Livro TCC

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LISTA DE AUTORES

© 2024 Manual das Emoções

Med Educa Serviços Digitais

Oficina de Produtos Digitais

Saúde Mental Positiva www.saudementalpositiva.com.br


LISTA DE AUTORES

© 2024

Diego Leal Clemente, Autor, Copywriter, Designer Gráfico,


Marketing Digital

Juliana Carvalho Clemente, Autora, Designer, Copywriter, Marketing.

Jhade D'umar Ferreira Maranhão, Autora & Contribuições Gráficas


Acadêmica de Biomedicina, Centro Universitário Dom Bosco
Copywriter, Designer gráfica, Marketing Digital
SUMÁRIO

1- Terapia Cognitivo-comportamental
07
Definição
07
Objetivos
07
Ferramentas de apoio
07
Importância das ferramentas
08
O Modelo Cognitivo

2- Ferramentas de Avaliação
Introdução 10
Tipos de Inventários 10
Escala de Depressão de Beck 11
Escala de Ansiedade de Hamilton 13
Crenças 14
Questionários de Avaliação Cognitiva 15
Objetivos 15
Áreas de Avaliação 15
Tipos de Questionários 15
Mini Exame do Estado Mental (MEEM) 16
Vantagens 17
Desafios 17
Distorções Cognitivas 17
SUMÁRIO

3- Ferramentas para intervenção


Definição Técnicas de reestruturação 18
cognitiva Exercícios de exposição e 18
dessensibilização Técnicas de relaxamento 19
e mindfulness Ansiedade Depressão 19
Ativação Comportamental Etapas e 20
Benefícios 23
25
26

4- Ferramentas de Acompanhamento
Ferramentas de Registro de Evolução do Paciente 27
Acompanhamento das Sessões 27
Planilhas de planejamento de intervenções futuras 28
Modelo de Resumo das Sessões 29

Modelo de Planejamento de Metas 30

Cronograma de Intervenções 31

5- Considerações Finais
Importância do uso adequado das ferramentas 32
Recomendações para a utilização do kit 33
SUMÁRIO

Anexos
Atividades de Modelo Cognitivo Atividades de Crenças 34
Fundamentais Diário de Pensamentos Diário da Ansiedade Diário 36
da Depressão Ativação Comportamental Programando a Ativação 39
Comportamental Lista de Atividades de Ativação Comportamental 40
Gráficos de Humor (Semanal) Controle de Hábitos Identificando seu 41
padrão de pensamento-emoção-comportamento Estratégias de 42
Regulação Emocional Benefícios do estabelecimento de Metas de 45
Regulação Planilha de metas de regulação emocional 45
Descatastrofização Resolução eficaz de problemas para estresse 46
Praticando o Método ABC (Crenças) Planilha de Terapia Narrativa 47
da Árvore da Vida Metas Inteligentes Rastreador de Sono 48
Questionário dos domínios de preocupação Automonitoramento de 50
preocupações Questionário de Gatilhos de Ansiedade
51
Automonitoramento da Ansiedade
52
53
57
59
62
64
65
66
68
69
70
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

DEFINIÇÃO

Abordagem psicoterapêutica
estruturada e focada, amplamente
utilizada para tratar uma
variedade de transtornos mentais.

A TCC baseia-se no princípio de que


nossos pensamentos, sentimentos e
comportamentos estão interligados e
que, ao modificar padrões de
pensamento disfuncionais, podemos
influenciar positivamente nossas
emoções e comportamentos.

obetivos importância das


ferramentas
Identificar e desafiar pensamentos
automáticos negativos e crenças Monitoramento Contínuo
disfuncionais;
Ferramentas como diários digitais ou aplicativos de
rastreamento de humor permitem que os terapeutas
desenvolver
Ajudar o estratégias
paciente mais
a saudáveis e
acompanhem o progresso do paciente entre as sessões.
realistas para lidar com problemas.
Proporciona uma visão mais detalhada sobre os padrões de
comportamento e emoções ao longo do tempo, ajudando a
Orientada para a solução de problemas, identificar mudanças sutis e ajustar o tratamento conforme
com foco no presente. necessário.

ferramentas de apoio Precisão Diagnóstica & Avaliação


Questionários padronizados e instrumentos de avaliação,
O uso de ferramentas de apoio ao como o Beck Depression Inventory (BDI) ou o Generalized
terapeuta é de extrema importância para Anxiety Disorder 7 (GAD-7), permitem que os terapeutas
otimizar a eficácia e a precisão do obtenham uma avaliação objetiva dos sintomas do paciente.
tratamento psicoterapêutico.
Esses instrumentos ajudam a identificar a gravidade dos
problemas e a medir o impacto das intervenções terapêuticas
ao longo do tempo.

07
CAP 1 | INTRODUÇÃO À TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL

situações
Apoio na Reestruturação Cognitiva Essa é a etapa inicial, onde uma situação,
Ferramentas que auxiliam na reestruturação cognitiva ajudam evento ou circunstância ocorre. O
o paciente a identificar pensamentos automáticos negativos e acontecimento pode ser externo (algo que
a substituí-los por pensamentos mais realistas. acontece ao seu redor) ou interno (um
pensamento ou sensação corporal).
Isso facilita o processo de aprendizagem e prática das
habilidades cognitivas entre as sessões. Por exemplo:
Externo: Um estranho comenta sobre a sua roupa.
Interno: Um amigo não responde sua mensagem.

Aumento da Adesão ao Tratamento Essa situação em si é neutra, mas desencadeia


uma série de reações cognitivas e emocionais
Aplicativos e plataformas online podem fornecer lembretes, baseadas em como a pessoa a interpreta.
exercícios interativos e materiais educativos que mantêm o
paciente engajado no tratamento, aumentando a adesão às
práticas sugeridas pelo terapeuta, como tarefas de casa ou
exercícios de relaxamento.
pensamentos

Depois que o evento ocorre, a pessoa tem


Comunicação Efetiva uma interpretação ou um pensamento
sobre o que aconteceu.
Ferramentas de comunicação permitem que o terapeuta
mantenha contato com o paciente fora das sessões
Esses pensamentos são conhecidos como
presenciais, oferecendo suporte contínuo e acompanhamento "pensamentos automáticos", que surgem
mais próximo, especialmente em momentos críticos. quase instantaneamente, influenciando a
percepção da situação.

Eles podem ser positivos, negativos, ou


Personalização do Tratamento neutros, mas muitas vezes, em casos de
transtornos emocionais, são distorcidos ou
O uso dessas ferramentas permite uma personalização mais irracionais.
precisa do tratamento, com base em dados coletados em Por exemplo:
tempo real. Isso possibilita que o terapeuta adapte as
intervenções de acordo com as necessidades específicas do Estranho comenta sobre sua roupa: "Ele achou
minha roupa estranha. Estou ridículo."
paciente, tornando o processo terapêutico mais eficaz. Amigo não responde sua mensagem: "Ele deve
estar bravo comigo. Fiz algo errado."

Esses pensamentos podem ser influenciados


por crenças centrais (mais profundas e
duradouras) que a pessoa tem sobre si mesma,
os outros e o mundo.

emoções

Os pensamentos que surgem na segunda


etapa desencadeiam respostas
emocionais.

o modelo cognitivo A forma como a pessoa interpreta a


situação influencia diretamente suas
emoções.
A terapia cognitiva comportamental se
baseia no princípio de que os pensamentos Em geral, pensamentos negativos ou
influenciam seu comportamento e distorcidos geram emoções negativas,
sentimentos. enquanto pensamentos realistas ou
Veja as etapas a seguir que ilustram esse positivos tendem a gerar emoções mais
processo: equilibradas ou positivas.

08
CAP 1 | INTRODUÇÃO À TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL

As emoções, por sua vez, podem variar em


intensidade, dependendo da força e da ciclo de reforço
credibilidade que a pessoa dá aos
pensamentos automáticos.

O processo não termina nos


comportamentos comportamentos. Muitas vezes,
os comportamentos resultantes das
As emoções geradas pelos pensamentos emoções e pensamentos influenciam
automáticos influenciam o comportamento podem
novos acontecimentos e
da pessoa. O comportamento é a resposta reforçar o ciclo disfuncional.
visível ou observável ao conjunto de
pensamentos e emoções desencadeados Por exemplo:
pela situação inicial. Evitar sair em público pode levar a um
isolamento maior, o que pode reforçar a
Por exemplo: crença de que "as pessoas sempre me
Pensamento: "Estou ridículo." Emoção: Vergonha. julgam negativamente", gerando mais
Comportamento: Evitar sair em público, trocar de pensamentos automáticos negativos e
roupa imediatamente, ou até evitar falar com perpetuando emoções de vergonha ou
outras pessoas. ansiedade.

09
FERRAMENTAS PARA AVALIAÇÃO

inventário de sintomas

Questionários ou escalas
autoaplicáveis ou aplicadas por
profissionais, projetados para
avaliar sintomas específicos
associados a diferentes transtornos
psicológicos

Capturar informações detalhadas sobre


os sintomas experimentados por um
paciente;

Ajudar os profissionais de saúde mental


a diagnosticar condições específicas; Inventário de Depressão de Beck (BDI-II)
Avalia a gravidade dos sintomas de depressão, como tristeza,
Monitorar o progresso durante o pessimismo, perda de prazer, fadiga, entre outros, através de
tratamento e orientar intervenções uma série de perguntas com múltiplas opções de resposta.
terapêuticas.

Inventário de Ansiedade de Beck (BAI)


Avalia sintomas relacionados à ansiedade, como medo,
Geralmente consistem em uma série nervosismo, palpitações e sudorese. A escala mede a
de perguntas ou afirmações, nas intensidade desses sintomas ao longo de uma semana.
quais os pacientes devem indicar a
frequência ou intensidade com que
experimentaram determinado Escala de Avaliação de Ansiedade Hamilton
sintoma em um período recente. (HAM-A)
Um instrumento utilizado por profissionais de saúde para
medir a gravidade da ansiedade em pacientes adultos. Avalia
tanto os sintomas psicológicos quanto somáticos.
tipos de inventários
Existem vários inventários amplamente Inventário de Sintomas de Estresse (Stress
utilizados, cada um focado em diferentes Symptom Inventory - SSI)
tipos de sintomas.
Focado na identificação de sinais de estresse, como distúrbios
do sono, fadiga, irritabilidade e problemas de concentração,
ajudando a entender a fonte do estresse do paciente.

10
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y- Escolha Múltipla: O paciente seleciona


BOCS) uma opção que melhor descreve como se
sentiu ou se comportou em um
Específica para avaliar sintomas de Transtorno Obsessivo-
Compulsivo (TOC), medindo a gravidade de obsessões e
determinado período.
compulsões experimentadas pelo paciente.

Escalas Likert: O paciente indica a


estrutura dos intensidade de um sintoma em uma
escala, geralmente variando de "0" (não
inventários experimentado) a "3" ou "5" (muito
intenso ou grave).
A maioria dos inventários de sintomas é
composta por uma lista de declarações ou A pontuação total obtida em um inventário
perguntas que refletem sintomas fornece uma medida quantitativa que pode ser
específicos. O paciente ou o profissional comparada com padrões normativos ou
avalia cada item com base na frequência utilizados para monitorar mudanças ao longo
ou intensidade dos sintomas. do tempo.

