O Importante Papel Do Psicopedagogo Institucional Wilson

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O IMPORTANTE PAPEL DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL

RESUMO

Através de uma pesquisa realizada em livros e trabalhos acadêmicos que


versem sobre a temática ficou evidente que muitas crianças apresentam
dificuldades de aprendizagem durante o processo da alfabetização. O objetivo
principal desta pesquisa foi o de relatar a importância do psicopedagogo
institucional e as suas causas efeitos dentro de uma instituição. O
psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola
a respeito de diversos aspectos do processo de ensino aprendizagem e tem
uma atuação preventiva.

Palavras Chave: Psicopedagogo; Alfabetização; Instituição.

ABSTRACT

Through research carried out on books and academic papers dealing with the
theme, it was evident that many children have learning difficulties during the
literacy process. The main objective of this research was to report the
importance of institutional psychopedagogue and its causes and effects within
an institution. The psychopedagogue is the professional indicated to advise and
clarify the school about various aspects of the teaching-learning process and
has a preventive action.

Keywords: Psicopedagogo; Literacy; Institution.


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1. INTRODUÇÃO

O número de alunos indisciplinados tem crescido nos últimos anos, por


conta disso os professores nem sempre conseguem impor sua autoridade,
gastando tempo em conversas para manter a sala em ordem e silêncio, para
conseguir avançar no ensino, muitas são as estratégias, os métodos, para
tornar a aula mais atrativa, e eficiente, a aprendizagem precisa ser significativa.
Pode-se definir aprendizagem como uma modificação relativamente
duradoura do comportamento, experiência, observação. Pode-se dizer que
houve aprendizagem quando, por exemplo, se uma pessoa teve contato com
um conhecimento ou por uma experiência especialmente significativa para ela,
ou observou alguém na realização de algo, e depois disso mostra-se de
alguma forma modificada, podendo demonstrar essa modificação desde que se
apresentem condições adequadas, e, além disso, mantendo essa mudança por
um período relativamente longo.
Na atuação institucional, junto com os educadores, o psicopedagogo,
através de discussões e atividades lúdicas, contribui para o esclarecimento das
dificuldades escolares.
Quando o professor for intervir num comportamento que julgar
intolerável, este deverá ser em relação ao comportamento, e não aos
sentimentos nem da pessoa do seu aluno, em se tratando de comportamento
hostil, o professor precisa colaborar para que seu aluno enfoque esse tipo de
comportamento em outras expressões.
Desenvolver responsabilidade e cumprimento às regras compete ao
professor e a família do aluno, numa parceria, um aspecto importante é a
autoridade.
Estabelecer regras e usar o bom senso faz parte de uma educação sadia e
compreende o bem estar da família. Nesse contexto para educar exige esforço,
dedicação, perseverança e paciência.
Em resumo, os pais devem corrigir e impor limites, tendo em vista que
ela (criança) vive em sociedade, compartilha espaços públicos, para que seu
convívio com outras pessoas seja bilateral respeitando e sendo respeitada,
caso contrário, na medida em que os problemas venham a surgir, em se
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tratando de comportamento inadequado, poderá ser desastroso e irreversível,


não só para o âmbito familiar, mas para toda sociedade
O pedagogo poderá também, auxiliar o professor a investir numa prática
pedagógica que seja respaldada na visão pedagógica de educar.

2. DESENVOLVIMENTO

O papel do psicopedagogo escolar é muito importante e pode e deve ser


pensado a partir da instituição, a qual cumpre uma importante função social
que é socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento
cognitivo, ou seja, atraves da aprendizagem, o sujeito é inserido no mundo
cultural e simbólico que incorpora a sociedade.
Para tanto, prioridades devem ser estabelecidas, dentre elas diagnostico
e busca da identidade da escola, definições de papeis na dinâmica relacional
em busca de funções e identidades, diante do aprender, análise do conteúdo e
reconstrução conceitual, além do papel da escola no diálogo com a família.
O perfil da educação brasileira apresentou significativas mudanças nas
últimas décadas. O desempenho dos alunos remete-nos à necessidade de
considerarem a formação do professor, como sendo requisito fundamental para
a melhoria dos índices de aprovação, repetência e evasão do ensino
Uma criança que faça parte de uma família de poucos recursos, sua
alimentação será deficiente e, por isso, seu desenvolvimento físico e sua saúde
serão deficientes. Por viver em ambientes com pessoas que não tiveram uma
boa formação escolar, sua linguagem terá muitas falhas.
O estudante carente usa uma linguagem pobre em vocabulário e em sua
estruturação. Seus colegas de famílias de melhor posição social, que
cresceram entre pessoas com algum grau de instrução, teriam domínio de um
proveitoso vocabulário.
COLL afirma que:

