsabilidade do servidor. voluntariamente, após a conclusão do processo e o
§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em
atenuantes. demissão, se for o caso.
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora
instauração, para julgamento. da sede de sua repartição, na condição de testemunha,
denunciado ou indiciado;
Seção II II - aos membros da comissão e ao secretário, quando
Do Julgamento obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a
sua decisão. Seção III
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da Da Revisão do Processo
autoridade instauradora do processo, este será encaminhado Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a
à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente justificar a inocência do punido ou a inadequação da
para a imposição da pena mais grave. penalidade aplicada.
§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou § 1o Em caso de falecimento, ausência ou
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família
caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 141. poderá requerer a revisão do processo.
-- Presidente da República § 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a
-- Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais
-- Procurador-Geral da República revisão será requerida pelo respectivo curador.
§ 4o Reconhecida pela comissão a inocência do Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe
servidor, a autoridade instauradora do processo determinará ao requerente.
o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à
prova dos autos.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade
não constitui fundamento para a revisão, que requer
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da elementos novos, ainda não apreciados no processo
comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. originário.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão
contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora Art. 177. O requerimento de revisão do processo será
poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que,
abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
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se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do _____________________________________
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órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade _____________________________________
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originário.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá _____________________________________
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Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 até a metade se da modificação ou alteração resulta dano
para a Administração Pública ou para o administrado
Código Penal
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou
TÍTULO XI documento
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento,
CAPÍTULO I de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou
DOS CRIMES PRATICADOS inutilizá-lo, total ou parcialmente:
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL constitui crime mais grave.
Crimes funcionais próprios: ausente a condição de funcionário público,
o fato será atípico (atipicidade absoluta). Ex. art. 319 do CP – Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Prevaricação. Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação
Crimes funcionais impróprios: ausente a condição de funcionário
público, o fato se enquadrará em outro tipo penal, deixando apenas de ser
diversa da estabelecida em lei:
considerado um crime funcional (atipicidade relativa). Ex. art. 312 do CP - Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Peculato-furto. Caso esse delito não seja praticado por funcionário público,
deverá ser tipificado como Furto, art. 155 do CP. Concussão
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STJ: Súmula 599 - O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
contra a administração pública. indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Peculato
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Art. 312 - Apropriar-se (Peculato-apropriação) o
funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem Excesso de exação
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição
cargo, ou desviá-lo (Peculato-desvio), em proveito próprio ou social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando
alheio: devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso,
que a lei não autoriza:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
subtrai, ou concorre (Peculato-furto) para que seja subtraído, outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que cofres públicos:
lhe proporciona a qualidade de funcionário. Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o Corrupção passiva
crime de outrem: Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem,
Pena - detenção, de três meses a um ano. direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a promessa de tal vantagem:
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
imposta. § 1º - A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em
consequência da vantagem ou promessa, o funcionário
Peculato mediante erro de outrem retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade
que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou
(Peculato-estelionato) retarda ato de ofício, com infração de dever funcional,
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Inserção de dados falsos em sistema de Facilitação de contrabando ou descaminho
informações Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de
dados da Administração Pública com o fim de obter Prevaricação
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar,
dano: (Peculato-eletrônico) indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal:
Modificação ou alteração não autorizada de sistema Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
de informações
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou
de informações ou programa de informática sem autorização agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
ou solicitação de autoridade competente: acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e a comunicação com outros presos ou com o ambiente
multa. externo: (Prevaricação imprópria)
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
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Condescendência criminosa § 2º - A pena será aumentada da 1/3 (terça parte)
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem
responsabilizar subordinado que cometeu infração no ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não ou assessoramento de órgão da administração direta,
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. instituída pelo poder público.
STJ: Súmula 147 - Compete à Justiça Federal processar e julgar os
Advocacia administrativa crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse com o exercício da função.
privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário: CAPÍTULO II
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. DOS CRIMES PRATICADOS POR
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da Usurpação de função pública
multa. Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Violência arbitrária Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
pretexto de exercê-la:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da Resistência
pena correspondente à violência. Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante
violência ou ameaça a funcionário competente para executá-
Abandono de função lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos A resistência passiva, sem violência ou ameaça, não configura crime.
permitidos em lei: Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. § 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público: executa:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo
de fronteira: das correspondentes à violência.
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Desobediência
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário
prolongado público:
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la,
sem autorização, depois de saber oficialmente que foi Desacato
exonerado, removido, substituído ou suspenso: Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Violação de sigilo funcional STJ: É possível a prática do crime de desacato por funcionário público
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do contra pessoa no exercício de função pública, pois se trata de crime
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a comum em que a vítima imediata é o Estado e a mediata aquela que está
revelação: sendo ofendida.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa,
se o fato não constitui crime mais grave. Tráfico de Influência
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou exercício da função
banco de dados da Administração Pública; Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada
Administração Pública ou a outrem: ao funcionário.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Corrupção ativa
Violação do sigilo de proposta de concorrência Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: retardar ato de ofício:
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de 1/3 (um
Funcionário público terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem funcional.
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce Descaminho
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo
conveniada para a execução de atividade típica da consumo de mercadoria.
Administração Pública.
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STJ / STF: O valor máximo para incidência do princípio da Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se
insignificância no caso de crimes tributários federais e de descaminho é abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem
de R$ 20 mil. oferecida.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Entende-se que o art. 335 do CP foi revogado pela Lei 8.666/93 – Lei
§ 1o Incorre na mesma pena quem: de Licitações.
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
permitidos em lei; Inutilização de edital ou de sinal
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou
descaminho; conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação
de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de cerrar qualquer objeto:
procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto
de introdução clandestina no território nacional ou de Subtração ou inutilização de livro ou documento
importação fraudulenta por parte de outrem; Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente,
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de público:
documentação legal ou acompanhada de documentos que Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não
sabe serem falsos. constitui crime mais grave.
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os
efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular Sonegação de contribuição previdenciária
ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social
exercido em residências. previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de condutas:
descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de
fluvial. documento de informações previsto pela legislação
previdenciária segurados empregado, empresário,
Contrabando trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria equiparado que lhe prestem serviços;
proibida: II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
O crime de contrabando não admite a incidência do princípio da segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador
insignificância. de serviços;
§ 1o Incorre na mesma pena quem: III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos
contrabando; geradores de contribuições sociais previdenciárias:
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
que dependa de registro, análise ou autorização de órgão STJ: Aplica-se o princípio da insignificância nas hipóteses de
público competente; apropriação indébita previdenciária e sonegação de contribuição
III - reinsere no território nacional mercadoria previdenciária quando o valor do débito não ultrapassa R$ 20 mil.
STJ: Os crimes de apropriação indébita previdenciária e sonegação de
brasileira destinada à exportação; contribuição previdenciária são delitos materiais, exigindo, portanto, a
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, constituição definitiva do débito tributário perante o âmbito administrativo
de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no para configurar-se como conduta típica.
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria STF: Súmula Vinculante 24 - Não se tipifica crime material contra a
proibida pela lei brasileira; ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/1990, antes
do lançamento definitivo do tributo.
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, § 1o É extinta a punibilidade se o agente,
mercadoria proibida pela lei brasileira. espontaneamente, declara e confessa as contribuições,
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os importâncias ou valores e presta as informações devidas à
efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido antes do início da ação fiscal.
em residências. § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de aplicar somente a de multa se o agente for primário e de
contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou bons antecedentes, desde que:
fluvial. I – (vetado)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive
STJ: Súmula 151 - A competência para o processo e julgamento por
crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
federal do lugar da apreensão dos bens. previdência social, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais
Impedimento, perturbação ou fraude de § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua
concorrência folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de
pública ou venda em hasta pública, promovida pela 1/3 (um terço) até a metade ou aplicar apenas a de multa.
administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade § 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será
paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do
licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou reajuste dos benefícios da previdência social.
oferecimento de vantagem:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, CAPÍTULO II-A
além da pena correspondente à violência. DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA
Nº ID: 57F4D81G144F15298D7FD9G
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Corrupção ativa em transação comercial intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito
internacional policial, ou em juízo arbitral:
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
indiretamente, vantagem indevida a funcionário público multa.
estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a § 1o As penas aumentam-se de 1/6 a 1/3 (um sexto a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à um terço), se o crime é praticado mediante suborno ou se
transação comercial internacional: cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. em processo penal, ou em processo civil em que for parte
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um entidade da administração pública direta ou indireta
terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença
público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou
pratica infringindo dever funcional. declara a verdade
Tráfico de influência em transação comercial Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou
internacional qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador,
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou
para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução
de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por ou interpretação:
funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa
relacionado a transação comercial internacional: Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o destinada a produzir efeito em processo penal ou em
agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada processo civil em que for parte entidade da administração
a funcionário estrangeiro. pública direta ou indireta.
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Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. do Ministério Público, funcionário de justiça, perito,
tradutor, intérprete ou testemunha:
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação Parágrafo único - As penas aumentam-se de 1/3 (um
móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em terço), se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou
estabelecimento prisional. utilidade também se destina a qualquer das pessoas
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. referidas neste artigo.
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Aumento de despesa total com pessoal no último _____________________________________
14
ano do mandato ou legislatura
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que _____________________________________
15
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e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; § 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de
f) licença por acidente em serviço; licença para tratamento de saúde, por período não
g) assistência à saúde; excedente a 24 (vinte e quatro) meses.
h) garantia de condições individuais e ambientais de § 2o Expirado o período de licença e não estando em
trabalho satisfatórias; condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o
II - quanto ao dependente: servidor será aposentado.
a) pensão vitalícia e temporária; § 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da
b) auxílio-funeral; licença e a publicação do ato da aposentadoria será
c) auxílio-reclusão; considerado como de prorrogação da licença.
d) assistência à saúde. § 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão
§ 1o As aposentadorias e pensões serão concedidas e consideradas apenas as licenças motivadas pela
mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças
vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 correlacionadas.
e 224. § 5o A critério da Administração, o servidor em licença
§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez
fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação
total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível. das condições que ensejaram o afastamento ou a
aposentadoria.
Capítulo II
Dos Benefícios Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado
Seção I com observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na
Da Aposentadoria mesma data e proporção, sempre que se modificar a
Art. 186. O servidor será aposentado: remuneração dos servidores em atividade.
I - por invalidez permanente, sendo os proventos Parágrafo único. São estendidos aos inativos
integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando
especificada em lei, e proporcionais nos demais casos; decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, função em que se deu a aposentadoria.
com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
Nos termos da EC 88/2015 e da Lei Complementar 152/2015, atualmente, Art. 190. O servidor aposentado com provento
a aposentadoria compulsória do servidor público vinculado ao regime proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer
próprio de previdência social ocorre aos 75 (setenta e cinco) anos de
idade. das moléstias especificadas no § 1o do art. 186 desta Lei e,
por esse motivo, for considerado inválido por junta médica
III - voluntariamente:
oficial passará a perceber provento integral, calculado com
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e
base no fundamento legal de concessão da aposentadoria.
aos 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o
de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se
provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração
professora, com proventos integrais;
da atividade.
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25
(vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a
Art. 192. (Revogado)
esse tempo;
Art. 193. (Revogado)
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem,
e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a
ao tempo de serviço.
gratificação natalina, até o dia 20 (vinte) do mês de
§ 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas ou
dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento,
incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo,
deduzido o adiantamento recebido.
tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente
público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra
paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de
1967, será concedida aposentadoria com provento integral,
Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência
aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na
medicina especializada.
Seção II
§ 2o Nos casos de exercício de atividades consideradas
Do Auxílio-Natalidade
insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por
no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e "c",
motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao
observará o disposto em lei específica.
menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de
§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à
natimorto.
junta médica oficial, que atestará a invalidez quando
§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será
caracterizada a incapacidade para o desempenho das
acrescido de 50% (cinquenta por cento), por nascituro.
atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o
§ 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro
disposto no art. 24.
servidor público, quando a parturiente não for servidora.
Art. 187. A aposentadoria compulsória será
Seção III
automática, e declarada por ato, com vigência a partir do dia
Do Salário-Família
imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo
permanência no serviço ativo.
ou ao inativo, por dependente econômico.
Parágrafo único. Consideram-se dependentes
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez
econômicos para efeito de percepção do salário-família:
vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
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I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões
enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção
até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer médica.
idade;
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante Art. 206-A. O servidor será submetido a exames
autorização judicial, viver na companhia e às expensas do médicos periódicos, nos termos e condições definidos em
servidor, ou do inativo; regulamento.
III - a mãe e o pai sem economia própria. Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a
União e suas entidades autárquicas e fundacionais poderão:
Art. 198. Não se configura a dependência econômica I - prestar os exames médicos periódicos diretamente
quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento pelo órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o
do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou servidor;
provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação
salário-mínimo. ou parceria com os órgãos e entidades da administração
direta, suas autarquias e fundações;
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos III - celebrar convênios com operadoras de plano de
e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles; assistência à saúde, organizadas na modalidade de
quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a autogestão, que possuam autorização de funcionamento do
distribuição dos dependentes. órgão regulador, na forma do art. 230; ou
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o IV - prestar os exames médicos periódicos mediante
padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes contrato administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666,
legais dos incapazes. de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes.
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I - decorrente de agressão sofrida e não provocada
pelo servidor no exercício do cargo; Art. 219. A pensão por morte será devida ao
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho conjunto dos dependentes do segurado que falecer,
e vice-versa. aposentado ou não, a contar da data: (2019)
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que
oitenta dias) após o óbito, para os filhos menores de 16
necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em
(dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito,
instituição privada, à conta de recursos públicos.
para os demais dependentes; (2019)
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta
II - do requerimento, quando requerida após o prazo
médica oficial constitui medida de exceção e somente será
previsto no inciso I do caput deste artigo; ou (2019)
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados
III - da decisão judicial, na hipótese de morte
em instituição pública.
presumida. (2019)
§ 1º A concessão da pensão por morte não será
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10
protelada pela falta de habilitação de outro possível
(dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
dependente e a habilitação posterior que importe em
exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a
Seção VII
partir da data da publicação da portaria de concessão da
Da Pensão
pensão ao dependente habilitado. (2019)
Art. 215. Por morte do servidor, os seus dependentes,
§ 2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da
nas hipóteses legais, fazem jus à pensão por morte,
condição de dependente, este poderá requerer a sua
observados os limites estabelecidos no inciso XI do caput do
habilitação provisória ao benefício de pensão por morte,
art. 37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei nº 10.887,
exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros
de 18 de junho de 2004. (2019)
dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o
trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a
Art. 216. (Revogado)
existência de decisão judicial em contrário. (2019)
Art. 217. São beneficiários das pensões: § 3º Nas ações em que for parte o ente público
I - o cônjuge; responsável pela concessão da pensão por morte, este
a) (Revogada); poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da
b) (Revogada); referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontando-
c) (Revogada); se os valores referentes a esta habilitação das demais cotas,
d) (Revogada); vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em
e) (Revogada); julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de
II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou decisão judicial em contrário. (2019)
de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida § 4º Julgada improcedente a ação prevista no § 2º ou
judicialmente; § 3º deste artigo, o valor retido será corrigido pelos índices
a) (Revogada); legais de reajustamento e será pago de forma proporcional
b) (Revogada); aos demais dependentes, de acordo com as suas cotas e o
c) Revogada); tempo de duração de seus benefícios. (2019)
d) (Revogada); § 5º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão
III - o companheiro ou companheira que comprove concessor da pensão por morte a cobrança dos valores
união estável como entidade familiar; indevidamente pagos em função de nova habilitação. (2019)
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos
seguintes requisitos: Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; I - após o trânsito em julgado, o beneficiário
b) seja inválido; condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente
c) (Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência) resultado a morte do servidor;
d) tenha deficiência intelectual ou mental; (2019) II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se
comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no
V - a mãe e o pai que comprovem dependência
casamento ou na união estável, ou a formalização desses
econômica do servidor; e
com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário,
VI - o irmão de qualquer condição que comprove
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o
dependência econômica do servidor e atenda a um dos
direito ao contraditório e à ampla defesa.
requisitos previstos no inciso IV.
§ 1o A concessão de pensão aos beneficiários de que
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte
tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários
presumida do servidor, nos seguintes casos:
referidos nos incisos V e VI.
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária
§ 2o A concessão de pensão aos beneficiários de que
competente;
trata o inciso V do caput exclui o beneficiário referido no
II - desaparecimento em desabamento, inundação,
inciso VI.
incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;
§ 3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do
mediante declaração do servidor e desde que comprovada
cargo ou em missão de segurança.
dependência econômica, na forma estabelecida em
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada
regulamento.
em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5
§ 4º (VETADO). (2019)
(cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual
reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à
será automaticamente cancelado.
pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os
beneficiários habilitados.
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
§ 1o (Revogado) I - o seu falecimento;
§ 2o (Revogado) II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer
§ 3o (Revogado) após a concessão da pensão ao cônjuge;
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III - a cessação da invalidez, em se tratando de concessão ou manutenção da cota da pensão de dependente
beneficiário inválido, ou o afastamento da deficiência, em se com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência
tratando de beneficiário com deficiência, respeitados os grave. (2019)
períodos mínimos decorrentes da aplicação das § 8º No ato de requerimento de benefícios
alíneas a e b do inciso VII do caput deste artigo; (2019) previdenciários, não será exigida apresentação de termo de
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, curatela de titular ou de beneficiário com deficiência,
pelo filho ou irmão; observados os procedimentos a serem estabelecidos em
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225; regulamento. (2019)
VI - a renúncia expressa; e
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de
incisos I a III do caput do art. 217: beneficiário, a respectiva cota reverterá para os
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer cobeneficiários.
sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições I - (Revogado);
mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido II - (Revogado).
iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do
servidor; Art. 224. As pensões serão automaticamente
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos
acordo com a idade do pensionista na data de óbito do reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o
servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições disposto no parágrafo único do art. 189.
mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do
casamento ou da união estável: Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um
de idade; cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e (duas) pensões.
seis) anos de idade;
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e Seção VIII
nove) anos de idade; Do Auxílio-Funeral
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do
anos de idade; servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 equivalente a 1 (um) mês da remuneração ou provento.
(quarenta e três) anos de idade; § 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos será pago somente em razão do cargo de maior
de idade. remuneração.
§ 1o A critério da administração, o beneficiário de § 2o (Vetado)
pensão cuja preservação seja motivada por invalidez, por § 3o O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e
incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à
qualquer momento para avaliação das referidas condições. pessoa da família que houver custeado o funeral.
§ 2o Serão aplicados, conforme o caso, a regra
contida no inciso III ou os prazos previstos na alínea “b” do Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este
inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de será indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou
do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em
(dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as
(dois) anos de casamento ou de união estável. despesas de transporte do corpo correrão à conta de
§ 3o Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e recursos da União, autarquia ou fundação pública.
desde que nesse período se verifique o incremento mínimo
de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os Seção IX
sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da Do Auxílio-Reclusão
população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-
números inteiros, novas idades para os fins previstos na reclusão, nos seguintes valores:
alínea “b” do inciso VII do caput, em ato do Ministro de I – 2/3 (dois terços) da remuneração, quando afastado
Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva,
acréscimo na comparação com as idades anteriores ao determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar
referido incremento. a prisão;
§ 4o O tempo de contribuição a Regime Próprio de II - metade da remuneração, durante o afastamento,
Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de em virtude de condenação, por sentença definitiva, a
Previdência Social (RGPS) será considerado na contagem pena que não determine a perda de cargo.
das 18 (dezoito) contribuições mensais referidas nas § 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o
alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput. servidor terá direito à integralização da remuneração, desde
§ 5º Na hipótese de o servidor falecido estar, na data que absolvido.
de seu falecimento, obrigado por determinação judicial a § 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir
pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro do dia imediato àquele em que o servidor for posto em
ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo liberdade, ainda que condicional.
prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra § 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-
hipótese de cancelamento anterior do benefício. (2019) reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por
§ 6º O beneficiário que não atender à convocação de morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão.
que trata o § 1º deste artigo terá o benefício suspenso,
observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 95 da Capítulo III
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. (2019) Da Assistência à Saúde
§ 7º O exercício de atividade remunerada, inclusive na Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou
condição de microempreendedor individual, não impede a inativo, e de sua família compreende assistência médica,
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hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá
como diretriz básica o implemento de ações preventivas Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos
voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes
Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos
entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante respectivos planos de carreira:
convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou
ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a
ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos redução dos custos operacionais;
ou seguros privados de assistência à saúde, na forma II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao
estabelecida em regulamento. mérito, condecoração e elogio.
§ 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja
exigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados
de médico ou junta médica oficial, para a sua realização o em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-
órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia
com unidades de atendimento do sistema público de saúde, útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja
entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, expediente.
ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
§ 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de
aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser
entidade promoverá a contratação da prestação de serviços privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer
por pessoa jurídica, que constituirá junta médica discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do
especificamente para esses fins, indicando os nomes e cumprimento de seus deveres.
especialidades dos seus integrantes, com a comprovação de
suas habilitações e de que não estejam respondendo a Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos
processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da termos da Constituição Federal, o direito à livre associação
profissão. sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela
§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, decorrentes:
ficam a União e suas entidades autárquicas e fundacionais a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como
autorizadas a: substituto processual;
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano
de serviços de assistência à saúde para os seus servidores após o final do mandato, exceto se a pedido;
ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como c) (Revogado)
para seus respectivos grupos familiares definidos, com d) (Revogado)
entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de e) (Revogado)
instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados
até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do
funcionamento do órgão regulador, sendo certo que os cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas
convênios celebrados depois dessa data somente poderão expensas e constem do seu assentamento individual.
sê-lo na forma da regulamentação específica sobre patrocínio Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a
de autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão companheira ou companheiro, que comprove união estável
regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência como entidade familiar.
desta Lei, normas essas também aplicáveis aos convênios
existentes até 12 de fevereiro de 2006; Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei município onde a repartição estiver instalada e onde o
no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e servidor tiver exercício, em caráter permanente.
seguros privados de assistência à saúde que possuam
autorização de funcionamento do órgão regulador; Título IX
III – (Vetado) Capítulo Único
§ 4o (Vetado) Das Disposições Transitórias e Finais
§ 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído
despendido pelo servidor ou pensionista civil com plano ou por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os
seguro privado de assistência à saúde. servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações
Capítulo IV públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de
Do Custeio 1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou
Art. 231. (Revogado) pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os
Título VII contratados por prazo determinado, cujos contratos não
Capítulo Único poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de
Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse prorrogação.
Público § 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos
Art. 232. (Revogado) no regime instituído por esta Lei ficam transformados em
Art. 233. (Revogado) cargos, na data de sua publicação.
Art. 234. (Revogado) § 2o As funções de confiança exercidas por pessoas
Art. 235. (Revogado) não integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade
onde têm exercício ficam transformadas em cargos em
Título VIII comissão, e mantidas enquanto não for implantado o plano
Capítulo Único de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei.
Das Disposições Gerais § 3o As Funções de Assessoramento Superior - FAS,
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de
a 28 (vinte e oito) de outubro. pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei.
§ 4o (Vetado)
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83
§ 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua
serventuários da Justiça, remunerados com recursos da publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do
União, no que couber. mês subsequente.
§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com
estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem a Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de
nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em outubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem
extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo dos como as demais disposições em contrário.
direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se
encontrem vinculados os empregos.
§ 7o Os servidores públicos de que trata o caput deste
artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da
Administração e conforme critérios estabelecidos em
regulamento, ser exonerados mediante indenização de um
mês de remuneração por ano de efetivo exercício no serviço 1 2 3 4 5 6
público federal.
§ 8o Para fins de incidência do imposto de renda na
fonte e na declaração de rendimentos, serão considerados
como indenizações isentas os pagamentos efetuados a título
de indenização prevista no parágrafo anterior.
§ 9o Os cargos vagos em decorrência da aplicação do
disposto no § 7o poderão ser extintos pelo Poder Executivo
quando considerados desnecessários.
1 2 3 4 5 6
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• Princípio da vedação à autoincriminação: O acusado não é obrigado
Decreto-Lei nº 3.689 / 1941 a participar de atividades probatórias que lhe sejam prejudiciais.
• Princípio do “non bis in idem”: Veda-se que uma pessoa seja
Código de Processo Penal processada e condenada duas vezes pelo mesmo fato.
• Princípio da comunhão da prova: Após ser produzida, a prova
LIVRO I pertence ao juízo, podendo ser utilizada pelo juiz e por qualquer das
partes
DO PROCESSO EM GERAL • Princípio do impulso oficial: Iniciada a ação penal, o juiz tem o dever
TÍTULO I de promover o seu andamento até a etapa final.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES • Princípio do livre convencimento motivado: O juiz é livre para formar
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o seu convencimento, contudo, deverá fundamentar suas decisões no
momento de prolatá-las.
território brasileiro (Princípio da territorialidade), por este • Princípio da lealdade processual: Reflete o dever de verdade, e a
Código, ressalvados: vedação a qualquer forma de fraude processual.
I - os tratados, as convenções e regras de direito
internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da
República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos
com os do Presidente da República, e dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade
(Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); (Jurisdição política)
III - os processos da competência da Justiça Militar; 1 2 3 4 5 6
IV - os processos da competência do tribunal especial
(Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF
nº 130)
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código
aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis
especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
1 2 3 4 5 6
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a
vigência da lei anterior. (Princípio do “tempus regit actum”)
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VIII - Cooperar com as autoridades administrativas
Decreto nº 30.490 / 2009 e judiciárias no tocante à aplicação de medidas legais e
regulamentares;
Regimento Interno da PCDF IX - Cooperar com os demais órgãos de segurança
pública.
Aprova o Regimento Interno da Polícia Civil do
Distrito Federal e dá outras providências.
CAPÍTULO II
O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no
DA ESTRUTURA ORGÂNICA
uso das atribuições que lhe confere o artigo100, incisos VI e
Art. 5º. A Polícia Civil do Distrito Federal, para o
X, da Lei Orgânica do Distrito Federal e em conformidade
cumprimento de suas atribuições legais e a execução de
com o artigo 20 da Lei nº 3.656, de 25 de agosto de 2005,
suas atividades, compõe-se da seguinte estrutura
DECRETA:
administrativa:
Art. 1º. Fica aprovado o Regimento Interno da
1. DIREÇÃO-GERAL DA POLÍCIA CIVIL
Polícia Civil do Distrito Federal que, assinado pelo Diretor- 2. CORREGEDORIA GERAL DE POLÍCIA CIVIL
Geral da Instituição, acompanha este Decreto. 3. DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL
Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua 4. DEPARTAMENTO DE POLÍCIA CIRCUNSCRICIONAL
publicação. 5. DEPARTAMENTO DE POLÍCIA ESPECIALIZADA
At. 3º. Revogam-se as disposições em contrário. 6. DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES ESPECIAIS
7. DEPARTAMENTO DE POLÍCIA TÉCNICA
8. ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL
REGIMENTO INTERNO DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO
9. CONSELHO SUPERIOR DA POLÍCIA CIVIL
FEDERAL
TÍTULO I
1. DIREÇÃO-GERAL DA POLÍCIA CIVIL
Das Disposições Institucionais e da Estrutura Orgânica
1.1. Assessoria da Direção Geral da Polícia Civil
CAPÍTULO I
1.2. Secretaria Executiva da Direção Geral da
DAS DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS
Polícia Civil
Seção I – Da natureza
1.3. Assessoria para Assuntos Institucionais da
Art.1º. A Polícia Civil do Distrito Federal, instituição
Polícia Civil
permanente da administração direta, essencial à função
jurisdicional e vinculada ao Gabinete do Governador do
2. CORREGEDORIA GERAL DE POLÍCIA CIVIL
Distrito Federal, é dirigida por delegado de polícia de carreira
2.1. Ouvidoria
e tem relativa autonomia administrativa e financeira.
2.2. Comissão Permanente de Disciplina
2.3. Divisão de Investigação
Seção II – Da missão
2.4. Divisão de Correição
Art.2º. A Polícia Civil do Distrito Federal tem como
2.5. Divisão de Registros Criminais e Controle de
missão institucional promover, integrada às instituições
Procedimentos
congêneres, a segurança pública, visando à preservação da
2.6. Divisão de Tramitação de Autos
ordem pública e à incolumidade das pessoas, por meio da
2.7. Divisão de Procedimentos Administrativos
apuração de delitos, da elaboração de procedimentos formais
Disciplinares
destinados à ação penal e da adoção de ações técnico-
policiais, com a preservação dos direitos e garantias
3. DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL
individuais.
3.1. Divisão de Planejamento Administrativo
3.2. Divisão de Recursos Humanos
Seção III – Dos princípios institucionais
3.3. Divisão de Orçamento e Finanças
Art.3º. São princípios institucionais da Polícia Civil
3.4. Divisão de Transportes
do Distrito Federal a hierarquia, a disciplina, a unidade, a
3.5. Divisão de Informática
indivisibilidade, a autonomia funcional, a legalidade, a
3.6. Divisão de Telecomunicações
moralidade, a impessoalidade, a participação comunitária e a
3.7. Divisão de Recursos Materiais
unidade de doutrina e de procedimentos.
3.8. Divisão de Apoio e Serviços Gerais
3.9. Divisão de Arquitetura e Engenharia
Seção IV - Das funções essenciais
3.10. Policlínica
Art. 4º. São funções essenciais da Polícia Civil do
3.11. Comissão Permanente de Licitação
Distrito Federal:
3.12. Comissão Permanente de Tomada de Contas
I - Ressalvada a competência da União, executar
Especial
as funções de polícia judiciária do Distrito Federal e a
apuração de infrações penais, exceto as militares e
4. DEPARTAMENTO DE POLÍCIA CIRCUNSCRICIONAL
eleitorais;
4.1. Delegacias de Polícia Circunscricionais
II - Organizar, executar e manter serviços de
controle e fiscalização de armas, munições e explosivos, na
5. DEPARTAMENTO DE POLÍCIA ESPECIALIZADA
forma da legislação pertinente;
5.1. Coordenação de Repressão às Drogas
III - Zelar pela ordem e segurança pública,
5.1.1. Divisão de Coleta, Análise e Difusão de
promovendo e participando de medidas de proteção à
Informações
sociedade;
5.1.2. Divisão de Repressão às Drogas I
IV - Promover o intercâmbio policial com
5.1.3. Divisão de Repressão às Drogas II
organizações congêneres;
5.1.4. Divisão de Repressão às Drogas III
V - Colaborar na execução de serviços policiais
5.2. Coordenação de Investigação de Crimes
relacionados com a prevenção e a repressão da
Contra a Vida
criminalidade interestadual;
5.2.1. Divisão de Homicídios I
VI - Executar as atividades de perícia criminal,
5.2.2. Divisão de Homicídios II
médico-legal e papiloscópica;
5.3. Divisão de Controle e Custódia de Presos
VII - Realizar as identificações civis e criminais;
5.4. Divisão de Cadastro de Roubos e Furtos de
Veículos
5.5. Delegacia da Criança e do Adolescente I
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5.6. Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual II - Celebrar contratos, acordos e convênios, nos
5.7. Delegacia Especial de Atendimento à Mulher termos da legislação em vigor;
5.8. Delegacia de Defesa do Consumidor III - Propor a nomeação, exoneração, demissão ou
5.9. Delegacia de Falsificações e Defraudações reintegração de servidores do seu quadro de pessoal;
5.10. Delegacia Especial do Meio Ambiente IV - Praticar atos de administração relativos ao
5.11. Delegacia de Crimes contra a Ordem regime jurídico de pessoal, nos termos da legislação
Tributária específica;
5.12. Delegacia Especial de Proteção à Criança e V - Encaminhar a proposta orçamentária da
ao Adolescente Instituição;
5.13. Delegacia de Repressão a Furtos VI - Propor a criação e extinção de cargos e
5.14. Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos funções;
5.15. Delegacia de Repressão a Pequenas VII - Propor a criação de unidades policiais;
Infrações VIII - Com o auxílio dos respectivos Diretores dos
5.16. Delegacia de Repressão a Roubos Departamentos e dos demais órgãos de direção superior,
5.17. Delegacia da Criança e do Adolescente II planejar, normatizar, dirigir, supervisionar, fiscalizar,
administrar, coordenar, executar, controlar e avaliar as
6. DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES ESPECIAIS ações de polícia circunscricional, de polícia especializada, de
6.1. Divisão de Apoio Logístico Operacional polícia técnico científica, de atividades especiais, de ensino e
6.2. Divisão de Repressão a Sequestros treinamento e de correição;
6.3. Divisão Operações Especiais IX - Praticar outros atos próprios de gestão
6.4. Divisão de Operações Aéreas conforme previsto na legislação em vigor.
6.5. Divisão de Controle de Armas, Munições e
Explosivos CAPÍTULO II
6.6. Divisão de Controle de Denúncias e DA ASSESSORIA DA DIREÇÃO-GERAL DA POLÍCIA
Ocorrências Eletrônicas CIVIL
6.7. Divisão de Estatística e Planejamento Art.7º. A Assessoria da Direção-Geral da Polícia
Operacional Civil, unidade orgânica de assessoramento, diretamente
6.8. Divisão de Inteligência Policial subordinada à Direção-Geral de Polícia, tem como
6.9. Divisão de Repressão ao Crime Organizado atribuições:
6.10. Divisão de Repressão aos Crimes de Alta I - Assessorar o Diretor-Geral mediante a execução
Tecnologia das atividades de consultoria e assessoramento técnico;
6.11. Divisão Especial de Repressão aos Crimes II - Fixar, através de notas técnicas, a interpretação
Contra a Administração Pública de dispositivos legais e de atos normativos a ser seguida
6.12. Divisão de Comunicação uniformemente;
III - Emitir nota técnica sobre assuntos de interesse
7. DEPARTAMENTO DE POLÍCIA TÉCNICA da Polícia Civil do Distrito Federal;
7.1. Instituto de Criminalística IV - Realizar estudos e pesquisas para dirimir
7.1.1. Divisão Administrativa dúvidas acerca das atribuições institucionais da Polícia Civil;
7.1.2. Divisão de Perícias Externas V - Coligir e catalogar legislações, decisões,
7.1.3. Divisão de Perícias Internas pareceres, julgados e jurisprudências de interesse da Polícia
7.1.4. Divisão de Perícias em Laboratórios Civil, divulgando-os internamente, quando for o caso;
7.2. Instituto de Identificação VI - Acompanhar projetos e processos em
7.2.1. Divisão Administrativa tramitação no Judiciário, Procuradoria Geral do Distrito
7.2.2. Divisão de Processamento e Arquivos Federal e em outras unidades públicas, que tratam direta ou
Técnicos indiretamente de assuntos de interesse da Polícia Civil do
7.2.3. Divisão de Identificação Distrito Federal;
7.2.4.Divisão de Perícias de Exames Técnicos em VII - Elaborar ou revisar minutas de atos
Papiloscopia administrativos a serem praticados ou editados pela Direção-
7.3. Instituto de Medicina Legal Geral;
7.3.1. Divisão Administrativa VIII - Minutar informações em ações de mandado
7.3.2. Divisão de Perícia no Vivo de segurança, habeas data e habeas corpus impetrados
7.3.3. Divisão de Tanatologia Forense contra ato do Diretor-Geral, do Diretor-Geral Adjunto e por
7.3.4. Divisão de Exames Técnicos Médicos Legais outras autoridades administrativas em questões que sejam
7.4. Instituto de Pesquisa de DNA Forense de relevância para a Instituição;
IX - Providenciar as avaliações de desempenho
8. ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL funcional e de estágio probatório dos servidores da Unidade;
8.1. Divisão Técnica de Ensino X - Assessorar a Direção-Geral na gestão do
8.2. Divisão de Apoio ao Ensino planejamento estratégico;
8.3. Divisão de Gerência de Concursos XI - Colaborar com as demais unidades orgânicas
8.4. Divisão de Polícia Comunitária na elaboração dos planos de ações, projetos e programas
que deverão integrar o planejamento estratégico;
9. CONSELHO SUPERIOR DA POLÍCIA CIVIL XII - Avaliar e emitir parecer técnico sobre a
implantação e gestão do planejamento estratégico;
TÍTULO II XIII - Desempenhar outras tarefas que lhe forem
Das Atribuições Orgânicas da Polícia Civil atribuídas pela Direção-Geral.
CAPÍTULO I
DA DIREÇÃO-GERAL DE POLÍCIA CIVIL CAPÍTULO III
Art.6º. A Direção-Geral de Polícia Civil do Distrito DA SECRETARIA EXECUTIVA
Federal, órgão de direção superior, dirigido pelo Diretor- Art.8º. A Secretaria Executiva da Direção-Geral da
Geral de Polícia Civil, tem como atribuições: Polícia Civil, unidade orgânica de execução e
I - Exercer e coordenar as funções institucionais assessoramento, diretamente subordinada ao Diretor-Geral
descritas no art. 4º deste Regimento; Adjunto de Polícia, tem como atribuições:
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I - Executar os serviços de assistência à Direção- X - Apurar, com exclusividade, infrações penais cuja
Geral Adjunta de Polícia; autoria seja imputada a policial civil ou funcionários que
II - Executar as atividades de administração de exerçam suas atividades no âmbito da Polícia Civil;
pessoal, de material, de transporte e de comunicações de XI - Instaurar e julgar sindicâncias objetivando a
todo o Gabinete do Diretor-Geral, mantendo sistemas de apuração de responsabilidade funcional de policial civil e
arquivos e controles específicos; demais servidores que exerçam suas atividades no âmbito da
III - Prover a segurança pessoal do Diretor-Geral e Polícia Civil, os licenciados para mandatos classistas ou
do Diretor-Geral Adjunto; cedidos para outras unidades da União, Estados, Distrito
IV - Executar medidas de segurança física e Federal e Municípios, com exceção daqueles servidores que
manutenção do prédio-sede da Polícia Civil; exercem suas atividades junto à Secretaria de Estado de
V - Providenciar as avaliações de desempenho Segurança Pública;
funcional e de estágio probatório dos servidores lotados na XII - Requisitar informações ou documentos a todas
Unidade; as unidades da Polícia Civil;
VI - Elaborar e controlar as escalas de serviços, XIII - Certificar-se dos casos de contumácia, na
folhas de ponto e plano de chamada da Unidade; forma da legislação em vigor, dando conhecimento ao
VII - Encaminhar, mensalmente, à Direção Geral Diretor-Geral de Polícia;
Adjunta, relatório das atividades desenvolvidas; XIV - Redistribuir procedimentos penais e autos de
VIII - Desempenhar outras atividades que se inquérito policial;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. XV - Promover a padronização de sistemas
eletrônicos, formulários, livros e documentos diversos
CAPÍTULO IV destinados ao registro e controle dos atos cartorários
DA ASSESSORIA PARA ASSUNTOS INSTITUCIONAIS DA relacionados com apuração de infrações penais, em conjunto
POLÍCIA CIVIL com os demais órgãos;
Art.9º. A Assessoria para Assuntos Institucionais da XVI - Coordenar e executar a investigação ética
Polícia Civil, unidade orgânica de assessoramento, social dos candidatos aos cargos das carreiras pertencentes
diretamente subordinada a Direção-Geral de Polícia, tem ao quadro de pessoal da Polícia Civil do Distrito Federal;
como atribuições: XVII - Articular-se com a Magistratura, o Ministério
I - Assessorar diretamente o Diretor-Geral nos Público, a Ordem dos Advogados e outras instituições afins,
assuntos de interesse da Instituição, perante os organismos visando à eficiência da atividade Policial;
externos; XVIII - Receber, manifestar e despachar requisições
II - Emitir, quando solicitada, pareceres sobre do Poder Judiciário e do Ministério Público nos casos
matéria de interesse institucional; atinentes a infrações penais ou administrativas, bem como no
III - Acompanhar os trabalhos parlamentares fornecimento de informações acerca de dados pessoais de
relativos à Polícia Civil, na Câmara Legislativa e no posse desta Instituição;
Congresso Nacional, informando a Direção-Geral: XIX - Exercer rigoroso controle dos servidores em
IV - Oferecer subsídios aos trabalhos parlamentares estágio probatório e avaliar o desempenho funcional dos
no interesse institucional; demais servidores;
V - Acompanhar o Diretor-Geral, quando solicitado, XX - Desempenhar outras atividades que se
para tratar de interesses institucionais; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
VI - Acompanhar a tramitação de projetos,
programas, acordos, convênios e demais processos que Seção I – Da Ouvidoria
tratem de matéria de interesse institucional; Art.11. A Ouvidoria da Polícia Civil do Distrito
VII - Executar outras atividades que lhe forem Federal, subordinada à Corregedoria-Geral de Polícia, tem
cometidas pela Direção-Geral da Polícia Civil. como atribuições:
I - Receber, processar, controlar e encaminhar à
CAPÍTULO V unidade competente as denúncias contra atos irregulares de
DA CORREGEDORIA-GERAL DE POLÍCIA CIVIL servidores da Polícia Civil, servidores requisitados e
Art.10. A Corregedoria-Geral de Polícia Civil, órgão terceirizados, e as reclamações contra serviços prestados
de direção superior e de controle interno da atividade pelas unidades orgânicas;
policial civil, diretamente subordinada à Direção-Geral de II - Receber, processar e encaminhar sugestões
Polícia Civil, tem como atribuições: ofertadas sobre o funcionamento dos serviços prestados pela
I - Supervisionar e orientar os procedimentos Polícia Civil;
formais relativos às funções de polícia judiciária e de III - Solicitar informações sobre o andamento das
investigação de infrações penais da Polícia Civil; apurações referentes às denúncias e reclamações
II - Realizar correição nos procedimentos penais e encaminhadas pela ouvidoria, visando responder ao cidadão
administrativos; no prazo regulamentar estipulado;
III - Controlar a permanência e a tramitação de IV - Verificar, de forma sumária, a procedência das
autos de procedimentos penais e disciplinares; denúncias e reclamações, antes de encaminhá-las ao
IV - Controlar os registros de procedimentos penais; Corregedor-Geral de Polícia, sugerindo, se for o caso,
V - Expedir, com exclusividade, certidões de arquivamento ou instauração de procedimento administrativo
registros criminais na Polícia Civil; e/ou criminal;
VI - Avocar inquéritos e demais procedimentos V - Propor ao Corregedor-Geral, recomendações
policiais; aos dirigentes de unidades, de providências necessárias ao
VII - Expedir orientações e normas de serviços aperfeiçoamento, racionalização e melhoria dos serviços
sobre procedimentos específicos da atividade de apuração públicos prestados pela Polícia Civil do Distrito Federal;
de infrações penais; VI - Elaborar relatório das atividades desenvolvidas;
VIII - Executar, com exclusividade, o cancelamento VII - Remeter, mensalmente, ao Serviço de
de registros criminais por ordem judicial; Planejamento, Estatística e Informática as informações
IX - Controlar os registros de procedimentos necessárias ao desempenho das atividades daquele Serviço;
administrativos disciplinares e criminais instaurados contra VIII - Avaliar o desempenho funcional dos
policiais civis; servidores lotados na Ouvidoria;
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IX - Desempenhar outras atividades que se III - Acompanhar, em outras unidades policiais,
enquadrem no âmbito de suas atribuições. investigações de interesse da Corregedoria Geral de Polícia;
IV - Organizar e manter atualizado arquivo
Seção II- Da Comissão Permanente de Disciplina fotográfico e dados dos integrantes da Polícia Civil do Distrito
Art.12. A Comissão Permanente de Disciplina, Federal;
unidade orgânica de execução, diretamente subordinada à V - Comparecer a locais onde haja ocorrido infração
Corregedoria-Geral da Polícia Civil, é incumbida de promover penal com indícios de autoria ou participação de integrantes
o processo administrativo disciplinar no âmbito da Polícia da Polícia Civil do Distrito Federal;
Civil do Distrito Federal. VI - Conduzir procedimentos apuratórios de
infrações penais, especialmente as funcionais, envolvendo
Art.13. A Comissão exercerá suas atividades com integrante da Polícia Civil do Distrito Federal;
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo VII - Auxiliar as demais autoridades policiais da
necessário à elucidação dos fatos ou exigido pelo interesse Corregedoria-Geral de Polícia, nos procedimentos sob suas
da Administração, sendo suas audiências e reuniões responsabilidades, seja fornecendo-lhes informações, seja
realizadas em caráter reservado. A função de cada membro apoiando-as operacionalmente;
da Comissão é considerada de interesse relevante para a VIII - Consultar os cadastros especializados de
administração. pessoas, veículos e telefones, envolvidos em infrações
penais ou administrativas com notícia de participação de
Art.14. O Secretário da Comissão será indicado integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal;
pelo Presidente, recaindo a escolha preferencialmente em IX - Analisar as informações emitidas pelos bancos
integrante do cargo de Escrivão de Polícia. de dados, existentes em autos e arquivos ou recebidas, em
forma de laudos, listagens ou outros registros, visando à
Art.15. A Comissão Permanente de Disciplina tem obtenção de indícios de prática de infrações em apuração na
como atribuições: Corregedoria-Geral de Polícia;
I - Promover o processo administrativo disciplinar, X - Manter permanente contato com a Divisão de
com vista à apuração de transgressões disciplinares Inteligência Policial e congêneres, para a busca de
imputadas a policiais civis e demais servidores do Quadro de informações que auxiliem as investigações desenvolvidas
Pessoal da Polícia Civil do Distrito Federal, na forma prevista pela Corregedoria-Geral de Polícia;
na legislação em vigor. XI - Apresentar, mensalmente, relatório
II - Realizar, em procedimento próprio, a revisão de circunstanciado sobre os trabalhos desenvolvidos, sugerindo
processo disciplinar, quando deferida pela autoridade a adoção de medidas que visem melhor desempenho do
competente; serviço;
III - Solicitar ao Diretor-Geral, fundamentadamente, XII - Emitir relatórios mensais e anuais com mapas
a prorrogação dos prazos previstos em lei para conclusão estatísticos das atividades desenvolvidas;
dos processos; XIII - Remeter, mensalmente, ao Serviço de
IV - Dar conhecimento à autoridade competente dos Planejamento, Estatística e Informática as informações
fatos que chegaram ao seu conhecimento no curso da necessárias ao desempenho das atividades daquele Serviço;
instrução processual, que devam também ser apurados em XIV - Avaliar o desempenho funcional dos
procedimento diverso; servidores lotados na Divisão;
V - Solicitar perícias, laudos, pareceres e outras XV - Desempenhar outras atividades que se
informações necessárias ao bom desempenho das atividades enquadrem no âmbito de suas atribuições.
da Comissão;
VI - Proceder às diligências que julgar conveniente Seção IV – Da Divisão de Correição
à produção da prova, deslocando-se sempre que necessário Art.17. A Divisão de Correição, unidade orgânica de
para qualquer ponto do território nacional, recorrendo execução, diretamente subordinada à Corregedoria-Geral de
inclusive a técnicos ou peritos de outras unidades Polícia, tem como atribuições:
especializadas do serviço público; I - Realizar, por ordem e sob orientação da
VII - Encaminhar, mensalmente, ou quando Corregedoria-Geral de Polícia, correições ordinárias e
solicitado, à Direção-Geral da Polícia Civil, relatório das extraordinárias nas Unidades Policiais e em outras unidades
atividades desenvolvidas; orgânicas da Polícia Civil;
VIII - Providenciar as avaliações de desempenho II - Executar correições nos autos de inquéritos
funcional e de estágio probatório dos servidores lotados na policiais e termos circunstanciados antes da remessa ao
Comissão; Judiciário, zelando pela fiel observância das normas
IX - Certificar-se dos casos de contumácia, na forma processuais e administrativas;
da Lei, dando conhecimento ao Diretor Geral da Polícia Civil; III - Receber e controlar as comunicações de prisão
X - Proceder ao arquivamento dos processos em flagrante;
disciplinares e sindicâncias; IV - Propor normas de padronização de formulários,
XI - Desempenhar outras atividades que se sistemas eletrônicos, livros e documentos diversos relativos
enquadrem no âmbito de suas atribuições. às atividades de apuração de infrações penais e disciplinares
na Polícia Civil;
Seção III – Da Divisão de Investigação V - Analisar as solicitações de redistribuição de
Art.16. A Divisão de Investigação, unidade orgânica autos de inquéritos policiais feitas pelas Unidades Policiais;
de execução, diretamente subordinada à Corregedoria-Geral VI - Avaliar o desempenho funcional dos servidores
de Polícia, tem como atribuições: lotados na Divisão;
I - Realizar investigações destinadas à apuração de VII - Emitir relatórios mensais e anuais com mapas
infrações penais com notícia de participação de integrantes estatísticos das atividades desenvolvidas;
da Policia Civil do Distrito Federal; VIII - Remeter, mensalmente, ao Serviço de
II - Organizar e manter em cadastro, registros de Planejamento, Estatística e Informática as informações
ocorrências, de qualquer origem, que noticiem o necessárias ao desempenho das atividades daquele Serviço;
envolvimento de integrantes da Polícia Civil do Distrito IX - Desempenhar outras atividades que se
Federal em infrações penais ou administrativas; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
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Seção V – Da Divisão de Registros Criminais e Controle III - Remeter as Sindicâncias Administrativas
de Procedimentos instauradas no âmbito da Polícia Civil à Comissão
Art.18. A Divisão de Registros Criminais e Controle Permanente de Disciplina para fins de arquivamento.
de Procedimentos, unidade orgânica de execução, IV - Emitir relatórios mensais e anuais com mapas
diretamente subordinada à Corregedoria-Geral de Polícia, estatísticos das atividades desenvolvidas;
tem como atribuições: V - Avaliar o desempenho funcional dos servidores
I - Homologar e controlar os registros criminais lotados na Divisão;
decorrentes da instauração de inquéritos policiais e termos VI - Remeter, mensalmente, ao Serviço de
circunstanciados no âmbito da Polícia Civil; Planejamento, Estatística e Informática as informações
II - Controlar o registro de tramitação de inquéritos necessárias ao desempenho das atividades daquele Serviço;
policiais e termos circunstanciados no âmbito da Polícia Civil; VII - Desempenhar outras atividades que se
III - Expedir certidões sobre registros criminais na enquadrem no âmbito de suas atribuições.
Polícia Civil do Distrito Federal;
IV - Fazer anotações das decisões judiciais relativas CAPÍTULO VI
a processos criminais originários de procedimento policial; DO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL
V - Atualizar e cadastrar dados de indiciados com Art.21. O Departamento de Administração Geral,
base nas informações prestadas pelo judiciário; órgão de direção superior, diretamente subordinado à
VI - Executar, mediante determinação judicial, o Direção-Geral da Polícia Civil, tem como atribuições:
cancelamento de registros criminais; I - Dirigir, coordenar, planejar e controlar a
VII - Promover as anotações e eventuais execução de atividades de recursos humanos, orçamento,
retificações relativas a indiciados, denunciados ou finanças, contabilidade, planejamento administrativo,
condenados recolhidos nos estabelecimentos prisionais; recursos materiais, patrimônio, transporte, serviços gerais,
VIII - Acompanhar a instauração e analisar informática, telecomunicações, projetos de obras e reformas,
estatisticamente o resultado dos procedimentos policiais edificações, reformas de imóveis, saúde do servidor,
instaurados; tramitação de documentos, processos e arquivo;
IX - Emitir relatórios mensais e anuais com mapas II - Propor normas relativas à sua área de atuação;
estatísticos das atividades desenvolvidas; III - Implementar ações de organização e
X - Avaliar o desempenho funcional dos servidores modernização administrativa;
lotados na Divisão; IV - Promover licitação para execução de obras e
XI - Remeter, mensalmente, ao Serviço de serviços de engenharia e concessões e permissões para
Planejamento, Estatística e Informática as informações ocupação de áreas públicas, bem como para outros objetos
necessárias ao desempenho das atividades daquele Serviço; que venham a ser definidos por legislação específica;
XII - Desempenhar outras atividades que se V - Acompanhar os procedimentos licitatórios;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. VI - Desempenhar outras atividades que lhes forem
atribuídas ou delegadas pela Direção-Geral.
Seção VI – Da Divisão de Tramitação de Autos
Art.19. A Divisão de Tramitação de Autos, unidade orgânica Seção I - Da Divisão de Planejamento Administrativo
de execução, diretamente subordinada à Corregedoria-Geral Art.22. A Divisão de Planejamento Administrativo,
de Polícia, tem como atribuições: unidade orgânica de execução, diretamente subordinada
I - Controlar e fiscalizar a remessa de autos ao ao Departamento de Administração Geral, tem como
judiciário, às unidades policiais e aos demais órgãos atribuições:
interessados; I - Realizar estudos a respeito das necessidades de
II - Controlar e fiscalizar o encaminhamento ao recursos humanos, material de consumo e permanente,
judiciário de peças e objetos vinculados a procedimentos viaturas policiais, armamentos e demais equipamentos para a
policiais quando relatado; Polícia Civil;
III - Controlar os prazos de tramitação de autos de II - Promover estudos voltados à distribuição de
inquéritos policiais e termos circunstanciados no âmbito da servidores policiais às diversas Unidades integrantes da
Polícia Civil; Polícia Civil;
IV - Emitir relatórios mensais e anuais com mapas III - Elaborar o plano plurianual de investimentos da
estatísticos das atividades desenvolvidas; Polícia Civil em articulação com a Divisão de Orçamento e
V - Avaliar o desempenho funcional dos servidores Finanças;
lotados na Divisão; IV - Manter mapa anual de gastos realizados pela
VI - Remeter, mensalmente, ao Serviço de Polícia Civil com a receita oriunda de fundos específicos;
Planejamento, Estatística e Informática as informações V - Desenvolver estudos destinados ao contínuo
necessárias ao desempenho das atividades daquele Serviço; aperfeiçoamento da Polícia Civil, propondo a reformulação,
VII - Desempenhar outras atividades que se manutenção e investimentos nas suas estruturas,
enquadrem no âmbito de suas atribuições. equipamentos, armamentos, viaturas e materiais em geral;
VI - Promover estudos quanto às necessidades para
Seção VII – Da Divisão de Procedimentos Administrativos o suprimento logístico das unidades móveis da Polícia Civil;
Disciplinares VII - Promover estudos com o fim de definir a
Art.20. A Divisão de Procedimentos Administrativos periodicidade de manutenção de máquinas e equipamentos;
Disciplinares, unidade orgânica de execução, diretamente VIII - Coletar dados estatísticos e elaborar
subordinada à Corregedoria-Geral de Polícia, tem como documentos para subsidiar decisões do Diretor do
atribuições: Departamento;
I - Promover as sindicâncias administrativas IX - Elaborar a prestação de contas anual do
disciplinares, com vista à apuração de transgressões Ordenador de Despesas, mediante a consolidação dos dados
disciplinares imputadas a policiais civis e demais servidores fornecidos pelas unidades subordinadas ao Departamento de
do Quadro de Pessoal da Polícia Civil do Distrito Federal, na Administração Geral;
forma prevista na legislação em vigor. X - Elaborar o Relatório Anual das Atividades da
II - Certificar-se dos casos de contumácia, na forma Polícia Civil;
da Lei, dando conhecimento ao Corregedor Geral de Polícia; XI - Providenciar as avaliações de desempenho
funcional e de estágio probatório dos servidores da Divisão;
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XII - Elaborar e controlar escalas de serviço, folhas I - Executar as atividades de transporte, de
de ponto, licença de pessoal, planos de chamada e de férias; equipamentos motorizados, de controle, manutenção e
XIII - Emitir relatório das atividades mensais e abastecimento de combustíveis;
anuais da Divisão; II - Propor normas relativas ao transporte e
XIV - Desempenhar outras atividades que se equipamentos motorizados, acompanhando sua execução;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. III - Cadastrar, manter, avaliar e propor a renovação
da frota de veículos da Polícia Civil do Distrito Federal;
Seção II – Da Divisão de Recursos Humanos IV - Manter o registro e controle de componentes e
Art.23. A Divisão de Recursos Humanos, unidade peças para manutenção dos veículos;
orgânica de execução, diretamente subordinada ao V - Propor a aquisição, locação e alienação de
Departamento de Administração Geral, tem como atribuições: veículos oficiais;
I - Registrar e controlar os dados e informações VI - Proceder ao recebimento, registro, distribuição
funcionais e financeiras dos servidores lotados e em e regularização da documentação de veículos e
exercício na Polícia Civil, bem como dos servidores cedidos, equipamentos motorizados pertencentes à própria frota ou
aposentados e pensionistas; terceirizados;
II - Executar as atividades de administração de VII - Supervisionar e providenciar a baixa ou
recursos humanos, obedecidas as normas legais pertinentes, transferência de propriedade de veículos;
com observância das diretrizes das unidades centrais; VIII - Comunicar ao Departamento de Administração
III - Registrar e controlar pagamentos, descontos, Geral a constatação de dano em veículos da frota da Polícia
consignações, empréstimos e transferências funcionais e Civil, decorrentes de acidentes ou uso indevido;
financeiras dos servidores quer sejam ativos, aposentados e IX - Providenciar o licenciamento e emplacamento
pensionistas; de veículos da Polícia Civil;
IV - Cumprir a legislação e as normas expedidas X - Providenciar o recolhimento de multas e guarda
sobre recursos humanos; da documentação dos veículos;
V - Propor a elaboração de normas relativas à sua XI - Executar vistoria em veículos para
área de atuação; remanejamento entre unidades usuárias;
VI - Executar as ações relativas à revisão de XII - Coordenar a execução das atividades de
aposentadorias e pensões; controle e manutenção da frota de veículos da Polícia Civil;
VII - Manter atualizado o cadastro de servidores XIII - Promover a vistoria, a revisão preventiva e a
ativos, aposentados e pensionistas; recuperação mecânica dos veículos;
VIII - Elaborar documentos e coletar dados XIV - Executar serviços de lanternagem, capotaria e
estatísticos para subsidiar decisões superiores; pintura de veículos;
IX - Controlar o Plano Anual de Férias das unidades XV - Confeccionar peças e artefatos de metal,
orgânicas da Polícia Civil; ferramentas e aparelhos para recuperação de veículos;
X - Organizar e apurar os resultados das avaliações XVI - Propor o recolhimento de veículos
de desempenho funcional do estágio probatório dos antieconômicos para fins de alienação;
servidores da Polícia Civil; XVII - Propor critério de avaliação de veículo, para
XI - Desempenhar outras atividades que se alienação;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. XVIII - Vistoriar, avaliar e opinar acerca do
recebimento de veículos a título de doação ou utilização de
Seção III – Da Divisão de Orçamento e Finanças veículos apreendidos;
Art.24. A Divisão de Orçamento e Finanças, XIX - Desenvolver e executar as atividades típicas
unidade orgânica de execução, diretamente subordinada de borracharia, abastecimento, lavagem e lubrificação de
ao Departamento de Administração Geral, tem como veículos;
atribuições: XX - Propor a fixação de critérios para
I - Planejar, executar e controlar as atividades de abastecimento de veículos, controlando o fornecimento e
administração orçamentária, financeira e contábil da Polícia consumo de combustíveis, lubrificantes, pneus, dentre outros
Civil do Distrito Federal; componentes;
II - Colaborar na elaboração do Plano Plurianual de XXI - Promover com antecedência o levantamento
investimento da Polícia Civil; das necessidades de peças, acessórios, lubrificantes,
III - Elaborar a proposta orçamentária da Polícia combustíveis e pneus, dentre outros componentes, com
Civil do Distrito Federal; vistas à aquisição;
IV - Coordenar e controlar a celebração dos XXII - Elaborar estudos, relatórios e projetos para
contratos e convênios da Polícia Civil; divulgação e aprimoramento das atividades da Unidade;
V - Emitir e anular notas de empenho; XXIII - Registrar a produção diária de serviços e
VI - Controlar a execução da contabilidade da expedir relatórios estatísticos das atividades executadas;
Polícia Civil; XXIV - Desempenhar outras atividades que se
VII - Articular-se com a unidade de gestão enquadrem no âmbito de suas atribuições.
orçamentária, financeira e contábil do Governo do Distrito
Federal; Seção V – Da Divisão de Informática
VIII - Propor a elaboração de normas e Art.26. A Divisão de Informática, unidade orgânica
procedimentos relativos à sua área de atuação; de execução, diretamente subordinada ao Departamento de
IX - Colaborar na elaboração da prestação de Administração Geral, tem como atribuições:
contas anual do ordenador de despesas da Polícia Civil nos I - Coordenar, fiscalizar, orientar e controlar as
termos da legislação vigente; atividades de informática da Polícia Civil do Distrito Federal;
X - Desempenhar outras atividades que se II - Propor normas e procedimentos para utilização e
enquadrem no âmbito de suas atribuições. conservação dos equipamentos de informática;
III - Elaborar o Plano Diretor de Informática da
Seção IV – Da Divisão de Transportes Instituição, que deverá ser atualizado de acordo com as
Art.25. A Divisão de Transportes, unidade orgânica necessidades e evolução tecnológica;
de execução, diretamente subordinada ao Departamento de IV - Manter articulação permanente com outras
Administração Geral, tem como atribuições: unidades de informática, objetivando o aprimoramento
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tecnológico e o intercâmbio eletrônico de dados de interesse Art.28. A Divisão de Recursos Materiais, unidade
da Polícia Civil; orgânica de execução, diretamente subordinada ao
V - Elaborar programas e promover cursos na área Departamento de Administração Geral, tem como
de informática, em articulação com a Academia da Polícia atribuições::
Civil do Distrito Federal; I - Planejar, executar e controlar as atividades de
VI - Avaliar, propor, desenvolver e implementar administração de material e patrimônio, móvel e imóvel;
soluções que objetivem a automação e otimização de rotinas II - Prever e prover a Polícia Civil do Distrito Federal
da instituição, observando as normas de controle de dos recursos materiais necessários à execução das suas
segurança e auditoria dos sistemas; atribuições;
VII - Participar do desenvolvimento e implantação III - Elaborar relatórios semestrais referentes à
de programas de melhoria de gestão dos sistemas aquisição de materiais;
informatizados das unidades orgânicas da Polícia Civil; IV - Propor normas e rotinas para a aquisição,
VIII - Elaborar estudos, relatórios e projetos, além distribuição, solicitação, utilização e conservação de
do apoio técnico, para subsidiar decisões dos superiores materiais;
hierárquicos; V - Coordenar, organizar e acompanhar a execução
IX - Planejar, orientar e coordenar, em articulação das requisições de material de consumo, com o controle do
com a Divisão de Arquitetura e Engenharia, os serviços de estoque;
instalações lógicas e elétricas de implantação, expansão de VI - Realizar pesquisa de preços de materiais, bem
sistemas ou subsistemas de rede de comunicação de dados como especificar, codificar e catalogar as mesmas;
nas unidades da Polícia Civil; VII - Proceder à realização dos inventários anuais;
X - Prestar apoio logístico de informática a todos os VIII - Executar as atividades pertinentes ao
segmentos operacionais e administrativos da Instituição; recebimento, conferência, guarda e distribuição de material;
XI - Elaborar projetos básicos, com especificações IX - Zelar pela manutenção dos bens móveis da
técnicas da área de informática, objetivando a aquisição de Polícia Civil;
recursos tecnológicos; X - Proceder ao recolhimento de bens móveis
XII - Avaliar, inspecionar e emitir parecer técnico considerados inservíveis, antieconômicos ou ociosos,
acerca do recebimento de equipamentos de informática pela objetivando a alienação, recuperação ou redistribuição;
Polícia Civil, a título de doação; XI - Desempenhar outras atividades que se
XIII - Propor estratégias que maximizem o valor da enquadrem no âmbito de suas atribuições.