Escala de Depressão de Beck


Este questionário consiste em 21 grupos de afirmações. Depois de ler cuidadosamente cada
grupo, faça um círculo em torno do número (0, 1, 2 ou 3) próximo à afirmação, em cada
grupo, que descreve melhor a maneira que você tem se sentido na última semana, incluindo
hoje. Se várias afirmações num grupo parecerem se aplicar igualmente bem, faça um círculo
em cada uma. Tome o cuidado de ler todas as afirmações, em cada grupo, antes de fazer a
sua escolha.

0 Não me sinto triste. 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes.


1 Eu me sinto triste. 1 Não sinto mais prazer nas coisas como antes.
2 Estou sempre triste e não consigo sair disto. 2 Não encontro um prazer real em mais nada.
3 Estou tão triste ou infeliz que não consigo suportar. 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo.

0 Não me sinto especialmente culpado.


Não estou especialmente desanimado quanto ao
0
futuro. 1 Eu me sinto culpado grande parte do tempo.

1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro. 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo.

2 Acho que nada tenho a esperar. 3 Eu me sinto sempre culpado.


Acho o futuro sem esperança e tenho a impressão de
3
que as coisas não podem melhorar. 0 Não acho que esteja sendo punido.
1 Acho que posso ser punido.

0 Não me sinto um fracasso. 2 Creio que vou ser punido.

1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum. 3 Acho que estou sendo punido.

Quando olho para o passado, na minha vida, só vejo


2
um monte de fracassos.
3 Acho que, como pessoa, sou um completo fracasso.

11
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

0 Não me sinto decepcionado comigo mesmo. 0 Não sou mais irritado agora do que já fui.
1 Estou decepcionado comigo mesmo. Fico aborrecido ou irritado mais facilmente do que
1
costumava.
2 Estou enojado de mim.
2 Agora, me sinto irritado o tempo todo.
3 Eu me odeio.
Não me irrito mais com as coisas que costumavam me
3 irritar.

0 Não me sinto pior que os outros.


Sou crítico em relação a mim por minhas fraquezas 0 Não perdi o interesse pelas outras pessoas.
1
ou erros,
Estou menos interessado pelas outras pessoas do
Eu me culpo sempre por minhas falhas. 1
2 que costumava estar.
3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece. Perdi a maior parte do meu interesse pelas outras
2 pessoas.
Perdi todo o interesse por outras pessoas.
3
0 Não tenho quaisquer ideias de me matar.
1 Tenho ideias de me matar, mas não as executo.
0 Tomo decisões tão bem quanto antes.
2 Gostaria de me matar.
1 Adio as tomadas de decisões mais do que costumava.
3 Eu me mataria se tivesse a oportunidade.
Tenho mais dificuldades de tomar decisões do que
2
antes.
3 Absolutamente não consigo mais tomar decisões.
0 Não choro mais que o habitual.
1 Choro mais agora do que costumava.
2 Agora, choro o tempo todo.
Costumava ser capaz de chorar, mas agora não
3
consigo, mesmo que eu queira.

A interpretação da pontuação total fornece uma estimativa


da gravidade da depressão:

0-13: Depressão mínima


14-19: Depressão leve
20-28: Depressão moderada
29-63: Depressão grave

Escala de Ansiedade de Hamilton


Usada para avaliar a gravidade dos sintomas de ansiedade. Ela inclui perguntas sobre
sintomas como tensão, apreensão, insônia e preocupações. A escala original contém 14 itens, e
cada item é classificado em uma escala de 0 a 4.

Nº ITEM COMPORTAMENTO GRAU (0-4)


1 Humor Ansioso Preocupações, previsão do pior, antecipação temerosa, irritabilidade, etc.
Sensações de tensão, fadiga, reação de sobressalto, comove-se
2 Tensão
facilmente, tremores, incapacidade para relaxar e agitação.

12
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

Nº ITEM COMPORTAMENTO GRAU (0-4)


De escuro, de estranhos, de ficar sozinho, de animais, de trânsito, de
3 Medos multidões, etc. (avaliar qualquer um por intensidade e frequência de
exposição).
Dificuldade em adormecer, sono interrompido, insatisfeito e fadiga
4 Insônia
ao despertar, sonhos penosos, pesadelos, terrores noturnos, etc.
Intelectual
5 Dificuldade de concentração, falhas de memória, etc.
(cognitivo)
Perda de interesse, falta de prazer nos passatempos, depressão,
6 Humor Deprimido
despertar precoce, oscilação do humor, etc.
Somatizações Dores musculares, rigidez muscular, contrações espásticas,
7 contrações involuntárias, ranger de dentes, voz insegura, etc.
Motoras
Ondas de frio ou calor, sensações de fraqueza, visão turva,
Somatizações sensação de picadas, formigamento, câimbras, dormências,
8
Sensoriais sensações auditivas de tinidos, zumbidos, etc.
Taquicardia, palpitações, dores torácicas, sensação de desmaio,
Sintomas sensação de extra-sístoles, latejamento dos vasos sanguíneos,
9
Cardiovasculares vertigens, batimentos irregulares, etc.
Sensações de opressão ou constricção no tórax, sensações de
Sintomas sufocamento ou asfixia, suspiros, dispnéia, etc.
10
Respiratórios Deglutição difícil, aerofagia, dispepsia, dores abdominais, ardência
ou azia, dor pré ou pós-prandial, sensações de plenitude ou de
Sintomas vazio gástrico, náuseas, vômitos, diarreia ou constipação, pirose,
11
Gastrointestinais meteorismo, náusea, vômitos, etc.
Polaciúria, urgência da micção, amenorréia, menorragia, frigidez,
ereção incompleta, ejaculação precoce, impotência, diminuição da
Sintomas libido, etc.
12
Genitourinários
Boca seca, rubor, palidez, tendência a sudorese, mãos molhadas,
inquietação, tensão, dor de cabeça, pêlos eriçados, tonteiras, etc.
Sintomas
13 Tenso, pouco à vontade, inquieto, a andar a esmo, agitação das
Autonômicos
mãos (tremores, remexer, cacoetes) franzir a testa e face tensa,
engolir seco, arrotos, dilatação pupilar, sudação, respiração
Comportamento na suspirosa, palidez facial, pupilas dilatadas, etc.
14
Entrevista

A pontuação total pode variar de 0 a 56, com pontuações


mais altas indicando maior gravidade da ansiedade.
Interpretação da Pontuação Total:

0-17: Ansiedade leve


18-24: Ansiedade moderada
25-30: Ansiedade grave

13
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

crenças
Características das
Cognitivo-Comportamental
A Terapia (TCC) parte do Crenças Fundamentais:
princípio de que nossos pensamentos,
crenças e interpretações moldam a
maneira como vivenciamos o mundo.
Mesmo que duas pessoas passem pela
pode interpretá-la de maneira Profundamente Enraizadas: Elas são
completamente diferente, dependendo das desenvolvidas cedo na vida, muitas
crenças que
mesma experiência,
elas mantêmcada
sobre
uma
si mesmas, vezes baseadas em interações
os outros e o mundo ao seu redor. familiares, eventos traumáticos ou
padrões de comportamento aprendidos
ao longo do tempo.

Crenças Fundamentais Influenciam a Interpretação: Essas


crenças moldam como percebemos e
Ideias profundamente enraizadas que reagimos a nossas experiências diárias,
desenvolvemos ao longo da vida, muitas influenciando nossas emoções e
vezes durante a infância ou a partir de
experiências marcantes. comportamentos.

Elas são como lentes através das quais Nem Sempre Verdadeiras: Embora as
enxergamos e interpretamos o mundo. crenças fundamentais possam parecer
imutáveis e refletir uma verdade interna,
Por exemplo, uma pessoa que acredita elas nem sempre correspondem à
fundamentalmente que "não é boa o realidade. Muitas vezes, são baseadas
suficiente" pode interpretar críticas em distorções cognitivas ou
construtivas como confirmações de sua interpretações errôneas de
inadequação, mesmo quando essa experiências passadas.
interpretação não é verdadeira.

Você pode pensar em crenças fundamentais como um par de óculos escuros.


Todos possuem uma "sombra" diferente, o que os leva a observar as situações de
maneira diferente.

SITUAÇÃO CRENÇA FUNDAMENTAL CONSEQUÊNCIA

Pensamento: " Ninguém vai


gostar de mim lá".

Comportamento : "Não vou a


Você é convidado festa."
para uma festa por
um conhecido. Pensamento: " Eu poderia me
divertir se fosse".

Comportamento : "Irei a festa."

14
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

questionário de Funções Executivas


avaliação cognitiva Avalia habilidades como planejamento, tomada de decisão,
resolução de problemas e flexibilidade cognitiva.

Esses instrumentos medem uma


variedade de funções cognitivas, Linguagem
como memória, atenção,
Mede habilidades linguísticas, como nomeação de objetos,
linguagem, habilidades visuais- compreensão verbal e fluência.
espaciais, e funções executivas.

Os resultados ajudam a identificar possíveis Habilidades Visuais-Espaciais


déficits cognitivos, monitorar mudanças ao
longo do tempo e desenvolver planos de Testa a capacidade de perceber e manipular objetos em
tratamento personalizados. espaço tridimensional.

objetivos:
Velocidade de Processamento
Diagnóstico: Ajudam a diagnosticar Avalia o quão rapidamente um indivíduo pode processar
condições como demência, lesões informações visuais e auditivas.
cerebrais, transtornos de déficit de
atenção, dificuldades de aprendizagem,
entre outros.
tipos de questionários

Base:
Estabelecimento de Linha de Os questionários de avaliação cognitiva
Proporcionam uma avaliação inicial do podem ter diferentes formatos,
funcionamento cognitivo, que pode ser dependendo das funções cognitivas que
usada como referência para monitorar estão sendo avaliadas:
alterações ao longo do tempo.
Mini Exame do Estado Mental (MEEM):
Avalia funções cognitivas globais, como
Monitoramento: Avaliam a eficácia de orientação, atenção, cálculo, memória e
intervenções cognitivas ou o progresso linguagem. É comumente usado para
de doenças neurodegenerativas. rastrear demência e outros distúrbios
neurocognitivos.
Montreal Cognitive Assessment (MoCA):
áreas de avaliação Similar ao MEEM, mas mais sensível para
detectar déficits cognitivos leves em
pacientes com distúrbios
Memória neurodegenerativos ou lesões cerebrais.
Avalia múltiplos domínios cognitivos em
Inclui a avaliação da memória de curto e longo prazo, memória uma breve aplicação.
episódica, e memória de trabalho.
Testes de Avaliação Cognitiva de
Cambridge (CANTAB): Uma série de testes
computadorizados que avaliam uma
Atenção e Concentração
variedade de funções cognitivas, como
Testa a capacidade de focar em uma tarefa ou manter a memória, atenção, velocidade de
atenção em estímulos por um período de tempo. processamento e funções executivas.

15
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

mini exame do estado mental (meem)

O MEEM é composto por uma série de perguntas e tarefas que avaliam várias áreas
cognitivas, incluindo orientação, memória, atenção, linguagem e habilidades visuoespaciais.

Orientação espacial Em que local estamos?


(0-5 pontos) Estado, Cidade, Bairro, Rua, Local

Orientação temporal Que dia é hoje?


