Gir Leiteiro

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MORRAFEJ

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES INTEGRADAS DE


OURINHOS
MEDICINA VETERINÁRIA

OURINHOS-SP
2024

GIL LEITEIRO

GUILHERME CONSTANTINO CALLEGARI; JULIA ARAUJO DE


SOUZA; JOÃO PEDRO DE QUEIROZ MARIA; LETÍCIA APARECIDA
ALVEZ; RAFAEL DE FREITAS MARANHO

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......
2. ORIGEM DO GADO......
3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS......
4. DADOS......
5. MORFOLOGIA......
6. REFERÊNCIAS......

1. INTRODUÇÃO

O gado da raça Gir, é mundialmente reconhecido e utilizado por diversos


pecuaristas por sua rusticidade, e alta performance de transformar alimento em
leite. Um animal que tem como sua originalidade a Índia, um país tropical, faz com
que o animal se sinta mais cômodo e adepto para com países como o Brasil,
fazendo então um ambiente propício para seu rendimento na pecuária.
Sua produção tem como base de 10 a 20 litros normalmente, mas também
em vacas selecionadas podem atingir os 30 litros. Sua raça além de pura, pode se
encontrar em outros cruzamentos, como o Girsey, Girolando e também o Giropar.
O leite da raça Gir Leiteiro é reconhecido por sua produção significativa,
qualidade nutricional, características organolépticas superiores e adaptabilidade a
diferentes ambientes, tornando-o uma escolha valorizada na indústria leiteira.

2. ORIGEM DO GADO

A raça Gir é muito utilizada para cruzamento com a Raça Holandesa,


resultando em animais da Raça Girolando que também possui aptidão para
produção de leite.
Foi por volta de 1906 que os primeiros animais da raça Gir foram
introduzidos no Brasil. A história conta que essas importações iniciais foram feitas
por Teófilo Godoy, mas o Sr. Wirmondes Machado, criador do Triangulo Mineiro,
informou que foi ele o responsável pela introdução da raça no país, em 1919.
Outras quatro importações foram realizadas entre os anos de 1930, 1955,
1960 e 1962, e tiveram extrema importância para a formação do rebanho da raça
Gir. Atualmente, o registo genealógico dos animais é realizado pela Associação
Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) com sede em Uberaba/MG.
Conhecido como o zebuíno de maior produtividade leiteira em clima
tropical, o Gir Leiteiro teve origem na Índia, e chegou ao Brasil por voltar de 1906.
Hoje, a raça é importante para a pecuária leiteira, pois consegue alcançar níveis
altos de produção de leite.
Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL)
apontam que a produção de leite pode chegar a 3,233 mil quilos por lactação, ou
seja, 12 quilos de leite ao dia. O animal também produz produtos como sêmen,
embriões, tourinhos e matrizes.
O João Machado, da Fazenda Aprazível, é criador de Gir Leiteiro. Sua
família tem laços com a raça desde 1994. Segundo dados da Associação Brasileira
dos Criadores de Zebu (ABCZ), o trabalho mais antigo de gado de Gir Leiteiro é de
João. Para ele a criação desta raça é muito importante para quem investe em leite.
O criador também lembrou a importância do cruzamento desta raça. “Quando
cruzado com o Holandês, o Gir Leiteiro produz o Girolando, um animal
extremamente rústico.” – Explica ele.
Ambas as raças mães – Gir e Holandês -, contribuíram muito para o
sucesso e formação do Girolando. O gado Gir, com toda sua capacidade de
adaptação e rusticidade, e, o gado Holandês, com todos os seus anos de seleção
voltados para a produção de leite.

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A cabeça apresenta um perfil ultra-convexo, é média, fina e seca, com a


fronte larga e a marrafa jogada pra trás, voltadas para a face, as orelhas têm um
comprimento médio e são pendentes. Começam em forma de tubo, enroladas sobre
si mesmas, abrindo em seguida para fora e curvando para dentro. Pelos são finos,
curtos e sedosos. A pele é solta, fina, flexível, macia, oleosa e apresenta coloração
preta ou escura, característica que lhe proporciona tolerância à incidência solar.
O Gir Leiteiro é o zebuíno de maior produtividade leiteira em clima tropical.
A raça alcança uma média de produção leiteira em torno dos 3.233 kg, sob o regime
de duas ordenhas (controle leiteiro oficial). Sua lactação dura cerca de 307 dias e os
animais produzem, em média, 12 kg de leite por dia. A idade adequada para o
primeiro parto está em torno de 40 meses, quando o regime empregado é o
extensivo (pastagem sem maiores cuidados no manejo).
A raça Gir Leiteiro também se destaca por sua rusticidade. Originária da
Índia, um país de clima tropical, a raça se adaptou bem ao clima nacional. O animal
tem um sistema termorregulador que permite que a vaca tolere altas temperaturas
sem entrar em grande stress térmico, característica comum nas raças europeias.
Outra vantagem é o alto potencial de transformar pastagem em leite, o que lhe torna
adaptada ao sistema de produção empregado na maioria das propriedades do país.
O Gir Leiteiro apresenta grande resistência a endo e ectoparasitas e, nesse sentido,
dispensa a grande utilização de medicamentos e carrapaticidas que deixam resíduo
no leite.
Quando cruzado com o Holandês, o Gir Leiteiro produz o Girolando, animal
rústico, de excepcional conversão alimentar e de alta produção leiteira. No entanto,
a raça pode ser cruzada também com vacas Jersey para produzir o Girsey, e com o
Pardo Suíço que resultará no Giropar. O cruzamento com ambas as raças resulta
em mestiços rústicos e de alta produção. O úbere deve ser amplo, comprido, largo e
profundo, apresentando grande capacidade de armazenagem de leite, volume
compatível com a idade e estádio da lactação, fazendo pregas quando vazio. A
consistência deve ser macia e elástica (glanduloso) e não fibroso (carnudo).