informática como incremento das atividades desenvolvidas
pelas unidades da Polícia Civil; Seção VIII – Da Divisão de Apoio e Serviços Gerais
XIV - Planejar e orientar a operação de Art.29. A Divisão de Apoio e Serviços Gerais,
computadores, dispositivos e acessórios; unidade orgânica de execução, diretamente subordinada ao
XV - Desempenhar outras atividades que se Departamento de Administração Geral, tem como atribuições:
enquadrem no âmbito de suas atribuições. I - Executar e fiscalizar os serviços relativos
alvenaria, carpintaria, marcenaria, serralheria e instalações
Seção VI – Da Divisão de Telecomunicações hidráulicas, hidrosanitárias e elétricas de interesse da Polícia
Art.27. A Divisão de Telecomunicações, unidade Civil;
orgânica de execução, diretamente subordinada ao II - Receber solicitações de serviço e providenciar o
Departamento de Administração Geral, tem como atribuições: atendimento de acordo com as prioridades;
I - Executar, orientar e controlar as atividades de III - Promover a manutenção, recuperação e
telecomunicações e radiocomunicações da Polícia Civil do conservação de paredes em alvenaria, recuperação e
Distrito Federal; instalação de revestimentos de forros, pisos e paredes,
II - Supervisionar e fiscalizar o cumprimento da chumbamentos e colocação de vidros, espelhos e
legislação pertinente às telecomunicações; esquadrias, serviços de pintura, dentre outros;
III - Coordenar e executar serviços de instalação, IV - Realizar pequenas reformas nas edificações da
manutenção, conserto e remoção de equipamentos e Polícia Civil do Distrito Federal, em articulação com a Divisão
aparelhos de telecomunicações e radiocomunicações; de Arquitetura e Engenharia;
IV - Orientar os usuários quanto à adequada V - Efetuar revisões periódicas e preventivas dos
utilização dos equipamentos de telecomunicações; sistemas elétrico, hidrosanitário, contra incêndios, telhados e
V - Manter contato com as unidades da Polícia Civil, calhas;
com o objetivo de coletar, processar, disseminar, padronizar VI - Conferir a realização de serviços por terceiros e
e integrar os dados necessários ao desempenho das atestar as notas fiscais pertinentes, correlacionados à sua
atividades de telecomunicações; área de atuação;
VI - Manter contato com empresas de telefonia e VII - Levantar custos de mão-de-obra e materiais
radiocomunicação, com vistas à atualização em novas para subsidiar os orçamentos de obras e serviços;
tecnologias; VIII - Desempenhar outras atividades que se
VII - Promover o controle de gastos das ligações enquadrem no âmbito de suas atribuições.
telefônicas locais, interestaduais e internacionais;
VIII - Manter atualizada a lista dos telefones internos Seção IX – Da Divisão de Arquitetura e Engenharia
da Polícia Civil do Distrito Federal e colaborar na confecção Art.30. A Divisão de Arquitetura e Engenharia,
do catálogo telefônico; unidade orgânica de execução, diretamente subordinada ao
IX - Elaborar estudos, relatórios, projetos e mapas Departamento de Administração Geral, tem como atribuições:
estatísticos, para divulgação e aprimoramento das atividades I - Planejar, dirigir, organizar, orientar, controlar e
da Unidade; avaliar a execução das atividades relacionadas a obras e
X - Elaborar projetos técnicos para aquisição de serviços de engenharia;
equipamentos; II - Avaliar as necessidades de construção,
XI - Desempenhar outras atividades que se conservação e reparo dos imóveis da Polícia Civil do Distrito
enquadrem no âmbito de suas atribuições. Federal;
III - Analisar projetos de fundações, cálculos
Seção VII – Da Divisão de Recursos Materiais estruturais, pavimentação e drenagem, bem como das
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instalações elétricas, hidrosanitárias, telefônicas e de XII - Estudar as causas médicas do absenteísmo
combate a incêndio; propondo medidas de caráter preventivo;
IV - Analisar projetos de arquitetura para construção XIII - Desenvolver e executar programas de
ou reforma de prédios próprios ou locados à Polícia Civil do prevenção e de tratamento de dependentes químicos e
Distrito Federal; alcoólicos, integrantes do quadro da Polícia Civil do Distrito
V - Zelar dos bens imóveis da Polícia Civil, Federal;
atentando pela sua correta utilização; XIV - Elaborar estudos, relatórios e projetos para
VI - Vistoriar imóveis próprios ou locados pela divulgação e aprimoramento das atividades da Policlínica;
Polícia Civil do Distrito Federal, apresentando relatório XV - Estabelecer cronograma de inspeção de saúde
técnico sobre as necessidades de execução de reparos e e psicológica dos policiais civis, os quais deverão ser
manutenções; submetidos a exames uma vez a cada quatro anos, cujas
VII - Estabelecer as medidas necessárias para a convocações serão realizadas pela própria Policlínica;
preservação do meio ambiente nas áreas sob a XVI - Desempenhar outras atividades que se
administração da Polícia Civil; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
VIII - Coordenar, controlar e avaliar o atendimento
das solicitações de serviços de engenharia das unidades da Seção XI - Da Comissão Permanente de Licitação
Polícia Civil do Distrito Federal; Art.32. A Comissão Permanente de Licitação,
IX - Conferir a realização de serviços por terceiros e unidade orgânica de execução, diretamente subordinada ao
atestar as notas fiscais pertinentes; Departamento de Administração Geral, tem como atribuições:
X - Acompanhar a execução dos contratos I - Planejar, coordenar, implementar, acompanhar,
pertinentes à sua área de atuação; supervisionar e orientar as atividades de licitações, referentes
XI - Manter organizados e atualizados os a Obras e Serviços de Engenharia, Concessões e
documentos da unidade, em suporte eletrônico ou em papel; Permissões;
XII - Promover a especificação de materiais e II - Elaborar minutas de editais, convites e seus
serviços relativos à construção ou reparos de imóveis da anexos, visando à formalização e à instrução adequada dos
Polícia Civil; processos de licitação;
XIII - Desempenhar outras atividades que se III - Organizar e controlar o cronograma de
enquadrem no âmbito de suas atribuições. realização de licitações;
IV - Providenciar a publicação, na Imprensa Oficial e
Seção X - Da Policlínica em Jornal de grande circulação, de avisos de licitação, de
Art.31. A Policlínica, unidade orgânica de execução, resultado de habilitação, de julgamento, de adiamento, de
diretamente subordinada ao Departamento de Administração revogação e de anulação;
Geral, tem como atribuições: V - Acompanhar os prazos de impugnações dos
I - Prestar atendimento na área de saúde para os editais e recursos interpostos contra decisões relativas à
policiais civis; habilitação, inabilitação e julgamento e os prazos mínimos
II - Gerenciar assistência médica, psicológica, de publicações de editais;
fisioterápica, odontológica, farmacêutica, fonoaudiológica, VI - Analisar e responder as impugnações e
laboratorial e enfermagem, preventiva e curativa prestada recursos referentes a editais e convites;
aos policiais civis; VII - Desempenhar outras atividades que se
III - Coordenar, participar ou implementar, isolada enquadrem no âmbito de suas atribuições.
ou associadamente a outras unidades ou instituições de
saúde, mediante convênios, programas de prevenção de Seção XII - Da Comissão Permanente de Tomada de
agravos à saúde, tratamento de doenças e melhoria da Contas Especial
qualidade de vida; Art.33. A Comissão Permanente de Tomada de
IV - Realizar atividades de medicina do trabalho; Contas Especial, unidade orgânica de execução, diretamente
V - Analisar, visando homologação, laudos e subordinada ao Departamento de Administração Geral,
atestados médicos fornecidos por terceiros, para efeito de composta de um presidente, dois membros e um secretário,
concessão de licenças médicas ou abonos de faltas ao todos designados pelo Diretor-Geral da Polícia Civil, tem
serviço; como atribuições:
VI - Manter atualizados e de modo uniforme os I - Controlar, coordenar e executar as atividades
prontuários das áreas médica, odontológica, psicológica e formais de apuração de tomada de contas especiais
fisioterápica, e os registros de controle de tempo das licenças instauradas no âmbito da Polícia Civil, de acordo com as
concedidas aos servidores, por motivo de doença ou normas estabelecidas pelo Tribunal de Contas do Distrito
tratamento de saúde; Federal e outros órgãos de controle;
VII - Proceder a perícias médicas nas áreas II - Controlar a tramitação e os prazos dos
administrativa e trabalhista dos servidores, com vistas a procedimentos de Tomadas de Contas Especiais;
exames admissionais, demissionais, periódicos, de III - Expedir e controlar intimações e ordens de
verificação de capacidade laborativa, física e sanidade serviços, bem como realizar todas as diligências inerentes
mental e outros exames da esfera trabalhista; aos processos de Tomada de Contas Especiais;
VIII - Realizar exames clínicos, diagnóstico e IV - Articular-se com o Tribunal de Contas do
tratamento de doenças ou outros distúrbios orgânicos, bem Distrito Federal e com a Corregedoria do Distrito Federal para
como orientar e encaminhar pacientes para tratamento a execução de suas atribuições;
especializado; V - Encaminhar, mensalmente, à Direção-Geral da
IX - Solicitar, realizar, analisar e interpretar Polícia Civil, relatório das atividades desenvolvidas;
resultados de exames complementares de laboratório e VI - Elaborar e controlar as folhas de ponto, licença
exames radiológicos; de pessoal, planos de chamada e de férias dos servidores da
X - Emitir laudos relativos à saúde do servidor em Comissão;
seu ambiente de trabalho e em relação às atividades VII - Providenciar as avaliações de desempenho
exercidas; funcional e de estágio probatório dos servidores da
XI - Propor normas, rotinas e procedimentos para as Comissão;
atividades médico-periciais, trabalhista e administrativa; VIII - Desempenhar outras atividades que se
enquadrem no âmbito de suas atribuições.
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n) Manter o Delegado-Chefe da unidade e o
CAPÍTULO VII Supervisor-de-Dia da Polícia Civil informados sobre
DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA CIRCUNSCRICIONAL ocorrências de repercussão;
Art.34. O Departamento de Polícia Circunscricional, o) Promover atendimento prioritário às gestantes,
unidade central de coordenação técnica e operacional, idosos e pessoas com necessidades especiais;
diretamente subordinado à Direção-Geral da Polícia Civil, tem p) Desempenhar outras tarefas que se enquadrem
como atribuição: no âmbito de suas atribuições.
I - Planejar, coordenar, supervisionar e orientar a §2º São atribuições do delegado responsável pelo
execução das atividades das Delegacias Circunscricionais; plantão das Delegacias Circunscricionais, além das previstas
II - Propor políticas e normas de prevenção e no art. 95 e seus incisos:
repressão à prática de infrações penais; a) Coordenar as atividades da equipe de plantão,
III - Prestar apoio operacional a todas as unidades descritas no parágrafo anterior;
subordinadas à Polícia Civil do Distrito Federal; b) Presidir inquérito policial, inclusive auto de prisão
IV - Desempenhar outras atividades que se em flagrante, adotando as medidas necessárias ao fiel
enquadrem no âmbito de suas atribuições. esclarecimento dos fatos e suas circunstâncias até relatório
final;
Seção I - Das Delegacias de Polícia Circunscricionais c) Lavrar termo circunstanciado;
Art.35. As Delegacias de Polícia Circunscricionais, d) Presidir outros procedimentos administrativos;
unidades orgânicas de execução técnica e operacional, e) Comparecer aos locais de crime, priorizando os
subordinadas diretamente ao Departamento de Polícia de morte violenta, a fim de orientar os trabalhos periciais e as
Circunscricional, têm como atribuições: diligências a serem realizadas;
I - Planejar, coordenar e executar as atividades de f) Determinar o encaminhamento de vítimas ao
polícia judiciária, de apuração das infrações penais ocorridas Instituto Médico Legal para realização dos exames
nos limites de suas circunscrições, bem como promover a necessários ao esclarecimento do fato;
fiscalização e vistoria de locais, produtos e serviços, no g) Formalizar termo de representação nas
âmbito legal de sua atuação; ocorrências alusivas aos crimes contra os costumes ou
II - Planejar, coordenar e executar atividades quaisquer outros de ação pública condicionada, verificada
operacionais de prevenção e repressão à prática de infrações qualquer hipótese prevista no art. 39, 1º do Código de
no âmbito das suas circunscrições; Processo Penal;
III - Prestar apoio operacional a qualquer outra h) Determinar a realização de rondas na
unidade da Policia Civil no âmbito de sua atuação e circunscrição da delegacia, supervisionando a sua realização;
circunscrição; i) Dar expressa destinação aos bens apreendidos
IV - Manter o funcionamento da delegacia em ou arrecadados durante o plantão;
regime de expediente e plantão, cujos horários de trabalho e j) Zelar pelo uso das viaturas destinadas ao serviço
folga serão estabelecidos pela Direção-Geral; de plantão, providenciando a sua regular vistoria no início e
V - Desempenhar outras atividades que se ao final do serviço, consignando as eventuais irregularidades;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. k) Cientificar-se, ao assumir o serviço, acerca das
§1º São atividades a serem executadas em regime pessoas eventualmente custodiadas na delegacia, da
de plantão nas Delegacias de Polícia Circunscricionais: condição das viaturas, dos armamentos, da munição e dos
a) Receber, cadastrar, controlar e investigar, demais objetos de carga específica do plantão;
preliminarmente, as notícias de práticas de infrações penais; l) Promover a verificação e controle das viaturas em
b) Registrar em boletins de ocorrência devidamente pernoite na delegacia, consignando as eventuais
fundamentados, as notícias de práticas de infrações penais, a irregularidades;
exceção dos requerimentos, representações e requisições m) Substituir o Delegado de Expediente quando
que contenham elementos suficientes ao início da apuração; determinado, em seus afastamentos legais e impedimentos
c) Lavrar autos de prisão em flagrante e termo eventuais;
circunstanciado; n) Desempenhar outras atividades que se
d) Promover rondas no âmbito de sua circunscrição; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
e) Comparecer ao local de práticas delituosas §3º São atribuições do delegado responsável pelo
promovendo o isolamento, preservação e auxílio para a expediente ordinário das Delegacias Circunscricionais, além
realização do exame pericial, bem como diligenciar visando à das previstas no art. 95 e seus incisos:
colheita de prova testemunhal; a) Supervisionar, coordenar, controlar e executar as
f) Promover apoio operacional a qualquer atividade atividades específicas de polícia civil ou de interesse da
policial regular que esteja ocorrendo na circunscrição; segurança pública;
g) Promover o apoio operacional policial requisitado b) Estudar e propor medidas destinadas a
por autoridade competente; simplificar o trabalho e a redução dos custos das operações
h) Promover o controle e identificação das pessoas policiais;
que compareçam à delegacia, fazendo seu encaminhamento c) Elaborar planos de estudos de situação de busca
ao devido setor; de informações e de operações policiais;
i) Promover o atendimento, com celeridade e d) Proceder à análise de dados e elaborar
presteza, de todas as pessoas que busquem auxílio policial; informações no âmbito das atribuições da Polícia Civil;
j) Zelar pela segurança, vigilância e conservação e) Participar de estudos e pesquisas de natureza
das instalações físicas da unidade e de todos os bens ali técnica sobre administração policial;
existentes; f) Representar à autoridade competente sobre
k) Cadastrar, guardar e zelar por todo e qualquer questões de natureza penal, processual penal e
objeto, valores e documentos arrecadados ou apreendidos administrativa;
durante o serviço de plantão; g) Planejar operações de segurança e de
l) Cuidar da guarda, segurança, visitas, vigilância e investigações;
alimentação das pessoas presas ou apreendidas na unidade h) Supervisionar ou executar operações de caráter
orgânica; sigiloso;
m) Promover consulta aos cadastros de pessoas e i) Presidir inquéritos policiais e termos
veículos envolvidos ou não em ocorrência policial; circunstanciados;
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j) Presidir sindicâncias e outros procedimentos das investigações e procedimentos policiais e de polícia
administrativos; judiciária e o intercâmbio de informações;
k) Proceder com todos os atos e formalidades VI - Manter interação com os demais órgãos
necessários para a instrução do inquérito policial e outros policiais, de inteligência e com outros responsáveis pela
procedimentos de natureza criminal ou administrativa; prevenção ou repressão ao tráfico ilícito de drogas ou pela
l) Instruir e orientar pessoal sob sua coordenação fiscalização e controle do emprego e uso clínico de drogas;
visando estabelecer novas técnicas e procedimentos de VII - Incinerar periodicamente, na forma da lei,
trabalho; mediante autorização judicial, as drogas guardadas sob sua
m) Substituir o Delegado de Plantão quando responsabilidade;
determinado, em seus afastamentos legais e impedimentos VIII - A guarda e o depósito de todas as drogas
eventuais; apreendidas por quaisquer unidades da Polícia Civil do
n) Elaborar pareceres em expedientes criminais e Distrito Federal.
administrativos;
o) Acompanhar e fiscalizar as atividades cartorárias Subseção I - Da Divisão de Coleta, Análise e Difusão de
da delegacia, orientando os Escrivães de Polícia; Informações
p) Cumprir e fazer cumprir o presente regimento, Art. 38. À Divisão de Coleta, Análise e Difusão de
regulamentos administrativos e leis em vigor; Informações, unidade policial diretamente subordinada à
q) Desempenhar outras atividades e funções que se Coordenação de Repressão às Drogas – CORD, tem como
enquadrem no âmbito de suas atribuições; atribuições:
I - Produzir conhecimento, por meio da coleta,
CAPÍTULO VIII busca, processamento e análise, e realizar a difusão de
DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA ESPECIALIZADA informações que possam auxiliar as Divisões da
Art.36. O Departamento de Polícia Especializada, Coordenação de Repressão às Drogas em suas atividades
órgão central de coordenação técnica e operacional, de investigação e apuração de crimes de tráfico ou consumo
diretamente subordinado a Direção-Geral, tem como de drogas;
atribuições: II - Assistir e informar o Coordenador acerca de
I - Planejar, coordenar, supervisionar e orientar a informações de interesse relacionadas ao âmbito de atuação
execução de todas atividades das unidades subordinadas; da Coordenação de Repressão às Drogas;
II - Propor políticas e normas de prevenção e III - Desenvolver atividades de inteligência, contra-
repressão a pratica de infrações penais; inteligência e operações de inteligência policial em
III - Prestar apoio operacional a todas as unidades investigações de repressão ao tráfico e consumo ilícito de
da Polícia Civil do Distrito Federal, quando solicitado; drogas;
IV - Organizar, manter e disponibilizar bancos de IV - Elaborar relatórios analíticos e de inteligência
dados de roubo e furto de veículos; policial voltados à investigação e à repressão ao tráfico de
V - Executar a vistoria preventiva e repressiva em drogas, subsidiando e abastecendo de informes as Divisões
veículos automotores; de Repressão às Drogas;
VI - Coordenar e controlar a custódia e V - Acompanhar e gerenciar os trabalhos policiais
movimentação de pessoas presas provisoriamente no âmbito em andamento nas Divisões de Repressão às Drogas no
da Polícia Civil; intuito de se evitar a sobreposição ou concorrência de
VII - Desempenhar outras atividades que se investigações;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. VI - Apoiar as investigações das Divisões de
Repressão às Drogas nas análises de informações
Seção I - Da Coordenação de Repressão às Drogas complexas;
Art.37. A Coordenação de Repressão às Drogas – VII - Analisar, sintetizar e interpretar informações
CORD, unidade orgânica de coordenação diretamente com o objetivo de formalizar e difundir o conhecimento
subordinada ao Departamento de Polícia Especializada, tem produzido por meio de relatórios de inteligência.
como atribuições:
I - Planejar, coordenar e executar, em todo o Distrito Subseção II - Das Divisões de Repressão às Drogas
Federal, medidas para a repressão ao uso indevido, à Art. 39. Às Divisões de Repressão às Drogas I, II e
produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas por III, unidades policiais diretamente subordinadas à
meio de investigação criminal e do exercício das atividades Coordenação de Repressão às Drogas, têm como
de polícia judiciária, na forma da lei em vigor e em atribuições:
observância às diretrizes, princípios e objetivos do Sistema I - Planejar, coordenar, executar, controlar e
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas– SISNAD; supervisionar as atividades de natureza policial,
II - Reprimir a semeadura, cultivo e a colheita de administrativa e judiciária, concernentes à apuração de
plantas que se constituam matéria-prima para a preparação crimes e à execução de investigações e operações
de drogas, com a destruição imediata de plantações ilícitas, relacionadas à repressão ao tráfico e consumo ilícito de
com o recolhimento de quantidade suficiente para exame drogas na sua área de atuação, definida pelo Coordenador;
pericial e a adoção de medidas necessárias à preservação da II - Suprir a DCADI com informações e cópias de
prova; relatórios de investigações a serem iniciadas ou em
III - Reprimir as atividades das associações andamento, com a finalidade de que esta acompanhe e
criminosas voltadas ao tráfico ilícito de drogas; previna a sobreposição ou concorrência dos trabalhos
IV - Reprimir o financiamento e o custeio da prática desenvolvidos pelas unidades orgânicas da Coordenação.
do tráfico ilícito de drogas, bem como à lavagem de dinheiro
e à aquisição, posse e propriedade de bens adquiridos por Seção II - Da Coordenação de Investigação de Crimes
meio de recursos financeiros ou vantagens obtidas por meio Contra a Vida
dessa atividade criminosa; Art. 40. A Coordenação de Investigação de Crimes
V - Manter interação com os órgãos judiciais e Contra a Vida – CORVIDA, unidade orgânica de
promotorias especializadas, com o Ministério da Justiça, com Coordenação Direta subordinada ao Departamento de Polícia
o Departamento de Polícia Federal e com os demais órgãos Especializada, tem como atribuições:
afins integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas I - Promover investigação, em todo o Distrito
sobre Drogas–SISNAD, visando a otimização e a celeridade Federal, dos crimes dolosos contra a vida, em suas formas
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consumada e tentada, que permanecerem sem autoria por VIII - Fornecer informações sobre presos e
30 (trinta) dias, cujos inquéritos tenham sido instaurados nas consultar bancos de dados especializados;
delegacias circunscricionais, mediante redistribuição da IX - Desempenhar outras atividades que se
Corregedoria Geral de Polícia; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
II - Investigar, em todo o Distrito Federal, os §1º São atividades desenvolvidas em regime de
mesmos delitos, independentemente de ter autoria ou não, plantão:
excepcionalmente, em face de decisão fundamentada e por a) Executar as atividades relativas à segurança das
conveniência administrativa, da Direção-Geral e da instalações físicas da Divisão, onde se encontram recolhidas
Corregedoria Geral de Polícia; presos;
III - Prestar auxílio técnico, por meio de recursos b) Exercer a vigilância dos presos recolhidos na
materiais e humanos, excepcionalmente e sempre que Divisão;
possível, às delegacias circunscricionais, quando houver c) Receber presos oriundos de outras unidades
determinação do Departamento de Polícia Especializada ou orgânicas;
da Direção-Geral; d) Executar a revista geral do preso procedente de
IV - Coordenar a elaboração de planos e projetos de outra unidade para recolhimento na Divisão ou após a
combate aos crimes dolosos contra a vida, visando aprimorar ocorrência de qualquer atividade interna ou externa, como
a qualidade e eficiência da investigação; trabalho, banho de sol e visita;
V - Coordenar as atividades de polícia civil e polícia e) Controlar, cadastrar, fiscalizar e executar a
judiciária, que sejam afetas à sua competência. entrega de medicamentos aos presos e receber a receita
médica;
Subseção I - Das Divisões De Homicídios f) Executar a vigilância e segurança dos presos nas
Art.41. Às Divisões de Homicídios I e II, unidades celas, no banho de sol, nas movimentações em áreas
policiais diretamente subordinadas à Coordenação de internas e durante as visitas;
Investigação de Crimes Contra a Vida, têm como atribuições: g) Liberar os presos que trabalham nos serviços
I - Planejar, coordenar, executar, controlar e internos e externos;
supervisionar as atividades de natureza policial, h) Controlar os horários de saída e retorno de
administrativa e judiciária, concernentes à apuração de presos;
crimes e à execução de investigações e operações i) Executar revistas periódicas nas celas;
relacionadas à repressão dos crimes contra à vida na sua j) Executar a conferência dos presos em cada cela,
área de atuação, definida pelo Coordenador; nos horários estabelecidos;
II - Integrar-se com os organismos policiais dos k) Efetuar rondas na área da Divisão, de acordo
Estados e Territórios, assim como os municípios com escalas pré-estabelecidas;
circunvizinhos, objetivando a troca de informações l) Conduzir presos à presença de autoridades e
destinadas a reprimir e investigar crimes de homicídios, outros profissionais;
emprestando-lhes ampla colaboração; m) Recolher, guardar e controlar objetos pessoais
III - Determinar o comparecimento de equipes de de presos;
investigação, a locais de crimes contra a vida, quando n) Adotar medidas necessárias dos alvarás de
designados pela Coordenação, orientando os agentes soltura, nos dias de semana e finais de semana em tempo
investigadores à entrevistar moradores, arrolar testemunhas, integral;
identificar vítimas, autores, amigos e familiares, qualificando- o) Executar todas as atividades relativas à guarda
os, com seus respectivo endereços, locais de trabalho, e- interna da Divisão, de pessoas custodiadas e outras de
mail, telefones, assim como descrever com minúcias, em natureza similar.
informação elaborada pelos policiais, o local onde se deu o §2º Ao servidor encarregado de coordenar as
crime, com todas as suas características, elaborando, atividades de plantão, tem como atribuições:
inclusive, croqui ilustrativo. a) Orientar os demais plantonistas no desempenho
de suas funções;
Seção III - Da Divisão de Controle e Custódia de Presos b) Manter o Diretor da Divisão informado das
Art.42. A Divisão de Controle e Custódia de Presos, ocorrências de repercussão;
unidade orgânica de execução, diretamente subordinada ao c) Zelar pelo cumprimento das atividades a serem
Departamento de Polícia Especializada, tem como desempenhadas pelo plantão;
atribuições: d) Desempenhar outras atividades que se
I - Controlar, orientar e fiscalizar a execução das enquadrem no âmbito de suas atribuições.
atividades administrativas, no que se refere a expediente,
material, transporte, comunicações, expedição, recebimento Seção IV - Da Divisão de Cadastro de Roubos e Furtos de
e tramitação de documentos, conservação, limpeza, e ainda, Veículos
recepção, liberação, vigilância, alimentação, escolta e Art.43. A Divisão de Cadastro de Roubos e Furtos
disciplina de presos; de Veículos, unidade orgânica de execução, diretamente
II - Coordenar, controlar e fiscalizar os servidores subordinada ao Departamento de Polícia Especializada, tem
escalados em regime de plantão; como atribuições:
III - Receber, cadastrar e controlar todos os I - Planejar, coordenar, controlar e executar os
documentos dos presos; serviços de identificação de veículos automotores e de
IV - Organizar e manter o cadastro dos internos; cadastro de roubos e furtos de veículos e respectivos
V - Receber, controlar e cadastrar alvarás de agregados;
soltura; II - Registrar e controlar em banco de dados,
VI - Executar todas as atividades para liberação de informações sobre roubo e furtos e restrições administrativas
presos como a elaboração da documentação, pesquisas de de veículos automotores;
cadastros nas seções e unidades orgânicas pertinentes e III - Executar a baixa de registros de roubo, furto e
encaminhamento ao plantão para liberação; restrições administrativas, constantes no cadastro de
VII - Minutar e digitar ofícios de comunicação de veículos automotores, referentes aos fatos ocorridos no
liberação de preso ao Juiz competente e à Delegacia de Distrito Federal;
Capturas e Polícia Interestadual; IV - Elaborar relatório mensal de arrecadação de
taxas na execução dos serviços de suas atribuições.
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II - Receber, controlar e dar cumprimento a
Seção V – Das Delegacias da Criança e do Adolescente mandados de prisão oriundos de outras unidades da
Art.44. As Delegacias da Criança e do Adolescente, federação e deprecados à justiça do Distrito Federal;
unidades orgânicas de execução técnica e operacional, III - Coordenar, controlar e executar o
subordinada diretamente ao Departamento de Polícia encaminhamento e a busca de presos em outras unidades da
Especializada, tem como atribuições: federação;
I - Prevenir, reprimir e investigar a prática de atos IV - Coordenar, controlar e executar os pedidos de
infracionais, na forma do Estatuto da Criança e do localização de pessoas, feitos por polícias de outras unidades
Adolescente na circunscrição do Distrito Federal; da federação;
II - Manter o controle das ocorrências policiais V - Organizar e manter arquivos e bancos de dados
envolvendo criança e adolescente como autores de Atos com informações sobre antecedentes criminais, mandados
Infracionais; de prisão e pessoas procuradas;
III - Manter o funcionamento da Delegacia em VI - Prestar informações às unidades policiais, de
regime de expediente e plantão, cujo horário de trabalho e acordo com normas regulamentares;
folga será estabelecido pela Direção-Geral; VII - Articular-se com delegacias congêneres das
IV - Desempenhar outras atividades que se outras unidades da federação, órgãos similares do Governo
enquadrem no âmbito de suas atribuições, em cada área de Federal e com a INTERPOL, com o fim de trocar informações
atuação definida pelo Departamento de Polícia necessárias à execução e aperfeiçoamento das atividades de
Especializada. sua competência;
§1º São atividades desenvolvidas em regime de VIII - Difundir, no Distrito Federal e em outras
plantão nessa Delegacia: unidades da federação, mandados de prisão, bem como
a) Registrar, em boletins de ocorrência policial todas fotografias e individuais datiloscópicas de criminosos
as notícias de Atos Infracionais, para que sejam devidamente procurados;
apurados; IX - Manter controle cadastral e fiscalizar, na forma
b) Lavrar os procedimentos de apuração dos atos das normas regulamentares, as atividades de hotéis e
infracionais; similares.
c) Realizar trabalhos preventivos e repressivos,
visando coibir a pratica de Atos Infracionais; Seção VII – Da Delegacia Especial de Atendimento À
d) Auxiliar as Delegacias Circunscricionais e as Mulher
demais especializadas na investigação de crimes praticados Art.46. A Delegacia Especial de Atendimento à
em concurso com atos infracionais, na forma do Estatuto da Mulher, unidade orgânica de execução técnica e operacional,
Criança e do Adolescente; diretamente subordinada ao Departamento de Polícia
e) Promover o necessário auxílio na realização do Especializada, tem como atribuições:
exame pericial no local de prática de ato infracional; I - Prevenir, reprimir e investigar os crimes
f) Controlar, identificar e fiscalizar a movimentação praticados contra a mulher em todo o Distrito Federal, sem
de pessoas nas instalações da Especializada; prejuízo das providências a serem adotadas pelas
g) Zelar pela segurança de pessoas, vigilância e Delegacias Circunscricionais;
conservação das instalações da unidade orgânica e de todos II - Prestar apoio operacional às Delegacias
os bens públicos ali existentes; Circunscricionais nas ações de prevenção e repressão às
h) Cadastrar, autuar, controlar e zelar por todo e infrações penais de sua competência;
qualquer objeto, valor e documento arrecadados ou III - Articular-se com as demais delegacias policiais
apreendidos durante o serviço de plantão; objetivando troca de informações necessárias ao
i) Cuidar da guarda, segurança e vigilância das desempenho de suas atividades;
pessoas apreendidas e acauteladas na unidade orgânica; IV - Programar e realizar operações policiais em
j) Desempenhar outras atividades que se conjunto com outras delegacias, visando inibir os crimes
enquadrem no âmbito de suas atribuições. contra os costumes nos locais de maior incidência,
§2º São atribuições do Delegado responsável pelo especialmente o estupro;
plantão das Delegacias da Criança e do Adolescente, além V - Manter o funcionamento da Delegacia em
das previstas no art. 95 e seus incisos: regime de expediente e plantão, cujos horários de trabalho e
a) Coordenar as atividades da equipe de plantão, folga serão estabelecidos pela Direção-Geral.
descritas no parágrafo anterior; §1º São atividades desenvolvidas em regime de
b) Presidir procedimentos de apuração de atos plantão na Especializada:
infracionais, adotando todas as medidas necessárias ao a) Receber e registrar, em boletins de ocorrência
pleno esclarecimento dos fatos em apuração até relatório devidamente fundamentados, as notícias de práticas de
final; infrações penais contra a mulher;
c) Determinar o encaminhamento de vítimas aos b) Lavrar os termos circunstanciados;
Institutos para realização dos exames periciais necessários c) Presidir auto de prisão em flagrante e inquérito
ao esclarecimento do fato. dele originado, adotando as medidas necessárias ao fiel
esclarecimento dos fatos e suas circunstâncias até relatório
Seção VI - Da Delegacia de Capturas e Polícia final;
Interestadual d) Promover o necessário auxílio ao serviço de
Art.45. A Delegacia de Capturas e Polícia investigação pericial no local de prática delituosa;
Interestadual, unidade orgânica de execução técnica e e) Promover o controle e identificação das pessoas
operacional, subordinada diretamente ao Departamento de que compareçam na Delegacia, fazendo seu
Polícia Especializada, tem como atribuições: encaminhamento ao devido setor;
I - Planejar, coordenar, controlar e executar as f) Zelar pela segurança, vigilância e conservação
atividades de recebimento, cadastramento, controle, das instalações da unidade orgânica e de todos os bens
divulgação, encaminhamento e cumprimento de cartas públicos ali existentes;
precatórias e mandados de prisão, recambiamento de g) Cadastrar, autuar, controlar e zelar por todo e
presos, troca de informações com Polícias de outras qualquer objeto, valor e documento arrecadados ou
unidades da Federação, localização e captura de pessoas apreendidos durante o serviço de plantão;
procuradas pela Polícia e pela Justiça;
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h) Cuidar da guarda, segurança e vigilância das Art.50. A Delegacia de Crimes Contra a Ordem
pessoas conduzidas à Delegacia em situação de flagrante Tributária, unidade orgânica de execução técnica e
delito; operacional, diretamente subordinada ao Departamento de
i) Promover consulta aos cadastros especializados, Polícia Especializada, tem como atribuições:
de todas as pessoas envolvidas em ocorrência policial. I - Prevenir, reprimir e apurar os crimes praticados
§2º São atribuições do Delegado responsável pelo contra a ordem tributária e demais crimes conexos;
plantão da Delegacia, além das previstas no art. 95 e seus II - Acompanhar a Administração Fazendária nas
incisos: ações de combate à sonegação fiscal, bem como quando por
a) Coordenar as atividades da equipe de plantão, ela for solicitado apoio policial;
descritas no parágrafo anterior; III - Planejar, coordenar e executar, com apoio da
b) Presidir autos de prisão em flagrante, termo Administração Fazendária, atividades operacionais de
circunstanciado e inquéritos daí originados, adotando todas prevenção e repressão à prática das infrações penais de sua
as medidas necessárias ao fiel esclarecimento dos fatos em atribuição.
apuração até relatório final;
c) Comparecer aos locais de morte violenta, Seção XII – Da Delegacia Especial de Proteção à Criança
orientando pessoalmente os trabalhos periciais e as e ao Adolescente
diligências a serem efetivadas, dando atendimento prioritário Art.51. A Delegacia Especial de Proteção à Criança
às ocorrências desta natureza; e ao Adolescente, unidade orgânica de execução técnica e
d) Determinar o encaminhamento de vítimas aos operacional, diretamente subordinada ao Departamento de
Institutos para realização dos exames periciais necessários Polícia Especializada, tem como atribuições:
ao esclarecimento do fato; I - Fiscalizar, investigar e instaurar inquérito policial
e) Zelar pelo cumprimento das atividades a serem no caso de infração penal praticada contra criança e
desempenhadas pelo plantão; adolescente;
f) Desempenhar outras atividades que se II - Desenvolver estratégias, continuadas de
enquadrem no âmbito de suas atribuições. investigação e repressão em locais públicos e privados;
III - Desenvolver estratégias continuadas de
Seção VIII – Da Delegacia de Defesa do Consumidor investigação e repressão de forma a romper com o ciclo de
Art.47. A Delegacia de Defesa do Consumidor, impunidade dos agressores;
unidade orgânica de execução técnica e operacional, IV - Prestar informações ao Conselho da Criança e
diretamente subordinada ao Departamento de Polícia do Adolescente, quando solicitadas.
Especializada, tem como atribuições:
I - Prevenir, reprimir e apurar as infrações penais Seção XIII – Da Delegacia de Repressão a Furtos
praticadas contra a relação de consumo, saúde pública, Art.52. A Delegacia de Repressão a Furtos, unidade
economia popular e a ordem econômica; orgânica de execução técnica e operacional, diretamente
II - Fiscalizar os comércios e indústrias no Distrito subordinada ao Departamento de Polícia Especializada, tem
Federal, quer seja na zona urbana, expansão urbana ou como atribuições:
rural, podendo para tanto, requisitar o concurso dos demais I - Prevenir, reprimir e investigar os crimes de furtos,
órgãos especializados; de autoria desconhecida, em todo o Distrito Federal, sem
III - Promover campanhas educativas conjuntas sobre os prejuízo das providências a serem adotadas pelas
direitos e mecanismos de defesa do consumidor. Delegacias Circunscricionais;
II - Prestar apoio operacional às Delegacias
Seção IX – Da Delegacia de Falsificações e Defraudações Circunscricionais nas ações de prevenção e repressão às
Art.48. A Delegacia de Falsificações e infrações penais de sua competência;
Defraudações, unidade orgânica de execução técnica e III - Articular-se com as demais delegacias policiais
operacional, diretamente subordinada ao Departamento de objetivando troca de informações necessárias ao
Polícia Especializada, tem como atribuições: desempenho de suas atividades;
I - Planejar, coordenar e executar as investigações IV - Executar outras atividades que se enquadrem
relacionadas aos crimes praticados por meio de falsificações no âmbito de suas atribuições.
e fraudes de autoria ignorada em todo o Distrito Federal, sem
prejuízo das providências adotadas pelas Delegacias Seção XIV – Da Delegacia de Roubos e Furtos de
Circunscricionais; Veículos
II - Planejar, coordenar e executar atividades Art.53. A Delegacia de Roubos e Furtos de
operacionais de prevenção e repressão à prática das Veículos, unidade orgânica de execução técnica e
infrações penais de sua competência; operacional, diretamente subordinada ao Departamento de
III - Promover campanhas educativas conjuntas de Polícia Especializada, tem como atribuições:
como evitar a vitimização ante fraudes. I - Prevenir, reprimir e investigar os crimes de
roubos, furtos e receptação de veículos automotores, de
Seção X– Da Delegacia Especial do Meio Ambiente autoria desconhecida, sem prejuízo das providências a serem
Art.49. A Delegacia Especial do Meio Ambiente, adotadas pelas Delegacias Circunscricionais;
unidade orgânica de execução técnica e operacional, II - Prestar apoio operacional às Delegacias
diretamente subordinada ao Departamento de Polícia Circunscricionais nas ações de prevenção e repressão às
Especializada, tem como atribuições: infrações penais de sua competência;
I - Prevenir, reprimir e apurar os crimes ambientais, III - Articular-se com as demais delegacias policiais
inclusive o parcelamento irregular do solo, objetivando a e congêneres, objetivando troca de informações e apoio
proteção do solo, subsolo, água e ar; operacional necessários ao desempenho de suas atividades;
II - Planejar, coordenar e executar atividades IV - Emitir Carta Precatória referente a
operacionais de prevenção e repressão à prática das procedimentos policiais relacionados com sua competência;
infrações penais de sua competência. V - Zelar pela guarda e conservação de veículos,
peças ou acessórios, apreendidos ou arrecadados, mantendo
Seção XI – Da Delegacia de Crimes Contra a Ordem rigoroso controle de sua procedência e destinação;
Tributária VI - Executar outras atividades que se enquadrem
no âmbito de suas atribuições;
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VII - Manter o funcionamento do depósito de Seção XVI – Da Delegacia de Repressão a Roubos
veículos da Delegacia em regime de plantão. Art.55. A Delegacia de Repressão a Roubos,
§1º São atividades desenvolvidas em regime de unidade orgânica de execução técnica e operacional,
plantão no depósito de veículos apreendidos: diretamente subordinada ao Departamento de Polícia
a) Zelar pela guarda, identificação e conservação Especializada, tem como atribuições:
dos veículos, peças ou acessórios, apreendidos ou I - Prevenir, reprimir e investigar os crimes de roubo
arrecadados. e latrocínio, de autoria desconhecida, sem prejuízo das
providências a serem adotadas pelas Delegacias
Seção XV – Da Delegacia de Repressão a Pequenas Circunscricionais;
Infrações II - Prestar apoio operacional às Delegacias
Art.54. A Delegacia de Repressão a Pequenas Circunscricionais nas ações de prevenção e repressão às
Infrações, unidade orgânica de execução técnica e infrações penais de sua competência;
operacional, diretamente subordinada ao Departamento de III - Articular-se com as demais delegacias policiais
Polícia Especializada, tem como atribuições: e congêneres, objetivando troca de informações e apoio
I - Prevenir, reprimir e investigar as infrações penais operacional necessários ao desempenho de suas atividades;
de menor potencial ofensivo, ocorridas em todo o Distrito IV - Executar outras atividades que se enquadrem
Federal e que estejam em situação de flagrante, à exceção no âmbito de suas atribuições.
daquelas em concurso com outros delitos;
II - Promover a autuação em flagrante nos casos
previstos em lei, quando da prática de infração penal de
menor potencial ofensivo e de outros delitos caso tenha
ocorrido no interior da Delegacia;
III - Prestar apoio operacional as Delegacias
Circunscricionais nas ações de prevenção e repressão às
infrações penais de sua competência;
1 2 3 4 5 6
IV - Manter o funcionamento da Delegacia em
regime de expediente e plantão, cujo horário de trabalho e
folga será estabelecido pela Direção-Geral;
V - Executar outras atividades que se enquadrem
no âmbito de suas atribuições.
§1º São atividades desenvolvidas em regime de
plantão na Especializada:
a) Receber, cadastrar, controlar e investigar,
1 2 3 4 5 6
preliminarmente, as notícias de práticas de infrações penais
de menor potencial ofensivo que forem noticiadas à
Delegacia;
b) Registrar, em boletins de ocorrência devidamente _____________________________________
01
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- Indisponível: A autoridade policial, após instaurar o inquérito, não
poderá proceder o seu arquivamento, atribuição exclusiva do Poder
Decreto-Lei nº 3.689 / 1941 Judiciário, após o requerimento do titular da ação penal.
Código de Processo Penal - Discricionário na condução: Não há padrão pré-estabelecido para a
condução do inquérito. Assim, a autoridade responsável poderá praticar as
diligências da maneira que considerar mais frutíferas.
TÍTULO II - Dispensabilidade: O inquérito policial será dispensável quando o titular
DO INQUÉRITO POLICIAL da ação já possuir elementos suficientes para o oferecimento da ação
penal.
Inquérito policial “é um procedimento preparatório da ação penal, de - Oficiosidade: Incumbe à autoridade policial o dever de proceder a
caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita apuração dos delitos de ofício, nos crimes cuja ação penal seja pública
preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua incondicionada.
autoria. Seu objetivo precípuo é a formação da convicção do Ministério - Oficialidade: É o órgão oficial do Estado (Polícia Judiciária) que deverá
Público, mas também a colheita de provas urgentes, que podem presidir o inquérito policial.
desaparecer, após o cometimento do crime”. - Inexistência de nulidades: Por ser um procedimento meramente
(Guilherme de Souza Nucci, 2008, p. 143)
informativo, é incabível a anulação de processo penal em razão de
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas suposta irregularidade em inquérito policial. Os vícios ocorridos durante a
autoridades policiais no território de suas respectivas fase pré-processual não afetarão a ação penal.
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais
e da sua autoria. Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da
Parágrafo único. A competência definida neste artigo infração penal, a autoridade policial deverá:
não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se
seja cometida a mesma função. alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
Polícia Judiciária: Possui caráter repressivo, atuando após a prática da dos peritos criminais;
infração penal. Polícia Civil (âmbito estadual), Polícia Federal (âmbito II - apreender os objetos que tiverem relação com o
federal) fato, após liberados pelos peritos criminais;
Polícia Administrativa: Possui caráter preventivo ou ostensivo, busca
evitar a prática de infrações penais. Polícia Militar III - colher todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial V - ouvir o indiciado, com observância, no que for
será iniciado: aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
I - de ofício; devendo o respectivo termo ser assinado por duas
II – mediante requisição da autoridade judiciária ou testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e
quem tiver qualidade para representá-lo. a acareações;
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame
sempre que possível: de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo
b) a individualização do indiciado ou seus sinais processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos
característicos e as razões de convicção ou de presunção de sua folha de antecedentes;
ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o
de o fazer; ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do
sua profissão e residência. crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de contribuírem para a apreciação do seu temperamento e
abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. caráter.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento X - colher informações sobre a existência de filhos,
da existência de infração penal em que caiba ação pública respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados
policial, e esta, verificada a procedência das informações, dos filhos, indicado pela pessoa presa. (2016)
mandará instaurar inquérito.
STF: Nada impede a deflagração da persecução penal pela chamada Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a
‘denúncia anônima’, desde que esta seja seguida de diligências realizadas infração sido praticada de determinado modo, a autoridade
para averiguar os fatos nela noticiados.
policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos,
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem
depender de representação, não poderá sem ela ser pública.
iniciado.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o
somente poderá proceder a inquérito a requerimento de disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
quem tenha qualidade para intentá-la.
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num
- Administrativo: É uma fase pré-processual, possui caráter só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste
administrativo caso, rubricadas pela autoridade.
- Sigiloso: Não haverá publicidade do inquérito, protegendo-se a
intimidade do investigado. Contudo, não será sigiloso para o juiz,
Ministério Público e advogado.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10
- Escrito: Todo o procedimento deve ser escrito e os atos orais reduzidos (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
a termo. estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
- Inquisitivo: Não há contraditório nem ampla defesa na fase inquisitorial, hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
uma vez que o inquérito possui natureza pré-processual, não havendo
acusação ainda.
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prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, adequados – como sinais, informações e outros – que
mediante fiança ou sem ela. permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
PRAZOS – Inquéritos Policiais em curso. (2016)
Preso: 10 dias (improrrogável) § 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa
posicionamento da estação de cobertura, setorização e
Justiça Estadual Solto: 30 dias (prorrogável pelo tempo
necessário)
intensidade de radiofrequência. (2016)
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (2016)
Preso: 15 dias (prorrogável por mais 15
dias) I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação
Justiça Federal de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial,
Solto: 30 dias (prorrogável pelo tempo
necessário) conforme disposto em lei; (2016)
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia
Crimes Contra a Preso ou Solto: 10 dias (improrrogável) móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias,
Economia Popular renovável por uma única vez, por igual período; (2016)
Preso: 30 dias (duplicável) III - para períodos superiores àquele de que trata o
Lei de Drogas inciso II, será necessária a apresentação de ordem
Solto: 90 dias (duplicável)
judicial. (2016)
Preso: 20 dias § 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito
Inquéritos Militares policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72
Solto: 40 dias (prorrogável por mais 20 dias)
(setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva
STF: Salvo quando o investigado se encontrar preso cautelarmente, a ocorrência policial. (2016)
inobservância dos lapsos temporais estabelecidos para a conclusão de
inquéritos policiais ou investigações deflagradas no âmbito do Ministério § 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de
Público não possui repercussão prática, já que se cuidam de prazos 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às
impróprios. empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver telemática que disponibilizem imediatamente os meios
sido apurado e enviará autos ao juiz competente. técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do
testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. (2016)
lugar onde possam ser encontradas.
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o
indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizada, ou não, a juízo da autoridade.
realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os curador pela autoridade policial.
objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos - Dispositivo tacitamente revogado.
do inquérito.
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da
denúncia.
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar
necessárias à instrução e julgamento dos processos; arquivar autos de inquérito.
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo STF: O sistema processual penal brasileiro não prevê a figura do
Ministério Público; arquivamento implícito de inquérito policial.
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas STF: Súmula 524 - Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a
autoridades judiciárias; requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada,
sem novas provas.
IV - representar acerca da prisão preventiva.
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do
148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas
Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
(Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do
Ministério Público ou o delegado de polícia poderá Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública,
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente,
empresas da iniciativa privada, dados e informações onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
cadastrais da vítima ou de suspeitos. (2016) representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no pedir, mediante traslado.
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (2016)
I - o nome da autoridade requisitante; (2016) Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo
II - o número do inquérito policial; e (2016) necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
III - a identificação da unidade de polícia judiciária sociedade.
responsável pela investigação. (2016) Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes
que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de
dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do inquérito contra os requerentes.
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
que disponibilizem imediatamente os meios técnicos defesa
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Seção I – Da Divisão de Apoio Logístico Operacional
Art.57. A Divisão de Apoio Logístico Operacional,
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unidade orgânica de execução e apoio técnicooperacional,
diretamente subordinada ao Departamento de Atividades
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Especiais, tem como atribuições:
I - Desenvolver as atividades administrativas no
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âmbito do Departamento;
II - Coletar, processar e controlar dados de
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produção das unidades orgânicas do Departamento, para fins
de estatística e planejamento estratégico das atividades
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operacionais;
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III - Elaborar as ordens de serviço, emitidas pelo II - Executar operações e missões especiais
Diretor do Departamento visando o cumprimento e execução desenvolvidas, planejadas e coordenadas pelo Departamento
de missões operacionais determinadas pela Direção-Geral da de Atividades Especiais da Polícia Civil do Distrito Federal;
Polícia Civil; III - Prestar apoio, quando solicitado, às demais
IV - Assessorar o Diretor do Departamento no unidades da Polícia Civil do Distrito Federal, no âmbito das
desenvolvimento de medidas que objetivem o planejamento suas atribuições;
técnico operacional e estatístico das Divisões subordinadas IV - Executar atividades de segurança das
ao Departamento; instalações e do patrimônio das unidades orgânicas do
V - Elaborar, sob orientação e controle do Diretor, o Governo do Distrito Federal, quando solicitado, sempre que
planejamento estratégico operacional do Departamento; estas estejam ameaçadas de invasão, depredação ou
VI - Realizar estudos e levantamento das qualquer outra conduta que ponha em risco essa segurança,
necessidades de recursos humanos, material de consumo e garantindo a manutenção ou restauração do seu normal
permanente, viaturas policiais, armamentos e demais funcionamento;
equipamentos necessários ao suporte logístico das unidades V - Prestar apoio a policial civil do Distrito Federal
vinculadas ao Departamento; que esteja em situação justificável de risco e grave ameaça;
VII - Desenvolver e controlar programas destinados VI - Prestar apoio à Divisão de Controle e Custódia
ao contínuo aperfeiçoamento das unidades vinculadas ao de Presos do Departamento de Polícia Especializada, às
Departamento, propondo a reformulação, manutenção e Delegacias de Polícia Circunscricionais e ao Sistema
investimentos nas suas estruturas, equipamentos, Penitenciário, visando à prevenção, repressão à fuga,
armamentos, viaturas, capacitação profissional e materiais recaptura de presos e a restauração da ordem interna e
em geral; proteção dos equipamentos e instalações;
VIII - Desenvolver atividade logística em operações VII - Prestar apoio nas escoltas de presos em
policiais, mediante execução de procedimentos deslocamentos diversos, cabendo ao seu Diretor, a avaliação
administrativos e técnicos de apoio às unidades da Polícia técnica da necessidade do apoio solicitado;
Civil do Distrito Federal; VIII - Executar, por determinação do Diretor desta
IX - Desempenhar outras atividades que se Divisão ou de autoridade superior competente, atividades
enquadrem no âmbito de suas atribuições. relacionadas à proteção e segurança de pessoas que
estejam em situação de risco;
Seção II – Da Divisão de Repressão a Sequestro IX - Articular-se com outros órgãos policiais
Art.58. A Divisão de Repressão a Sequestros, objetivando o aperfeiçoamento dos métodos, técnicas e
unidade orgânica de execução e apoio técnicooperacional, táticas aplicadas no exercício de suas funções específicas;
diretamente subordinada ao Departamento de Atividades X - Administrar e executar as atividades ligadas ao
Especiais, tem como atribuições: treinamento e utilização de cães no âmbito da Polícia Civil do
I - Planejar, coordenar e executar, em todo o Distrito Distrito Federal;
Federal, as atividades de polícia judiciária e de apuração, tão XI - Coordenar os atos necessários aos cerimoniais
logo tenha conhecimento, das infrações penais de sequestro fúnebres de Policiais Civis mortos em serviço;
e cárcere privado, roubo com restrição de liberdade da vítima XII - Executar outras atividades que se enquadrem
em concurso com extorsão, extorsão, extorsão mediante no âmbito de suas atribuições;
sequestro, subtração de incapazes e desaparecimento de
pessoas, quando houver indício da prática de qualquer um Seção IV – Da Divisão de Operações Aéreas
dos delitos anteriormente referidos, sem prejuízo das Art.60. A Divisão de Operações Aéreas, unidade
providências preliminares efetivadas pelas Delegacias orgânica de execução e apoio técnico-operacional,
Circunscricionais onde houver ocorrido a conduta delituosa; diretamente subordinada ao Departamento de Atividades
II - Planejar, coordenar e executar as atividades Especiais, tem como atribuições:
operacionais de repressão à prática de delitos de sua I - Planejar, coordenar e executar as atividades de
competência; policiamento aéreo em apoio às unidades da Polícia Civil, na
III - Participar, quando determinado por autoridade prevenção e repressão da prática de infrações penais,
superior competente, de atividades policiais que visem à obedecidas as normas e regulamentos próprios da Aviação
proteção da incolumidade das pessoas e do patrimônio, Civil;
relacionados aos crimes de sua competência; II - Planejar, coordenar e executar atividades de
IV - Participar, com autorização de autoridade apoio a outras unidades de segurança pública do Distrito
superior competente, de atividades policiais desenvolvidas Federal e da União, quando autorizado pela Direção Geral da
por instituições policiais de outras unidades da federação, Polícia Civil ou pelo Diretor do Departamento de Atividades
que visem à prevenção ou repressão a delitos de sua Especiais;
competência; III - Planejar, coordenar e executar atividades de
V - Articular-se com as demais unidades policiais padronização das instruções de pilotos e tripulantes
congêneres, objetivando troca de informações, apoio operacionais e dos procedimentos operacionais com
operacional necessários ao desempenho de suas atividades aeronaves;
e aperfeiçoamento dos métodos e técnicas aplicadas no IV - Planejar, coordenar e executar atividades que
exercício de suas atividades; garantam o suprimento, manutenção e segurança das
VI - Executar outras atividades que se enquadrem aeronaves;
no âmbito de suas atribuições. V - Executar outras atividades que se enquadrem
no âmbito de suas atribuições.
Seção III - Da Divisão de Operações Especiais
Art.59. A Divisão de Operações Especiais, unidade Seção V – Da Divisão de Controle de Armas, Munições e
orgânica de execução e apoio técnico e tático operacional, Explosivos
diretamente subordinada ao Departamento de Atividades Art.61. A Divisão de Controle de Armas, Munições e
Especiais tem como atribuições: Explosivos, unidade orgânica de execução e apoio técnico-
I - Planejar, coordenar e executar as atividades da operacional, diretamente subordinada ao Departamento de
Polícia Civil do Distrito Federal que exijam o controle e a Atividades Especiais, tem como atribuições:
resolução de situações policiais críticas e de alto risco e I - Planejar, coordenar e executar ações de
complexidade; fiscalização das atividades relacionadas à comercialização e
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manuseio de fogos de artifícios e artefatos pirotécnicos, e o §1º São atividades a serem executadas em regime
uso e manuseio de explosivos no âmbito do Distrito Federal de plantão na referida Divisão:
de acordo com as normas específicas; a) Realizar o tele-atendimento e gravação do
II - Receber, guardar e controlar, para fins de sistema de acesso, garantindo o anonimato do denunciante;
recolhimento junto ao órgão competente, todas as armas de b) Registrar, as denúncias anônimas recebidas;
fogo, armas brancas, munições, explosivos e acessórios de c) Realizar monitoramento e correção das
explosivos apreendidos pelas unidades policiais, vinculadas ocorrências recebidas via INTERNET;
ou não a ilícito penal; d) Contatar as equipes de sobreaviso e de plantão
III - Receber, guardar e controlar fogos de artifício e dos segmentos da PCDF, quando necessário;
artefatos pirotécnicos apreendidos e não vinculados a ilícito e) Registrar e gravar as comunicações de rádio da
penal, e encaminhar, quando for o caso, ao setor competente PCDF;
do Ministério da Defesa/Exército Brasileiro; f) Prestar suporte investigativo ao policial em
IV - Receber, guardar e controlar, para fins de atividade operacional, com informações eletrônicas das
recolhimento junto ao órgão competente, todas as armas de atividades da Divisão;
fogo, armas brancas, munições e explosivos vinculados ou g) Prestar suporte geral às autoridades policiais,
não a ilícito penal; com informações eletrônicas das atividades da Divisão;
V - Receber, guardar e controlar para devidos fins h) Executar outras atividades que se enquadrem no
as armas institucionais da PCDF, bem como as armas de uso âmbito de suas atribuições;
restrito, tipo pistolas .40 adquiridas por policiais civis do DF;
VI - Elaborar e processar a autorização para Seção VII - Divisão de Estatística e Planejamento
conservar o porte de arma de fogo do servidor Policial Civil Operacional
aposentado; Art.63. A Divisão de Estatística e Planejamento
VII - Expedir licença para o desempenho das Operacional, unidade orgânica de execução e apoio técnico-
atividades do encarregado de fogo (Bláster); operacional, diretamente subordinada ao Departamento de
VIII - Expedir licença para o comércio e a queima de Atividades Especiais, tem como atribuições:
fogos de artifício e artefatos pirotécnicos; I - Elaborar e propor diretrizes para o planejamento
IX - Fiscalizar e acompanhar as demolições com operacional da Polícia Civil, respeitando as competências
explosivos de acordo com as normas específicas; específicas e as regras estabelecidas no sistema de
X - Manter permanentemente atualizados os segurança pública do Distrito Federal;
cadastros de registro e controle de armas de fogo junto ao II - Prestar apoio técnico às unidades orgânicas da
SINARM / DPF; Polícia Civil, na elaboração de planos operacionais
XI - Propor a execução de operações policiais setorizados, relatórios estatísticos de índices criminais e
objetivando reprimir a comercialização ilegal de fogos de levantamentos de áreas críticas;
artifícios e artefatos pirotécnicos no Distrito Federal; III - Elaborar o planejamento de atividades
XII - Apoiar as unidades da Polícia Civil do Distrito operacionais que envolvam as unidades orgânicas da Polícia
Federal nas investigações criminais de tráfico, contrabando e Civil;
descaminho de armas de fogo e explosivos; IV - Elaborar as Ordens de Missão e escalas de
XIII - Articular-se com órgãos congêneres e serviço editadas pelo Diretor-Geral de Polícia Civil, que visem
fabricantes de armas, munições e explosivos para troca de à execução de atividades operacionais;
informações, com a finalidade de verificar a origem de V - Supervisionar, orientar e avaliar o desempenho
produtos apreendidos e arrecadados; e o resultado das unidades orgânicas envolvidas nas Ordens
XIV - Executar outras atividades que se enquadrem de Missão e planos operacionais da Polícia Civil;
no âmbito de suas atribuições. VI - Coletar, processar, interpretar e avaliar dados
estatísticos, administrativos e investigativos, desenvolvendo
Seção VI – Da Divisão de Controle de Denúncias e análise criminal, por prospecção e avaliação de tendências;
Ocorrências Eletrônicas VII - Desenvolver metodologias para as atividades
Art.62. A Divisão de Controle de Denúncias e de planejamento operacional e coleta de dados estatísticos,
Ocorrências Eletrônicas, unidade orgânica de execução e no âmbito da Polícia Civil;
apoio técnico-operacional, diretamente subordinada ao VIII - Desenvolver diagnóstico da criminalidade,
Departamento de Atividades Especiais, tem como propondo medidas de prevenção e repressão, para difusão a
atribuições: órgãos integrantes do Sistema de Segurança Pública;
I - Coordenar e executar o tele-atendimento do IX - Representar a Polícia Civil junto aos órgãos de
sistema de acesso telefônico de utilidade pública da Polícia segurança pública e demais órgãos governamentais, em
Civil do Distrito Federal, efetuando registros, análises, reuniões de planejamento operacional;
correções, difusões e acompanhamento de resultados das X - Executar outras atividades que se enquadrem
denúncias recebidas; no âmbito de suas atribuições.