(0-5 pontos) Ano, Semestre, Mês, Dia, Dia da semana,

Repetição Vou dizer 3 palavras, depois o senhor(a) as repete


(3 pontos) Repetir: Carro, Vaso, Tijolo

Atenção e Cálculo Você faz cálculos?


(5 pontos) Subtrair 100-7

Evocação Quais as palavras ditas anteriormente?


(3 pontos) Carro, Vaso, Tijolo

Nomear 2 Objetos Mostre objetos e peça para nomeá-los


(2 pontos) Ex: Caneta, Relógio

Repetição (1 ponto) Pedir para Repetir "Nem aqui, nem lá"

Siga uma ordem de 3 estágios: “Quando eu lhe der esta folha


Comando de estágios de papel, pegue nela com a mão direita, dobre-a no meio e
(0-3 pontos) ponha sobre a mesa”. Dar a folha para o paciente segurando
com as duas mãos.

Peça para o entrevistado escrever uma frase completa. A


Escrever frase completa
frase deve ter um sujeito e um objeto e deve ter sentido. Ignore
(1 ponto)
a ortografia.

Leia o que está neste cartão e faça o que lá diz”. Mostrar um


Ler e escutar cartão com a frase bem legível, “FECHE OS OLHOS’, sendo
(1 ponto) analfabeto lê-se a frase.

Fechou os olhos: 1 ponto.

Copiar Diagrama Peça ao entrevistado para copiar o seguinte desenho.


(1 ponto) Verifique se todos os lados estão preservados e se os lados da
intersecção formam um quadrilátero. Tremor e rotação
podem ser ignorados.

Nota sugerida:
< 4 anos de escolaridade: menor ou igual a 17;
> 4 anos de escolaridade: Menor ou igual a 24;

16
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

Vantagens dos Desafios e Limitações


Questionários
Diagnóstico Precoce: Essas ferramentas Linguística:
Sensibilidade Cultural e
ajudam na detecção precoce de Muitas ferramentas de avaliação cognitiva
foram
contextosdesenvolvidas em
culturais específicos, e podem
distúrbios cognitivos, permitindo
intervenções precoces. não ser aplicáveis ou precisas em
populações diferentes sem devida
adaptação.
Monitoramento: Podem ser repetidos ao
longo do tempo para avaliar mudanças Respostas Subjetivas: Algumas avaliações
no funcionamento cognitivo e a eficácia dependem da autorreflexão do paciente,
de intervenções terapêuticas ou o que pode ser influenciado por fatores
medicamentosas. emocionais ou motivacionais.
Objetividade: Proporcionam uma Limitações na Avaliação Global:
avaliação quantitativa das funções Questionários mais curtos podem não
cognitivas, permitindo uma comparação captar todas as nuances do
clara entre diferentes momentos de funcionamento cognitivo.
avaliação.

distorções cognitivas
As distorções cognitivas são padrões de pensamento negativos que podem
influenciar nossas emoções e comportamentos. Aqui estão algumas das principais
distorções cognitivas descritas na terapia cognitivo-comportamental:

Exagerar a importância de eventos negativos (magnificação) ou diminuir a importância de eventos positivos


Magnificação ou
(minimização). Exemplo: Acreditar que suas próprias realizações não são importantes ou que seus erros são
Minimização excessivamente importantes.

Catastrofização Esperar o pior possível em qualquer situação, acreditando que algo terrível vai acontecer.

Generalização Tirar uma conclusão geral baseada em um único evento ou evidência limitada, como pensar “Eu sempre falho”
Excessiva após um único erro.

Acreditar que pensamentos ou ações podem influenciar eventos de maneira sobrenatural, como pensar que algo
Pensamento Mágico
ruim vai acontecer porque você teve um pensamento negativo.

Assumir responsabilidade pessoal por eventos fora do seu controle, como acreditar que você é a causa dos
Personalização
problemas dos outros.

Fazer suposições negativas sem evidências suficientes. Isso inclui:


Saltando para Leitura da Mente: Acreditar que sabe o que os outros estão pensando.
Conclusões Adivinhação do Futuro: Prever que algo ruim vai acontecer sem base concreta.

Razão Emocional Acreditar que sentimentos negativos refletem a realidade, como pensar “Eu me sinto inútil, então devo ser inútil”.

Desqualificar o
Ignorar ou rejeitar experiências positivas, insistindo que elas “não contam”.
positivo

Declarações Usar regras rígidas sobre como você ou os outros “deveriam” se comportar, levando a sentimentos de culpa ou
frustração.
"deveria"

Pensamentos
Ver situações em termos extremos, sem meio-termo, como pensar “Se eu não sou perfeito, sou um fracasso”.
"tudo ou nada"

17
FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

As técnicas visam modificar


padrões de pensamento negativos
e promover comportamentos mais
adaptativos.

A reestruturação cognitiva é uma das


ferramentas centrais da TCC. Ela visa
identificar e modificar pensamentos
automáticos negativos ou distorcidos, que Reformulação Cognitiva
influenciam de maneira negativa as emoções
e os comportamentos do indivíduo. Com base no desafio dos pensamentos, o
paciente aprende a formular respostas
A ideia é desafiar esses pensamentos para alternativas mais realistas e positivas
substituí-los por interpretações mais para as situações.
equilibradas e realistas.
Esse processo ajuda a reduzir a influência
de distorções cognitivas como
Identificação de Pensamentos Automáticos tudo-ou-
catastrofização, pensamento
nada, e generalização excessiva.
O primeiro passo é ajudar o paciente a
identificar pensamentos automáticos que
surgem diante de situações adversas. Registro de Pensamentos
Esses pensamentos geralmente são
negativos e instantâneos, refletindo Uma ferramenta comum é o diário de
crenças profundas sobre si mesmo, os pensamentos, onde o paciente registra
outros e o mundo. situações que desencadeiam emoções
negativas, os pensamentos automáticos
associados e a reformulação cognitiva
Desafio dos Pensamentos feita com a ajuda do terapeuta.

Após a identificação, o terapeuta


trabalha com o paciente para questionar
a veracidade desses pensamentos,
usando perguntas como:

"Quais são as evidências para e contra esse pensamento?"


"Há outra maneira de ver essa situação?"

18
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

A exposição é uma técnica usada para


ajudar indivíduos a enfrentar gradualmente
situações, objetos ou memórias que
desencadeiam ansiedade ou medo.

A dessensibilização sistemática envolve o uso


da exposição em conjunto com técnicas de
relaxamento para reduzir a resposta
emocional negativa.

Exposição Gradual
O paciente é gradualmente exposto ao estímulo temido,
começando com situações menos ameaçadoras e progredindo
para situações mais desafiadoras.

Por exemplo: Alguém com fobia social pode começar a


praticar interações em ambientes controlados antes de
enfrentar situações sociais mais complexas.

Exposição Imaginativa
Em casos onde a exposição real é impossível ou muito
ameaçadora no início, o paciente pode ser exposto ao estímulo
temido através da imaginação. As técnicas de relaxamento e mindfulness
são ferramentas poderosas para ajudar os
Por exemplo: Ele é incentivado a visualizar a situação temida indivíduos a gerenciar a ansiedade, o
com detalhes, trabalhando para reduzir a ansiedade estresse e a tensão.
associada.
Elas envolvem treinar a mente para focar no
momento presente, permitindo que o
paciente observe seus pensamentos e
Dessensibilização Sistemática emoções sem julgamento, reduzindo a
Combina a exposição gradual com técnicas de relaxamento. O reatividade emocional.
paciente é exposto ao estímulo temido enquanto pratica
relaxamento profundo, como respiração controlada ou
visualização de cenas relaxantes, para dessensibilizar a Relaxamento Muscular Progressivo: O
resposta de medo. paciente é guiado a tensionar e depois
relaxar grupos musculares específicos,
aprendendo a distinguir entre tensão e
Exposição Prolongada relaxamento. Isso ajuda a reduzir a
Em casos como Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), tensão física e a ansiedade.
a exposição prolongada ajuda o paciente a confrontar
memórias traumáticas repetidamente até que a resposta
emocional diminua. Exercícios de Respiração Controlada:
Técnicas como respiração diafragmática
(respiração profunda) ou respiração
quadrada (contar enquanto inspira,
segura a respiração, expira e segura
novamente) ajudam a desacelerar o
ritmo cardíaco e a promover uma
sensação de calma.

19
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Mindfulness: Baseado na prática Técnicas de Visualização: Envolve guiar


meditativa, o mindfulness ensina o o paciente a imaginar cenas relaxantes
paciente a focar sua atenção no e positivas, o que pode ajudar a
presente, seja através da respiração, neutralizar pensamentos e imagens
sensações corporais ou sons ao redor. A negativas. A visualização de situações
prática ajuda a reduzir a ruminação e o de sucesso também é usada para
pensamento obsessivo, promovendo aumentar a confiança e a
uma maior aceitação das emoções e dos autossuficiência em situações
pensamentos sem reatividade imediata. desafiadoras.

Meditação Guiada: Usada para induzir


relaxamento profundo, a meditação
guiada envolve seguir instruções
verbais que guiam o paciente a se
concentrar em imagens mentais ou
sensações corporais específicas,
promovendo uma sensação de paz e
redução do estresse.

ansiedade

Resposta natural do corpo ao estresse, uma emoção


caracterizada por sentimentos de preocupação, nervosismo ou
medo em relação a uma situação futura. Embora seja normal
sentir ansiedade, quando esses sentimentos são persistentes,
excessivos e interferem nas atividades diárias, pode-se tratar
de um transtorno de ansiedade.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Transtorno do Pânico


Caracterizado por uma preocupação constante e desproporcional Marcado por ataques de pânico recorrentes e inesperados, que
sobre várias questões cotidianas, como saúde, finanças, trabalho são episódios intensos de medo extremo ou desconforto físico, que
ou relacionamentos. Pessoas com TAG geralmente encontram geralmente atingem o pico em minutos. Esses ataques podem
dificuldade em controlar a preocupação, o que afeta ocorrer sem aviso e estão frequentemente associados ao medo de
significativamente sua qualidade de vida. perder o controle, de morrer ou de enlouquecer.

Sintomas: Inquietação, sensação de estar "no Sintomas: Palpitações, sudorese, tremores, falta de
limite", fadiga, dificuldade de concentração, ar, despersonalização (sensação de se sentir
irritabilidade, tensão muscular e distúrbios do desconectado do próprio corpo), medo de morrer.
sono.
Efeito: O medo de estar em lugares onde não seja
Duração: Os sintomas ocorrem quase todos os possível escapar ou obter ajuda durante um
ataque de pânico, levando a evitar situações como
dias por pelo menos seis meses. sair de casa.

20
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Fobias
As fobias específicas são medos intensos e irracionais de objetos
ou situações específicas, como alturas, insetos, aviões, ou espaços
fechados. Embora a maioria das pessoas possa ter certo
desconforto com esses estímulos, as fobias causam uma resposta
de medo desproporcional que interfere nas atividades normais da
pessoa.

Sintomas: Reação imediata de ansiedade ao ser


exposto ao estímulo temido, evitação de objetos
ou situações que desencadeiam o medo, e
comprometimento significativo na vida pessoal e
profissional devido ao medo.

Exemplos de Fobias Específicas: Aracnofobia


(medo de aranhas), claustrofobia (medo de
lugares fechados), acrofobia (medo de altura).