“Os alunos formam seu próprio conhecimento por diferentes meios: por
sua participação em experiências diversas, por exploração sistemática
do meio físico ou social, ao escutar atentamente um relato ou uma
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exposição feita por alguém sobre um determinado tema, ao assistir um


programa de televisão, ao ler um livro, ao observar os demais e os
objetos com certa curiosidade e ao aprender conteúdos escolares
propostos por seu professor na escola”. COLL (1996:95).

A família é colocada como principal responsável pelo fracasso dos


alunos, não sendo questionadas, as condições materiais de vida dessas
famílias, nem sua participação nas relações sociais de produção que são o que
determinam, em última instância, as possibilidades de assistência aos filhos.
Essas conclusões ideológicas eximem os professores de observar sua
própria atuação no contexto escolar, sua participação na seletividade e,
principalmente, a função da escola como reprodutora da sociedade desigual na
qual se insere.
Se a aprendizagem, em sala de aula, for uma experiência de sucesso, o
aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz. Se ao
contrário, for uma experiência de fracasso, o ato de aprender tenderá a se
transformar em ameaça. O aluno ao se considerar fracassado, vai buscar os
culpados pelo seu conceito negativo e começa achar que o professor é chato e
que as lições não servem para nada.
Procura-se, portanto, romper as diferenças de professor e aluno
consagrados pela escola tradicional. Os papéis tradicionalmente
desempenhados pelo professor que é o de ensinar, transmitir e dominar e pelo
aluno que é o de aprender, receber passivamente e obedecer devem ser
mudados. Só assim a escola poderá efetivamente atender a sua mais elevada
finalidade: permitir o aluno a chegar ao conhecimento.
Nesse contexto, a qualidade de atuação da escola não pode depender
somente da vontade de um ou outro professor. É preciso a participação
conjunta da escola, da família, do aluno e dos profissionais ligados à educação,
assim como, o professor deve reorganizar suas ideias e reconhecer que o
aluno não é um sujeito que só faz receber informações, suas capacidades vão
além do conhecimento que lhes é “depositado”. Para tanto, o professor não
mais será o “dono do saber” e passará a ser um orientador, alguém que
acompanha e participa do processo de construção de novas aprendizagens.
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Como bem destaca CECCON (1998), para que a sociedade possa


mudar é preciso que nós provoquemos mudanças de forma significativa para o
indivíduo.
Entende-se, portanto, que as escolas devem comparar sua relação com
a comunidade e ainda, criar um clima favorável ao aprendizado, onde a
contribuição e o compromisso são peças fundamentais para obtermos a
verdadeira escola, isto é, uma escola democrática, onde todos tenham acesso
a coletividade.
No país cujo sistema de governo é democrático, muito embora a
educação não seja neutra, em que os alunos estão cada vez mais
participantes.
Cabe aos professores conhecerem o contexto de seus alunos,
aproximarem de suas famílias, para avaliar devidamente as causas desta
indisciplina, e quais providências serão necessárias, para resgatar a disciplina,
mas com vistas de que seu aluno saiba o quanto ele é importante, que ele é
capaz de aprender, de superar, de mostrar outro lado que talvez até seus pais
não conheçam.
Utilizar diversas estratégias e métodos de forma que suas aulas sejam
dinâmicas, com uma aprendizagem significativa, envolvendo seu contexto, para
a formação de hábitos saudáveis, não apenas uma aprendizagem conteúdista,
mas com significados para sua realidade, para que o aluno seja provocado a
refletir, a sentir e a agir, que esses sejam cooperadores em sala de aula,
que possa assim surgir o interesse em aprender.
Sendo o educando um sujeito participativo, o professor precisa criar
oportunidades para que esse aluno desenvolva seus argumentos, seu
raciocínio lógico, sua capacidade cognitiva, expresse seus sentimentos
afetivos, morais e sociais.
A concepção que os educadores interiorizam, sobre o saber e o poder
cabe ressaltar que são passivas de serem analisadas, quando discutida a
questão da disciplina no seu cotidiano escolar.
Em resumo, os pais devem corrigir e impor limites, tendo em vista que
ela (criança) vive em sociedade, compartilha espaços públicos, para que seu
convívio com outras pessoas seja bilateral respeitando e sendo respeitada,
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caso contrário, à medida que os problemas venham a surgir, em se tratando de