II - Realizar monitoramento, análise, controle,
tramitação, autenticação e envio de ocorrências criminais Seção VIII – Da Divisão de Inteligência Policial
registradas via internet, procedendo à difusão para as Art.64. A Divisão de Inteligência Policial, unidade
Unidades competentes pela apuração; orgânica de execução e apoio técnico-operacional,
III - Realizar o registro e gravação das diretamente subordinada ao Departamento de Atividades
comunicações operacionais de rádio afetas a PCDF; Especiais, tem como atribuições:
IV - Manter atualizado plano de chamada das I - Planejar, coordenar e executar as atividades de
equipes de sobreaviso da Polícia Civil do Distrito Federal, inteligência e contra-inteligência no âmbito da Polícia Civil do
para acionamento em situações de emergência; Distrito Federal em consonância aos princípios doutrinários
V - Prestar informações aos dirigentes das unidades do Subsistema de Inteligência de Segurança Pública;
da PCDF sobre investigações em andamento; II - Auxiliar a Direção-Geral da Polícia Civil na
VI - Prestar apoio em operações policiais, gestão da atividade de polícia judiciária e na proposição de
repassando denúncias e informações contidas nos sistemas políticas e estratégias para a Segurança Pública, por meio de
corporativos; diagnósticos, prognósticos e apreciações;
VII - Executar outras atividades que se enquadrem III - Produzir conhecimento por meio de relatórios de
no âmbito de suas atribuições; inteligência, com o objetivo de assessorar e antecipar a
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tomada de decisão pelas autoridades policiais no exercício Seção X – Da Divisão de Repressão aos Crimes de Alta
das atividades administrativas, operacionais e investigativas; Tecnologia
IV - Difundir na Polícia Civil do Distrito Federal os Art.66. A Divisão de Repressão aos Crimes de Alta
métodos de análise e técnicas operacionais de inteligência, Tecnologia, unidade orgânica de execução e apoio técnico-
proporcionando um processo interativo entre policiais e operacional, diretamente subordinada ao Departamento de
profissionais de inteligência para produzir efeitos cumulativos Atividades Especiais, tem como atribuições:
de conhecimentos, visando aumentar a eficiência e eficácia I - Assessorar e prestar apoio técnico às unidades
das unidades policiais; da Polícia Civil do Distrito Federal, nas ações de prevenção e
V - Produzir conhecimento por meio do processo de investigação de infrações penais praticadas por meio de
coleta, busca e análise de dados e informações obtidas de informática, internet e outros recursos de alta tecnologia;
fontes humanas, tecnológicas e de conteúdo, visando II - Produzir relatórios de conhecimento sobre
subsidiar as unidades policiais no planejamento e execução atividades criminosas com atuação em rede de
de ações repressivas, na apuração de infrações penais e em computadores e outros meios tecnológicos;
operações policiais; III - Articular-se com órgãos congêneres e entidades
VI - Produzir e difundir conhecimento de contra- afins, para compartilhamento de informações e apoio
inteligência que viabilizem a prevenção, detecção, operacional, com vistas ao aperfeiçoamento de suas
neutralização e obstrução de ações adversas que atividades;
comprometam a infra-estrutura, a imagem, os servidores e os IV - Atuar em conjunto com a Divisão de Informática
valores institucionais da Polícia Civil do Distrito Federal; da Polícia Civil, com o objetivo de implementar soluções de
VII - Realizar, com exclusividade, e na forma da lei, comunicação e segurança da rede corporativa, e possibilitar
o gerenciamento, fiscalização e suporte técnico na execução a proteção da informação;
de interceptações de comunicações telefônicas, ambientais, V - Propor ao Diretor do Departamento a
em sistemas de informática e telemática, para prova na contratação de cursos e treinamentos específicos e aquisição
instrução criminal e processual penal, provendo as instruções de equipamentos e ferramentas tecnológicas;
e os recursos tecnológicos necessários para que as unidades VI - Promover orientação técnica sobre prevenção e
policiais tenham acesso ao conteúdo interceptado e a repressão de crimes cometidos com emprego de alta
compilação dos dados obtidos para análise; tecnologia;
VIII - Assessorar a direção da Polícia Civil do VII - Realizar sistematicamente a monitoração de
Distrito Federal na pesquisa e avaliação referentes a fontes abertas com o objetivo de trazer conhecimento
aquisição e utilização de tecnologias modernas na atividade pertinente à ação policial;
de inteligência policial e na investigação criminal; VIII - Executar outras atividades que se enquadrem
IX - Articular-se com órgãos congêneres para o no âmbito de suas atribuições.
intercâmbio, produção e difusão de conhecimentos, bem
como para o aperfeiçoamento da doutrina de inteligência; Seção XI – Da Divisão Especial de Repressão aos Crimes
X - Difundir e fomentar a atividade de inteligência no contra a Administração Pública
âmbito da Segurança Pública do Distrito Federal; Art.67. A Divisão Especial de Repressão aos
XI - Desempenhar outras atividades que se Crimes contra a Administração Pública, unidade orgânica de
enquadrem no âmbito de suas atribuições. execução e apoio técnico-operacional, diretamente
subordinada ao Departamento de Atividades Especiais, tem
Seção IX – Da Divisão Especial de Repressão ao Crime como atribuições:
Organizado I - Planejar, coordenar e executar, em todo o Distrito
Art.65. A Divisão Especial de Repressão ao Crime Federal as atividades de polícia judiciária e de apuração das
Organizado, unidade orgânica de execução e apoio técnico- infrações penais praticadas contra a Administração Pública, e
operacional, diretamente subordinada ao Departamento de crimes conexos, de maior complexidade ou por tratar-se de
Atividades Especiais, tem como atribuições: criminalidade organizada, sobretudo aqueles causadores de
I - Planejar, coordenar e executar, em todo o Distrito consideráveis danos ao erário e que envolvam desvio de
Federal, as atividades de polícia judiciária e de apuração das recursos públicos, fraudes à licitação, corrupção de
infrações penais praticadas por quadrilhas especializadas e autoridades públicas e/ou lavagem de dinheiro, que
organizações criminosas; demandem atividades de análise criminal, contábil, financeira
II - Planejar, coordenar e executar atividades e de movimentação bancária, sem prejuízo das providências
operacionais de prevenção e repressão a delitos praticados preliminares efetivadas pelas demais unidades policiais do
por organizações criminosas em conjunto com as demais Distrito Federal;
unidades policiais do Distrito Federal; II - Planejar, coordenar e executar as atividades
III - Apurar os crimes que sejam ou tenham sido operacionais de prevenção e repressão a delitos praticados
objeto de investigação por Comissão Parlamentar de contra a administração pública em conjunto com as demais
Inquérito, em matéria de atribuição da Polícia Civil e que seja unidades policiais do Distrito Federal;
praticada por organização criminosa, após avaliação da III - Apurar os crimes que sejam ou tenham sido
Direção-Geral da Polícia; objeto de investigação por Comissão Parlamentar de
IV - Participar e apoiar, com autorização do Diretor Inquérito, em matéria de atribuição da Polícia Civil, após
do Departamento de Atividades Especiais, de atividades avaliação da Direção-Geral da Polícia;
policiais e investigações desenvolvidas por instituições IV - Participar e apoiar, com autorização do Diretor
policiais de outras unidades da federação, que visem à do Departamento de Atividades Especiais, as atividades
neutralização e repressão de quadrilhas especializadas e policiais e investigações desenvolvidas por instituições
organizações criminosas de qualquer natureza; policiais de outras unidades da federação, que visem à
V - Articular-se com as demais unidades policiais neutralização e repressão de infrações penais contra a
congêneres, objetivando troca de informações, apoio administração pública e questões conexas;
operacional necessários ao desempenho de suas atividades V - Articular-se com as demais unidades policiais
e aperfeiçoamento dos métodos e técnicas aplicadas no congêneres, objetivando troca de informações, apoio
exercício de suas atividades; operacional necessários ao desempenho de suas atividades
VI - Executar outras atividades que se enquadrem e aperfeiçoamento dos métodos e técnicas aplicadas no
no âmbito de suas atribuições; exercício de suas atividades;
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VI - Executar outras atividades que se enquadrem investigação criminal técnico-científica e da identificação civil
no âmbito de suas atribuições. e criminal;
X - Elaborar, analisar e consolidar os relatórios das
Seção XII – Da Divisão de Comunicação atividades das unidades que lhe são subordinadas;
Art.68. A Divisão de Comunicação, unidade XI - Expedir normas de caráter técnico-científico
orgânica de execução e assessoramento, subordinada visando disciplinar as atividades das unidades subordinadas;
diretamente ao Diretor do Departamento de Atividades XII - Desempenhar outras atividades que se
Especiais, tem como atribuições: enquadrem no âmbito de suas atribuições.
I - Exercer, por meio de seu Diretor, a função de
porta-voz da Direção-Geral da Polícia Civil; Seção I – Do Instituto de Criminalística
II - Planejar, coordenar e orientar a política de Art.70. O Instituto de Criminalística, unidade
comunicação interna e externa da Polícia Civil; orgânica de execução técnica e operacional, subordinada
III - Assistir o Diretor-Geral nos assuntos de diretamente ao Departamento de Polícia Técnica, tem como
comunicação social e mantê-lo devidamente informado sobre atribuições:
publicações e fatos que interessem à Instituição; I - Dirigir, coordenar, controlar, fiscalizar, avaliar e
IV - Promover o relacionamento com instituições, executar perícias criminais em locais de crime, bem como em
órgãos e veículos de comunicação para divulgar atos, ações objetos e substâncias a eles relacionadas, necessárias à
e eventos de interesse da Polícia Civil; apuração de infrações penais, mediante requisição de
V - Acompanhar matérias jornalísticas relativas à autoridade policial da Polícia Civil do Distrito Federal,
área de atuação da Instituição; judiciária, do Ministério Público e de Presidente de Inquérito
VI - Coordenar e supervisionar procedimentos de Policial Militar - IPM;
apresentação de eventos que envolvam a Polícia Civil; II - Fomentar a pesquisa no campo da Criminalística
VII - Manter relacionamento com assessorias voltada para a investigação criminal técnico científica,
congêneres dos demais órgãos; desenvolvendo projetos e programas de estrutura e pesquisa,
VIII - Centralizar a divulgação de matérias objetivando aperfeiçoar e criar novas técnicas de acordo com
jornalísticas e promover o agendamento junto à imprensa de o desenvolvimento tecnológico e científico;
entrevistas de dirigentes das unidades da Polícia Civil; III - Propor normas sobre perícias criminais ou sobre
IX - Coordenar, controlar e fiscalizar a utilização, atividades a ela relacionadas;
manutenção e conservação das instalações, viaturas, IV - Analisar os resultados das atividades de
material e demais equipamentos à disposição da Divisão; perícias criminais, propondo medidas de aperfeiçoamento
X - Elaborar e controlar as escalas de serviços, dos métodos e técnicas;
folhas de ponto e planos de chamada dos servidores lotados V - Atualizar, ampliar e desdobrar funções, no
na Divisão; campo da Criminalística, sempre que a estrutura jurídica ou a
XI - Providenciar as avaliações de desempenho necessidade de melhor desenvolver o trabalho o exigir;
funcional e de estágio probatório dos servidores da Divisão; VI - Elaborar laudos e emitir pareceres técnicos;
XII - Desempenhar outras atividades que se VII - Articular-se com órgãos ou entidades
enquadrem no âmbito de suas atribuições. congêneres buscando o intercâmbio de informações e o
aperfeiçoamento de suas atividades;
CAPÍTULO X VIII - Manter o funcionamento do Instituto em
DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA TÉCNICA regime de expediente e plantão, cujo horário de trabalho e
Art.69. O Departamento de Polícia Técnica, órgão folga será estabelecido pela Direção-Geral da Polícia Civil;
central de coordenação das perícias técnicocientíficas, IX - Articular-se com os demais órgãos de
diretamente subordinado à Direção-Geral da Polícia Civil, tem investigação criminal da Polícia Civil, visando o intercâmbio
como atribuições: de informações necessário à unidade da apuração das
I - Planejar, coordenar, orientar, controlar e fiscalizar infrações penais;
a execução das atribuições das unidades de polícia técnica X - Encaminhar, quando solicitados pelos demais
que lhe são diretamente subordinadas; institutos de Polícia Técnica, cópia de laudos ou pareceres
II - Elaborar e propor a programação anual de técnicos, em especial dos casos vinculados a perícias
trabalho das unidades de polícia técnica que lhe são executadas pela unidade requerente;
diretamente subordinadas; XI - Desempenhar outras atividades que se
III - Inspecionar as unidades sob sua subordinação, enquadrem no âmbito de suas atribuições.
do ponto de vista administrativo, técnicocientífico e de polícia
judiciária, verificando a regularidade do serviço e o Subseção I – Da Divisão Administrativa
cumprimento das diretrizes emanadas pela Direção-Geral da Art.71. A Divisão Administrativa, unidade orgânica
Polícia Civil; de execução, diretamente subordinado à Direção do Instituto
IV - Autorizar o deslocamento de viaturas e de Criminalística, tem como atribuições:
servidores para municípios circunvizinhos com objetivo de I - Controlar, orientar e fiscalizar a execução das
serviço, desde que não importe em despesa; atividades de administração, no que se refere a pessoal,
V - Fazer a lotação de servidores quando a material, limpeza, transporte, comunicações, preparação e
movimentação ocorrer no âmbito do Departamento; expedição de documentos, protocolo e arquivo, no Instituto
VI - Propor políticas e normas para a execução das de Criminalística;
atividades de suas atribuições; II - Elaborar relatório mensal da arrecadação de
VII - Articular-se com outras unidades de polícia taxas de pagamento das atividades de suas atribuições;
técnico-científica buscando o intercâmbio de informações e III - Elaborar relatórios mensais das atividades
experiências, visando o aperfeiçoamento de suas atividades; desenvolvidas pelas seções subordinadas;
VIII - Promover a articulação dos institutos dentre si IV - Orientar e fiscalizar as atividades de segurança
e com os demais órgãos de investigação da Polícia Civil, das instalações físicas do Instituto de Criminalística;
visando à integração da atividade fim de apuração das V - Controlar a temporalidade de guarda de
infrações penais; documentos;
IX - Fomentar estudos e pesquisas científicas no VI - Executar outras atividades que se enquadrem
âmbito do Departamento, visando o aperfeiçoamento da no âmbito de suas atribuições.
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Subseção II – Da Divisão de Perícia Externas eventos fora de rotina, os de maior gravidade e os de
Art.72. A Divisão de Perícias Externas, unidade repercussão;
orgânica de execução, diretamente subordinada ao Diretor do h) Manter sigilo sobre o resultado do trabalho
Instituto de Criminalística, tem como atribuições: realizado;
I - Supervisionar, controlar, orientar e fiscalizar a i) Registrar as coletas e exames realizados em local
execução das atividades de perícias externas feita pelas de crime, consignando os dados sobre armas e outros
seções sob seu controle; objetos arrecadados para exames internos, permanecendo
II - Indicar o coordenador das equipes de plantão e em disponibilidade no Instituto de Criminalística;
supervisionar as atividades dos servidores da Divisão, j) Realizar, quando entender necessário, o
quando em escala de plantão; levantamento fotográfico de vestígios materiais no local de
III - Desempenhar outras atividades que se crime;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. k) Proceder ao exame preliminar em substâncias
§1º. São atribuições do coordenador das equipes de entorpecentes, emitindo o respectivo laudo.
plantão: l) Desempenhar outras atividades que se
a) Coordenar e fiscalizar as atividades de perícia enquadrem no âmbito de suas atribuições.
externa sob a responsabilidade das equipes que compõem o §3º. São atribuições dos demais servidores
plantão do Instituto de Criminalística; escalados para a atividade de plantão do Instituto de
b) Registrar as alterações administrativas ocorridas Criminalística:
durante o plantão; a) Desempenhar atividades inerentes a sua área de
c) Comunicar, imediatamente, ao superior atuação e outras necessárias à consecução da atividade
hierárquico, os eventos fora de rotina, os de maior gravidade pericial;
ou de repercussão; b) Receber as requisições periciais e proceder ao
d) Cientificar-se dos locais realizados, dos acionamento da equipe responsável pelos exames;
pendentes, das prioridades e dos casos de repercussão; c) Proceder a registros sobre controle de
e) Orientar os peritos plantonistas com relação a atendimento das requisições periciais;
deslocamentos e exames periciais; d) Operar os sistemas de comunicações;
f) Cumprir e fazer cumprir as normas e e) Controlar a entrada de pessoas na unidade,
regulamentos em vigor; conduzindo-as pessoalmente até o setor de destino;
g) Zelar pela segurança das instalações físicas e f) Zelar pela segurança física das instalações,
objetos durante o plantão; comunicando ao chefe imediato as alterações, porventura
h) Articular-se com as Autoridades Policiais e verificadas durante o serviço;
coordenar os atendimentos das requisições de perícias g) O condutor de veículos oficiais de plantão tem
externas, podendo determinar a qualquer das equipes o como atribuições receber as viaturas e proceder a sua
atendimento preliminar de locais emergenciais, até a respectiva vistoria, comunicando as irregularidades
chegada da equipe de perícia com atribuições específicas detectadas e, ainda, zelar pela segurança pessoal e
para a realização dos exames; patrimonial da equipe, bem como auxiliar os peritos em suas
i) Realizar os exames preliminares em tóxicos, atividades;
quando ausente a equipe pericial responsável por referido h) Desempenhar outras atividades que se
exame; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
j) Realizar os exames em veículos encaminhados
para serem periciados, quando ausente a equipe pericial Subseção III – Da Divisão de Perícias Internas
responsável pelos exames; Art.73. A Divisão de Perícias Internas, unidade
k) Acompanhar a imprensa, nas dependências e orgânica de execução, diretamente subordinada ao Instituto
imediações do instituto ou do complexo de polícia civil, de Criminalística, tem como atribuições:
quando autorizada pelas autoridades competentes. I - Coordenar, controlar, orientar e fiscalizar a
l) Desempenhar outras atividades que se execução das atividades periciais internas de competência
enquadrem no âmbito de suas atribuições. das unidades sob sua subordinação;
§2º. São atribuições dos Peritos Criminais II - Desempenhar outras atividades que se
escalados para a atividade de plantão da Divisão de Perícias enquadrem no âmbito de suas atribuições.
Externas, além daquelas previstas no art.96:
a) Desenvolver a atividade pericial externa, Subseção IV – Divisão de Perícias em Laboratórios
coordenando a atuação dos demais policiais incumbidos do Art.74. A Divisão de Perícias em Laboratórios,
levantamento do local; unidade orgânica de execução, diretamente subordinada ao
b) Conferir e inspecionar o material a ser utilizado, Instituto de Criminalística, tem como atribuições:
providenciando, quando necessário, sua reposição; I - Controlar, orientar e fiscalizar a execução das
c) Realizar os exames em veículos envolvidos em atividades periciais laboratoriais de competência das
infrações penais; unidades sob sua subordinação;
d) Em face de solicitações simultâneas, atender II - Desempenhar outras atividades que se
sempre que possível, aos locais mais próximos de onde se enquadrem no âmbito de suas atribuições.
encontrar a equipe;
e) Observar, no local de exame, as condições de Seção II – Do Instituto de Identificação
isolamento e preservação, reorientando-as, quando Art.75. Ao Instituto de Identificação, unidade
necessário, a fim de evitar o agravamento da ocorrência ou a orgânica de execução técnica-científica, subordinada
perda de vestígios; diretamente ao Departamento de Polícia Técnica, tem como
f) Efetuar o levantamento do local, mesmo quando o atribuições:
isolamento e a preservação tenham sido prejudicados, I - Dirigir, planejar, coordenar, supervisionar e
devendo, em tais circunstâncias, registrar, no laudo, as controlar a execução das atribuições específicas e genéricas
alterações e discutir as suas consequências na dinâmica do das unidades de identificação subordinadas;
fato; II - Propor normas, elaborar pareceres e notas
g) Comunicar, imediatamente, à chefia superior, as técnicas, sobre identificação civil e criminal, monodactilar e
faltas ou irregularidades que tenham conhecimento, os necropapiloscópica, de representação facial humana (no
âmbito de sua competência) e retrato falado;
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III - Proceder à identificação civil e criminal II - Elaborar relatório mensal das atividades
expedindo o documento de identificação civil, com base no desenvolvidas pelas Seções subordinadas;
sistema datiloscópico, e o registro monodactilar quando da III - Desempenhar outras atividades que se
identificação criminal; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
IV - Planejar, supervisionar e realizar, por
solicitação de autoridade competente, a execução de Subseção III – Da Divisão de Identificação
trabalhos periciais papiloscópicos e necropapiloscópicos Art.78. A Divisão de Identificação, unidade orgânica
relativos ao levantamento, coleta, análise, codificação, de execução, diretamente subordinada ao Instituto de
decodificação e pesquisa de padrões e vestígios papilares, Identificação, tem como atribuições:
trabalhos periciais de prosopografia (no âmbito de sua I - Controlar, fiscalizar e inspecionar a execução de
competência), envelhecimento, rejuvenescimento, retrato todas as atribuições dos Postos de Identificação e das
falado e de representação facial humana, expedindo os seções que lhe são subordinadas;
respectivos laudos; II - Elaborar relatórios mensais das atividades
V - Realizar estudos e pesquisas técnico-científicas desenvolvidas pelos Postos e Seções subordinados;
visando o aperfeiçoamento da identificação humana III - Executar e controlar a emissão das carteiras
papiloscópica, bem como, manter intercâmbio institucional e funcionais;
profissional com organizações congêneres nacionais e IV - Realizar a identificação civil de pessoas
internacionais; enviadas pela Direção do Instituto de Identificação;
VI - Encaminhar, quando solicitado pelos demais V - Executar outras atividades que se enquadrem
Institutos de Polícia Técnica, cópia de laudos ou pareceres no âmbito de suas atribuições.
papiloscópicos e necropapiloscópicos, em especial dos casos
vinculados a perícias executadas pela unidade requerente, Subseção IV – Da Divisão de Perícias e Exames Técnicos
devendo ser restritas ao Instituto de Identificação, as em Papiloscopia
informações relativas à confirmação de identidades advindas Art.79. A Divisão de Perícias e Exames Técnicos
de pesquisas e confrontos de padrões papilares, em Papiloscopia, unidade orgânica de execução diretamente
VII - Encaminhar, por empréstimo ao Instituto de subordinada ao Instituto de Identificação, tem como
Criminalística, prontuário civil e individual datiloscópica, atribuições:
quando necessário à complementação de exames I - Controlar, fiscalizar e inspecionar a execução das
grafotécnicos em carteiras de identidade; atribuições específicas e genéricas das seções que lhe são
VIII - desenvolver e explorar o serviço de subordinadas;
conferência biométrica online, bem como fornecer II - Fazer a numeração e o encaminhamento dos
informações contidas em arquivos às unidades e entidades laudos datiloscópicos, papiloscópicos e necropapiloscópicos,
credenciadas pela Direção Geral da Polícia Civil do Distrito mantendo o arquivamento da segunda via;
Federal; (2016) III - Elaborar relatórios mensais das atividades
IX - Prestar auxílio técnico aos serviços de acesso desenvolvidas pelas seções subordinadas;
dos visitantes junto às unidades prisionais do Distrito Federal, IV - Manter o funcionamento da Divisão em regime
através do método do confronto datiloscópico. de expediente e plantão, cujos horários de trabalho e folga
X - Autorizar as solicitações de atendimentos serão estabelecidos pela Direção-Geral da Polícia Civil;
externos; V - Coordenar as atividades de plantão, realizadas
XI - Desempenhar outras atividades que se pelas Equipes escaladas no Instituto de Identificação e no
enquadrem no âmbito de suas atribuições. Instituto de Criminalística;
VI - Desempenhar outras atividades que se
Subseção I – Da Divisão Administrativa enquadrem no âmbito de suas atribuições.
Art.76. A Divisão Administrativa, unidade orgânica §1º. São atribuições das equipes de plantão criminal
de execução, diretamente subordinada ao Instituto de junto ao Instituto de Identificação:
Identificação, tem como atribuições: a) Proceder à identificação criminal e monodactilar
I - Controlar, orientar e fiscalizar a execução das dos indivíduos envolvidos em práticas delituosas, mediante
atividades de administração, no que se refere a pessoal, requisição de autoridade competente;
material, limpeza, transporte, comunicações, preparação e b) Receber, conferir e preencher, no que couber, os
expedição de documentos, protocolo, arquivo; prontuários de identificação criminal e monodactilar;
II - Elaborar relatórios mensais das atividades c) Relacionar diariamente os prontuários de
desenvolvidas pelas seções subordinadas; identificação criminal e monodactilar referentes às pessoas
III - Orientar e fiscalizar as atividades de segurança atendidas durante o período de serviço, encaminhando-os à
das instalações físicas do Instituto de Identificação e seus Seção pertinente;
respectivos Postos; d) Fotografar os indiciados ou acusados;
IV - Controlar a temporalidade de guarda de e) Coletar as impressões digitais, palmares e
documentos; plantares, conforme o caso, dos indiciados ou acusados;
V - Supervisionar as atividades das empresas f) Classificar as individuais datiloscópicas
prestadoras de serviços no âmbito do Instituto; decadactilares;
VI - Executar outras atividades que se enquadrem g) Informar à Autoridade Policial competente
no âmbito de suas atribuições. acusado que se recusar a ser identificado;
h) Expedir declaração sobre as pessoas civilmente
Subseção II – Da Divisão de Processamento e Arquivos identificadas neste Instituto;
Técnicos i) Zelar pela conservação e adequada utilização do
Art.77. A Divisão de Processamento e Arquivos material permanente e de consumo, bem como pela
Técnicos, unidade orgânica de execução, diretamente segurança das instalações;
subordinada ao Instituto de Identificação, tem como j) Impedir o acesso das pessoas estranhas à
atribuições: unidade, quando for o caso;
I - Controlar, fiscalizar e inspecionar a execução das k) Conferir e inspecionar o material a ser utilizado,
atribuições específicas e genéricas das seções que lhe são providenciando, quando necessário, sua reposição;
subordinadas;
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l) Comunicar, imediatamente, à Direção do Instituto V - Atualizar, ampliar e desdobrar funções, no
de Identificação os fatos de maior gravidade ou repercussões campo da medicina legal, sempre que a estrutura jurídica ou
ocorridas durante o plantão; a necessidade de melhor desenvolver o trabalho o exigir;
m) Cientificar-se, ao assumir o plantão, da VI - Elaborar laudos e emitir pareceres técnicos;
existência e condição de utilização de equipamentos e VII - Articular-se com órgãos ou entidades
materiais necessários para o desempenho das atividades; congêneres buscando o intercâmbio de informações e o
n) Registrar em livro próprio os prontuários de aperfeiçoamento de suas atividades;
identificação criminal ou fazer relatório de qualquer alteração VIII - Articular-se com os demais órgãos de
ocorrida durante o plantão; investigação criminal da Polícia Civil, visando o intercâmbio
o) Manter sigilo sobre o resultado dos trabalhos de informações necessárias à unidade da apuração das
realizados; infrações penais;
p) Prestar informações sobre indivíduos IX - Manter o funcionamento do Instituto em regime
identificados civilmente, criminalmente ou no arquivo de expediente e plantão, cujo horário de trabalho e folga será
monodactilar, às autoridades competentes e demais órgãos estabelecido pela Direção-Geral da Polícia Civil;
autorizados pela Direção-Geral da Polícia Civil; X - Encaminhar, quando solicitados pelos demais
q) Auxiliar na identificação civil de pessoas enviadas institutos de Polícia Técnica, cópia de laudos ou pareceres
pela Direção do Instituto de Identificação; técnicos, em especial dos casos vinculados a perícias
r) Apoiar o plantão junto ao Instituto de executadas pela unidade requerente;
Criminalística, sempre que necessário; XI - Manter intercâmbio técnico-científico com as
s) Desempenhar outras atividades que se universidades;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. XII - Escolher os coordenadores das equipes de
§2º. São atribuições das equipes de plantão junto plantão;
ao Instituto de Criminalística, alem daquelas previstas no XIII - Desempenhar outras atividades no âmbito de
art.98: suas atribuições.
a) Realizar perícia papiloscópica em locais de §1º. São atribuições do coordenador das equipes de
crime; plantão:
b) Descrever com precisão os locais onde foram a) Controlar e fiscalizar as atividades de perícia sob
colhidos fragmentos, preenchendo corretamente a ficha a responsabilidade da equipe de plantão do Instituto de
suporte secundário. Medicina Legal;
c) Descrever no relatório do plantão o motivo do b) Registrar as alterações administrativas ocorridas
não levantamento de fragmentos, tais como: inadequação do durante o plantão;
suporte primário, condições climáticas e outros fatores. c) Comunicar, imediatamente, ao Diretor do
d) Comunicar, imediatamente, à Direção do Instituto Instituto, os eventos fora de rotina, os de maior gravidade ou
de Identificação, por meio de relatório, os fatos de maior de repercussão;
gravidade ou repercussões ocorridos durante o plantão. d) Cientificar-se dos casos pendentes, das
e) Conferir e inspecionar o material a ser utilizado, prioridades e dos casos de repercussão;
providenciando, quando necessário sua reposição. e) Orientar os plantonistas com relação a
f) Proceder à coleta de impressões papiloscópica deslocamentos;
em veículos envolvidos em crimes; f) Cumprir e fazer cumprir as normas em vigor;
g) Disponibilizar, diariamente, via Intranet, dados g) Zelar pela segurança das instalações físicas e
relativos às perícias realizadas nos locais de crime, o suporte objetos durante o plantão;
e o local onde foram coletados os fragmentos de impressões h) Articular-se com as Autoridades Policiais e
digitais; coordenar os atendimentos das requisições de perícias;
h) Apresentar ao Perito Criminal responsável pela i) Acompanhar a imprensa, nas dependências e
perícia em local de crime ou em veículos, quando solicitado, imediações do instituto ou do complexo de polícia civil,
relatório padronizado sobre os pontos e suportes onde foram quando autorizada pelas autoridades competentes.
coletadas impressões papiloscópicas, a fim de possibilitar a j) Desempenhar outras atividades que se
correlação do resultado do laudo papiloscópico do local ao enquadrem no âmbito de suas atribuições.
laudo pericial criminal; §2º. São atribuições dos Peritos Médico-Legistas
i) Realizar, quando necessário, fotografias do local escalados para as atividades de plantão, alem daquelas
periciado; previstas no art.97:
j) Desempenhar outras atividades que se a) Desenvolver a atividade pericial;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. b) Conferir e inspecionar o material a ser utilizado
para perícia médica, providenciando, quando necessário, sua
Seção III – Do Instituto de Medicina Legal reposição;
Art.80. Ao Instituto de Medicina Legal, unidade c) Realizar, preferencialmente à luz solar os
orgânica de execução técnica-científica, subordinada exames médicos legais;
diretamente ao Departamento de Polícia Técnica, tem como d) Em face de solicitações simultâneas, atender
atribuições: prioritariamente aos periciandos escoltados e às demais
I - Dirigir, controlar, fiscalizar, avaliar e executar os prioridades estabelecidas em lei;
exames médicos legais necessários à apuração de infrações e) Comunicar, imediatamente, à chefia superior, as
penais, mediante requisição da autoridade competente; faltas ou irregularidades que tenha conhecimento, os eventos
II - Fomentar a pesquisa no campo da medicina fora de rotina, os de maior gravidade e os de repercussão;
legal voltada para a investigação criminal técnicocientífica, f) Manter sigilo sobre o resultado do trabalho
desenvolvendo projetos e programas de estrutura e pesquisa, realizado;
objetivando aperfeiçoar e criar novas técnicas de acordo com g) Registrar, os exames realizados;
o desenvolvimento tecnológico e científico; h) Coordenar os trabalhos relacionados à execução
III - Propor normas sobre perícias médico-legais ou da perícia médica;
sobre atividades a ela relacionadas; i) Proceder ao exame preliminar, emitindo o
IV - Analisar os resultados das atividades de respectivo laudo, quando previsto em legislação pertinente e
investigação médico-legal, propondo medidas de solicitado por autoridade competente;
aperfeiçoamento dos métodos e técnicas;
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j) Comparecer ao local de crime e a hospitais XIII - Executar outras atividades que se enquadrem
quando necessário; no âmbito de suas atribuições.
k) Desempenhar outras atividades que se
enquadrem no âmbito de suas atribuições. Subseção II – Da Divisão de Perícia no Vivo
§3º. São atribuições dos demais servidores Art.82. A Divisão de Perícia no Vivo, diretamente
escalados para as atividades de plantão: subordinada ao Instituto de Medicina Legal, tem como
a) Receber as requisições periciais, dar abertura ao atribuições:
laudo pericial e proceder ao acionamento da equipe I - Coordenar, controlar, orientar e fiscalizar a
responsável pelos exames; execução das atividades periciais internas de competência
b) Proceder a registros no sistema informatizado do das unidades sob sua subordinação;
Instituto de Medicina Legal e/ou formulário próprio, sobre II - Elaborar relatórios mensais das atividades
controle de atendimento das requisições periciais e saídas de desenvolvidas pelas unidades sob seu controle;
rabecões; III - Controlar o intervalo de tempo entre a
c) Proceder à identificação do periciando; realização da perícia e de entrega dos laudos conclusos,
d) Operar o sistema de telecomunicações; realizados pelos peritos médicos legistas designados, com o
e) Controlar a entrada de pessoas na unidade, auxílio da Seção de Informática Planejamento e Estatística e
conduzindo-as pessoalmente até o setor de destino; tomar as providências cabíveis nos casos de atrasos de
f) Fornecer atestado de comparecimento; entregas;
g) Zelar pela segurança física das instalações, IV - Distribuir as solicitações de perícias e os
comunicando ao chefe imediato as alterações, porventura processos às Seções subordinadas;
verificadas durante o serviço; V - Propor ao Diretor o remanejamento de pessoal
h) Aos condutores de veículos oficiais de plantão entre os setores;
compete receber as viaturas e proceder a sua respectiva VI - Desempenhar outras atividades que se
vistoria, preenchendo-se a Ficha de Vistoria Diária das enquadrem no âmbito de suas atribuições.
Viaturas, encaminhando-a a Seção de Material, Patrimônio e
Transporte, comunicando as irregularidades detectadas. Subseção III – Da Divisão de Tanatologia Forense
i) Impedir que haja venda, comércio, agenciamento Art.83. A Divisão de Tanatologia Forense,
de serviços ou qualquer outra atividade comercial no Instituto diretamente subordinada ao Instituto de Medicina Legal, tem
ou nas suas imediações, em especial providenciar a retirada, como atribuições:
das dependências do Complexo de Polícia Civil, de I - Coordenar, controlar, orientar e fiscalizar a
funcionários de agências funerárias ou seus prepostos. execução das atividades periciais internas de competência
j) Desempenhar atividades inerentes a sua área de das unidades sob sua subordinação;
atuação e outras necessárias a consecução das atividades II - Elaborar relatórios mensais das atividades
do Instituto; desenvolvidas pelas unidades sob seu controle;
III - Controlar o intervalo de tempo entre a
Subseção I – Da Divisão de Administração realização da perícia e de entrega dos laudos conclusos,
Art.81. A Divisão de Administração, unidade realizados pelos peritos médicos legistas designados, com o
orgânica de execução, diretamente subordinada ao Instituto auxílio da Seção de Informática Planejamento e Estatística e
de Medicina Legal, tem como atribuições: tomar as providências cabíveis nos casos de atrasos de
I - Coordenar, controlar, orientar e fiscalizar a entregas;
execução das atividades de administração, no que se refere IV - Distribuir as solicitações de perícias e os
a pessoal, material, limpeza, transporte, comunicações, processos às Seções subordinadas;
preparação e expedição de documentos, protocolo e arquivo, V - Desempenhar outras atividades que se
no Instituto de Medicina Legal; enquadrem no âmbito de suas atribuições.
II - Elaborar relatórios mensais das atividades
desenvolvidas pelas seções subordinadas; Subseção IV – Da Divisão de Exames Técnicos Médicos
III - Coordenar, orientar e fiscalizar as atividades de Legais
segurança das instalações físicas do Instituto de Medicina Art.84. A Divisão de Exames Técnicos Médicos
Legal; Legais, unidade orgânica de execução, diretamente
IV - Controlar a temporalidade de guarda de subordinada ao Instituto de Medicina Legal tem como
documentos; atribuições:
V - Elaborar e controlar as escalas de serviço, I - Coordenar, controlar, orientar e fiscalizar a
folhas de ponto, licença de pessoal, planos de chamada e de execução das atividades periciais internas de competência
férias; das unidades sob sua subordinação, realizando todos os
VI - Coordenar e fiscalizar a limpeza e conservação exames laboratoriais necessários à complementação das
das instalações físicas do Instituto de Medicina Legal; perícias;
VII - Manter cadastro atualizado dos servidores que II - Elaborar relatórios mensais das atividades
se encontrem afastados do serviço por qualquer motivo; desenvolvidas pelas unidades sob seu controle;
VIII - Supervisionar as atividades das empresas III - Controlar o intervalo de tempo entre a
prestadoras de serviços no âmbito do Instituto; realização do exame laboratorial e de entrega dos resultados
IX - Controlar e encaminhar os processos de conclusos, realizados pelos peritos médicos legistas
acompanhamento do desempenho funcional dos servidores designados, com o auxílio da Seção de Informática
em estágio probatório; Planejamento e Estatística e tomar as providências cabíveis
X - Organizar e manter arquivo dos documentos nos casos de atrasos de entregas;
oficiais; IV - Distribuir as solicitações de perícias, exames e
XI - Elaborar, controlar e encaminhar ao setor os processos às Seções subordinadas;
competente, os despachos com decisões emanadas da V - Propor ao Diretor o remanejamento de pessoal
Direção do Instituto; entre os setores;
XII - Organizar e manter o acervo documental e VI - Receber material para exame laboratorial,
bibliográfico de interesse específico do Instituto de Medicina verificando anotações pertinentes e encaminhar às Seções
Legal, coletando, registrando, classificando e arquivando atos ou aos institutos competentes;
oficiais, documentos e publicações;
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VII - Encaminhar o resultado dos exames Parágrafo único: São atividades desenvolvidas em
laboratoriais realizados. regime de plantão na Academia de Polícia Civil:
VIII - Desempenhar outras atividades que se a) Zelar pela segurança, vigilância e conservação
enquadrem no âmbito de suas atribuições. das instalações da unidade orgânica e do patrimônio público;
b) Proceder à recepção, à identificação, e ao
Seção IV – Instituto de Pesquisa de DNA Forense encaminhamento das pessoas que ingressem nas
Art.85. Ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense, dependências da Academia de Polícia Civil;
unidade orgânica de execução técnicacientífica, subordinada c) Proceder à guarda e posterior devolução das
diretamente ao Departamento de Polícia Técnica, tem como armas portadas por visitantes e alunos que ingressem no
atribuições: prédio;
I - Realizar perícias na área da genética forense, d) Efetuar o registro de todas as ocorrências
mediante comparação de amostras colhidas, solicitadas por disciplinares e administrativas;
autoridades competentes; e) Realizar, diariamente, o hasteamento e o
II - Realizar exames genéticos de DNA arriamento das bandeiras, e zelar pela sua guarda e
complementares a perícias realizadas pelos demais institutos conservação;
do Departamento de Polícia Técnica, para fins de f) Controlar a utilização dos estandes de tiro, nos
investigação criminal; dias não úteis e nos horários fora do expediente normal,
III - Realizar ou acompanhar autoridades em observando o cumprimento das normas;
exumações para fins de perícia para identificação após a g) Controlar, o horário de acesso e saída de alunos
morte, por meio de exames genéticos de DNA; na Academia, observando as normas internas relativas ao
IV - Elaborar os Laudos técnico-periciais e emitir uso de arma de fogo e de uniforme;
pareceres técnicos; h) Prestar auxílio aos alunos, aos visitantes e aos
V - Realizar pesquisa científica na área de genética servidores que necessitem de socorro médico durante as
forense, mediante a elaboração de projetos de pesquisa que atividades desenvolvidas na Academia de Polícia Civil;
visem aperfeiçoar os conhecimentos técnico-científicos i) Cumprir e zelar pelo cumprimento das normas
voltados para a investigação criminal; disciplinares, escolares e administrativas no âmbito da
VI - Incentivar o intercâmbio com outras instituições Academia de Polícia Civil;
com vistas a aprimorar o conhecimento na área de atuação; j) Executar outras atividades que se enquadrem no
VII - Manter articulação com as demais unidades âmbito de suas atribuições.
técnicas e de investigação que compõem a Polícia Civil,
visando maximizar a qualidade da atividade pericial; Seção I – Da Divisão Técnica de Ensino
VIII - Desempenhar outras atividades que se Art.87. A Divisão Técnica de Ensino, unidade
enquadrem no âmbito de suas atribuições. orgânica de execução, diretamente subordinada à Academia
de Polícia, tem como atribuições:
CAPÍTULO XI I - Coordenar, controlar e fiscalizar todas as
DA ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL atribuições das seções que lhe são subordinadas;
Art.86. A Academia de Polícia Civil, unidade II - Traçar e fixar as diretrizes básicas das
orgânica de formação e capacitação profissional policial, atividades didáticas e pedagógicas, visando à formação, ao
diretamente subordinada à Direção Geral da Polícia Civil, tem aperfeiçoamento e especialização do Policial Civil;
como atribuições: III - Submeter à aprovação superior, planos,
I - Planejar, organizar, coordenar, controlar e programas e projetos relativos a processos de formação e
executar a política de seleção, formação e capacitação dos aperfeiçoamento dos recursos humanos da Polícia Civil e de
recursos humanos da Polícia Civil; conveniados, sugerindo os recursos financeiros e materiais
II - Planejar, orientar e coordenar o processo necessários ao seu desenvolvimento;
seletivo de pessoal para as carreiras da Polícia Civil; IV - Elaborar pareceres sobre o desempenho dos
III - Produzir pesquisa que vise à atualização e ao corpos docente e discente da Academia de Polícia Civil;
aperfeiçoamento da formação e capacitação do policial civil e V - Processar e controlar a expedição de
a dar uniformidade à doutrina de procedimentos policiais; certificados de conclusão de cursos;
IV - Coordenar a realização de concursos públicos, VI - Propor diretrizes pedagógicas necessárias ao
no âmbito da Polícia Civil do Distrito Federal, bem como aperfeiçoamento do ensino na Academia;
firmar regras editalícias e demais atos relativos à espécie; VII - Consignar, no Livro de Ocorrências Escolares,
V - Propor medidas de atualização e de os fatos dessa natureza, submetendoo à Direção da
aperfeiçoamento dos cursos de formação e de capacitação Academia a cada lançamento;
do policial civil; VIII - Cumprir e fazer cumprir as normas
VI - Produzir e difundir conhecimentos que visem ao disciplinares, escolares e administrativas no âmbito da
aperfeiçoamento da atividade policial civil; Academia de Polícia Civil;
VII - Manter intercâmbio cultural com outras IX - Desempenhar outras atividades que se
instituições de ensino policial visando ao aperfeiçoamento e à enquadrem no âmbito de suas atribuições.
adequação das práticas e das orientações pedagógicas às
necessidades da atividade policial; Seção II – Da Divisão de Apoio ao Ensino
VIII - Elaborar e executar, anualmente, o Plano Art.88. A Divisão de Apoio ao Ensino, unidade
Geral de Ensino e Cultural; orgânica de execução, diretamente subordinada à Academia
IX - Propor o Regimento Escolar da Academia; de Polícia Civil, tem como atribuições:
X - Manter organizada e atualizada a Galeria de I - Coordenar, controlar e fiscalizar todas as
Fotografias de Policiais Mortos em serviço e promover as atribuições das seções que lhe são subordinadas;
solenidades póstumas, quando determinadas pela Direção- II - Planejar, gerenciar e executar as atividades de
Geral da PCDF; apoio logístico ao ensino praticado na Academia de Polícia
XI - Promover a conscientização e incentivar o Civil;
condicionamento físico dos policiais civis e demais III - Acompanhar o desenvolvimento tecnológico,
servidores, fomentando a integração desportiva; visando à aquisição e à utilização de novos equipamentos de
XII - Executar outras atividades que se enquadrem apoio ao ensino;
no âmbito de suas atribuições.
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IV - Minutar editais, avisos e ordens de serviço V - Apoiar as Delegacias Circunscricionais e
referentes à execução de cursos de formação e Especializadas, no desenvolvimento de ações que visem à
aperfeiçoamento; melhoria do atendimento público, a prevenção de crimes,
V - Realizar treinamento de instrutores para a área redução da criminalidade e combate à impunidade;
de formação e aperfeiçoamento policial; VI - Promover um amplo programa de integração
VI - Revisar apostilas para cursos e outros trabalhos com os conselhos comunitários de Segurança Pública e as
necessários às atividades pedagógicas da Academia; demais unidades da Polícia Civil;
VII - Cumprir e fazer cumprir as normas VII - Buscar junto aos órgãos públicos, do Distrito
disciplinares, escolares e administrativas no âmbito da Federal e/ou Federal, apoio e recursos para os projetos de
Academia de Polícia Civil; cunho preventivo, de interesse da comunidade e da Polícia
VIII - Desenvolver outras atividades que se Civil;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. VIII - Elaborar relatórios técnicos objetivando o
aprimoramento das atividades de segurança comunitária;
Seção III – Da Divisão de Gerência de Concursos IX - Coordenar eventos relacionados com a filosofia
Art.89. A Divisão de Gerência de Concursos, de Segurança Comunitária a serem realizados pela Polícia
unidade orgânica de execução, diretamente subordinada à Civil;
Academia de Polícia Civil, tem como atribuições: X - Estimular as iniciativas de profissionais de
I - Propor a seleção dos recursos humanos e a segurança em trabalhos de Programa Segurança
realização de concursos públicos da Polícia Civil; Comunitária, sugerindo premiações e o reconhecimento
II - Colaborar na elaboração de minutas de regras institucional desses profissionais;
editalícias e dos demais atos relativos ao processo de XI - Propor programas de ensino, treinamento e
seleção de recursos humanos; seminários, objetivando a formação e o aprimoramento dos
III - Acompanhar os processos e as atividades policiais civis como das comunidades com foco na filosofia de
relativas à seleção de pessoal; Segurança Comunitária;
IV - Analisar propostas, acompanhar e fiscalizar os XII - Coordenar e acompanhar projetos comunitários
processos que envolvam terceirização de concurso público e desenvolvidos nas áreas dos Conselhos de Segurança;
as diversas etapas da seleção de pessoal ; XIII - Identificar as áreas prioritárias para
V - Manter atualizado cadastro geral de candidatos implementação de projetos sociais que visem redução da
inscritos em concurso público para os cargos da Polícia Civil criminalidade; no sentido de promover desenvolvimento de
do Distrito Federal, com informações referentes a programas de inclusão social nas áreas das delegacias
conhecimentos, a habilidades e a aptidões; circunscricionais, em locais onde se constatam altos índices
VI - Realizar estudos e pesquisas relacionados à de criminalidade;
seleção de pessoal; XIV - Fomentar o envolvimento de ONGs, e outras
VII - Monitorar e assessorar o sistema de cargos da entidades civis, em projetos conjuntos com a PCDF.
PCDF;
VIII - Realizar levantamento de dados referentes ao TÍTULO III
quantitativo de servidores da PCDF; Da Composição Orgânica das Atribuições do Conselho
IX - Elaborar estimativas e projeções da Superior da Polícia Civil do Distrito Federal
necessidade de servidores para a PCDF; Art.91. O Conselho Superior da Polícia Civil do
X - Analisar dados estatísticos da realidade do DF Distrito Federal, com atribuições consultivas, opinativa,
que subsidiem as estimativas e projeções de necessidades normativa, de deliberação colegiada, presidido pelo Diretor-
de servidores para a PCDF; Geral da Polícia Civil tem a seguinte composição:
XI - Propor cronogramas de processos seletivos I - Membros natos:
para os cargos da PCDF; a) Diretor-Geral da Polícia Civil;
XII - Acompanhar alterações na legislação que b) Diretor-Geral Adjunto da Polícia Civil;
impactem as necessidades de provimento de cargos da c) Corregedor-Geral de Polícia Civil;
PCDF; d) Diretor do Departamento de Polícia
XIII - Cumprir e fazer cumprir as normas Especializada;
disciplinares, escolares e administrativas no âmbito da e) Diretor do Departamento de Polícia
Academia de Polícia Civil; Circunscricional;
XIV - Desenvolver outras atividades que se f) Diretor do Departamento de Polícia Técnica;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. g) Diretor do Departamento de Atividades Especiais;
h) Diretor do Departamento de Administração Geral;
Seção IV – Da Divisão de Polícia Comunitária i) Diretor da Academia de Polícia Civil;
Art.90. A Divisão de Polícia Comunitária, unidade j) Ex-Diretor-Geral da Polícia Civil;
orgânica de execução e assessoramento, diretamente k) Ex-Corregedor Geral de Polícia Civil.
subordinada à Academia de Polícia Civil, tem como II- Membros escolhidos:
atribuições: a) Um Delegado de Polícia da classe especial;
I - Elaborar o planejamento estratégico para b) Um Perito Médico Legista da classe especial;
sedimentação das ações do Programa de Segurança c) Um Perito Criminal da classe especial;
Comunitária no âmbito da Polícia Civil; d) Um Papiloscopista da classe especial;
II - Implantar e Implementar ações que visem à e) Um Agente de Polícia da classe especial;
participação da comunidade junto às unidades da Polícia f) Um Escrivão de Polícia da classe especial;
Civil; g) Um Agente Penitenciário da classe especial.
III - Coordenar projetos, programas e atividades de §1º. Os membros natos de que tratam as alíneas
segurança comunitária, que visem à prevenção de crimes, “j” e “k” do inciso I, farão parte do Conselho até que
em apoio às Delegacias Circunscricionais; completem o tempo regular para a aposentadoria.
IV - Propor convênios, contratos, ajustes e demais §2º. Os membros de que tratam as alíneas “a” à
instrumentos necessários à implantação, manutenção de “g” do inciso II, serão escolhidos em listas sêxtuplas na
Projetos ou Programas e melhoria das atividades de forma do Decreto Distrital nº 23.291, do dia 18 de outubro de
Segurança Comunitária, desenvolvimento de pesquisas e 2002 e suas alterações.
estatísticas;
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§3º. Os membros de que tratam as alíneas “a” à de votos dos seus membros, mediante resoluções, cabendo
“g” do inciso II serão substituídos pelo primeiro suplente ao seu Presidente o voto de qualidade.
nos casos de ausência ou impedimento e, por decisão do
Diretor-Geral de Polícia Civil, até o final do respectivo
mandato, no caso de vacância.
§4º. Qualquer um dos membros escolhidos poderá
desistir de sua participação no Conselho Superior de Polícia
Civil.
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Decreto-Lei nº 3.689 / 1941 Art. 284. Não será permitido o emprego de força,
Código de Processo Penal salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa
de fuga do preso.
TÍTULO IX
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA
expedir o respectivo mandado.
LIBERDADE PROVISÓRIA
Parágrafo único. O mandado de prisão:
CAPÍTULO I a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela
DISPOSIÇÕES GERAIS autoridade;
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu
Título deverão ser aplicadas observando-se a: (Princípio da nome, alcunha ou sinais característicos;
proporcionalidade) c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando
investigação ou a instrução criminal e, nos casos afiançável a infração;
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe
penais; execução.
II - adequação da medida à gravidade do crime,
circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o
acusado. executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas exemplares com declaração do dia, hora e lugar da
isolada ou cumulativamente. diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o
de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso fato será mencionado em declaração, assinada por duas
da investigação criminal, por representação da autoridade testemunhas.
policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
(Cláusula de reserva de jurisdição)
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de
§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo
exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal
de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de
caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver
medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária,
acompanhada de cópia do requerimento e das peças expedido o mandado.
necessárias, permanecendo os autos em juízo.
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das
seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a
obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante
quem será entregue cópia assinada pelo executor ou
requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do
apresentada a guia expedida pela autoridade competente,
querelante, poderá substituir a medida, impor outra em
devendo ser passado recibo da entrega do preso, com
cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva
declaração de dia e hora.
(art. 312, parágrafo único). (Fungibilidade das medidas
cautelares) Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou próprio exemplar do mandado, se este for o documento
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que exibido.
subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem. Art. 289. Quando o acusado estiver no território
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será
não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o
(art. 319). (Medida “ultima ratio”) inteiro teor do mandado.
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em prisão por qualquer meio de comunicação, do qual deverá
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se
autoridade judiciária competente, em decorrência de arbitrada.
sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da § 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará
investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária as precauções necessárias para averiguar a autenticidade da
ou prisão preventiva. comunicação.
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título § 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção
não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
ou alternativamente cominada pena privativa de efetivação da medida.
liberdade.
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a Art. 289-A. O juiz competente providenciará o
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à imediato registro do mandado de prisão em banco de dados
inviolabilidade do domicílio. mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa
Prisão é a “privação da liberdade, tolhendo-se o direito de ir e vir, através finalidade.
do recolhimento da pessoa humana ao cárcere”. § 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
Nucci, 2008, p. 573
determinada no mandado de prisão registrado no Conselho
-- Prisão penal: aplicável após o trânsito em julgado de sentença Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial
condenatória. do juiz que o expediu.
-- Prisão processual: aplicável, como medida cautelar, antes do trânsito § 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
em julgado da sentença condenatória. decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de
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Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar
a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a o réu oculto em sua casa será levado à presença da
decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro autoridade, para que se proceda contra ele como for de
do mandado na forma do caput deste artigo. direito.
§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz
do local de cumprimento da medida o qual providenciará a Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-
certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça á o disposto no artigo anterior, no que for aplicável.
e informará ao juízo que a decretou.
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão
termos do inciso LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, especial, à disposição da autoridade competente, quando
caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
comunicado à Defensoria Pública. I - os ministros de Estado;
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a II - os governadores ou interventores de Estados ou
legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos
preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os
Código. chefes de Polícia;
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho
registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste de Economia Nacional e das Assembleias Legislativas dos
artigo. Estados;
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos
território de outro município ou comarca, o executor poderá Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o VI - os magistrados;
imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se VII - os diplomados por qualquer das faculdades
for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção superiores da República;
do preso. VIII - os ministros de confissão religiosa;
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em IX - os ministros do Tribunal de Contas;
perseguição do réu, quando: X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo
interrupção, embora depois o tenha perdido de vista; de incapacidade para o exercício daquela função;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos
que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual Estados e Territórios, ativos e inativos.
direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço. § 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local
razões para duvidar da legitimidade da pessoa do executor distinto da prisão comum.
ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr § 2o Não havendo estabelecimento específico para o
em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida. preso especial, este será recolhido em cela distinta do
mesmo estabelecimento.
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender- § 3o A cela especial poderá consistir em alojamento
se-á feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente,
Ihe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo. pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e
condicionamento térmico adequados à existência
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, humana.
resistência à prisão em flagrante ou à determinada por § 4o O preso especial não será transportado
autoridade competente, o executor e as pessoas que o juntamente com o preso comum.
auxiliarem poderão usar dos meios necessários para § 5o Os demais direitos e deveres do preso especial
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se serão os mesmos do preso comum.
lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for
mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos
preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho militares, de acordo com os respectivos regulamentos.
de parto, bem como em mulheres durante o período de
puerpério imediato. (2017) Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido
pela autoridade judiciária, a autoridade policial poderá
STF: Súmula Vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de
resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física expedir tantos outros quantos necessários às diligências,
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a devendo neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade original.
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
Art. 298. (revogado)
responsabilidade civil do Estado.
115
quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados
disposição das autoridades competentes. dos filhos, indicado pela pessoa presa. (2018)
116
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá STJ: Súmula 21 - Pronunciado o réu, fica superada a alegação do
ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução.
STJ: Súmula 52 - Encerrada a instrução criminal, fica superada a
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares alegação de constrangimento por excesso de prazo.
(art. 282, § 4o). STJ: Súmula 64 - Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo
REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA na instrução, provocado pela defesa.
1) Prova da existência do crime; e
2) Indício suficiente de autoria; e CAPÍTULO IV
DA PRISÃO DOMICILIAR
3) Requisito de necessidade: Art. 317. A prisão domiciliar consiste no
--- Garantia da ordem pública; ou
--- Garantia da ordem econômica; ou recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só
--- Conveniência da instrução criminal; ou podendo dela ausentar-se com autorização
--- Aplicação da lei penal; ou judicial.
--- Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por
força de outras medidas cautelares
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva
pela domiciliar quando o agente for:
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será I - maior de 80 (oitenta) anos;
admitida a decretação da prisão preventiva: (Circunstâncias II - extremamente debilitado por motivo de doença
legitimadoras)
grave;
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
III - imprescindível aos cuidados especiais de
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;
pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso,
deficiência;
em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 IV - gestante; (2016)
de dezembro de 1940 - Código Penal; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
III - se o crime envolver violência doméstica e incompletos; (2016)
familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, VI - homem, caso seja o único responsável pelos
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
das medidas protetivas de urgência; incompletos. (2016)
IV - (revogado). Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá
Parágrafo único. Também será admitida a prisão prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil
da pessoa ou quando esta não fornecer elementos Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se
pessoas com deficiência será substituída por prisão
outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
domiciliar, desde que: (2018)
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será I - não tenha cometido crime com violência ou grave
decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos ameaça a pessoa; (2018)
autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou
nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei dependente. (2018)
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal. (Circunstâncias impeditivas)
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318
Excludentes de ilicitude: estado de necessidade; legítima defesa; estrito
cumprimento de dever legal; exercício regular de direito.
e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação
concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319
deste Código. (2018)
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou
denegar a prisão preventiva será sempre motivada.
CAPÍTULO V
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES
no correr do processo, verificar a falta de motivo para que Art. 319. São medidas cautelares diversas da
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem prisão:
razões que a justifiquem. I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e
As decisões de decreto e de revogação da prisão preventiva são sempre nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
provisórias, estando, pois, submetidas à cláusula rebus sic stantibus: a atividades;
que decreta é válida enquanto há a necessidade da custódia cautelar; a II - proibição de acesso ou frequência a
que revoga persiste enquanto não houver mais essa necessidade.
Leonardo Barreto Morais Alves, 2017, pag. 298 determinados lugares quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado
PRISÃO PREVENTIVA PRISÃO TEMPORÁRIA
permanecer distante desses locais para evitar o risco de
Lei nº 7.960/89 novas infrações;
Poderá ser decretada na fase de: III - proibição de manter contato com pessoa
Poderá ser decretada nas fases de:
• Investigação Criminal determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
• Investigação Criminal
• Ação Penal deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
Há prazos fixados em lei. IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a
Não há prazo definido em lei, como
regra, para a decretação da prisão Regra: 5 dias, prorrogável por mais permanência seja conveniente ou necessária para a
preventiva. 5 dias. investigação ou instrução;
Crime Hediondo ou equiparado: 30 V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos
dias, prorrogável por mais 30 dias dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
Admite decretação de ofício pelo Não admite decretação de ofício residência e trabalho fixos;
juiz no curso da ação penal. pelo juiz.
VI - suspensão do exercício de função pública ou de
atividade de natureza econômica ou financeira quando
STJ: Súmula 347 - O conhecimento de recurso de apelação do réu
independe de sua prisão.
117
houver justo receio de sua utilização para a prática de
infrações penais; Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses que a conceder nos seguintes limites:
de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando a) (revogada);
os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. b) (revogada);
26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; c) (revogada).
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando
assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;
injustificada à ordem judicial; II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos,
IX - monitoração eletrônica. quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada
§ 1o (Revogado). for superior a 4 (quatro) anos.
§ 2o (Revogado). § 1o Se assim recomendar a situação econômica do
§ 3o (Revogado). preso, a fiança poderá ser:
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com as I - dispensada, na forma do art. 350 deste
disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser Código;
cumulada com outras medidas cautelares. II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços);
ou
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes.
comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de § 2o (Revogado):
fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o I - (revogado);
indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo II - (revogado);
de 24 (vinte e quatro) horas. III - (revogado).
118
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não Art. 343. O quebramento injustificado da fiança
se puder fazer de pronto, o valor será entregue ao escrivão importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz
ou pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de três decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou,
dias dar-se-á ao valor o destino que Ihe assina este artigo, o se for o caso, a decretação da prisão preventiva.
que tudo constará do termo de fiança.
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar
competente para conceder a fiança a autoridade que presidir para o início do cumprimento da pena definitivamente
ao respectivo auto, e, em caso de prisão por mandado, o juiz imposta.
que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial a
quem tiver sido requisitada a prisão. Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor,
deduzidas as custas e mais encargos a que o acusado
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na
concedida independentemente de audiência do Ministério forma da lei.
Público, este terá vista do processo a fim de requerer o
que julgar conveniente. Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as
deduções previstas no art. 345 deste Código, o valor restante
Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei.
transitar em julgado a sentença condenatória.
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o
Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade saldo será entregue a quem houver prestado a fiança, depois
policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, de deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado.
poderá prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz
competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido
prestada por meio de hipoteca, a execução será promovida
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança no juízo cível pelo órgão do Ministério Público.
servirão ao pagamento das custas, da indenização do dano,
da prestação pecuniária e da multa, se o réu for Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou
condenado. metais preciosos, o juiz determinará a venda por leiloeiro ou
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda corretor.
no caso da prescrição depois da sentença condenatória.
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz,
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-
passar em julgado sentença que houver absolvido o acusado lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações
ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras
atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no medidas cautelares, se for o caso.
parágrafo único do art. 336 deste Código. Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo
justo, qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar-
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste Código.
na espécie será cassada em qualquer fase do processo.
seus efeitos.
_____________________________________
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08
XV - Executar outras atividades decorrentes de sua
lotação;
_____________________________________
09 XVI - Cumprir e fazer cumprir o presente regimento,
regulamentos administrativos e leis em vigor;
_____________________________________
10 XVII - desempenhar outras atividades que se
enquadrem no âmbito de suas atribuições, inclusive executar
_____________________________________
11 operações e ações de natureza policial ou de interesse da
segurança pública, ou determinadas por superior hierárquico
_____________________________________
12 e inerentes à atividade policial.
_____________________________________
13 Seção II - Do Perito Criminal
Art.96. São atribuições do Perito Criminal:
_____________________________________
14 I - Planejar, coordenar e executar estudos e projetos
de pesquisa, visando ao estabelecimento de novos métodos
_____________________________________
15 e técnicas no campo da Criminalística;
II - Instruir e orientar pessoal sob sua chefia visando
estabelecer novas técnicas e procedimentos de trabalho;
III - Realizar exames periciais em locais de infração
Decreto nº 30.490 / 2009 penal, suicídios e acidentes com vítimas;
IV - Realizar exames em armas e instrumentos
Regimento Interno da PCDF utilizados ou presumivelmente utilizados na prática de
infrações penais;
TÍTULO IV
V - Efetuar exames documentoscópicos e
Das Atribuições Funcionais dos Cargos Efetivos e
grafotécnicos;
Comissionados
VI - Realizar perícias contábeis;
Art.94. O quadro funcional da Polícia Civil do Distrito
VII - Proceder a pesquisas e perícias microscópicas
Federal é composto pela Carreira de Delegado de Polícia do
e identificação veicular;
Distrito Federal e a Carreira de Polícia Civil do Distrito
VIII - Realizar coleta de elementos necessários à
Federal.
complementação dos exames periciais;
§ 1º. A Carreira de Delegado de Polícia do Distrito
IX - Realizar perícias e análises laboratoriais, no
Federal é composta pelos cargos de Delegado de Polícia.
ramo da biologia, física e química;
§2º. A Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal é
X - Elaborar a perícia merceológica;
composta pelos cargos de Perito Criminal, Perito Médico
XI - Proceder a exames de balística forense;
Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Perito
XII - Proceder a exames periciais de informática;
Papiloscopista Policial e Agente Penitenciário.