O ciclo da ansiedade é um padrão


comportamental em que os sintomas de Ansiedade
ansiedade desencadeiam uma série de reações Aumento da
ansiedade a
automáticas que, se não interrompidas, podem longo prazo
perpetuar e intensificar a ansiedade ao longo
do tempo.

Embora o alívio temporário seja possível, esse


ciclo pode levar a um aumento da ansiedade a
longo prazo se não for tratado
Alívio da ansiedade Prevenção
adequadamente. a curto prazo

21
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Sintomas Físicos: Batimento cardíaco


Sintomas de Ansiedade acelerado, respiração curta, sudorese,
O ciclo começa com a percepção de uma situação que é tensão muscular, tremores, tontura,
dores de cabeça.
considerada ameaçadora ou estressante. Isso pode ser um
evento externo (como falar em público) ou um pensamento
interno (como a preocupação com a saúde). O cérebro,
interpretando essa situação como perigosa, ativa o sistema
Sintomas Emocionais: Sensação de
de resposta ao estresse, o que leva ao aparecimento dos medo ou apreensão, preocupação
sintomas físicos e emocionais da ansiedade. excessiva, dificuldade de
concentração, inquietação.

Evitação: Evitar situações, lugares ou


pessoas que desencadeiam a Prevenção
ansiedade (por exemplo, evitar falar
em público ou sair de casa). Quando os sintomas de ansiedade surgem, a tendência
natural é tentar evitá-los ou neutralizá-los. Isso pode ser
feito através da evitação da situação que causa ansiedade
Comportamentos de Segurança: Usar ou da adoção de comportamentos de segurança, como
estratégias que reduzem temporariamente dependência de rituais ou objetos que proporcionam uma
a ansiedade (como segurar um objeto de sensação de controle ou proteção.
conforto, ficar perto de uma saída, ou
pedir repetidamente garantias).

Sensação de Alívio: A pessoa sente que


Alívio da Ansiedade a Curto Prazo a ansiedade diminuiu ou desapareceu,
A evitação ou os comportamentos de segurança geralmente o que cria a ilusão de que a estratégia
de evitação ou o comportamento de
proporcionam alívio temporário da ansiedade. Ao evitar a segurança foi eficaz.
situação ameaçadora ou ao realizar um comportamento de
segurança, a pessoa experimenta uma redução imediata
dos sintomas de ansiedade, o que reforça a ideia de que
evitar ou controlar a situação é a melhor solução.

A pessoa continua a acreditar que a


situação é realmente perigosa, Crescimento da Ansiedade a Longo Prazo
reforçando a ideia de que a evitação é Embora a evitação e os comportamentos de segurança
a única solução. Isso pode levar ao ofereçam alívio imediato, eles perpetuam o ciclo da
aumento da ansiedade e à
generalização do medo para outras ansiedade a longo prazo. Ao evitar a situação ou depender
situações semelhantes. de comportamentos de segurança, a pessoa não tem a
oportunidade de enfrentar e superar o medo. Com o tempo,
isso leva a um aumento da ansiedade, pois o cérebro
continua a associar a situação com perigo, sem ter a
chance de aprender que a ameaça é, na verdade, menor
do que parece.

Interromper o ciclo da ansiedade requer


enfrentar a situação temida gradualmente e
aprender a lidar com os sintomas de
ansiedade sem evitá-los.

22
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

DEPRESSÃO

transtorno de humor caracterizado por sentimentos


persistentes de tristeza, desesperança e falta de
interesse ou prazer nas atividades diárias.É uma
condição complexa que pode ser causada por uma
combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Emocionais: Sentimentos de tristeza, desesperança, inutilidade, irritabilidade, ou vazio.


Cognitivos: Dificuldade de concentração, problemas de memória, pensamentos negativos e
recorrentes, incluindo pensamentos de morte ou suicídio.
Físicos: Fadiga, alterações no apetite e no sono, dores sem causa aparente, perda de
energia.

O ciclo da depressão é um padrão repetitivo


Agente Pensamentos
em que eventos estressantes, pensamentos Estressor e Sentimentos
negativos e comportamentos de evitação ou Negativos
isolamento se reforçam mutuamente,
mantendo a pessoa presa na depressão.
Este ciclo pode se intensificar com o tempo,
dificultando a recuperação.

um agravamento
Com o tempo, dos isso sintomas
pode levar
da depressão,
a
criando um ciclo vicioso difícil de romper.
Resposta comportamental

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


23
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Estresses (Fatores Desencadeantes)


A depressão pode ser desencadeada ou exacerbada por Exemplos de Estressores: Perda de um
ente querido, término de um
eventos estressantes, como problemas de relacionamento, relacionamento, desemprego,
dificuldades financeiras, perdas significativas, ou estresse problemas de saúde, conflitos
no trabalho. Esses eventos podem gerar emoções negativas familiares.
intensas, e para pessoas vulneráveis, podem iniciar o ciclo
depressivo.

Pensamentos e Sentimentos Negativos


Pensamentos Negativos: "Eu sou um Diante de estressores, pessoas com depressão
fracasso." "Nada vai melhorar." "Eu não frequentemente interpretam os eventos de maneira
consigo fazer nada certo." negativa e distorcida. Esses pensamentos automáticos
negativos influenciam seus sentimentos, criando um padrão
de pessimismo, desesperança e baixa autoestima.

Esses pensamentos e sentimentos negativos reforçam a


Sentimentos Negativos: Tristeza
desesperança, culpa, sensação de incapacidade, intensificando os sintomas
profunda,
ansiedade, vazio. depressivos e levando a um comportamento disfuncional.

Resposta Comportamental Comportamentos Comuns: Isolamento


Os pensamentos e sentimentos negativos resultam em social, evitar atividades que antes
mudanças comportamentais. Pessoas deprimidas traziam prazer, faltar ao trabalho ou
frequentemente se retiram das atividades que costumavam
escola, negligenciar responsabilidades,
aumento do uso de álcool ou drogas.
desfrutar, isolam-se socialmente e evitam
responsabilidades. Esse comportamento de evitação e
inatividade pode proporcionar alívio temporário, mas a
longo prazo, perpetua e agrava a depressão.

Ciclo Vicioso
O comportamento de evitação e a falta de atividade
reforçam os sentimentos de desesperança e impotência.
Com o tempo, isso pode levar a um agravamento dos
sintomas da depressão, criando um ciclo vicioso difícil de
Interromper o ciclo da depressão requer a romper. Quanto mais a pessoa evita as situações que a
introdução de novas formas de pensar e deixam ansiosa ou estressada, mais os pensamentos e
comportar-se. sentimentos negativos se intensificam, alimentando a
depressão.
(TCC):
Terapia Cognitivo-Comportamental
Ajuda a pessoa a identificar e reformular
pensamentos negativos, além de incentivá-la a
retomar atividades prazerosas e socialmente
conectadas.

Ativação Comportamental: Incentiva o


envolvimento gradual em atividades que
proporcionam prazer ou realização, mesmo que
inicialmente a motivação esteja baixa.

24
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

A AC parte do princípio de que, ao aumentar


a frequência de atividades gratificantes, a
pessoa pode experimentar uma melhora no
humor e na qualidade de vida. A depressão
frequentemente leva à evitação de atividades
que costumavam proporcionar prazer ou que
eram socialmente importantes. Essa evitação,
por sua vez, reforça o ciclo depressivo.

Ao envolver a pessoa novamente nessas


atividades, mesmo que gradualmente, a
ativação comportamental ajuda a
interromper esse ciclo.

obetivos

a Evitação: faz
Reduzir frequentemente A com
depressão
que as Planejamento de Atividades
pessoas eram importantes ou Um aspecto central da AC é o planejamento de atividades. A
evitem atividades
prazerosas. que antes
A AC ajuda a identificar pessoa, junto com o terapeuta, cria um cronograma de
esses padrões de evitação e trabalha atividades que ela pode realizar ao longo da semana. Essas
para substituí-los por ações positivas. atividades são escolhidas para serem gratificantes ou
necessárias, mesmo que a pessoa não sinta imediatamente a
motivação para realizá-las. O foco é aumentar a frequência
dessas atividades, uma de cada vez, para ajudar a pessoa a
recuperar o senso de propósito e satisfação.
Aumentar Atividades Gratificantes: Ao
aumentar a participação em atividades
que trazem prazer ou satisfação, a
pessoa pode começar a sentir-se mais Atividades Prazerosas
conectada e engajada na vida.
Atividades que antes eram divertidas ou
Desenvolver um Senso de Realização: agradáveis, como hobbies, exercícios, ou
Engajar-se em atividades construtivas, socialização.
mesmo que pequenas, pode aumentar a
sensação de competência e eficácia
pessoal, o que contrasta com a Atividades de Necessidade
inatividade e o desamparo associados à
depressão. Tarefas essenciais ou obrigações que a
pessoa pode ter evitado, como pagar
contas, cuidar da casa ou resolver
pendências no trabalho.

Avaliação Funcional Monitoramento do Humor


Antes de iniciar a intervenção, é realizada uma avaliação A pessoa é incentivada a monitorar seus níveis de humor e
funcional para entender como os comportamentos da pessoa comportamento ao longo do tempo. Isso pode ser feito através
estão relacionados ao humor depressivo. Essa avaliação ajuda de registros diários, onde se anotam as atividades realizadas e
a identificar quais atividades estão sendo evitadas e como como elas impactaram o humor. Esse monitoramento ajuda a
essa evitação contribui para a depressão. O terapeuta pessoa a perceber que, ao se envolver em mais atividades,
também explora quais atividades são associadas a melhorias pode haver uma melhora gradual no estado emocional.
no humor, fornecendo um ponto de partida para o tratamento.

25
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Exposição à Situações Evitadas Revisão e Reflexão


Muitas vezes, a depressão leva à evitação de situações que
provocam desconforto ou ansiedade. A AC trabalha para Ao longo do processo, a pessoa revisa o
expor gradualmente a pessoa a essas situações, ajudando-a a impacto das atividades sobre seu humor
enfrentar seus medos de forma sistemática. Isso é feito de e ajusta o planejamento conforme
maneira controlada e progressiva, de modo que a pessoa não necessário. Esse ciclo de feedback
se sinta sobrecarregada. permite uma intervenção dinâmica e
adaptativa.

Reforço Positivo
A ativação comportamental também envolve o uso de reforço
positivo para incentivar comportamentos saudáveis. Isso pode Melhoria Gradual do Humor: A ativação
significar reconhecer e valorizar as pequenas conquistas ao comportamental visa romper o ciclo
longo do caminho, o que ajuda a criar uma sensação de depressivo ao aumentar as experiências
progresso e motivação. O terapeuta pode ajudar a pessoa a positivas, promovendo uma melhora gradual
identificar formas de se recompensar por completar as no humor.
atividades planejadas.
Reversão da Inatividade: Ajuda a pessoa a
sair da inatividade e do isolamento, que são
fatores que perpetuam a depressão.

Aumento da Autonomia: A ativação


Identificação de Valores e Metas comportamental capacita a pessoa a
recuperar o controle sobre sua vida,
No início do tratamento, a pessoa e o promovendo a sensação de realização e
terapeuta identificam o que é mais autonomia.
importante para ela — seus valores e
metas de vida. Isso ajuda a orientar o Foco no Comportamento: Ao invés de se
planejamento das atividades, de modo concentrar nos pensamentos, que podem ser
que as ações da pessoa estejam difíceis de mudar quando se está deprimido, a
alinhadas com o que ela valoriza. AC foca no comportamento, o que é uma
abordagem mais direta e acessível para
muitas pessoas.
Divisão de Tarefas em Etapas

Para tornar as atividades mais acessíveis,


elas são divididas em pequenas etapas.
Por exemplo, se uma pessoa deseja
retomar o exercício físico, o primeiro
passo pode ser simplesmente vestir
roupas de ginástica ou dar uma breve
caminhada ao redor do quarteirão.