seu mau comportamento será mais difícil de resolver.
Logo, o convívio professor e aluno são fundamentais e pode deixar
marcas no sujeito por toda sua vida, tanto positivas como negativas, pois o
aluno espera ser reconhecido como pessoa, digna e que está em fase de
desenvolvimento e aprecia no professor as qualidades que o ligam
afetivamente.
Portanto o professor precisa respeitar a expressão desse aluno,
entender e compreender suas dificuldades, ainda que indisciplinado por vezes,
e agir de forma ética e justa.
De fato, a família é o primeiro lugar que passa segurança, que acolhe a
criança após o nascimento. É importante que a criança encontre no lar
proteção, segurança e apoio psicológico. Para um bom desenvolvimento físico,
mental e cognitivo, é necessário, mesmo que os pais tenham outros filhos,
outras atividades, que organizem um tempo mesmo que seja pouco, mas que
seja um tempo de qualidade, para uma relação com os seus filhos de amor,
respeito, compreensão, troca, socialização e crescimento.
Neste sentido, precisam abrir mão da oferta de brinquedos, televisão,
videogame, para que a atenção dessas crianças seja preenchida, enquanto se
ocupam com outras atividades esquecendo-se de dar o carinho e o amor que
estas crianças necessitam tanto.
E, eles precisam ter a exata compreensão de que não podem delegar
para a escola o dever de educar com valores morais e afetivos, pois, além de
propiciar fortes condições para as dificuldades de aprendizagem, ainda trazer
um grande prejuízo para a relação familiar.
A aprendizagem acontece de forma espontânea, na interação do sujeito
com o outro, a família é grande exemplo disso, regras internalizadas pela
criança desde pequeninas, algumas são mais estimuladas, outras nem tanto.
Algumas famílias deixam a educação a cargo da escola, não veem a
importância primordial de participar da vida escolar dos filhos.
No mundo atual, grande parte das mães trabalham fora, filhos são deixados a
mercê da televisão, vídeo games, internet e redes sociais, sem observar quais
conteúdos são “ingeridos” por seus filhos, o que eles tem absorvido, qual a
influência que isso pode acarretar para o futuro dessa criança.
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Mais do que nunca, a participação do aluno está maior, diferente de


outras épocas, em que o professor somente transmitia e o aluno ouvia e
acatava as informações recebidas.
Hoje o aluno é estimulado a participar, a começar pelas rodas de
conversas, participa ativamente nos grupos sociais, se relaciona, opina,
argumenta, a relação: professor x aluno é uma grande troca de saberes, o
aluno traz para sala de aula sua leitura de mundo.
Em contrapartida, há alunos que extrapolam os limites, desrespeitando
professor e colegas, não permanecem em silêncio nos momentos em que é
necessário para ouvir seu colega, alguns tentam chamar a atenção para si com
sua falta de regras, simplesmente não querem cumprir com seus deveres, só
observam seus direitos.
Lançar um novo olhar sobre esse aluno se faz necessário e importante,
ainda que seja a longo prazo, uma mudança surgirá nesse aluno, se o
professor estiver disposto a refletir, a buscar uma direção, a estudar muitas
vezes, e isso requer tempo.
O professor pode ser o mediador entre o aluno e sua família, elucidando
talvez o cuidado que se deva ter com esse aluno e o que está por trás dessa
“indisciplina”, os benefícios virão naturalmente como um sentimento de amor
próprio e, em muitos casos, a união familiar.
Embora estejamos diante de uma nova geração high tech, é importante
ressaltar que os valores sejam para qual época for continuam os mesmos, pelo
menos em nossa cultura. Se fazem necessário resgatar esses valores.
Segundo Piaget, à medida que o ser se situa no mundo estabelece
relação de significações, isto é, atribui significados à realidade em que se
encontra. Esses significados não são faculdades estáticas, mas, ponto de
partida para atribuição de outros significados. Hoje, os grandes objetivos da
Educação são: ensinar a aprender, ensinar a fazer, ensinar a ser, ensinar a
conviver em paz, desenvolver a inteligência e ensinar a transformar
informações em conhecimento.
Para atingir esses objetivos, o trabalho de alfabetização precisa
desenvolver o “letramento” das situações reais que estão vivendo, “O
letramento é entendido como produto da participação em práticas sociais que
usam a escrita como sistema simbólico e tecnologia [...]. São práticas
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discursivas que precisam da escrita para torná-las significativas, ainda que às


