AULAS DA SALETE - Negócios Jurídicos e Contratos

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NEGÓCIOS E CONTRATOS JURÍDICOS

Profa. Dra. Salete Domingos


Roteiro

Quem somos Organização Plano de


nós? das aulas ensino

Primeiras
Bibliografia Avaliações
aproximações
QUEM SOMOS NÓS?

Profa. Dra. Salete Domingos


salete.domingos@saojudas.br
Horários de aula: 19h00/21h50
Quem sou eu?
QUEM
SOMOS
NÓS?
Conte uma curiosidade sobre
você que ninguém poderia saber
se você não contasse.
Organização DA UC

Aula expositiva

Estações

Dinâmicas diferentes em cada uma delas

Exercícios coletivos

Importância da preparação prévia


Metas de compreensão – o que se
espera que o aluno venha
compreender
Desempenhos de Compreensão –
pense a partir do que sabe
ENSINO PARA A
COMPREENSÃO Tópicos geradores – delimitam a
matéria que o aluno vai investigar

Avaliação contínua – autonomia


para construção do conhecimento,
busca ativa.
Tópicos Geradores

❑A partir de que momento passa a existir um negócio jurídico?


❑Quais os defeitos que prejudicam os negócios jurídicos?
❑Quais as consequências jurídicas dos defeitos nos negócios jurídicos?
❑Quais são as espécies de obrigações?
❑Como uma pessoa pode ser responsabilizada pela prática de um ato
ilícito ou descumprimento de uma obrigação?
❑ Qual o objetivo de um contrato jurídico?
❑ Como elaborar um contrato válido?
❑ Quais são as espécies de contratos previstos na legislação?
Metas de compreensão
❑ Compreender adequadamente os negócios jurídicos (conceito, existência, validade e eficácia);
❑ Distinguir condição, termo e encargo no âmbito do negócio jurídico; Identificar os vícios do negócio jurídico;
❑ Relacionar a representação com os defeitos do negócio jurídico;
❑ Exemplificar atos lícitos e Ilícitos; Interpretar as consequências da responsabilidade civil em relação as suas
modalidades e formas de reparação;
❑ Classificar casos de abuso de Direito, a partir de seu conceito, função e modalidades obrigacionais;
❑ Diferenciar adimplemento e inadimplemento das obrigações e seus efeitos; Examinar o contrato jurídico com base
em seu conceito e princípios;
❑ Demonstrar como o contrato pode ser um instrumento para o desenvolvimento econômico e a transferência de
propriedade;
❑ Compreender a teoria geral dos contratos a partir da legislação aplicável, formação, interpretação, efeitos e extinção
dos contratos;
❑ Exemplificar as espécies de obrigações;
❑ Avaliar a execução e inexecução das obrigações e seus efeitos;
❑ Identificar os elementos constitutivos dos contratos em espécie;
❑ Manipular os contratos em espécie;
❑ Analisar a estrutura e os efeitos do contrato de compra e venda;
❑ Elaborar contrato de compra e venda;
❑ Esclarecer os pressupostos de formação, avaliação e extinção dos contratos;
❑ Contrastar as diversas espécies de contratos (empréstimo, comodato, mútuo, locação, arrendamento mercantil,
contrato de prestação de serviço e empreitada, depósito, mandato, comissão, agência, distribuição, corretagem,
transporte, seguro, contratos de garantia (fiança e aval), contratos bancários e consumeristas);
❑ Esclarecer os atos unilaterais de vontade.
EMENTA

❑ Negócios jurídicos: conceito, existência, validade e eficácia. Condição, termo e encargo. Representação.
Defeitos do negócio jurídico. Erro, ignorância, dolo, coação, estado de perigo, lesão, simulação. Nulidades.
Atos lícitos e Ilícitos.
❑ Direito das obrigações: obrigação natural, civil, de dar, de fazer e de não fazer, solidária, subsidiária,
alternativa, facultativa e conjuntiva. Execução e inexecução das obrigações e seus efeitos. Abuso de direito:
conceito, função e modalidades obrigacionais. Adimplemento e inadimplemento das obrigações e seus
efeitos.
❑ Responsabilidade civil: modalidades e reparação.
❑ Teoria geral dos contratos: legislação aplicável, formação, interpretação, efeitos e extinção dos contratos.
Contrato: conceitos e princípios aplicáveis às relações contratuais. O contrato como instrumento para o
desenvolvimento econômico e a transferência de propriedade. Atos unilaterais de vontade.
❑ Contratos em espécie: compra e venda, doação, troca, permuta e alienação fiduciária em garantia
(Decreto-lei n. 911/69 e Lei n. 9.514/97). Contrato estimatório. Empréstimo: comodato e mútuo. Contrato
de locação (Lei n. 8.245/91). Arrendamento mercantil (leasing) e arrendamento e parceria rural (Lei n.
4.504/64 e Dec. n. 59.566/66). Contrato de prestação de serviço e empreitada. Depósito, mandato,
comissão, agência, distribuição e corretagem. Contrato de transporte e seguro. Contratos de garantia:
fiança e aval. Contratos bancários.
Passa rápido!

Sonho Prioridade Foco


Prova da OAB

10% 13% Pessoa natural e Direitos da personalidade

Negócios Jurídicos, obrigações, Teoria do Contrato


13%
Contratos em espécie
13%

Direitos Reais

Regimes de Bens e outros Direitos Patrimoniais nas relações


13% familiares

13% Sucessão legítima

Sucessão testamentária e disposições de última vontade

25%
Disciplina Questões
Ética Profissional 8
Filosofia do Direito 2
Direito Constitucional 7
Direitos Humanos 2
Direito Internacional 2
Direito Tributário 5
Direito Administrativo 6
Direito Ambiental 2
Direito Civil 7
Estatuto da Criança e do Adolescente 2
Código de Defesa do Consumidor 2
Direito Empresarial 5
Processo Civil 7
Direito Penal 6
Processo Penal 6
Direito do Trabalho 6
Processo do Trabalho 5
AVALIAÇÕES

A1 A2 A3 AI

Avaliação dissertativa Avaliação com questões Avaliação de Substitui A1 ou A2 (a


em que o aluno de múltipla escolha em desempenho como menor nota) e após,
demonstrará que o aluno resultado de um somam-se as novas
habilidades na demonstrará processo composto por notas.
expressão da habilidades de leitura, uma variedade de
linguagem, códigos e interpretação, análise feedbacks para o
signos da área de informações e atingimento das metas
(valor 30 pontos). estabelecimento de de compreensão e a
17/10 a 18/10 relações concretização dos
(valor 30 pontos). desempenhos parciais e
27/11 a 28/11 consequente construção
do desempenho final
(valor 40 pontos).
Primeiras aproximações
Código Civil Do Direito das
Obrigações
(art. 233 a 965)

Do Direito de
Das pessoas (art. Empresa
1 a 78) (art. 966 a 1.195)

Dos Bens Do Direito das


Parte geral Parte Especial Coisas
(art. 79 a 103)
(art. 1.196 a 1.510E)
Dos Fatos
Jurídicos Do Direito de
(art. 104 a 232) Família
(art. 1.511 a 1.783A)

Do Direito das
Sucessões
(art. 1.784 a 2.027)
Dignidade da Pessoa Humana

Solidariedade

Igualdade

Valorização do trabalho humano

PRINCIPIOS Propriedade

Função social

Livre Iniciativa

Boa-fé
Ramos do Direito

Direitos não patrimoniais

❑inerente à pessoa humana, como os direitos da


personalidade (CC, arts. 11 a 21) e os de família

Direitos patrimoniais

❑Reais (integram ao Direito das Coisas)


❑Obrigacionais (compõem o Direito das
Obrigações)
Distinção entre direitos pessoais e reais

Direito pessoal – consiste numa relação jurídica


pela qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito
passivo determinada prestação. Elementos:
sujeito ativo, sujeito passivo, prestação.

Direito real - consiste no poder jurídico, direto


e imediato, do titular sobre a coisa, com
exclusividade e contra todos.
DISTINÇÃO ENTRE: DIREITOS REIAS E DIREITOS PESSOAIS

DIREITO REAL DIRETO OBRIGACIONAL

Objeto Incide sobre um bem corpóreo ou incorpóreo. Cumprimento de determinada prestação (dar,
fazer ou não fazer).

Sujeito Passivo Indeterminado (erga omnes). Determinado ou determinável.

Duração Perpétuos, não é extinto pelo não uso. Transitórios: cumprida a obrigação,
extinguem-se.

Formação Somente criado pela lei, e (numerus Pode resultar da vontade das partes, sendo
clausus), ou seja, forma delimitada. ilimitado o número de contratos inominados
art 425 CC (numerus apertus).

Exercício Diretamente contra a coisa, sem necessidade Deve haver, necessariamente, o sujeito
da existência do sujeito passivo. passivo.