Ajuste Progressivo

À medida que a pessoa começa a se


envolver em mais atividades, o terapeuta
ajusta o plano de tratamento de acordo
com o progresso feito. A intensidade e a
frequência das atividades podem ser
aumentadas conforme o indivíduo ganha
confiança e motivação.

26
FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO

No contexto da TCC, o
acompanhamento contínuo é
fundamental para garantir que o
paciente esteja progredindo em
direção aos seus objetivos
terapêuticos. Para isso, o uso de
ferramentas de acompanhamento
torna-se essencial, facilitando a
organização, o registro e a análise
das intervenções realizadas ao
longo do tratamento.

Gráficos de Humor
O paciente registra seu humor em diferentes momentos do dia
ou da semana. Isso ajuda a identificar flutuações emocionais e
a relação dessas variações com eventos específicos ou
Essas ferramentas têm o objetivo de intervenções terapêuticas.
monitorar o progresso do paciente ao longo
da terapia, registrando alterações em
sintomas, comportamentos e cognições. O
terapeuta utiliza esses registros para avaliar Checklists de Comportamentos
a eficácia das intervenções e fazer ajustes no Ferramentas que permitem ao paciente e ao terapeuta
plano de tratamento. monitorar a frequência de determinados comportamentos
positivos ou negativos, avaliando como esses comportamentos
mudam ao longo do tratamento.
Diário de Sintomas
O paciente registra seus pensamentos automáticos, emoções e
comportamentos em situações cotidianas. Essas anotações
ajudam a identificar padrões de pensamento disfuncional e
monitorar mudanças ao longo do tempo.

Escalas de Avaliação de Sintomas


Ferramentas padronizadas, como inventários de depressão ou
ansiedade, são aplicadas periodicamente para quantificar a
intensidade dos sintomas e acompanhar seu progresso
durante o tratamento.

27
CAP 4 | FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO

Cronogramas de Intervenções: A partir do


diagnóstico inicial e das necessidades do
paciente, o terapeuta elabora um
cronograma de intervenções, detalhando
quais técnicas serão aplicadas e em quais
Os modelos de acompanhamento de sessões
momentos do tratamento. Essa ferramenta é
são estruturas padronizadas que auxiliam o
útil para garantir que todas as etapas
terapeuta a documentar cada encontro com
necessárias sejam cumpridas de maneira
o paciente, garantindo consistência e
ordenada.
continuidade na intervenção.

Resumos das Sessões Mapas de Progresso: São gráficos ou tabelas


que visualizam o progresso do paciente ao
Após cada sessão, o terapeuta faz um longo do tempo. Eles permitem ao terapeuta
resumo dos principais tópicos discutidos, e ao paciente visualizarem de forma clara os
intervenções realizadas e objetivos para a avanços ou retrocessos, o que ajuda a
próxima sessão. Esse documento serve ajustar o plano terapêutico conforme
como um registro para futuras revisões e necessário.
para assegurar que o tratamento siga um
plano coerente.
Essas ferramentas de acompanhamento
facilitam a organização do processo
Modelos de Planejamento de Sessões terapêutico, proporcionando ao terapeuta
uma visão mais clara do progresso do
São modelos que ajudam o terapeuta a paciente e permitindo intervenções mais
estruturar cada sessão, definindo o foco, direcionadas e eficazes. Elas também
os objetivos a serem trabalhados e as ajudam o paciente a se sentir mais
estratégias a serem utilizadas. Esses engajado e responsável por seu progresso,
modelos garantem que o tratamento se fortalecendo a colaboração no tratamento.
mantenha alinhado com as metas
estabelecidas no início da terapia.

Notas Terapêuticas

Durante ou após a sessão, o terapeuta


pode registrar suas observações clínicas,
insights sobre o comportamento do
paciente e considerações sobre futuras
intervenções. Essas notas são essenciais
para o desenvolvimento contínuo do
plano de tratamento.

Planilhas de Metas Terapêuticas: O


terapeuta pode criar um documento onde as
metas a curto, médio e longo prazo são
estabelecidas. Essa ferramenta ajuda a
manter o foco do tratamento e a avaliar o
progresso em direção a esses objetivos.

28
CAP 4 | FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO

MODELO DE RESUMO DAS SESSÕES

Nome do Paciente:
Data: Principais Tópicos Discutidos na Sessão Atual:
Número da Sessão:

Revisão da Sessão Anterior


Principais Tópicos Discutidos:

Tarefas de Casa:

Situação Atual do Paciente Tarefas de Casa Designadas


Estado Emocional:

Mudanças ou Eventos Recentes:

Intervenções Realizadas Objetivos para a Próxima Sessão


Técnicas de Reestruturação Cognitiva:

Exercícios de Exposição e Dessensibilização:

Observações:
Técnicas de Relaxamento e Mindfulness:

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


29
CAP 4 | FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO

TABELA DE METAS TERAPÊUTICAS

METAS TERAPÊUTICAS CONCLUSÃO

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


30
CAP 4 | FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO

CRONOGRAMA DE INTERVENÇÕES
Curto Prazo:
1.
2.
3.
4.

Médio Prazo:
1.
2.
3.
4.

Longo Prazo:
1.
2.
3.
4.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


31
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Continuidade e Estrutura do Tratamento

As ferramentas de acompanhamento garantem que o


O uso de ferramentas adequadas terapeuta mantenha uma estrutura organizada e coerente,
no contexto da Terapia Cognitivo- assegurando que as metas terapêuticas sejam continuamente
revisadas e trabalhadas.
Comportamental (TCC) é essencial
para garantir a eficácia do
tratamento e promover resultados No entanto, para que essas ferramentas
positivos e duradouros para o sejam eficazes, é fundamental que sejam
paciente. utilizadas de maneira consistente e
adequada ao contexto do paciente. Um uso
inadequado ou inconsistente pode resultar
A escolha e o uso correto das ferramentas de em perda de informações valiosas ou em
avaliação, intervenção e acompanhamento intervenções menos eficazes.
são cruciais para o sucesso da TCC. Quando
essas ferramentas são aplicadas de forma
adequada, elas permitem:

Monitoramento Preciso do Progresso


As ferramentas de registro e avaliação ajudam tanto o
terapeuta quanto o paciente a acompanhar o progresso ao
longo do tempo. Isso oferece dados objetivos sobre a eficácia
das intervenções, o que facilita ajustes e melhorias no plano
terapêutico.

Intervenções Direcionadas e Individualizadas


Com base nos dados coletados, o terapeuta pode adaptar as
intervenções às necessidades específicas do paciente,
oferecendo um tratamento mais personalizado e eficaz.

Aumento da Consciência do Paciente Para otimizar o uso das ferramentas na TCC,


algumas recomendações são fundamentais:
: O uso de diários, questionários e escalas de sintomas
aumenta a conscientização do paciente sobre seus
pensamentos, emoções e comportamentos. Isso facilita a Treinamento e Familiarização: Tanto o
autoavaliação e o engajamento no processo terapêutico. terapeuta quanto o paciente devem estar
familiarizados com as ferramentas que
serão utilizadas.

32
CAP 5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS

Adaptação ao Paciente: É importante que Em resumo, o uso eficaz de um kit de


o terapeuta selecione as ferramentas que ferramentas de TCC depende de sua
melhor se adaptem ao perfil do paciente e aplicação estruturada, consistente e
à fase do tratamento. Algumas adaptada ao paciente. Quando utilizadas
ferramentas podem ser mais eficazes em corretamente, essas ferramentas
determinados momentos da terapia, potencializam o processo terapêutico,
facilitando o caminho para mudanças
enquanto outras podem não ser
necessárias. comportamentais e cognitivas significativas.

Consistência e Regularidade: Para obter


resultados significativos, é crucial que as
ferramentas sejam utilizadas de forma
consistente ao longo do tratamento. O uso
regular de escalas de sintomas, diários de
pensamento e checklists comportamentais,
por exemplo, proporciona dados
importantes para monitorar o progresso.

Feedback Constante: O terapeuta deve


fornecer feedback constante ao paciente
sobre os resultados das ferramentas
aplicadas. Isso fortalece o engajamento do
paciente e permite que ele entenda
melhor o impacto das intervenções em seu
progresso.

Flexibilidade: Embora o uso regular das


ferramentas seja importante, o terapeuta
também deve ser flexível para adaptar o
kit de ferramentas conforme as
necessidades do paciente mudam ao
longo do tratamento. Ferramentas que
foram úteis no início da terapia podem
precisar ser ajustadas ou substituídas
conforme o paciente progride.

33
ANEXOS - ATIVIDADES DO PACIENTE
O modelo cognitivo propõe que, ao alterarmos nossos pensamentos, podemos
também mudar a maneira como pensamos, sentimos e agimos. Isso é
especialmente útil, pois, em alguns momentos, nossos pensamentos podem ser
irracionais ou não refletir a realidade da situação.

Pense na última vez em que você reagiu de uma forma


que não gostaria de ter reagido. Escreva sobre o que
aconteceu e como você gostaria de ter se comportado.

TCC NA PSICOLOGIA | CAP O1


34
CAP 1 | INTRODUÇÃO À TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL

Emoções
Tony se sente
inabalável e neutro
diante da situação.

Pensamentos Comportamentos
Tony pensa "Ele não me Tony não imprime uma
segunda opinião sobre a
notou, ele deve ter
situação e, mais tarde,
coisas mais importantes
quando o reencontra, age
para pensar". calorosamente com o colega
como de costume.

rático - Situação
plo P de
To
Acontecimento em Como você acha que Tony

ny
poderia pensar, se sentir e
Ex

Tony percebe que um


trabalho passa
amigo do por ele e agir diante da situação?
não o cumprimenta.

sua vez!
Pense em alguma situação que você se comportou de uma maneira
que desejava não ter agido. Escreva o que aconteceu e, abaixo,
como gostaria de pensar, se sentir e se comportar no futuro.

Pensamentos Emoções Comportamentos


Acontecimento

Pensamentos Emoções Comportamentos


Acontecimento

35
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

Você pode pensar em crenças fundamentais como um par de óculos escuros.


Todos possuem uma "sombra" diferente, o que os leva a observar as situações
de maneira diferente.

SITUAÇÃO CRENÇA FUNDAMENTAL CONSEQUÊNCIA

Pensamento: " Ninguém vai


gostar de mim lá".

Comportamento : "Não vou a


Você é convidado festa."
para uma festa por
um conhecido. Pensamento: " Eu poderia me
divertir se fosse".

Comportamento : "Irei a festa."

Para poder desafiar quaisquer crenças fundamentais que você possa ter, primeiro
você precisa identificá-las. Aqui estão alguns exemplos de crenças que você pode
experimentar:

36
CAP 2 | FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICAS

Agora, vamos identificar algumas de suas crenças fundamentais. Você


pode escolher algumas da tabela anterior ou criar a sua!

