Adrianna Ribeiro Costa Pires
Adrianna Ribeiro Costa Pires
Adrianna Ribeiro Costa Pires
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 REVISÃO DA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5 RESULTADOS ESPERADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
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1 Introdução
A Unidade Básica de Saúde (UBS) que atuo chama-se Nossa Senhora de Fátima, está
localizada no município de Içara - SC. A comunidade residente na área de abrangência da
UBS é constituída em sua maioria por classe social média baixa, com trabalhadores e apo-
sentados que moram em zona urbana e rural. As condições de moradia são intermediárias,
entretanto, a população dispõe de saneamento básico e 80% das ruas são pavimentadas.
No bairro há creches, escolas, mercados, farmácia e posto de combustível. A população
jovem é aproximadamente 100% alfabetizada e a população idosa 80% alfabetizada. A
UBS é composta por: dois médicos, um odontólogo, uma enfermeira, uma auxiliar de
odontologia, uma técnica de enfermagem, três agentes de saúde, uma auxiliar de serviços
gerais. Sua estrutura física é de aproximadamente 80 metros quadrados, sendo dois con-
sultórios médicos, recepção, farmácia, sala de reuniões, consultório odontológico, sala de
triagem, sala de medicação, sala de curativo, sala de vacina, expurgo, lavanderia, cozinha,
banheiros masculino e feminino para os pacientes, um banheiro para os funcionários. O
horário de funcionamento é das 07h às 12h e das 13h às 16h de segunda a sexta-feira. A
grande maioria dos pacientes se mostram confiantes com o atendimento, possuindo um
bom relacionamento com a equipe de saúde. A equipe participa de cursos de capacitação
sempre que ofertados pela Secretaria de Saúde do município a cada seis meses aproxi-
madamente. Sobre a vulnerabilidade da população temos o uso de agrotóxicos nas zonas
rurais e a proximidade da rodovia SC que dá acesso a Unidade. A comunidade possui gru-
pos de: HiperDia, idosos, tabagismo, gestantes, saúde mental e consulta farmacológica.
Esses grupos são organizados pelas agentes de saúde, juntamente com a enfermagem e a
médica da UBS.
A UBS possui 2.416 pacientes cadastrados, destes 1.039 são masculinos e 1.377 femini-
nos. Em relação à faixa etária, temos a seguinte distribuição: crianças 724, adultos 1.403
e idosos 289. As pessoas procuram a UBS para realizarem exames anuais, de controle,
tratar doenças crônicas, busca de vacinação, pré-natal, acompanhamento com o NASF e
realizar cadastros para receber benefícios sociais como bolsa família. As principais queixas
são relacionadas à cota de exames, tempo de espera para realizar um exame de médio a
alto custo, dificuldade de acesso a medicações de alto custo. As principais doenças que
acometem a população são: HAS, DM, dislipidemia, obesidade, levando em alguns casos
a agravos como: IAM, AVC, queda, paciente hospitalizado ou acamado.
Nossa equipe visa programar e melhorar o atendimento em saúde, através de ações
que melhorem o acesso à saúde da população, como campanhas vacinais, grupos de hiper-
tensos, diabéticos, tabagistas, prevenção de doenças, acompanhamento de pacientes com
doenças crônicas, acompanhamento pré-natal, puerperal e puericultura. Dessa forma, acre-
ditamos que fazer este projeto de intervenção será fundamental para melhorar o acesso
10 Capítulo 1. Introdução
2 Objetivos
3 Revisão da Literatura
A formação do Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza que todo o usuário inicie
seu atendimento pela atenção primária a saúde (APS), pois a mesma dispõe de ”uma
equipe multiprofissional que tem como foco de ação à promoção, prevenção de agravos,
proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, vigilância em saúde, redução de danos e
cuidados paliativos”(BRASIL, 2020) apud (REIS et al., 2019, p. 2). Sendo assim, Malta et
al. (2018) reforçam que a promoção da saúde é fundamental para a melhora da qualidade
de vida do indivíduo e da sociedade como um todo, visando atender as necessidades de
saúde da população, apontando para uma dimensão social do atendimento público. Para
Buss (2003), “o conceito moderno de promoção da saúde, assim como sua prática, surge
e se desenvolve de forma mais vigorosa nos últimos 20 anos”, principalmente em países
como Canadá, Estados Unidos e países da Europa Ocidental, sendo amplamente discu-
tido em “três importantes conferências internacionais sobre o tema” que “estabeleceram
bases conceituais e políticas contemporâneas da promoção da saúde.” Ele afirma que para
além das motivações ideológicas e políticas de seus principais formuladores presentes nas
referidas conferências, a promoção da saúde surge, certamente, como reação à acentuada
medicalização da saúde social e no interior dos sistemas de saúde.