Ação Contra qualquer pessoa indistintamente que Somente contra a pessoa que figura na
detiver a coisa. relação jurídica. Não vincula terceiros.
DIREITO PESSOAL/ OBRIGACIONAL

Credor Devedor
DIREITO REAL
DISTINÇÃO ENTRE OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE

Obrigação: a relação jurídica obrigacional resulta da vontade


humana ou da vontade do Estado, por intermédio da lei, e deve ser
cumprida espontânea e voluntariamente. Quando tal fato não
acontece, surge a responsabilidade. Cumprida, a obrigação se
extingue. Não cumprida, nasce a responsabilidade, que tem como
garantia o patrimônio geral do devedor. (Cumprimento: extinção)

Responsabilidade: a responsabilidade é, assim, a consequência


jurídica patrimonial do descumprimento da relação obrigacional.
Pode-se, pois, afirmar que a relação obrigacional tem por fim
principal a prestação devida e, secundariamente, a sujeição do
patrimônio do devedor que não a satisfaz. (Inadimplemento:
responsabilidade)
O que é obrigação?
Conceito – Direito das Obrigações

“conjunto de normas e princípios


jurídicos reguladores das relações
“a relação jurídica obrigacional
patrimoniais entre um credor (SA) e
(pessoal) entre um credor (titular do
um devedor (SP) a quem incumbe o
direito de crédito) e um devedor
dever de cumprir, espontânea ou
incumbido do dever de prestar)”
coativamente, uma prestação de dar,
fazer ou não fazer”
Elementos constitutivos
Vínculo jurídico:
Objeto: uma conduta
Sujeito: pessoa física sujeita o o devedor a
ou ato humano
ou jurídica determina obrigação
(prestação)
em favor do credor.

Imediato –
Sujeito ativo próximo direto
Abstrata - débito
(Credor) (obrigação de dar,
fazer ou não fazer)

Mediato – distante
Sujeito passivo Material -
indireto (dar ou
(devedor) responsabilidade
fazer o quê)
Fontes das obrigações

Vontade do Estado – Lei (fonte imediata)

Vontade Humana – contrato, declaração


de vontade e ato ilícito (lei é fonte
mediata)
Fontes das obrigações

Lei

Atos ilícitos

Contratos
Princípios do Direito
das Obrigações

❑Dignidade da pessoa humana


❑Autonomia privada,
❑função social,
❑boa-fé objetiva
❑Razoabilidade
❑Teoria do adimplemento substancial
Praticando

1) Fernando vendeu seu carro para Luiz e ficou acordado que o valor
de 30 mil reais seriam divididos em 3 parcelas. No contrato Fernando
estabeleceu que entregaria o carro no ato do pagamento da primeira
parcela, mas o documento só seria entregue com o adimplemento
total. Luiz pagou as duas primeiras parcelas, mas não pagou a terceira.
Fernando está inconformado e quer o carro de volta. Explique se a
pretensão de Fernando é possível.
2) Marcos invadiu uma casa e lá estabeleceu sua moradia. Lúcia, dona
do imóvel, tomou conhecimento da conduta de Marcos e ingressou
com ação petitória para reaver o bem. Ocorre que no dia da
reintegração Marcos estava dando uma festa e havia muitas pessoas
em sua casa. Poderá ser executada a reintegração contra os
convidados?
FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XXVII - Primeira Fase
Renata financiou a aquisição de seu veículo em 36 parcelas e vinha pagando pontualmente todas
as prestações. Entretanto, a recente perda de seu emprego fez com que não conseguisse manter
em dia a dívida, tendo deixado de pagar, justamente, as duas últimas prestações (35ª e 36ª).
O banco que financiou a aquisição, diante do inadimplemento, optou pela resolução do contrato.

Tendo em vista o pagamento das 34 parcelas anteriores, pode-se afirmar que a conduta da
instituição financeira viola o princípio da boa-fé, em razão do(a)
A) dever de mitigar os próprios danos.
B) proibição de comportamento contraditório (venire contra factum proprium).
C) adimplemento substancial.
d) dever de informar
Figuras híbridas: (obrigação e de direito real).

Espécies

as obrigações
as obrigações
os ônus reais; com eficácia
propter rem;
real.
Obrigações propter rem

Obrigação propter rem (por causa da


coisa) é a que recai sobre uma pessoa,
por força de determinado direito real.
Só existe em razão da situação jurídica
do obrigado, de titular do domínio ou
de detentor de determinada coisa.
Exemplos: Art. 1.277, CC; Art. 1.315,
CC; Art. 1.234, CC; Art. 1.336, III, CC.

Características:
1) pela origem; e
2) pela transmissibilidade
automática.
Ônus reais

Ônus reais são obrigações que limitam o uso e gozo da


propriedade, constituindo gravames ou direitos oponíveis erga
omnes, como a renda constituída sobre imóvel. Aderem e
acompanham a coisa.
Exemplo:
Art. 1.473, CC
A responsabilidade pelo ônus real é limitada ao bem onerado, não
respondendo o proprietário além dos limites do respectivo valor,
pois é a coisa que se encontra gravada.
Obrigações com eficácia real

Obrigações com eficácia real são as que, sem perder seu caráter de
direito a uma prestação, transmitem-se e são oponíveis a terceiro
que adquira direito sobre determinado bem.
Exemplo:
No art. 576 do Código Civil, pelo qual a locação pode ser oposta ao
adquirente da coisa locada se constar do registro.
Modalidades das obrigações

Obrigações
Obrigação de dar, Obrigações Obrigações
divisíveis e
fazer ou não fazer alternativas solidárias
indivisíveis

Obrigações Puras e Obrigações de


Obrigações de Meio Obrigações Civis e Simples; Execução
e de Resultado Naturais Condicionais; a Instantânea;
Termo e Modais Diferida e Periódica

Obrigações
Obrigações Líquidas Obrigações com Obrigações Propter
Principais e
e Ilíquidas Cláusula Penal Rem
Acessórias
Classificação quanto ao objeto

Obrigação de
dar coisa certa
Obrigação de
dar
Obrigações Obrigação de
positivas dar coisa incerta
Obrigação de
fazer

Obrigação Obrigação de
negativa não fazer
Classificação quanto aos seus elementos

Cumulativas (e)

Pela
multiplicidade Alternativas (ou)
de objetos
Simples

Facultativas

Composta

Divisíveis

Pela
multiplicidade Indivisíveis
de sujeitos

Solidárias
Obrigação alternativa- a obrigação é
de entrega do objeto A ou do objeto
B, de forma que a perda de um deles
faz com que o outro se torne devido
automaticamente.
Alternativa
e Obrigação facultativa- a obrigação de
facultativa é entrega do objeto A, mas o devedor,
a seu critério, tem a faculdade de
entregar o objeto B. Perdido o objeto
A, resolve-se a obrigação, ou seja, o
credor não pode exigir o objetivo B
(que é mera faculdade do devedor).
Coisa certa é coisa perfeitamente
individualizada, que se distingue das
demais por características próprias,
móvel ou imóvel.

Das Abrange os acessórios, salvo convenção


em contrário (art. 233 CC)

obrigações
de dar coisa Impossibilidade de entrega de coisa

certa diversa, ainda que mais valiosa – Art.


313/CC, inverso – Art. 356/CC.

A obrigação de dar coisa certa é mediante


entrega (como na compra e venda) ou
restituição (como no comodato) da coisa.
(Art. 233 – 238/CC)
Tradição

Real, quando envolve a entrega efetiva e material da coisa;

Simbólica, quando representada por ato que traduz a


alienação, como a entrega das chaves do veículo vendido; e

Ficta, no caso do constituto possessório (cláusula constituti).


Ocorre, por exemplo, quando o vendedor, transferindo a
outrem o domínio da coisa, conserva-a, todavia, em seu
poder, mas agora na qualidade de locatário.
Obrigação de entregar
❑ Se a coisa pereceu ou se deteriorou antes da entrega:
➢ Perecimento - significa perda total.
➢ Deterioração - perda parcial da coisa.

❑ Em caso de perecimento (perda total) de coisa certa antes da


tradição, é preciso verificar, primeiramente, se o fato decorreu de
culpa ou não do devedor.
➢ Caso de perda sem culpa do devedor – Art. 234/CC.
➢ Caso de perecimento da coisa com culpa do devedor – Art.
234/CC, segunda parte; e Art. 402/CC.

❑ Em caso de deterioração ou perda parcial da coisa, também importa


saber, preliminarmente, se houve culpa ou não do devedor.
➢ Inexistência de culpa do devedor pela deterioração da coisa –
Art. 235/CC.
➢ Existência de culpa do devedor – Art. 236/CC.

❑ Melhoramentos e acréscimos:
➢ Pertence ao devedor que poderá exigir aumento do preço.
Obrigação de
restituir
❑ Em caso de perecimento (perda total) de coisa certa antes da tradição,
é preciso verificar, primeiramente, se o fato decorreu de culpa ou não
do devedor.
➢ Caso de perda sem culpa do devedor – Art. 238/CC. Res perit
domino
➢ Caso de perecimento da coisa com culpa do devedor – Art.
239/CC e Art. 402/CC.

❑ Em caso de deterioração ou perda parcial da coisa, também importa


saber, preliminarmente, se houve culpa ou não do devedor.
➢ Inexistência de culpa do devedor pela deterioração da coisa –
Art. 240/CC.
➢ Existência de culpa do devedor – Art. 240/CC.