vezes não envolvam as atividades específicas de ler ou escrever (Parâmetros
Curriculares Nacionais BRASIL, 1998, p.19)”.
Como educadores devemos aproveitar e respeitar as experiências que
trazem os nossos alunos, aproveitar os contextos e situações que se
apresentam, em evidências, sejam elas situadas no campo ou na cidade,
lugares estes geralmente descuidados pelo poder público, discutir sobre a
poluição dos riachos, dos córregos, os baixos níveis de bem-estar das
populações, os lixões e os riscos que oferecem à nossa saúde. Questioná-los
fazendo comparações com estruturas e vantagens que bairros nobres têm
sobre os de periferia, dentre outras questões pertinentes ao assunto.
Segundo GALVÃO (2000), Wallon argumenta que as trocas relacionais
da criança com os outros são fundamentais para o desenvolvimento da
pessoa.” A afetividade, o diálogo, a liberdade de expressão são elementos
fundamentais para os avanços que a criança pode apresentar na sua forma de
apreender a aprender.
Sabemos que a realidade das salas de aula nas escolas públicas, muitas
vezes não nos permite perceber simples gestos que podem tornar-se
problemas futuros e ou até mesmo presentes no contexto escolar, por isso,
precisamos sempre nos auto- avaliarmos para não sermos cúmplices em
alguns casos, das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos nossos
educandos.

3. DISCUSSÃO / ÁNALISES DOS RESULTADOS

Wallon (1978) afirma que a criança acessa o mundo simbólico por meio
de manifestações afetivas que se estabelece entre elas e os adultos. Para ele,
à medida que o indivíduo se desenvolve cria-se uma forma de expressão mais
complexa. O docente passa ser um ponto de referência para o aluno, por isso
deve-se redobrar o cuidado na relação entre o professor e o aluno. É
importante ressaltar, que toda relação pedagógica tem dimensão.
A relação ensinar e aprender não se limita ao espaço da sala de aula.
Ela é muito mais ampla, estendendo-se além da escola na medida em que as
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expectativas e necessidades sociais bem como a cultura, valores éticos, morais


e intelectuais, os costumes, as preferências, entre outros fatores presentes na
sociedade, tem repercussão direta no trabalho educativo.
O alcance social e prático deste trabalho está na possibilidade de se
evidenciar que ao aluno de baixa renda, de certa forma sofre uma espécie de
exclusão pedagógica, em função das suas dificuldades de aprendizagem
oriunda da sua condição social, que acaba tornando-se uma exclusão social,
pois este aluno, caso a escola, não assuma suas responsabilidades acabará
sendo vítima da evasão ou repetência, em função do seu padrão linguístico, o
que resultará na reprodução da exclusão social a que ele já está submetido.
A importância das intervenções nas dificuldades de aprendizagem e da
participação familiar é frequentemente apontada por outros projetos que
buscam a família como mediadora e ativa do processo de aprendizagem.
Porém, há ainda um vasto caminho de enfrentamento das dificuldades como
recursos financeiros, preparo técnico e as próprias características das
constituições familiares, fatores estes fundamentais para a adesão e
continuidade nestes programas.
O presente trabalho nos mostrou que a construção do conhecimento
através da concepção construtivista, ou seja, que a educação deve acontecer a
partir de um ato/ação de humanidade e de amor entre educador educando.
Ambos são cúmplices neste processo, no qual trocam saberes, conhecimentos
contínuos e ambos vão descobrindo e construindo novos valores,
conhecimentos, experiências de vida e de mundo, dentro do contexto social,
cultural e político em que vivem.
É preciso considerar o fato de que o professor, quando se torna
comprometido com o aluno e com uma educação de qualidade, fazendo do
aluno alvo do processo ensino-aprendizagem, e cumprindo seu papel de
orientador e facilitador do processo, legitima assim a teoria de uma facilitação
da aprendizagem, através da interação entre sujeitos, ultrapassando, desse
modo, a mera condição de ensinar.
Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando
encontra consonância e parcerias na escola, pode promover efeitos muito
positivos para a minimização das dificuldades que emergem no contexto
escolar, apesar de representar um constante desafio, pois requer o
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envolvimento de toda a equipe, e um desejo permanente de mudanças, para