XIII - Proceder a exames periciais na área de
engenharia legal e de meio ambiente;
CAPÍTULO I
XIV - Proceder às periciais audiovisuais;
ATRIBUIÇÕES FUNCIONAIS DOS CARGOS EFETIVOS
XV - Proceder a exames e emitir laudos e pareceres
Seção I - Do Delegado de Polícia
em todos os assuntos de criminalística e da sua
Art.95. São atribuições do Delegado de Polícia:
especialidade;
I - Supervisionar, coordenar, controlar e executar as
XVI - Efetuar trabalhos fotográficos para instruir
atividades específicas de polícia civil ou de interesse da
laudos periciais;
segurança pública;
XVII - Orientar servidores visando ao
II - Desenvolver estudos e pesquisas com vistas à
desenvolvimento técnico das atividades voltadas à perícia
preservação da segurança pública;
criminalística;
III - Estudar e propor medidas destinadas a
XVIII - Presidir sindicâncias e outros procedimentos
simplificar o trabalho e a redução dos custos das operações
administrativos;
policiais;
XIX - Executar outras atividades decorrentes de sua
IV - Elaborar planos de estudos de situação de
lotação;
busca de informações e de operações policiais;
XX - Cumprir e fazer cumprir o presente regimento,
V - Proceder à análise de dados e elaborar
regulamentos administrativos e leis em vigor;
informações no âmbito da Polícia Civil;
XXI - desempenhar outras atividades que se
VI - Participar de estudos e pesquisas de natureza
enquadrem no âmbito de suas atribuições, inclusive executar
técnica sobre administração policial;
operações e ações de natureza policial ou de interesse da
VII - Representar à autoridade competente sobre
segurança pública, ou determinadas por superior hierárquico
questões de natureza penal;
e inerentes à atividade policial.
VIII - Planejar operações de segurança e de
investigações;
Seção III - Do Perito Médico Legista
IX - Supervisionar ou executar operações de caráter
Art.97. São atribuições do Perito Médico Legista:
sigiloso;
I - Supervisionar, coordenar e executar os trabalhos
X - Instaurar e presidir inquéritos policiais e termos
de perícias laboratoriais, toxicológicas, exames radiológicos e
circunstanciados;
outros de mesma natureza, visando à elucidação de
XI - Presidir sindicâncias e outros procedimentos
infrações penais, suicídios e ocorrências de natureza
administrativos;
acidental;
XII - Presidir audiências e lavratura do respectivo
II - Executar e complementar perícia médico-legal,
termo;
no vivo e no morto;
XIII - Proceder com todos os atos e formalidades
III - Proceder a exames e emitir laudos e pareceres
necessários para a instrução do inquérito policial e outros
em todos os assuntos de medicina legal e da sua
procedimentos de natureza criminal ou administrativa;
especialidade;
XIV - Instruir e orientar pessoal sob sua chefia
IV - Instruir e orientar pessoal sob sua chefia
visando estabelecer novas técnicas e procedimentos de
visando estabelecer novas técnicas e procedimentos de
trabalho;
trabalho;
120
V - Planejar, desenvolver e executar estudos e recompor caracteres somatoscópicos do cadáver que
projetos de pesquisa, visando ao estabelecimento de novos apresenta lesões prejudiciais à sua identificação visual.
métodos e técnicas no campo da medicina legal; XVI - Realizar perícias de projeção de
VI - Estudar e propor medidas destinadas a envelhecimento e rejuvenescimento facial humano para fins
simplificar o trabalho e a redução dos custos, das atividades de identificação.
periciais; XVII - Realizar captura e pesquisa em sistemas
VII - Instruir e orientar pessoal sob sua chefia automatizados de leitura, comparação e identificação de
visando estabelecer novas técnicas e procedimentos de impressões papilares.
trabalho; XVIII - Realizar pesquisas nos acervos decadactilar,
VIII - Executar necropsias, exames clínicos e outros monodactilar, quiroscópico, podoscópico e fotográfico, bem
de mesma natureza, visando à elucidação de infrações como a organização sistematizada dos mesmos.
penais, suicídios e ocorrências de natureza acidental; XIX - Realizar perícia prosopográfica humana, no
IX - Executar perícias na área da psiquiatria forense; âmbito de sua competência, visando estabelecer a
X - Efetuar trabalhos fotográficos para instruir identificação da pessoa, com base na comparação de pontos
laudos periciais; característicos do rosto.
XI - Presidir sindicâncias e outros procedimentos XX - Supervisionar, elaborar e assinar laudos
administrativos; periciais papiloscópicos, necropapiloscópicos, poroscópicos e
XII - Executar outras atividades decorrentes de sua outros atinentes ao cargo.
lotação; XXI - Realizar pesquisas laboratoriais com
XIII - Cumprir e fazer cumprir o presente regimento, reagentes para revelação de impressões e fragmentos, bem
regulamentos administrativos e leis em vigor; como para regeneração de tecidos papilares.
XIV - desempenhar outras atividades que se XXII - Efetuar trabalhos técnicos fotográficos e
enquadrem no âmbito de suas atribuições, inclusive executar macrofotográficos para instruir laudos periciais.
operações e ações de natureza policial ou de interesse da XXIII - Cumprir e fazer cumprir o presente
segurança pública, ou determinadas por superior hierárquico regimento, regulamentos administrativos e leis em vigor.
e inerentes à atividade policial. XXIV - desempenhar outras atividades que se
enquadrem no âmbito de suas atribuições, inclusive executar
Seção IV - Do Papiloscopista Policial operações e ações de natureza policial ou de interesse da
Art.98. São atribuições do Papiloscopista Policial: segurança pública, ou determinadas por superior hierárquico
I - Planejar, coordenar, supervisionar, organizar e e inerentes à atividade policial.
realizar todas as perícias atinentes ao cargo.
II - Desenvolver, no âmbito de sua competência, Seção V - Do Agente de Polícia
pesquisas visando aprimorar as técnicas existentes buscando Art.99. São atribuições do Agente de Polícia:
novas tecnologias que possam agilizar e melhorar os I - Investigar atos ou fatos que caracterizem ou
resultados dos procedimentos periciais. possam caracterizar infrações penais;
III - Planejar, coordenar e controlar a realização de II - Assistir a autoridade policial no cumprimento das
captura e pesquisa em sistemas automatizados de leitura, atividades de Polícia Civil;
comparação e identificação de impressões papilares. III - Coordenar ou executar operações e ações de
IV - Realizar pesquisas laboratoriais com reagentes natureza policial ou de interesse de segurança pública;
para revelação de impressões e fragmentos, bem como para IV - Executar intimações, notificações ou quaisquer
regeneração de tecidos papilares. outras atividades julgadas necessárias ao esclarecimento de
V - Coordenar, supervisionar e elaborar os laudos atos ou fatos sob investigações;
periciais atinentes ao cargo, com base em estudos técnico- V - Dirigir veículos automotores em serviços, ações
científicos; e operações policiais.
VI - Planejar e coordenar programas na área de VI - desempenhar outras atividades que se
identificação civil e projetos de atendimento à comunidade, enquadrem no âmbito de suas atribuições, ou determinadas
visando assegurar o exercício pleno da cidadania. por superior hierárquico e inerentes à atividade policial;
VII - Realizar perícia papiloscópica em local de VII - Cumprir e fazer cumprir o presente regimento,
crime, em veículos e em materiais. regulamentos administrativos e leis em vigor.
VIII - Realizar perícia necropapiloscópica em
cadáveres com estágios diferenciados de decomposição e Seção VI - Do Escrivão de Polícia
condição de morte, com a finalidade de estabelecer a Art.100. São atribuições do Escrivão de Polícia:
identificação. I - Planejar, controlar e executar todas as atividades
IX - Realizar perícia em vestígios papiloscópicos, específicas de cartório;
efetuando análise técnico-científica de impressões e II - Providenciar o recolhimento das fianças
fragmentos papilares coletados em local de crime, tomando prestadas;
por base todas as minúcias presentes. III - Certificar as atividades cartorárias realizadas;
X - Coordenar e executar o processo de IV - Acompanhar a autoridade policial nas
identificação papiloscópica e antropológica civil e criminal. diligências externas, quando necessário ao desenvolvimento
XI - Realizar perícia papiloscópica em documentos, de atividades cartoriais;
efetuando análise e pesquisa de dados de identificação e de V - Executar os registros das atividades cartorárias;
padrões papilares. VI - Prestar contas ao chefe imediato do valor das
XII - Realizar perícia poroscópica, objetivando a fianças recebidas e custas depositadas, bem como acautelar
identificação humana. objetos e valores ausentes;
XIII - Realizar, no âmbito de sua competência, VII - Atuar em processos de natureza administrativa;
perícia de representação facial humana, a partir de descrição VIII - Executar outras atividades decorrentes de sua
de caracteres somatoscópicos distintivos da face. lotação;
XIV - Efetuar a coleta, análise, codificação e IX - Cumprir e fazer cumprir o presente regimento,
decodificação de padrões papiloscópicos, visando possibilitar regulamentos administrativos e leis em vigor.
o acesso sistematizado. X - desempenhar outras atividades que se
XV - Realizar perícia de reconstituição facial enquadrem no âmbito de suas atribuições, inclusive executar
humana, no âmbito de sua competência, com a finalidade de operações e ações de natureza policial ou de interesse da
121
segurança pública, ou determinadas por superior hierárquico XII - Prestar esclarecimentos ao Tribunal de
e inerentes à atividade policial. Constas do Distrito Federal, quando solicitado;
XIII - Manter o Secretário de Estado de Segurança
Seção VII - Do Agente Penitenciário Pública e o Chefe do Poder Executivo informados sobre os
Art. 101. São atribuições do Agente Penitenciário: eventos de grande repercussão social;
I – executar atividades de atendimento, serviço de XIV - Assinar os atos de natureza administrativa na
vigilância, custódia, escolta, revista pessoal e em objetos, esfera de suas atribuições ou por delegação;
guarda, assistência e orientação de pessoas recolhidas na XV - Promover o relacionamento entre a Polícia e a
Divisão de Controle e Custódia de Presos, do Departamento comunidade, procurando canalizar os benefícios deste
de Polícia Especializada, da Polícia Civil do Distrito Federal, relacionamento para a consecução dos objetivos finalísticos
ou que estejam nas demais unidades policiais da Polícia Civil da instituição policial civil;
do Distrito Federal aguardando recolhimento àquela Divisão; XVI - Instaurar processo administrativo disciplinar;
II – desempenhar atividades de custódia e guarda XVII - Determinar o afastamento preventivo do
provisória de presos sob a responsabilidade da Polícia Civil exercício de suas funções, os policiais civis e demais
do Distrito Federal; servidores que exerçam suas atividades funcionais no quadro
III – executar escoltas judiciais; da Polícia Civil, quando indiciado ou acusado em processo
IV – executar a escolta de presos em ambientes administrativo disciplinar;
hospitalares; XVIII - Zelar pelo cumprimento da hierarquia e
V – executar a escolta de presos sob a disciplina no seio da Polícia Civil;
responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal para XIX - Aplicar ou agravar pena disciplinar, observada
apresentação ao Instituto de Medicinal Legal, ao Instituto de as atribuições legais;
Criminalística e ao Instituto de Identificação, bem como para XX - Autorizar o deslocamento de servidores e
apresentação desses presos a outras instituições viaturas para outras unidades da Federação, em razão de
congêneres; serviço;
VI – executar a escolta de viaturas no transporte de XXI - Presidir as reuniões do Conselho Superior de
presos sob a responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Polícia;
Federal; XXII - Exercer outras atribuições, bem como praticar
VII – atuar nas atividades de inteligência voltadas os demais atos necessários à consecução das finalidades da
para segurança da custódia de presos sob a Polícia Civil, na forma da legislação em vigor;
responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal; XXIII - Cumprir e fazer cumprir o presente
VIII - atuar na recaptura de foragidos da Justiça; regimento, regulamentos administrativos e leis em vigor.
IX – efetuar o recambiamento de presos de outros
estados da federação; Seção II - Do Diretor-Geral Adjunto da Polícia Civil
X – escoltar e conduzir adolescentes infratores a Art.103. São atribuições do Diretor-Geral Adjunto da
delegacias e demais órgãos especializados, nos termos da Polícia Civil:
lei; I - Dirigir, coordenar e controlar a execução de
XI – participar de operações policiais; atividades das unidades subordinadas a Direção-Geral da
XII - desempenhar outras atividades que se Polícia Civil;
enquadrem no âmbito de suas atribuições, inclusive executar II - Assistir o Diretor-Geral de Polícia no
operações e ações de natureza policial ou de interesse da cumprimento de suas atribuições;
segurança pública, ou determinadas por superior hierárquico III - Propor normas que visem o aperfeiçoamento da
e inerentes à atividade policial. execução das atividades das unidades que lhe são
subordinados;
CAPÍTULO II IV - Sugerir a designação ou dispensa dos
DAS ATRIBUIÇÕES FUNCIONAIS DOS CARGOS ocupantes de cargos ou funções de confiança que lhe sejam
COMISSIONADOS subordinados;
Seção I - Do Diretor-Geral da Polícia Civil V - Despachar o expediente do Diretor-Geral da
Art.102. São atribuições do Diretor-Geral da Polícia Polícia Civil;
Civil: VI - Substituir o Diretor-Geral da Polícia Civil no
I - Praticar atos de gestão, administrativa, financeira desempenho de suas funções, nos seus impedimentos e
e de pessoal; ausências;
II - Despachar, pessoalmente, com o Governador e VII - Despachar as ocorrências lavradas pelo
o Secretário de Estado de Segurança Pública; Supervisor de Dia, levando, de imediato, ao conhecimento do
III - Representar a Polícia Civil junto aos Poderes Diretor-Geral da Polícia Civil, todas aquelas em que há
Executivo, Legislativo e Judiciário; indícios de transgressão disciplinar ou que possam causar
IV - Decidir os assuntos atinentes aos objetivos e repercussão;
metas da Instituição; VIII - Controlar, fiscalizar e supervisionar a
V - Propor a nomeação, exoneração, demissão ou execução da escala e atividades do Supervisor de Dia da
reintegração de servidores de seu quadro de pessoal; Polícia Civil;
VI - Propor nomeação ou designação de servidor IX - Controlar e opinar acerca da conveniência de
para provimento de cargo ou função em comissão, bem como concessão de licença para o trato de interesses particulares;
exoneração ou dispensa; X - Manter o controle da frota geral da Polícia Civil,
VII - Lotar e remanejar servidores, pertencentes ao bem como promover estudos com vistas à distribuição de
quadro da Polícia Civil do Distrito Federal; veículos novos e remanejamento de usados;
VIII - Determinar a instauração de procedimentos de XI - Manter o controle de lotação do efetivo da
natureza policial ou administrativo; Polícia Civil, promovendo a distribuição equitativa e propor
IX - Avocar procedimento instaurado e redistribuí-lo, medidas com vistas ao remanejamento de pessoal entre as
se for o caso; suas diversas unidades;
X - Expedir normas e regulamentos necessários ao XII - Desempenhar outras atividades que se
funcionamento da Polícia Civil; enquadrem no âmbito de suas atribuições;
XI - Dirimir conflitos de atribuições entre as XIII - Cumprir e fazer cumprir o presente regimento,
unidades integrantes da Polícia Civil; regulamentos administrativos e leis em vigor.
122
VI - Propor e promover a realização de eventos,
Seção III - Do Corregedor-Geral de Polícia visando o aperfeiçoamento das atividades das unidades que
Art.104. São atribuições do Corregedor-Geral de lhe são diretamente subordinados;
Polícia Civil: VII - Indicar o seu substituto eventual;
I - Planejar, coordenar, fiscalizar e controlar as VIII - Encaminhar anualmente ao Diretor-Geral da
atividades da Corregedoria Geral de Polícia; Polícia Civil, minucioso relatório das atividades realizadas
II - Apoiar, orientar e facilitar o acesso das pelas unidades sob sua subordinação;
Autoridades Policiais na esfera Judicial, durante as IX - Praticar atos de gestão administrativa, na
representações de conveniência de decretação de prisão medida de suas atribuições;
preventiva ou temporária e busca e apreensão; X - Verificar, mediante inspeções periódicas, a
III - Promover o bom relacionamento entre a Polícia regularidade do desenvolvimento das atividades das
Judiciária, Magistratura, Ministério Público e Ordem dos unidades sob sua subordinação e o cumprimento das
Advogados; diretrizes estabelecidas;
IV - Despachar as requisições de abertura de XI - Requisitar inspeções médicas para servidores
inquéritos policiais e termos circunstanciados dos lotados na unidade sob sua subordinação;
representantes do Ministério Público e das Autoridades XII - Autorizar o deslocamento de servidores e
Judiciárias; viaturas para municípios circunvizinhos, em razão de serviço;
V - Despachar nos autos de inquérito policial e XIII - Conhecer de irregularidades ocorridas na
termos circunstanciados em correição; esfera de suas atribuições, e, após previamente instruído dos
VI - Instaurar e julgar sindicâncias no âmbito da elementos necessários à instauração de sindicância, deverá
Polícia Civil; o feito ser encaminhado à corregedoria-geral de Polícia para
VII - Notificar os servidores policiais sobre as as providências legais;
convocações para depor em juízo; XIV - Conhecer das estatísticas das atividades das
VIII - Controlar o quadro anual de férias da unidades sob sua subordinação, submetendo-as à
Corregedoria de Polícia Civil, atentando-se para o apreciação do Diretor-Geral da Polícia Civil;
cumprimento das normas regulamentares pertinentes; XV - Inteirar-se e dar ciência ao Diretor-Geral da
IX - Fazer remanejamento de servidores, quando a Polícia Civil dos principais eventos ocorridos no âmbito das
movimentação ocorrer no âmbito da Corregedoria; unidades sob sua subordinação;
X - Manter o Diretor-Geral da Polícia Civil informado XVI - Fazer remanejamento de servidores, quando a
sobre o andamento e conclusão de apurações em movimentação ocorrer no âmbito da Academia de Polícia ou
expedientes de interesse da instituição; do próprio Departamento;
XI - Programar, acompanhar e coordenar as XVII - Exercer rigoroso controle dos servidores em
atividades de correições ordinárias e extraordinárias nas estágio probatório e avaliar o desempenho funcional dos
unidades da Polícia Civil; demais servidores lotados nos órgãos subordinados;
XII - Requisitar inspeções médicas para servidores XVIII - Fazer cumprir os horários estabelecidos para
lotados na unidade sob sua subordinação; início e término do expediente e plantão;
XIII - Autorizar o deslocamento de servidores e XIX - Controlar o uso das viaturas policiais,
viaturas para municípios circunvizinhos, em razão de serviço; promovendo, mensalmente, minuciosa vistoria do seu estado
XIV - Sugerir ao Diretor-Geral da PCDF, a remoção de conservação;
e lotação de servidores; XX - Controlar a observância do quadro anual de
XV - Expedir atos necessários ao pleno exercício de férias, atentando-se para o cumprimento das normas
suas atribuições; regulamentares pertinentes;
XVI - Conhecer das estatísticas das atividades das XXI - Cumprir outras atividades no âmbito de suas
unidades sob sua subordinação, submetendo-as à atribuições;
apreciação do Diretor-Geral da Polícia Civil; XXII - Cumprir e fazer cumprir o presente
XVII - Desempenhar outras atividades que se Regimento, regulamentos administrativos e leis em vigor.
enquadrem no âmbito de suas atribuições;
XVIII - Cumprir e fazer cumprir o presente Seção V - Dos Coordenadores
regimento, regulamentos administrativos e leis em vigor. Art. 106 São atribuições dos Coordenadores da
Coordenação de Investigações de Crimes contra a vida e da
Seção IV - Dos Diretores de Departamentos e da Coordenação de Repressão às Drogas:
Academia de Polícia Civil I - Coordenar e orientar as atividades das
Art.105. Respeitadas as atribuições da unidade de Coordenações e Divisões, bem como dos serviços que lhe
lotação, são atribuições dos Diretores dos Departamentos e são diretamente subordinados;
da Academia de Polícia Civil: II - Coordenar, administrar e distribuir os recursos
I - Dirigir, coordenar e controlar a execução das humanos e materiais disponíveis empregados nas atividades
atividades das unidades orgânicas sob sua responsabilidade de investigação, acautelados à Coordenação;
executiva; III - Transmitir ordens e recomendações emanadas
II - Despachar e prestar informações necessárias ao do Diretor do Departamento e DiretorGeral da PCDF;
assessoramento do Diretor-Geral Adjunto de Polícia Civil e IV - Conhecer de irregularidades ocorridas na esfera
ao Diretor-Geral da Polícia Civil; de sua competência, promover-lhes a apuração e aplicar a
III - Expedir atos necessários ao pleno exercício de sanção cabível, ou encaminhar o expediente a quem couber
suas atribuições; aplicá-la;
IV - Expedir normas e outros regulamentos que V - Coordenar a elaboração de planos e projetos de
versem sobre o funcionamento interno das unidades combate aos crimes dolosos contra a vida;
orgânicas sob sua responsabilidade executiva, respeitada a VI - Inteirar-se e dar ciência ao Diretor do
orientação definida pela Direção-Geral da Polícia Civil; Departamento dos principais eventos ocorridos no âmbito de
V - Propor a programação e supervisionar a competência dos órgãos integrantes da Coordenação;
execução dos trabalhos das unidades que lhe são VII - Disciplinar por meio de Ordem de Serviços
diretamente subordinados; atribuições dos órgãos e autoridades subordinadas.
123
Art.107. Respeitadas as atribuições da unidade de XXIV - Solicitar à Corregedoria-Geral de Polícia,
lotação, são atribuições dos DelegadosChefes: quando da primeira remessa ao Judiciário, a redistribuição de
I - Dirigir, coordenar e controlar a execução das inquérito policial instaurado para apurar crime de autoria
atividades das unidades que lhe são subordinados; ignorada a Delegacia Especializada competente;
II - Despachar, ordinariamente, com o Diretor do XXV - Realizar correições periódicas nas unidades
Departamento a que estiver subordinado e, orgânicas que lhe são subordinadas;
extraordinariamente, com qualquer outra autoridade; XXVI - Instruir e remeter ao Departamento que
III - Propor a designação de servidor para estiver subordinado as ocorrências de acidente em serviço,
provimento de função em comissão, bem como sua dispensa; com vistas à instauração de processo especial;
IV - Exarar despachos em quaisquer feitos que XXVII - Zelar pela integridade física, moral e
tramitem na Delegacia Policial respectiva; psíquica de indiciados, testemunhas e vítimas, bem como
V - Adotar providências necessárias às apurações daqueles que, por quaisquer motivos, se encontrem na
das infrações penais de responsabilidade da unidade, unidade;
orientando os policiais sobre a forma de proceder; XXVIII - Elaborar e controlar o quadro anual de
VI - Encaminhar, mensalmente, ao Departamento a férias dos servidores, das respectivas unidades, atentando-se
que estiver subordinado, relatório das atividades para o cumprimento das normas regulamentares pertinentes;
desenvolvidas pela Delegacia de Polícia; XXIX - Cumprir e fazer cumprir o presente
VII - Exercer rigoroso controle dos servidores em Regimento, os Regulamentos administrativos e leis em vigor.
estágio probatório e avaliar o desempenho funcional dos XXX - Desempenhar outras atividades que se
servidores; enquadrem no âmbito de suas atribuições;
VIII - Fazer cumprir os horários estabelecidos para
início e término do expediente e plantão; Seção VII - Do Chefe da Assessoria da Direção-Geral da
IX - Controlar o uso das viaturas policiais, Polícia Civil
procedendo, mensalmente, minuciosa vistoria do seu estado Art.108. Ao Chefe da Assessoria da Direção-Geral
de conservação; da Polícia Civil, além das atividades específicas da unidade,
X - Despachar as ocorrências registradas e compete ainda, desempenhar as seguintes atribuições:
quaisquer outros documentos; I - Planejar, orientar, coordenar e controlar as
XI - Instaurar inquérito policial fazendo-o de forma atividades técnicas e administrativas inerentes às atribuições
imediata nas ocorrências que versarem sobre morte violenta da unidade;
e nas requisições do Ministério Público ou de Autoridade II - Assessorar o Diretor-Geral mediante a execução
Judiciária; das atividades de consultoria e assessoramento técnico;
XII - Encaminhar cópia das ocorrências policiais à III - Assistir o Diretor-Geral no controle interno da
Delegacia Especializada competente quando a autoria for legalidade administrativa dos atos a serem por ele praticados
ignorada; ou já efetivados;
XIII - Comunicar ao órgão público competente sobre IV - Exercer rigoroso controle dos servidores de sua
as ocorrências de acidente de trânsito relacionado com lotação, em estágio probatório e avaliar o desempenho
veículo oficial ou outro bem público; funcional dos demais servidores;
XIV - Planejar e realizar operações policiais V - Controlar a execução das atividades inerentes à
destinadas ao combate da criminalidade em pontos críticos limpeza, manutenção, conservação e uso de bens móveis e
da circunscrição; imóveis pertinentes ou a disposição da Unidade Orgânica.
XV - Comunicar, com antecedência, ao VI - Cumprir outras atividades que se enquadrem no
Departamento a que estiver subordinado sobre as operações âmbito de suas atribuições;
que serão desencadeadas; VII - Cumprir e fazer cumprir, na esfera de suas
XVI - Comunicar ao Departamento a que estiver atribuições, o presente Regimento, as normas e leis em vigor.
subordinado acerca de transgressão disciplinar que tiver Parágrafo Único: Aos demais assessores da Direção-Geral
conhecimento; da Polícia Civil, além das atividades específicas da unidade,
XVII - Comunicar e encaminhar à Divisão de Armas, competem ainda, desempenhar as seguintes atribuições:
Munições e explosivos, cópia de todas as ocorrências que a) Emitir pareceres ou proferir despachos
envolvam arma de fogo, munições e explosivos; interlocutórios ou decisórios da unidade;
XVIII - Encaminhar à Divisão de Armas, Munições e b) Assistir o Diretor-Geral no controle interno da
Explosivos, armas, munições e explosivos apreendidos ou legalidade administrativa dos atos a serem por ele praticados
arrecadados que não seja objeto de crime ou vinculado a ou já efetivados;
procedimento de natureza criminal; c) Assessorar o Diretor-Geral mediante a execução
XIX - Comunicar e encaminhar à Divisão de das atividades de consultoria e assessoramento técnico;
Recursos Materiais do Departamento de Administração d) Cumprir e fazer cumprir, na esfera de suas
Geral, cópia de todas as ocorrências que envolvam extravio, atribuições, o presente Regimento, as normas e leis em vigor.
dano ou subtração de armas de fogo e outros bens da Polícia e) Cumprir outras atividades que se enquadrem no
Civil; âmbito de suas atribuições;
XX - Manifestar-se sobre a conveniência de
funcionamento de empresas que explorem o ramo de Seção VIII- Dos Assessores da Corregedoria-Geral de
diversões públicas em sua circunscrição, nos termos da Polícia, dos Departamentos, dos Institutos e da Academia
legislação em vigor; de Polícia Civil
XXI - Promover a fiscalização das casas de Art.109. Aos assessores da Corregedoria-Geral de
diversões públicas, no âmbito de suas atribuições, adotando- Polícia, dos Departamentos, dos Institutos e da Academia de
se as providências cabíveis, quando constatada qualquer Polícia Civil respeitadas as atribuições específicas de sua
irregularidade; unidade orgânica, competem:
XXII - Prestar irrestrito apoio às fiscalizações I - Assessorar e assistir o Chefe imediato no que
promovidas pelas unidades públicas competentes; couber;
XXIII - Propor à Corregedoria-Geral de Polícia a II - Substituir o Chefe imediato, quando por este
redistribuição de inquérito policial à delegacia especializada indicado, em suas ausências e impedimentos funcionais;
competente;
124
III - Elaborar ou rever minutas de despachos, ordens IX - Determinar o registro de ocorrência de
de serviço, portarias e de outros atos administrativos próprios transgressão disciplinar cometida por policial civil ou servidor
da chefia; administrativo no âmbito de sua unidade, remetendo o
IV - Analisar dados e informações de interesse das registro ao Departamento de Polícia Técnica, para as
unidades subordinadas; providências cabíveis;
V - Realizar estudos técnicos e emitir parecer de X - Promover a distribuição de funcionários nos
interesse da unidade; diversos setores da unidade, fazendo as movimentações que
VI - Transmitir, acompanhar e orientar o julgarem necessárias;
cumprimento das instruções emanadas da chefia a que XI - Encaminhar, mensalmente e anualmente, ao
estiverem subordinados; Departamento de Polícia Técnica, minucioso relatório das
VII - Executar outras atividades que lhes forem atividades realizadas na unidade;
atribuídas; XII - Exercer rigoroso controle dos servidores em
VIII - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, estágio probatório e avaliar o desempenho funcional dos
regulamentos administrativos e leis em vigor. servidores;
XIII - Fazer cumprir os horários estabelecidos para
Seção IX - Dos Delegados Adjuntos início e término do expediente e plantão;
Art.110. Respeitadas as atribuições da unidade de XIV - Controlar o uso das viaturas policiais,
lotação, são atribuições dos Delegados Adjuntos das procedendo, mensalmente, minuciosa vistoria do seu estado
Delegacias: de conservação;
I - Colaborar com o Dirigente da unidade orgânica XV - Providenciar a lavratura de ocorrência, alusiva,
no exercício de suas funções e substituílo em suas ausências em tese, a acidente em serviço, instruí-la e encaminhá-la à
ou impedimentos eventuais; Direção-Geral da Polícia Civil, via Departamento de Polícia
II - Presidir inquéritos policiais, sindicâncias, Técnica, com vista à instauração de processo especial;
processos especiais e outros procedimentos de acordo com XVI - Indicar seu substituto eventual;
as atribuições da unidade orgânica; XVII - Elaborar e controlar o plano anual de férias
III - Zelar pela disciplina da unidade; atentando-se para o cumprimento das normas
IV - Elaborar minutas de documentos próprios da regulamentares pertinentes;
chefia da unidade; XVIII - Cumprir e fazer cumprir o presente
V - Orientar e fiscalizar seus subordinados, quanto Regimento, os regulamentos administrativos e leis em vigor.
ao cumprimento das determinações verbais ou emitidas em XIX - Desempenhar outras atividades que se
despacho e das atividades inerentes ao cargo ou função; enquadrem no âmbito de suas atribuições;
VI - Acompanhar e controlar os planos de
policiamento semanal; Seção XI - Do Secretário Executivo
VII - Controlar as escalas de serviço, promovendo Art.112. São atribuições do Secretário Executivo da
as alterações que se fizerem necessárias; Direção-Geral da Polícia Civil:
VIII - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, I - Manter atualizada a agenda do Diretor-Geral;
os regulamentos administrativos e leis em vigor; II - Preparar documentos a serem assinados pelo
IX - Desempenhar outras atividades que se Diretor-Geral da Polícia Civil e DiretorGeral Adjunto da Polícia
enquadrem no âmbito de suas atribuições; Civil;
III - Secretariar reuniões e lavrar as respectivas
Seção X - Dos Diretores dos Institutos de Polícia Técnica atas;
Art.111. Respeitadas as atribuições da unidade de IV - Prestar assistência administrativa ao Diretor-
lotação, são atribuições dos Diretores dos Institutos de Geral da Polícia Civil e ao Diretor-Geral Adjunto da Polícia
Polícia Técnica: Civil;
I - Dirigir, coordenar e controlar a execução de todas V - Cumprir e fazer cumprir as normas
as atividades das unidades que lhe são subordinados; administrativas e determinações superiores;
II - Designar peritos para realização de perícias e VI - Orientar e fiscalizar a execução das tarefas
elaboração de laudos e pareceres técnicos; distribuídas aos seus auxiliares diretos;
III - Expedir normas técnicas, estabelecendo os VII - Desempenhar outras atividades que se
protocolos mínimos a serem observados quando das enquadrem no âmbito de suas atribuições.
realizações dos exames periciais de atribuição das unidades
sob sua subordinação; Seção XII - Dos Chefes e Diretores de Divisão
IV - Desenvolver projetos, programas e pesquisas Art.113. Respeitadas as atribuições da unidade de
na área de atuação da unidade sob sua subordinação, lotação, são atribuições dos Diretores de Divisões:
objetivando aperfeiçoar, criar e implementar novas técnicas, I - Planejar, dirigir e coordenar as atividades dos
de acordo com o desenvolvimento tecnológico e científico; setores que lhe são subordinados;
V - Analisar os resultados das atividades da unidade II - Despachar as ocorrências administrativas de sua
sob sua subordinação e adotar ou propor medidas visando o atribuição;
seu aperfeiçoamento; III - Elaborar as escalas de serviço dos setores sob
VI - Atualizar, ampliar e desdobrar funções, no sua responsabilidade executiva;
campo de atuação da unidade sob sua responsabilidade IV - Propor remanejamento de pessoal entre os
executiva, sempre que a estrutura jurídica ou a necessidade setores;
de melhor desenvolver o trabalho o exigir; V - Propor a indicação de seu substituto;
VII - Propor a nomeação ou designação de servidor VI - Exercer rigoroso controle dos servidores de sua
para provimento de cargo ou função em comissão, bem como lotação, em estágio probatório e avaliar o respectivo
a exoneração ou dispensa; desempenho funcional;
VIII - Prestar assistência ao Diretor do VII - Fazer cumprir os horários estabelecidos para
Departamento de Polícia Técnica e, quando solicitado, ao início e término do expediente e plantão;
Corregedor-Geral de Polícia, ao Diretor-Geral Adjunto da VIII - Controlar o uso das viaturas policiais,
Polícia Civil e ao Diretor-Geral da Polícia Civil em assuntos procedendo, mensalmente, minuciosa vistoria do seu estado
relativos à área de atuação da unidade sob sua de conservação;
responsabilidade;
125
IX - Propor projetos de pesquisa e medidas, na área I - Receber e transmitir informações administrativas,
de suas atribuições, com vista ao aprimoramento e bem como realizar o encaminhamento de pessoas no âmbito
desenvolvimento das atividades da unidade sob sua da unidade;
responsabilidade executiva; II - Executar serviços de digitação, revisão de
X - Elaborar relatórios mensais e anuais das textos, telefonia e mecanografia;
atividades realizadas pela divisão ou Seção; III - Exercer as rotinas dos setores que estiverem
XI - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, lotados;
os regulamentos administrativos e leis em vigor; IV - Organizar agendas e preparar locais de
XII - Desempenhar outras atividades que se reuniões;
enquadrem no âmbito de suas atribuições. V - Cumprir outras atividades que lhe for atribuída;
Parágrafo Único: Aos Diretores das Divisões dos institutos de VI - Cumprir o presente Regimento, regulamentos
Polícia Técnica compete ainda, proceder com a revisão administrativos e leis em vigor.
técnica e de correção na linguagem dos laudos periciais e VII - Desempenhar outras atividades que se
demais documentos técnicos expedidos pelos peritos lotados enquadrem no âmbito de suas atribuições.
nas unidades que lhe são subordinadas;
Seção XVI - Do Presidente da Comissão Permanente de
Seção XIII - Dos Diretores Adjuntos e Assistentes Tomada de Contas Especial
Art.114. Respeitadas as atribuições da unidade de Art.117. São atribuições do Presidente da Comissão
lotação, são atribuições dos Diretores Adjuntos e Assistentes: Permanente de Tomada de Contas especial:
I - Assessorar e assistir o chefe imediato em I - Presidir todos os atos inerentes à Comissão,
assunto de natureza técnica ou administrativa; zelando pelos processos de sua responsabilidade;
II - Substituir o Chefe imediato em suas ausências e II - Solicitar das unidades competentes perícias,
impedimentos funcionais; laudos, pareceres e outras informações necessárias ao bom
III - Transmitir, acompanhar e orientar o desempenho das atividades da Comissão;
cumprimento das instruções emanadas da chefia a que III - Coordenar todas as ações dos integrantes da
estiverem subordinados; Comissão e fiscalizar o correto desempenho de suas
IV - Elaborar projetos referentes às atribuições da atribuições;
unidade; IV - Solicitar à Direção-Geral, quando necessário e
V - Elaborar ou rever minutas de despachos, ordens fundamentadamente, a prorrogação dos prazos previstos
de serviço, portarias e de outros atos administrativos próprios para conclusão dos trabalhos da Comissão;
da chefia; V - Estudar a legislação pertinente ao processo de
VI - Realizar estudos técnicos e emitir parecer de Tomada de Contas Especiais e verificar a ocorrência de
interesse da unidade; alterações legais principalmente junto ao Tribunal de Contas
VII - Executar tarefas técnicas e outras atribuições do Distrito Federal e Secretaria de Estado, Fazenda e
que lhe forem confiadas do interesse da unidade orgânica em Planejamento;
que estiver lotado. VI - Prestar informações sempre que solicitadas
VIII - Cumprir outras atividades que lhes forem pela Direção-Geral ou pelo Tribunal de Contas do Distrito
atribuídas; Federal.
IX - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, VII - Propor ao Diretor-Geral a indicação de seu
os regulamentos administrativos e leis em vigor. substituto;
VIII - Exercer rigoroso controle dos servidores em
Seção XIV - Dos Chefes de Serviço, Núcleo e Seção estágio probatório e avaliar o desempenho funcional dos
Art.115. Respeitadas as atribuições da unidade de servidores;
lotação, são atribuições dos Chefes de: Serviços, Núcleos e IX - Fazer cumprir os horários estabelecidos para
Seção: início e término do expediente;
I - Planejar, orientar, coordenar e controlar as X - Controlar o uso das viaturas policiais,
atividades técnicas e administrativas da unidade; procedendo, mensalmente, minuciosa vistoria do seu estado
II - Distribuir, orientar, supervisionar e controlar a de conservação;
execução dos serviços sob a responsabilidade da sua XI - Propor projetos de pesquisa e medidas, na área
unidade orgânica; de sua atribuição, com vista ao aprimoramento e
III - Propor ao superior hierárquico imediato, desenvolvimento das atividades da unidade sob sua
medidas corretivas diante de quaisquer deficiências ou responsabilidade executiva;
ocorrências relativas aos trabalhos sob sua responsabilidade, XII - Elaborar relatórios mensais e anuais das
quando a solução extrapolar sua esfera de atribuição atividades realizadas pela Comissão;
funcional. XIII - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento,
IV - Propor a indicação de seu substituto; os regulamentos administrativos e leis em vigor.
V - Exercer rigoroso controle dos servidores em XIV - Desempenhar outras atividades que se
estágio probatório e avaliar o desempenho funcional dos enquadrem no âmbito de suas atribuições.
demais servidores;
VI - Controlar a execução das atividades inerentes à Seção XVII – Do Superior-de-Dia
limpeza, manutenção, conservação e uso de bens móveis e Art.118. São atribuições do Superior-de-Dia:
imóveis à disposição da unidade orgânica. I - Contatar com o Diretor-Geral Adjunto da Polícia
VII - Cumprir outras atividades que lhes forem Civil às 19 (dezenove) horas nos dias úteis, relatando as
atribuídas; alterações verificadas durante o serviço e recebendo ou
VIII - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, entregando o livro próprio, conforme esteja iniciando ou
os regulamentos administrativos e leis em vigor. concluindo o cumprimento da missão;
II - Tomar conhecimento de todas as ordens em
Seção XV - Dos Secretários Administrativos vigor, assim que assumir o serviço, as quais serão mantidas
Art.116. São atribuições dos Secretários em coletânea especial, na sequência cronológica e
Administrativos: permanente, devidamente atualizadas;
126
III - Registrar, no livro próprio, as alterações os elementos que permitam formar juízo acerca da
verificadas durante o serviço e sugerir, se for o caso, as materialidade dos fatos e responsabilidade pelo prejuízo;
medidas pertinentes; VI - Preparar o Pronunciamento, com a
IV - Manter contato permanente com o Centro especificação das providências adotadas para resguardar o
Integrado de Atendimento e Despacho, mesmo durante as interesse público e evitar repetição do ocorrido;
refeições ou atendimento às ocorrências, fornecendo o VII - Cumprir o presente Regimento, regulamentos
prefixo da viatura policial em que se encontrar e o número do administrativos e leis em vigor.
telefone onde possa ser localizado; VIII - Desempenhar outras atividades que se
V - Visitar as Delegacias, Institutos e demais enquadrem no âmbito de suas atribuições.
unidades da Polícia Civil, conforme escala prévia ou sempre
que necessário, verificando detalhadamente a regularidade Seção XIX - Do Secretário Executivo da Comissão
dos serviços; Permanente da Tomada de Contas Especial
VI - Prestar apoio técnico e jurídico aos Delegados Art.120. São atribuições do Secretário Executivo da
de Plantão, sempre que solicitado; Comissão Permanente da Tomada de Contas Especial, tem
VII - Comunicar ao Diretor-Geral ou, em sua como atribuição:
ausência, ao Diretor-Geral Adjunto os fatos de natureza I - Controlar a entrada e saída de todo o expediente
grave e/ou relevante ocorridos durante o serviço; da Comissão Permanente da Tomada de Contas Especial e
VIII - Acompanhar e inteirar-se de ocorrências ainda, receber os dossiês, verificando seu transcurso;
envolvendo policiais civis; II - Controlar a formalização de dossiês em
IX - Manter contato com outras autoridades, sempre processos de Tomada de Contas Especiais;
que necessário ao serviço; III - Juntar os documentos em processos de
X - Acompanhar e supervisionar as ordens Tomada de Contas Especiais;
emanadas da Direção-Geral para cumprimento de planos de IV - Proceder com todos os atos formais e informais
operações policiais; das Tomada de Contas Especiais, quando determinado pela
XI - Supervisionar os serviços de plantão realizados Comissão ou resultante dos trabalhos realizados;
no Complexo da Polícia Civil; V - Lavrar os termos de depoimentos que devem ser
XII - Exercer outras tarefas expressamente assinados pelos depoentes e integrantes da comissão;
determinadas pelo Diretor-Geral ou pelo Diretor-Geral VI - Controlar os prazos e elaborar a Ata de
Adjunto da Polícia Civil; Encerramento dos processos;
XIII - Comunicar os fatos de natureza grave e/ou VII - Elaborar a estatística dos trabalhos da
relevantes às autoridades que deles devam tomar Comissão;
conhecimento, tendo em vista a natureza, localização e VIII - Controlar as folhas de ponto, férias, licenças,
repercussão. abonos, estágio probatório do pessoal da Comissão, assim
Parágrafo Único – São consideradas ocorrências de como confeccionar os mapas de ligações telefônicas;
natureza grave: IX - Controlar a movimentação de viatura,
a) Crimes, acidentes e qualquer outro incidente promovendo sua manutenção;
envolvendo autoridades federais, locais e membros do Corpo X - Expedir memorandos e ofícios relativos ao
Diplomático; expediente administrativo;
b) Motins e evasão de presos; XI - Controlar o patrimônio distribuído à Comissão;
c) Incêndios e desabamentos em áreas densamente XII - Controlar o material de expediente promovendo
povoadas; sua reposição quando necessário;
d) Acidentes aéreos, rodoviários, ferroviários ou XIII - Cumprir o presente Regimento, regulamentos
lacustres; administrativos e leis em vigor;
e) Sequestro de repercussão; XIV - Desempenhar outras atividades que se
f) Roubos em estabelecimentos bancários ou enquadrem no âmbito de suas atribuições.
empresas de transporte de valores;
g) Assalto com reféns; Seção XX - Do Presidente da Comissão Permanente de
h) Ocorrência de morte ou de lesão corporal de Disciplina
natureza grave em que figure como vítima servidor da Art.121. São atribuições do Presidente da Comissão
Secretaria de Estado de Segurança Pública ou órgãos Permanente de Disciplina:
vinculados, desde que no cumprimento do dever; I - Dirigir, coordenar e controlar a execução das
i) Outros eventos de grande repercussão. atividades das Seções que lhe são subordinadas;
II - Presidir audiências e administrar os trabalhos
Seção XVIII - Dos Membros da Comissão Permanente de inerentes à Comissão, zelando pelos processos e
Tomada de Contas Especial expedientes em tramitação;
Art.119. São atribuições dos membros da Comissão III - Autorizar a extração de cópias de processos
Permanente da Tomada de Contas Especial: arquivados na comissão;
I - Assessorar o Presidente da Comissão no IV - Expedir síntese das atividades desenvolvidas
desempenho de suas funções; pela Comissão;
II - Verificar a necessidade de formalização dos V - Solicitar das unidades competentes perícias,
dossiês em Processos de Tomada de Contas Especiais; laudos, pareceres e outras informações necessárias ao bom
III - Numerar e rubricar todas as folhas dos desempenho das atividades da Comissão;
Processos de Tomada de Contas Especiais, verificando sua VI - Propor a designação ou dispensa dos
correta numeração; ocupantes de função comissionada;
IV - Relatar os processos de Tomada de Contas VII - Autorizar, no curso do processo, o
Especiais, atentando para a observância do seu conteúdo afastamento do acusado quando este tiver que ausentar
mínimo; por mais de 3 (três) dias do Distrito Federal;
V - Analisar de forma clara e objetiva, juntamente VIII - Apresentar à Direção-Geral relatório
com o Presidente, a dinâmica dos fatos que façam referência conclusivo dos trabalhos da Comissão;
unicamente a Tomada de Contas Especiais, com apoio nas IX - Propor a indicação de seu substituto;
provas materiais e depoimentos coligidos, bem como todos
127
X - Exercer rigoroso controle dos servidores lotados de igual hierarquia, a Direção-Geral da Polícia Civil
na comissão, em estágio probatório e avaliar o respectivo estabelecerá regras de funcionamento interno de cada
desempenho funcional; unidade.
XI - Fazer cumprir os horários estabelecidos para
início e término do expediente; Art.126. A subordinação hierárquica das unidades
XII - Controlar o uso das viaturas policiais da carga da Polícia Civil é definida no enunciado de suas atribuições.
da comissão, promovendo mensalmente, minuciosa vistoria
do seu estado de conservação; Art.127. O Diretor-Geral da Polícia Civil é
XIII - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento, substituído em suas ausências e impedimentos eventuais
regulamentos administrativos e leis em vigor; pelo Diretor-Geral Adjunto da Polícia Civil e, na falta deste,
XIV - Desempenhar outras atividades que se pelo Corregedor-geral de Polícia.
enquadrem no âmbito de suas atribuições.
Art.128. Os Delegados de Polícia deverão
Seção XXI - Dos Vogais da Comissão Permanente de comparecer ao serviço trajando passeio completo, enquanto
Disciplina os demais servidores deverão fazê-lo em traje condigno com
Art.122. São atribuições dos Vogais da Comissão a função.
Permanente de Disciplina:
I - Assessorar o Presidente da Comissão no Art.129. Os padrões das edificações, mobiliários e
desempenho de suas funções administrativas; viaturas serão estabelecidos pelo Departamento de
II - Participar de todos os atos praticados no Administração Geral com a finalidade de uniformizar seus
andamento do processo; aspectos no âmbito da Polícia Civil.
III - Controlar os prazos dos processos e sugerir
diligências para elucidação do fato; Art.130. Os servidores pertencentes ao quadro de
IV - Substituir o Presidente durante os períodos de pessoal da Polícia Civil deverão fixar residência no Distrito
férias e eventuais licenças; Federal ou cidades do entorno, face ao regime de dedicação
V - Atender as determinações do Presidente; integral e exclusiva inerente à função policial.
VI - Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento,
regulamentos administrativos e leis em vigor. Art.131. É vedado o uso de bens pertencentes à
VII - Desempenhar outras atividades que se carga patrimonial da Polícia Civil para fins diversos da
enquadrem no âmbito de suas atribuições; atividade policial.
Seção XXII - Do Secretário da Comissão Art.132. Para fins do presente regimento, considera-
Art.123. São atribuições do Secretário da Comissão: se Supervisor de Dia o servidor escalado para representar o
I - Preparar autos de processos disciplinares; Diretor-Geral da PCDF no controle, supervisão, avaliação e
II - Lavrar os termos de inquirição e as atas relativas acompanhamento das atividades da Polícia Civil do Distrito
aos trabalhos da comissão; Federal, de acordo com o planejamento previamente
III - Secretariar e acompanhar a Comissão nos elaborado pela unidade, zelando pelo fiel cumprimento das
deslocamentos a outras Unidades da Federação, com o normas legais e regulamentares.
objetivo de inquirir testemunhas;
IV - Controlar os processos disciplinares, fixando a Art.133. Aos servidores lotados na Academia de
pauta de audiências com prévia anuência do Colegiado; Polícia Civil incumbe o dever de coordenar cursos,
V - Manter atualizados os registros de processos seminários, palestras e outros similares, ministrados naquele
disciplinares e suas anotações e averbações, com clareza, órgão ou sob sua responsabilidade.
objetividade e fidelidade;
VI - Observar os prazos previstos em lei; Art.134. Ao servidor policial incumbe o dever de
VII - Impedir que pessoas estranhas à Comissão desempenhar o magistério na Academia de Polícia Civil,
tenham acesso aos autos, a não ser com a permissão da quando indicado para compor o corpo docente de cursos,
autoridade competente; seminários, palestras e outros similares, a fim de contribuir
VIII - Prestar informações às partes interessadas com seus conhecimentos adquiridos na Instituição para a
sobre o andamento do processo, quando autorizado; formação e aperfeiçoamento dos demais servidores.
IX - Elaborar a correspondência pertinente aos
feitos disciplinares; TÍTULO VI
X - Manter sob sua custódia os objetos arrecadados Das Disposições Finais
e apreendidos, devidamente etiquetados, de forma a serem Art.136. Às autoridades policiais e aos demais
facilmente relacionados com os autos do Processo dirigentes das unidades da Polícia Civil incumbem zelar pelo
Disciplinar, enquanto permanecerem na Comissão; fiel cumprimento das disposições constantes do presente
XI - Autenticar fotocópias de procedimentos Regimento.
disciplinares e documentos diversos, solicitados por outras
unidades ou partes interessadas; Art.137. O presente regimento somente poderá ser
XII - Realizar o controle interno de dados dos alterado mediante ato do Governador do Distrito Federal.
Processos Disciplinares;
XIII - Desempenhar outras atividades que se Art.138. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na
enquadrem no âmbito de suas atribuições. implantação e execução deste Regimento serão dirimidos
pelo Diretor-Geral da Polícia Civil.
TÍTULO V
Das Disposições Gerais
Art.124. As unidades da Polícia Civil funcionarão em
regime de mútua colaboração, respeitadas as atribuições
específicas de cada uma.
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Atenção: Embora o edital não tenha feito menção expressa a diplomas normativos específicos de Direitos Humanos,
consideramos relevante a leitura das principais normas sobre o tema, uma vez que a cobrança pode incidir no tópico do
edital: “Tratados Internacionais de Direito Humanos.” Por esse motivo, incluímos nos dias 11, 12 e 13 diplomas
relevantes sobre Direito Humanos.
Considerando que os povos das Nações Unidas Art. 4º Ninguém será mantido em escravidão ou
reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão
fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana proibidos em todas as suas formas.
e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e
que decidiram promover o progresso social e melhores Art. 5º Ninguém será submetido à tortura, nem a
condições de vida em uma liberdade mais ampla, tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
CF/88. Art. 5º: III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram desumano ou degradante;
a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o
respeito universal aos direitos humanos e liberdades Art. 6º Toda pessoa tem o direito de ser, em todos
fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Considerando que uma compreensão comum desses Art. 7º Todos são iguais perante a lei e têm direito,
direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm
cumprimento desse compromisso, direito a igual proteção contra qualquer discriminação que
viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a
A Assembleia Geral proclama: tal discriminação.
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos Art. 8º Toda pessoa tem direito a receber dos
como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os
todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam
cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, São exemplos de remédios, previsto na Constituição Federal de 1988,
por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela para atos que violem direitos fundamentais: habeas corpus, habeas data,
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e mandado de segurança e ação popular.
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua
observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos
130
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou e
Art. 9º Ninguém será arbitrariamente preso, achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
detido ou exilado.
CF/88. Art. 5º: XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, Art. 14 - §1. Toda pessoa, vítima de perseguição,
XIX; tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
b) de caráter perpétuo; §2. Este direito não pode ser invocado em caso de
c) de trabalhos forçados; perseguição legitimamente motivada por crimes de direito
d) de banimento;
e) cruéis; comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e Nações Unidas.
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de CF/88. Art. 4º: X - Concessão de asilo político.
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à Art. 15 - §1. Toda pessoa tem direito a uma
pessoa por ele indicada; nacionalidade.
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de §2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
advogado;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade
judiciária; Art. 16 - Os homens e mulheres de maior idade,
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião,
a liberdade provisória, com ou sem fiança; têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família.
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel;
duração e sua dissolução.
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o §1. O casamento não será válido senão como o
que ficar preso além do tempo fixado na sentença; livre e pleno consentimento dos nubentes.
§2. A família é o núcleo natural e fundamental da
Art. 10 Toda pessoa tem direito, em plena sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.
igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um CF/88. Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do
tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus Estado.
direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação
criminal contra ele. Art. 17 - §1. Toda pessoa tem direito à
CF/88. Art. 5º: XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; propriedade, só ou em sociedade com outros.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade §2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua
competente; propriedade.
CF/88. Art. 5º: XXII - é garantido o direito de propriedade;
Art. 11 - §1. Toda pessoa acusada de um ato XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e
sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas Constituição;
todas as garantias necessárias à sua defesa. XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
§2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano;
ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
prática, era aplicável ao ato delituoso. meios de financiar o seu desenvolvimento;
CF/88. Art. 5º: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal; Art. 18 Toda pessoa tem direito à liberdade de
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de
pensamento, consciência e religião; este direito inclui a
sentença penal condenatória; liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática,
Art. 12 Ninguém será sujeito a interferências na sua pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em
vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua público ou em particular.
CF/88. Art. 5º: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação.
anonimato;
Toda pessoa tem direito à proteção da lei contratais V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
interferências ou ataques. indenização por dano material, moral ou à imagem;
CF/88. Art. 5º: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
material ou moral decorrente de sua violação; proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação obrigação legal a todos imposta e recusar- se a cumprir prestação
judicial; alternativa, fixada em lei;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último Art. 19 Toda pessoa tem direito à liberdade de
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
informações e ideias por quaisquer meios e
Art. 13 - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade
independentemente de fronteiras.
de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada
CF/88. Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e
Estado. a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão
§2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
país, inclusive o próprio, e a este regressar. § 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à
CF/88. Art. 5º: XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
permanecer ou dele sair com seus bens;
131
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e
artística. Art. 25 - §1. Toda pessoa tem direito a um padrão
de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e
Art. 20 - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade de bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
reunião e associação pacíficas. cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis,
§2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de e direito à segurança em caso de desemprego, doença,
uma associação. invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios
CF/88. Art. 5º: XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
vedada a de caráter paramilitar; §2. A maternidade e a infância têm direito a
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas
independem de autorização sendo vedada a interferência estatal em seu cuidados e assistência especiais. Todas as crianças,
funcionamento; nascidas dentro ou fora de matrimônio, gozarão da mesma
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter proteção social.
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro CF/88. Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
caso, o trânsito em julgado; trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
associado; desamparados, na forma desta Constituição.
132
Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e
na Declaração Universal dos Direitos do Homem, e que
foram reafirmados e desenvolvidos em outros instrumentos
internacionais, tanto de âmbito mundial como regional;
_____________________________________
02 Convieram no seguinte:
_____________________________________
03 PARTE I - DEVERES DOS ESTADOS E DIREITOS
PROTEGIDOS
_____________________________________
04
Capítulo I - ENUMERAÇÃO DOS DEVERES
Art. 1º Obrigação de respeitar os direitos
_____________________________________
05
1. Os Estados-partes nesta Convenção
comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela
_____________________________________
06
reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda
pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem
_____________________________________
07
discriminação alguma, por motivo de raça, cor, sexo,
idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra
_____________________________________
08
natureza, origem nacional ou social, posição econômica,
nascimento ou qualquer outra condição social.
_____________________________________
09
2. Para efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser
_____________________________________
10
humano.
_____________________________________
11
Art. 2º Dever de adotar disposições de direito
interno
_____________________________________
12
Se o exercício dos direitos e liberdades
mencionados no artigo 1 ainda não estiver garantido por
_____________________________________
13
disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados-
partes comprometem-se a adotar, de acordo com as suas
_____________________________________
14 normas constitucionais e com as disposições desta
Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que
_____________________________________
15 forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e
liberdades.
133
5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa 4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada
que, no momento da perpetração do delito, for menor de 18 das razões da detenção e notificada, sem demora, da
(dezoito) anos, ou maior de 70 (setenta), nem aplicá-la a acusação ou das acusações formuladas contra ela.
mulher em estado de gravidez. 5. Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser
6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra
solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais e
podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode tem o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser
executar a pena de morte enquanto o pedido estiver posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o
pendente de decisão ante a autoridade competente. processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias
que assegurem o seu comparecimento em juízo.
Art. 5º Direito à integridade pessoal 6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a
1. Toda pessoa tem direito a que se respeite sua recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este
integridade física, psíquica e moral. decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou
2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a detenção e ordene sua soltura, se a prisão ou a detenção
penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda forem ilegais. Nos Estados- partes cujas leis preveem que
pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito toda pessoa que se vir ameaçada de ser privada de sua
devido à dignidade inerente ao ser humano. liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal
3. A pena não pode passar da pessoa do competente, a fim de que este decida sobre a legalidade de
delinquente. tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem abolido.
4. Os processados devem ficar separados dos O recurso pode ser interposto pela própria pessoa ou por
condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e devem outra pessoa.
ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de 7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este
pessoas não condenadas. princípio não limita os mandados de autoridade judiciária
5. Os menores, quando puderem ser processados, competente expedidos em virtude de inadimplemento de
devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal obrigação alimentar.
especializado, com a maior rapidez possível, para seu STF: Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil de depositário infiel,
tratamento. qualquer que seja a modalidade do depósito.
6. As penas privativas de liberdade devem ter por
finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos Art. 8º Garantias judiciais
condenados. 1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com
as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um
Art. 6º Proibição da escravidão e da servidão juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial,
1. Ninguém poderá ser submetido a escravidão ou estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer
servidão e tanto estas como o tráfico de escravos e o acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de
tráfico de mulheres são proibidos em todas as suas formas. seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal
2. Ninguém deve ser constrangido a executar ou de qualquer outra natureza.
trabalho forçado ou obrigatório. Nos países em que se 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a
prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade que se presuma sua inocência, enquanto não for
acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda
pode ser interpretada no sentido de proibir o cumprimento da pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes
dita pena, imposta por um juiz ou tribunal competente. O garantias mínimas:
trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente
capacidade física e intelectual do recluso. por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não
3. Não constituem trabalhos forçados ou fale a língua do juízo ou tribunal;
obrigatórios para os efeitos deste artigo: b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado
a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos da acusação formulada;
de pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou c) concessão ao acusado do tempo e dos meios
resolução formal expedida pela autoridade judiciária necessários à preparação de sua defesa;
competente. Tais trabalhos ou serviços devem ser d) direito do acusado de defender-se pessoalmente
executados sob a vigilância e controle das autoridades ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de
públicas, e os indivíduos que os executarem não devem ser comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;
postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas e) direito irrenunciável de ser assistido por um
jurídicas de caráter privado; defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não,
b) serviço militar e, nos países em que se admite a segundo a legislação interna, se o acusado não se defender
isenção por motivo de consciência, qualquer serviço nacional ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo
que a lei estabelecer em lugar daquele; estabelecido pela lei;
c) o serviço exigido em casos de perigo ou de f) direito da defesa de inquirir as testemunhas
calamidade que ameacem a existência ou o bem-estar da presentes no Tribunal e de obter o comparecimento, como
comunidade; testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam
d) o trabalho ou serviço que faça parte das lançar luz sobre os fatos;
obrigações cívicas normais. g) direito de não ser obrigada a depor contra si
mesma, nem a confessar-se culpada; e
Art. 7º Direito à liberdade pessoal h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal
1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à superior.
segurança pessoais. 3. A confissão do acusado só é válida se feita sem
2. Ninguém pode ser privado de sua liberdade coação de nenhuma natureza.
física, salvo pelas causas e nas condições previamente 4. O acusado absolvido por sentença transitada em
fixadas pelas Constituições políticas dos Estados-partes ou julgado não poderá ser submetido a novo processo pelos
pelas leis de acordo com elas promulgadas. mesmos fatos.
3. Ninguém pode ser submetido a detenção ou 5. O processo penal deve ser público, salvo no que
encarceramento arbitrários. for necessário para preservar os interesses da justiça.
134
Art. 9º Princípio da legalidade e da retroatividade 5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da
Ninguém poderá ser condenado por atos ou guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial
omissões que, no momento em que foram cometidos, não ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à
constituam delito, de acordo com o direito aplicável. hostilidade, ao crime ou à violência.
Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a
aplicável no momento da ocorrência do delito. Se, depois de Art. 14 Direito de retificação ou resposta
perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de pena mais 1. Toda pessoa, atingida por informações inexatas
leve, o delinquente deverá dela beneficiar-se. ou ofensivas emitidas em seu prejuízo por meios de difusão
legalmente regulamentados e que se dirijam ao público em
Art. 10 Direito à indenização geral, tem direito a fazer, pelo mesmo órgão de difusão, sua
Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme retificação ou resposta, nas condições que estabeleça a lei.
a lei, no caso de haver sido condenada em sentença 2. Em nenhum caso a retificação ou a resposta
transitada em julgado, por erro judiciário. eximirão das outras responsabilidades legais em que se
houver incorrido.