❑ Melhoramentos e acréscimos:
➢ Pertence ao credor que poderá exigir aumento do preço. Art.
241/242 CC.
Das obrigações de dar coisa
incerta

Preceitua o art. 243 do Código Civil:


“A coisa incerta será indicada, ao
menos, pelo gênero e pela
quantidade.”
A expressão “coisa incerta” indica que
a obrigação tem objeto
indeterminado, mas não totalmente,
porque deve ser indicada, ao menos,
pelo gênero e pela quantidade. É,
portanto, indeterminada, mas
determinável. Falta apenas
determinar a sua qualidade.
Diferenças

OBRIGAÇÃO DE DAR COISA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA


INCERTA - A prestação não é CERTA - A prestação tem,
determinada, mas desde logo, conteúdo
determinável, dentre uma determinado, pois concerne a
pluralidade indefinida de um objeto singular,
objetos. perfeitamente individualizado.
A quem compete o direito de escolha?

Art. 244/CC - “Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a


escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação;
mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.”
Adotamos o critério da qualidade média ou intermediária:

Caso alguém, por exemplo, se obrigue a entregar uma saca de café a outrem,
não se tendo convencionado a qualidade, deverá o devedor entregar uma saca
de qualidade média. Se existirem três qualidades, A, B e C, entregará uma saca
de café tipo B. Nada impede, porém, que opte por entregar, em vez de saca de
qualidade intermediária, a de melhor qualidade. Apenas não pode ser obrigado
a fazê-lo.
Obrigação de coisa incerta

❑Gênero e quantidade
❑Compete ao devedor escolher
❑Critério da qualidade média ou
intermediária
❑A partir da escolha vigora coisa certa
❑Antes da escolha não poderá alegar perda
ou deterioração
A3 - Avaliação

REGRAS GERAIS:

1. No mínimo 3 e no máximo 6 integrantes.


2. Prazo para responder formulário
impreterivelmente hoje, 28/03
3. O grupo escolhe qual contrato quer redigir
4. Não há limitações de lauda
5. O documento final deve ser entregue PDF
(ADOBE)
6. Data limite para entrega será dia 31/05
através do classroom.
7. Todos os trabalhos serão parte da exposição
EXPO USJT
DAS OBRIGAÇÕES DE
FAZER

Conceito: A obrigação de fazer


abrange o serviço humano em geral,
seja material ou imaterial, a
realização de obras e artefatos ou a
prestação de fatos que tenham
utilidade para o credor.
Espécies de obrigação de fazer

OBRIGAÇÃO DE FAZER
INFUNGÍVEL,
CONSISTENTE EM
PERSONALÍSSIMA OU FUNGÍVEL
EMITIR DECLARAÇÃO
INTUITU PERSONAE
DE VONTADE
Obrigação de fazer

❑Recusa da prestação
❑Impossibilidade sem culpa do devedor
❑Impossibilidade com culpa
❑Se pode ser executado por terceiro
DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER

❑Conceito: A obrigação de não fazer ou negativa


impõe ao devedor um dever de abstenção: o de não
praticar o ato que poderia livremente fazer caso não
se houvesse obrigado.
❑Caso pratiquem o ato – não fazer?
❑Extinção da obrigação
Pergunta

Aproveitando o recebimento de seu 13 salário, João Silva contrata


Inácio Souza para pintar sua casa. Este, subcontrata Edmar Adário
para pintar apenas o muro. O trabalho deveria ser executado em
20 dias. Ocorre que, nos últimos 15 dias de execução do trabalho,
Edmar abandona o serviço. Inácio que já está com outro contrato,
em outro imóvel em execução, diz que somente poderá terminar
o serviço dali a 03 meses. João fica bastante irritado, pois já foi
feito todo o pagamento da avença e o procura para que o
esclareça sobre seus direitos.
Assim, como advogado de João quais seriam as respostas às
suas indagações?
1. Qual o tipo de obrigação, presente na situação narrada?
2. É possível que outra pessoa execute o serviço, para que
Inácio pague?
3. Na eventual execução do contrato, poderia João pleitear
danos?
Quando a obrigação tem por objeto uma só
prestação (p. ex.: entregar um veículo) ou um
só sujeito ativo e um único sujeito passivo,
OBRIGAÇÕES diz-se que ela é simples. Havendo pluralidade
de prestação, a obrigação é complexa ou
CUMULATIVAS, composta e se desdobra, então, nas seguintes
ALTERNATIVAS, modalidades:
FACULTATIVAS a) obrigação cumulativa;
b) obrigação alternativa; e
c) obrigação facultativa.
Na modalidade especial de obrigação composta, denominada
OBRIGAÇÕES cumulativa ou conjuntiva, há uma pluralidade de prestações e
todas devem ser solvidas, sem exclusão de qualquer uma delas,
CUMULATIVAS sob pena de se haver por não cumprida.
Obrigação
alternativa

Obrigação alternativa é a que


compreende dois ou mais
objetos e extingue-se com a
prestação de apenas um.
Trata-se de obrigação simples, em que é
devida uma única prestação, ficando,
porém, facultado ao devedor, e só a ele,
exonerar-se mediante o cumprimento de
prestação diversa e predeterminada. É
obrigação com faculdade de substituição.
OBRIGAÇÕES
FACULTATIVA Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa
S achada, nos termos do artigo
antecedente, terá direito a uma
recompensa não inferior a cinco por
cento do seu valor, e à indenização pelas
despesas que houver feito com a
conservação e transporte da coisa, se o
dono não preferir abandoná-la.
PAUTA DO DIA

Processo Judicial Obrigações divisíveis


(obrigações) / indivisíveis

Obrigações de meio
Obrigações solidárias
e de resultado
Sessão leitura
Gabarito

• Juízo competente: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Cível da Comarca
de ______/____
• Partes: João Feioso x Lindas.com Bolsas e Sapatos Ltda., (representada por administrador )
• Peça: Ação de obrigação de não fazer
• Fundamento legal: art. 251, 1.147 , 186/927 CC e 318 e ss do CPC
• Pedido: procedência do pedido, citação do réu para contestar, condenação das custas e
honorários (82, § 2º do CPC e 85 do CPC), juntada de custas (art. 290 CPC), intimações (art, 77, V
do CPC), Audiência de de mediação e conciliação (art. 319, VII e 334, §5° do CPC). Pretende-se
provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especialmente...
• Valor da causa: Dá-se à causa o valor de R$ ....
Termos em,
que pede deferimento.
Local e data.
Advogado....
OAB/.... Nº...
Preambulo

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Cível da Comarca de


____ Estado de ____

(Espaço de cinco linhas)

________(nome)_______, (estado civil), (nacionalidade), (profissão), portador da


cédula de identidade RG nº ________________, inscrito no Ministério da Fazenda
sob CPF nº _______________, residente e domiciliado na Rua _______________,
nº ___, bairro ___________, ____________ – ___, e-mail
_______________________________, neste ato representado por seu procurador
devidamente constituído através do incluso Instrumento de Mandato (doc. ___),
vem, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
NÃO FAZER com fundamento nos art.251, 1.147, com pedido de dano moral e
material, fundado no artigo 186 e 927, ambos do CC combinados com o 318 do
CPC, em face de ________(nome)________, (nacionalidade), (estado civil),
(profissão), portador da cédula de identidade RG nº ________________, inscrito
no Ministério da Fazenda sob CPF nº _______________, residente e domiciliado
na Rua _______________, nº ___, bairro ___________, ____________ – ___, e-
mail _______________________________,pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos:.
I) DOS FATOS
Descrever os fatos relacionados no enunciado (de
forma cronológica)

II) DO DIREITO
Conforme se verificou da narrativa dos fatos
.....(introduzir a problemática e descrever a tese de
defesa)
Diante de todo expostos requer:
A procedência do pedido formulado na inicial para .... (descrever o
pedido principal)
A condenação do Réu no pagamento de custas e honorários
advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência, com fulcro no
artigo 82, § 2º e 85 CPC.
A citação do Réu para que apresente sua defesa no prazo legal (qual?)
ou compareça em audiência.
A realização de audiência de conciliação ou mediação nos termos do
artigo 334, §5º e 319, VIII do CPC.
Que as intimações sejam endereçadas ao escritório do advogado na
rua ..., nº..., bairro ..., cidade..., Estado..., conforme artigo 77, V do
CPC.
A juntada das guias de custas devidamente recolhidas em anexo, artigo
290 do CPC.
(Colocar outro pedido especifico)
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em
especial a prova documental conforme contrato de alienação do
estabelecimento, trespasse, em anexo e prova testemunhal.

Dá-se à causa o valor de R$ ________________


(________________reais).

Termos em que,
Pede deferimento.

Local ... data...


DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E
INDIVISÍVEIS

As obrigações divisíveis e
indivisíveis, são compostas pela
multiplicidade de sujeitos.
❑Indivisibilidade Natural
❑Indivisibilidade Legal
❑Indivisibilidade Convencional
Pluralidade de Credores e devedores

Em geral, a prestação é distribuída rateadamente


entre as partes. O benefício e o ônus, inerentes à
relação obrigacional, devem ser repartidos; cada
credor tem direito a uma parte, como cada
devedor responde apenas pela sua quota. Essa
regra sofre, contudo, duas importantes exceções:
a) a da indivisibilidade; e
b) a da solidariedade.

❑Cada devedor será obrigado pela dívida toda?