Qual é uma de suas crenças principais? Liste 3 evidências que refutem sua crença:

Como essa crença afetou sua vida?


3

Qual é uma de suas crenças principais? Liste 3 evidências que refutem sua crença:

Como essa crença afetou sua vida?


3

Qual é uma de suas crenças principais? Liste 3 evidências que refutem sua crença:

Como essa crença afetou sua vida?


3

FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO | CAP O2


37
CAP 1 | INTRODUÇÃO À TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL

Informações que não


sustentam minha
crença
Eu tenho outro amigo que me
chama pra sair;
Meus colegas de trabalho
Informações que expressam amor por mim;
sustentam minha
crença
Meu melhor amigo não sai
comigo;
Feedback negativo do chefe
no trabalho;

plo Prático - Cren


xem ça
E
Crença
"Eu não sou
Adorável:"

sua vez!

Vamos explorar uma maneira de examinar as evidências associadas


a sua crença fundamental. Selecione as evidências que apoiam sua
crença essencial e também as que não sustentam.

crença fundamental

argumentos que argumentos que se


sustentam: opõem:

38
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

MEU DIÁRIO DE PENSAMENTOS


ETAPAS DO PREENCHIMENTO Exemplo de
preenchimento do diário:
Situação: Recebi uma crítica no
Descreva a situação específica que desencadeou emoções
trabalho.
SITUAÇÃO negativas. Isso pode incluir eventos, interações ou
Emoções: Tristeza 80%, Ansiedade
circunstâncias específicas.
60%.
Pensamentos Automáticos: “Eu sou
um fracasso”, “Nunca faço nada
Identifique e anote as emoções sentidas durante a certo”.
EMOÇÕES situação, atribuindo uma intensidade a cada emoção Evidências a Favor: “Cometi um erro
(por exemplo, tristeza 70%, raiva 50%). no relatório”.
Evidências Contra: “Recebi elogios
por outros projetos”, “Todos cometem
Registre os pensamentos automáticos que surgiram em erros de vez em quando”.
PENSAMENTOS resposta à situação. Esses pensamentos são geralmente Reformulação Cognitiva: “Cometi um
AUTOMÁTICOS rápidos e podem ser negativos ou irracionais. erro, mas isso não define meu valor.
Posso aprender com isso e melhorar”.
Resultado: Ansiedade reduzida para
30%, Sentimento de competência
EVIDÊNCIAS Liste as evidências que apoiam e contradizem os aumentado.
CONTRA & pensamentos automáticos. Isso ajuda a avaliar a precisão
desses pensamentos.
A FAVOR

Agora, que tal fazer o seu próprio diário de pensamentos? Escolha


uma situação para preencher abaixo:

Descreva a situação: Evidências Contra:

Evidências a favor:
Emoções (%):

Reformulação:
Pensamentos automáticos:

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


39
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Agora, vamos fazer um diário da ansiedade? Com esses diários


poderemos identificar seus gatilhos para o pensamento ansioso!

Me sinto ansioso quando... Quando estou ansioso, eu


normalmente....

Eu sei que estou ansioso porque... Da próxima vez em que eu


estiver ansioso eu gostaria de...

DESAFIANDO A ANSIEDADE:
Tenho provas de que o que eu penso é 100% verdade?

Quais são as provas de que meu pensamento não é verdadeiro?

Qual a probabilidade de que o que penso aconteça?

O que seria uma maneira mais útil de pensar sobre a situação?

O que eu diria a um amigo que estava pensando assim?

Isso é algo muito importante em um dia, mês ou ano?

Preocupar-se com isso me ajuda ou machuca?

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


40
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Agora, vamos fazer um diário da depressão? Com esses diários


poderemos identificar seus gatilhos para o pensamento depressivo!

Quando estou deprimido, eu


Coisas que desencadeiam minha
normalmente....
depressão incluem...

Minha depressão parece que... Da próxima vez que eu estiver


deprimido, eu gostaria de...

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


41
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

Comportamento Positivo Comportamento Negativo


Despertar no início do dia. Dormir até o meio-dia para evitar estresse.
Resposta: Sente mais energia, Resposta: Aumento do estresse devido a
sentimentos positivos imediatos. responsabilidades postergadas. Sentimento
de culpa.
Consequências: Realizar exercícios
físicos, tempo para o café da manhã Consequências: Não há tempo para tomar
e para tarefas diárias.
co - Ativação Com café ou fazer responsabilidades diárias.

áti po
r rta
oP
l

me
mp

nta
Exe

l
sua vez!
Vamos ter uma noção de como seus padrões comportamentais
atuais podem estar contribuindo para sua saúde mental usando o Como você se sente sobre o
modelo de ativação comportamental. comportamento negativo?

Comportamento Negativo

O que você gostaria de fazer


diferente sobre este ciclo?

Resposta: Consequências imediatas:

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


42
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

ATIVIDADES POSITIVAS PARA


ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL
Crie uma lista de atividades que você considera gratificantes. Avalie
cada atividade em duas categorias: A facilidade de você completar e
como é gratificante (classificar em níveis de 1 a 10).

1: Difícil ou nada gratificante;


10: Muito fácil ou gratificante;

Atividade Facilidade para completar Gratificação

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


43
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

PROGRAMAÇÃO SEMANAL DE
ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL
Crie um cronograma de atividades que o levará a ter experiências
positivas em seu dia. Se você estiver se sentindo desmotivado, pode
ser difícil completar tarefas grandes ou complexas. Se este for o
caso, comece com objetivos simples e trabalhe até as atividades
mais desafiadoras.

Dia Manhã Tarde Noite

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


44
CAP 3 | FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO

LISTA DE ATIVIDADES DE
ATIVAÇÃO COMPORTAMENTAL

FERRAMENTAS DE INTERVENÇÃO | CAP O3


45
CAP 4 | FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO

GRÁFICOS DE HUMOR - SEMANAL

Vamos registrar seus sintomas durante a semana? Isso ajuda a


identificar flutuações emocionais e seus gatilhos.

Grau de Humor
O que desencadeou essa emoção?
Dia: / /
MUITO TRISTE MUITO FELIZ

Grau de Humor
O que desencadeou essa emoção?
Dia: / /
MUITO TRISTE MUITO FELIZ

Grau de Humor
O que desencadeou essa emoção?
Dia: / /
MUITO TRISTE MUITO FELIZ

Grau de Humor
O que desencadeou essa emoção?
Dia: / /
MUITO TRISTE MUITO FELIZ

Grau de Humor
O que desencadeou essa emoção?
Dia: / /
MUITO TRISTE MUITO FELIZ

Grau de Humor
O que desencadeou essa emoção?
Dia: / /
MUITO TRISTE MUITO FELIZ

Grau de Humor
O que desencadeou essa emoção?
Dia: / /
MUITO TRISTE MUITO FELIZ

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


46
CAP 4 | FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO

CONTROLE DE HÁBITOS

Nome: Data:

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


47
ANEXOS

IDENTIFICANDO SEU PADRÃO DE PENSAMENTO-


EMOÇÃO-COMPORTAMENTO

Este exercício foi elaborado para ajudar os pacientes a obter insights


sobre seus padrões de pensamento, emoção e comportamento,
permitindo-lhes compreender melhor suas respostas emocionais e
iniciar o processo de regulação emocional.

1. Escolha uma emoção recente:


Pense em uma situação recente que desencadeou uma forte resposta emocional, seja ela
positiva ou negativa. Pode ser um evento, uma conversa ou até mesmo um pensamento
recorrente. Anote a emoção que você sentiu naquela situação (por exemplo, raiva, ansiedade,
alegria).

2. Identifique os Pensamentos (Fase Cognitiva)


No espaço fornecido, escreva os pensamentos que você teve durante aquela situação. Tente
ser o mais específico possível. Considere questões como: O que estava passando pela sua
cabeça? Que crenças ou suposições você tinha naquele momento? Houve algum pensamento
automático ou irracional?

3. Reconhecer a Emoção (Fase Emocional)


Nesse espaço, descreva a emoção que você sentiu durante esta situação. Quão intenso foi?
Isso mudou com o tempo? Houve alguma sensação física associada à emoção?

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


48
ANEXOS

4. Anote os Comportamentos (Fase Comportamental):


Registre os comportamentos ou ações que você realizou como resultado da emoção. Estas
podem ser reações imediatas ou respostas de mais longo prazo. Reflita sobre como a
emoção influenciou suas escolhas e ações.

5. Analise o Padrão
Dê um passo para trás e observe as conexões entre seus pensamentos, emoções e
comportamentos nesta situação. Pergunte a si mesmo: como seus pensamentos contribuíram
para a emoção que você sentiu? Como essa emoção levou a comportamentos ou ações
específicas?

6. Refletir e Aprender:
Considere se o padrão de pensamento-emoção-comportamento que você identificou foi útil ou
inútil naquela situação. Explore pensamentos, emoções ou comportamentos alternativos que
possam ter sido mais adaptativos ou constantes que possam ter sido mais adaptativos ou
construtivos.

7. Estabeleça metas:
Com base em sua análise, estabeleça uma meta de como você gostaria de mudar ou melhorar
seu padrão de pensamento-emoção-comportamento em situações semelhantes no futuro.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


49
ANEXOS

ESTRATÉGIAS DE REGULAÇÃO EMOCIONAL

Re s pi r a ç ão Pr o f unda: F aç a Relaxamento muscular


Meditação Mindfulness:
Pratique a atenção plena respirações lentas e progressivo: tensione e
para permanecer presente e profundas para libere grupos musculares
sem julgar, ajudando você a acalmar seu sistema para aliviar a tensão
gerenciar emoções fortes de física que acompanha
maneira eficaz.
nervoso e reduzir a
emoções fortes.
ansiedade.

Registro no diário: Atividade Física:


Técnicas Comportamentais
Cognitivas: Desafie e
anote seus pensamentos Pratique exercícios
reformule padrões de e sentimentos para regularmente para
pensamento negativos que obter insights sobre liberar endorfinas e
alimentam emoções fortes. suas emoções e reduzir o estresse.
trabalhá-los.

Apoio Social: Autocuidado: Gerenciamento de


Converse com amigos ou Priorizar atividades tempo:
familiares sobre seus
de autocuidado, organize suas tarefas e
sentimentos ou procure
como tomar banho responsabilidades para
ajuda profissional se
reduzir a sensação de
necessário. ou um hobby para sobrecarga.
gerenciar o estresse

Afirmações Positivas: Estilo de vida saudável: Técnicas de distração:


Use o diálogo interno Participe de atividades
Mantenha uma dieta
positivo para que redirecionem
balanceada, sono adequado e
aumentar a auto- limite álcool e cafeína pois temporariamente seu
estima e controlar as podem impactar na foco de emoções fortes.
emoções negativas. estabilidade emocional.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


50
ANEXOS

BENEFÍCIOS DAS METAS DE REGULAÇÃO


EMOCIONAL

1 2 3

Aumento da autoconsciência: Emocional aprimorado Melhor gerenciamento do


Controle: As metas estresse: Definir e
Definir metas de regulação
faobrnoerdceamge umm estruturada trabalhar em direção a
emocional incentiva os
gepreanrcaiando emoções, metas de regulação
indivíduos a identificar e
ajuidnadnivdídouos ganham emocional pode reduzir
reconhecer suas emoções,
conmtreolhleo srobre suas reações. os níveis de estresse e
promovendo maior
promover uma sensação
autoconsciência. de calma.