No âmbito nacional,
Diante disso, Malta et al. (2018) fazem “um balanço crítico dos resultados da PNPS,”
bem como analisaram “os avanços e os desafios da implementação da PNPS quanto às
suas agendas prioritárias, apontando “aspectos críticos para sua sustentabilidade em tem-
pos de crises.” Os autores indicaram avanços na história recente da PNPS, mas também
reconhecem que:
decorridos 30 anos da criação do SUS ainda estamos longe de superar o
modelo centrado na doença e na assistência médico-hospitalar. As ações
de promoção desenvolvidas, de forma geral, não foram consolidadas a
ponto de alterarem de forma expressiva o modo de produzir saúde e
enfrentar os determinantes sociais do processo saúde-doença. Torna-se
fundamental ressignificar o papel e a importância da PNPS para o SUS,
em particular ao se considerar a necessidade de produzir estratégias de
enfrentamento para os desafios impostos pelo perfil de epidemiológico,
demográfico e nutricional dos brasileiros para o presente e para as pró-
ximas décadas. (MALTA et al., 2018, p. 1.807).
4 Metodologia
O estudo será realizado para a população que utiliza o serviço de saúde prestado pela
UBS Nossa Senhora de Fátima no município de Içara, SC.
Nas ações que serão planejadas a nossa equipe pretende oferecer grupos de atendimento
e de esclarecimento para portadores de DCNT, exemplo: diabéticos, hipertensos e Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
O plano de intervenção será realizado da seguinte forma:
1- Criação de fluxo de atendimento para portadores de DCNT:
A gestora da unidade ficará responsável por relacionar todos os pacientes portadores
de DCNT que utilizam o serviço de saúde da UBS em questão. Logo, os pacientes serão
informados sobre a realização dos grupos de atendimento e de esclarecimento para cada
patologia.
Os grupos de atendimento serão realizados uma vez por mês para cada patologia, com
limite máximo de vinte pessoas por grupo, podendo ter vários grupos dependendo da
demanda.
O trabalho em grupo será realizado na sala de reuniões da UBS, no período vesper-
tino, com a participação da equipe multidisciplinar (enfermeira, médica, nutricionista,
odontóloga, educador físico e farmacêutico), prestando informações importantes sobre a
doença e seu melhor manejo, desde alimentação adequada, prática de atividade física
continuada, estilo de vida, riscos do tabagismo, controle da doença através de exames
laboratoriais quando necessário, até a dispensação de medicamento e orientações sobre a
maneira correta de tomar as medicações, tudo isso visando melhorar o acesso dos usuários
à UBS.
Pacientes participantes dos grupos terão prioridade no agendamento das consultas
médicas e terão um período exclusivo para atendimentos.
2 - Criação do calendário anual com palestras de prevenção e promoção à saúde:
Realização de palestras mensais cujo tema será baseado no calendário de datas da
saúde disponível no site do Ministério da saúde: http://bvsms.saude.gov.br/datas-da-
saude
O médico da Unidade será responsável pela elaboração do calendário e cronograma,
bem como apresentação das palestras e convite a profissionais de várias áreas do conhe-
cimento que sejam especialistas no tema em pauta, de acordo com o calendário.
3 - Confecção da cartilha didática sobre hábitos e estilo de vida saudáveis:
A confecção da cartilha didática deve ser de fácil entendimento sobre hábitos e estilo
de vida saudáveis para distribuição aos usuários do ESF, participantes dos grupos das
DCNT e da comunidade em geral, sendo de responsabilidade do médico da UBS e do
Diretor Técnico da Secretaria Municipal de Saúde. O conteúdo dos assuntos da cartilha
18 Capítulo 4. Metodologia
5 Resultados Esperados
Referências