❑O devedor que paga a dívida total tem direito?
❑Pluralidade de credores
❑Remissão
Art. 264/CC. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre
mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou
DAS obrigado, à dívida toda.
Caracteriza-se a obrigação solidária pela multiplicidade de credores
OBRIGAÇÕES e/ou de devedores, tendo cada credor direito à totalidade da
prestação, como se fosse credor único, ou estando cada devedor
SOLIDÁRIAS obrigado pela dívida toda, como se fosse o único devedor.
Cumprida por este a exigência, liberados estarão todos os demais
devedores ante o credor comum (CC, art. 275).
Pluralidade de sujeitos
ativos ou passivos
Multiplicidade de
Características vínculos
da
solidariedade Unidade de prestação

Corresponsabilidade dos
interessados
Obrigações solidárias esquematizado

Regras Gerais
Art. 264
Art. 265
Art. 266
Regras Espelho (Solidariedade Ativa) Regras Espelho (Solidariedade
Art. 267 Passiva)
Art. 269 Art. 275
Art. 270 Art. 277
Art. 272 Art. 276
Art. 273 Art. 283
Regras Específicas (Ativa - Credor) Art. 281
Art. 268 Regras Específicas (Passiva - Devedor)
Art. 271 Art. 278
Art. 274 Art. 279
Art. 280
Art. 282
Art. 284
Art. 285
Classificação quanto ao conteúdo

Obrigação de meio: diz-se que a obrigação é de


meio quando o devedor promete empregar seus
conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de
determinado resultado sem, no entanto,
responsabilizar-se por ele.
Obrigação de resultado: quando a obrigação é de
resultado, o devedor dela se exonera somente
quando o fim prometido é alcançado. Não o sendo, é
considerado inadimplente e deve responder pelos
prejuízos decorrentes do insucesso.
Outras modalidades de Obrigações

Quanto aos Quanto ao momento Quanto à


Quanto à
elementos que devem ser Quanto à liquidez reciprocidade
exigibilidade
acidentais cumpridas consideradas

Execução
Civis Puras e Simples Líquidas Principais
Instantânea

Naturais (Prescrição
- art. 882 CC e Condicionais (art.
Diferida Ilíquidas Acessórias
Dívidas de jogo - art. 121)
814 CC)

Execução
Termo (Art. 131 CC) continuada ou trato
sucessivo

Modais (art. 136 CC)


Caso concreto
Em 12/07/2020, Maria Bonita alienou o estabelecimento empresarial
“Lindas.com Comércio de Bolsas e Sapatos LTDA.” para Maria Flor. O negócio
jurídico (válido e eficaz) de trespasse foi efetivado no valor considerável de R$
800.000,00 (oitocentos mil reais) e no teor do contrato não houve previsão
sobre concorrência. Após um ano da alienação do estabelecimento para Maria
Flor, Maria Bonita inaugurou nova loja, denominada “Maria Bonita.com”, na
mesma cidade atraindo sua antiga clientela. Para agravar ainda mais a situação
a Maria Flor tomou conhecimento que Maria Bonita ficou seis meses na
França, fazendo cursos de aperfeiçoando com a marca francesa Louis Vuitton
com a intenção de retornar ao Brasil com novidades no varejo de bolsas e
sapatos. Desde a nova atuação de Maria Bonita, o faturamento da Maria Flor
paulatinamente passou a decrescer.
Assim, considerando que adquirente te
procura na condição de advogado (a), elabore a peça processual adequada.
22.05 Descumprimento A3 devolutiva

29.05 Contratos em espécies

05.06 Contratos em espécies

Próximas 12/6 entrega final da A3

aulas 13/06 a 15/06 A2

16/6 Devolutivas A2

20,21 e 22/6 Expo São Judas

27/06 Lançamento A3
Da Transmissão da
obrigação

❑Alterações na composição de seus elementos


essenciais: conteúdo ou objeto e sujeitos ativo e
passivo.
❑Obrigação é um valor que integra o patrimônio do
credor
❑Cessão: transferência negocial, a título gratuito ou
oneroso
❑Sujeitos: Cessionário (adquirente) e Cedente
❑Espécies:
❑Cessão de crédito
❑Cessão de débito (Assunção de dívida)
Cessão de crédito
• Conceito: é negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem
seus direitos na relação obrigacional.
• Institutos afins: Não se confunde com:
a) cessão de contrato, em que se procede à transmissão, ao cessionário, da
inteira posição contratual do cedente;
b) novação subjetiva ativa, porque nesta, além da substituição do credor,
ocorre a extinção da obrigação anterior, substituída por novo crédito;
c) sub-rogação legal. O sub-rogado não pode exercer os direitos e ações do
credor além dos limites de seu desembolso, não tendo, pois, caráter
especulativo (art. 350 CC).
• Objeto: em regra, todos os créditos podem ser objeto de cessão, constem
de título ou não, vencidos ou por vencer, salvo se a isso se opuser “a
natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor” (art. 286 CC).
Cessão de crédito
❑Objeto: em regra, todos os créditos podem ser objeto de cessão, constem de título
ou não, vencidos ou por vencer, salvo se a isso se opuser “a natureza da obrigação, a
lei, ou a convenção com o devedor” (art. 286 DO CC).
❑Formas:
a) a cessão não exige forma especial para valer entre as partes, salvo se tiver por
objeto direitos em que a escritura pública seja da substância do ato;
b) para valer contra terceiros, o art. 288 do CC exige “instrumento público, ou
instrumento particular revestido das solenidades do § 1º do art. 654 do CC”;
c) a cessão de títulos de crédito é feita mediante endosso.
❑Notificação do devedor: a cessão de crédito não tem eficácia em relação ao devedor,
senão quando a este notificada; após notificação se declarou ciente da cessão feita
(art. 290 do CC). O devedor ficará desobrigado e, antes de ter conhecimento da
cessão, pagar ao credor primitivo (art. 292). Porém, não se desobrigará se a este
pagar depois de cientificado da cessão.
❑Responsabilidade do cedente pela solvência do devedor: cedente não responde pela
solvência do devedor., salvo estipulação em contrário (art. 296 do CC). Se ficar
convencionado que o cedente responde pela solvência do devedor, sua
responsabilidade limitar-se-á ao que recebeu do cessionário, com os respectivos
juros, mais as despesas da cessão e as efetuadas com a cobrança (art. 297 do CC).
Assunção de dívida (Cessão de débito)

Conceito: trata-se de negócio jurídico pelo qual o devedor


transfere a outrem sua posição na relação jurídica.

Regulamentação:

a) produz o efeito de exonerar o devedor primitivo, salvo se o assuntor (o


terceiro) era insolvente e o credor o ignorava;
b) requer anuência expressa do credor, mas qualquer das partes pode assinar-
lhe prazo para que consinta, “interpretando-se o seu silêncio como recusa”
c) o novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que
competiam ao devedor primitivo;
.
Cessão de contrato e cessão de
posição contratual
❑Cessão de contrato: abrange a um tempo o lado
ativo e o lado passivo da posição jurídica do
cedente
❑Cessão de crédito: compreende apenas o lado
ativo
❑Assunção de dívida: somente o lado passivo da
relação obrigacional.
O que distingue basicamente a cessão da posição
contratual da cessão de crédito e da assunção de
dívida é o fato de a transmissão abranger
simultaneamente direitos e deveres de prestar
(créditos e débitos), enquanto a cessão de crédito
compreende apenas um direito de crédito e a
assunção de dívida cobre somente um débito.
ADIMPLEMENTO E
EXTINÇÃO DAS
OBRIGAÇÕES
ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Pagamento Do pagamento
Pagamento em com sub-
consignação rogação

Da imputação Dação em
Da novação
do pagamento pagamento

Da Da remissão
Da confusão
compensação das dívidas
Pagamento
❑ Pagamento significa cumprimento ou adimplemento de qualquer
espécie de obrigação.
❑ Constitui o meio normal de extinção da obrigação. Esta pode
extinguir-se, todavia, por meios anormais (sem pagamento), como
nos casos de nulidade ou anulação.
❑ Pode ser DIRETO (entrega da prestação devida); INDIRETO (novação,
dação em pagamento, compensação, confusão, entre outros).
Constitui o meio normal de extinção da obrigação.
❑ Natureza contratual
❑ Requisitos de validade:
a) a existência de um vínculo obrigacional
b) a intenção de solvê-lo (animus solvendi)
c) o cumprimento da prestação
d) a pessoa que efetua o pagamento (solvens)
e) a pessoa que o recebe (accipiens).
❑ De Quem Deve Pagar? – Art. 304 a 307
❑ Daqueles a Quem se Deve Pagar? – Art. 308 a 312
❑ Do Objeto do Pagamento e Sua Prova? – Art. 313 a 326
❑ Do Lugar do Pagamento? – Art. 327 a 330
❑ Do Tempo do Pagamento? – Art. 331 a 333
Quais são os elementos do pagamento?

Solvens = a pessoa que efetua o pagamento.


Existência de um vínculo obrigacional.

A intenção de solvê-lo (animus solvendi).

Accipiens = a pessoa que recebe o pagamento.