4 5 6

Foco mais claro: As metas Bem-estar geral: Melhor resolução de


fornecem um alvo claro para O processo de definição de problemas: O estabelecimento
os esforços, orientando os metas na regulação de metas incentiva o
indivíduos no emocional contribui para uma desenvolvimento de
gerenciamento eficaz de melhor sensação de bem- habilidades de resolução de
suas respostas emocionais. estar e saúde emocional, problemas, auxiliando na
levando a uma vida mais identificação de gatilhos e
plena estratégias eficazes de
enfrentamento.

7 8 9
Maior motivação: À medida que
Maior resiliência: Indivíduos Relacionamentos
os indivíduos trabalham em
que estabelecem metas de aprimorados: Uma melhor
direção aos seus objetivos de
regulação emocional, muitas regulação emocional muitas regulação emocional pode
vezes experimentam uma vezes tornam-se mais levar a uma melhor
maior motivação para fazer resilientes, recuperando-se comunicação e a interações
mudanças positivas nas suas de situações desafiadoras mais positivas com outras
vidas. com maior facilidade. pessoas.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


51
ANEXOS

PLANILHA DE REGULAÇÃO EMOCIONAL

Para regular melhor as suas emoções e melhorar o seu bem-estar


emocional, é essencial definir objetivos claros e alcançáveis. Use esta
planilha para identificar e delinear seus objetivos de regulação
emocional.

Emoção para regular: [Identifique a emoção específica que você deseja regular, por
exemplo, ansiedade, raiva, tristeza] Declaração de meta: [Escreva uma declaração
clara e concisa de sua meta, por exemplo, "Para reduzir minha ansiedade em
situações sociais."] Por que esse objetivo é importante para mim? [Explique por que
alcançar esse objetivo é significativo para o seu bem-estar geral e satisfação com a
vida.] Ações Específicas para Alcançar este Objetivo: [Listar etapas ou estratégias
concretas você trabalhará para atingir esse objetivo, por exemplo, praticando
exercícios de respiração profunda, buscando apoio social ou terapia de exposição.]

Meta 1: Meta 2:

Meta 3: Meta 4:

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


52
ANEXOS

DESCATASTROFIZANDO

A descatastrofização é uma técnica cognitivo-comportamental que


ajuda os indivíduos a controlar e reduzir a ansiedade, desafiando e
reformulando pensamentos catastróficos. Envolve quebrar crenças
exageradas e irracionais sobre potenciais resultados negativos e
substituí-las por perspectivas mais equilibradas e realistas. Mas como
ela funciona?

A descatastrofização envolve um processo passo a passo para obter


uma compreensão mais clara e racional dos pensamentos ansiosos:

Identifique o pensamento catastrófico Reconheça o pensamento


catastrófico que está causando ansiedade. Muitas vezes é uma
previsão extrema e exagerada sobre um evento futuro.

Examine as Evidências. Pergunte a si mesmo: Existe alguma evidência


concreta que apóie esse pensamento catastrófico? Considere se sua
previsão é baseada em fatos ou se é influenciada pelo raciocínio
emocional.

Imagine enfrentar. Explore como você reagiria se o evento temido


realmente acontecesse. Reflita sobre seus pontos fortes,
experiências anteriores e recursos disponíveis que o ajudariam a
lidar com a situação.

Considerar resultados alternativos. Gerar resultados alternativos e


menos catastróficos para a situação. Considere diferentes
possibilidades que se situam entre o pior cenário e o melhor cenário.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


53
ANEXOS

resultado potencial,
Avaliação realista. incluindo
Avalie ao catastrófico.
probabilidadeSeja
deobjetivo
cada e considere
se o pior cenário é realmente tão provável quanto sua ansiedade
sugere.

Reestruturar os Pensamentos. Substitua o pensamento catastrófico por


uma perspectiva mais equilibrada e realista. Reconheça que, embora
possam surgir situações desafiadoras, elas podem não ser tão
catastróficas como se acreditava inicialmente.

Pratique a autocompaixão. Lembre-se de que às vezes todos sentem


ansiedade e pensamentos distorcidos. Seja gentil consigo mesmo e
evite a autocrítica por ter pensamentos ansiosos.

benefícios

Reduz a ansiedade e evita sofrimento


dicas
1. Pratique regularmente para desenvolver
desnecessário. a habilidade de desafiar pensamentos
catastróficos.
Melhora as habilidades de resolução de
problemas e a resiliência.
2. Use o diário para documentar seu
Melhora a regulação emocional e reduz processo de descatastrofização e
o impacto da ansiedade na vida diária. acompanhar seu progresso.

3. Procure o apoio de um profissional de


saúde mental se achar difícil reformular
pensamentos catastróficos por conta
própria.
Lembre-se de que descatastrofizar é
uma habilidade que requer prática e
paciência. Ao desafiar e reformular
consistentemente os pensamentos
catastróficos, você pode recuperar o
controle sobre sua ansiedade e cultivar
uma mentalidade mais equilibrada e
racional.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


54
ANEXOS

DESCATASTROFIZAÇÃO

Para regular melhor as suas emoções e melhorar o seu bem-estar


emocional, é essencial conhecer o que gera a catastrofização.

Passo 1: Qual pensamento catastrófico está causando ansiedade?

Passo 2: Existe alguma evidência para apoiar o pensamento?

Passo 3: Como você reagiria se o evento temido acontecesse?

Passo 4: Que resultados alternativos poderiam ser menos catastróficos?

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


55
ANEXOS

Passo 5: Avalie a probabilidade do resultado potencial.

Passo 6: Substitua o pensamento por uma perspectiva mais equilibrada e realista.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


56
ANEXOS

RESOLUÇÃO EFICAZ DE PROBLEMAS PARA ESTRESSE

A resolução eficaz de problemas é uma habilidade valiosa que pode aliviar


o estresse, fornecendo uma abordagem estruturada para enfrentar os
desafios. Use esta planilha para orientá-lo no processo de identificação e
solução de problemas que contribuem para o estresse.

1- Identifique o Problema.

2- Analise o problema

Causas: O que contribui para o problema? Efeitos: Como o problema afeta você?

Padrões: Existem elementos recorrentes?

3- Lista de soluções potenciais (Avalie e priorize soluções):

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


57
ANEXOS

RESOLUÇÃO EFICAZ DE PROBLEMAS PARA ESTRESSE

4- Crie um plano de ação

5- Implementar a solução

Progresso da implementação:

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


58
ANEXOS

O MODELO ABC

O Modelo ABC é uma ferramenta de terapia cognitivo-comportamental (TCC)


projetada para ajudar os indivíduos a compreender a interação entre seus
pensamentos, emoções e comportamentos em resposta a estressores. O
modelo está estruturado em torno de três componentes: Evento Ativador (A),
Crenças (B) e Consequências (C).

Ativando Evento (A)


Isso representa o gatilho ou evento inicial que desencadeia uma
reação em cadeia de pensamentos e emoções. Ativar um
desafio ou interação inesperada, ou eventos internos, como um
pensamento ou memória repentina. Identificar o evento ativador
é o ponto de partida para a compreensão do processo
cognitivo.

Crenças (B):

As crenças abrangem os pensamentos e interpretações que um


indivíduo atribui ao evento ativador. Estes podem ser racionais
ou irracionais, positivos ou negativos. O componente B é crucial
porque destaca como nossa ajuda os indivíduos a reconhecer o
pensamento automático ou distorcido que pode contribuir para
o estresse.

Consequências (C):
As consequências referem-se aos resultados emocionais e
comportamentais resultantes das crenças de alguém sobre o
evento ativador. Emoções e comportamentos estão
intrinsecamente ligados aos nossos pensamentos. As crenças
negativas muitas vezes levam a emoções negativas, que, por
sua vez, influenciam as nossas ações. Compreender as
consequências ajuda os indivíduos a discernir padrões e o
impacto das suas respostas cognitivas no bem-estar geral.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


59
ANEXOS

PRATICANDO O MODELO ABC


Para aplicar o Modelo ABC, considere um estressor recente. Digamos que o
evento ativador esteja recebendo feedback crítico no trabalho. As crenças
associadas a este evento podem incluir pensamentos como “Sou um
fracasso” ou “Nunca terei sucesso”. Essas crenças podem levar a
consequências emocionais, como sentir-se sobrecarregado ou ansioso.

Evento Ativador (A): Descreva um evento recente específico


que desencadeou estresse. Seja conciso e claro.

Crenças (B): Identifique os pensamentos e crenças associados


ao evento ativador. Explore crenças racionais e irracionais.

Consequências (C): Examine as consequências emocionais e


comportamentais resultantes de suas crenças sobre o evento
ativador.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


60
ANEXOS

Desafie as Crenças Irracionais: Selecione uma ou mais crenças irracionais


identificadas na seção “Crenças”. Desafie estas crenças perguntando:
Existem evidências que apoiam ou contradizem esta crença? O que outra
pessoa pensaria sobre esta situação? Como posso ver isso de forma
diferente em uma semana, mês ou ano?

Reestruturar Crenças (B): Desenvolva pensamentos mais equilibrados e


realistas para substituir os identificados anteriormente.

Reflita e avalie: Considere como o desafio e a reformulação de suas


crenças impactaram suas respostas emocionais e comportamentais ao
estressor. Reflita sobre quaisquer mudanças de perspectiva ou
sentimentos.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


61
ANEXOS

PLANILHA DE TERAPIA NARRATIVA DA ÁRVORE DA VIDA


A Árvore da Vida é uma ferramenta metafórica poderosa usada na terapia
narrativa para ajudar os indivíduos a explorar e compreender suas histórias,
pontos fortes e valores pessoais. Ao visualizarem as suas vidas como uma árvore, os
indivíduos podem identificar raízes (influências passadas), ramos (aspirações
presentes) e folhas (esperanças futuras) que moldam as suas narrativas. Esta
planilha fornece uma estrutura orientada para usar a metáfora da Árvore da Vida
para envolver-se na autorreflexão e na exploração narrativa.

1. Refletindo sobre as Raízes: Pense nas raízes da sua árvore, representando os aspectos fundamentais da sua
história de vida. Reflita sobre as seguintes questões:

Quais são algumas pessoas, lugares e experiências importantes do seu passado que moldaram quem você é
hoje?Como essas raízes influenciaram seus valores, crenças e identidade?

Há alguma raiz cultural ou histórica que seja importante reconhecer em sua narrativa?

2. Ramificação: Considere os galhos da sua árvore, simbolizando suas experiências, pontos fortes e conexões atuais.

Quais são seus interesses, funções e relacionamentos atuais?


Reflita sobre as habilidades, talentos e recursos que você possui.
Como você enfrenta desafios e obstáculos em sua vida e quais estratégias você emprega para superá-los?

3. Cultivando Folhas de Esperança: Imagine as folhas da sua árvore representando suas esperanças, sonhos e
aspirações para o futuro. Visualize o seguinte:

Quais são seus objetivos e aspirações em diferentes áreas da sua vida, como carreira, relacionamentos e
crescimento pessoal?
Como você imagina seu futuro ideal e que medidas você pode tomar para nutrir e cultivar essa visão?
Reflita sobre os valores e princípios que norteiam sua jornada rumo ao futuro desejado.