que as transformações de fato, ocorram.
Na realidade, a prática docente tem uma parcela não só significativa na
relação professor e aluno, mas quase que definitiva em todo o processo. A
arrogância didática do detentor do saber e a que ele tem de que seu poder, seu
conhecimento ilimitado é suficiente, pode produzir um aprendizado equivocado
e covarde, uma vez que este acredita que a culpa é somente do aluno quando
os resultados não condizem com as suas expectativas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Certamente, a simples mudança de paradigmas não garante de form


alguma uma mudança de concepção pedagógica, ou seja, de prática escolar.
A superação de valores tidos como indispensáveis hoje, apesar de
ultrapassados, já não são suficientes para os avanços necessários na prática
docente.
Para o educador, o ensinar deve ser uma arte, uma ciência e um
conjunto de técnicas que são utilizadas para se alcançar um objetivo. Através
de alguns subsídios, toma-se fácil conduzir o processo de aprender a
raciocinar, a refletir e usar a própria criatividade.
No momento em que o educador preocupa-se em educar com arte,
toma-se comprometido com o aluno e com uma educação de qualidade,
fazendo do aluno um alvo do processo ensino-aprendizagem e cumprindo seu
papel de orientador no processo.

De fato, a teoria legitima a prática, embora esta, sem o constante


aprofundamento teórico, perca rapidamente sua consistência.
Atualmente, o questionamento para a melhoria gira em tomo de cursos
de capacitação, materiais didáticos, melhores condições de trabalho e
remuneração. Felizmente, ainda existem professores que faz do ensino um
ideal e lutam para ajudar a construir um mundo melhor, onde se tenha acesso
a uma educação digna e extensiva a todos, sem fome emocional, educacional
e física, sem drogas e sem miséria.
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A relação aluno-professor é estabelecida de forma individual e única. É


importante construir meios neste relacionamento através dos quais seja
possível a solução de impasses, ou seja, a renegociação do contrato em casos
especiais.
O contrato por si só não garante o reconhecimento e respeito à
autoridade do professor.
É necessário que o agente restabeleça seu papel de forma a reconstruir
sua relação diariamente, ou seja, se faz necessário assinalar que o
reconhecimento de agente com autoridade não é algo natural e/ou automático,
e isso se fará presente nas atitudes do agente.
Concluímos que a participação efetiva e afetiva dos educadores e da
família no processo de alfabetização é fundamental para que a criança
desenvolva-se de forma positiva, cabendo aos pais a tarefa de orientar seus
filhos e encaminhá-los na vida escolar e do educador auto avaliar-se
constantemente em relação à sua postura e metodologia, proporcionando
experiências educacionais significativas de cunho qualitativo e servindo-lhes de
espelho com bons exemplos.

5. REFERÊNCIAS

AQUINO, J. R. G. A desordem na relação professor-aluno: indisciplina,


moralidade e conhecimento. In. J. R. G. AQUINO (Org.) Indisciplina na
escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus editorial, 1996.

COLL, C. et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 1996.

DURKHEIM. E. Educação e Sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1978.

FREIRE P. Conscientização. Teoria e prática da libertação. Uma


introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980.
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FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1997.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido, São Paulo, Paz e Terra, 1998.

PILLETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino de 1 o grau. 22. ed.


São Paulo: Ática, 1996.

WALLON, H. Do Acto do Pensamento da Criança. São Paulo: Moraes


Editores. 1978.

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