DO PAGAMENTO EM
CONSIGNAÇÃO
❑O pagamento em consignação consiste no depósito, pelo devedor, da coisa
devida, com o objetivo de liberar-se da obrigação (art. 334). É meio indireto
de pagamento ou pagamento especial.
❑Fatos que autorizam a consignação: art. 335 do CC rol taxativo ?
❑Requisitos de validade:
➢Em relação às pessoas, deve ser feito pelo devedor e ao verdadeiro
credor, sob pena de não valer, salvo se ratificado por este ou se o
reverter em seu proveito (arts. 336, 304 e 308).
➢Quanto ao objeto, exige-se a integralidade do depósito, porque o credor
não é obrigado a aceitar pagamento parcial.
➢O modo será o convencionado, não se admitindo, p. ex., pagamento em
prestações quando estipulado que este deve ser à vista.
➢Quanto ao tempo, deve ser, também, o fixado no contrato, não podendo
efetuar-se antes de vencida a dívida se assim não foi convencionado.
Pagamento em consignação
Regras gerais:
❑O depósito requer-se no lugar do pagamento (art. 337).
❑O pagamento efetua-se no domicílio do devedor; (art. 327), podendo
haver, ainda, foro de eleição.
❑Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no
mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou
mandar recebê-la, sob pena de ser depositada (art. 341).
❑Impossibilidade de levantamento do objeto depositado, depois de
julgado procedente o depósito, (art. 339)
❑Quando se trata de prestações periódicas, a continuação dos depósitos
no mesmo processo depois de efetuado o da primeira, desde que se
realizem até cinco dias da data do vencimento. (art. 892 CPC)
DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO

Sub-rogação é a substituição de uma pessoa ou de uma coisa por outra em uma relação
jurídica. Visa proteger a situação do terceiro que paga uma dívida que não é sua
• Pessoal ou real.
• Legal ou convencional.

Sub-rogação legal: Opera de pleno direito (art. 346):

• a) em favor do credor que paga a dívida do devedor comum;


• b) em favor do adquirente do imóvel hipotecado que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o
pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
• c) em favor do terceiro interessado que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.

Sub-rogação convencional (art. 347)

• a) quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
• b) quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar
o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito

Sub-rogação parcial: No caso de pagamento parcial por terceiro, o crédito fica dividido em
duas partes: a parte não paga, que continua a pertencer ao credor primitivo, e a parte paga.
DAÇÃO EM PAGAMENTO

Dação em pagamento é um acordo de vontades entre credor e devedor, por


meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonerá-lo da
dívida, prestação diversa da que lhe é devida (CC, art. 356).

É forma de pagamento indireto.

Requisitos

• a) Existência de um débito vencido;


• b) animus solvendi;
• c) diversidade do objeto oferecido, em relação ao devido;
• d) consentimento do credor na substituição.
Novação é a criação de obrigação nova para extinguir uma anterior.
É a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira.

Requisitos:

a) existência de obrigação jurídica anterior;


b) constituição de nova obrigação;
c) intenção de novar (animus novandi).

Da Espécies:

novação Novação objetiva (art. 360, I): quando nova dívida substitui a
anterior, permanecendo as mesmas partes.

Novação subjetiva:

•a) passiva (art. 360, II) — com substituição do devedor (expromissão: sem o
consentimento deste; delegação: com o consentimento deste);
•b) ativa (art. 360, III) — com substituição do credor.

Novação mista: admitida por alguns doutrinadores, embora não


mencionada pelo Código Civil. Decorre da fusão das duas primeiras.
DA COMPENSAÇÃO

Compensação é meio de extinção de obrigações entre pessoas que são, ao mesmo tempo, credor e
devedor uma da outra. Acarreta a extinção de duas obrigações cujos credores são, simultaneamente,
devedores um do outro (CC, art. 368).

A compensação
Espécies:
pode ser, ainda:

total: quando as
duas dívidas têm legal;
o mesmo valor;

parcial: quando
os valores são convencional;
diversos.

judicial.
DA CONFUSÃO

Na confusão, reúnem-se numa só pessoa as duas qualidades, de


credor e devedor, ocasionando a extinção da obrigação (CC, art. 381)

Espécies

a) confusão total ou própria: caso se verifique a respeito de toda a dívida;


b) confusão parcial ou imprópria: caso se efetive apenas em relação a uma parte do débito
ou crédito.

A confusão extingue não só a obrigação principal como também os


acessórios, como a fiança. Mas a recíproca não é verdadeira.

Cessando, porém, a confusão, para logo se restabelece, com todos os


acessórios, a obrigação anterior (art. 384).
DA REMISSÃO de DÍVIDAS
❑Remição x remissão
❑Remissão é a liberalidade efetuada pelo credor,
consistente em exonerar o devedor do
cumprimento da obrigação. É o perdão da dívida
(CC, art. 385).
❑Embora seja espécie do gênero renúncia, que é
unilateral, a remissão se reveste de caráter
convencional porque depende de aceitação. O
remitido pode recusar o perdão e consignar o
pagamento. É, portanto, negócio jurídico bilateral.
❑Espécies:
a) total ou parcial (art. 388);
b) expressa ou tácita (art. 386).
❑ Negócios jurídicos: (art. 104 – 184 CC)
➢ conceito, existência, validade e eficácia.
➢ Condição, termo e encargo.
➢ Representação.
➢ Defeitos do negócio jurídico.
➢ Erro, ignorância, dolo, coação, estado de perigo,
lesão, simulação.
➢ Nulidades. Atos lícitos e Ilícitos.
❑ Direito das obrigações: (art. 233 a 420 CC)
Ementa ➢ obrigação natural, civil,
➢ de dar, de fazer e de não fazer,
➢ solidária, subsidiária,
➢ alternativa, facultativa e conjuntiva.
➢ Execução e inexecução das obrigações e seus
efeitos.
➢ Abuso de direito: conceito, função e modalidades
obrigacionais.
➢ Adimplemento e inadimplemento das obrigações e
seus efeitos.
❑ Responsabilidade civil: modalidades e reparação. (art.
186 - 188 / art . 927 – 954 CC)
❑ Contratos em Geral (art. 421 – 480 CC)
❑ Espécies de Contratos (481 – 853 CC)
INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÕES

Da disposições Gerais (art. 389 a 393 CC)

Da Mora (art. 394 a 401 CC)

Das perdas e danos (art. 402 a 405 CC)

Dos juros legais (art. 406 a 407 CC)

Da Cláusula penal (art. 408 a 406 CC)

Das arras ou sinal (art. 417 a 420 CC)


OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS

Pacta Sunt Servanda: os


contratos devem ser
cumpridos, ou seja, o Segurança jurídica aos
contrato faz lei entre as negócios em geral.
partes, não podendo ser
modificado pelo Judiciário.

Revisão dos contratos ou da Teoria da imprevisão: revisão


onerosidade excessiva, dos contratos ante a
baseado na cláusula rebus ocorrência de fatos
sic stantibus (os contratos extraordinários e
devem ser cumpridos) imprevisíveis (CC, art. 478).
O INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
❑Pacta sunt servanda, a obrigação
deve ser cumprida e o não
cumprimento gera a
responsabilidade por perdas e
danos (art. 389 do CC).
❑A princípio, todo inadimplemento
presume-se culposo. Incumbe ao
inadimplente elidir tal presunção,
demonstrando a ocorrência do
fortuito e da força maior (art. 393).
❑A responsabilidade civil é
patrimonial: (art. 391 do CC).
❑Perdas e danos: inadimplemento
absoluto ou cumprimento
imperfeito.
CONTRATOS BENÉFICOS
E ONEROSOS

• Contratos benéficos são aqueles em que apenas um


dos contratantes aufere benefício ou vantagem.
Nesses contratos, “responde por simples culpa o
contratante, a quem o contrato aproveite, e por
dolo aquele a quem não favoreça”. (ex. 582 CC)
• Como a culpa grave ao dolo se equipara, pode-se
afirmar que responde apenas por dolo ou culpa
grave aquele a quem o contrato não favorece.
• Nos contratos onerosos, respondem os contratantes
tanto por dolo como por culpa, em igualdade de
condições, “salvo as exceções previstas em lei” (art.
392, 2ª parte).
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR

❑ O caso fortuito e a força maior constituem


excludentes da responsabilidade civil, pois
rompem o nexo de causalidade (art. 393).
❑ A lei não faz distinção. Em geral, porém, a
expressão caso fortuito é empregada para
designar fato ou ato alheio à vontade das partes,
como greve, motim ou guerra, enquanto força
maior, para os fenômenos naturais, como raio ou
tempestade.
❑ O traço característico das referidas excludentes é
a inevitabilidade, que é estar o fato acima das
forças humanas (art. 393, parágrafo único).
❑ Requisitos para a sua configuração:
a) o fato deve ser necessário, não
determinado por culpa do devedor;
b) o fato deve ser superveniente e inevitável;
c) o fato deve ser irresistível, fora do alcance
do poder humano.
Espécies de inadimplemento

Relativo: no caso de mora do


devedor, ou seja, quando
Absoluto: quando a obrigação
ocorre cumprimento
não foi cumprida nem poderá
imperfeito da obrigação, com
sê-lo de forma útil ao credor.
inobservância do tempo,
lugar e forma.

Parcial: quando a prestação


compreender vários objetos e
Total: quando concernir à
um ou mais forem entregues,
totalidade do objeto;
enquanto outros, por
exemplo, perecerem.
MORA

❑Mora é o retardamento ou o cumprimento imperfeito da obrigação.