Art. 11 Proteção da honra e da dignidade 3. Para a efetiva proteção da honra e da reputação,
1. Toda pessoa tem direito ao respeito da sua honra toda publicação ou empresa jornalística, cinematográfica, de
e ao reconhecimento de sua dignidade. rádio ou televisão, deve ter uma pessoa responsável, que
2. Ninguém pode ser objeto de ingerências não seja protegida por imunidades, nem goze de foro
arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, em sua família, especial.
em seu domicílio ou em sua correspondência, nem de
ofensas ilegais à sua honra ou reputação. Art. 15 Direito de reunião
3. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra É reconhecido o direito de reunião pacífica e sem
tais ingerências ou tais ofensas. armas. O exercício desse direito só pode estar sujeito às
restrições previstas em lei e que se façam necessárias, em
Art. 12 Liberdade de consciência e de religião uma sociedade democrática, ao interesse da segurança
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de nacional, da segurança ou ordem públicas, ou para proteger
consciência e de religião. Esse direito implica a liberdade de a saúde ou a moral pública ou os direitos e as liberdades das
conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de demais pessoas.
religião ou de crenças, bem como a liberdade de professar e
divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou Art. 16 Liberdade de associação
coletivamente, tanto em público como em privado. 1. Todas as pessoas têm o direito de associar-se
2. Ninguém pode ser submetido a medidas livremente com fins ideológicos, religiosos, políticos,
restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua econômicos, trabalhistas, sociais, culturais, desportivos ou de
religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de qualquer outra natureza.
crenças. 2. O exercício desse direito só pode estar sujeito às
3. A liberdade de manifestar a própria religião e as restrições previstas em lei e que se façam necessárias, em
próprias crenças está sujeita apenas às limitações previstas uma sociedade democrática, ao interesse da segurança
em lei e que se façam necessárias para proteger a nacional, da segurança e da ordem públicas, ou para
segurança, a ordem, a saúde ou a moral pública ou os proteger a saúde ou a moral pública ou os direitos e as
direitos e as liberdades das demais pessoas. liberdades das demais pessoas.
4. Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm 3. O presente artigo não impede a imposição de
direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação restrições legais, e mesmo a privação do exercício do direito
religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias de associação, aos membros das forças armadas e da
convicções. polícia.
135
forma de assegurar a todos esses direitos, mediante nomes voto secreto, que garantam a livre expressão da vontade dos
fictícios, se for necessário. eleitores; e
c) de ter acesso, em condições gerais de igualdade,
Art. 19 Direitos da criança às funções públicas de seu país.
Toda criança terá direito às medidas de proteção 2. A lei pode regular o exercício dos direitos e
que a sua condição de menor requer, por parte da sua oportunidades, a que se refere o inciso anterior,
família, da sociedade e do Estado. exclusivamente por motivo de idade, nacionalidade,
residência, idioma, instrução, capacidade civil ou mental, ou
Art. 20 Direito à nacionalidade condenação, por juiz competente, em processo penal.
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Art. 24 - Igualdade perante a lei
Estado em cujo território houver nascido, se não tiver direito a Todas as pessoas são iguais perante a lei. Por
outra. conseguinte, têm direito, sem discriminação alguma, à igual
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua proteção da lei.
nacionalidade, nem do direito de mudá-la.
Art. 25 - Proteção judicial
Art. 21 Direito à propriedade privada 1. Toda pessoa tem direito a um recurso simples e
1.Toda pessoa tem direito ao uso e gozo de seus rápido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízes
bens. A lei pode subordinar esse uso e gozo ao interesse ou tribunais competentes, que a proteja contra atos que
social. violem seus direitos fundamentais reconhecidos pela
2.Nenhuma pessoa pode ser privada de seus Constituição, pela lei ou pela presente Convenção, mesmo
bens, salvo mediante o pagamento de indenização justa, quando tal violação seja cometida por pessoas que estejam
por motivo de utilidade pública ou de interesse social e atuando no exercício de suas funções oficiais.
nos casos e na forma estabelecidos pela lei. 2. Os Estados-partes comprometem-se:
3.Tanto a usura, como qualquer outra forma de a) a assegurar que a autoridade competente
exploração do homem pelo homem, deve ser reprimida pela prevista pelo sistema legal do Estado decida sobre os direitos
lei. de toda pessoa que interpuser tal recurso;
b) a desenvolver as possibilidades de recurso
Art. 22 Direito de circulação e de residência judicial; e
1. Toda pessoa que se encontre legalmente no c) a assegurar o cumprimento, pelas autoridades
território de um Estado tem o direito de nele livremente competentes, de toda decisão em que se tenha considerado
circular e de nele residir, em conformidade com as procedente o recurso.
disposições legais.
2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente de Capítulo III - DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E
qualquer país, inclusive de seu próprio país. CULTURAIS
3. O exercício dos direitos supracitados não pode Art. 26 Desenvolvimento progressivo
ser restringido, senão em virtude de lei, na medida Os Estados-partes comprometem-se a adotar as
indispensável, em uma sociedade democrática, para prevenir providências, tanto no âmbito interno, como mediante
infrações penais ou para proteger a segurança nacional, a cooperação internacional, especialmente econômica e
segurança ou a ordem pública, a moral ou a saúde pública, técnica, a fim de conseguir progressivamente a plena
ou os direitos e liberdades das demais pessoas. efetividade dos direitos que decorrem das normas
4. O exercício dos direitos reconhecidos no inciso 1 econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura,
pode também ser restringido pela lei, em zonas constantes da Carta da Organização dos Estados
determinadas, por motivo de interesse público. Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na
5. Ninguém pode ser expulso do território do Estado medida dos recursos disponíveis, por via legislativa ou por
do qual for nacional e nem ser privado do direito de nele outros meios apropriados.
entrar.
6. O estrangeiro que se encontre legalmente no Capítulo IV - SUSPENSÃO DE GARANTIAS,
território de um Estado-parte na presente Convenção só INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO
poderá dele ser expulso em decorrência de decisão adotada Art. 27 Suspensão de garantias
em conformidade com a lei. 1. Em caso de guerra, de perigo público, ou de
7. Toda pessoa tem o direito de buscar e receber outra emergência que ameace a independência ou
asilo em território estrangeiro, em caso de perseguição por segurança do Estado-parte, este poderá adotar as
delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos, de disposições que, na medida e pelo tempo estritamente
acordo com a legislação de cada Estado e com as limitados às exigências da situação, suspendam as
Convenções internacionais. obrigações contraídas em virtude desta Convenção, desde
8. Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso que tais disposições não sejam incompatíveis com as demais
ou entregue a outro país, seja ou não de origem, onde seu obrigações que lhe impõe o Direito Internacional e não
direito à vida ou à liberdade pessoal esteja em risco de encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça,
violação em virtude de sua raça, nacionalidade, religião, cor, sexo, idioma, religião ou origem social.
condição social ou de suas opiniões políticas. 2. A disposição precedente não autoriza a
9. É proibida a expulsão coletiva de suspensão dos direitos determinados nos seguintes
estrangeiros. artigos: 3 (direito ao reconhecimento da personalidade
jurídica), 4 (direito à vida), 5 (direito à integridade
Art. 23 Direitos políticos pessoal), 6 (proibição da escravidão e da servidão), 9
1. Todos os cidadãos devem gozar dos seguintes (princípio da legalidade e da retroatividade), 12 (liberdade
direitos e oportunidades: de consciência e religião), 17 (proteção da família), 18
a) de participar da condução dos assuntos públicos, (direito ao nome), 19 (direitos da criança), 20 (direito à
diretamente ou por meio de representantes livremente nacionalidade) e 23 (direitos políticos), nem das garantias
eleitos; indispensáveis para a proteção de tais direitos.
b) de votar e ser eleito em eleições periódicas, 3. Todo Estado-parte no presente Pacto que fizer
autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e por uso do direito de suspensão deverá comunicar
136
imediatamente aos outros Estados-partes na presente compromissos assumidos pelos Estados-partes nesta
Convenção, por intermédio do Secretário Geral da Convenção:
Organização dos Estados Americanos, as disposições cuja a) a Comissão Interamericana de Direitos Humanos,
aplicação haja suspendido, os motivos determinantes da doravante denominada a Comissão; e
suspensão e a data em que haja dado por terminada tal b) a Corte Interamericana de Direitos Humanos,
suspensão. doravante denominada a Corte.
137
e) atender às consultas que, por meio da Secretaria d) que, no caso do artigo 44, a petição contenha o
Geral da Organização dos Estados Americanos, lhe nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio e a assinatura
formularem os Estados-membros sobre questões da pessoa ou pessoas ou do representante legal da entidade
relacionadas com os direitos humanos e, dentro de suas que submeter a petição.
possibilidades, prestar-lhes o assessoramento que lhes 2. As disposições das alíneas "a" e "b" do inciso 1
solicitarem; deste artigo não se aplicarão quando:
f) atuar com respeito às petições e outras a) não existir, na legislação interna do Estado de
comunicações, no exercício de sua autoridade, de que se tratar, o devido processo legal para a proteção do
conformidade com o disposto nos artigos 44 a 51 desta direito ou direitos que se alegue tenham sido violados;
Convenção; e b) não se houver permitido ao presumido
g) apresentar um relatório anual à Assembleia Geral prejudicado em seus direitos o acesso aos recursos da
da Organização dos Estados Americanos. jurisdição interna, ou houver sido ele impedido de esgotá-los;
e
Art. 42 Os Estados-partes devem submeter à c) houver demora injustificada na decisão sobre os
Comissão cópia dos relatórios e estudos que, em seus mencionados recursos.
respectivos campos, submetem anualmente às Comissões
Executivas do Conselho Interamericano Econômico e Social Art. 47 A Comissão declarará inadmissível toda
e do Conselho Interamericano de Educação, Ciência e petição ou comunicação apresentada de acordo com os
Cultura, a fim de que aquela zele para que se promovam os artigos 44 ou 45 quando:
direitos decorrentes das normas econômicas, sociais e sobre a) não preencher algum dos requisitos
educação, ciência e cultura, constantes da Carta da estabelecidos no artigo 46;
Organização dos Estados Americanos, reformada pelo b) não expuser fatos que caracterizem violação dos
Protocolo de Buenos Aires. direitos garantidos por esta Convenção;
c) pela exposição do próprio peticionário ou do
Art. 43 Os Estados-partes obrigam-se a Estado, for manifestamente infundada a petição ou
proporcionar à Comissão as informações que esta lhes comunicação ou for evidente sua total improcedência; ou
solicitar sobre a maneira pela qual seu direito interno d) for substancialmente reprodução de petição ou
assegura a aplicação efetiva de quaisquer disposições desta comunicação anterior, já examinada pela Comissão ou por
Convenção. outro organismo internacional.
138
Art. 49 Se se houver chegado a uma solução da referida eleição, determinar-se-ão por sorteio, na
amistosa de acordo com as disposições do inciso 1, "f", do Assembleia Geral, os nomes desses três juízes.
artigo 48, a Comissão redigirá um relatório que será 2. O juiz eleito para substituir outro, cujo mandato
encaminhado ao peticionário e aos Estados-partes nesta não haja expirado, completará o período deste.
Convenção e posteriormente transmitido, para sua 3. Os juízes permanecerão em suas funções até o
publicação, ao Secretário Geral da Organização dos Estados término dos seus mandatos. Entretanto, continuarão
Americanos. O referido relatório conterá uma breve funcionando nos casos de que já houverem tomado
exposição dos fatos e da solução alcançada. Se qualquer das conhecimento e que se encontrem em fase de sentença e,
partes no caso o solicitar, ser-lhe-á proporcionada a mais para tais efeitos, não serão substituídos pelos novos juízes
ampla informação possível. eleitos.
Art. 50 - 1. Se não se chegar a uma solução, e Art. 55 - 1. O juiz, que for nacional de algum dos
dentro do prazo que for fixado pelo Estatuto da Comissão, Estados-partes em caso submetido à Corte, conservará o seu
esta redigirá um relatório no qual exporá os fatos e suas direito de conhecer do mesmo.
conclusões. Se o relatório não representar, no todo ou em 2. Se um dos juízes chamados a conhecer do caso
parte, o acordo unânime dos membros da Comissão, for de nacionalidade de um dos Estados-partes, outro
qualquer deles poderá agregar ao referido relatório seu voto Estado-parte no caso poderá designar uma pessoa de sua
em separado. Também se agregarão ao relatório as escolha para integrar a Corte, na qualidade de juiz ad hoc.
exposições verbais ou escritas que houverem sido feitas 3. Se, dentre os juízes chamados a conhecer do
pelos interessados em virtude do inciso 1, "e", do artigo 48. caso, nenhum for da nacionalidade dos Estados-partes, cada
2. O relatório será encaminhado aos Estados um destes poderá designar um juiz ad hoc.
interessados, aos quais não será facultado publicá-lo. 4. O juiz ad hoc deve reunir os requisitos indicados
3. Ao encaminhar o relatório, a Comissão pode no artigo 52.
formular as proposições e recomendações que julgar 5. Se vários Estados-partes na Convenção tiverem
adequadas. o mesmo interesse no caso, serão considerados como uma
só parte, para os fins das disposições anteriores. Em caso de
Art. 51 - 1. Se no prazo de três meses, a partir da dúvida, a Corte decidirá.
remessa aos Estados interessados do relatório da Comissão,
o assunto não houver sido solucionado ou submetido à Art. 56 O quórum para as deliberações da Corte é
decisão da Corte pela Comissão ou pelo Estado interessado, constituído por cinco juízes.
aceitando sua competência, a Comissão poderá emitir, pelo
voto da maioria absoluta dos seus membros, sua opinião e Art. 57 A Comissão comparecerá em todos os casos
conclusões sobre a questão submetida à sua consideração. perante a Corte.
2. A Comissão fará as recomendações pertinentes e
fixará um prazo dentro do qual o Estado deve tomar as Art.58 - 1. A Corte terá sua sede no lugar que for
medidas que lhe competir para remediar a situação determinado, na Assembleia Geral da Organização, pelos
examinada. Estados-partes na Convenção, mas poderá realizar reuniões
3. Transcorrido o prazo fixado, a Comissão decidirá, no território de qualquer Estado-membro da Organização dos
pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, se o Estados Americanos em que considerar conveniente, pela
Estado tomou ou não as medidas adequadas e se pública ou maioria dos seus membros e mediante prévia aquiescência
não seu relatório. do Estado respectivo. Os Estados-partes na Convenção
podem, na Assembleia Geral, por dois terços dos seus votos,
Capítulo VIII - CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS mudar a sede da Corte.
HUMANOS 2. A Corte designará seu Secretário.
Seção 1 - Organização 3. O Secretário residirá na sede da Corte e deverá
Art. 52 - 1. A Corte compor-se-á de 7 (sete) juízes, assistir às reuniões que ela realizar fora da mesma.
nacionais dos Estados-membros da Organização, eleitos a
título pessoal dentre juristas da mais alta autoridade moral, Art. 59 A Secretaria da Corte será por esta
de reconhecida competência em matéria de direitos estabelecida e funcionará sob a direção do Secretário Geral
humanos, que reúnam as condições requeridas para o da Organização em tudo o que não for incompatível com a
exercício das mais elevadas funções judiciais, de acordo com independência da Corte. Seus funcionários serão nomeados
a lei do Estado do qual sejam nacionais, ou do Estado que os pelo Secretário Geral da Organização, em consulta com o
propuser como candidatos. Secretário da Corte.
2. Não deve haver 2 (dois) juízes da mesma
nacionalidade. Art. 60 A Corte elaborará seu Estatuto e submetê-lo-
á à aprovação da Assembleia Geral e expedirá seu
Art. 53 - 1. Os juízes da Corte serão eleitos, em Regimento.
votação secreta e pelo voto da maioria absoluta dos
Estados-partes na Convenção, na Assembleia Geral da Seção 2 - Competência e funções
Organização, a partir de uma lista de candidatos propostos Art. 61 - 1. Somente os Estados-partes e a
pelos mesmos Estados. Comissão têm direito de submeter um caso à decisão da
2. Cada um dos Estados-partes pode propor até três Corte.
candidatos, nacionais do Estado que os propuser ou de 2. Para que a Corte possa conhecer de qualquer
qualquer outro Estado-membro da Organização dos Estados caso, é necessário que sejam esgotados os processos
Americanos. Quando se propuser uma lista de três previstos nos artigos 48 a 50.
candidatos, pelo menos um deles deverá ser nacional do
Estado diferente do proponente. Art. 62 - 1. Todo Estado-parte pode, no momento do
depósito do seu instrumento de ratificação desta Convenção
Art. 54 - 1. Os juízes da Corte serão eleitos por um ou de adesão a ela, ou em qualquer momento posterior,
período de 6 (seis) anos e só poderão ser reeleitos uma declarar que reconhece como obrigatória, de pleno direito e
vez. O mandato de três dos juízes designados na primeira sem convenção especial, a competência da Corte em todos
eleição expirará ao cabo de três anos. Imediatamente depois
139
os casos relativos à interpretação ou aplicação desta processo interno vigente para a execução de sentenças
Convenção. contra o Estado.
2. A declaração pode ser feita incondicionalmente,
ou sob condição de reciprocidade, por prazo determinado ou Art. 69 - A sentença da Corte deve ser notificada às
para casos específicos. Deverá ser apresentada ao partes no caso e transmitida aos Estados-partes na
Secretário Geral da Organização, que encaminhará cópias da Convenção.
mesma a outros Estados-membros da Organização e ao
Secretário da Corte. Capítulo IX - DISPOSIÇÕES COMUNS
3. A Corte tem competência para conhecer de Art. 70 - 1. Os juízes da Corte e os membros da
qualquer caso, relativo à interpretação e aplicação das Comissão gozam, desde o momento da eleição e enquanto
disposições desta Convenção, que lhe seja submetido, desde durar o seu mandato, das imunidades reconhecidas aos
que os Estados-partes no caso tenham reconhecido ou agentes diplomáticos pelo Direito Internacional. Durante o
reconheçam a referida competência, seja por declaração exercício dos seus cargos gozam, além disso, dos privilégios
especial, como preveem os incisos anteriores, seja por diplomáticos necessários para o desempenho de suas
convenção especial. funções.
2. Não se poderá exigir responsabilidade em
Art. 63 - 1. Quando decidir que houve violação de tempo algum dos juízes da Corte, nem dos membros da
um direito ou liberdade protegidos nesta Convenção, a Corte Comissão, por votos e opiniões emitidos no exercício de
determinará que se assegure ao prejudicado o gozo do seu suas funções.
direito ou liberdade violados. Determinará também, se isso
for procedente, que sejam reparadas as consequências da Art. 71 Os cargos de juiz da Corte ou de membro da
medida ou situação que haja configurado a violação desses Comissão são incompatíveis com outras atividades que
direitos, bem como o pagamento de indenização justa à parte possam afetar sua independência ou imparcialidade,
lesada. conforme o que for determinado nos respectivos Estatutos.
2. Em casos de extrema gravidade e urgência, e
quando se fizer necessário evitar danos irreparáveis às Art. 72 Os juízes da Corte e os membros da
pessoas, a Corte, nos assuntos de que estiver conhecendo, Comissão perceberão honorários e despesas de viagem na
poderá tomar as medidas provisórias que considerar forma e nas condições que determinarem os seus Estatutos,
pertinentes. Se se tratar de assuntos que ainda não levando em conta a importância e independência de suas
estiverem submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar a funções. Tais honorários e despesas de viagem serão fixados
pedido da Comissão. no orçamento-programa da Organização dos Estados
Americanos, no qual devem ser incluídas, além disso, as
Art. 64 - 1. Os Estados-membros da Organização despesas da Corte e da sua Secretaria. Para tais efeitos, a
poderão consultar a Corte sobre a interpretação desta Corte elaborará o seu próprio projeto de orçamento e
Convenção ou de outros tratados concernentes à proteção submetê-lo-á à aprovação da Assembleia Geral, por
dos direitos humanos nos Estados americanos. Também intermédio da Secretaria Geral. Esta última não poderá nele
poderão consultá-la, no que lhes compete, os órgãos introduzir modificações.
enumerados no capítulo X da Carta da Organização dos
Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Art. 73 Somente por solicitação da Comissão ou da
Aires. Corte, conforme o caso, cabe à Assembleia Geral da
2. A Corte, a pedido de um Estado-membro da Organização resolver sobre as sanções aplicáveis aos
Organização, poderá emitir pareceres sobre a membros da Comissão ou aos juízes da Corte que
compatibilidade entre qualquer de suas leis internas e os incorrerem nos casos previstos nos respectivos Estatutos.
mencionados instrumentos internacionais. Para expedir uma resolução, será necessária maioria de dois
terços dos votos dos Estados-membros da Organização, no
Art. 65 A Corte submeterá à consideração da caso dos membros da Comissão; e, além disso, de dois
Assembleia Geral da Organização, em cada período ordinário terços dos votos dos Estados-partes na Convenção, se se
de sessões, um relatório sobre as suas atividades no ano tratar dos juízes da Corte.
anterior. De maneira especial, e com as recomendações
pertinentes, indicará os casos em que um Estado não tenha PARTE III - DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
dado cumprimento a suas sentenças. Capítulo X - ASSINATURA, RATIFICAÇÃO, RESERVA,
EMENDA, PROTOCOLO E DENÚNCIA
Seção 3 - Processo Art. 74 - 1. Esta Convenção está aberta à assinatura
Art. 66 - 1. A sentença da Corte deve ser e à ratificação de todos os Estados-membros da Organização
fundamentada. dos Estados Americanos.
2. Se a sentença não expressar no todo ou em 2. A ratificação desta Convenção ou a adesão a ela
parte a opinião unânime dos juízes, qualquer deles terá efetuar-se-á mediante depósito de um instrumento de
direito a que se agregue à sentença o seu voto dissidente ou ratificação ou adesão na Secretaria Geral da Organização
individual. dos Estados Americanos. Esta Convenção entrará em vigor
logo que onze Estados houverem depositado os seus
Art. 67 A sentença da Corte será definitiva e respectivos instrumentos de ratificação ou de adesão. Com
inapelável. Em caso de divergência sobre o sentido ou referência a qualquer outro Estado que a ratificar ou que a
alcance da sentença, a Corte interpretá-la-á, a pedido de ela aderir ulteriormente, a Convenção entrará em vigor na
qualquer das partes, desde que o pedido seja apresentado data do depósito do seu instrumento de ratificação ou
dentro de noventa dias a partir da data da notificação da adesão.
sentença. 3. O Secretário Geral comunicará todos os Estados-
membros da Organização sobre a entrada em vigor da
Art. 68 - 1. Os Estados-partes na Convenção Convenção.
comprometem-se a cumprir a decisão da Corte em todo caso
em que forem partes. Art. 75 Esta Convenção só pode ser objeto de
2. A parte da sentença que determinar indenização reservas em conformidade com as disposições da
compensatória poderá ser executada no país respectivo pelo
140
Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, assinada
em 23 de maio de 1969. Art. 82 A eleição dos juízes da Corte far-se-á dentre
os candidatos que figurem na lista a que se refere o artigo 81,
Art. 76 - 1. Qualquer Estado-parte, diretamente, e a por votação secreta dos Estados-partes, na Assembleia
Comissão e a Corte, por intermédio do Secretário Geral, Geral, e serão declarados eleitos os candidatos que
podem submeter à Assembleia Geral, para o que julgarem obtiverem o maior número de votos e a maioria absoluta dos
conveniente, proposta de emendas a esta Convenção. votos dos representantes dos Estados-partes. Se, para
2. Tais emendas entrarão em vigor para os Estados eleger todos os juízes da Corte, for necessário realizar várias
que as ratificarem, na data em que houver sido depositado o votações, serão eliminados sucessivamente, na forma que for
respectivo instrumento de ratificação, por dois terços dos determinada pelos Estados-partes, os candidatos que
Estados-partes nesta Convenção. Quanto aos outros receberem menor número de votos.
Estados-partes, entrarão em vigor na data em que eles
depositarem os seus respectivos instrumentos de ratificação.
Adotada e aberta à assinatura na Conferência Especializada
Art. 77 - 1. De acordo com a faculdade estabelecida Interamericana sobre Direitos Humanos, em San José de
no artigo 31, qualquer Estado- parte e a Comissão podem Costa Rica, em 22.11.1969 - ratificada pelo Brasil em
submeter à consideração dos Estados-partes reunidos por 25.09.1992
ocasião da Assembleia Geral projetos de Protocolos
adicionais a esta Convenção, com a finalidade de incluir
progressivamente, no regime de proteção da mesma, outros
direitos e liberdades.
2. Cada Protocolo deve estabelecer as modalidades
de sua entrada em vigor e será aplicado somente entre os
Estados-partes no mesmo.
1 2 3 4 5 6
Art. 78 - 1. Os Estados-partes poderão denunciar
esta Convenção depois de expirado o prazo de cinco anos, a
partir da data em vigor da mesma e mediante aviso prévio de
um ano, notificando o Secretário Geral da Organização, o
qual deve informar as outras partes.
2. Tal denúncia não terá o efeito de desligar o
Estado-parte interessado das obrigações contidas nesta
Convenção, no que diz respeito a qualquer ato que, podendo
1 2 3 4 5 6
constituir violação dessas obrigações, houver sido cometido
por ele anteriormente à data na qual a denúncia produzir
efeito.
_____________________________________
01
141
religião, opinião política ou de qualquer outra natureza,
origem nacional ou social, situação.
Pacto Internacional dos Direitos §2. Na ausência de medidas legislativas ou de outra
Civis e Políticos (1966) natureza destinadas a tornar efetivos os direitos
reconhecidos no presente Pacto, os Estados-partes
comprometem-se a tomar as providências necessárias, com
Preâmbulo sitas a adotá-las, levando em consideração seus respectivos
Os Estados-partes no Presente Pacto, procedimentos constitucionais e as disposições do presente
Pacto.
Considerando que, em conformidade com os princípios §3. Os Estados-partes comprometem-se a:
proclamados na Carta das Nações Unidas, o 1.garantir que toda pessoa, cujos direitos e
reconhecimento da dignidade inerente a todos os liberdades reconhecidos no presente Pacto hajam sido
membros da família humana e dos seus direitos iguais e violados, possa dispor de um recurso efetivo, mesmo que a
inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da violência tenha sido perpetrada por pessoas que agiam no
justiça e da paz no mundo, exercício de funções oficiais;
2.garantir que toda pessoa que interpuser tal
Reconhecendo que esses direitos decorrem da dignidade recurso terá seu direito determinado pela competente
inerente à pessoa humana, autoridade judicial, administrativa ou legislativa ou por
qualquer outra autoridade competente prevista no
Reconhecendo que, em conformidade com a Declaração ordenamento jurídico do Estado em questão e a desenvolver
Universal dos Direitos Humanos, o ideal do ser humano as possibilidades de recurso judicial;
livre, no gozo das liberdades civis e políticas e liberto do 3.garantir o cumprimento, pelas autoridades
temor e da miséria, não pode ser realizado, a menos que competentes, de qualquer decisão que julgar procedente tal
se criem as condições que permitam a cada um gozar de recurso.
seus direitos civis e políticas, assim como de seus
direitos econômicos, sociais e culturais, Art. 3º Os Estados-partes no presente Pacto
comprometem-se a assegurar a homens e mulheres
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos igualdade no gozo de todos os direitos civis e políticos
Estados a obrigação de promover o respeito universal e enunciados no presente Pacto.
efetivo dos direitos e das liberdades da pessoa humana,
Art. 4º - §1. Quando situações excepcionais
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres para com ameacem a existência da nação e sejam proclamadas
seus semelhantes e para com a coletividade a que pertence, oficialmente, os Estados-partes no presente Pacto
tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos podem adotar, na estrita medida em que a situação o exigir,
direitos reconhecidos no presente Pacto, medidas que suspendam as obrigações decorrentes do
presente Pacto, desde que tais medidas não sejam
Acordam o seguinte: incompatíveis com as demais obrigações que lhes sejam
impostas pelo Direito Internacional e não acarretem
PARTE I discriminação alguma apenas por motivo de raça, cor, sexo,
Art. 1º - §1. Todos os povos têm direito à língua, religião ou origem social. (Derrogação temporária das
autodeterminação. Em virtude desse direito, determinam obrigações do Pacto)
livremente seu estatuto político e asseguram livremente seu §2. A disposição precedente não autoriza qualquer
desenvolvimento econômico, social e cultural. derrogação dos artigos 6º. 7º, 8º (parágrafos 1º e 2º), 11, 15,
A autodeterminação dos povos é um dos princípios adotado pelo Brasil 16 e 18.
em suas relações internacionais (art. 4º, III, da CF). §3. Os Estados-partes no presente Pacto que
fizerem uso do direito de derrogação devem comunicar
§2. Para a consecução de seus objetivos, todos os
imediatamente aos outros Estados-partes no presente Pacto,
povos podem dispor livremente de suas riquezas e de
por intermédio do Secretário Geral da organização das
seus recursos naturais, sem prejuízo das obrigações
Nações Unidas, as disposições que tenham derrogado, bem
decorrentes da cooperação econômica internacional,
como os motivos de tal derrogação. Os Estados-partes
baseada no princípio do proveito mútuo e do Direito
deverão fazer uma nova comunicação igualmente por
Internacional. Em caso algum poderá um povo ser privado de
intermédio do Secretário Geral das Nações Unidas, na data
seus próprios meios de subsistência.
em que terminar tal suspensão.
§3. Os Estados-partes no presente Pacto, inclusive
aqueles que tenham a responsabilidade de administrar
Art. 5º - §1 – Nenhuma disposição do presente
territórios não autônomos e territórios sob tutela, deverão
Pacto poderá ser interpretada no sentido de reconhecer a
promover o exercício do direito à autodeterminação e
um Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de deixar-se a
respeitar esse direito, em conformidade com as disposições
quaisquer atividades ou de praticar quaisquer atos que
da Carta das Nações Unidas.
tenham por objetivo destruir os direitos ou liberdades
reconhecidos no presente Pacto por ou impor-lhes limitações
PARTE II
mais amplas do que aquelas nele previstas.
Art. 2º - §1. Os Estados-partes no presente Pacto
§2. Não se admitirá qualquer restrição ou
comprometem-se a garantir a todos os indivíduos que se
suspensão dos direitos humanos fundamentais
encontrem em seu território e que estejam sujeitos à sua
reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado-parte no
jurisdição os direitos reconhecidos no presente Pacto, sem
presente Pacto em virtude de leis, convenções, regulamentos
discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua,
ou costumes, sob pretexto de que o presente Pacto não os
reconheça ou nos reconheça em menos grau.
142
Art. 9º - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade e
PARTE III à segurança pessoais. Ninguém poderá ser preso ou
Art. 6º - § 1. O direito à vida é inerente à pessoal encarcerado arbitrariamente. Ninguém poderá ser privado
humana. Este direito deverá ser protegido pelas Leis. de sua liberdade, salvo pelos motivos previstos em lei e em
Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida. conformidade com os procedimentos nela estabelecidos.
§2.Nos países em que a pena de morte não tenha §2. Qualquer pessoa, ao ser presa, deverá ser
sido abolida, esta poderá ser imposta apenas nos casos de informada das razões da prisão e notificada, sem demora,
crimes mais graves, em conformidade coma legislação das acusações formuladas contra ela.
vigente na época em que o crime foi cometido e que não §3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em
esteja em conflito com as disposições do presente Pacto, virtude de infração penal deverá ser conduzida, sem
nem com a Convenção sobre a Prevenção e a Repressão do demora, à presença do juiz ou de outra autoridade
Crime de Genocídio. Poder-se-á aplicar essa pena em habilitada por lei a exercer funções judiciais e terá o direito de
decorrência de uma sentença transitada em julgado e ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade.
proferida por tribunal competente. A prisão preventiva de pessoas que aguardam julgamento
§3. Quando a privação da vida constituir crime de não deverá constituir a regra geral, mas a soltura poderá
genocídio, entende-se que nenhuma disposição do presente estar condicionada a garantias que assegurem o
artigo autorizará qualquer Estado-parte no presente Pacto s comparecimento da pessoa em questão à audiência e a
eximir-se, de modo algum, do cumprimento de qualquer das todos os atos do processo, se necessário for, para a
obrigações que tenham assumido, em virtude das execução da sentença.
disposições da Convenção sobre a Prevenção e Repressão §4. Qualquer pessoa que seja privada de sua
do Crime de Genocídio. liberdade, por prisão ou encarceramento, terá o direito de
§4. Qualquer condenado à morte terá o direito de recorrer a um tribunal para que este decida sobre a
pedir indulto ou comutação da pena. A anistia, o indulto ou legalidade de seu encarceramento e ordene a soltura, caso a
a comutação da pena poderão ser concedidos em todos os prisão tenha sido ilegal.
casos. §5. Qualquer pessoa vítima de prisão ou
§5. Uma pena de morte não poderá ser imposta encarceramento ilegal terá direito à reparação.
em casos de crimes por pessoas menores de 18 (dezoito)
anos, nem aplicada a mulheres em caso de gravidez, Art. 10 - §1. Toda pessoa privada de sua liberdade
§6. Não se poderá invocar disposição alguma de deverá ser tratada com humanidade e respeito à dignidade
presente artigo para retardar ou impedir a abolição da pena inerente à pessoa humana.
de morte por um Estado-parte no presente Pacto. a) As pessoas processadas deverão ser
A pena de morte continua sendo possível nos países que já a adotaram. O separadas, salvo em circunstâncias excepcionais, das
pacto consente somente com a manutenção dessa espécie de pena para pessoas condenadas e receber tratamento distinto,
aqueles que à época da assinatura do Pacto já haviam estabelecido condizente com sua condição de pessoas não condenadas.
legislação interna nesse sentido. Após a assinatura do Pacto, porém, os b) As pessoas jovens processadas deverão ser
Estados-partes não poderão mais instituir a pena de morte em suas
legislações.
separadas das adultas e julgadas o mais rápido possível.
§2. O regime penitenciário consistirá em um
tratamento cujo objetivo principal seja a reforma e
Art. 7º Ninguém poderá ser submetido a tortura, reabilitação moral dos prisioneiros. Os delinquentes juvenis
nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou deverão ser separados dos adultos e receber tratamento
degradantes. Será proibido, sobretudo, submeter uma condizente com sua idade e condição jurídica.
pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências
médicas ou científicas. Art. 11 Ninguém poderá ser preso apenas por
não poder cumprir com uma obrigação contratual.
Art. 8º - §1. Ninguém poderá ser submetido à
Ademais, consagra o Pacto o direito de que ninguém poderá ser preso
escravidão; a escravidão e o tráfico de escravos, em todas apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual (art. 11). No
as suas formas, ficam proibidos. Brasil, esse dispositivo fundou, em conjunto com o art. 7.7 da Convenção
§2. Ninguém poderá ser submetido à servidão. Americana de Direitos Humanos, novo entendimento do STF, vedando a
a) ninguém poderá ser obrigado a executar prisão civil do depositário infiel (Súmula Vinculante nº 25, do STF: “É ilícita
trabalhos forçados ou obrigatórios; a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de
depósito.”)
b) a alínea "a" do presente parágrafo não poderá André de Carvalho Ramos. Curso de Direitos Humanos.
ser interpretada no sentido de proibir, nos países em que
certos crimes sejam punidos com prisão e trabalhos forçados,
Art. 12 - §1. Toda pessoa que se encontre
o cumprimento de uma pena de trabalhos forçados, imposta
legalmente no território de um Estado terá o direito de nele
por um tribunal competente;
livremente circular e escolher sua residência. (Direito de ir e
c)para os efeitos do presente parágrafo, não serão vir)
considerados "trabalhos forçados ou obrigatórios": §2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente
1. qualquer trabalho ou serviço, não previsto na de qualquer país, inclusive de seu próprio país.
alínea "b", normalmente exigido de um indivíduo que tenha §3. Os direitos supracitados não poderão constituir
sido encarcerado em cumprimento de decisão judicial ou que, objeto de restrições, a menos que estejam previstas em lei e
tendo sido objeto de tal decisão, ache-se em liberdade no intuito de proteger a segurança nacional e a ordem, saúde
condicional; ou moral públicas, bem como os direitos e liberdades das
2. qualquer serviço de caráter militar e, nos países demais pessoas, e que sejam compatíveis com os outros
em que se admite a isenção por motivo de consciência, direitos reconhecidos no presente Pacto.
qualquer serviço nacional que a lei venha a exigir daqueles §4. Ninguém poderá ser privado arbitrariamente
que se oponham ao serviço militar por motivo de consciência; do direito de entrar em seu próprio país.
3. qualquer serviço exigido em casos de emergência
ou de calamidade que ameacem o bem-estar da Art. 13 Um estrangeiro que se encontre
comunidade: legalmente no território de um Estado-parte no presente
4. qualquer trabalho ou serviço que faça parte das Pacto só poderá dele ser expulso em decorrência de
obrigações cívicas normais. decisão adotada em conformidade com a lei e, a menos
que razões imperativas de segurança nacional a isso se
143
oponham, terá a possibilidade de expor as razões que
militem contra a sua expulsão e de ter seu caso reexaminado Art. 15 - §1. Ninguém poderá ser condenado por atos ou
pelas autoridades competentes, ou por uma ou várias omissões que não constituam delito de acordo com o
pessoas especialmente designadas pelas referidas direito nacional ou internacional, no momento em que
autoridades, e de fazer- se representar com este objetivo. foram cometidos. Tampouco poder-se-á impor pena mais
grave do que a aplicável no momento da ocorrência do
Art. 14 - §1. Todas as pessoas são iguais perante delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a
os Tribunais e as Cortes de Justiça. Toda pessoa terá o imposição de pena mais leve, o delinquente deverá dela
direito de ser ouvida publicamente e com as devidas beneficiar-se. (Princípio da legalidade / Irretroatividade da lei penal
garantias por um Tribunal competente, independente e mais gravosa / Retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu)
imparcial, estabelecido por lei, na apuração de qualquer §2. Nenhuma disposição do presente Pacto
acusação de caráter penal formulada contra ela ou na impedirá o julgamento ou a condenação de qualquer
determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil. A indivíduo por atos ou omissões que, no momento em que
imprensa e o público poderão ser excluídos de parte ou da foram cometidos, eram considerados delituosos de acordo
totalidade de um julgamento, quer por motivo de moral com os princípios gerais de direito reconhecidos pela
pública, ordem pública ou de segurança nacional em uma comunidade das nações.
sociedade democrática, quer quando o interesse da vida
privada das partes o exija, quer na medida em que isto seja Art. 16 Toda pessoa terá o direito, em qualquer
estritamente necessário na opinião da justiça, em lugar, ao reconhecimento de sua personalidade jurídica.
circunstâncias específicas, nas quais a publicidade venha a
prejudicar os interesses da justiça; entretanto, qualquer Art. 17 - §1. Ninguém poderá ser objeto de
sentença proferida em matéria penal ou civil deverá ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, em
tornar-se pública, a menos que o interesse de menores sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência,
exija procedimento oposto, ou o processo diga respeito a nem de ofensas ilegais à sua honra e reputação.
controvérsias matrimoniais ou à tutela de menores. (Garantias §2. Toda pessoa terá direito à proteção da lei contra
processuais) essas ingerências ou ofensas.
§2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito
a que se presuma sua inocência enquanto não for Art. 18 - §1. Toda pessoa terá direito à liberdade de
legalmente comprovada sua culpa. pensamento, de consciência e de religião. Esses direitos
§3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, implicará a liberdade de ter ou adotar uma religião ou crença
em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: de sua escolha e a liberdade de professar sua religião ou
1. a ser informada, sem demora, em uma língua que crença, individual ou coletivamente, tanto pública como
compreenda e de forma minuciosa, da natureza e dos privadamente, por meio do culto, da celebração de ritos, de
motivos da acusação contra ela formulada; práticas e do ensino.
2. a dispor do tempo e dos meios necessários à §2. Ninguém poderá ser submetido a medidas
preparação de sua defesa e a comunicar-se com defensor de coercitivas que possam restringir sua liberdade de ter ou de
sua escolha; adotar uma religião ou crença de sua escolha.
3. a ser julgada sem dilações indevidas; §3. A liberdade de manifestar a própria religião ou
4. a estar presente no julgamento e a defender-se crença estará sujeita a penas às limitações previstas em lei e
pessoalmente ou por intermédio de defensor de sua escolha; que se façam necessárias para proteger a segurança, a
a ser informada, caso não tenha defensor, do direito que lhe ordem, a saúde ou a moral pública ou os direitos e as
assiste de tê-lo, e sempre que o interesse da justiça assim liberdades das demais pessoas.
exija, a Ter um defensor designado ex ofício gratuitamente, §4. Os Estados-partes no presente Pacto
se não tiver meios para remunerá-lo; comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais - e, quando
5. a interrogar ou fazer interrogar as testemunhas for o caso, dos tutores legais – de assegurar aos filhos a
de acusação e a obter comparecimento e o interrogatório das educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas
testemunhas de defesa nas mesmas condições de que próprias convicções.
dispõem as de acusação;
6. a ser assistida gratuitamente por um intérprete, Art. 19 - §1. Ninguém poderá ser molestado por
caso não compreenda ou não fale a língua empregada suas opiniões.
durante o julgamento; §2. Toda pessoa terá o direito à liberdade de
7. a não ser obrigada a depor contra si mesma, nem expressão; esses direitos incluirá a liberdade de procurar,
a confessar-se culpada. receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza,
§4. O processo aplicável aos jovens que não sejam independentemente de considerações de fronteiras,
maiores nos termos da legislação penal levará em conta a verbalmente ou por escrito, de forma impressa ou artística,
idade dos mesmos e a importância de promover sua ou por qualquer meio de sua escolha.
reintegração social. §3. O exercício de direito previsto no § 2 do
§5. Toda pessoa declarada culpada por um delito presente artigo implicará deveres e responsabilidades
terá o direito de recorrer da sentença condenatória e da especiais. Consequentemente, poderá estar sujeito a certas
pena a uma instância superior, em conformidade com a lei. restrições, que devem, entretanto, ser expressamente
§6. Se uma sentença condenatória passada em previstas em lei e que se façam necessárias para:
julgado for posteriormente anulada ou quando um indulto for 1. assegurar o respeito dos direitos e da reputação
concedido, pela ocorrência ou descoberta de fatos novos que das demais pessoas;
provem cabalmente a existência de erro judicial, a pessoa 2. proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde
que sofreu a pena decorrente dessa condenação deverá ser ou a moral pública.
indenizada, de acordo com a lei, a menos que fique provado
que se lhe pode imputar, total ou parcialmente, e não- Art. 20 - §1. Será proibida por lei qualquer
revelação do fato desconhecido em tempo útil. propaganda em favor da guerra.
§7. Ninguém poderá ser processado ou punido por §2. Será proibida por lei qualquer apologia ao ódio
um delito pelo qual já foi absolvido ou condenado por nacional, racial ou religioso, que constitua incitamento à
sentença passada em julgado, em conformidade com a lei e discriminação, à hostilidade ou à violência.
com os procedimentos penais de cada país.
144
Art. 21 O direito de reunião pacífica será Art. 26 Todas as pessoas são iguais perante a lei e
reconhecido. O exercício desse direito estará sujeito apenas têm direito, sem discriminação alguma, a igual proteção da
às restrições previstas em lei e que se façam necessárias, lei. A este respeito, a lei deverá proibir qualquer forma de
em uma sociedade democrática, ao interesse da segurança discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual e
nacional, da segurança ou ordem públicas, ou para proteger eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor,
a saúde ou a moral pública ou os direitos e as liberdades das sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza,
demais pessoas. origem nacional ou social, situação econômica, nascimento
ou qualquer outra situação. (Direito à igualdade)
Art. 22 - §1. Toda pessoa terá o direito de
associar-se livremente a outras, inclusive o direito de Art. 27 Nos Estados em que haja minorias étnicas,
constituir sindicatos e de a eles filiar-se, para proteção de religiosas ou linguísticas, as pessoas pertencentes a essas
seus interesses. minorias não poderão ser privadas do direito de ter,
§2. O exercício desse direito estará sujeito apenas conjuntamente com outros membros de seu grupo, sua
às restrições previstas em lei e que se façam necessárias, própria vida cultural, de professar e praticar sua própria
em uma sociedade democrática, ao interesse da segurança religião e usar sua própria língua. (Respeito às minorias)
nacional, da segurança e da ordem públicas, ou para
proteger a saúde ou a moral pública ou os direitos e as PARTE IV
liberdades das demais pessoas. O presente artigo não Art. 28 - §1. Constituir-se-á um Comitê de Direitos
impedirá que se submeta a restrições legais o exercício Humanos (doravante denominado "Comitê" no presente
desses direitos por membros das forças armadas e da Pacto). O Comitê será composto de 18 (dezoito) membros e
polícia. desempenhará as funções descritas adiante.
§3. Nenhuma das disposições do presente artigo §2. O Comitê será integrado por nacionais dos
permitirá que os Estados-partes na Convenção de 1948 da Estados-partes no presente Pacto, os quais deverão ser
Organização Internacional do trabalho, relativa à liberdade pessoas de elevada reputação moral e reconhecida
sindical e à proteção do direito sindical, venham a adotar competência em matéria de direitos humanos, levando-se em
medidas legislativas que restrinjam – ou a aplicar a lei de consideração a utilidade da participação de algumas pessoas
maneira a restringir – as garantias previstas na referida com experiência jurídica.
Convenção. §3. Os membros do Comitê serão eleitos e
exercerão suas funções a título pessoal.
Art. 23 - §1. A família é o núcleo natural e
fundamental da sociedade e terá o direito de ser protegida Art. 29 - §1. Os membros do Comitê serão eleitos
pela sociedade e pelo Estado. em votação secreta dentre uma lista de pessoas que
§2. Será reconhecido o direito do homem e da preencham os requisitos previstos no artigo 28 e indicadas,
mulher de, em idade núbil, contrair casamento e constituir com esse objetivo, pelos Estados-partes no presente Pacto.
família. §2. Cada Estado-parte no presente Pacto poderá
§3. Casamento algum será celebrado sem o indicar duas pessoas. Essas pessoas deverão ser nacionais
consentimento livre e pleno dos futuros esposos. do Estado que as indicou.
§4. Os Estados-partes no presente Pacto deverão §3. A mesma pessoa poderá ser indicada mais de
adotar as medidas apropriadas para assegurar a igualdade uma vez.
de direitos e responsabilidades dos esposos quanto ao
casamento, durante o mesmo e por ocasião de sua Art. 30 §1. A primeira eleição realizar-se-á no
dissolução. Em caso de dissolução, deverão adotar-se as máximo 6 (seis) meses após a data da entrada em vigor do
disposições que assegurem a proteção necessárias para os presente Pacto.
filhos. §2. Ao menos 4 (quatro) meses antes da data de
cada eleição do Comitê, e desde que não seja uma eleição
Art. 24 - §1. Toda criança terá direito, sem para preencher uma vaga declarada nos termos do artigo 34,
discriminação alguma por motivo de cor, sexo, língua, o Secretário Geral da Organização das Nações Unidas
religião, origem nacional ou social, situação econômica ou convidará, por escrito, os Estados-partes no presente Pacto a
nascimento, às medidas de proteção que a sua condição de indicar, no prazo de 3 (três) meses, os candidatos a membro
menor requer por parte de sua família, da sociedade e do do Comitê.
Estado. §3. O Secretário Geral da Organização das Nações
§2. Toda criança deverá ser registrada Unidas organizará uma lista por ordem alfabética de todos os
imediatamente após seu nascimento e deverá receber um candidatos assim designados, mencionando os Estados-
nome. partes que os tiverem indicado, e a comunicará aos Estados-
§3. Toda criança terá o direito de adquirir uma partes no presente Pacto, no máximo um mês antes da data
nacionalidade. de cada eleição.
§4. Os membros do Comitê serão eleitos em
Art. 25 Todo cidadão terá o direito e a reuniões dos Estados-partes convocadas pelo Secretário
possibilidade, sem qualquer das formas de discriminação Geral da Organização das Nações Unidas na sede da
mencionadas no artigo 2º e sem restrições infundadas: Organização.
(Direitos Políticos) Nessas reuniões, em que o quórum será estabelecido por
1. de participar da condução dos assuntos dois terços dos Estados- partes no presente Pacto, serão
públicos, diretamente ou por meio de representantes eleitos membros do Comitê os candidatos que obtiverem o
livremente escolhidos; maior número de votos e a maioria absoluta dos votos dos
2. de votar e ser eleito em eleições periódicas, representantes dos Estados-partes presentes e votantes.
autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e
por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade Art. 31 - §1. O Comitê não poderá ter mais de um
dos eleitores; nacional de um mesmo Estado.
3. de ter acesso, em condições gerais de §2. Nas eleições do Comitê, levar-se-ão em
igualdade, às funções públicas de seu país. consideração uma distribuição geográfica equitativa e uma
representação das diversas formas da civilização, bem como
dos principais sistemas jurídicos.
145
Art. 39 - §1. O Comitê elegerá sua Mesa para um
Art. 32 - §1. Os membros do Comitê serão eleitos período de 2 (dois) anos. Os membros da Mesa poderão ser
para um mandato de 4 (quatro) anos. Poderão, caso suas reeleitos.
candidaturas sejam apresentadas novamente, ser reeleitos. §2. O próprio Comitê estabelecerá suas regras de
Entretanto, o mandato de nove dos membros eleitos na procedimento; estas, contudo, deverão conter, entre outras,
primeira eleição expirará ao final de dois anos; as seguintes disposições:
imediatamente após a primeira eleição, o presidente da 1. o quórum será de 12 (doze) membros;
reunião a que se refere o parágrafo 4º do artigo 30 indicará, 2. as decisões do Comitê serão tomadas por
por sorteio, os nomes desses nove membros. maioria dos votos dos membros presentes.
§2. Ao expirar o mandato dos membros, as eleições
se realizarão de acordo com o disposto nos artigos Art. 40 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto
precedentes desta parte do presente Pacto. comprometem-se a submeter relatórios sobre as medidas por
eles adotadas para tornar efetivos os direitos reconhecidos
Art. 33 - §1. Se, na opinião unânime dos demais no presente Pacto e sobre o progresso alcançado no gozo
membros, um membro do Comitê deixar de desempenhar desses direitos:
suas funções por motivos distintos de uma ausência 1. dentro do prazo de um ano, a contar do início da
temporária, o Presidente comunicará tal fato ao Secretário vigência do presente Pacto nos Estados-partes interessados;
Geral da Organização das Nações Unidas, que declarará 2. a partir de então, sempre que o Comitê vier a
vago o lugar que ocupava o referido membro. solicitar.
§2. Em caso de morte ou renúncia de um membro §2. Todos os relatórios serão submetidos ao
do Comitê, o Presidente comunicará imediatamente tal fato Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, que os
ao Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, que encaminhará, para exame, ao Comitê. Os relatórios deverão
declarará vago o lugar desde a data da morte ou daquela em sublinhar, caso existam, os fatores e as dificuldades que
que a renúncia passe a produzir efeitos. prejudiquem a implementação do presente Pacto.
§3. O Secretário Geral da Organização das Nações
Art. 34 - §1. Quando um cargo for declarado vago Unidas poderá, após consulta ao Comitê, encaminhar às
nos termos do artigo 33 e o mandato do membro a ser agências especializadas cópias das partes dos relatórios que
substituído não expirar no prazo de seis meses a contar da digam respeito à sua esfera de competência.
data em que tenha sido declarada a vaga, o Secretário Geral §4. O Comitê estudará os relatórios apresentados
das Nações Unidas comunicará tal fato aos Estados-partes pelos Estados-partes no presente Pacto e transmitirá aos
no presente Pacto, que poderão, no prazo de dois meses, Estados-partes seu próprio relatório, bem como os
indicar candidatos, em conformidade com o artigo 29, para comentários geris que julgar oportunos. O Comitê poderá
preencher a vaga. igualmente transmitir ao Conselho Econômico e Social os
§2. O Secretário Geral da Organização das Nações referidos comentários, bem como cópias dos relatórios que
Unidas organizará uma lista por ordem alfabética dos houver recebido dos Estados-partes no presente Pacto.
candidatos assim designados e a comunicará aos Estados- §5. Os Estados-partes no presente Pacto poderão
partes no presente Pacto. A eleição destinada a preencher tal submeter ao Comitê as observações que desejarem formular
vaga será realizada nos termos das disposições pertinentes relativamente aos comentários feitos nos termos do parágrafo
desta parte do presente Pacto. 4º do presente artigo.
§3. Qualquer membro do Comitê eleito para
preencher a vaga em conformidade com o artigo 33 fará Art. 41 - §1. Com base no presente artigo, todo
parte do Comitê durante o restante do mandato do membro Estado-parte no presente Pacto poderá declarar, a qualquer
que deixar vago o lugar do Comitê, nos termos do referido momento, que reconhece a competência do Comitê para
artigo. receber e examinar as comunicações em que um Estado-
parte alegue que outro Estado-parte não vem cumprindo as
Art. 35 Os membros do Comitê receberão, com a obrigações que lhe impõe o presente Pacto. As referidas
aprovação da Assembleia Geral das Nações Unidas, comunicações só serão recebidas e examinadas nos termos
honorários provenientes de recur4sos da Organização das do presente artigo no caso de serem apresentadas por um
Nações Unidas, nas condições fixadas, considerando-se a Estado-parte que houver feito uma declaração em que
importância das funções do Comitê, pela Assembleia Geral. reconheça, com relação a si próprio, a competência do
Comitê. O Comitê não receberá comunicação alguma relativa
Art. 36 O Secretário Geral da Organização das a um Estado-parte que não houver feito uma declaração
Nações Unidas colocará à disposição do Comitê o pessoal e dessa natureza. As comunicações recebidas em virtude do
os serviços necessários ao desempenho eficaz das funções presente artigo estarão sujeitas ao procedimento que segue:
que lhe são atribuídas em virtude do presente Pacto. 1. Se um Estado-parte no presente Pacto considerar
que outro Estado-parte não vem cumprindo as disposições
Art. 37 - § 1. O Secretário Geral da Organização das do presente Pacto poderá, mediante comunicação escrita,
Nações Unidas convocará os Membros do Comitê para a levar a questão ao conhecimento desse Estado- parte.
primeira reunião, a realizar-se na sede da Organização. Dentro do prazo de 3 (três) meses, a contar da data do
§2. Após a primeira reunião, o Comitê deverá reunir- recebimento da comunicação, o Estado destinatário
se em todas as ocasiões previstas em suas regras de fornecerá ao Estado que enviou a comunicação explicações
procedimento. e quaisquer outras declarações por escrito que esclareçam a
§3. As reuniões do Comitê serão realizadas questão, as quais deverão fazer referência, até onde seja
normalmente na sede da Organização das Nações Unidas ou possível e pertinente, aos procedimentos nacionais e aos
no Escritório das Nações Unidas em Genebra. recursos jurídicos adotados, em trâmite ou disponíveis sobre
a questão;
Art. 38 Todo membro do Comitê deverá, antes de 2. Se dentro do prazo de 6 (seis) meses, a contar
iniciar suas funções, assumir, em sessão pública, o da data do recebimento da comunicação original pelo Estado
compromisso solene de que desempenhará suas funções destinatário, a questão não estiver dirimida satisfatoriamente
imparcial e conscientemente. para ambos os Estados-partes interessados, tanto um como
o outro terão o direito de submetê-la ao Comitê, mediante
146
notificação endereçada ao Comitê ou ao outro Estado chegarem a um acordo a respeito da totalidade ou de parte
interessado; da composição da Comissão dentro do prazo de três meses,
3. O Comitê tratará de todas as questões que se lhe os membros da Comissão em relação aos quais não se
submetam em virtude do presente artigo, somente após ter- chegou a um acordo serão eleitos pelo Comitê, entre os seus
se assegurado de que todos os recursos internos disponíveis próprios membros, em votação secreta e por maioria de dois
tenham sido utilizados e esgotados, em conformidade com os terços dos membros do Comitê.
princípios do Direito Internacional geralmente reconhecidos. §2. Os membros da Comissão exercerão suas
Não se aplicará essa regra quando a aplicação dos funções a título pessoal. Não poderão ser nacionais dos
mencionados recursos prolongar-se injustificadamente; Estados interessados, nem do Estado que não seja Parte no
4. O Comitê realizará reuniões confidenciais quando presente Pacto, nem de um Estado-parte que não tenha feito
estiver examinando as comunicações previstas no presente a declaração prevista pelo artigo 41.
artigo; §3. A própria Comissão elegerá seu Presidente e
5. Sem prejuízo das disposições da alínea "c", o estabelecerá suas regras de procedimento.
Comitê colocará seus bons ofícios à disposição dos Estados- §4. As reuniões da Comissão serão realizadas
partes interessados, no intuito de alcançar uma solução normalmente na sede da Organização das Nações Unidas ou
amistosa para a questão, baseada no respeito aos direitos no Escritório das Nações Unidas em Genebra. Entretanto,
humanos e liberdades fundamentais reconhecidos no poderão realizar-se em qualquer outro lugar apropriado que a
presente Pacto; Comissão determinar, após a consulta ao Secretário Geral da
6. Em todas as questões que se lhe submetam em Organização das Nações Unidas e aos Estados-partes
virtude do presente artigo, o Comitê poderá solicitar aos interessados.
Estados-partes interessados, a que se faz referência na §5. O Secretariado referido no artigo 36 também
alínea "b", que lhe forneçam quaisquer informações prestará serviços às comissões designadas em virtude do
pertinentes; presente artigo.
7. os Estados-partes interessados, a que se faz §6. As informações obtidas pelo Comitê serão
referência na alínea "b", terão o direito de fazer-se colocadas à disposição da Comissão, a qual poderá solicitar
representar, quando as questões forem examinadas no aos Estados-partes interessados que lhe forneçam qualquer
Comitê, e de apresentar suas observações verbalmente e/ou outra informação pertinente.
por escrito; §7. Após haver estudado a questão sob todos os
8. O Comitê, dentro dos doze meses seguintes à seus aspectos, mas, em qualquer caso, no prazo de não
data do recebimento da notificação mencionada na alínea "b", mais que doze meses após dela ter tomado conhecimento, a
apresentará relatório em que: Comissão apresentará um relatório ao Presidente do Comitê,
9. se houver sido alcançada uma solução nos que o encaminhará aos Estados-partes interessados:
termos da alínea "e", p Comitê restringir-se-á, em seu 1. se a Comissão não puder terminar o exame da
relatório, a uma breve exposição dos fatos e da solução questão, restringir-se-á, em seu relatório, a uma breve
alcançada; exposição sobre o estágio em que se encontra o exame da
10. se não houver sido alcançada solução alguma questão;
nos termos da alínea "e", o Comitê restringir-se-á, em seu 2. se houver sido alcançada uma solução amistosa
relatório, a uma breve exposição dos fatos; serão anexados para a questão, baseada no respeito dos direitos humanos
ao relatório o texto das observações escritas e das atas das reconhecidos no presente Pacto, a Comissão restringir-se-á,
observações orais apresentadas pelos Estados-partes em seu relatório, a uma breve exposição dos fatos e da
interessados. Para cada questão, o relatório será solução alcançada;
encaminhado aos Estados-partes interessados. 3. se não houver sido alcançada solução nos
§2. As disposições do presente artigo entrarão em termos da alínea "b", a Comissão incluirá no relatório suas
vigor a partir do momento em eu dez Estados-partes no conclusões sobre os fatos relativos à questão debatida entre
presente Pacto houverem feito as declarações mencionadas os Estados-partes interessados, assim como sua opinião
no parágrafo 1º deste artigo. As referidas declarações serão sobre a possibilidade de solução amistosa para a questão; o
depositadas pelos Estados- partes junto ao Secretário Geral relatório incluirá as observações escritas e as atas das
da Organização da Nações Unidas, que enviará cópia das observações orais feitas pelos Estados-partes interessados;
mesmas aos demais Estados-partes. Toda declaração 4. se o relatório da Comissão for apresentado nos
poderá ser retirada, a qualquer momento, mediante termos da alínea "c", os Estados-partes interessados
notificação endereçada ao Secretário Geral. Far-se-á essa comunicarão, no prazo de três meses a contar da data do
retirada sem prejuízo do exame de quaisquer questões que recebimento do relatório, ao Presidente do Comitê, se
constituam objeto de uma comunicação já transmitida nos aceitam ou não os termos do relatório da Comissão.
termos deste artigo; em virtude do presente artigo, não se §8. As disposições do presente artigo não
receberá qualquer nova comunicação de um Estado-parte, prejudicarão as atribuições do Comitê previstas no artigo 41.
quando o Secretário Geral houver recebido a notificação §9. Todas as despesas dos membros da Comissão
sobre a retirada da declaração, a menos que o Estado-parte serão repartidas equitativamente entre os Estados-partes
interessado haja feito uma nova declaração. interessados, com base em estimativas a serem
estabelecidas pelo Secretário Geral da Organização das
Art. 42 - §1: Nações Unidas.
a) Se uma questão submetida ao Comitê, nos §10. O Secretário Geral da Organização das
termos do artigo 41, não estiver dirimida satisfatoriamente Nações Unidas poderá, caso seja necessário, pagar as
para os Estados-partes interessados, o Comitê poderá, com despesas dos membros da Comissão antes que sejam
o consentimento prévio dos Estados-partes interessados, reembolsadas pelos Estados-partes interessados, em
constituir uma Comissão de Conciliação ad hoc (doravante conformidade com o parágrafo 9 do presente artigo.
denominada "a Comissão"). A Comissão colocará seus bons
ofícios à disposição dos Estados-partes interessados, no Art. 43 Os membros do Comitê e os membros da
intuito de se alcançar uma solução amistosa para a questão Comissão de reconciliação ad hoc que forem designados nos
baseada no respeito aos presente Pacto. termos do artigo 42, terão direito às facilidades, privilégios e
b) A Comissão será composta por cinco membros imunidades que se concedem aos peritos em desempenho
designados com o consentimento dos Estados-partes de missões para a Organização das Nações Unidas, em
interessados. Se os Estados-partes interessados não
147
conformidade com as seções pertinentes da Convenção Secretário Geral da Organização das Nações Unidas. O
sobre Privilégios e imunidades das Nações Unidas. Secretário Geral comunicará todas as propostas de emendas
aos Estados-partes no presente Pacto, pedindo-lhes que o
Art. 44 As disposições relativas à implementação do notifiquem se desejam que se convoque uma conferência dos
presente Pacto aplicar-se-ão sem prejuízo dos Estados-partes destinada a examinar as propostas e
procedimentos instituídos em matéria de direitos humanos submetê-las a votação. Se pelo menos um terço dos
pelos – ou em virtude dos mesmos – instrumentos Estados-partes se manifestar a favor da referida convocação,
constitutivos e pelas Convenções da Organização das o Secretário Geral convocará a conferência sob os auspícios
Nações Unidas e das agências especializadas, e não da Organização das Nações Unidas. Qualquer emenda
impedirão que os Estados- partes venham a recorrer a outros adotada pela maioria dos Estados-partes presentes e
procedimentos para a solução das controvérsias, em votantes na conferência será submetida à aprovação da
conformidade com os acordos internacionais gerais ou Assembleia Geral das Nações Unidas.
especiais vigentes entre eles. §2. Tais emendas entrarão em vigor quando
aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas e
Art. 45 O Comitê submeterá à Assembleia Geral, aceitas, em conformidade com seus respectivos
por intermédio do Conselho Econômico e Social, um relatório procedimentos constitucionais, por uma maioria de dois
sobre suas atividades. terços dos Estados-partes no pressente Pacto.