4. Integrando sua narrativa: Considere como as raízes, galhos e folhas da sua árvore se entrelaçam para formar sua
narrativa única. Reflita sobre o seguinte:

Como as experiências e influências do seu passado continuam a moldar o seu presente e futuro?
Quais pontos fortes e recursos você utiliza ao navegar pelos desafios atuais e perseguir suas aspirações?
Como você pode aproveitar a compreensão de sua narrativa para cultivar resiliência, agência e empoderamento
em sua vida?

5. Visualizando sua árvore: Reserve um momento para esboçar ou visualizar sua Árvore da Vida, incorporando
elementos que representam suas raízes, galhos e folhas. Você pode usar símbolos, cores e imagens para dar vida à
sua narrativa.

6. Diário Reflexivo: Escreva sobre sua experiência com o exercício da Árvore da Vida. Reflita sobre os insights,
emoções e descobertas que surgiram durante o processo. Considere como esta exploração aprofundou a sua
compreensão da sua narrativa pessoal e capacitou-o a abraçar os seus pontos fortes e aspirações.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


62
ANEXOS

CRIANDO SUA ÁRVORE DA VIDA


A Árvore da Vida é uma ferramenta metafórica poderosa usada na terapia
narrativa para ajudar os indivíduos a explorar e compreender suas histórias,
pontos fortes e valores pessoais. Ao visualizarem as suas vidas como uma árvore, os
indivíduos podem identificar raízes (influências passadas), ramos (aspirações
presentes) e folhas (esperanças futuras) que moldam as suas narrativas. Esta
planilha fornece uma estrutura orientada para usar a metáfora da Árvore da Vida
para envolver-se na autorreflexão e na exploração narrativa.

1. Refletindo sobre as Raízes:

2. Ramificação:

3. Cultivando Folhas de Esperança:

4. Integrando sua narrativa:

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


63
ANEXOS

METAS INTELIGENTES
Definir metas SMART garante que seus objetivos sejam específicos,
mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo determinado. Esta
abordagem aumenta a clareza, a motivação,e sucesso no trabalho em
direção aos resultados desejados. Qual é a meta específica de ativação
comportamental que você gostaria de alcançar?

S
Específico
Defina claramente os
detalhes do seu
objetivo. O que
exatamente você
deseja realizar?

M
Mensurável
Estabeleça critérios para
medir o progresso. Como
você saberá quando
alcançou seu objetivo?

A Alcançável
O seu objetivo é realista e
alcançável dadas as
circunstâncias atuais?

R Relevante
Como esse objetivo se
alinha com seu plano
geral de bem-estar e
ativação comportamental?

T Tempo limite
Defina um prazo
específico para atingir seu
objetivo. Quando você
pretende realizá-lo?

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


64
ANEXOS

RASTREADOR DE SONO
Esta ferramenta terapêutica incentiva uma exploração cuidadosa dos seus
padrões de sono, incluindo rituais da hora de dormir, horários de acordar e
fatores influentes. Ao acompanhar sistematicamente a sua jornada de sono,
esta planilha torna-se um aliado valioso na promoção da autoconsciência e
na promoção de insights terapêuticos sobre a higiene do sono.

QUANTO EU PENSAMENTOS
DIA DORES? QUALIDADE
DORMI? ANTES DE DORMIR

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


65
ANEXOS

QUESTIONÁRIO DOS DOMÍNIOS DE PREOCUPAÇÃO

Para cada afirmativa, marque um X no que corresponde ao seu grau de


preocupação:
Nem um Modera- Exagera-
Preocupo-me com o fato de que... Um pouco Muito
pouco damente damente

Meu dinheiro vai acabar


Não consigo ser assertivo ou expressar
minhas opiniões
Minhas perspectivas futuras de trabalho não
são boas
Minha família vai ficar zangada comigo ou
reprovar algo que eu faço
Nunca alcançarei minhas ambições
Não conseguirei manter meu trabalho em dia
Os problemas financeiros vão restringir
feriados e viagens
Não consigo me concentrar
Não consigo dar conta das coisas

Sinto-me inseguro

Não consigo pagar as contas


Minhas condições de vida são inadequadas
A vida pode não ter sentido
Não trabalho o suficiente
Outros não vão me aceitar
Acho difícil manter um relacionamento
estável
Deixo o trabalho inacabado
Não tenho confiança
Não sou atraente
Posso parecer idiota
Vou perder amigos próximos
Não realizei muita coisa na vida

1N4ão sou amado

Vou me atrasar para os compromissos


Com1e5to erros no trabalho

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


66
ANEXOS

CORREÇÃO DO QUESTIONÁRIO DOS DOMÍNIOS DA


PREOCUPAÇÃO

Domínio da Preocupação Itens Escore*


Relacionamentos 4, 16, 19, 21, 23
Falta de confiança 2, 10, 15, 18, 20
Ausência de perspectivas 3, 5, 8, 13, 22
futuras Trabalho 6, 14, 17, 24, 25
Finanças 1, 7, 9, 11, 12
Escore Total (todos)

* O Escore do domínio corresponde ao somatório dos escores de cada item

Valores de referência
Domínio da preocupação Escore médio TAG
Relacionamentos 5,7

Falta de confiança 10,2

Ausência de perspectivas futuras 9,5

Trabalho 7,7

Finanças 7,1

Escore Total 40

**Os valores indicados não devem ser considerados como pontos de corte no sentido
psicométrico; trata-se apenas do valor médio verificado em uma amostra de pacientes
americanos com TAG crônico, citada em Leahy (2007). Sob hipótese alguma os escores neste
questionário devem ser tomados como único elemento na realização de um diagnóstico.
14

15

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


67
ANEXOS

AUTOMONITORAMENTO DE PREOCUPAÇÕES
Escreva a data e a hora de cada preocupação, anotando a situação que
lhe deu origem, a emoção ou o sentimento que ela provoca (p. ex.,
ansioso, triste, desamparado, inseguro) e seu conteúdo específico (p. ex.,
“Isso vai acabar em discussão” ou “Não vou saber o que fazer”). Um
exemplo de registro é fornecido como ilustração.

Data/Hora Descreva a situação Emoção ou sentimento Preocupação específica


Não vou saber o que dizer.
Vou parecer um idiota.
Decidindo se vou à festa de Vai haver uma pausa na conversa e ela vai
22/11 Ansioso me achar desajeitado e bobo.
hoje à noite.
Vou ficar tão ansioso que terei que ir
embora.

sua vez!

Data/Hora Descreva a situação Emoção ou sentimento Preocupação específica

14

15

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


68
ANEXOS

QUESTIONÁRIO DE GATILHOS
SITUACIONAIS DE ANSIEDADE

Contexto da situação: Descreva a situação específica em que você


experimentou ansiedade.

Emoções Associadas: Liste as emoções que você sentiu durante essa situação.
Exemplos incluem ansiedade, medo, preocupação, etc.

Intensidade da Ansiedade (Escala de 1 a 10): Avalie a intensidade da sua


ansiedade durante essa situação em uma escala de 1 a 10.

Pensamentos Automáticos: Identifique os pensamentos automáticos que surgiram


durante a situação. Estes são os pensamentos que ocorrem automaticamente em
resposta ao gatilho.

Gatilhos Identificados: Liste os fatores específicos que desencadearam ou


desenvolveram para a ansiedade. Isso pode incluir pessoas, lugares, eventos,
tarefas, etc.

Reações Físicas: Anote quaisquer reações físicas relacionadas à ansiedade,


como batimentos cardíacos acelerados, tensão muscular, sudorese, etc.

Estratégias de Enfrentamento Utilizadas: Registre as estratégias que você usou


para lidar com a ansiedade durante a situação. Isso pode incluir técnicas de
relaxamento, respiração profunda, etc.

Níveis de Estresse Prévio: Considere os fatores de estresse anteriores


desenvolvidos para a intensidade da ansiedade nessa situação.

Ambiente Físico: Considere o ambiente físico ao seu redor. Algumas situações


podem ser mais exigentes, dependendo do ambiente em que ocorrem.

Padrões Recorrentes: Se esta não é a primeira vez que você experimenta


ansiedade nesse contexto, observe padrões recorrentes.

Hora do Dia: Registre a hora do dia em que a situação ocorreu. Algumas


pessoas podem notar variações na ansiedade em diferentes momentos do dia.
Análise1 4Pós-Situação: Faça uma reflexão sobre a situação após ela ter ocorrido.
O que você aprendeu? Existem padrões que você pode identificar?

15

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


69
ANEXOS

AUTOMONITORAMENTO DA ANSIEDADE
Vamos observar o que aciona seus gatilhos de ansiedade?

Descreva a situação específica em que você experimentou ansiedade.

Liste as emoções que você sentiu durante essa situação. Exemplos incluem
ansiedade, medo, preocupação, etc.

Avalie a intensidade da sua ansiedade durante essa situação em uma escala de 1


a 10.

Identifique os pensamentos automáticos que surgiram durante a situação. Estes


são os pensamentos que ocorrem automaticamente em resposta ao gatilho.

14

15

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


70
ANEXOS

Liste os fatores específicos que desencadearam ou desenvolveram para a


ansiedade. Isso pode incluir pessoas, lugares, eventos, tarefas, etc.

Anote quaisquer reações físicas relacionadas à ansiedade, como batimentos


cardíacos acelerados, tensão muscular, sudorese, etc.

Registre as estratégias que você usou para lidar com a ansiedade durante a
situação. Isso pode incluir técnicas de relaxamento, respiração profunda, etc.

Agora, considere os fatores de estresse anteriores desenvolvidos para a


intensidade da ansiedade nessa situação.Considere o ambiente físico ao seu
redor. Algumas situações podem ser mais exigentes, dependendo do
ambiente em que ocorrem.
Se esta não é a primeira vez que você experimenta Faça uma reflexão sobre a situação após ela ter ocorrido. O
ansiedade nesse contexto, observe padrões recorrentes. que você aprendeu? Existem padrões que você pode
Escreva-os aqui: identificar?

Registre a hora do dia em que a situação ocorreu. Algumas


pessoas podem notar variações na ansiedade em diferentes
15
momentos do dia.

FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO | CAP 04


71
REFERÊNCIAS

WRIGHT, Jesse H. et al. Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental-: Um Guia


Ilustrado. Artmed Editora, 2018.

KNAPP, Paulo. Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica. Artmed Editora,


2009.

SILVA, Marlene Alves da. Terapia Cognitiva-Comportamental: da teoria a prática. 2014.

HAYES, Steven C.; HOFMANN, Stefan G. Terapia cognitivo-comportamental baseada em


processos: ciência e competências clínicas. Artmed Editora, 2020.

BUENO, Camille; DOS SANTOS KLEINHANS, Andréia Cristina; DA SILVA, Diego. A relação
terapêutica na Terapia Cognitivo-Comportamental. Conjecturas, v. 21, n. 6, p. 771-784, 2021.

MOURA, Inara Moreno et al. A terapia cognitivo-comportamental no tratamento do


transtorno de ansiedade generalizada. Revista científica da faculdade de educação e meio
ambiente, v. 9, n. 1, p. 423-441, 2018.

ASSUNÇÃO, Wildson Cardoso; DA SILVA, Jeann Bruno Ferreira. Aplicabilidade das técnicas
da terapia cognitivo-comportamental no tratamento de depressão e ansiedade. Revista
Educação, Psicologia e Interfaces, v. 3, n. 1, p. 77-94, 2019.

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