Configura-se não só quando há atraso no cumprimento da obrigação
mas também quando este se dá na data estipulada, porém de modo
imperfeito, ou seja, em lugar ou forma diversa da convencionada (art.
394 CC).
➢mora do devedor (solvendi ou debitoris);
➢mora do credor (accipiendi ou creditoris);
➢mora de ambos os contratantes.
❑Purgação da mora: Purgar ou emendar a mora é neutralizar seus
efeitos. (art. 401 CC)
❑Cessação da mora: Decorre da extinção da obrigação, por anistia,
perdão etc.
DAS PERDAS E DANOS

Perdas e danos constituem o equivalente em dinheiro suficiente para indenizar o prejuízo


suportado pelo credor, em virtude do inadimplemento do contrato pelo devedor ou da
prática, por este, de um ato ilícito (CC, art. 403).

As perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que
razoavelmente deixou de lucrar, salvo as exceções expressamente previstas em lei (art. 402).
Compreendem, pois, o dano emergente e o lucro cessante.

As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e
honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional (art. 404).

Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional,
pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar (art. 404, parágrafo único).
DOS JUROS LEGAIS
Juros são os rendimentos do capital, considerados frutos civis da coisa. Representam o
pagamento pela utilização de capital alheio e integram a classe das coisas acessórias (CC,
art. 95).

Compensatórios: também
Moratórios: são os incidentes em
chamados de remuneratórios ou
caso de retardamento em sua
juros-frutos: são os devidos como
restituição ou de
compensação pela utilização de
descumprimento de obrigação.
capital pertencente a outrem.
Podem ser convencionais (art.
Resultam da utilização consentida
406) ou legais (art. 407).
de capital alheio.

Compostos: são capitalizados


Simples: são sempre calculados
anualmente, calculando-se os
sobre o capital inicial.
juros sobre juros.
DA CLÁUSULA PENAL
❑É obrigação acessória pela qual se estipula pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da
principal ou o retardamento de seu cumprimento. É também denominada pena convencional ou
multa contratual (CC, art. 408)
❑Espécies:
a) compensatória: quando estipulada para a hipótese de total inadimplemento da obrigação (art.
410);
b) moratória: quando destinada a assegurar o cumprimento de outra cláusula determinada ou a
evitar o retardamento, a mora (art. 411).
❑Efeitos da cláusula penal:
❑Quando compensatória, abre-se para o credor a alternativa de:
a) pleitear o valor da pena compensatória;
b) postular o ressarcimento das perdas e danos, arcando com o ônus de provar o prejuízo; ou
c) exigir o cumprimento da prestação.
❑O art. 410 proíbe a cumulação de pedidos.
❑Quando moratória, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o
desempenho da obrigação principal (art. 411).
DAS ARRAS OU SINAL
❑Sinal ou arras é quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao outro
como confirmação do acordo de vontades e princípio de pagamento.
❑Espécies:
➢confirmatórias: A principal função das arras é confirmar o contrato, que
se torna obrigatório após a sua entrega (arts. 418 e 419);
➢penitenciais: São assim denominadas quando as partes convencionam o
direito de arrependimento (art. 420).
❑Função: confirmar o contrato;
❑servir de prefixação das perdas e danos quando convencionado o direito de
arrependimento (art. 420);
❑Constituir princípio de pagamento.
Compreender como os
tribunais aplicam as
obrigações.

Analise
jurisprudencial Desenvolver hard skills
Objetivos Argumentação jurídica
Gerais
Desenvolver soft skills
Trabalho em equipe
Responsabilidade Civil
Modalidades e reparação.
(art. 186 - 188 / art . 927 – 954 CC)
Diferença de responsabilidade e
obrigações
❑Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito
de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada
prestação. Corresponde a uma relação jurídica (Compra e Venda; Prestação
de Serviço; Locação; Comodato...).

❑A obrigação nasce de diversas fontes e deve ser cumprida livre e


espontaneamente. Quando tal não ocorre e sobrevém o inadimplemento,
surge a responsabilidade.

❑Esta só surge se o devedor não cumpre espontaneamente a primeira. A


responsabilidade é, a consequência jurídica patrimonial do descumprimento
da relação obrigacional.
Histórico da
responsabilidade
❑Surge da própria necessidade humana de
reparar.
❑No Velho Testamento “olho por olho, dente
por dente” para reparar um dano.
❑Com a evolução da sociedade, a vingança
passou a ser praticada pela autoridade, e não
mais pela própria vítima, por uma coisa ou
quantia paga pelo ofensor ao ofendido.
❑Autotutela
❑Res” – Coisa, bem, aquilo que faça parte do
mundo e das possíveis relações jurídicas.
❑“pondere” – Equilibrar, ponderar.
❑“idade” – Sufixo de ação.
Conceito da Responsabilidade Civil

❑Responsabilidade civil é a aplicação de


medidas que obriguem uma pessoa a reparar
dano moral ou patrimonial causado a terceiro
em razão de ato por ela mesmo praticado, por
pessoa por quem responda, por algo que a
pertença ou de simples imposição legal.
❑É a consequência jurídica e patrimonial do
descumprimento de uma obrigação.
Elementos da Responsabilidade
Civil
❑Conduta humana: é todo e qualquer comportamento praticado por uma pessoa,
comportamento este que há de ser positivo ou negativo, consciente e voluntário
e causador de dano ou prejuízo.
❑Nexo de causalidade: é o vínculo existente entre o agente e o resultado danoso.
❑Dano ou prejuízo: consiste na efetiva violação a um interesse jurídico tutelado, o
qual pode ser patrimonial (material) ou extrapatrimonial (moral). Para que haja
dano indenizável necessário se faz que haja violação a interesse juridicamente
tutelado e que o dano seja certo, não hipotético. A falta de dano torna sem
objeto a pretensão a sua reparação.

P.S “ato ilícito” não é elemento necessário da responsabilidade civil, é aceita a


responsabilidade civil por ato lícito – caso da desapropriação e da passagem
forçada – art. 1.285.
Classificação dos fatos
Fatos jurídicos
jurídicos

Elementos essenciais para


Resolutiva ou suspensiva
validade do negócio jurídico.

Atenção
Modalidades das
Diferenças das obrigações
obrigações/classificação da
pessoas e reais
obrigação

Breve síntese analítica


• 5Responsabilidade_civil_imprensa
• 6 blusão
• 7 Guarda_animal
• 8 Adimplemento substancial
Classificação dos Fatos Jurídicos

Ordinários
Fatos Naturais
(fatos jurídicos em
sentido estrito)
Extraordinários

Fatos Jurídicos
(em sentido
amplo) Negociais

Lícitos
Fatos humanos
(atos jurídicos em Não negociais
sentido amplo)
Ilícitos
Dano patrimonial (lucros cessantes + Dano Emergente) Art.
402 Dano Material - Lesão ao patrimônio de uma pessoa.

Dano extrapatrimonial (dano moral) Art 1o, III, CF/88 art 5o,
V e X, CF/88
Espécies
de dano Dano Estético

Perda de uma chance

Dano indireto e dano reflexo ou em ricochete


DANO
Moral: Dano extrapatrimonial (dano moral, dano estético,
perda de uma chance e dano indireto). É todo sentimento
de sofrimento, de humilhação, de dor psíquica decorrente
da prática de atos lesivos a interesses não patrimoniais.
Art 1o, III, CF/88 art 5o, V e X, CF/88

Material: lesão aos bens materiais de alguém, sujeitos à


avaliação econômica, ou seja, a lesão é ao patrimônio de
uma pessoa. (dano material: lucros cessantes + Dano
Emergente) Art. 402
❑Danos emergentes/positivos - Diminuição do
patrimônio da vítima (o que ela perdeu/gastou)
❑Lucros cessantes (o que a vítima razoavelmente
deixou de auferir).

Obs. Pessoa jurídica


Constituição Federal:

• Art. 1º, III


• Art. 3º, IV
• Art. 5 caput, V, VI e X
• Art. 5 caput, VI e VIII
Fundamento • Art.7, I e XXX
jurídico
Código Civil

• Art. 186
• Art. 187
• Art. 927
Critérios para a fixação do dano moral

compensação pela dor condição financeira do


sofrida ofensor

comportamento do
ofensor após a prática
condição financeira da
do ilícito (Prestou
vítima
socorro, arcou com as
custas de hospital...)
É possível cumular
dano moral com dano
patrimonial por um só
Cumular
fato (súmula 37 STJ)
pedidos STJ - Súmula 387 - É
lícita a cumulação das
indenizações de dano
estético e dano moral.
Espécies de Responsabilidade Civil
Civil e Penal

Subjetiva e objetiva

Contratual e extracontratual

Extracontratual por atos ilícitos e lícitos


Classificações quanto aos elementos

Responsabilidade Civil Subjetiva - Com Culpa

• Conduta Humana (Fato)


• Nexo de causalidade
• Dano
• Culpa

Responsabilidade Civil Objetiva – Sem Culpa

• Conduta Humana (Fato)


• Nexo de causalidade
• Dano
Responsabilidade Civil Subjetiva

DANO CULPA NEXO CAUSAL INDENIZAÇÃO


Responsabilidade
objetiva
❑Independe de culpa: art. 927 CC
❑ 932, 936, 937, 938, 944 CC
❑Art 37, parágrafo 6, CF
❑A responsabilidade civil subjetiva é residual, pois
primeiro a objetiva é analisado, se não for, por
exclusão é subjetiva.
Classificação quanto às fontes