§3. Ao entrarem em vigor, tais emendas serão
PARTE V obrigatórias para os Estados-partes que as aceitaram, ao
Art. 46 Nenhuma disposição do presente Pacto passo que os demais Estados-partes permanecem obrigados
poderá ser interpretada em detrimento das disposições da pelas disposições do presente Pacto e pelas emendas
Carta das Nações Unidas ou das constituições das anteriores por eles aceitas.
agências especializadas, as quais definem as
responsabilidades respectivas dos diversos órgãos da Art. 52 Independentemente das notificações
Organização das Nações Unidas e das agências previstas no parágrafo 5º do artigo 48, Secretário Geral da
especializadas relativamente às matérias tratadas no Organização das Nações Unidas comunicará a todos os
presente Pacto. Estados mencionados no parágrafo 1º do referido artigo:
1. As assinaturas, ratificações e adesões recebidas
Art. 47 Nenhuma disposição do presente Pacto em conformidade com o artigo 48;
poderá ser interpretada em detrimento do direito inerente 2. A data da entrada em vigor do Pacto, nos termos
a todos os povos de desfrutar e utilizar plena e do artigo 49, e a data de entrada em vigor de quaisquer
livremente suas riquezas e seus recursos naturais. emendas, nos termos do artigo 51.
148
Acordam o seguinte:
_____________________________________
01 PARTE I
Art. 1º - § 1. Todos os povos têm o direito à
_____________________________________
02 autodeterminação. Em virtude desse direito, determinam
livremente seu estatuto político e asseguram livremente seu
_____________________________________
03 desenvolvimento econômico, social e cultural.
§2. Para a consecução de seus objetivos, todos os
_____________________________________
04 povos podem dispor livremente de suas riquezas e de
seus recursos naturais, sem prejuízo das obrigações
_____________________________________
05 decorrentes da cooperação econômica internacional,
baseada no princípio do proveito mútuo e do Direito
_____________________________________
06 Internacional. Em caso algum poderá um povo ser privado de
seus próprios meios de subsistência.
_____________________________________
07
§3. Os Estados Membros no presente Pacto,
inclusive aqueles que tenham a responsabilidade de
_____________________________________
08
administrar territórios não autônomos e territórios sob tutela,
deverão promover o exercício do direito à autodeterminação
_____________________________________
09
e respeitar esse direito, em conformidade com as disposições
da Carta das Nações Unidas.
_____________________________________
10
PARTE II
_____________________________________
11
Art. 2º - §1. Cada Estado Membro no presente
Pacto compromete-se a adotar medidas, tanto por esforço
_____________________________________
12
próprio como pela assistência e cooperação internacionais,
_____________________________________
13
principalmente nos planos econômico e técnico, até o
máximo de seus recursos disponíveis, que visem a
_____________________________________
14
assegurar, progressivamente, por todos os meios
apropriados, o pleno exercício dos direitos reconhecidos no
_____________________________________
15
presente Pacto, incluindo, em particular, a adoção de
medidas legislativas.
§2. Os Estados Membros no presente Pacto
comprometem-se a garantir que os direitos nele enunciados
se exercerão sem discriminação alguma por motivo de
Pacto Internacional dos Direitos raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de
qualquer outra natureza, origem nacional ou social,
Econômicos, Sociais e Culturais situação econômica, nascimento ou qualquer outra
(1966) situação.
§3. Os países em desenvolvimento, levando
Adotada pela Resolução n.2.200-A (XXI) da Assembleia devidamente em consideração os direitos humanos e a
Geral das Nações Unidas, em 16 de dezembro de 1966 e situação econômica nacional, poderão determinar em que
ratificada pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992. medida garantirão os direitos econômicos reconhecidos no
presente Pacto àqueles que não sejam seus nacionais.
Preâmbulo
Os Estados Membros no presente Pacto, Art. 3º Os Estados Membros no presente Pacto
comprometem-se a assegurar a homens e mulheres
Considerando que, em conformidade com os princípios igualdade no gozo dos direitos econômicos, sociais e
proclamados na Carta das Nações Unidas, o culturais enumerados no presente Pacto.
reconhecimento da dignidade inerente a todos os
membros da família humana e dos seus direitos iguais e Art. 4º Os Estados Membros no presente Pacto
inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da reconhecem que, no exercício dos direitos assegurados em
justiça e da paz no mundo, conformidade com o presente Pacto pelo Estado, este poderá
submeter tais direitos unicamente às limitações estabelecidas
Reconhecendo que esses direitos decorrem da dignidade em lei, somente na medida compatível com a natureza
inerente à pessoa humana, desses direitos e exclusivamente com o objetivo de favorecer
o bem-estar geral em uma sociedade democrática.
Reconhecendo que, em conformidade com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, o ideal do ser humano Art. 5º - §1. Nenhuma das disposições do presente
livre, liberto do temor e da miséria, não pode ser realizado Pacto poderá ser interpretada no sentido de reconhecer a um
a menos que se criem as condições que permitam a cada um Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de dedicar-se a
gozar de seus direitos econômicos, sociais e culturais, quaisquer atividades ou de praticar quaisquer atos que
assim como de seus direitos civis e políticos, tenham por objetivo destruir os direitos ou liberdades
reconhecidas no presente Pacto ou impor-lhes limitações
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos mais amplas do que aquelas nele previstas.
Estados a obrigação de promover o respeito universal e §2. Não se admitirá qualquer restrição ou
efetivo dos direitos e das liberdades da pessoa humana, suspensão dos direitos humanos fundamentais
reconhecidos ou vigentes em qualquer país em virtude de
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres para com leis, convenções, regulamentos ou costumes, sob o pretexto
seus semelhantes e para com a coletividade a que pertence, de que o presente Pacto não os reconheça ou os reconheça
tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos em menor grau.
direitos reconhecidos no presente Pacto,
PARTE III
149
Art. 6º - §1. Os Estados Membros no presente Pacto Art. 9º Os Estados Membros no presente Pacto
reconhecem o direito de toda pessoa de ter a possibilidade reconhecem o direito de toda pessoa à previdência social,
de ganhar a vida mediante um trabalho livremente inclusive ao seguro social.
escolhido ou aceito e tomarão medidas apropriadas para
salvaguardar esse direito. Art. 10 Os Estados Membros no presente Pacto
§2. As medidas que cada Estados Membros no reconhecem que:
presente Pacto tomará, a fim de assegurar o pleno exercício 1. Deve-se conceder à família, que é o núcleo
desse direito, deverão incluir a orientação e a formação natural e fundamental da sociedade, a mais ampla proteção e
técnica e profissional, a elaboração de programas, normas assistência possíveis, especialmente para a sua constituição
técnicas apropriadas para assegurar um desenvolvimento e enquanto ela for responsável pela criação e educação dos
econômico, social e cultural constante e o pleno emprego filhos. O matrimônio deve ser contraído com o livre
produtivo em condições que salvaguardem aos indivíduos o consentimento dos futuros cônjuges.
gozo das liberdades políticas e econômicas fundamentais. 2. Deve-se conceder proteção especial às mães por
um período de tempo razoável antes e depois do parto.
Art. 7º Os Estados Membros no presente Pacto Durante esse período, deve-se conceder às mães que
reconhecem o direito de toda pessoa de gozar de condições trabalham licença remunerada ou licença acompanhada de
de trabalho justas e favoráveis, que assegurem benefícios previdenciários adequados.
especialmente: 3. Deve-se adotar medidas especiais de proteção e
1.Uma remuneração que proporcione. no mínimo, a assistência em prol de todas as crianças e adolescentes,
todos os trabalhadores: sem distinção alguma por motivo de filiação ou qualquer
2.Um salário equitativo e uma remuneração igual outra condição. Deve-se proteger as crianças e adolescentes
por um trabalho de igual valor, sem qualquer distinção; em contra a exploração econômica e social. O emprego de
particular, as mulheres deverão ter a garantia de condições crianças e adolescentes, em trabalho que lhes seja nocivo à
de trabalho não inferiores às dos homens e perceber a moral e à saúde, ou que lhes faça correr perigo de vida, ou
mesma remuneração que eles, por trabalho igual; ainda que lhes venha prejudicar o desenvolvimento normal,
3.Uma existência decente para eles e suas famílias, será punido por lei. Os Estados devem também estabelecer
em conformidade com as disposições do presente Pacto; limites de idade, sob os quais fique proibido e punido por lei
4.Condições de trabalho seguras e higiênicas; o emprego assalariado da mão-de-obra infantil.
5.Igual oportunidade para todos de serem
promovidos, em seu trabalho, à categoria superior que lhes Art. 11 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto
corresponda, sem outras considerações que as de tempo, de reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de vida
trabalho e de capacidade; adequado para si próprio e para sua família, inclusive à
6.O descanso, o lazer, a limitação razoável das alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim
horas de trabalho e férias periódicas remuneradas, assim como uma melhoria contínua de suas condições de vida. Os
como a remuneração dos feriados. Estados-partes tomarão medida apropriadas para assegurar
a consecução desse direito, reconhecendo, nesse sentido, a
Art. 8º - §1. Os Estados Membros no presente Pacto importância essencial da cooperação internacional fundada
comprometem-se a garantir: no livre consentimento.
1. O direito de toda pessoa de fundar com outras §2. Os Estados-partes no presente Pacto,
sindicatos e de filiar-se ao sindicato de sua escolha, reconhecendo o direito fundamental de toda pessoa de
sujeitando-se unicamente aos estatutos da organização estar protegida contra a fome, adotarão, individualmente e
interessada, com o objetivo de promover e de proteger seus mediante cooperação internacional, as medidas, inclusive
interesses econômicos e sociais. O exercício desse direito só programas concretos, que se façam necessários para:
poderá ser objeto das restrições previstas em lei e que sejam 1. Melhorar os métodos de produção, conservação
necessárias, em uma sociedade democrática, ao interesse da e distribuição de gêneros alimentícios pela plena utilização
segurança nacional ou da ordem pública, ou para proteger os dos conhecimentos técnicos e científicos, pela difusão de
direitos e as liberdades alheias; princípios de educação nutricional e pelo aperfeiçoamento ou
2. O direito dos sindicatos de formar federações ou reforma dos regimes agrários, de maneira que se assegurem
confederações nacionais e o direito destas de formar a exploração e a utilização
organizações sindicais internacionais ou de filiar-se às
mesmas; mais eficazes dos recursos naturais.
3. O direito dos sindicatos de exercer livremente 2. Assegurar uma repartição equitativa dos recursos
suas atividades, sem quaisquer limitações além daquelas alimentícios mundiais em relação às necessidades, levando-
previstas em lei e que sejam necessárias, em uma sociedade se em conta os problemas tanto dos países importadores
democrática, ao interesse da segurança nacional ou da quanto dos exportadores de gêneros alimentícios.
ordem pública, ou para proteger os direitos e as liberdades
das demais pessoas; Art. 12 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto
4. O direito de greve, exercido em conformidade reconhecem o direito de toda pessoa de desfrutar o mais
com as leis de cada país. elevado nível de saúde física e mental.
§2. O presente artigo não impedirá que se submeta §2. As medidas que os Estados-partes no presente
a restrições legais o exercício desses direitos pelos membros Pacto deverão adotar, com o fim de assegurar o pleno
das forças armadas, da polícia ou da administração pública. exercício desse direito, incluirão as medidas que se façam
§3. Nenhuma das disposições do presente artigo necessárias para assegurar:
permitirá que os Estados Membros na Convenção de 1948 1. A diminuição da mortinatalidade e da mortalidade
da Organização Internacional do Trabalho, relativa à infantil, bem como o desenvolvimento são das crianças.
liberdade sindical e à proteção do direito sindical, venham a 2. A melhoria de todos os aspectos de higiene do
adotar medidas legislativas que restrinjam – ou a aplicar a lei trabalho e do meio ambiente.
de maneira a restringir – as garantias previstas na referida 3. A prevenção e o tratamento das doenças
Convenção. epidêmicas, endêmicas, profissionais e outras, bem como a
luta contra essas doenças.
150
4. A criação de condições que assegurem a todos §2. As medidas que os Estados-partes no presente
assistência médica e serviços médicos em caso de Pacto deverão adotar com a finalidade de assegurar o pleno
enfermidade. exercício desse direito incluirão aquelas necessárias à
conservação, ao desenvolvimento e à difusão da ciência e da
Art. 13 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto cultura.
reconhecem o direito de toda pessoa à educação. §3. Os Estados-partes no presente Pacto
Concordam em que a educação deverá visar ao pleno comprometem-se a respeitar a liberdade indispensável à
desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de pesquisa científica e à atividade criadora.
sua dignidade e a fortalecer o respeito pelos direitos §4. Os Estados-partes no presente Pacto
humanos e liberdades fundamentais. Concordam ainda que a reconhecem os benefícios que derivam do fomento e do
educação deverá capacitar todas as pessoas a participar desenvolvimento da cooperação e das relações
efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a internacionais no domínio da ciência e da cultura.
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as
nações e entre todos os grupos raciais, étnicos ou religiosos PARTE IV
e promover as atividades das Nações Unidas em prol da Art. 16 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto
manutenção da paz. comprometem-se a apresentar, de acordo com as
§2. Os Estados-partes no presente Pacto disposições da presente parte do Pacto, relatórios sobre as
reconhecem que, com o objetivo de assegurar o pleno medidas que tenham adotado e sobre o progresso
exercício desse direito: realizado, com o objetivo de assegurar a observância dos
1. A educação primária deverá ser obrigatória e direitos reconhecidos no Pacto.
acessível gratuitamente a todos. a) Todos os relatórios deverão ser encaminhados
2. A educação secundária em suas diferentes ao Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, o
formas, inclusive a educação secundária técnica e qual enviará cópias dos mesmos ao Conselho Econômico e
profissional, deverá ser generalizada e tornar-se acessível a Social, para exame de acordo com as disposições do
todos, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela presente Pacto.
implementação progressiva do ensino gratuito. b) O Secretário Geral da Organização das Nações
3. A educação de nível superior deverá igualmente Unidas encaminhará também às agências especializadas
tornar-se acessível a todos, com base na capacidade de cópias dos relatórios – ou de todas as partes pertinentes dos
cada um, por todos os meios apropriados e, principalmente, mesmos – enviados pelos Estados-partes no presente Pacto
pela implementação progressiva do ensino gratuito. que sejam igualmente membros das referidas agências
4. Dever-se-á fomentar e intensificar, na medida do especializadas, na medida em que os relatórios, ou parte
possível, a educação de base para aquelas pessoas não deles, guardem relação com questões que sejam da
receberam educação primária ou não concluíram o ciclo competência de tais agências, nos termos de seus respectivo
completo de educação primária. instrumentos constitutivos.
5. Será preciso prosseguir ativamente o
desenvolvimento de uma rede escolar em todos os níveis de Art. 17 §1. Os Estados-partes no presente Pacto
ensino, implementar-se um sistema adequado de bolsas de apresentarão seus relatórios por etapas, segundo um
estudo e melhorar continuamente as condições materiais do programa a ser estabelecido pelo Conselho Econômico e
corpo docente. Social, no prazo de um ano a contar da data da entrada em
6. Os Estados-partes no presente Pacto vigor do presente Pacto, após consulta aos Estados-partes e
comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais e, quando às agências especializadas interessadas.
for o caso, dos tutores legais, de escolher para seus filhos §2. Os relatórios poderão indicar os fatores e as
escolas distintas daquelas criadas pelas autoridades dificuldades que prejudiquem o pleno cumprimento das
públicas, sempre que atendam aos padrões mínimos de obrigações previstas no presente Pacto.
ensino prescritos ou aprovados pelo Estado, e de fazer com §3. Caso as informações pertinentes já tenham sido
que seus filhos venham a receber educação religiosa ou encaminhadas à Organização das Nações Unidas ou a uma
moral que esteja de acordo com suas próprias convicções. agência especializada por um Estados Membros, não será
7. Nenhuma das disposições do presente artigo necessário reproduzir as referidas informações, sendo
poderá ser interpretada no sentido de restringir a liberdade de suficiente uma referência precisa às mesmas.
indivíduos e de entidades de criar e dirigir instituições de
ensino, desde que respeitados os princípios enunciados no Art. 18 Em virtude das responsabilidades que lhes
parágrafo 1º do presente artigo e que essas instituições são conferidas pela Carta das Nações Unidas no domínio dos
observem os padrões mínimos prescritos pelo Estado. direitos humanos e das liberdades fundamentais, o Conselho
Econômico e Social poderá concluir acordos com as
Art. 14 Todo Estados-partes no presente Pacto que, agências especializadas sobre a apresentação, por estas, de
no momento em que se tornar Parte, ainda não tenha relatórios relativos aos progressos realizados quanto ao
garantido em seu próprio território ou território sob a sua cumprimento das disposições do presente Pacto que
jurisdição a obrigatoriedade ou a gratuidade da educação correspondam ao seu campo de atividades. Os relatórios
primária, se compromete a elaborar e a adotar, dentro de um poderão incluir dados sobre as decisões e recomendações,
prazo de dois anos, um plano de ação detalhado destinado à referentes ao cumprimento das disposições do presente
implementação progressiva, dentro de um número razoável Pacto, adotadas pelos órgãos competentes das agências
de anos estabelecido no próprio plano, do princípio da especializadas.
educação primária obrigatória e gratuita para todos.
Art. 19 O Conselho Econômico e Social poderá
Art. 15 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto encaminhar à Comissão de Direitos Humanos, para fins de
reconhecem a cada indivíduo o direito de: estudo e de recomendação de ordem geral, ou para
1. Participar da vida cultural; informação, caso julgue apropriado, os relatórios
2. Desfrutar o progresso científico e suas concernentes aos direitos humanos que apresentarem os
aplicações; Estados, nos termos dos artigos 16 e 17, e aqueles
3. Beneficiar-se da proteção dos interesses morais e concernentes aos direitos humanos que apresentarem as
materiais decorrentes de toda a produção científica, literária agências especializadas, nos termos do artigo 18.
ou artística de que seja autor.
151
Art. 20 Os Estados-partes no presente Pacto e as presente Pacto, ou a ele aderido, do depósito de cada
agências especializadas interessadas poderão encaminhar instrumento de ratificação ou adesão.
ao Conselho Econômico e Social comentários sobre qualquer
recomendação de ordem geral, feita em virtude do artigo 19, Art. 27 - §1. O presente Pacto entrará em vigor três
ou sobre qualquer referência a uma recomendação de ordem meses após a data do depósito, junto ao Secretário Geral da
geral que venha a constar de relatório da Comissão de Organização das Nações Unidas, do trigésimo quinto
Direitos Humanos ou de qualquer documento mencionado no instrumento de ratificação ou adesão.
referido relatório. §2. Para os Estados que vierem a ratificar o
presente Pacto ou a ele aderir após o depósito do trigésimo
Art. 21 O Conselho Econômico e Social poderá quinto instrumento de ratificação ou adesão, o presente
apresentar ocasionalmente à Assembleia Geral relatórios que Pacto entrará em vigor três meses após a data do depósito,
contenham recomendações de caráter geral, bem como pelo Estado em questão, de seu instrumento de ratificação ou
resumo das informações recebidas dos Estados-partes no adesão.
presente Pacto e das agências especializadas, sobre as
medidas adotadas e o progresso realizado com a finalidade Art. 28 Aplicar-se-ão as disposições do presente
de assegurar a observância geral dos direitos reconhecidos Pacto, sem qualquer limitação ou exceção, a todas as
no presente Pacto. unidades constitutivas dos Estados federativos.
Art. 22 O Conselho Econômico e Social poderá Art. 29 - §1. Qualquer Estado Membro no presente
levar ao conhecimento de outros órgãos da Organização das Pacto poderá propor emendas e depositá-las junto ao
Nações Unidas, de seus órgãos subsidiários e das agências Secretário Geral da Organização das Nações Unidas. O
especializadas interessadas, às quais incumba a prestação Secretário Geral comunicará todas as propostas de emendas
de assistência técnica, quaisquer questões suscitadas nos aos Estados-partes no presente Pacto, pedindo-lhes que o
relatórios mencionados nesta parte do presente Pacto, que notifiquem se desejarem que se convoque uma conferência
possam ajudar essas entidades a pronunciar-se, cada uma dos Estados-partes, destinada a examinar as propostas e
dentro de sua esfera de competência, sobre a conveniência submetê-las a votação. Se pelo menos um terço dos
de medidas internacionais que possam contribuir para a Estados-partes se manifestar a favor da referida convocação,
implementação efetiva e progressiva do presente Pacto. o Secretário Geral convocará a conferência sob os auspícios
da Organização das Nações Unidas. Qualquer emenda
Art. 23 Os Estados-partes no presente Pacto adotada pela maioria dos Estados-partes presentes e
concordam em que as medidas de ordem internacional, votantes na conferência será submetida à aprovação da
destinadas a tornar efetivos os direitos reconhecidos no Assembleia Geral das Nações Unidas.
referido Pacto, incluem, sobretudo, a conclusão de §2. Tais emendas entrarão em vigor quando
convenções, a adoção de recomendações, a prestação de aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas e
assistência técnica e a organização, em conjunto com os aceitas, em conformidade com seus respectivos
governos interessados, e no intuito de efetuar consultas e procedimentos constitucionais, por uma maioria de dois
realizar estudos, de reuniões regionais e de reuniões terços dos Estados-partes no presente Pacto.
técnicas. §3. Ao entrarem em vigor, tais emendas serão
obrigatórias para os Estados-partes que as aceitaram, ao
Art. 24 Nenhuma das disposições do presente passo que os demais Estados-partes permanecem obrigados
Pacto poderá ser interpretada em detrimento das disposições pelas disposições do presente Pacto e pelas emendas
da Carta das Nações Unidas ou das constituições das anteriores por eles aceitas.
agências especializadas, as quais definem as
responsabilidades respectivas dos diversos órgãos da Art. 30 Independentemente das notificações
Organização das Nações Unidas e agências especializadas, previstas no parágrafo 5º do artigo 26, o Secretário Geral da
relativamente às matérias tratadas no presente Pacto. Organização das Nações Unidas comunicará a todos os
Estados mencionados no §1 do referido artigo:
Art. 25 Nenhuma das disposições do presente 1. As assinaturas, ratificações e adesões recebidas
Pacto poderá ser interpretada em detrimento do direito em conformidade com o artigo 26;
inerente a todos os povos de desfrutar e utilizar plena e 2. A data da entrada em vigor do Pacto, nos termos
livremente suas riquezas e seus recursos naturais. do artigo 27, e a data de entrada em vigor de quaisquer
emendas, nos termos do artigo 29.
PARTE V
Art. 26 - §1. O presente Pacto está aberto à Art. 31 - §1. O presente Pacto, cujos textos em
assinatura de todos os Estados-membros da Organização chinês, espanhol, francês, inglês e russo são igualmente
das Nações Unidas ou membros de qualquer de suas autênticos, será depositado nos arquivos da Organização das
agências especializadas, de todo Estado Membro no Estatuto Nações Unidas.
da Corte Internacional de Justiça, bem como de qualquer §2. O Secretário Geral da Organização das Nações
outro Estado convidado pela Assembleia Geral das Nações Unidas encaminhará cópias autenticadas do presente Pacto
Unidas a tornar-se Parte no presente Pacto. a todos os Estados mencionados no artigo 26.
§2. O presente Pacto está sujeito à ratificação. Os
instrumentos de ratificação serão depositados junto ao
Secretário Geral da Organização das Nações Unidas.
§3. O presente Pacto está aberto à adesão de
qualquer dos Estados mencionados no parágrafo 1º do
presente artigo.
§4. Far-se-á a adesão mediante depósito do
instrumento de adesão junto ao Secretário Geral das Nações
Unidas. 1 2 3 4 5 6
§5. O Secretário Geral da Organização das Nações
Unidas informará a todos os Estados que hajam assinado o
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d) Diretriz 14: Combate à violência institucional,
Decreto nº 7.037 / 2009 com ênfase na erradicação da tortura e na redução da
letalidade policial e carcerária;
Programa Nacional de Direitos e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de
Humanos - PNDH-3 crimes e de proteção das pessoas ameaçadas;
f) Diretriz 16: Modernização da política de
DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009. execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas
alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que penitenciário; e
lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais
DECRETA: acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a
defesa de direitos;
Art. 1o Fica aprovado o Programa Nacional de V - Eixo Orientador V: Educação e Cultura em
Direitos Humanos - PNDH-3, em consonância com as Direitos Humanos:
diretrizes, objetivos estratégicos e ações programáticas a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos
estabelecidos, na forma do Anexo deste Decreto. princípios da política nacional de educação em Direitos
Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
Art. 2o O PNDH-3 será implementado de acordo b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da
com os seguintes eixos orientadores e suas respectivas democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de
diretrizes: educação básica, nas instituições de ensino superior e nas
I - Eixo Orientador I: Interação democrática entre instituições formadoras;
Estado e sociedade civil: c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não
a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos
sociedade civil como instrumento de fortalecimento da Humanos;
democracia participativa; d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos
b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos Humanos no serviço público; e
como instrumento transversal das políticas públicas e de e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação
interação democrática; e democrática e ao acesso à informação para consolidação de
c) Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas uma cultura em Direitos Humanos; e
de informações em Direitos Humanos e construção de VI - Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à
mecanismos de avaliação e monitoramento de sua Verdade:
efetivação; a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da
II - Eixo Orientador II: Desenvolvimento e verdade como Direito Humano da cidadania e dever do
Direitos Humanos: Estado;
a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de b) Diretriz 24: Preservação da memória histórica e
desenvolvimento sustentável, com inclusão social e construção pública da verdade; e
econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente c) Diretriz 25: Modernização da legislação
responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e relacionada com promoção do direito à memória e à verdade,
não discriminatório; fortalecendo a democracia.
b) Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como Parágrafo único. A implementação do PNDH-3,
sujeito central do processo de desenvolvimento; e além dos responsáveis nele indicados, envolve parcerias com
c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos outros órgãos federais relacionados com os temas tratados
ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações nos eixos orientadores e suas diretrizes.
futuras como sujeitos de direitos;
III - Eixo Orientador III: Universalizar direitos em Art. 3o As metas, prazos e recursos necessários
um contexto de desigualdades: para a implementação do PNDH-3 serão definidos e
a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de aprovados em Planos de Ação de Direitos Humanos
forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a bianuais.
cidadania plena;
b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e Art. 4o Fica instituído o Comitê de
adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3, com a
não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e finalidade de:
participação; I - promover a articulação entre os órgãos e
c) Diretriz 9: Combate às desigualdades entidades envolvidos na implementação das suas ações
estruturais; e programáticas;
d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na II - elaborar os Planos de Ação dos Direitos
diversidade; Humanos;
IV - Eixo Orientador IV: Segurança Pública, III - estabelecer indicadores para o
Acesso à Justiça e Combate à Violência: acompanhamento, monitoramento e avaliação dos Planos de
a) Diretriz 11: Democratização e modernização do Ação dos Direitos Humanos;
sistema de segurança pública; IV - acompanhar a implementação das ações e
b) Diretriz 12: Transparência e participação popular recomendações; e
no sistema de segurança pública e justiça criminal; V - elaborar e aprovar seu regimento interno.
c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da § 1o O Comitê de Acompanhamento e
criminalidade e profissionalização da investigação de atos Monitoramento do PNDH-3 será integrado por um
criminosos; representante e respectivo suplente de cada órgão a seguir
descrito, indicados pelos respectivos titulares:
154
I - Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República, que o coordenará; Nos anos que se seguiram, os movimentos
II - Secretaria Especial de Políticas para as passaram a se consolidar por meio de redes com
Mulheres da Presidência da República; abrangência regional ou nacional, firmando-se como sujeitos
III - Secretaria Especial de Políticas de Promoção na formulação e monitoramento das políticas públicas. Nos
da Igualdade Racial da Presidência da República; anos 1990, desempenharam papel fundamental na
IV - Secretária-geral da Presidência da República; resistência a todas as orientações do neoliberalismo de
V - Ministério da Cultura; flexibilização dos direitos sociais, privatizações,
VI - Ministério da Educação; dogmatismo do mercado e enfraquecimento do Estado.
VII - Ministério da Justiça; Nesse mesmo período, multiplicaram-se pelo País
VIII - Ministério da Pesca e Aquicultura; experiências de gestão estadual e municipal em que
IX - Ministério da Previdência Social; lideranças desses movimentos, em larga escala, passaram a
X - Ministério da Saúde; desempenhar funções de gestores públicos.
XI - Ministério das Cidades;
XII - Ministério das Comunicações; Com as eleições de 2002, alguns dos setores mais
XIII - Ministério das Relações Exteriores; organizados da sociedade trouxeram reivindicações
XIV - Ministério do Desenvolvimento Agrário; históricas acumuladas, passando a influenciar diretamente a
XV - Ministério do Desenvolvimento Social e atuação do governo e vivendo de perto suas contradições
Combate à Fome; internas.
XVI - Ministério do Esporte;
XVII - Ministério do Meio Ambiente; Nesse novo cenário, o diálogo entre Estado e
XVIII - Ministério do Trabalho e Emprego; sociedade civil assumiu especial relevo, com a compreensão
XIX - Ministério do Turismo; e a preservação do distinto papel de cada um dos segmentos
XX - Ministério da Ciência e Tecnologia; e no processo de gestão. A interação é desenhada por acordos
XXI - Ministério de Minas e Energia. e dissensos, debates de ideias e pela deliberação em torno
§ 2o O Secretário Especial dos Direitos Humanos de propostas. Esses requisitos são imprescindíveis ao pleno
da Presidência da República designará os representantes do exercício da democracia, cabendo à sociedade civil exigir,
Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3. pressionar, cobrar, criticar, propor e fiscalizar as ações do
§ 3o O Comitê de Acompanhamento e Estado.
Monitoramento do PNDH-3 poderá constituir subcomitês
temáticos para a execução de suas atividades, que poderão Essa concepção de interação democrática
contar com a participação de representantes de outros construída entre os diversos órgãos do Estado e a sociedade
órgãos do Governo Federal. civil trouxe consigo resultados práticos em termos de políticas
§ 4o O Comitê convidará representantes dos demais públicas e avanços na interlocução de setores do poder
Poderes, da sociedade civil e dos entes federados para público com toda a diversidade social, cultural, étnica e
participarem de suas reuniões e atividades. regional que caracteriza os movimentos sociais em nosso
País. Avançou-se fundamentalmente na compreensão de que
Art. 5o Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios os Direitos Humanos constituem condição para a
e os órgãos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do prevalência da dignidade humana, e que devem ser
Ministério Público, serão convidados a aderir ao PNDH-3. promovidos e protegidos por meio do esforço conjunto do
Estado e da sociedade civil.
Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação. Uma das finalidades do PNDH-3 é dar
continuidade à integração e ao aprimoramento dos
Art. 7o Fica revogado o Decreto no 4.229, de 13 de mecanismos de participação existentes, bem como criar
maio de 2002. novos meios de construção e monitoramento das políticas
públicas sobre Direitos Humanos no Brasil.
ANEXO
Eixo Orientador I: No âmbito institucional o PNDH-3, amplia as
Interação democrática entre Estado e sociedade civil conquistas na área dos direitos e garantias fundamentais,
A partir da metade dos anos 1970, começam a pois internaliza a diretriz segundo a qual a primazia dos
ressurgir no Brasil iniciativas de rearticulação dos Direitos Humanos constitui princípio transversal a ser
movimentos sociais, a despeito da repressão política e da considerado em todas as políticas públicas.
ausência de canais democráticos de participação. Fortes
protestos e a luta pela democracia marcaram esse As diretrizes deste capítulo discorrem sobre a
período. Paralelamente, surgiram iniciativas populares nos importância de fortalecer a garantia e os instrumentos de
bairros reivindicando direitos básicos como saúde, transporte, participação social, o caráter transversal dos Direitos
moradia e controle do custo de vida. Em um primeiro Humanos e a construção de mecanismos de avaliação e
momento, eram iniciativas atomizadas, buscando conquistas monitoramento de sua efetivação. Isso inclui a construção
parciais, mas que ao longo dos anos foram se caracterizando de sistema de indicadores de Direitos Humanos e a
como movimentos sociais organizados. articulação das políticas e instrumentos de monitoramento
existentes.
Com o avanço da democratização do País, os
movimentos sociais multiplicaram-se. Alguns deles O Poder Executivo tem papel protagonista na
institucionalizaram-se e passaram a ter expressão política. coordenação e implementação do PNDH-3, mas faz-se
Os movimentos populares e sindicatos foram, no caso necessária a definição de responsabilidades compartilhadas
brasileiro, os principais promotores da mudança e da ruptura entre a União, Estados, Municípios e do Distrito Federal
política em diversas épocas e contextos históricos. Com na execução de políticas públicas, tanto quanto a criação de
efeito, durante a etapa de elaboração da Constituição espaços de participação e controle social nos Poderes
Cidadã de 1988, esses segmentos atuaram de forma Judiciário e Legislativo, no Ministério Público e nas
especialmente articulada, afirmando-se como um dos pilares Defensorias, em ambiente de respeito, proteção e efetivação
da democracia e influenciando diretamente os rumos do País. dos Direitos Humanos. O conjunto dos órgãos do Estado –
155
não apenas no âmbito do Executivo Federal – deve estar f) Estimular o debate sobre a regulamentação e
comprometido com a implementação e monitoramento do efetividade dos instrumentos de participação social e
PNDH-3. consulta popular, tais como lei de iniciativa popular,
referendo, veto popular e plebiscito.
Aperfeiçoar a interlocução entre Estado e sociedade Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
civil depende da implementação de medidas que garantam à da República; Secretária-geral da Presidência da República
sociedade maior participação no acompanhamento e g) Assegurar a realização periódica de
monitoramento das políticas públicas em Direitos Humanos, conferências de Direitos Humanos, fortalecendo a interação
num diálogo plural e transversal entre os vários atores sociais entre a sociedade civil e o poder público.
e deles com o Estado. Ampliar o controle externo dos órgãos Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
públicos por meio de ouvidorias, monitorar os compromissos República
internacionais assumidos pelo Estado brasileiro, realizar
conferências periódicas sobre a temática, fortalecer e apoiar Objetivo estratégico II:
a criação de conselhos nacional, distrital, estaduais e Ampliação do controle externo dos órgãos públicos.
municipais de Direitos Humanos, garantindo-lhes eficiência, Ações programáticas:
autonomia e independência são algumas das formas de a) Ampliar a divulgação dos serviços públicos
assegurar o aperfeiçoamento das políticas públicas por meio voltados para a efetivação dos Direitos Humanos, em
de diálogo, de mecanismos de controle e das ações especial nos canais de transparência.
contínuas da sociedade civil. Fortalecer as informações em Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Direitos Humanos com produção e seleção de indicadores República
para mensurar demandas, monitorar, avaliar, reformular e b) Propor a instituição da Ouvidoria Nacional dos
propor ações efetivas, garante e consolida o controle social e Direitos Humanos, em substituição à Ouvidora-geral da
a transparência das ações governamentais. Cidadania, com independência e autonomia política, com
mandato e indicação pelo Conselho Nacional dos Direitos
A adoção de tais medidas fortalecerá a democracia Humanos, assegurando recursos humanos, materiais e
participativa, na qual o Estado atua como instância financeiros para seu pleno funcionamento.
republicana da promoção e defesa dos Direitos Humanos e a
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
sociedade civil como agente ativo – propositivo e reativo – de República
sua implementação.
c) Fortalecer a estrutura da Ouvidoria Agrária
DIRETRIZ 1: Interação democrática entre Estado e Nacional.
sociedade civil como instrumento de fortalecimento da Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário
democracia participativa.
DIRETRIZ 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como
Objetivo estratégico I: instrumento transversal das políticas públicas e de
Garantia da participação e do controle social das interação democrática.
políticas públicas em Direitos Humanos, em diálogo
plural e transversal entre os vários atores sociais. Objetivo estratégico I:
Ações programáticas: Promoção dos Direitos Humanos como princípios
a) Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a instituição orientadores das políticas públicas e das relações
do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, dotado de internacionais.
recursos humanos, materiais e orçamentários para o seu Ações programáticas:
pleno funcionamento, e efetuar seu credenciamento junto ao a) Considerar as diretrizes e objetivos estratégicos
Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os do PNDH-3 nos instrumentos de planejamento do Estado,
Direitos Humanos como "Instituição Nacional Brasileira", em especial no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes
como primeiro passo rumo à adoção plena dos "Princípios de Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual.
Paris". Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secretária-geral da Presidência da República; Ministério do
da República; Ministério das Relações Exteriores Planejamento, Orçamento e Gestão
b) Fomentar a criação e o fortalecimento dos b) Propor e articular o reconhecimento
conselhos de Direitos Humanos em todos os Estados e do status constitucional de instrumentos internacionais de
Municípios e no Distrito Federal, bem como a criação de Direitos Humanos novos ou já existentes ainda não
programas estaduais de Direitos Humanos. ratificados.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
República da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais
c) Criar mecanismos que permitam ação da Presidência da República
coordenada entre os diversos conselhos de direitos, nas três c) Construir e aprofundar agenda de cooperação
esferas da Federação, visando a criação de agenda comum multilateral em Direitos Humanos que contemple
para a implementação de políticas públicas de Direitos prioritariamente o Haiti, os países lusófonos do continente
Humanos. africano e o Timor-Leste.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República, Secretária-geral da Presidência da República da República; Ministério das Relações Exteriores
d) Criar base de dados dos conselhos nacionais, d) Aprofundar a agenda Sul-Sul de cooperação
estaduais, distrital e municipais, garantindo seu acesso ao bilateral em Direitos Humanos que contemple prioritariamente
público em geral. os países lusófonos do continente africano, o Timor-Leste,
Responsáveis: Secretária-geral da Presidência da República; Secretaria Caribe e a América Latina.
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
e) Apoiar fóruns, redes e ações da sociedade civil da República; Ministério das Relações Exteriores
que fazem acompanhamento, controle social e
monitoramento das políticas públicas de Direitos Humanos. Objetivo estratégico II:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Fortalecimento dos instrumentos de interação
da República; Secretária-geral da Presidência da República democrática para a promoção dos Direitos Humanos.
156
Ações programáticas: a) Elaborar relatório anual sobre a situação dos
a) Criar o Observatório Nacional dos Direitos Direitos Humanos no Brasil, em diálogo participativo com a
Humanos para subsidiar, com dados e informações, o sociedade civil.
trabalho de monitoramento das políticas públicas e de gestão Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
governamental e sistematizar a documentação e legislação, da República; Ministério das Relações Exteriores
nacionais e internacionais, sobre Direitos Humanos. b) Elaborar relatórios periódicos para os órgãos
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da de tratados da ONU, no prazo por eles estabelecidos, com
República base em fluxo de informações com órgãos do governo federal
b) Estimular e reconhecer pessoas e entidades e com unidades da Federação.
com destaque na luta pelos Direitos Humanos na Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
sociedade brasileira e internacional, com a concessão de da República; Ministério das Relações Exteriores
premiação, bolsas e outros incentivos, na forma da legislação c)Elaborar relatório de acompanhamento das
aplicável. relações entre o Brasil e o sistema ONU que contenha, entre
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência outras, as seguintes informações:
da República; Ministério das Relações Exteriores • Recomendações advindas de relatores especiais do
c) Criar selo nacional "Direitos Humanos", a ser Conselho de Direitos Humanos da ONU;
concedido às entidades públicas e privadas que comprovem • Recomendações advindas dos comitês de tratados do
atuação destacada na defesa e promoção dos direitos Mecanismo de Revisão Periódica;
fundamentais. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
da República; Ministério da Justiça d) Definir e institucionalizar fluxo de informações,
com responsáveis em cada órgão do governo federal e
DIRETRIZ 3: Integração e ampliação dos sistemas de unidades da Federação, referentes aos relatórios
informação em Direitos Humanos e construção de internacionais de Direitos Humanos e às recomendações dos
mecanismos de avaliação e monitoramento de sua relatores especiais do Conselho de Direitos Humanos da
efetivação. ONU e dos comitês de tratados.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Objetivo estratégico I: da República; Ministério das Relações Exteriores
Desenvolvimento de mecanismos de controle social das e) Definir e institucionalizar fluxo de informações,
políticas públicas de Direitos Humanos, garantindo o com responsáveis em cada órgão do governo federal,
monitoramento e a transparência das ações referentes aos relatórios da Comissão Interamericana de
governamentais. Direitos Humanos e às decisões da Corte Interamericana de
Ações programáticas: Direitos Humanos.
a) Instituir e manter sistema nacional de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
indicadores em Direitos Humanos, de forma articulada com da República; Ministério das Relações Exteriores
os órgãos públicos e a sociedade civil. f) Criar banco de dados público sobre todas as
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da recomendações dos sistemas ONU e OEA feitas ao Brasil,
República
contendo as medidas adotadas pelos diversos órgãos
b) Integrar os sistemas nacionais de informações públicos para seu cumprimento.
para elaboração de quadro geral sobre a implementação de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
políticas públicas e violações aos Direitos Humanos. da República; Ministério das Relações Exteriores
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República
Eixo Orientador II:
c) Articular a criação de base de dados com temas Desenvolvimento e Direitos Humanos
relacionados aos Direitos Humanos. O tema "desenvolvimento" tem sido amplamente
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da debatido por ser um conceito complexo e multidisciplinar.
República Não existe modelo único e preestabelecido de
d) Utilizar indicadores em Direitos Humanos para desenvolvimento, porém, pressupõe-se que ele deva garantir
mensurar demandas, monitorar, avaliar, reformular e propor a livre determinação dos povos, o reconhecimento de
ações efetivas. soberania sobre seus recursos e riquezas naturais, respeito
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência pleno à sua identidade cultural e a busca de equidade na
da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da distribuição das riquezas.
Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção
da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Saúde;
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Durante muitos anos, o crescimento econômico,
Justiça; Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da medido pela variação anual do Produto Interno Bruto
Cultura; Ministério do Turismo; Ministério do Esporte; Ministério do (PIB), foi usado como indicador relevante para medir o
Desenvolvimento Agrário avanço de um país. Acreditava-se que, uma vez garantido o
e) Propor estudos visando a criação de linha de aumento de bens e serviços, sua distribuição ocorreria de
financiamento para a implementação de institutos de forma a satisfazer as necessidades de todas as pessoas.
pesquisa e produção de estatísticas em Direitos Humanos Constatou-se, porém, que, embora importante, o
nos Estados. crescimento do PIB não é suficiente para causar,
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da automaticamente, melhoria do bem estar para todas as
República camadas sociais. Por isso, o conceito de desenvolvimento
foi adotado por ser mais abrangente e refletir, de fato,
Objetivo estratégico II: melhorias nas condições de vida dos indivíduos.
Monitoramento dos compromissos internacionais
assumidos pelo Estado brasileiro em matéria de Direitos A teoria predominante de desenvolvimento
Humanos. econômico o define como um processo que faz aumentar as
Ações programáticas: possibilidades de acesso das pessoas a bens e serviços,
propiciadas pela expansão da capacidade e do âmbito das
atividades econômicas. O desenvolvimento seria a medida
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qualitativa do progresso da economia de um país, refletindo buscando a garantia do acesso ao trabalho, à saúde, à
transições de estágios mais baixos para estágios mais altos, educação, à alimentação, à vida cultural, à moradia
por meio da adoção de novas tecnologias que permitem e adequada, à previdência, à assistência social e a um meio
favorecem essa transição. Cresce nos últimos anos a ambiente sustentável. A inclusão do tema Desenvolvimento e
assimilação das ideias desenvolvidas por Amartya Sem, que Direitos Humanos na 11a Conferência Nacional reforçou as
abordam o desenvolvimento como liberdade e seus estratégias governamentais em sua proposta de
resultados centrados no bem estar social e, por conseguinte, desenvolvimento.
nos direitos do ser humano.
Assim, este capítulo do PNDH-3 propõe
São essenciais para o desenvolvimento as instrumentos de avanço e reforça propostas para políticas
liberdades e os direitos básicos como alimentação, saúde e públicas de redução das desigualdades sociais concretizadas
educação. As privações das liberdades não são apenas por meio de ações de transferência de renda, incentivo à
resultantes da escassez de recursos, mas sim das economia solidária e ao cooperativismo, à expansão da
desigualdades inerentes aos mecanismos de distribuição, da reforma agrária, ao fomento da aquicultura, da pesca e do
ausência de serviços públicos e de assistência do Estado extrativismo e da promoção do turismo sustentável.
para a expansão das escolhas individuais. Este conceito de
desenvolvimento reconhece seu caráter pluralista e a tese de O PNDH-3 inova ao incorporar o meio ambiente
que a expansão das liberdades não representa somente um saudável e as cidades sustentáveis como Direitos
fim, mas também o meio para seu alcance. Em Humanos, propõe a inclusão do item "direitos ambientais"
consequência, a sociedade deve pactuar as políticas sociais nos relatórios de monitoramento sobre Direitos Humanos e
e os direitos coletivos de acesso e uso dos recursos. A partir do item "Direitos Humanos" nos relatórios ambientais, assim
daí, a medição de um índice de desenvolvimento humano como fomenta pesquisas de tecnologias socialmente
veio substituir a medição de aumento do PIB, uma vez que o inclusivas.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) combina a
riqueza per capita indicada pelo PIB aos aspectos de Nos projetos e empreendimentos com grande
educação e expectativa de vida, permitindo, pela primeira impacto socioambiental, o PNDH-3 garante a participação
vez, uma avaliação de aspectos sociais não mensurados efetiva das populações atingidas, assim como prevê ações
pelos padrões econométricos. mitigatórias e compensatórias. Considera fundamental
fiscalizar o respeito aos Direitos Humanos nos projetos
No caso do Brasil, por muitos anos o crescimento implementados pelas empresas transnacionais, bem como
econômico não levou à distribuição justa de renda e riqueza, seus impactos na manipulação das políticas de
mantendo-se elevados índices de desigualdade. As ações de desenvolvimento. Nesse sentido, avalia como importante
Estado voltadas para a conquista da igualdade mensurar o impacto da biotecnologia aplicada aos alimentos,
socioeconômica requerem ainda políticas permanentes, de da nanotecnologia, dos poluentes orgânicos persistentes,
longa duração, para que se verifique a plena proteção e metais pesados e outros poluentes inorgânicos em relação
promoção dos Direitos Humanos. É necessário que o modelo aos Direitos Humanos.
de desenvolvimento econômico tenha a preocupação de
aperfeiçoar os mecanismos de distribuição de renda e de Alcançar o desenvolvimento com Direitos Humanos
oportunidades para todos os brasileiros, bem como incorpore é capacitar as pessoas e as comunidades a exercerem a
os valores de preservação ambiental. Os debates sobre as cidadania, com direitos e responsabilidades. É incorporar,
mudanças climáticas e o aquecimento global, gerados pela nos projetos, a própria população brasileira, por meio de
preocupação com a maneira com que os países vêm participação ativa nas decisões que afetam diretamente suas
explorando os recursos naturais e direcionando o progresso vidas. É assegurar a transparência dos grandes projetos de
civilizatório, está na agenda do dia. Esta discussão coloca em desenvolvimento econômico e mecanismos de compensação
questão os investimentos em infraestrutura e modelos de para a garantia dos Direitos Humanos das populações
desenvolvimento econômico na área rural, baseados, em diretamente atingidas.
grande parte, no agronegócio, sem a preocupação com a
potencial violação dos direitos de pequenos e médios Por fim, este PNDH-3 reforça o papel da equidade
agricultores e das populações tradicionais. no Plano Plurianual, como instrumento de garantia de
priorização orçamentária de programas sociais.
O desenvolvimento pode ser garantido se as
pessoas forem protagonistas do processo, pressupondo a DIRETRIZ 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento
garantia de acesso de todos os indivíduos aos direitos sustentável, com inclusão social e econômica,
econômicos, sociais, culturais e ambientais, e incorporando a ambientalmente equilibrado e tecnologicamente
preocupação com a preservação e a sustentabilidade como responsável, cultural e regionalmente diverso,
eixos estruturantes de proposta renovada de progresso. participativo e não discriminatório.
Esses direitos têm como foco a distribuição da riqueza, dos
bens e serviços. Objetivo estratégico I:
Implementação de políticas públicas de desenvolvimento
Todo esse debate traz desafios para a conceituação com inclusão social.
sobre os Direitos Humanos no sentido de incorporar o Ações programáticas:
desenvolvimento como exigência fundamental. A perspectiva a) Ampliar e fortalecer as políticas de
dos Direitos Humanos contribui para redimensionar o desenvolvimento social e de combate à fome, visando a
desenvolvimento. Motiva a passar da consideração de inclusão e a promoção da cidadania, garantindo a segurança
problemas individuais a questões de interesse comum, de alimentar e nutricional, renda mínima e assistência integral às
bem-estar coletivo, o que alude novamente o Estado e o famílias.
chama à corresponsabilidade social e à solidariedade. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
b) Expandir políticas públicas de geração e
Ressaltamos que a noção de desenvolvimento transferência de renda para erradicação da extrema
está sendo amadurecida como parte de um debate em pobreza e redução da pobreza.
curso na sociedade e no governo, incorporando a relação Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
entre os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais,
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c) Apoiar projetos de desenvolvimento sustentável inclusão dos povos e das comunidades nos benefícios
local para redução das desigualdades inter e advindos da atividade turística.
intrarregionais e o aumento da autonomia e Responsáveis: Ministério do Turismo; Ministério do Desenvolvimento,
sustentabilidade de espaços sub-regionais. Indústria e Comércio Exterior
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério do Desenvolvimento Agrário Objetivo estratégico II:
d) Avançar na implantação da reforma agrária, Fortalecimento de modelos de agricultura familiar e
como forma de inclusão social e acesso aos direitos básicos, agroecológica.
de forma articulada com as políticas de saúde, educação, Ações programáticas:
meio ambiente e fomento à produção alimentar. a) Garantir que nos projetos de reforma agrária e
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário agricultura familiar sejam incentivados os modelos de
e) Incentivar as políticas públicas de economia produção agroecológica e a inserção produtiva nos
solidária, de cooperativismo e associativismo e de mercados formais.
fomento a pequenas e micro empresas. Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Desenvolvimento Agrário; Ministério das Cidades; Ministério do b) Fortalecer a agricultura familiar camponesa e a
Desenvolvimento Social e Combate à Fome pesca artesanal, com ampliação do crédito, do seguro, da
f) Fortalecer políticas públicas de apoio ao assistência técnica, extensão rural e da infraestrutura para
extrativismo e ao manejo florestal comunitário comercialização.
ambientalmente sustentáveis.
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Pesca
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do
e Aquicultura
Desenvolvimento Agrário; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior c) Garantir pesquisa e programas voltados à
g) Fomentar o debate sobre a expansão de agricultura familiar e pesca artesanal, com base nos
plantios de monoculturas que geram impacto no meio princípios da agroecologia.
ambiente e na cultura dos povos e comunidades tradicionais, Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do Meio
tais como eucalipto, cana-de-açúcar, soja, e sobre o manejo Ambiente; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério
florestal, a grande pecuária, mineração, turismo e pesca. da Pesca e Aquicultura; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Comércio Exterior
da República d) Fortalecer a legislação e a fiscalização para
h) Erradicar o trabalho infantil, bem como todas as evitar a contaminação dos alimentos e danos à saúde e
formas de violência e exploração sexual de crianças e ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos.
adolescentes nas cadeias produtivas, com base em códigos Responsáveis: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
de conduta e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério do
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Desenvolvimento Agrário
da República; Ministério do Turismo
e) Promover o debate com as instituições de ensino
i) Garantir que os grandes empreendimentos e
superior e a sociedade civil para a implementação de cursos
projetos de infraestrutura resguardem os direitos dos povos
e realização de pesquisas tecnológicas voltados à temática
indígenas e de comunidades quilombolas e tradicionais,
socioambiental, agroecologia e produção orgânica,
conforme previsto na Constituição e nos tratados e
respeitando as especificidades de cada região.
convenções internacionais. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério dos Transportes; Ministério Agrário
da Integração Nacional; Ministério de Minas e Energia; Secretaria Especial
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da
República; Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Objetivo estratégico III:
Social e Combate à Fome; Ministério da Pesca e Aquicultura; Secretaria Fomento à pesquisa e à implementação de políticas para
Especial de Portos da Presidência da República o desenvolvimento de tecnologias socialmente
j) Integrar políticas de geração de emprego e renda inclusivas, emancipatórias e ambientalmente
e políticas sociais para o combate à pobreza rural dos sustentáveis.
agricultores familiares, assentados da reforma agrária, Ações programáticas:
quilombolas, indígenas, famílias de pescadores e a) Adotar tecnologias sociais de baixo custo e
comunidades tradicionais. fácil aplicabilidade nas políticas e ações públicas para a
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; geração de renda e para a solução de problemas
Ministério da Integração Nacional; Ministério do Desenvolvimento Agrário; socioambientais e de saúde pública.
Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do
República; Ministério da Cultura; Ministério da Pesca e Aquicultura Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Meio Ambiente;
Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Saúde
k) Integrar políticas sociais e de geração de
b) Garantir a aplicação do princípio da precaução
emprego e renda para o combate à pobreza urbana, em
na proteção da agrobiodiversidade e da saúde, realizando
especial de catadores de materiais recicláveis e população
pesquisas que avaliem os impactos dos transgênicos no meio
em situação de rua.
ambiente e na saúde.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Meio
Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Meio Ambiente;
Ministério das Cidades; Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência Ministério de Ciência e Tecnologia
da República c) Fomentar tecnologias alternativas para substituir
l) Fortalecer políticas públicas de fomento à o uso de substâncias danosas à saúde e ao meio ambiente,
aquicultura e à pesca sustentáveis, com foco nos povos e como poluentes orgânicos persistentes, metais pesados e
comunidades tradicionais de baixa renda, contribuindo para a outros poluentes inorgânicos.
segurança alimentar e a inclusão social, mediante a criação e Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério do Meio
geração de trabalho e renda alternativos e inserção no Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
mercado de trabalho.
Exterior
Responsáveis: Ministério da Pesca e Aquicultura; Ministério do Trabalho e
Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome d) Fomentar tecnologias de gerenciamento de
resíduos sólidos e emissões atmosféricas para minimizar
m) Promover o turismo sustentável com geração
impactos à saúde e ao meio ambiente.
de trabalho e renda, respeito à cultura local, participação e
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Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério do Meio criação de pequenos animais, unidades de processamento e
Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério das Cidades beneficiamento agroalimentar, feiras e mercados públicos
e) Desenvolver e divulgar pesquisas públicas para populares.
diagnosticar os impactos da biotecnologia e da Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
nanotecnologia em temas de Direitos Humanos. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Saúde; Ministério do Meio Ambiente; Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério de Ciência e Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito
Tecnologia central do processo de desenvolvimento.
f) Produzir, sistematizar e divulgar pesquisas Objetivo estratégico I:
econômicas e metodologias de cálculo de custos Garantia da participação e do controle social nas
socioambientais de projetos de infraestrutura, de energia e de políticas públicas de desenvolvimento com grande
mineração que sirvam como parâmetro para o controle dos impacto socioambiental.
impactos de grandes projetos. Ações programáticas:
Responsáveis: Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério de Minas e a) Fortalecer ações que valorizem a pessoa
Energia; Ministério do Meio Ambiente; Secretaria de Assuntos Estratégicos humana como sujeito central do desenvolvimento,
da Presidência da República; Ministério da Integração Nacional enfrentando o quadro atual de injustiça ambiental que
atinge principalmente as populações mais pobres.
Objetivo estratégico IV: Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Garantia do direito a cidades inclusivas e sustentáveis. da República; Ministério do Meio Ambiente
Ações programáticas: b) Assegurar participação efetiva da população na
a) Apoiar ações que tenham como princípio o direito elaboração dos instrumentos de gestão territorial e na análise
a cidades inclusivas e acessíveis como elemento e controle dos processos de licenciamento urbanístico e
fundamental da implementação de políticas urbanas. ambiental de empreendimentos de impacto, especialmente
Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial dos Direitos na definição das ações mitigadoras e compensatórias por
Humanos da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento, impactos sociais e ambientais.
Indústria e Comércio Exterior
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades
b) Fortalecer espaços institucionais democráticos,
c) Fomentar a elaboração do Zoneamento
participativos e de apoio aos Municípios para a
Ecológico Econômico (ZEE), incorporando o sócio e
implementação de planos diretores que atendam aos
etnozoneamento.
preceitos da política urbana estabelecidos no Estatuto da
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente
Cidade.
Responsável: Ministério das Cidades d) Assegurar a transparência dos projetos
realizados, em todas as suas etapas, e dos recursos
c) Fomentar políticas públicas de apoio aos
utilizados nos grandes projetos econômicos, para viabilizar
Estados, Distrito Federal e Municípios em ações sustentáveis
o controle social.
de urbanização e regularização fundiária dos assentamentos
Responsáveis: Ministério dos Transportes; Ministério da Integração
de população de baixa renda, comunidades pesqueiras e de Nacional; Ministério de Minas e Energia; Secretaria Especial dos Direitos
provisão habitacional de interesse social, materializando a Humanos da Presidência da República
função social da propriedade.
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente;
e) Garantir a exigência de capacitação qualificada e
Ministério da Pesca e Aquicultura participativa das comunidades afetadas nos projetos básicos
d) Fortalecer a articulação entre os órgãos de de obras e empreendimentos com impactos sociais e
governo e os consórcios municipais para atuar na política de ambientais.
saneamento ambiental, com participação da sociedade civil. Responsáveis: Ministério da Integração Nacional; Ministério de Minas e
Energia; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Ambiente;
República
Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
e) Fortalecer a política de coleta, reaproveitamento, f) Definir mecanismos para a garantia dos Direitos
triagem, reciclagem e a destinação seletiva de resíduos Humanos das populações diretamente atingidas e vizinhas
sólidos e líquidos, com a organização de cooperativas de aos empreendimentos de impactos sociais e ambientais.
reciclagem, que beneficiem as famílias dos catadores. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República
Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Trabalho e Emprego;
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do g) Apoiar a incorporação dos sindicatos de
Meio Ambiente trabalhadores e centrais sindicais nos processos de
f) Fomentar políticas e ações públicas voltadas à licenciamento ambiental de empresas, de forma a garantir o
mobilidade urbana sustentável. direito à saúde do trabalhador.
Responsável: Ministério das Cidades Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Trabalho e
Emprego; Ministério da Saúde
g) Considerar na elaboração de políticas públicas
de desenvolvimento urbano os impactos na saúde pública. h) Promover e fortalecer ações de proteção às
populações mais pobres da convivência com áreas
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério das Cidades
contaminadas, resguardando-as contra essa ameaça e
h) Fomentar políticas públicas de apoio às assegurando-lhes seus direitos fundamentais.
organizações de catadores de materiais recicláveis, Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades;
visando à disponibilização de áreas e prédios desocupados Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da
pertencentes à União, a fim de serem transformados em Saúde
infraestrutura produtiva para essas organizações.
Responsáveis: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Objetivo estratégico II:
Ministério das Cidades; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Afirmação dos princípios da dignidade humana e da
Desenvolvimento Social e Combate à Fome
equidade como fundamentos do processo de
i) Estimular a produção de alimentos de forma desenvolvimento nacional.
comunitária, com uso de tecnologias de bases Ações programáticas:
agroecológicas, em espaços urbanos e periurbanos ociosos e a) Reforçar o papel do Plano Plurianual como
fomentar a mobilização comunitária para a implementação de instrumento de consolidação dos Direitos Humanos e de
hortas, viveiros, pomares, canteiros de ervas medicinais,
160
enfrentamento da concentração de renda e riqueza e de Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades
promoção da inclusão da população de baixa renda. e) Fortalecer ações que estabilizem a
Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão concentração de gases de efeito estufa em nível que
b) Reforçar os critérios da equidade e da permita a adaptação natural dos ecossistemas à mudança do
prevalência dos Direitos Humanos como prioritários na clima, controlando a interferência das atividades humanas
avaliação da programação orçamentária de ação ou (antrópicas) no sistema climático.
autorização de gastos. Responsável: Ministério do Meio Ambiente
Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão f) Garantir o efetivo acesso a informação sobre a
c) Instituir código de conduta em Direitos Humanos degradação e os riscos ambientais, e ampliar e articular as
para ser considerado no âmbito do poder público como bases de informações dos entes federados e produzir
critério para a contratação e financiamento de empresas. informativos em linguagem acessível.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Responsável: Ministério do Meio Ambiente
República g) Integrar os atores envolvidos no combate ao
d) Regulamentar a taxação do imposto sobre trabalho escravo nas operações correntes de fiscalização ao
grandes fortunas previsto na Constituição. desmatamento e ao corte ilegal de madeira.
Responsáveis: Ministério da Fazenda; Secretaria Especial dos Direitos Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Humanos da Presidência da República da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Meio
Ambiente
e) Ampliar a adesão de empresas ao compromisso
de responsabilidade social e Direitos Humanos.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Eixo Orientador III:
da República; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Universalizar direitos em um contexto de desigualdades
Exterior A Declaração Universal dos Direitos Humanos
afirma em seu preâmbulo que o "reconhecimento da
Objetivo estratégico III: dignidade inerente a todos os membros da família
Fortalecimento dos direitos econômicos por meio de humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o
políticas públicas de defesa da concorrência e de fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo".
proteção do consumidor. No entanto, nas vicissitudes ocorridas no cumprimento da
Ações programáticas: Declaração pelos Estados signatários, identificou-se a
a) Garantir o acesso universal a serviços necessidade de reconhecer as diversidades e diferenças
públicos essenciais de qualidade. para concretização do princípio da igualdade.
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação; Ministério de
Minas e Energia; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à No Brasil, ao longo das últimas décadas, os Direitos
Fome; Ministério das Cidades Humanos passaram a ocupar uma posição de destaque no
b) Fortalecer o sistema brasileiro de defesa da ordenamento jurídico. O País avançou decisivamente na
concorrência para coibir condutas anticompetitivas e proteção e promoção do direito às diferenças. Porém, o peso
concentradoras de renda. negativo do passado continua a projetar no presente uma
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Fazenda situação de profunda iniquidade social.
c) Garantir o direito à informação do consumidor,
O acesso aos direitos fundamentais continua
fortalecendo as ações de acompanhamento de mercado,
enfrentando barreiras estruturais, resquícios de um processo
inclusive a rotulagem dos transgênicos.
histórico, até secular, marcado pelo genocídio indígena, pela
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior; Ministério da Agricultura, Pecuária e
escravidão e por períodos ditatoriais, práticas que continuam
Abastecimento a ecoar em comportamentos, leis e na realidade social.
