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Escola/família: Juntos, um caminho certo para uma boa educação.

Erika Priscila Aragão de Matos


(Escola, família, educação, parceria.)
O presente trabalho diz respeito a importância da família e escola para a formação do aluno,
interação com seu processo de alfabetização. Ambas têm o mesmo objetivo, que é oferecer educação
de qualidade que promova o desenvolvimento do indivíduo e capacite-o para a vida em sociedade, essa
parceria deve ser cada vez mais estreita. Para a escola ressalta que, estabeleça um respeito a história de
vida e conhecimentos do aluno. Sendo assim, o contexto de aprendizagem do aluno depende de uma
atitude de compreensão e aceitação, portanto não é pela pressão exercida sobre ele que terá um êxito
no conteúdo abordado, mas uma maneira que cative-o para entender que, aprender deve ser cada vez
mais um ato de cuidados, parceria, benefícios que fortaleça o laço afetivo de cada entidade. Seja ela
familiar, educacional, psicológica para junto formar pessoas e bem preparadas para o seu futuro.
Em tempos mais atuais, sobretudo após o estabelecimento da Nova República e da promulgação
da Constituição de 1988, constata-se que a necessidade da presença da família no contexto escolar.
Pois, houve uma ganho efetivo no rendimento escolar daquelas crianças que tem o acompanhamento
efetivo dos pais junto com a escola. A preocupação com a relação família e escola em nosso país não
é recente. Desde o início do século XX, já se percebia a importância do tema. A partir da década de
1920, o Movimento Escolanovista ganhou força no Brasil e propôs a implantação de um modelo
educativo baseado em conhecimentos científicos que considerasse as especificidades da infância e as
individualidades dos educandos. Ao mesmo tempo, ganhava força e se consolidava o Movimento
Higienista, que estendeu sua ação ao espaço da escola no intuito de difundir e instruir estudantes e
famílias sobre hábitos de higiene e costumes que deveriam ser adotados como práticas preventivas para
diversas doenças, segundo Campos. Ambos os movimentos precisavam do engajamento das famílias
para se difundirem em larga escala e atingirem seus objetivos.
Por muito tempo, acreditou-se que a presença física da família na escola era o grande sinalizador
de uma efetiva colaboração, tendo em vista que o comparecimento em reuniões ou em atendimentos
previamente agendados era o corolário de uma família implicada e participativa. Hoje em dia, no
entanto, entende-se que o engajamento parental remete a diferentes ações — muitas delas não visíveis
__conduzidas pelas famílias e que dão suporte ao processo educacional de crianças e jovens, criando
ambientes favoráveis à aprendizagem. Tais ações compreendem o suporte emocional e instrumental
dispensado pelos pais às crianças e aos adolescentes, bem como interações e comunicações saudáveis
entre eles. Podemos dividir as formas de participação dos pais entre aquelas que podem ser exercidas
em casa e aquelas que são predominantemente exercidas no espaço escolar. Na escola, a participação
dos pais contribui para que conheçam as melhores formas de auxiliar seus filhos nas atividades de
aprendizagem, a partir do desenvolvimento de uma relação construtiva com os professores, que os
oriente a dar conta de sua parte nessa tarefa. É nesse âmbito que a presença física no espaço escolar
gera impactos positivos, pois permite uma aproximação face a face, o que colabora para a construção
de vínculos entre pais, gestores, professores e funcionários, gerando impactos positivos e sentimentos
de confiança e corresponsabilidade para com o desenvolvimento dos estudantes, da escola e da sua
comunidade. segundo Piaget (2007)” Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais
leva, pois a muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda
recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou
das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas
coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades.”
A educação ofertada à criança dentro da família assume um papel fundamental na construção do
sujeito. Os hábitos e atitudes dos pais na criação de seus filhos influenciam em seu desenvolvimento e
comportamento. Esse primeiro contato na infância com os pais irá influenciar a educação e bem-estar
da criança. Por isso os pais precisar tomar consciência de tal responsabilidade na formação desses
indivíduos. Segundo Piaget (1973) “a criança desenvolve se conhecimento ao passo que se relaciona
com o mundo externo. Durante seu crescimento a criança passa por momentos de adaptações com as
novas situações”. Assim ao chegar ao ambiente escolar a criança leva consigo os conhecimentos
adquiridos no ambiente familiar e os integra com aos conhecimentos escolares.
A escola possui mecanismos diferentes de repassar a educação, não somente da “grade” de
conteúdos específicos da área do saber científico, mas também quanto ao ensinar valores que já são
trabalhados em um primeiro momento pela família, e serão reforçados pela escola, como ainda trabalha
aspectos motores, visuais e perceptivos, dentre outros, que não são diretamente trabalhados pela
família. Mas a escola acaba sendo percebida como transmissora de conteúdos tradicionais, e não como
fortalecedora dos conhecimentos e valores vistos dentro da família.
Na tarefa de educar, a família carrega o papel de alicerçar a criança para que haja o favorecimento
da ação de educar. A vivência num ambiente com tais características irá facilitar o processo. Segundo
Szymanki (2009,136 p.) é fundamental que haja, sobretudo, o “respeito mútuo” nessa relação entre
ambas às instituições, pois irá contribuir para a delimitação das competências de cada uma na
aprendizagem escolar.
Diante do exposto, conclui-se que a família é um elemento fundamental e indispensável na vida
escolar da criança, sendo responsabilidade deste grupo social atuar nos cuidados com os filhos
referentes à saúde, à alimentação, à higiene e, especialmente, a educação. O que um dia já foi
negligenciado, no momento histórico em que a criança era vista como um “adulto em miniatura”, hoje
em dia, com raras exceções, tem se dedicado, de forma muito significativa, para a contribuição do
desenvolvimento integral da criança.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, Centro
Gráfico 1988

CAMPOS, Alexandra R. Família e escola: um olhar histórico sobre as origens dessa relação no
contexto educacional brasileiro. Revista Vertentes, São João del-Rei, p. 17 , 2011.

SMANZKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e pespequitivas. Brasília: liber livro,2009. 136
p.

PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007

PIAGET,J. O tempo e o desenvolvimento intelectual da criança. In Piaget. Rio de Janeiro:


Forense,1973

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