Contratual: é necessário a
Extracontratual (Aquiliana):
existência de um contrato
infrator infringi a lei vigente.
entre as partes
Responsabilidade Extracontratual

Responsabilidade por ato próprio Responsabilidade por ato terceiro

• Abuso de direito • Responsabilidade dos pais


• Rompimento de noivado ou • Responsabilidade dos
separação tutores/curadores
• Dano ambiental e ecológico • Responsabilidade dos
• Direito à imagem empregadores
• Responsabilidade dos educadores
• Responsabilidade hoteleiros
• Responsabilidade pelo produto do
crime
• Responsabilidade do Empresário
• Responsabilidade do Estado
Casos específicos em lei e as
atividades consideradas de risco pelo
poder judiciário. Ex: usina nuclear,
transporte de cargas perigosas,
transporte de pessoas (art Art. 734),
banco (art, 3 e 14 CDC Súmula 479
Atividade do STJ) etc)

de risco Parte do pressuposto de que aquele


que tira proveito da atividade, deve
arcar com os danos advindos do
exercício da atividade, uma vez que
a sua natureza já traz implícitos
esses riscos.
Responsabilidade Civil por fato de
terceiro

❑Art 932 e 933, CC


❑≠ Coautoria: art 942, CC
❑Ação de regresso - Art. 934
Responsabilidade civil
pelo fato da coisa

❑ Art. 936 – animal


❑Art. 937 – dono de edifício
❑Art. 938 –aquele que
habitar prédio

OBS. Coisa pode ser um bem


móvel ou imóvel ou ainda
semovente (animal)
Responsabilidade Civil do Estado

❑Como fundamento para a responsabilidade objetiva surgiu a teoria


do risco administrativo, a qual informa que deve ser atribuída ao
Estado a responsabilidade pelo risco criado por sua atividade
❑ É possível que o Estado afaste sua responsabilidade em casos de
exclusão do nexo causal) atividade administrativa.
❑Art. 37, § 6º
Responsabilidade Civil nas relações
de consumo
❑Lei 8.078/90
❑a responsabilidade no CDC é objetiva.
❑teoria do risco
❑Responsabilidade relacionada aos produtos e serviços (art. 12 ao 14);
❑Responsabilidade a respeito aos vícios dos serviços e produtos (art. de 18 a 25)
❑Excludente de responsabilidade
Excludentes da Responsabilidade Civil

❑Legítima Defesa (art. 188,I, 929 e 930, CC)


❑Exercício regular de direito e estrito cumprimento de Dever Legal
(art. 188,I)
❑Estado de necessidade (art. 188, II)
❑Caso Fortuito e Força Maior (art. 393)
❑Culpa Exclusiva da Vítima ≠ Culpa concorrente
❑Fato de Terceiro - Súmula 187, STF
❑Cláusula de não Indenizar (só contratual)
Culpa concorrente

O infrator causa o evento danoso, mas as consequências do evento são


agravadas pela conduta da vítima. Não exclui a responsabilidade civil.
Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa
em confronto com a do autor do dano.
Artigo 945 CC
22.05 Descumprimento A3 devolutiva

29.05 Contratos em espécies

05.06 Contratos em espécies

Próximas 12/6 entrega final da A3

aulas 13/06 a 15/06 A2

16/6 Devolutivas A2

20,21 e 22/6 Expo São Judas

27/06 Lançamento A3
Espécies de Contratos
Contexto Social
❑Vontade humana na realização de um negócio
jurídico - regulação pelo Direito;
❑Acordo de vontades das relações privadas
patrimoniais
❑Principal fonte de formação de relações
obrigacionais
❑Principal mecanismo de circulação de riqueza:
Econômica, Social e Jurídica
❑Evolução:
I. Antes total liberdade e visão privatista
II. Atualmente, visão coletiva (Função
Social)
Classificação dos Negócios Jurídicos

Quanto ao
Quanto às número de
formalidades declarantes

Quanto ao Quanto às
modo de vantagens
existência patrimoniais

Quanto ao
momento dos
efeitos
Quanto ao n. de declarantes:

• Unilaterais
• Bilaterais

Quanto às vantagens patrimoniais:

• Não onerosos (gratuitos) e onerosos,

Classificação • Neutros

dos Quanto ao momento dos seus efeitos:

• Inter vivos
Negócios • mortis causa

Jurídicos Quanto ao modo de existência:

• Principais
• acessórios

Quanto às formalidades

• Solene (formais
• não solene (forma livre)
Quanto ao número de declarantes
Receptíveis
Unilaterais
Não Receptíveis

Quanto ao n° Bilaterais Simples


de Bilaterais
Declarantes Sinalagmáticos

Plurilaterais
Quanto às vantagens patrimoniais
Gratuitos
Ou benéficos Comutativos
Onerosos
Quanto às
vantagens Aleatórios
patrimoniais Neutros

Bifrotes
Planos do Negócio Jurídico

Plano da
eficácia (se o NJ
Plano da está produzindo
validade (se o efeitos)
Plano de NJ é valido de
existência (se o acordo com a
NJ existe) norma)
Validade do contrato

Agente Objeto Forma


Elementos do Negócio Jurídico

Elementos Elementos naturais: Elementos


essenciais: decorre da própria acidentais:
indispensáveis a natureza do faculdade das
existência negócio. partes.
Contrato
(Jorge e Mateus)

Eu vou fazer um contrato


Se liga nas cláusulas
Assina embaixo
E não muda nada
Vai ter que acordar com um beijo
Todo dia de manhã
E aceitar café na cama com chazinho de hortelã
Ganhar massagem no pezinho na banheira de espuma
E depois do jantar, a louça é minha e não é sua
Já vou deixando bem claro
Esse contrato é vitalício
Cê tá amarrada aqui comigo
Nesse contrato da paixão
A rescisão é um milhão
De onde cê vai tirar isso?
Parte especial dos contratos
❑ Conheceremos os principais contratos dentre os 20 (vinte) previstos no
Código Civil, entre os Art´s. 481 a 853. Estes são os contratos têm nome e
previsão na lei, mas não são os únicos nominados, porque , são apenas os
mais importantes.

❑ Temos também os contratos inominados (atípico), pois, muitas vezes, a


espécie contratual possui nome, ou seja, é nominada, todavia, não se
encontra regulamentada na lei (não possui tipicidade legal). Ex.: contrato de
publicidade, o de hospedagem, o de mediação, o de cessão de clientela, a
joint venture, entre muitos outros.

140
Contratos em espécie

Contrato de Locação
Compra e Venda (art. Troca ou permuta (art. Contrato Estimatório Doação (art. 538 – 564
(art. 565-578 CC - Lei N.
481 – 532 CC) 533 CC) (art. 534 – 537 CC) CC)
8.245/91).

Empréstimo: Comodato Contrato de Prestação


Empreitada (art. 610 – Depósito (art. 627 – 652 Mandato (art. 653 – 692
e Mútuo. (art. 579 – 592 de Serviço (art. 593 –
625 CC) CC) CC)
CC) 609 CC)

Comissão (art. 693 – 709 Agência e Distribuição Corretagem (art. 722 – Contrato de Transporte Seguro (art. 757 – 802
CC) (art. 710 – 721CC) 729 CC) (art. 730 – 756 CC) CC)

Arrendamento Mercantil
Alienação Fiduciária Em
Contratos de Garantia: (Leasing) E
Garantia (Decreto-Lei N.
Fiança E Aval (art. 818 – Arrendamento E Parceria
911/69 E Lei N.
839 CC) Rural (Lei N. 4.504/64 E
9.514/97)
Dec. N. 59.566/66).
Compra e Venda (art. 481 – 532 CC)
❑É o contrato pelo qual um dos contratantes se obriga a transferir o domínio
de certa coisa, e o outro, a pagar -lhe certo preço em dinheiro.
❑Gera apenas obrigações.
❑A transferência do domínio depende da tradição, para os móveis (CC, art.
1.226), e do registro, para os imóveis (art. 1.227)
❑Objeto e preço
❑Pode ser de coisa futura
❑É nulo somente uma das partes fixar preço
❑Obrigação do comprador escritura e registro
❑Risco antes da tradição
❑Anulável ascendente e descendente - cônjuges?
❑Nulidade em razão de conflito de interesses
NATUREZA JURÍDICA

❑É bilateral ou sinalagmático, uma vez que gera obrigações recíprocas.


❑É consensual, visto que se aperfeiçoa com o acordo de vontades,
independentemente da entrega da coisa.
❑É oneroso, pois ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual
corresponde um sacrifício.
❑É, em regra, comutativo, porque as prestações são certas, embora se
transforme em aleatório quando tem por objeto coisas futuras ou
sujeitas a risco.
❑É, em regra, não solene, de forma livre, malgrado em certos casos seja
solene, exi gin do -se escritura pública (art. 108).
Consentimento:

❑Deve ser livre e espontâneo, sob pena de anulabilidade do negócio


jurídico.
❑Deve recair sobre a coisa e o preço.
❑Requer capacidade das partes. As incapacidades dos arts. 3º e 4º do CC
são supridas pela representação, pela assistência e pela autorização do
juiz.
❑Exige, também, capacidade específica para alienar (poder de
disposição) e, em alguns casos, legitimação para contratar.