O PNDH-3 assimila os grandes avanços
d) Fortalecer o combate à fraude e a avaliação da
conquistados ao longo destes últimos anos, tanto nas
conformidade dos produtos e serviços no mercado.
políticas de erradicação da miséria e da fome, quanto na
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
preocupação com a moradia e saúde, e aponta para a
continuidade e ampliação do acesso a tais políticas,
fundamentais para garantir o respeito à dignidade humana.
Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais
como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras Os objetivos estratégicos direcionados à promoção
como sujeitos de direitos. da cidadania plena preconizam a universalidade,
indivisibilidade e interdependência dos Direitos
Objetivo estratégico I: Humanos, condições para sua efetivação integral e
Afirmação dos direitos ambientais como Direitos igualitária. O acesso aos direitos de registro civil, alimentação
Humanos. adequada, terra e moradia, trabalho decente, educação,
Ações programáticas: participação política, cultura, lazer, esporte e saúde, deve
a) Incluir o item Direito Ambiental nos relatórios de considerar a pessoa humana em suas múltiplas dimensões
monitoramento dos Direitos Humanos. de ator social e sujeito de cidadania.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério do Meio Ambiente
À luz da história dos movimentos sociais e de
b) Incluir o tema dos Direitos Humanos nos programas de governo, o PNDH-3 orienta-se pela
instrumentos e relatórios dos órgãos ambientais. transversalidade, para que a implementação dos direitos
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência civis e políticos transitem pelas diversas dimensões dos
da República; Ministério do Meio Ambiente direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Caso
c) Assegurar a proteção dos direitos ambientais e contrário, grupos sociais afetados pela pobreza, pelo racismo
dos Direitos Humanos no Código Florestal. estrutural e pela discriminação dificilmente terão acesso a
Responsável: Ministério do Meio Ambiente tais direitos.
d) Implementar e ampliar políticas públicas voltadas
para a recuperação de áreas degradadas e áreas de As ações programáticas formuladas visam enfrentar
desmatamento nas zonas urbanas e rurais. o desafio de eliminar as desigualdades, levando em conta as
161
dimensões de gênero e raça nas políticas públicas, desde o ao recém-nascido a certidão de nascimento antes da alta
planejamento até a sua concretização e avaliação. Há, neste médica.
sentido, propostas de criação de indicadores que possam - Fortalecer a Declaração de Nascido Vivo (DNV), emitida
mensurar a efetivação progressiva dos direitos. pelo Sistema Único de Saúde, como mecanismo de acesso
ao registro civil de nascimento, contemplando a diversidade
Às desigualdades soma-se a persistência da na emissão pelos estabelecimentos de saúde e pelas
discriminação, que muitas vezes se manifesta sob a forma de parteiras.
violência contra sujeitos que são histórica e estruturalmente - Realizar orientação sobre a importância do registro civil de
vulnerabilizados. nascimento para a cidadania por meio da rede de
atendimento (saúde, educação e assistência social) e pelo
O combate à discriminação mostra-se necessário, sistema de Justiça e de segurança pública.
mas insuficiente enquanto medida isolada. Os pactos e - Aperfeiçoar as normas e o serviço público notarial e de
convenções que integram o sistema regional e internacional registro, em articulação com o Conselho Nacional de Justiça,
de proteção dos Direitos Humanos apontam para a para garantia da gratuidade e da cobertura do serviço de
necessidade de combinar estas medidas com políticas registro civil em âmbito nacional.
compensatórias que acelerem a construção da igualdade, Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social
como forma capaz de estimular a inclusão de grupos e Combate à Fome; Ministério da Previdência Social; Ministério da Justiça;
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Secretaria Especial dos
socialmente vulneráveis. Além disso, as ações afirmativas Direitos Humanos da Presidência da República
constituem medidas especiais e temporárias que buscam b) Promover a mobilização nacional com intuito de
remediar um passado discriminatório. No rol de movimentos reduzir o número de pessoas sem registro civil de
e grupos sociais que demandam políticas de inclusão social nascimento e documentação básica.
encontram-se crianças, adolescentes, mulheres, pessoas - Instituir comitês gestores estaduais, distrital e municipais
idosas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, com o objetivo de articular as instituições públicas e as
pessoas com deficiência, pessoas moradoras de rua, povos entidades da sociedade civil para a implantação de ações
indígenas, populações negras e quilombolas, ciganos, que visem à ampliação do acesso à documentação básica.
ribeirinhos, varzanteiros e pescadores, entre outros. - Realizar campanhas para orientação e conscientização da
população e dos agentes responsáveis pela articulação e
Definem-se, neste capítulo, medidas e políticas que pela garantia do acesso aos serviços de emissão de registro
devem ser efetivadas para reconhecer e proteger os civil de nascimento e de documentação básica.
indivíduos como iguais na diferença, ou seja, para valorizar a - Realizar mutirões para emissão de registro civil de
diversidade presente na população brasileira para nascimento e documentação básica, com foco nas regiões de
estabelecer acesso igualitário aos direitos fundamentais. difícil acesso e no atendimento às populações específicas
Trata-se de reforçar os programas de governo e as como os povos indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas em
resoluções pactuadas nas diversas conferências nacionais situação de rua, institucionalizadas e às trabalhadoras rurais.
temáticas, sempre sob o foco dos Direitos Humanos, com a Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social
preocupação de assegurar o respeito às diferenças e o e Combate à Fome; Ministério da Defesa; Ministério da Fazenda;
combate às desigualdades, para o efetivo acesso aos Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
direitos.
c) Criar bases normativas e gerenciais para garantia
Por fim, em respeito à primazia constitucional de da universalização do acesso ao registro civil de
proteção e promoção da infância, do adolescente e da nascimento e à documentação básica.
juventude, o capítulo aponta suas diretrizes para o respeito e - Implantar sistema nacional de registro civil para interligação
a garantia das gerações futuras. Como sujeitos de direitos, as das informações de estimativas de nascimentos, de nascidos
crianças, os adolescentes e os jovens são frequentemente vivos e do registro civil, a fim de viabilizar a busca ativa dos
subestimadas em sua participação política e em sua nascidos não registrados e aperfeiçoar os indicadores para
capacidade decisória. Preconiza-se o dever de assegurar- subsidiar políticas públicas.
lhes, desde cedo, o direito de opinião e participação. - Desenvolver estudo e revisão da legislação para garantir o
acesso do cidadão ao registro civil de nascimento em todo o
Marcadas pelas diferenças e por sua fragilidade território nacional.
temporal, as crianças, os adolescentes e os jovens estão - Realizar estudo de sustentabilidade do serviço notarial e de
sujeitos a discriminações e violências. As ações registro no País.
programáticas promovem a garantia de espaços e - Desenvolver a padronização do registro civil (certidão de
investimentos que assegurem proteção contra qualquer nascimento, de casamento e de óbito) em território nacional.
forma de violência e discriminação, bem como a - Garantir a emissão gratuita de Registro Geral e Cadastro de
promoção da articulação entre família, sociedade e Pessoa Física aos reconhecidamente pobres.
Estado para fortalecer a rede social de proteção que - Desenvolver estudo sobre a política nacional de
garante a efetividade de seus direitos. documentação civil básica.
Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma Ministério da Fazenda; Ministério da Justiça; Ministério do Trabalho e
universal, indivisível e interdependente, assegurando a Emprego; Ministério da Previdência Social; Secretaria Especial dos
cidadania plena. Direitos Humanos da Presidência da República
d) Incluir no questionário do censo demográfico
Objetivo estratégico I: perguntas para identificar a ausência de documentos civis
Universalização do registro civil de nascimento e na população.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
ampliação do acesso à documentação básica. República
Ações programáticas:
a) Ampliar e reestruturar a rede de atendimento Objetivo estratégico II:
para a emissão do registro civil de nascimento visando a Acesso à alimentação adequada por meio de políticas
sua universalização. estruturantes.
- Interligar maternidades e unidades de saúde aos cartórios, Ações programáticas:
por meio de sistema manual ou informatizado, para emissão a) Ampliar o acesso aos alimentos por meio de
de registro civil de nascimento logo após o parto, garantindo programas e ações de geração e transferência de renda,
162
com ênfase na participação das mulheres como potenciais e) Assegurar às comunidades quilombolas a
beneficiárias. posse dos seus territórios, acelerando a identificação, o
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; reconhecimento, a demarcação e a titulação desses
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da territórios, respeitando e preservando os sítios de valor
República
simbólico e histórico.
b) Vincular programas de transferência de renda à Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
garantia da segurança alimentar da criança, por meio do Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério do
acompanhamento da saúde e nutrição e do estímulo de Desenvolvimento Agrário
hábitos alimentares saudáveis, com o objetivo de erradicar f) Garantir o acesso a terra às populações
a desnutrição infantil. ribeirinhas, varzanteiras e pescadoras, assegurando acesso
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; aos recursos naturais que tradicionalmente utilizam para sua
Ministério da Educação; Ministério da Saúde reprodução física, cultural e econômica.
c) Fortalecer a agricultura familiar e camponesa Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do Meio
no desenvolvimento de ações específicas que promovam a Ambiente
geração de renda no campo e o aumento da produção de g) Garantir que nos programas habitacionais do
alimentos agroecológicos para o autoconsumo e para o governo sejam priorizadas as populações de baixa renda, a
mercado local. população em situação de rua e grupos sociais em
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério do situação de vulnerabilidade no espaço urbano e rural,
Desenvolvimento Social e Combate à Fome considerando os princípios da moradia digna, do desenho
d) Ampliar o abastecimento alimentar, com maior universal e os critérios de acessibilidade nos projetos.
autonomia e fortalecimento da economia local, associado a Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento
programas de informação, de educação alimentar, de Social e Combate à Fome
capacitação, de geração de ocupações produtivas, de h) Promover a destinação das glebas e edifícios
agricultura familiar camponesa e de agricultura urbana. vazios ou subutilizados pertencentes à União, para a
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; população de baixa renda, reduzindo o déficit habitacional.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério do Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento Agrário Orçamento e Gestão
e) Promover a implantação de equipamentos i) Estabelecer que a garantia da qualidade de
públicos de segurança alimentar e nutricional, com vistas a abrigos e albergues, bem como seu caráter inclusivo e de
ampliar o acesso à alimentação saudável de baixo custo, resgate da cidadania à população em situação de rua,
valorizar as culturas alimentares regionais, estimular o estejam entre os critérios de concessão de recursos para
aproveitamento integral dos alimentos, evitar o desperdício e novas construções e manutenção dos existentes.
contribuir para a recuperação social e de saúde da Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Desenvolvimento
sociedade. Social e Combate à Fome
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome j) Apoiar o monitoramento de políticas de
f) Garantir que os hábitos e contextos regionais habitação de interesse social pelos conselhos municipais
sejam incorporados nos modelos de segurança alimentar de habitação, garantindo às cooperativas e associações
como fatores da produção sustentável de alimentos. habitacionais acesso às informações.
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Responsável: Ministério das Cidades
g) Realizar pesquisas científicas que promovam k) Garantir as condições para a realização de
ganhos de produtividade na agricultura familiar e assegurar acampamentos ciganos em todo o território nacional,
estoques reguladores. visando a preservação de suas tradições, práticas e
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; patrimônio cultural.
Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Agricultura, Pecuária Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
e Abastecimento da República; Ministério das Cidades
163
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para r) Apoiar a implementação de espaços essenciais
as Mulheres da Presidência da República para higiene pessoal e centros de referência para a
e) Aperfeiçoar o programa de saúde para população em situação de rua.
adolescentes, especificamente quanto à saúde de gênero, à Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
educação sexual e reprodutiva e à saúde mental. da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para s) Investir na política de reforma psiquiátrica
as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos fomentando programas de tratamentos substitutivos à
Humanos da Presidência da República
internação, que garantam às pessoas com transtorno mental
f) Criar campanhas e material técnico, instrucional e
a possibilidade de escolha autônoma de tratamento, com
educativo sobre planejamento reprodutivo que respeite os
convivência familiar e acesso aos recursos psiquiátricos e
direitos sexuais e reprodutivos, contemplando a elaboração
farmacológicos.
de materiais específicos para a população jovem e Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos
adolescente e para pessoas com deficiência. Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para t) Implementar medidas destinadas a
as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República desburocratizar os serviços do Instituto Nacional de Seguro
g) Estimular programas de atenção integral à saúde Social para a concessão de aposentadorias e benefícios.
Responsável: Ministério da Previdência Social
das mulheres, considerando suas especificidades étnico-
u) Estimular a incorporação do trabalhador urbano e
raciais, geracionais, regionais, de orientação sexual, de
rural ao regime geral da previdência social.
pessoa com deficiência, priorizando as moradoras do campo, Responsável: Ministério da Previdência Social
da floresta e em situação de rua. v) Assegurar a inserção social das pessoas
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas atingidas pela hanseníase isoladas e internadas em
de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério hospitais-colônias.
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
h) Ampliar e disseminar políticas de saúde pré e da República; Ministério da Saúde
neonatal, com inclusão de campanhas educacionais de w) Reconhecer, pelo Estado brasileiro, as violações
esclarecimento, visando à prevenção do surgimento ou do de direitos às pessoas atingidas pela hanseníase no período
agravamento de deficiências. da internação e do isolamento compulsórios, apoiando
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para iniciativas para agilizar as reparações com a concessão de
as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos pensão especial prevista na Lei no 11.520/2007.
Humanos da Presidência da República Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
i) Expandir a assistência pré-natal e pós-natal por República
meio de programas de visitas domiciliares para x) Proporcionar as condições necessárias para
acompanhamento das crianças na primeira infância. conclusão do trabalho da Comissão Interministerial de
Responsável: Ministério da Saúde Avaliação para análise dos requerimentos de pensão
j) Apoiar e financiar a realização de pesquisas e especial das pessoas atingidas pela hanseníase, que foram
intervenções sobre a mortalidade materna, contemplando internadas e isoladas compulsoriamente em hospitais-colônia
o recorte étnico-racial e regional. até 31 de dezembro de 1986.
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
as Mulheres da Presidência da República República
k) Assegurar o acesso a laqueaduras e
vasectomias ou reversão desses procedimentos no sistema Objetivo estratégico V:
público de saúde, com garantia de acesso a informações Acesso à educação de qualidade e garantia de
sobre as escolhas individuais. permanência na escola.
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para Ações programáticas:
as Mulheres da Presidência da República
a) Ampliar o acesso a educação básica, a
l) Ampliar a oferta de medicamentos de uso permanência na escola e a universalização do ensino no
contínuo, especiais e excepcionais, para a pessoa idosa. atendimento à educação infantil.
Responsável: Ministério da Saúde
Responsável: Ministério da Educação
m) Realizar campanhas de diagnóstico precoce e b) Assegurar a qualidade do ensino formal público
tratamento adequado às pessoas que vivem com com seu monitoramento contínuo e atualização curricular.
HIV/AIDS para evitar o estágio grave da doença e prevenir Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos Direitos
sua expansão e disseminação. Humanos da Presidência da República
Responsável: Ministério da Saúde c) Desenvolver programas para a reestruturação
n) Proporcionar às pessoas que vivem com das escolas como polos de integração de políticas
HIV/AIDS programas de atenção no âmbito da saúde sexual educacionais, culturais e de esporte e lazer.
e reprodutiva. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério do
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para Esporte
as Mulheres da Presidência da República d) Apoiar projetos e experiências de integração da
o) Capacitar os agentes comunitários de saúde que escola com a comunidade que utilizem sistema de
realizam a triagem e a captação nas hemorredes para alternância.
praticarem abordagens sem preconceito e sem Responsável: Ministério da Educação
discriminação. e) Adequar o currículo escolar, inserindo conteúdos
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos que valorizem as diversidades, as práticas artísticas, a
Humanos da Presidência da República
necessidade de alimentação adequada e saudável e as
p) Garantir o acompanhamento multiprofissional atividades físicas e esportivas.
a pessoas transexuais que fazem parte do processo Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério do
transexualizador no Sistema Único de Saúde e de suas Esporte; Ministério da Saúde
famílias. f) Integrar os programas de alfabetização de
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Direitos jovens e adultos aos programas de qualificação profissional
Humanos da Presidência da República
e educação cidadã, apoiando e incentivando a utilização de
q) Apoiar o acesso a programas de saúde metodologias adequadas às realidades dos povos e
preventiva e de proteção à saúde para profissionais do comunidades tradicionais.
sexo. Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para Social e Combate à Fome; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério
as Mulheres da Presidência da República da Pesca e Aquicultura
164
g) Estimular e financiar programas de extensão no 4.228/2002, no âmbito da administração pública federal,
universitária como forma de integrar o estudante à realidade direta e indireta, com vistas à realização de metas
social. percentuais da ocupação de cargos comissionados pelas
Responsável: Ministério da Educação mulheres, população negra e pessoas com deficiência.
h) Fomentar as ações afirmativas para o ingresso Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
das populações negra, indígena e de baixa renda no ensino República
superior. i) Realizar campanhas envolvendo a sociedade civil
Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas de organizada sobre paternidade responsável, bem como
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da ampliar a licença-paternidade, como forma de contribuir
Justiça para a corresponsabilidade e para o combate ao preconceito
i) Ampliar o ensino superior público de qualidade quanto à inserção das mulheres no mercado de trabalho.
por meio da criação permanente de universidades federais, Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
cursos e vagas para docentes e discentes. Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego
Responsável: Ministério da Educação j) Elaborar diagnósticos com base em ações
j) Fortalecer as iniciativas de educação popular por judiciais que envolvam atos de assédio moral, sexual e
meio da valorização da arte e da cultura, apoiando a psicológico, com apuração de denúncias de desrespeito aos
realização de festivais nas comunidades tradicionais e direitos das trabalhadoras e trabalhadores, visando orientar
valorizando as diversas expressões artísticas nas escolas e ações de combate à discriminação e abuso nas relações de
nas comunidades. trabalho.
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Secretaria Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
k) Ampliar o acesso a programas de inclusão Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da
digital para populações de baixa renda em espaços públicos, República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
especialmente escolas, bibliotecas e centros comunitários. República
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério da k) Garantir a igualdade de direitos das
Ciência e Tecnologia; Ministério da Pesca e Aquicultura trabalhadoras e trabalhadores domésticos com os dos
l) Fortalecer programas de educação no campo e demais trabalhadores.
nas comunidades pesqueiras que estimulem a permanência Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de
dos estudantes na comunidade e que sejam adequados às Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da
Previdência Social
respectivas culturas e identidades.
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento
l) Promover incentivos a empresas para que
Agrário; Ministério da Pesca e Aquicultura empreguem os egressos do sistema penitenciário.
Responsáveis: Ministério da Fazenda; Ministério do Trabalho e Emprego;
Ministério da Justiça
Objetivo estratégico VI:
m) Criar cadastro nacional e relatório periódico de
Garantia do trabalho decente, adequadamente
empregabilidade de egressos do sistema penitenciário.
remunerado, exercido em condições de equidade e Responsável: Ministério da Justiça
segurança. n) Garantir os direitos trabalhistas e previdenciários
Ações programáticas: de profissionais do sexo por meio da regulamentação de
a) Apoiar a agenda nacional de trabalho decente sua profissão.
por meio do fortalecimento do seu comitê executivo e da Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de
efetivação de suas ações. Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego
b) Fortalecer programas de geração de emprego, Objetivo estratégico VII:
ampliando progressivamente o nível de ocupação e Combate e prevenção ao trabalho escravo.
priorizando a população de baixa renda e os Estados com Ações programáticas:
elevados índices de emigração. a) Promover a efetivação do Plano Nacional para
Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego Erradicação do Trabalho Escravo.
c) Ampliar programas de economia solidária, Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos
mediante políticas integradas, como alternativa de geração Direitos Humanos da Presidência da República
de trabalho e renda, e de inclusão social, priorizando os b) Apoiar a coordenação e implementação de
jovens das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. planos estaduais, distrital e municipais para erradicação do
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do trabalho escravo.
Desenvolvimento Social e Combate à Fome Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
d) Criar programas de formação, qualificação e República
inserção profissional e de geração de emprego e renda para c) Monitorar e articular o trabalho das comissões
jovens, população em situação de rua e população de baixa estaduais, distrital e municipais para a erradicação do
renda. trabalho escravo.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Educação Direitos Humanos da Presidência da República
e) Integrar as ações de qualificação profissional às d) Apoiar a alteração da Constituição para prever a
atividades produtivas executadas com recursos públicos, expropriação dos imóveis rurais e urbanos nos quais forem
como forma de garantir a inserção no mercado de trabalho. encontrados trabalhadores reduzidos à condição análoga a
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do de escravos.
Desenvolvimento Social e Combate à Fome Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria de Relações
f) Criar programas de formação e qualificação Institucionais da Presidência da República; Secretaria Especial dos
profissional para pescadores artesanais, industriais e Direitos Humanos da Presidência da República
aquicultores familiares. e) Identificar periodicamente as atividades
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Pesca e produtivas em que há ocorrência de trabalho escravo
Aquicultura adulto e infantil.
g) Combater as desigualdades salariais Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos
baseadas em diferenças de gênero, raça, etnia e das Direitos Humanos da Presidência da República
pessoas com deficiência. f) Propor marco legal e ações repressivas para
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos erradicar a intermediação ilegal de mão de obra.
Direitos Humanos da Presidência da República Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos
h) Acompanhar a implementação do Programa Direitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Nacional de Ações Afirmativas, instituído pelo Decreto
165
g) Promover a destinação de recursos do Fundo de Responsável: Ministério da Justiça
Amparo ao Trabalhador (FAT) para capacitação técnica e c) Apoiar os projetos legislativos para o
profissionalizante de trabalhadores rurais e de povos e financiamento público de campanhas eleitorais.
comunidades tradicionais, como medida preventiva ao Responsável: Ministério da Justiça
trabalho escravo, assim como para implementação de política d) Garantir acesso irrestrito às zonas eleitorais por
de reinserção social dos libertados da condição de trabalho meio de transporte público e acessível e apoiar a criação de
escravo. zonas eleitorais em áreas de difícil acesso.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República e) Promover junto aos povos indígenas ações de
h) Atualizar e divulgar semestralmente o cadastro educação e capacitação sobre o sistema político brasileiro.
de empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava. Responsável: Ministério da Justiça
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos f) Apoiar ações de formação política das mulheres
Direitos Humanos da Presidência da República em sua diversidade étnico-racial, estimulando candidaturas e
votos de mulheres em todos os níveis.
Objetivo estratégico VIII: Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Promoção do direito à cultura, lazer e esporte como Presidência da República
elementos formadores de cidadania. g) Garantir e estimular a plena participação das
Ações programáticas: pessoas com deficiência no ato do sufrágio, seja como eleitor
a) Ampliar programas de cultura que tenham por ou candidato, assegurando os mecanismos de acessibilidade
finalidade planejar e implementar políticas públicas para a necessários, inclusive a modalidade do voto assistido.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
proteção e promoção da diversidade cultural brasileira, em República
formatos acessíveis.
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do Esporte
Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e
b) Elaborar programas e ações de cultura que
adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de
considerem os formatos acessíveis, as demandas e as
forma não discriminatória, assegurando seu direito de
características específicas das diferentes faixas etárias e dos
opinião e participação.
grupos sociais.
Responsável: Ministério da Cultura
c) Fomentar políticas públicas de esporte e lazer, Objetivo estratégico I:
considerando as diversidades locais, de forma a atender a Proteger e garantir os direitos de crianças e
todas as faixas etárias e aos grupos sociais. adolescentes por meio da consolidação das diretrizes
Responsável: Ministério do Esporte nacionais do ECA, da Política Nacional de Promoção,
d) Elaborar inventário das línguas faladas no Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do
Brasil. Adolescente e da Convenção sobre os Direitos da
Responsável: Ministério da Cultura Criança da ONU.
e) Ampliar e desconcentrar os polos culturais e Ações programáticas:
pontos de cultura para garantir o acesso das populações de a) Formular plano de médio prazo e decenal para a
regiões periféricas e de baixa renda. política nacional de promoção, proteção e defesa dos direitos
Responsável: Ministério da Cultura da criança e do adolescente.
f) Fomentar políticas públicas de formação em Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
esporte e lazer, com foco na intersetorialidade, na ação República
comunitária na intergeracionalidade e na diversidade cultural. b) Desenvolver e implementar metodologias de
Responsável: Ministério do Esporte acompanhamento e avaliação das políticas e planos
g) Ampliar o desenvolvimento de programas de nacionais referentes aos direitos de crianças e adolescentes.
produção audiovisual, musical e artesanal dos povos Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
indígenas. República
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça c) Elaborar e implantar sistema de coordenação da
h) Assegurar o direito das pessoas com deficiência política dos direitos da criança e do adolescente em todos os
e em sofrimento mental de participarem da vida cultural em níveis de governo, para atender às recomendações do
igualdade de oportunidade com as demais, e de desenvolver Comitê sobre Direitos da Criança, dos relatores especiais e
e utilizar o seu potencial criativo, artístico e intelectual. do Comitê sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da
Responsáveis: Ministério do Esporte; Ministério da Cultura; Secretaria ONU.
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
i) Fortalecer e ampliar programas que contemplem da República; Ministério das Relações Exteriores
participação dos idosos nas atividades de esporte e lazer. d) Criar sistema nacional de coleta de dados e
Responsáveis: Ministério do Esporte; Secretaria Especial dos Direitos monitoramento junto aos Municípios, Estados e Distrito
Humanos da Presidência da República Federal acerca do cumprimento das obrigações da
j) Potencializar ações de incentivo ao turismo para Convenção dos Direitos da Criança da ONU.
pessoas idosas. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Responsáveis: Ministério do Turismo; Secretaria Especial dos Direitos República
Humanos da Presidência da República e) Assegurar a opinião das crianças e dos
adolescentes que estiverem capacitados a formular seus
Objetivo estratégico IX: próprios juízos, conforme o disposto no artigo 12 da
Garantia da participação igualitária e acessível na vida Convenção sobre os Direitos da Criança, na formulação das
política. políticas públicas voltadas para estes segmentos, garantindo
Ações programáticas: sua participação nas conferências dos direitos das crianças e
a) Apoiar campanhas para promover a ampla dos adolescentes.
divulgação do direito ao voto e participação política de Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
homens e mulheres, por meio de campanhas informativas República
que garantam a escolha livre e consciente.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para Objetivo estratégico II:
as Mulheres da Presidência da República Consolidar o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças
b) Apoiar o combate ao crime de captação ilícita de e Adolescentes, com o fortalecimento do papel dos
sufrágio, inclusive com campanhas de esclarecimento e Conselhos Tutelares e de Direitos.
conscientização dos eleitores. Ações programáticas:
166
a) Apoiar a universalização dos Conselhos f) Extinguir os grandes abrigos e eliminar a longa
Tutelares e de Direitos em todos os Municípios e no Distrito permanência de crianças e adolescentes em abrigamento,
Federal, e instituir parâmetros nacionais que orientem o seu adequando os serviços de acolhimento aos parâmetros
funcionamento. aprovados pelo CONANDA e CNAS.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
República g) Fortalecer as políticas de apoio às famílias para a
b) Implantar escolas de conselhos nos Estados e no redução dos índices de abandono e institucionalização, com
Distrito Federal, com vistas a apoiar a estruturação e prioridade aos grupos familiares de crianças com
qualificação da ação dos Conselhos Tutelares e de Direitos. deficiências.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
República da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
c) Apoiar a capacitação dos operadores do sistema h) Ampliar a oferta de programas de famílias
de garantia dos direitos para a proteção dos direitos e acolhedoras para crianças e adolescentes em situação de
promoção do modo de vida das crianças e adolescentes violência, com o objetivo de garantir que esta seja a única
indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais, opção para crianças retiradas do convívio com sua família de
contemplando ainda as especificidades da população infanto- origem na primeira infância.
juvenil com deficiência. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência i) Estruturar programas de moradia coletivas para
da República; Ministério da Justiça adolescentes e jovens egressos de abrigos institucionais.
d) Fomentar a criação de instâncias especializadas Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
e regionalizadas do sistema de justiça, de segurança e j) Fomentar a adoção legal, por meio de
defensorias públicas, para atendimento de crianças e campanhas educativas, em consonância com o ECA e com
adolescentes vítimas e autores de violência. acordos internacionais.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Justiça da República; Ministério das Relações Exteriores
e) Desenvolver mecanismos que viabilizem a k) Criar serviços e aprimorar metodologias para
participação de crianças e adolescentes no processo das identificação e localização de crianças e adolescentes
conferências dos direitos, nos conselhos de direitos, bem desaparecidos.
como nas escolas, nos tribunais e nos procedimentos Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
judiciais e administrativos que os afetem. República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da l) Exigir em todos os projetos financiados pelo
República Governo Federal a adoção de estratégias de não
f) Estimular a informação às crianças e aos discriminação de crianças e adolescentes em razão de
adolescentes sobre seus direitos, por meio de esforços classe, raça, etnia, crença, gênero, orientação sexual,
conjuntos na escola, na mídia impressa, na televisão, no identidade de gênero, deficiência, prática de ato infracional e
rádio e na Internet. origem.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
da República; Ministério da Educação República
m) Reforçar e centralizar os mecanismos de coleta
Objetivo estratégico III: e análise sistemática de dados desagregados da infância e
Proteger e defender os direitos de crianças e adolescência, especialmente sobre os grupos em situação de
adolescentes com maior vulnerabilidade. vulnerabilidade, historicamente vulnerabilizados, vítimas de
Ações programáticas: discriminação, de abuso e de negligência.
a) Promover ações educativas para erradicação Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
da violência na família, na escola, nas instituições e na República
comunidade em geral, implementando as recomendações n) Estruturar rede de canais de denúncias (Disques)
expressas no Relatório Mundial de Violência contra a de violência contra crianças e adolescentes, integrada aos
Criança da ONU. Conselhos Tutelares.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República República
b) Desenvolver programas nas redes de assistência o) Estabelecer instrumentos para combater a
social, de educação e de saúde para o fortalecimento do discriminação religiosa sofrida por crianças e adolescentes.
papel das famílias em relação ao desenvolvimento infantil e à Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República
disciplina não violenta.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Objetivo estratégico IV:
Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde Enfrentamento da violência sexual contra crianças e
c) Propor marco legal para a abolição das práticas adolescentes.
de castigos físicos e corporais contra crianças e Ações programáticas:
adolescentes. a) Revisar o Plano Nacional de Enfrentamento à
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, em
da República; Ministério da Justiça consonância com as recomendações do III Congresso
d) Implantar sistema nacional de registro de Mundial sobre o tema.
ocorrência de violência escolar, incluindo as práticas de Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
violência gratuita e reiterada entre estudantes (bullying), República
adotando formulário unificado de registro a ser utilizado por b) Ampliar o acesso e qualificar os programas
todas as escolas. especializados em saúde, educação e assistência social,
Responsável: Ministério da Educação no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de
e) Apoiar iniciativas comunitárias de mobilização de violência sexual e de suas famílias
crianças e adolescentes em estratégias preventivas, com Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação; Ministério do
vistas a minimizar sua vulnerabilidade em contextos de Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial dos
violência. Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência c) Desenvolver protocolos unificados de
da República; Ministério da Justiça; Ministério do Esporte; Ministério do atendimento psicossocial e jurídico a vítimas de violência
Turismo sexual.
167
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência criando base de dados unificada que inclua as varas da
da República; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social e infância e juventude, as unidades de internação e os
Combate à Fome; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República programas municipais em meio aberto.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
d) Desenvolver ações específicas para combate à República
violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes c) Implantar centros de formação continuada para
em situação de rua. os operadores do sistema socioeducativo em todos os
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Estados e no Distrito Federal.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
e) Estimular a responsabilidade social das da República; Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento
empresas para ações de enfrentamento da exploração Social e Combate à Fome
sexual e de combate ao trabalho infantil em suas d) Desenvolver estratégias conjuntas com o sistema
organizações e cadeias produtivas. de justiça, com vistas ao estabelecimento de regras
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência específicas para a aplicação da medida de privação de
da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Turismo;
liberdade em caráter excepcional e de pouca duração.
f) Combater a pornografia infanto-juvenil na Internet, Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
por meio do fortalecimento do Hot Line Federal e da difusão República
de procedimentos de navegação segura para crianças, e) Apoiar a expansão de programas municipais de
adolescentes, famílias e educadores. atendimento socioeducativo em meio aberto.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
f) Apoiar os Estados e o Distrito Federal na
Objetivo estratégico V: implementação de programas de atendimento ao adolescente
Garantir o atendimento especializado a crianças e em privação de liberdade, com garantia de escolarização,
adolescentes em sofrimento psíquico e dependência atendimento em saúde, esporte, cultura e educação para o
química. trabalho, condicionando a transferência voluntária de verbas
Ações programáticas: federais à observância das diretrizes do plano nacional.
a) Universalizar o acesso a serviços de saúde Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
mental para crianças e adolescentes em cidades de grande e da República; Ministério da Educação; Ministério da Saúde; Ministério do
médio porte, incluindo a garantia de retaguarda para as Esporte; Ministério da Cultura; Ministério do Trabalho e Emprego
unidades de internação socioeducativa. g) Garantir aos adolescentes privados de liberdade
Responsável: Ministério da Saúde e suas famílias informação sobre sua situação legal, bem
b) Fortalecer políticas de saúde que contemplem como acesso à defesa técnica durante todo o período de
programas de desintoxicação e redução de danos em cumprimento da medida socioeducativa.
casos de dependência química. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Responsável: Ministério da Saúde da República; Ministério da Justiça
h) Promover a transparência das unidades de
Objetivo estratégico VI: internação de adolescentes em conflito com a lei,
Erradicação do trabalho infantil em todo o território garantindo o contato com a família e a criação de comissões
nacional. mistas de inspeção e supervisão.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Ações programáticas: República
a) Erradicar o trabalho infantil, por meio das ações i) Fomentar a desativação dos grandes complexos
intersetoriais no Governo Federal, com ênfase no apoio às de unidades de internação, por meio do apoio à reforma e
famílias e educação em tempo integral. construção de novas unidades alinhadas aos parâmetros
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Educação;
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
estabelecidos no SINASE e no ECA, em especial na
b) Fomentar a implantação da Lei de observância da separação por sexo, faixa etária e compleição
Aprendizagem (Lei no 10.097/2000), mobilizando física.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
empregadores, organizações de trabalhadores, inspetores de República
trabalho, Judiciário, organismos internacionais e j) Desenvolver campanhas de informação sobre o
organizações não governamentais. adolescente em conflito com a lei, defendendo a não redução
Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego
da maioridade penal.
c) Desenvolver pesquisas, campanhas e relatórios Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
periódicos sobre o trabalho infantil, com foco em temas e República
públicos que requerem abordagens específicas, tais como k) Estabelecer parâmetros nacionais para a
agricultura familiar, trabalho doméstico, trabalho de rua. apuração administrativa de possíveis violações dos direitos e
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de casos de tortura em adolescentes privados de liberdade, por
Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério do
Desenvolvimento Agrário; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
meio de sistema independente e de tramitação ágil.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome; Ministério da Justiça República
168
visando incidir diretamente na qualidade de vida da ensino (básico e superior), assistência integrada à saúde,
população negra e no combate à violência racial. número de violações registradas e apuradas, recorrências de
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade violações e dados populacionais.
Racial da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério do Responsável: Ministério da Justiça
Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à f) Proteger e promover os conhecimentos
Fome; Ministério da Saúde
tradicionais e medicinais dos povos indígenas.
c) Elaborar programas de combate ao racismo Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde
institucional e estrutural, implementando normas g) Implementar políticas de proteção do patrimônio
administrativas e legislação nacional e internacional. dos povos indígenas, por meio dos registros material e
Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial da Presidência da República imaterial, mapeando os sítios históricos e arqueológicos, a
d) Realizar levantamento de informações para cultura, as línguas e a arte.
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça
produção de relatórios periódicos de acompanhamento das
h) Promover projetos e pesquisas para resgatar a
políticas contra a discriminação racial, contendo, entre outras,
história dos povos indígenas.
informações sobre inclusão no sistema de ensino (básico e Responsável: Ministério da Justiça
superior), inclusão no mercado de trabalho, assistência i) Promover ações culturais para o fortalecimento da
integrada à saúde, número de violações registradas e educação escolar dos povos indígenas, estimulando a
apuradas, recorrências de violações, e dados populacionais e valorização de suas próprias formas de produção do
de renda. conhecimento.
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça
Racial da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República j) Garantir o acesso à educação formal pelos povos
e) Analisar periodicamente os indicadores que indígenas, bilíngues e com adequação curricular formulada
apontam desigualdades visando à formulação e com a participação de representantes das etnias indigenistas
implementação de políticas públicas afirmativas que e especialistas em educação.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação
valorizem a promoção da igualdade racial.
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade k) Assegurar o acesso e permanência da
Racial da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos população indígena no ensino superior, por meio de ações
Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério afirmativas e respeito à diversidade étnica e cultural.
do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação
à Fome; Ministério da Saúde l) Adotar medidas de proteção dos direitos das
f) Fortalecer a integração das políticas públicas em crianças indígenas nas redes de ensino, saúde e assistência
todas as comunidades remanescentes de quilombos social, em consonância com a promoção dos seus modos de
localizadas no território brasileiro. vida.
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Saúde; Ministério do
Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial dos
g) Fortalecer os mecanismos existentes de Direitos Humanos da Presidência da República
reconhecimento das comunidades quilombolas como garantia
dos seus direitos específicos. Objetivo estratégico III:
Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Garantia dos direitos das mulheres para o
Cultura; Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial
estabelecimento das condições necessárias para sua
da Presidência da República
h) Fomentar programas de valorização do plena cidadania.
patrimônio cultural das populações negras. Ações programáticas:
Responsável: Ministério da Cultura; Secretaria Especial de Promoção da a) Desenvolver ações afirmativas que permitam
Igualdade Racial da Presidência da República incluir plenamente as mulheres no processo de
i)Assegurar o resgate da memória das populações desenvolvimento do País, por meio da promoção da sua
negras, mediante a publicação da história de resistência e autonomia econômica e de iniciativas produtivas que
resgate de tradições das populações das diásporas. garantam sua independência.
Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Racial da Presidência da República Presidência da República
b) Incentivar políticas públicas e ações afirmativas
Objetivo estratégico II: para a participação igualitária, plural e multirracial das
Garantia aos povos indígenas da manutenção e resgate mulheres nos espaços de poder e decisão.
das condições de reprodução, assegurando seus modos Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República
de vida.
Ações programáticas: c) Elaborar relatório periódico de acompanhamento
a) Assegurar a integridade das terras indígenas das políticas para mulheres com recorte étnico-racial, que
para proteger e promover o modo de vida dos povos contenha dados sobre renda, jornada e ambiente de trabalho,
indígenas. ocorrências de assédio moral, sexual e psicológico,
Responsável: Ministério da Justiça ocorrências de violências contra a mulher, assistência à
b) Proteger os povos indígenas isolados e de saúde integral, dados reprodutivos, mortalidade materna e
recente contato para garantir sua reprodução cultural e escolarização.
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
etnoambiental.
Presidência da República
Responsável: Ministério da Justiça
c) Aplicar os saberes dos povos indígenas e das d) Divulgar os instrumentos legais de proteção às
comunidades tradicionais na elaboração de políticas públicas, mulheres, nacionais e internacionais, incluindo sua
respeitando a Convenção no 169 da OIT. publicação em formatos acessíveis, como braile, CD de áudio
Responsável: Ministério da Justiça e demais tecnologias assistivas.
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
d) Apoiar projetos de lei com objetivo de revisar
Presidência da República
o Estatuto do Índio com base no texto constitucional de e) Ampliar o financiamento de abrigos para
1988 e na Convenção no 169 da OIT. mulheres em situação de vulnerabilidade, garantindo
Responsável: Ministério da Justiça
e) Elaborar relatório periódico de acompanhamento plena acessibilidade.
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
das políticas indigenistas que contemple dados sobre os Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e
processos de demarcações das terras indígenas, dados Combate à Fome
sobre intrusões e conflitos territoriais, inclusão no sistema de
169
f) Propor tratamento preferencial de atendimento às b) Incluir nos instrumentos e relatórios de políticas
mulheres em situação de violência doméstica e familiar nos culturais a temática dos Direitos Humanos.
Conselhos Gestores do Fundo Nacional de Habitação de Responsável: Ministério da Cultura
Interesse Social e junto ao Fundo de Desenvolvimento
Social. Objetivo estratégico III:
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Valorização da pessoa idosa e promoção de sua
Presidência da República; Ministério das Cidades; Ministério do participação na sociedade.
Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ações programáticas:
g) Considerar o aborto como tema de saúde a) Promover a inserção, a qualidade de vida e a
pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde. prevenção de agravos aos idosos, por meio de programas
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Justiça que fortaleçam o convívio familiar e comunitário,
h) Realizar campanhas e ações educativas para garantindo o acesso a serviços, ao lazer, à cultura e à
desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do atividade física, de acordo com sua capacidade funcional.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
sexo. da República; Ministério da Cultura; Ministério do Esporte
Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República b) Apoiar a criação de centros de convivência e
desenvolver ações de valorização e socialização da pessoa
Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade. idosa nas zonas urbanas e rurais.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Cultura
Objetivo estratégico I: c) Fomentar programas de voluntariado de pessoas
Afirmação da diversidade para construção de uma idosas, visando valorizar e reconhecer sua contribuição para
sociedade igualitária. o desenvolvimento e bem-estar da comunidade.
Ações programáticas: Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
a) Realizar campanhas e ações educativas para República
desconstrução de estereótipos relacionados com d) Desenvolver ações que contribuam para o
diferenças étnico-raciais, etárias, de identidade e orientação protagonismo da pessoa idosa na escola, possibilitando sua
sexual, de pessoas com deficiência, ou segmentos participação ativa na construção de uma nova percepção
profissionais socialmente discriminados. intergeracional.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade República
Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para e) Potencializar ações com ênfase no diálogo
as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Cultura intergeracional, valorizando o conhecimento acumulado das
b) Incentivar e promover a realização de atividades pessoas idosas.
de valorização da cultura das comunidades tradicionais, entre Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
elas ribeirinhos, extrativistas, quebradeiras de coco, República
pescadores artesanais, seringueiros, geraizeiros, f) Desenvolver ações intersetoriais para capacitação
varzanteiros, pantaneiros, comunidades de fundo de continuada de cuidadores de pessoas idosas.
pasto, caiçaras e faxinalenses. Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Cultura
Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do Desenvolvimento Social g) Desenvolver política de humanização do
e Combate à Fome; Ministério do Esporte atendimento ao idoso, principalmente em instituições de
c) Fomentar a formação e capacitação em Direitos longa permanência.
Humanos, como meio de resgatar a autoestima e a dignidade Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
das comunidades tradicionais, rurais e urbanas. da República; Ministério da Cultura
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade h) Elaborar programas de capacitação para os
Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da operadores dos direitos da pessoa idosa.
Cultura Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
d) Apoiar políticas de acesso a direitos para a República.
população cigana, valorizando seus conhecimentos e i) Elaborar relatório periódico de
cultura. acompanhamento das políticas para pessoas idosas que
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome contenha informações sobre os Centros Integrados de
e) Apoiar e valorizar a associação das mulheres Atenção a Prevenção à Violência, tais como: quantidade
quebradeiras de coco, protegendo e promovendo a existente; sua participação no financiamento público; sua
continuidade de seu trabalho extrativista. inclusão nos sistemas de atendimento; número de
Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome profissionais capacitados; pessoas idosas atendidas;
f) Elaborar relatórios periódicos de proporção dos casos com resoluções; taxa de reincidência;
acompanhamento das políticas direcionadas às populações e pessoas idosas seguradas e aposentadas; famílias providas
comunidades tradicionais, que contenham, entre outras, por pessoas idosas; pessoas idosas em abrigos; pessoas
informações sobre população estimada, assistência integrada idosas em situação de rua; principal fonte de renda dos
à saúde, número de violações registradas e apuradas, idosos; pessoas idosas atendidas, internadas e mortas por
recorrência de violações, lideranças ameaçadas, dados sobre violência ou maus-tratos.
acesso à moradia, terra e território e conflitos existentes. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Secretaria da República; Ministério da Saúde; Ministério da Previdência Social;
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Fome
República
Objetivo estratégico IV:
Objetivo estratégico II: Promoção e proteção dos direitos das pessoas com
Proteção e promoção da diversidade das expressões deficiência e garantia da acessibilidade igualitária.
culturais como Direito Humano. Ações programáticas:
Ações programáticas: a) Garantir às pessoas com deficiência igual e
a) Promover ações de afirmação do direito à efetiva proteção legal contra a discriminação.
diversidade das expressões culturais, garantindo igual Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
dignidade e respeito para todas as culturas. da República; Ministério da Justiça
Responsável: Ministério da Cultura
170
b) Garantir salvaguardas apropriadas e efetivas núcleos de pesquisa e promoção da cidadania daquele
para prevenir abusos a pessoas com deficiência e pessoas segmento em universidades públicas.
idosas. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
República h) Realizar relatório periódico de acompanhamento
c) Assegurar o cumprimento do Decreto de das políticas contra discriminação à população LGBT, que
Acessibilidade (Decreto no 5.296/2004), que garante a contenha, entre outras, informações sobre inclusão no
acessibilidade pela adequação das vias e passeios públicos, mercado de trabalho, assistência à saúde integral, número de
semáforos, mobiliários, habitações, espaços de lazer, violações registradas e apuradas, recorrências de violações,
transportes, prédios públicos, inclusive instituições de ensino, dados populacionais, de renda e conjugais.
e outros itens de uso individual e coletivo. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência República
da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério das Cidades
d) Garantir recursos didáticos e pedagógicos para Objetivo estratégico VI:
atender às necessidades educativas especiais. Respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e
Responsável: Ministério da Educação garantia da laicidade do Estado.
e) Disseminar a utilização dos sistemas braile, Ações programáticas:
tadoma, escrita de sinais e libras tátil para inclusão das a) Instituir mecanismos que assegurem o livre
pessoas com deficiência em todo o sistema de ensino. exercício das diversas práticas religiosas, assegurando a
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência proteção do seu espaço físico e coibindo manifestações de
da República; Ministério da Educação
intolerância religiosa.
f) Instituir e implementar o ensino da Língua Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Cultura; Secretaria
Brasileira de Sinais como disciplina curricular facultativa. Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência b) Promover campanhas de divulgação sobre a
da República; Ministério da Educação
diversidade religiosa para disseminar cultura da paz e de
g) Propor a regulamentação das profissões relativas
respeito às diferentes crenças.
à implementação da acessibilidade, tais como: instrutor de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Libras, guia-intérprete, tradutor-intérprete, transcritor, da República; Ministério da Cultura; Secretaria Especial de Políticas de
revisor e ledor da escrita braile e treinadores de cães- Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
guia. c) (Revogado)
Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego d)Estabelecer o ensino da diversidade e história das
h) Elaborar relatórios sobre os Municípios que religiões, inclusive as derivadas de matriz africana, na rede
possuam frota adaptada para subsidiar o processo de pública de ensino, com ênfase no reconhecimento das
monitoramento do cumprimento e implementação da diferenças culturais, promoção da tolerância e na
legislação de acessibilidade. afirmação da laicidade do Estado.
Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial dos Direitos Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República Humanos da Presidência da República
e) Realizar relatório sobre pesquisas
Objetivo estratégico V: populacionais relativas a práticas religiosas, que
Garantia do respeito à livre orientação sexual e contenha, entre outras, informações sobre número de
identidade de gênero. religiões praticadas, proporção de pessoas distribuídas entre
Ações programáticas: as religiões, proporção de pessoas que já trocaram de
a) Desenvolver políticas afirmativas e de promoção religião, número de pessoas religiosas não praticantes e
de cultura de respeito à livre orientação sexual e número de pessoas sem religião.
identidade de gênero, favorecendo a visibilidade e o Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
reconhecimento social. República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República
b) Apoiar projeto de lei que disponha sobre a união Eixo Orientador IV:
civil entre pessoas do mesmo sexo. Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Violência
da República; Ministério da Justiça Por muito tempo, alguns segmentos da militância
c) Promover ações voltadas à garantia do direito de em Direitos Humanos mantiveram-se distantes do debate
adoção por casais homoafetivos. sobre as políticas públicas de segurança no Brasil. No
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas processo de consolidação da democracia, por diferentes
para as Mulheres da Presidência da República razões, movimentos sociais e entidades manifestaram
d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informação dificuldade no tratamento do tema. Na base dessa
do serviço público todas as configurações familiares dificuldade, estavam a memória dos enfrentamentos com o
constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e aparato repressivo ao longo de duas décadas de regime
transexuais, com base na desconstrução da ditatorial, a postura violenta vigente, muitas vezes, em órgãos
heteronormatividade. de segurança pública, a percepção do crime e da violência
Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão como meros subprodutos de uma ordem social injusta a ser
e) Desenvolver meios para garantir o uso do nome transformada em seus próprios fundamentos.
social de travestis e transexuais.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Distanciamento análogo ocorreu nas universidades,
República
que, com poucas exceções, não se debruçaram sobre o
f) Acrescentar campo para informações sobre a modelo de polícia legado ou sobre os desafios da segurança
identidade de gênero dos pacientes nos prontuários do pública. As polícias brasileiras, nos termos de sua tradição
sistema de saúde. institucional, pouco aproveitaram da reflexão teórica e dos
Responsável: Ministério da Saúde
g) Fomentar a criação de redes de proteção dos aportes oferecidos pela criminologia moderna e demais
Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e ciências sociais, já disponíveis há algumas décadas às
Transexuais (LGBT), principalmente a partir do apoio à polícias e aos gestores de países desenvolvidos. A cultura
implementação de Centros de Referência em Direitos arraigada de rejeitar as evidências acumuladas pela pesquisa
Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia e de e pela experiência de reforma das polícias no mundo era a
171
mesma que expressava nostalgia de um passado de estaduais. Prioriza transparência e participação popular,
ausência de garantias individuais, e que identificava na ideia instando ao aperfeiçoamento das estatísticas e à publicação
dos Direitos Humanos não a mais generosa entre as de dados, assim como à reformulação do Conselho Nacional
promessas construídas pela modernidade, mas uma de Segurança Pública. Contempla a prevenção da violência e
verdadeira ameaça. da criminalidade como diretriz, ampliando o controle sobre
armas de fogo e indicando a necessidade de
Estavam postas as condições históricas, políticas e profissionalização da investigação criminal.
culturais para que houvesse um fosso aparentemente
intransponível entre os temas da segurança pública e os Com ênfase na erradicação da tortura e na
Direitos Humanos. redução da letalidade policial e carcerária, confere
atenção especial ao estabelecimento de procedimentos
Nos últimos anos, contudo, esse processo de operacionais padronizados, que previnam as ocorrências
estranhamento mútuo passou a ser questionado. De um lado, de abuso de autoridade e de violência institucional, e
articulações na sociedade civil assumiram o desafio de confiram maior segurança a policiais e agentes
repensar a segurança pública a partir de diálogos com penitenciários. Reafirma a necessidade de criação de
especialistas na área, policiais e gestores. De outro, ouvidorias independentes em âmbito federal e, inspirado em
começaram a ser implantadas as primeiras políticas públicas tendências mais modernas de policiamento, estimula as
buscando caminhos alternativos de redução do crime e da iniciativas orientadas por resultados, o desenvolvimento do
violência, a partir de projetos centrados na prevenção e policiamento comunitário e voltado para a solução de
influenciados pela cultura de paz. problemas, elencando medidas que promovam a valorização
dos trabalhadores em segurança pública. Contempla, ainda,
A proposição do Sistema Único de Segurança a criação de sistema federal que integre os atuais sistemas
Pública, a modernização de parte das nossas estruturas de proteção a vítimas e testemunhas, defensores de Direitos
policiais e a aprovação de novos regimentos e leis orgânicas Humanos e crianças e adolescentes ameaçados de morte.
das polícias, a consciência crescente de que políticas de
segurança pública são realidades mais amplas e complexas Também como diretriz, o PNDH-3 propõe profunda
do que as iniciativas possíveis às chamadas "forças da reforma da Lei de Execução Penal que introduza garantias
segurança", o surgimento de nova geração de policiais, fundamentais e novos regramentos para superar as práticas
disposta a repensar práticas e dogmas e, sobretudo, a abusivas, hoje comuns. E trata as penas privativas de
cobrança da opinião pública e a maior fiscalização sobre o liberdade como última alternativa, propondo a redução da
Estado, resultante do processo de democratização, têm demanda por encarceramento e estimulando novas formas
tornado possível a construção de agenda de reformas na de tratamento dos conflitos, como as sugeridas pelo
área. mecanismo da Justiça Restaurativa.
172
de carreira própria, sem subordinação à direção das Responsável: Ministério da Justiça;
instituições policiais.
Responsável: Ministério da Justiça DIRETRIZ 12: Transparência e participação popular no
c) Propor a criação obrigatória de ouvidorias de sistema de segurança pública e justiça criminal.
polícias independentes nos Estados e no Distrito Federal,
com ouvidores protegidos por mandato e escolhidos com Objetivo estratégico I:
participação da sociedade. Publicação de dados do sistema federal de segurança
Responsável: Ministério da Justiça pública.
d) Assegurar a autonomia funcional dos peritos e a Ação programática
modernização dos órgãos periciais oficiais, como forma de a) Publicar trimestralmente estatísticas sobre:
incrementar sua estruturação, assegurando a produção - Crimes registrados, inquéritos instaurados e concluídos,
isenta e qualificada da prova material, bem como o princípio prisões efetuadas, flagrantes registrados, operações
da ampla defesa e do contraditório e o respeito aos Direitos realizadas, armas e entorpecentes apreendidos pela Polícia
Humanos. Federal em cada Estado da Federação;
Responsável: Ministério da Justiça
e) Promover o aprofundamento do debate sobre a - Veículos abordados, armas e entorpecentes apreendidos e
instituição do ciclo completo da atividade policial, com prisões efetuadas pela Polícia Rodoviária Federal em cada
competências repartidas pelas polícias, a partir da natureza e Estado da Federação;
da gravidade dos delitos. - Presos provisórios e condenados sob custódia do sistema
Responsável: Ministério da Justiça penitenciário federal e quantidade de presos trabalhando e
f) Apoiar a aprovação do Projeto de Lei estudando por sexo, idade e raça ou etnia;
no 1.937/2007, que dispõe sobre o Sistema Único de - Vitimização de policiais federais, policiais rodoviários
Segurança Pública. federais, membros da Força Nacional de Segurança Pública
Responsável: Ministério da Justiça e agentes penitenciários federais;
- Quantidade e tipos de laudos produzidos pelos órgãos
Objetivo estratégico II: federais de perícia oficial.
Modernização da gestão do sistema de segurança Responsável: Ministério da Justiça
pública.
Ações programáticas: Objetivo estratégico II:
a) Condicionar o repasse de verbas federais à Consolidação de mecanismos de participação popular na
elaboração e revisão periódica de planos estaduais, distrital e elaboração das políticas públicas de segurança.
municipais de segurança pública que se pautem pela Ações programáticas:
integração e pela responsabilização territorial da gestão dos a) Reformular o Conselho Nacional de Segurança
programas e ações. Pública, assegurando a participação da sociedade civil
Responsável: Ministério da Justiça organizada em sua composição e garantindo sua articulação
b) Criar base de dados unificada que permita o com o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
fluxo de informações entre os diversos componentes do Responsável: Ministério da Justiça
sistema de segurança pública e a Justiça criminal. b) Fomentar mecanismos de gestão participativa
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos das políticas públicas de segurança, como conselhos e
Humanos da Presidência da República conferências, ampliando a Conferência Nacional de
c) Redefinir as competências e o funcionamento da Segurança Pública.
Inspetoria-Geral das Polícias Militares e Corpos de Responsável: Ministério da Justiça
Bombeiros Militares.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Defesa DIRETRIZ 13: Prevenção da violência e da criminalidade
e profissionalização da investigação de atos criminosos.
Objetivo estratégico III:
Promoção dos Direitos Humanos dos profissionais do Objetivo estratégico I:
sistema de segurança pública, assegurando sua Ampliação do controle de armas de fogo em circulação
formação continuada e compatível com as atividades que no País.
exercem. Ações programáticas:
Ações programáticas: a) Realizar ações permanentes de estímulo ao
a) Proporcionar equipamentos para proteção desarmamento da população.
individual efetiva para os profissionais do sistema federal de Responsável: Ministério da Justiça
segurança pública. b) Propor reforma da legislação para ampliar as
Responsável: Ministério da Justiça restrições e os requisitos para aquisição de armas de fogo
b) Condicionar o repasse de verbas federais aos por particulares e empresas de segurança privada.
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, à garantia da Responsável: Ministério da Justiça
efetiva disponibilização de equipamentos de proteção c) Propor alteração da legislação para garantir que
individual aos profissionais do sistema nacional de segurança as armas apreendidas em crimes que não envolvam disparo
pública. sejam inutilizadas imediatamente após a perícia.
Responsável: Ministério da Justiça Responsável: Ministério da Justiça
c) Fomentar o acompanhamento permanente da d) Registrar no Sistema Nacional de Armas todas as
saúde mental dos profissionais do sistema de segurança armas de fogo destruídas.
pública, mediante serviços especializados do sistema de Responsável: Ministério da Defesa
saúde pública.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde Objetivo estratégico II:
d) Propor projeto de lei instituindo seguro para Qualificação da investigação criminal.
casos de acidentes incapacitantes ou morte em serviço para Ações programáticas:
os profissionais do sistema de segurança pública. a) Propor projeto de lei para alterar o procedimento
Responsável: Ministério da Justiça; do inquérito policial, de modo a admitir procedimentos orais
e) Garantir a reabilitação e reintegração ao gravados e transformar em peça ágil e eficiente de
trabalho dos profissionais do sistema de segurança pública investigação criminal voltada à coleta de evidências.
federal, nos casos de deficiência adquirida no exercício da Responsável: Ministério da Justiça
função.
173
b) Fomentar o debate com o objetivo de unificar os de tratamento do uso e tráfico de drogas, considerando o
meios de investigação e obtenção de provas e padronizar paradigma da redução de danos.
procedimentos de investigação criminal. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Responsável: Ministério da Justiça Humanos da Presidência da República; Gabinete de Segurança
c) Promover a capacitação técnica em Institucional; Ministério da Saúde
investigação criminal para os profissionais dos sistemas
estaduais de segurança pública. Objetivo estratégico V:
Responsável: Ministério da Justiça Redução da violência motivada por diferenças de gênero,
d) Realizar pesquisas para qualificação dos estudos raça ou etnia, idade, orientação sexual e situação de
sobre técnicas de investigação criminal. vulnerabilidade.
Responsável: Ministério da Justiça Ações programáticas:
a) Fortalecer a atuação da Polícia Federal no
Objetivo estratégico III: combate e na apuração de crimes contra os Direitos
Produção de prova pericial com celeridade e Humanos.
procedimento padronizado. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Ações programáticas: Humanos da Presidência da República
a) Propor regulamentação da perícia oficial. b) Garantir aos grupos em situação de
Responsável: Ministério da Justiça vulnerabilidade o conhecimento sobre serviços de
b) Propor projeto de lei para proporcionar autonomia atendimento, atividades desenvolvidas pelos órgãos e
administrativa e funcional dos órgãos periciais federais. instituições de segurança e mecanismos de denúncia,
Responsável: Ministério da Justiça bem como a forma de acioná-los.
c) Propor padronização de procedimentos e Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
equipamentos a serem utilizados pelas unidades periciais Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas
para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de
oficiais em todos os exames periciais criminalísticos e Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
médico-legais. c) Desenvolver e implantar sistema nacional
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República
integrado das redes de saúde, de assistência social e
d) Desenvolver sistema de dados nacional educação para a notificação de violência.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
informatizado para monitoramento da produção e da da República; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social e
qualidade dos laudos produzidos nos órgãos periciais. Combate à Fome; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas
Responsável: Ministério da Justiça de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
e) Fomentar parcerias com universidades para d) Promover campanhas educativas e pesquisas
pesquisa e desenvolvimento de novas metodologias a serem voltadas à prevenção da violência contra pessoas com
implantadas nas unidades periciais. deficiência, idosos, mulheres, indígenas, negros,
Responsável: Ministério da Justiça crianças, adolescentes, lésbicas, gays, bissexuais,
f) Promover e apoiar a educação continuada dos transexuais, travestis e pessoas em situação de rua.
profissionais da perícia oficial, em todas as áreas, para a Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
formação técnica e em Direitos Humanos. da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
Humanos da Presidência da República Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres da Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério do
Turismo; Ministério do Esporte
Objetivo estratégico IV:
Fortalecimento dos instrumentos de prevenção à e) Fortalecer unidade especializada em conflitos
violência. indígenas na Polícia Federal e garantir sua atuação conjunta
Ações programáticas: com a FUNAI, em especial nos processos conflituosos de
a) Elaborar diretrizes para as políticas de prevenção demarcação.
Responsável: Ministério da Justiça
à violência com o objetivo de assegurar o reconhecimento f) Fomentar cursos de qualificação e capacitação
das diferenças geracionais, de gênero, étnico-racial e de sobre aspectos da cultura tradicional dos povos indígenas e
orientação sexual. sobre legislação indigenista para todas as corporações
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas policiais, principalmente para as polícias militares e civis
de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República especialmente nos Estados e Municípios em que as
b) Realizar anualmente pesquisas nacionais de aldeias indígenas estejam localizadas nas proximidades
vitimização. dos centros urbanos.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República Humanos da Presidência da República
c) Fortalecer mecanismos que possibilitem a efetiva g) Fortalecer mecanismos para combater a violência
fiscalização de empresas de segurança privada e a contra a população indígena, em especial para as mulheres
investigação e responsabilização de policiais que delas indígenas vítimas de casos de violência psicológica, sexual
participem de forma direta ou indireta. e de assédio moral.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Secretaria
Humanos da Presidência da República Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
d) Desenvolver normas de conduta e fiscalização h) Apoiar a implementação do pacto nacional de
dos serviços de segurança privados que atuam na área rural. enfrentamento à violência contra as mulheres de forma
Responsável: Ministério da Justiça articulada com os planos estaduais de segurança pública e
e) Elaborar diretrizes para atividades de em conformidade com a Lei Maria da Penha (Lei
policiamento comunitário e policiamento orientado para a no11.340/2006).
solução de problemas, bem como catalogar e divulgar boas Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para
práticas dessas atividades. as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Saúde; Secretaria
Responsável: Ministério da Justiça Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
f) Elaborar diretrizes para atuação conjunta entre os i) Avaliar o cumprimento da Lei Maria da Penha com
órgãos de trânsito e os de segurança pública para reduzir a base nos dados sobre tipos de violência, agressor e vítima.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para
violência no trânsito. as Mulheres da Presidência da República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades
g) Realizar debate sobre o atual modelo de j) Fortalecer ações estratégicas de prevenção à
repressão e estimular a discussão sobre modelos alternativos violência contra jovens negros.