Preço:

❑Deve ser determinado ou determinável.


❑Pode ser fixado pela taxa do mercado ou de bolsa, em determinado dia
e lugar (art. 486).
❑Não pode ser deixado ao arbítrio exclusivo de uma das partes (art. 489).
ELEMENTOS ❑Pode a fixação ser deixada ao arbítrio de terceiro (art. 485).
❑Se não estabelecido critério para sua fixação, entende -se que as partes
se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor (art.
488).
❑Deve ser pago em dinheiro ou redutível a dinheiro.
❑Deve ser sério e real, e não vil ou fictício.

Coisa:

❑Deve ter existência, ainda que potencial, como a safra futura, p. ex.
❑Deve ser individuada ou suscetível de determinação no momento da
execução.
❑Deve ser disponível, isto é, não estar fora do comércio.
EFEITOS

Principais:

• gera obrigações recíprocas para os contratantes;


• acarreta a responsabilidade do vendedor pelos vícios

Secundários:

• a responsabilidade pelos riscos (art. 492);


• a repartição das despesas (art. 490);
• o direito de reter a coisa ou o preço (art. 491).
LIMITAÇÕES

❑Venda de ascendente a descendente:


É anulável, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente
houverem consentido (art. 496).
A finalidade da vedação é evitar doações inoficiosas disfarçadas de compra e venda.
❑Pessoa que deve zelar pelos interesses do vendedor:
O art. 497 do CC nega legitimação a certas pessoas que têm, por dever de ofício, de
zelar pelos bens alheios, com a finalidade de manter a isenção de ânimo, p. ex., do
tutor, do curador, do administrador, do juiz etc.
❑Venda entre cônjuges: O art. 499 do CC considera “lícita a compra e venda entre
cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão”. No regime da comunhão
universal, tal venda mostra -se inócua. Nos demais regimes, o sistema não impõe
proibição. É inadmissível a doação entre cônjuges casados no regime da separação legal
ou obrigatória.
É o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar
uma coisa por outra, que não seja dinheiro.

Difere da compra e venda apenas porque, nesta, a


prestação de uma das partes consiste em
dinheiro.
Troca e permuta

Aplicam -se à troca as disposições referentes à


compra e venda, com duas ressalvas - art. 533, I e
II

Natureza jurídica

• Obrigacional
• Bilateral (Sinalagmático – reciprocidade – prestação e
contraprestação)
• Oneroso (comutativo - vantagens e os sacrifícios que se
equivalem)
• Inter vivos
• Principal ou acessórios
• Solene ou não solene
CONTRATO ESTIMATÓRIO

• Pelo contrato estimatório ou de consignação, o consignante entrega


bens móveis a outrem, denominado consignatário, para que este os
venda a terceiro, segundo estimação feita pelo consignante.
• Nada impede, porém, que fique com o objeto para si, pagando o
preço fixado. Se preferir vendê-lo, auferirá lucro no sobrepreço que
obtiver.
• O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a
restituição da coisa, em sua integridade, tornar -se impossível, ainda
que por fato a ele não imputável (CC, art. 535).
• A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou sequestro
pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o
preço, pois o consignante é o seu dono.
• O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou
de lhe ser comunicada a restituição (art. 537).
• Natureza jurídica:
✓ real (entrega da coisa),
✓ Bilateral (Sinalagmático)
✓ Oneroso (comutativo)
✓ Inter vivos
✓ Principal ou acessórios
✓ Não solene
DOAÇÃO

É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade,


transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o
de outra (art. 538).

Do conceito legal ressaltam os seus traços


característicos:

• a natureza contratual;
• o animus donandi: a intenção de fazer uma liberalidade;
• a transferência de bens para o patrimônio do donatário;
• Aceitação é indispensável e pode ser expressa, tácita ou presumida.
Natureza contratual

Capacidade ativa – doador

• adiantamento de legítima (544 CC)


• Doações entre cônjuges (art. 550 CC)
• Doação por menor - autorizado a casar (art. 1.654).

Capacidade passiva – donatário

• nascituro (CC, art. 542


• incapazes (art. 543)
• Prole eventual de determinado casal (art. 546)
Natureza jurídica
• Gratuito: porque constitui uma liberalidade, não sendo imposto qualquer ônus ou encargo ao
beneficiário. Será, no entanto, oneroso, se houver tal imposição.
• Unilateral: porque cria obrigação para somente uma das partes. Contudo, será bilateral, quando
modal ou com encargo.
• Formal ou solene: porque se aperfeiçoa com o acordo de vontades entre doador e donatário e a
observância da forma escrita, independentemente da entrega da coisa. Mas a doação manual (de
bens móveis de pequeno valor) é de natureza real, porque o seu aperfeiçoamento depende
incontinenti da tradição destes (CC, art. 541, parágrafo único). A melhor posição, e dominante, é
a que sustenta ocorrer o seu aperfeiçoamento com a aceitação, independentemente da entrega
da coisa. Esta é necessária apenas para a transferência do domínio, como ocorre também no
contrato de compra e venda, em que há, igualmente, transferência de bens de um patrimônio
para outro. A doação é, portanto, em geral, formal ou solene, porque a lei impõe a forma escrita,
por instrumento público ou particular (art. 541, caput), salvo a de bens móveis de pequeno valor,
que pode ser verbal (parágrafo único).
• Ato inter vivos — A doação constitui ato inter vivos. O nosso ordenamento jurídico desconhece
doações causa mortis, admitidas no direito pré -codificado, pois lhes falta o caráter de
irrevogabilidade, que é inerente às liberalidades.
PROMESSA DE DOAÇÃO

• Tem -se entendido ser inexigível o cumprimento de promessa de


doação pura, porque esta representa uma liberalidade plena.
• Não cumprida, haveria uma execução coativa ou poderia o
promitente-doador ser responsabilizado por perdas e danos — o que
se mostra incompatível com a gratuidade do ato.
• Tal óbice não existe na doação onerosa, porque o encargo imposto ao
donatário estabelece um dever exigível do doador.
ESPÉCIES DE DOAÇÃO

• Pura e simples (ou típica).


• Onerosa (modal, com encargo ou gravada).
• Feita ao nascituro (542 do CC)
• Em forma de subvenção periódica (art. 545).
• Em contemplação de casamento futuro (“propter nuptias”) (art. 546).
• Entre cônjuges
• De ascendentes a descendentes(art. 544).
• Conjuntiva (art. 551).
• Inoficiosa (art. 549)
• Com cláusula de retorno ou reversão (547 )
• Manual (art. 541, parágrafo único)
• Feita a entidade futura. (art. 554)
RESTRIÇÕES LEGAIS

Doação pelo devedor já insolvente, ou por ela reduzido à insolvência, por


configurar fraude contra credores (art. 158).

Doação da parte inoficiosa. O art. 549 proclama a nulidade da parte que


exceder a de que o doador poderia dispor em testamento.

Doação de todos os bens do doador. É nula a doação de todos os bens sem


reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador (art. 548).

Doação do cônjuge adúltero a seu cúmplice. Pode ser anulada pelo outro
cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida
a sociedade conjugal. A doação não é nula, mas anulável (art. 550).
REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO

❑Vícios do negócio jurídico (Nulo ou anulável) 104, 166, 541,


parágrafo único)
❑Existência de vícios que lhe são peculiares (arts. 548, 549 e 550).
❑Por descumprimento do encargo (art. 562).
❑Por ingratidão do donatário (arts. 555 e 557).
Transporte
❑Contrato de transporte é aquele em que alguém se obriga, mediante
retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas (art.
730).
❑É contrato bilateral, consensual, em regra oneroso, comutativo e de adesão.
❑É de pessoas e coisas, e, quanto ao meio empregado, pode ser terrestre,
aéreo e marítimo.
❑Responde o transportador, de forma objetiva, pelos danos causados às
pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo
nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade (art. 734).
TRANSPORTE DE PESSOAS

❑ A partir do momento em que um indivíduo acena para um veículo de


transporte público, já o contrato teve início, diante da oferta permanente em
que se encontra o veículo em trânsito.
❑O art. 732 do CC ressalva a legislação especial (CDC, Código Brasileiro de
Aeronáutica, Convenção de Varsóvia), no que não contrarie as disposições
do diploma civil.
❑Não se subordina às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente
por amizade ou cortesia (art. 736).
❑O passageiro deve sujeitar-se às normas estabelecidas pelo transportador,
absten-do-se de quaisquer atos que causem incômodo ou prejuízo aos
demais passageiros (art. 738). Se houver concorrido para o dano, o juiz
reduzirá equitativamente a indenização.
TRANSPORTE DE COISAS

• É dever do transportador conduzir a coisa ao seu destino, tomando todas as


cautelas necessárias para mantê –la em bom estado e entregá -la no prazo
ajustado (art. 749).
• Poderá o transportador recusar a coisa cuja embalagem seja inadequada,
bem como a que possa pôr em risco a saúde das pessoas, ou danificar o
veículo e outros bens (art. 746).
• A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do
conhecimento, começa no momento em que recebe a coisa e termina
quando é entregue ao destinatário, ou depositada em juízo, se aquele não
for encontrado (art. 750).

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