174
Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade h) Realizar estudos e pesquisas sobre o tráfico de
Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça pessoas, inclusive sobre exploração sexual de crianças e
k) Estabelecer política de prevenção de violência adolescentes.
contra a população em situação de rua, incluindo ações de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
capacitação de policiais em Direitos Humanos. da República; Ministério do Turismo; Ministério da Justiça; Secretaria
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Humanos da Presidência da República
l) Promover a articulação institucional, em conjunto DIRETRIZ 14: Combate à violência institucional, com
com a sociedade civil, para implementar o Plano de Ação ênfase na erradicação da tortura e na redução da
para o Enfrentamento da Violência contra a Pessoa letalidade policial e carcerária.
Idosa.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Objetivo estratégico I:
da República; Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome; Ministério da Saúde Fortalecimento dos mecanismos de controle do sistema
m) Fomentar a implantação do serviço de de segurança pública.
recebimento e encaminhamento de denúncias de violência Ações programáticas:
contra a pessoa idosa em todas as unidades da Federação. a) Criar ouvidoria de polícia com independência
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da para exercer controle externo das atividades das Polícias
República Federais e da Força Nacional de Segurança Pública,
n) Capacitar profissionais de educação e saúde coordenada por um ouvidor com mandato.
para identificar e notificar crimes e casos de violência contra Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
a pessoa idosa e contra a pessoa com deficiência. Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência b) Fortalecer a Ouvidoria do Departamento
da República; Ministério da Saúde; Ministério da Educação Penitenciário Nacional, dotando-a de recursos humanos e
o) Implementar ações de promoção da cidadania e materiais necessários ao desempenho de suas atividades,
Direitos Humanos das lésbicas, gays, bissexuais, transexuais propondo sua autonomia funcional.
e travestis, com foco na prevenção à violência, garantindo Responsável: Ministério da Justiça
redes integradas de atenção. c) Condicionar a transferência voluntária de
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos recursos federais aos Estados e ao Distrito Federal ao plano
Humanos da Presidência da República de implementação ou à existência de ouvidorias de polícia e
do sistema penitenciário, que atendam aos requisitos de
Objetivo estratégico VI: coordenação por ouvidor com mandato, escolhidos com
Enfrentamento ao tráfico de pessoas. participação da sociedade civil e com independência para
Ações programáticas: sua atuação.
a) Desenvolver metodologia de monitoramento, Responsável: Ministério da Justiça
disseminação e avaliação das metas do Plano Nacional de d) Elaborar projeto de lei para aperfeiçoamento da
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, bem como construir legislação processual penal, visando padronizar os
e implementar o II Plano Nacional de Enfrentamento ao procedimentos da investigação de ações policiais com
Tráfico de Pessoas. resultado letal.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Turismo; Secretaria Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Humanos da Presidência da República
Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos e) Dotar as Corregedorias da Polícia Federal, da
Humanos da Presidência da República
Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário
b) Estruturar, a partir de serviços existentes, Nacional de recursos humanos e materiais suficientes para o
sistema nacional de atendimento às vítimas do tráfico de desempenho de suas atividades, ampliando sua autonomia
pessoas, de reintegração e diminuição da vulnerabilidade, funcional.
especialmente de crianças, adolescentes, mulheres, Responsável: Ministério da Justiça
transexuais e travestis. f) Fortalecer a inspetoria da Força Nacional de
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Segurança Pública e tornar obrigatória a publicação trimestral
da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República; Ministério da Justiça de estatísticas sobre procedimentos instaurados e concluídos
c) Implementar as ações referentes a crianças e e sobre o número de policiais desmobilizados.
Responsável: Ministério da Justiça
adolescentes previstas na Política e no Plano Nacional de
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. g) Publicar trimestralmente estatísticas sobre
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos procedimentos instaurados e concluídos pelas Corregedorias
Humanos da Presidência da República da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, e sobre a
d) Consolidar fluxos de encaminhamento e quantidade de policiais infratores e condenados, por cargo e
monitoramento de denúncias de casos de tráfico de crianças tipo de punição aplicada.
e adolescentes. Responsável: Ministério da Justiça
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos h) Publicar trimestralmente informações sobre
Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas pessoas mortas e feridas em ações da Polícia Federal, da
para as Mulheres da Presidência da República Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança
e) Revisar e disseminar metodologia para Pública.
atendimento de crianças e adolescentes vítimas de tráfico. Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da i) Criar sistema de rastreamento de armas e de
República
veículos usados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária
f) Fomentar a capacitação de técnicos da gestão
Federal e Força Nacional de Segurança Pública, e fomentar a
pública, organizações não governamentais e representantes
criação de sistema semelhante nos Estados e no Distrito
das cadeias produtivas para o enfrentamento ao tráfico de
Federal.
pessoas. Responsável: Ministério da Justiça
Responsável: Ministério do Turismo
g) Desenvolver metodologia e material didático para
Objetivo estratégico II:
capacitar agentes públicos no enfrentamento ao tráfico de
Padronização de procedimentos e equipamentos do
pessoas.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
sistema de segurança pública.
da República; Ministério do Turismo; Ministério da Justiça; Secretaria Ações programáticas:
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
175
a) Elaborar procedimentos operacionais g) Capacitar e apoiar a qualificação dos agentes da
padronizados para as forças policiais federais, com respeito perícia oficial, bem como de agentes públicos de saúde, para
aos Direitos Humanos. a identificação de tortura.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República Humanos da Presidência da República
b) Elaborar procedimentos operacionais h) Incluir na formação de agentes penitenciários
padronizados sobre revistas aos visitantes de federais curso com conteúdos relativos ao combate à
estabelecimentos prisionais, respeitando os preceitos dos tortura e sobre a importância dos Direitos Humanos.
Direitos Humanos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas i) Realizar campanhas de prevenção e combate à
para as Mulheres da Presidência da República tortura nos meios de comunicação para a população em
c) Elaborar diretrizes nacionais sobre uso da força e geral, além de campanhas específicas voltadas às forças de
de armas de fogo pelas instituições policiais e agentes do segurança pública, bem como divulgar os parâmetros
sistema penitenciário. internacionais de combate às práticas de tortura.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Humanos da Presidência da República República
d) Padronizar equipamentos, armas, munições e j) Estabelecer procedimento para a produção de
veículos apropriados à atividade policial a serem utilizados relatórios anuais, contendo informações sobre o número de
pelas forças policiais da União, bem como aqueles casos de torturas e de tratamentos desumanos ou
financiados com recursos federais nos Estados, no Distrito degradantes levados às autoridades, número de
Federal e nos Municípios. perpetradores e de sentenças judiciais.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Humanos da Presidência da República República
e) Disponibilizar para a Polícia Federal, a Polícia
Rodoviária Federal e para a Força Nacional de Segurança Objetivo estratégico IV:
Pública munição, tecnologias e armas de menor potencial Combate às execuções extrajudiciais realizadas por
ofensivo. agentes do Estado.
Responsável: Ministério da Justiça Ações programáticas:
a) Fortalecer ações de combate às execuções
Objetivo estratégico III: extrajudiciais realizadas por agentes do Estado, assegurando
Consolidação de política nacional visando à erradicação a investigação dessas violações.
da tortura e de outros tratamentos ou penas cruéis, Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
desumanos ou degradantes. Humanos da Presidência da República
Ações programáticas: b) Desenvolver e apoiar ações específicas para
a) Elaborar projeto de lei visando a instituir o investigação e combate à atuação de milícias e grupos
Mecanismo Preventivo Nacional, sistema de inspeção aos de extermínio.
locais de detenção para o monitoramento regular e Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
periódico dos centros de privação de liberdade, nos termos Humanos da Presidência da República
do protocolo facultativo à convenção da ONU contra a tortura
e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou DIRETRIZ 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes
degradantes. e de proteção das pessoas ameaçadas.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República; Ministério das Relações Objetivo estratégico I:
Exteriores; Instituição de sistema federal que integre os programas
b) Instituir grupo de trabalho para discutir e propor de proteção.
atualização e aperfeiçoamento da Lei no 9.455/1997, que Ações programáticas:
define os crimes de tortura, de forma a atualizar os tipos a) Propor projeto de lei para integração, de forma
penais, instituir sistema nacional de combate à tortura, sistêmica, dos programas de proteção a vítimas e
estipular marco legal para a definição de regras unificadas testemunhas ameaçadas, defensores de Direitos
de exame médico-legal, bem como estipular ações Humanos e crianças e adolescentes ameaçados de
preventivas obrigatórias como formação específica das morte.
forças policiais e capacitação de agentes para a identificação Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
da tortura. República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da b) Desenvolver sistema nacional que integre as
República informações das ações de proteção às pessoas ameaçadas.
c) Promover o fortalecimento, a criação e a Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
reativação dos comitês estaduais de combate à tortura. República
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da c) Ampliar os programas de proteção a vítimas e
República testemunhas ameaçadas, defensores dos Direitos Humanos
d) Propor projeto de lei para tornar obrigatória a e crianças e adolescentes ameaçados de morte para os
filmagem dos interrogatórios ou áudio gravações Estados em que o índice de violência aponte a criação de
realizadas durante as investigações policiais. programas locais.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Humanos da Presidência da República República
e) Estabelecer protocolo para a padronização de d) Garantir a formação de agentes da Polícia
procedimentos a serem realizados nas perícias destinadas a Federal para a proteção das pessoas incluídas nos
averiguar alegações de tortura. programas de proteção de pessoas ameaçadas, observadas
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos suas diretrizes.
Humanos da Presidência da República Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
f) Elaborar matriz curricular e capacitar os Humanos da Presidência da República
operadores do sistema de segurança pública e justiça e) Propor ampliação os recursos orçamentários
criminal para o combate à tortura. para a realização das ações dos programas de proteção a
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos vítimas e testemunhas ameaçadas, defensores dos Direitos
Humanos da Presidência da República
Humanos e crianças e adolescentes ameaçados de morte.
176
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da pressão ou ação arbitrária, e a defesa em ações judiciais
República de má-fé, em decorrência de suas atividades.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
Objetivo estratégico II: República
Consolidação da política de assistência a vítimas e a b) Articular com os órgãos de segurança pública de
testemunhas ameaçadas. Direitos Humanos nos Estados para garantir a segurança
Ações programáticas: dos defensores dos Direitos Humanos.
a) Propor projeto de lei para aperfeiçoar o marco Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
legal do Programa Federal de Assistência a Vítimas e Humanos da Presidência da República
Testemunhas Ameaçadas, ampliando a proteção de c) Capacitar os operadores do sistema de
escolta policial para as equipes técnicas do programa, e segurança pública e de justiça sobre o trabalho dos
criar sistema de apoio à reinserção social dos usuários defensores dos Direitos Humanos.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
do programa. República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República
d) Fomentar parcerias com as Defensorias
b) Regulamentar procedimentos e competências Públicas dos Estados e da União para a defesa judicial dos
para a execução do Programa Federal de Assistência a defensores dos Direitos Humanos nos processos abertos
Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, em especial para a contra eles.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
realização de escolta de seus usuários. República
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidência da República
e) Divulgar em âmbito nacional a atuação dos
c) Fomentar a criação de centros de atendimento defensores e militantes dos Direitos Humanos, fomentando
a vítimas de crimes e a seus familiares, com estrutura cultura de respeito e valorização de seus papéis na
adequada e capaz de garantir o acompanhamento sociedade.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
psicossocial e jurídico dos usuários, com especial atenção República
a grupos sociais mais vulneráveis, assegurando o exercício
de seus direitos. DIRETRIZ 16: Modernização da política de execução
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
penal, priorizando a aplicação de penas e medidas
Presidência da República alternativas à privação de liberdade e melhoria do
d) Incentivar a criação de unidades especializadas sistema penitenciário.
do Serviço de Proteção ao Depoente Especial da Polícia
Federal nos Estados e no Distrito Federal. Objetivo estratégico I:
Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Reestruturação do sistema penitenciário.
Humanos da Presidência da República Ações programáticas:
e) Garantir recursos orçamentários e de a) Elaborar projeto de reforma da Lei de Execução
infraestrutura ao Serviço de Proteção ao Depoente Especial Penal (Lei no 7.210/1984), com o propósito de:
da Polícia Federal, necessários ao atendimento pleno, - Adotar mecanismos tecnológicos para coibir a entrada de
imediato e de qualidade aos depoentes especiais e a seus substâncias e materiais proibidos, eliminando a prática de
familiares, bem como o atendimento às demandas de revista íntima nos familiares de presos;
inclusão provisória no programa federal. - Aplicar a Lei de Execução Penal também a presas e presos
Responsável: Ministério da Justiça provisórios e aos sentenciados pela Justiça Especial;
- Vedar a divulgação pública de informações sobre perfil
Objetivo estratégico III: psicológico do preso e eventuais diagnósticos psiquiátricos
Garantia da proteção de crianças e adolescentes feitos nos estabelecimentos prisionais;
ameaçados de morte. - Instituir a obrigatoriedade da oferta de ensino pelos
Ações programáticas: estabelecimentos penais e a remição de pena por estudo;
a) Ampliar a atuação federal no âmbito do Programa - Estabelecer que a perda de direitos ou a redução de acesso
de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte a qualquer direito ocorrerá apenas como consequência de
nas unidades da Federação com maiores taxas de homicídio faltas de natureza grave;
nessa faixa etária. - Estabelecer critérios objetivos para isolamento de presos
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República e presas no regime disciplinar diferenciado;
b) Formular política nacional de enfrentamento da - Configurar nulidade absoluta dos procedimentos
violência letal contra crianças e adolescentes. disciplinares quando não houver intimação do defensor do
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da preso;
República - Estabelecer o regime de condenação como limite para
c) Desenvolver e aperfeiçoar os indicadores de casos de regressão de regime;
morte violenta de crianças e adolescentes, assegurando - Assegurar e regulamentar as visitas íntimas para a
publicação anual dos dados. população carcerária LGBT.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Responsável: Ministério da Justiça
da República; Ministério da Saúde b) Elaborar decretos extraordinários de indulto a
d) Desenvolver programas de enfrentamento da condenados por crimes sem violência real, que reduzam
violência letal contra crianças e adolescentes e divulgar as substancialmente a população carcerária brasileira.
experiências bem sucedidas. Responsável: Ministério da Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência c) Fomentar a realização de revisões periódicas
da República; Ministério da Justiça
processuais dos processos de execução penal da população
carcerária.
Objetivo estratégico IV: Responsável: Ministério da Justiça
Garantia de proteção dos defensores dos Direitos d) Vincular o repasse de recursos federais para
Humanos e de suas atividades. construção de estabelecimentos prisionais nos Estados e no
Ações programáticas: Distrito Federal ao atendimento das diretrizes arquitetônicas
a) Fortalecer a execução do Programa Nacional de que contemplem a existência de alas específicas para
Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, garantindo presas grávidas e requisitos de acessibilidade.
segurança nos casos de violência, ameaça, retaliação, Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres da Presidência da República
177
e) Aplicar a Política Nacional de Saúde Mental e a b) Propor projeto de lei para alterar o Código Penal,
Política para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras prevendo que o período de cumprimento de medidas de
Drogas no sistema penitenciário. segurança não deve ultrapassar o da pena prevista para o
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde crime praticado, e estabelecendo a continuidade do
f) Aplicar a Política Nacional de Atenção Integral à tratamento fora do sistema penitenciário quando necessário.
Saúde da Mulher no contexto prisional, regulamentando a Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde
assistência pré-natal, a existência de celas específicas e c) Estabelecer mecanismos para a reintegração
período de permanência com seus filhos para social dos internados em medida de segurança quando da
aleitamento. extinção desta, mediante aplicação dos benefícios sociais
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Secretaria correspondentes.
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Ministério do
g) Implantar e implementar as ações de atenção Desenvolvimento Social e Combate à Fome
integral aos presos previstas no Plano Nacional de Saúde no
Sistema Penitenciário. Objetivo estratégico IV:
Responsável: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde Ampliação da aplicação de penas e medidas alternativas.
h) Promover estudo sobre a viabilidade de criação, Ações programáticas:
em âmbito federal, da carreira de oficial de condicional, a) Desenvolver instrumentos de gestão que
trabalho externo e penas alternativas, para acompanhar os assegurem a sustentabilidade das políticas públicas de
condenados em liberdade condicional, os presos em trabalho aplicação de penas e medidas alternativas.
externo, em qualquer regime de execução, e os condenados Responsáveis: Ministério da Justiça
a penas alternativas à prisão. b) Incentivar a criação de varas especializadas e
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Planejamento, de centrais de monitoramento do cumprimento de penas e
Orçamento e Gestão medidas alternativas.
i) Avançar na implementação do Sistema de Responsável: Ministério da Justiça
Informações Penitenciárias (InfoPen), financiando a inclusão c) Desenvolver modelos de penas e medidas
dos estabelecimentos prisionais dos Estados e do Distrito alternativas que associem seu cumprimento ao ilícito
Federal e condicionando os repasses de recursos federais à praticado, com projetos temáticos que estimulem a
sua efetiva integração ao sistema. capacitação do cumpridor, bem como penas de restrição de
Responsável: Ministério da Justiça direitos com controle de frequência.
j) Ampliar campanhas de sensibilização para Responsável: Ministério da Justiça
inclusão social de egressos do sistema prisional. d) Desenvolver programas-piloto com foco na
Responsável: Ministério da Justiça educação, para aplicação da pena de limitação de final de
k) Estabelecer diretrizes na política penitenciária semana.
nacional que fortaleçam o processo de reintegração social Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação
dos presos, internados e egressos, com sua efetiva inclusão
nas políticas públicas sociais. DIRETRIZ 17: Promoção de sistema de justiça mais
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento Social acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia
e Combate à Fome; Ministério da Saúde; Ministério da Educação;
Ministério do Esporte e a defesa dos direitos.
l) Debater, por meio de grupo de trabalho
interministerial, ações e estratégias que visem assegurar o Objetivo estratégico I:
encaminhamento para o presídio feminino de mulheres Acesso da população à informação sobre seus direitos e
transexuais e travestis que estejam em regime de reclusão. sobre como garanti-los.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Ações programáticas:
Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas a) Difundir o conhecimento sobre os Direitos
para as Mulheres da Presidência da República Humanos e sobre a legislação pertinente com publicações
em linguagem e formatos acessíveis.
Objetivo estratégico II: Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Limitação do uso dos institutos de prisão cautelar. Humanos da Presidência da República
Ações programáticas: b) Fortalecer as redes de canais de denúncia
a) Propor projeto de lei para alterar o Código de (disque-denúncia) e sua articulação com instituições de
Processo Penal, com o objetivo de: Direitos Humanos.
- Estabelecer requisitos objetivos para decretação de prisões Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República
preventivas que consagrem sua excepcionalidade;
c) Incentivar a criação de centros integrados de
- Vedar a decretação de prisão preventiva em casos que
serviços públicos para prestação de atendimento ágil à
envolvam crimes com pena máxima inferior a 4 (quatro)
população, inclusive com unidades itinerantes para obtenção
anos, excetuando crimes graves como formação de
de documentação básica.
quadrilha e peculato; Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
- Estabelecer o prazo máximo de 81 (oitenta e um) dias para da República; Ministério da Justiça
prisão provisória. d) Fortalecer o governo eletrônico com a
Responsável: Ministério da Justiça ampliação da disponibilização de informações e serviços para
b) Alterar a legislação sobre abuso de autoridade, a população via Internet, em formato acessível.
tipificando de modo específico as condutas puníveis. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos da República
Humanos da Presidência da República
Objetivo estratégico II:
Objetivo estratégico III: Garantia do aperfeiçoamento e monitoramento das
Tratamento adequado de pessoas com transtornos normas jurídicas para proteção dos Direitos Humanos.
mentais. Ações programáticas:
Ações programáticas: a) Implementar o Observatório da Justiça Brasileira,
a) Estabelecer diretrizes que garantam tratamento em parceria com a sociedade civil.
adequado às pessoas com transtornos mentais, em Responsável: Ministério da Justiça
consonância com o princípio de desinstitucionalização. b) Aperfeiçoar o sistema de fiscalização de
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde violações aos Direitos Humanos, por meio do
aprimoramento do arcabouço de sanções administrativas.
178
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
da República; Ministério da Saúde; Ministério da Justiça; Ministério do Humanos da Presidência da República
Trabalho e Emprego c) Apoiar a capacitação periódica e constante dos
c) Ampliar equipes de fiscalização sobre violações operadores do Direito e servidores da Justiça na aplicação
dos Direitos Humanos, em parceria com a sociedade civil. dos Direitos Humanos voltada para a composição de
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos conflitos.
Humanos da Presidência da República Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
d) Propor projeto de lei buscando ampliar a Humanos da Presidência da República
utilização das ações coletivas para proteção dos interesses d) Dialogar com o Poder Judiciário para assegurar o
difusos, coletivos e individuais homogêneos, garantindo a efetivo acesso das pessoas com deficiência à justiça, em
consolidação de instrumentos coletivos de resolução de igualdade de condições com as demais pessoas.
conflitos. Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
Responsável: Ministério da Justiça Humanos da Presidência da República
e) Propor projetos de lei para simplificar o e) Apoiar os movimentos sociais e a Defensoria
processamento e julgamento das ações judiciais; coibir os Pública na obtenção da gratuidade das perícias para as
atos protelatórios; restringir as hipóteses de recurso ex demandas judiciais, individuais e coletivas, e relacionadas a
officio e reduzir recursos e desjudicializar conflitos. violações de Direitos Humanos.
Responsável: Ministério da Justiça Responsável: Ministério da Justiça
f) Aperfeiçoar a legislação trabalhista, visando
ampliar novas tutelas de proteção das relações do trabalho e Objetivo estratégico V:
as medidas de combate à discriminação e ao abuso moral no Modernização da gestão e agilização do funcionamento
trabalho. do sistema de justiça.
Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Justiça; Ações programáticas:
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da a) Propor legislação de revisão e modernização
República
dos serviços notariais e de registro.
g) Implementar mecanismos de monitoramento dos Responsável: Ministério da Justiça
serviços de atendimento ao aborto legalmente autorizado, b) Desenvolver sistema integrado de informações
garantindo seu cumprimento e facilidade de acesso. do Poder Executivo e Judiciário e disponibilizar seu acesso à
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres da Presidência da República sociedade.
Responsável: Ministério da Justiça
179
sobre Direitos Humanos e a sua relação com os contextos Por fim, aborda-se o papel estratégico dos meios
internacional, regional, nacional e local; b) a afirmação de de comunicação de massa, no sentido de construir ou
valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura desconstruir ambiente nacional e cultura social de respeito e
dos Direitos Humanos em todos os espaços da sociedade; c) proteção aos Direitos Humanos. Daí a importância primordial
a formação de consciência cidadã capaz de se fazer presente de introduzir mudanças que assegurem ampla
nos níveis cognitivo, social, ético e político; d) o democratização desses meios, bem como de atuar
desenvolvimento de processos metodológicos participativos e permanentemente junto a todos os profissionais e empresas
de construção coletiva, utilizando linguagens e materiais do setor (seminários, debates, reportagens, pesquisas e
didáticos contextualizados; e) o fortalecimento de políticas conferências), buscando sensibilizar e conquistar seu
que gerem ações e instrumentos em favor da promoção, da compromisso ético com a afirmação histórica dos Direitos
proteção e da defesa dos Direitos Humanos, bem como da Humanos.
reparação das violações.
DIRETRIZ 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios
O PNDH-3 dialoga com o Plano Nacional de da política nacional de educação em Direitos Humanos
Educação em Direitos Humanos (PNEDH) como referência para fortalecer cultura de direitos.
para a política nacional de Educação e Cultura em Direitos
Humanos, estabelecendo os alicerces a serem adotados nos Objetivo estratégico I:
âmbitos nacional, estadual, distrital e municipal. Implementação do Plano Nacional de Educação em
Direitos Humanos - PNEDH
O PNEDH, refletido neste programa, se desdobra Ações programáticas:
em cinco grandes áreas: a) Desenvolver ações programáticas e promover
articulação que viabilizem a implantação e a implementação
Na educação básica, a ênfase do PNDH-3 é do PNEDH.
possibilitar, desde a infância, a formação de sujeitos de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
direito, priorizando as populações historicamente da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça
vulnerabilizadas. A troca de experiências entre crianças de b) Implantar mecanismos e instrumentos de
diferentes raças e etnias, imigrantes, com deficiência física monitoramento, avaliação e atualização do PNEDH, em
ou mental, fortalece, desde cedo, sentimento de convivência processos articulados de mobilização nacional.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
pacífica. Conhecer o diferente, desde a mais tenra idade, é da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça
perder o medo do desconhecido, formar opinião respeitosa e c) Fomentar e apoiar a elaboração de planos
combater o preconceito, às vezes arraigado na própria estaduais e municipais de educação em Direitos Humanos.
família. Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça
No PNDH-3, essa concepção se traduz em d) Apoiar técnica e financeiramente iniciativas em
propostas de mudanças curriculares, incluindo a educação educação em Direitos Humanos, que estejam em
transversal e permanente nos temas ligados aos Direitos consonância com o PNEDH.
Humanos e, mais especificamente, o estudo da temática de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça
gênero e orientação sexual, das culturas indígena e afro-
brasileira entre as disciplinas do ensino fundamental e médio. e) Incentivar a criação e investir no fortalecimento
dos comitês de educação em Direitos Humanos em todos os
No ensino superior, as metas previstas visam a Estados e no Distrito Federal, como órgãos consultivos e
incluir os Direitos Humanos, por meio de diferentes propositivos da política de educação em Direitos Humanos.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
modalidades como disciplinas, linhas de pesquisa, áreas de da República; Ministério da Justiça
concentração, transversalização incluída nos projetos
acadêmicos dos diferentes cursos de graduação e pós- Objetivo Estratégico II:
graduação, bem como em programas e projetos de extensão. Ampliação de mecanismos e produção de materiais
pedagógicos e didáticos para Educação em Direitos
A educação não formal em Direitos Humanos é Humanos.
orientada pelos princípios da emancipação e da autonomia, Ações programáticas:
configurando-se como processo de sensibilização e formação a) Incentivar a criação de programa nacional de
da consciência crítica. Desta forma, o PNDH-3 propõe formação em educação em Direitos Humanos.
inclusão da temática de Educação em Direitos Humanos nos Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
programas de capacitação de lideranças comunitárias e nos da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Secretaria
programas de qualificação profissional, alfabetização de Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
jovens e adultos, entre outros. Volta-se, especialmente, para b) Estimular a temática dos Direitos Humanos nos
o estabelecimento de diálogo e parcerias permanentes como editais de avaliação e seleção de obras didáticas do sistema
o vasto leque brasileiro de movimentos populares, sindicatos, de ensino.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
igrejas, ONGs, clubes, entidades empresariais e toda sorte da República; Ministério da Educação;
de agrupamentos da sociedade civil que desenvolvem c) Estabelecer critérios e indicadores de avaliação
atividades formativas em seu cotidiano. de publicações na temática de Direitos Humanos para o
monitoramento da escolha de livros didáticos no sistema de
A formação e a educação continuada em Direitos ensino.
Humanos, com recortes de gênero, relações étnico-raciais e Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
de orientação sexual, em todo o serviço público, da República; Ministério da Educação
especialmente entre os agentes do sistema de Justiça de d) Atribuir premiação anual de educação em
segurança pública, são fundamentais para consolidar o Direitos Humanos, como forma de incentivar a prática de
Estado Democrático e a proteção do direito à vida e à ações e projetos de educação e cultura em Direitos
dignidade, garantindo tratamento igual a todas as pessoas e Humanos.
o funcionamento de sistemas de Justiça que promovam os Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Direitos Humanos. da República; Ministério da Educação
e) Garantir a continuidade da "Mostra Cinema e
Direitos Humanos na América do Sul" e o "Festival dos
180
Direitos Humanos" como atividades culturais para difusão dos f) Publicar relatório periódico de acompanhamento
Direitos Humanos. da inclusão da temática dos Direitos Humanos na educação
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da formal que contenha, pelo menos, as seguintes informações:
República - Número de Estados e Municípios que possuem planos de
f) Consolidar a revista "Direitos Humanos" como educação em Direitos Humanos;
instrumento de educação e cultura em Direitos Humanos, - Existência de normas que incorporam a temática de Direitos
garantindo o caráter representativo e plural em seu conselho Humanos nos currículos escolares;
editorial. - Documentos que atestem a existência de comitês de
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República educação em Direitos Humanos;
g) Produzir recursos pedagógicos e didáticos - Documentos que atestem a existência de órgãos
especializados e adquirir materiais e equipamentos em governamentais especializados em educação em Direitos
formato acessível para a educação em Direitos Humanos, Humanos.
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
para todos os níveis de ensino. República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação g) Desenvolver e estimular ações de
h) Publicar materiais pedagógicos e didáticos para a enfrentamento ao bullying e ao cyberbulling.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
educação em Direitos Humanos em formato acessível para da República; Ministério da Educação
as pessoas com deficiência, bem como promover o uso da h) Implementar e acompanhar a aplicação das leis
Língua Brasileira de Sinais (Libras) em eventos ou divulgação que dispõem sobre a inclusão da história e cultura afro-
em mídia. brasileira e dos povos indígenas em todos os níveis e
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação. modalidades da educação básica.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
i) Fomentar o acesso de estudantes, professores e da República; Ministério da Educação
demais profissionais da educação às tecnologias da
informação e comunicação. Objetivo Estratégico II:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação Inclusão da temática da Educação em Direitos Humanos
nos cursos das Instituições de Ensino Superior.
DIRETRIZ 19: Fortalecimento dos princípios da Ações Programáticas:
democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de a) Propor a inclusão da temática da educação em
educação básica, nas instituições de ensino superior e Direitos Humanos nas diretrizes curriculares nacionais dos
outras instituições formadoras. cursos de graduação.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação
Objetivo Estratégico I: b) Incentivar a elaboração de metodologias
Inclusão da temática de Educação e Cultura em Direitos pedagógicas de caráter transdisciplinar e interdisciplinar para
Humanos nas escolas de educação básica e em outras a educação em Direitos Humanos nas Instituições de Ensino
instituições formadoras. Superior.
Ações Programáticas: Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
a) Estabelecer diretrizes curriculares para todos os da República; Ministério da Educação
níveis e modalidades de ensino da educação básica para a c) Elaborar relatórios sobre a inclusão da temática
inclusão da temática de educação e cultura em Direitos dos Direitos Humanos no ensino superior, contendo
Humanos, promovendo o reconhecimento e o respeito das informações sobre a existência de ouvidorias e sobre o
diversidades de gênero, orientação sexual, identidade de número de:
gênero, geracional, étnico-racial, religiosa, com educação - cursos de pós-graduação com áreas de concentração em
igualitária, não discriminatória e democrática. Direitos Humanos;
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência - grupos de pesquisa em Direitos Humanos;
da República; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas - cursos com a transversalização dos Direitos Humanos nos
para as Mulheres da Presidência da República
projetos políticos pedagógicos;
b) Promover a inserção da educação em Direitos
- disciplinas em Direitos Humanos;
Humanos nos processos de formação inicial e continuada de
- teses e dissertações defendidas;
todos os profissionais da educação, que atuam nas redes de
- associações e instituições dedicadas ao tema e com as
ensino e nas unidades responsáveis por execução de
quais os docentes e pesquisadores tenham vínculo;
medidas socioeducativas.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência - núcleos e comissões que atuam em Direitos Humanos;
da República; Ministério da Educação - educadores com ações no tema Direitos Humanos;
c) Incluir, nos programas educativos, o direito ao - projetos de extensão em Direitos Humanos;
meio ambiente como Direito Humano. Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos Direitos
Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Secretaria Especial dos Humanos da Presidência da República
Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Educação d) Fomentar a realização de estudos, pesquisas e
d) Incluir conteúdos, recursos, metodologias e a implementação de projetos de extensão sobre o período do
formas de avaliação da educação em Direitos Humanos nos regime 1964-1985, bem como apoiar a produção de material
sistemas de ensino da educação básica. didático, a organização de acervos históricos e a criação de
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência centros de referências.
da República; Ministério da Educação Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
e) Desenvolver ações nacionais de elaboração de da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça
estratégias de mediação de conflitos e de Justiça e) Incentivar a realização de estudos, pesquisas e
Restaurativa nas escolas, e outras instituições formadoras e produção bibliográfica sobre a história e a presença das
instituições de ensino superior, inclusive promovendo a populações tradicionais.
capacitação de docentes para a identificação de violência e Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas de
abusos contra crianças e adolescentes, seu encaminhamento Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da
adequado e a reconstrução das relações no âmbito escolar. Justiça
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça
Objetivo Estratégico III:
181
Incentivo à transdisciplinariedade e transversalidade nas f) Apoiar a incorporação da temática da educação
atividades acadêmicas em Direitos Humanos. em Direitos Humanos nos programas e projetos de esporte,
Ações Programáticas: lazer e cultura como instrumentos de inclusão social.
a) Incentivar o desenvolvimento de cursos de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
graduação, de formação continuada e programas de pós- da República; Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Ministério do
Esporte
graduação em Direitos Humanos.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
g) Fortalecer experiências alternativas de educação
da República; Ministério da Educação; Secretaria Especial de Políticas de para os adolescentes, bem como para monitores e
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria profissionais do sistema de execução de medidas
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República socioeducativas.
b) Fomentar núcleos de pesquisa de educação em Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Direitos Humanos em instituições de ensino superior e da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça
escolas públicas e privadas, estruturando-as com
equipamentos e materiais didáticos. Objetivo estratégico II:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Resgate da memória por meio da reconstrução da
da República; Ministério da Educação; Ministério da Ciência e Tecnologia história dos movimentos sociais.
c) Fomentar e apoiar, no Conselho Nacional de Ações programáticas:
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e na a) Promover campanhas e pesquisas sobre a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível história dos movimentos de grupos historicamente
Superior (Capes), a criação da área "Direitos Humanos" vulnerabilizados, tais como o segmento LGBT, movimentos
como campo de conhecimento transdisciplinar e recomendar de mulheres, quebradeiras de coco, castanheiras, ciganos,
às agências de fomento que abram linhas de financiamento entre outros.
para atividades de ensino, pesquisa e extensão em Direitos Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Humanos. da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Presidência da República
da República; Ministério da Educação; Ministério da Fazenda b) Apoiar iniciativas para a criação de museus
d) Implementar programas e ações de fomento à voltados ao resgate da cultura e da história dos movimentos
extensão universitária em direitos humanos, para promoção e sociais.
defesa dos Direitos Humanos e o desenvolvimento da cultura Responsáveis: Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos
e educação em Direitos Humanos. Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Educação DIRETRIZ 21: Promoção da Educação em Direitos
Humanos no serviço público.
DIRETRIZ 20: Reconhecimento da educação não formal
como espaço de defesa e promoção dos Direitos Objetivo Estratégico I:
Humanos. Formação e capacitação continuada dos servidores
públicos em Direitos Humanos, em todas as esferas de
Objetivo Estratégico I: governo.
Inclusão da temática da educação em Direitos Humanos Ações programáticas:
na educação não formal. a) Apoiar e desenvolver atividades de formação
Ações programáticas: e capacitação continuadas interdisciplinares em Direitos
a) Fomentar a inclusão da temática de Direitos Humanos para servidores públicos.
Humanos na educação não formal, nos programas de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
qualificação profissional, alfabetização de jovens e adultos, da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério da
Saúde; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministério das
extensão rural, educação social comunitária e de cultura Relações Exteriores
popular. b) Incentivar a inserção da temática dos Direitos
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Secretaria Especial
Humanos nos programas das escolas de formação de
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da servidores vinculados aos órgãos públicos federais.
República; Ministério da Cultura; Secretaria Especial de Políticas para as Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Mulheres da Presidência da República da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
b) Apoiar iniciativas de educação popular em Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção
da Igualdade Racial da Presidência da República
Direitos Humanos desenvolvidas por organizações
c) Publicar materiais didático-pedagógicos sobre
comunitárias, movimentos sociais, organizações não
Direitos Humanos e função pública, desdobrando temas e
governamentais e outros agentes organizados da sociedade
aspectos adequados ao diálogo com as várias áreas de
civil.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
atuação dos servidores públicos.
da República; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para da República; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério
da Justiça Objetivo Estratégico II:
c) Apoiar e promover a capacitação de agentes Formação adequada e qualificada dos profissionais do
multiplicadores para atuarem em projetos de educação em sistema de segurança pública.
Direitos Humanos. Ações programáticas:
Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da a) Oferecer, continuamente e permanentemente,
República cursos em Direitos Humanos para os profissionais do
d) Apoiar e desenvolver programas de formação em sistema de segurança pública e justiça criminal.
comunicação e Direitos Humanos para comunicadores Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
comunitários. Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de
da República; Ministério das Comunicações; Ministério da Cultura Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
e) Desenvolver iniciativas que levem a incorporar a b) Oferecer permanentemente cursos de
temática da educação em Direitos Humanos nos programas especialização aos gestores, policiais e demais profissionais
de inclusão digital e de educação à distância. do sistema de segurança pública.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Responsável: Ministério da Justiça
da República; Ministério da Educação; Ministério das Comunicações;
Ministério de Ciência e Tecnologia
182
c) Publicar materiais didático-pedagógicos sobre informação, em conformidade com o Decreto no 5.296/2004,
segurança pública e Direitos Humanos. bem como acesso a novos sistemas e tecnologias, incluindo
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Internet.
Humanos da Presidência da República Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos
d) Incentivar a inserção da temática dos Direitos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça
Humanos nos programas das escolas de formação inicial e
continuada dos membros das Forças Armadas. Objetivo Estratégico II:
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência Garantia do direito à comunicação democrática e ao
da República; Ministério da Defesa acesso à informação.
e) Criar escola nacional de polícia para Ações Programáticas:
educação continuada dos profissionais do sistema de a) Promover parcerias com entidades associativas
segurança pública, com enfoque prático. de mídia, profissionais de comunicação, entidades sindicais e
Responsável: Ministério da Justiça
populares para a produção e divulgação de materiais sobre
f) Apoiar a capacitação de policiais em direitos
Direitos Humanos.
das crianças, em aspectos básicos do desenvolvimento Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
infantil e em maneiras de lidar com grupos em situação de da República; Ministério da Cultura; Ministério das Comunicações
vulnerabilidade, como crianças e adolescentes em situação b) Incentivar pesquisas regulares que possam
de rua, vítimas de exploração sexual e em conflito com a lei. identificar formas, circunstâncias e características de
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos violações dos Direitos Humanos na mídia.
Humanos da Presidência da República
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República
DIRETRIZ 22: Garantia do direito à comunicação c) Incentivar a produção de filmes, vídeos,
democrática e ao acesso à informação para consolidação áudios e similares, voltada para a educação em Direitos
de uma cultura em Direitos Humanos. Humanos e que reconstrua a história recente do autoritarismo
no Brasil, bem como as iniciativas populares de organização
Objetivo Estratégico I: e de resistência.
Promover o respeito aos Direitos Humanos nos meios de Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos
comunicação e o cumprimento de seu papel na Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura;
promoção da cultura em Direitos Humanos. Ministério da Justiça
Ações Programáticas:
a) Propor a criação de marco legal, nos termos do Eixo Orientador VI:
art. 221 da Constituição, estabelecendo o respeito aos Direito à Memória e à Verdade
Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e A investigação do passado é fundamental para a
televisão) concedidos, permitidos ou autorizados. construção da cidadania. Estudar o passado, resgatar sua
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos verdade e trazer à tona seus acontecimentos caracterizam
Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça; forma de transmissão de experiência histórica, que é
Ministério da Cultura essencial para a constituição da memória individual e
coletiva.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão
atenderão aos seguintes princípios: O Brasil ainda processa com dificuldades o resgate
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; da memória e da verdade sobre o que ocorreu com as
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção vítimas atingidas pela repressão política durante o regime
independente que objetive sua divulgação; de 1964. A impossibilidade de acesso a todas as informações
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme
percentuais estabelecidos em lei;
oficiais impede que familiares de mortos e desaparecidos
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. possam conhecer os fatos relacionados aos crimes
praticados e não permite à sociedade elaborar seus próprios
b) Promover diálogo com o Ministério Público para conceitos sobre aquele período.
proposição de ações objetivando a suspensão de
programação e publicidade atentatórias aos Direitos A história que não é transmitida de geração a
Humanos. geração torna-se esquecida e silenciada. O silêncio e o
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos esquecimento das barbáries geram graves lacunas na
Humanos da Presidência da República experiência coletiva de construção da identidade nacional.
c) Suspender patrocínio e publicidade oficial em Resgatando a memória e a verdade, o País adquire
meios que veiculam programações atentatórias aos consciência superior sobre sua própria identidade, a
Direitos Humanos. democracia se fortalece. As tentações totalitárias são
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos neutralizadas e crescem as possibilidades de erradicação
Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Justiça definitiva de alguns resquícios daquele período sombrio,
d) (Revogado) como a tortura, por exemplo, ainda persistente no cotidiano
e) Desenvolver programas de formação nos meios brasileiro.
de comunicação públicos como instrumento de informação e
transparência das políticas públicas, de inclusão digital e de O trabalho de reconstituir a memória exige revisitar
acessibilidade. o passado e compartilhar experiências de dor, violência e
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; mortes. Somente depois de lembrá-las e fazer seu luto, será
Ministério da Justiça possível superar o trauma histórico e seguir adiante. A
f) Avançar na regularização das rádios comunitárias vivência do sofrimento e das perdas não pode ser reduzida a
e promover incentivos para que se afirmem como conflito privado e subjetivo, uma vez que se inscreveu num
instrumentos permanentes de diálogo com as comunidades contexto social, e não individual.
locais.
Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Especial dos A compreensão do passado por intermédio da
Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura; narrativa da herança histórica e pelo reconhecimento oficial
Ministério da Justiça
dos acontecimentos possibilita aos cidadãos construírem os
g) Promover a eliminação das barreiras que valores que indicarão sua atuação no presente. O acesso a
impedem o acesso de pessoas com deficiência sensorial todos os arquivos e documentos produzidos durante o regime
à programação em todos os meios de comunicação e
183
militar é fundamental no âmbito das políticas de proteção dos Em agosto de 2007, em ato oficial coordenado pelo
Direitos Humanos. Presidente da República, foi lançado, pela Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Desde os anos 1990, a persistência de familiares de e pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos
mortos e desaparecidos vem obtendo vitórias significativas Políticos, o livro-relatório "Direito à Memória e à Verdade",
nessa luta, com abertura de importantes arquivos estaduais registrando os onze anos de trabalho daquela Comissão e
sobre a repressão política do regime ditatorial. Em dezembro resumindo a história das vítimas da ditadura no Brasil.
de 1995, coroando difícil e delicado processo de discussão
entre esses familiares, o Ministério da Justiça e o Poder A trajetória de estudantes, profissionais liberais,
Legislativo Federal, foi aprovada a Lei no 9.140/95, que trabalhadores e camponeses que se engajaram no combate
reconheceu a responsabilidade do Estado brasileiro pela ao regime militar aparece como documento oficial do Estado
morte de opositores ao regime de 1964. brasileiro. O Ministério da Educação e a Secretaria Especial
dos Direitos Humanos formularam parceria para criar portal
Essa Lei instituiu Comissão Especial com poderes que incluirá o livro-relatório, ampliado com abordagem que
para deferir pedidos de indenização das famílias de uma lista apresenta o ambiente político, econômico, social e
inicial de 136 pessoas e julgar outros casos apresentados principalmente os aspectos culturais do período. Serão
para seu exame. No art. 4o, inciso II, a Lei conferiu à distribuídas milhares de cópias desse material em mídia
Comissão Especial também a incumbência de envidar digital para estudantes de todo o País.
esforços para a localização dos corpos de pessoas
desaparecidas no caso de existência de indícios quanto ao Em julho de 2008, o Ministério da Justiça e a
local em que possam estar depositados. Comissão de Anistia promoveram audiência pública sobre
"Limites e Possibilidades para a Responsabilização Jurídica
Em 24 de agosto de 2001, foi criada, pela Medida dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante o
Provisória no 2151-3, a Comissão de Anistia do Ministério da Estado de Exceção no Brasil", que discutiu a interpretação da
Justiça. Esse marco legal foi reeditado pela Medida Lei de Anistia de 1979 no que se refere à controvérsia
Provisória no 65, de 28 de agosto de 2002, e finalmente jurídica e política, envolvendo a prescrição ou
convertido na Lei no 10.559, de 13 de novembro de 2002. imprescritibilidade dos crimes de tortura.
Essa norma regulamentou o art. 8o do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição de 1988, A Comissão de Anistia já realizou setecentas
que previa a concessão de anistia aos que foram sessões de julgamento e promoveu, desde 2008, trinta
perseguidos em decorrência de sua oposição política. caravanas, possibilitando a participação da sociedade nas
Em dezembro de 2005, o Governo Federal determinou que discussões, e contribuindo para a divulgação do tema no
os três arquivos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) País. Até 1o de novembro de 2009, já haviam sido apreciados
fossem entregues ao Arquivo Nacional, subordinado à Casa por essa Comissão mais de cinquenta e dois mil pedidos de
Civil, onde passaram a ser organizados e digitalizados. concessão de anistia, dos quais quase trinta e cinco mil
foram deferidos e cerca de dezessete mil, indeferidos. Outros
ADCT DE 1988 doze mil pedidos aguardavam julgamento, sendo possível,
Art. 8º É concedida anistia aos que, no período de 18 de setembro de 1946 ainda, a apresentação de novas solicitações. Em julho de
até a data da promulgação da Constituição, foram atingidos, em 2009, em Belo Horizonte, o Ministro de Estado da Justiça
decorrência de motivação exclusivamente política, por atos de exceção,
institucionais ou complementares, aos que foram abrangidos pelo Decreto realizou audiência pública de apresentação do projeto
Legislativo n.º 18, de 15 de dezembro de 1961, e aos atingidos pelo Memorial da Anistia Política do Brasil, envolvendo a
Decreto-Lei n.º 864, de 12 de setembro de 1969, asseguradas as remodelação e construção de novo edifício junto ao antigo
promoções, na inatividade, ao cargo, emprego, posto ou graduação a que "Coleginho" da Universidade Federal de Minas Gerais
teriam direito se estivessem em serviço ativo, obedecidos os prazos de
permanência em atividade previstos nas leis e regulamentos vigentes,
(UFMG), onde estará disponível para pesquisas todo o
respeitadas as características e peculiaridades das carreiras dos acervo da Comissão de Anistia.
servidores públicos civis e militares e observados os respectivos regimes
jurídicos. No âmbito da sociedade civil, foram levadas ao
§ 1º O disposto neste artigo somente gerará efeitos financeiros a partir da Poder Judiciário importantes ações que provocaram
promulgação da Constituição, vedada a remuneração de qualquer espécie
em caráter retroativo.
debate sobre a interpretação das leis e a apuração de
§ 2º Ficam assegurados os benefícios estabelecidos neste artigo aos responsabilidades. Em 1982, um grupo de familiares entrou
trabalhadores do setor privado, dirigentes e representantes sindicais que, com ação na Justiça Federal para a abertura de arquivos e
por motivos exclusivamente políticos, tenham sido punidos, demitidos ou localização dos restos mortais dos mortos e desaparecidos
compelidos ao afastamento das atividades remuneradas que exerciam, políticos no episódio conhecido como "Guerrilha do
bem como aos que foram impedidos de exercer atividades profissionais
em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos. Araguaia". Em 2003, foi proferida sentença condenando a
§ 3º Aos cidadãos que foram impedidos de exercer, na vida civil, atividade União, que recorreu e, posteriormente, criou Comissão
profissional específica, em decorrência das Portarias Reservadas do Interministerial pelo Decreto no 4.850, de 2 de outubro de
Ministério da Aeronáutica n.º S-50-GM5, de 19 de junho de 1964, e n.º S- 2003, com a finalidade de obter informações que levassem à
285-GM5, será concedida reparação de natureza econômica, na forma
que dispuser lei de iniciativa do Congresso Nacional e a entrar em vigor no
localização dos restos mortais de participantes da "Guerrilha
prazo de doze meses a contar da promulgação da Constituição. do Araguaia". Os trabalhos da Comissão Interministerial
§ 4º Aos que, por força de atos institucionais, tenham exercido encerraram-se em março de 2007, com a divulgação de seu
gratuitamente mandato eletivo de vereador serão computados, para efeito relatório final.
de aposentadoria no serviço público e previdência social, os respectivos
períodos.
§ 5º A anistia concedida nos termos deste artigo aplica-se aos servidores
Em agosto de 1995, o Centro de Estudos para a
públicos civis e aos empregados em todos os níveis de governo ou em Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e a Human Rights
suas fundações, empresas públicas ou empresas mistas sob controle Watch/América (HRWA), em nome de um grupo de
estatal, exceto nos Ministérios militares, que tenham sido punidos ou familiares, apresentaram petição à Comissão Interamericana
demitidos por atividades profissionais interrompidas em virtude de decisão de Direitos Humanos (CIDH), denunciando o
de seus trabalhadores, bem como em decorrência do Decreto-Lei n.º
1.632, de 4 de agosto de 1978, ou por motivos exclusivamente políticos, desaparecimento de integrantes da "Guerrilha do Araguaia".
assegurada a readmissão dos que foram atingidos a partir de 1979, Em 31 de outubro de 2008, a CIDH expediu o Relatório de
observado o disposto no § 1º. Mérito no 91/08, onde fez recomendações ao Estado
brasileiro. Em 26 de março de 2009, a CIDH submeteu o
caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos,
184
requerendo declaração de responsabilidade do Estado Seu propósito é assegurar às famílias o exercício do direito
brasileiro sobre violações de direitos humanos ocorridas sagrado de prantear seus entes queridos e promover os ritos
durante as operações de repressão àquele movimento. funerais, sem os quais desaparece a certeza da morte e se
perpetua angústia que equivale a nova forma de tortura.
Em 2005 e 2008, duas famílias iniciaram, na Justiça
Civil, ações declaratórias para o reconhecimento das torturas As violações sistemáticas dos Direitos Humanos
sofridas por seus membros, indicando o responsável pelas pelo Estado durante o regime ditatorial são desconhecidas
sevícias. Ainda em 2008, o Ministério Público Federal em pela maioria da população, em especial pelos jovens. A
São Paulo propôs Ação Civil Pública contra dois oficiais do radiografia dos atingidos pela repressão política ainda está
exército acusados de determinarem prisão ilegal, tortura, longe de ser concluída, mas calcula-se que pelo menos
homicídio e desaparecimento forçado de dezenas de cinquenta mil pessoas foram presas somente nos primeiros
cidadãos. meses de 1964; cerca de vinte mil brasileiros foram
submetidos a torturas e cerca de quatrocentos cidadãos
Tramita também, no âmbito do Supremo Tribunal foram mortos ou estão desaparecidos. Ocorreram milhares
Federal, Arguição de Descumprimento de Preceito de prisões políticas não registradas, cento e trinta
Fundamental, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos banimentos, quatro mil, oitocentos e sessenta e duas
Advogados do Brasil, que solicita a mais alta corte brasileira cassações de mandatos políticos, uma cifra incalculável de
posicionamento formal para saber se, em 1979, houve ou exílios e refugiados políticos.
não anistia dos agentes públicos responsáveis pela prática
de tortura, homicídio, desaparecimento forçado, abuso de As ações programáticas deste eixo orientador
autoridade, lesões corporais e estupro contra opositores têm como finalidade assegurar o processamento
políticos, considerando, sobretudo, os compromissos democrático e republicano de todo esse período da
internacionais assumidos pelo Brasil e a insuscetibilidade de história brasileira, para que se viabilize o desejável
graça ou anistia do crime de tortura. sentimento de reconciliação nacional. E para se construir
consenso amplo no sentido de que as violações sistemáticas
Em abril de 2009, o Ministério da Defesa, no de Direitos Humanos registradas entre 1964 e 1985, bem
contexto da decisão transitada em julgado da referida ação como no período do Estado Novo, não voltem a ocorrer em
judicial de 1982, criou Grupo de Trabalho para realizar nosso País, nunca mais.
buscas de restos mortais na região do Araguaia, sendo que,
por ordem expressa do Presidente da República, foi instituído DIRETRIZ 23: Reconhecimento da memória e da verdade
Comitê Interinstitucional de Supervisão, com representação como Direito Humano da cidadania e dever do Estado.
dos familiares de mortos e desaparecidos políticos, para o
acompanhamento e orientação dos trabalhos. Após três Objetivo Estratégico I:
meses de buscas intensas, sem que tenham sido Promover a apuração e o esclarecimento público das
encontrados restos mortais, os trabalhos foram violações de Direitos Humanos praticadas no contexto
temporariamente suspensos devido às chuvas na região, da repressão política ocorrida no Brasil no período fixado
prevendo-se sua retomada ao final do primeiro trimestre de pelo art. 8o do ADCT da Constituição, a fim de efetivar o
2010. direito à memória e à verdade histórica e promover a
reconciliação nacional.
Em maio de 2009, o Presidente da República Ação Programática:
coordenou o ato de lançamento do projeto Memórias a) Designar grupo de trabalho composto por
Reveladas, sob responsabilidade da Casa Civil, que interliga representantes da Casa Civil, do Ministério da Justiça, do
digitalmente o acervo recolhido ao Arquivo Nacional após Ministério da Defesa e da Secretaria Especial dos Direitos
dezembro de 2005, com vários outros arquivos federais sobre Humanos da Presidência da República, para elaborar, até
a repressão política e com arquivos estaduais de quinze abril de 2010, projeto de lei que institua Comissão
unidades da federação, superando cinco milhões de páginas Nacional da Verdade, composta de forma plural e
de documentos suprapartidária, com mandato e prazo definidos, para
(www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br). examinar as violações de Direitos Humanos praticadas no
contexto da repressão política no período mencionado,
Cabe, agora, completar esse processo mediante observado o seguinte:
recolhimento ao Arquivo Nacional de todo e qualquer - O grupo de trabalho será formado por representantes da
documento indevidamente retido ou ocultado, nos termos da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá, do
Portaria Interministerial assinada na mesma data daquele Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa, da Secretaria
lançamento. Cabe também sensibilizar o Legislativo pela Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República,
aprovação do Projeto de Lei no 5.228/2009, assinado pelo do presidente da Comissão Especial sobre Mortos e
Presidente da República, que introduz avanços Desaparecidos Políticos, criada pela Lei no 9.140/95 e de
democratizantes nas normas reguladoras do direito de representante da sociedade civil, indicado por esta Comissão
acesso à informação. Especial;
- Com o objetivo de promover o maior intercâmbio de
Importância superior nesse resgate da história informações e a proteção mais eficiente dos Direitos
nacional está no imperativo de localizar os restos Humanos, a Comissão Nacional da Verdade estabelecerá
mortais de pelo menos cento e quarenta brasileiros e coordenação com as atividades desenvolvidas pelos
brasileiras que foram mortos pelo aparelho de repressão seguintes órgãos:
do regime ditatorial. A partir de junho de 2009, a Secretaria - Arquivo Nacional, vinculado à Casa Civil da Presidência da
de Comunicação Social da Presidência da República República;
planejou, concebeu e veiculou abrangente campanha - Comissão de Anistia, vinculada ao Ministério da Justiça;
publicitária de televisão, internet, rádio, jornais e revistas de - Comissão Especial criada pela Lei no 9.140/95, vinculada à
todo o Brasil buscando sensibilizar os cidadãos sobre essa Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
questão. As mensagens solicitavam que informações sobre a República;
localização de restos mortais ou sobre qualquer documento e - Comitê Interinstitucional de Supervisão instituído pelo
arquivos envolvendo assuntos da repressão política entre Decreto Presidencial de 17 de julho de 2009;
1964 e 1985 sejam encaminhados ao Memórias Reveladas.
185
- Grupo de Trabalho instituído pela Portaria no 567/MD, de 29 Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
de abril de 2009, do Ministro de Estado da Defesa; da República; Casa Civil da Presidência da República; Ministério da
Justiça; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
- No exercício de suas atribuições, a Comissão Nacional da
d) Criar e manter museus, memoriais e centros
Verdade poderá realizar as seguintes atividades:
de documentação sobre a resistência à ditadura.
• requisitar documentos públicos, com a colaboração Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
das respectivas autoridades, bem como requerer ao da República; Ministério da Justiça; Ministério da Cultura; Secretaria de
Judiciário o acesso a documentos privados; Relações Institucionais da Presidência da República
• colaborar com todas as instâncias do Poder Público e) Apoiar técnica e financeiramente a criação de
para a apuração de violações de Direitos Humanos, observatórios do Direito à Memória e à Verdade nas
observadas as disposições da Lei no 6.683, de 28 universidades e em organizações da sociedade civil.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
de agosto de 1979; da República; Ministério da Educação
• promover, com base em seus informes, a f) Desenvolver programas e ações educativas,
reconstrução da história dos casos de violação de inclusive a produção de material didático-pedagógico para
Direitos Humanos, bem como a assistência às ser utilizado pelos sistemas de educação básica e superior
vítimas de tais violações; sobre graves violações de direitos humanos ocorridas no
• promover, com base no acesso às informações, os período fixado no art. 8º do Ato das Disposições
meios e recursos necessários para a localização e Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.
identificação de corpos e restos mortais de Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
desaparecidos políticos; da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério da
Cultura; Ministério de Ciência e Tecnologia
• identificar e tornar públicas as estruturas utilizadas
para a prática de violações de Direitos Humanos,
DIRETRIZ 25: Modernização da legislação relacionada
suas ramificações nos diversos aparelhos do
com promoção do direito à memória e à verdade,
Estado e em outras instâncias da sociedade;
fortalecendo a democracia.
• registrar e divulgar seus procedimentos oficiais, a
fim de garantir o esclarecimento circunstanciado de
Objetivo Estratégico I:
torturas, mortes e desaparecimentos, devendo-se
Suprimir do ordenamento jurídico brasileiro eventuais
discriminá-los e encaminhá-los aos órgãos
normas remanescentes de períodos de exceção que
competentes;
afrontem os compromissos internacionais e os preceitos
• apresentar recomendações para promover a efetiva constitucionais sobre Direitos Humanos.
reconciliação nacional e prevenir no sentido da não Ações Programáticas:
repetição de violações de Direitos Humanos. a) Criar grupo de trabalho para acompanhar, discutir
- A Comissão Nacional da Verdade deverá apresentar, e articular, com o Congresso Nacional, iniciativas de
anualmente, relatório circunstanciado que exponha as legislação propondo:
atividades realizadas e as respectivas conclusões, com - revogação de leis remanescentes do período 1964-1985
base em informações colhidas ou recebidas em decorrência que sejam contrárias à garantia dos Direitos Humanos ou
do exercício de suas atribuições. tenham dado sustentação a graves violações;
- revisão de propostas legislativas envolvendo
DIRETRIZ 24: Preservação da memória histórica e retrocessos na garantia dos Direitos Humanos em geral e
construção pública da verdade. no direito à memória e à verdade.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Objetivo Estratégico I: da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais
Incentivar iniciativas de preservação da memória da Presidência da República
histórica e de construção pública da verdade sobre b) Propor e articular o reconhecimento
períodos autoritários. do status constitucional de instrumentos internacionais de
Ações programáticas: Direitos Humanos novos ou já existentes ainda não
a) Disponibilizar linhas de financiamento para a ratificados.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
criação de centros de memória sobre a repressão política, da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais
em todos os Estados, com projetos de valorização da história da Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores
cultural e de socialização do conhecimento por diversos c) Fomentar debates e divulgar informações no
meios de difusão. sentido de que logradouros, atos e próprios nacionais ou
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da prédios públicos não recebam nomes de pessoas
Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da identificadas reconhecidamente como torturadores.
Cultura; Ministério da Educação Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos
b) Criar comissão específica, em conjunto com Humanos da Presidência da República; Casa Civil da Presidência da
departamentos de História e centros de pesquisa, para República; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da
República
reconstituir a história da repressão ilegal relacionada ao
Estado Novo (1937-1945). Essa comissão deverá publicar d) Acompanhar e monitorar a tramitação judicial
relatório contendo os documentos que fundamentaram dos processos de responsabilização civil sobre casos que
essa repressão, a descrição do funcionamento da justiça de envolvam graves violações de direitos humanos praticadas
exceção, os responsáveis diretos no governo ditatorial, no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições
registros das violações, bem como dos autores e das vítimas. Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República; Ministério da Justiça
da República; Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Ministério da
Cultura
c) Identificar e tornar públicos as estruturas, os
locais, as instituições e as circunstâncias relacionados à
prática de violações de direitos humanos, suas eventuais
ramificações nos diversos aparelhos estatais e na sociedade,
bem como promover, com base no acesso às informações,
os meios e recursos necessários para a localização e 1 2 3 4 5 6
identificação de corpos e restos mortais de desaparecidos
políticos.
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PLANEJAMENTO FACILITADO
Janeiro 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 Ano Novo 2 3 4
5 6 Festa da Epifania 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25 Ano-novo chinês
26 27 Dia Intl. em 28 29 30 31
Memória das Vítimas
do Holocausto
Fevereiro 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1
2 3 4 Dia Mundial do 5 6 7 8
Câncer
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 Carnaval 22 Sábado de
Carnaval
188
Março 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 Dia Intl. da 2 3 4 5 6 7
Protecção Civil
29 30 31
Abril 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 Dia da Mentira 2 Dia Mundial da 3 4
Consciência do Autismo
12 Páscoa 13 14 15 16 17 18
26 27 28 Dia da Educação 29 30
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Maio 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 Dia do Trabalho 2
3 4 5 6 7 8 9
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
31
Junho 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 2 3 4 5 6
14 15 16 17 18 19 20
21 Início do Inverno 22 23 24 25 26 27
28 Dia do Orgulho 29 30
LGBTI
190
Julho 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 2 3 4
5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 Dia Contra o 31
Tráfico de Seres
Humanos
Agosto 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1
2 3 4 5 6 7 8
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 31
191
Setembro 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 2 3 4 5
6 7 Independência do 8 9 10 11 12
Brasil
13 14 15 16 17 18 19
27 28 29 30
Outubro 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 2 3
4 5 6 7 8 Dia Do Nordestino 9 10
192
Novembro 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 Dia de Todos os 2 Finados (Dia dos 3 4 5 6 7
Santos Mortos)
8 9 10 11 12 13 14
22 23 24 25 26 Dia de Ação de 27 28
Graças
29 30
Dezembro 2020
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 Dia Mundial de 2 3 4 5
Combate a AIDS
6 7 8 9 10 Direitos Humanos 11 12
13 14 15 16 17 18 19
27 28 29 30 31
193