4. DADOS

As vacas Gir Leiteiro têm uma capacidade de produção de leite notável,


podendo produzir em média de 10 a 20 litros de leite por dia. Em alguns casos,
vacas selecionadas podem ultrapassar esses números, alcançando até 30 litros ou
mais por dia.
O leite produzido por vacas Gir Leiteiro é conhecido por ter um teor
relativamente alto de gordura e proteína. O teor de gordura geralmente varia de 4%
a 5%, enquanto o teor de proteína pode variar de 3% a 4%.
O leite de Gir Leiteiro é valorizado por sua qualidade nutricional, sendo uma
fonte importante de proteína, cálcio, vitaminas e outros nutrientes essenciais.
O leite de Gir Leiteiro é reconhecido por suas características organolépticas
superiores, incluindo sabor e aroma agradáveis. Essas características tornam o leite
de Gir Leiteiro desejável para o consumo direto e para a produção de laticínios de
alta qualidade, como queijos e iogurtes.
As vacas Gir Leiteiro são conhecidas por sua capacidade de se adaptar a
diferentes ambientes e condições climáticas, o que pode influenciar a composição
do leite produzido. Essa adaptabilidade contribui para a consistência e
disponibilidade do leite Gir Leiteiro em várias regiões.
Em resumo, o leite da raça Gir Leiteiro é reconhecido por sua produção
significativa, qualidade nutricional, características organolépticas superiores e
adaptabilidade a diferentes ambientes, tornando-o uma escolha valorizada na
indústria leiteira.

5. MORFOLOGIA

A cabeça deve apresentar perfil ultra-convexo, ser média, fina e seca, com
a fronte larga e região dos chifres jogada para trás, não podendo apresentar
nimbure (crista óssea elevada), chanfro reto, estreito e delicado; Nariz preto e largo,
úmido, com narinas dilatadas; lábios grossos e firmes, boca grande e olhos de
formato elíptico, brilhantes e de pigmentação escura, protegidos por rugas da
pálpebras superiores e cílios pretos. As orelhas de comprimento médio devem ser
pendentes, começando em forma de tubo enrolada sobre si mesma, abrindo em
seguida para fora, curvando para dentro na ponta e voltada para a face. Os chifres
devem ser escuros, simétrico e proporcional, grossos na base, saindo para baixo e
para trás, de seção elíptica se dirigindo para cima e curvando para dentro, de
preferência.
As características dos pelos devem ser finos, curtos e sedosos. A pele
deve ser preta ou escura, o que lhe proporciona tolerância à incidência solar,
devendo ser ainda solta, fina e flexível, macia e adiposa, sendo que no úbere e
região inguinal deve apresentar cor rosada.
A vaca Gir Leiteiro deve apresentar ossatura forte e limpa. Quanto ao
ângulo do animal deve ter formato triangular, visto de lado, de frente e por cima,
com grande capacidade respiratória, cardíaca e digestiva, com garupa ampla. O
Pescoço deve ser médio, leve, oblíquo, alto e bem inserido à cabeça e
harmoniosamente implantado ao tronco, com musculatura pouco evidente, no
entanto, no bordo superior, a musculatura apresenta-se mais desenvolvida. A
barbela deve ser média, enrugada, solta e flexível, começando bífida debaixo da
ganacha.
O dorso e o lombo devem apresentar na região dorso-lombo longilínea,
tendendo a curvaturas amplas e fortes. A linha dorso-lombar deve ser proporcional
ao conjunto do animal, equilibrada quanto à horizontalidade e largura, comprida no
dorso (correspondente às vértebras torácicas e sustentação do costado, abrigando
pulmões e coração), larga no lombo (correspondente às vértebras lombares,
abrigando o aparelho digestivo e útero gestante), seguindo com a bacia comprida e
ancas largas e evidentes.
A garupa vem reunir vários aspectos, largura, comprimento e nivelamento,
que irão refletir uma melhor ou pior conformação de pernas, pés e do úbere, bem
como à facilidade de parto. Os íleos e ísquio devem ser largos e espaçados,
guardando as devidas proporções. Deve-se possuir um bom nivelamento de
garupa, com inclinação entre íleos e ísquio (ângulo da garupa) de 200 a 300. O osso
sacro não deve ser saliente.
O tórax deve ser amplo e profundo, apresentando costelas largas e longas,
oblíquas e chatas,, bem arqueadas, afastadas entre si, sem acúmulo de gordura,
indicando grande capacidade cardio-respiratória.
Na capacidade digestiva o abdômen deve ser longo, largo, limpo e alto.
Deve ser volumoso permitindo visualizar a forma de “barril”, indicando grande
capacidade digestiva.
A estrutura corporal de uma boa vaca produtora de leite deve ter altura e
comprimento compatíveis com sua idade. O ideal são animais de tamanho
mediano, pois são os mais eficientes em um sistema de produção a pasto.
Os flancos (vazio) devem ter pele fina e evidente e apresentar ligeira
concavidade.
• O Sistema Mamário
O úbere deve ser amplo, comprido, largo e profundo, apresentando grande
capacidade de armazenagem de leite, volume compatível com a idade e estádio da
lactação. A consistência deve ser macia e elástica (glanduloso) e não fibroso
(carnudo). Seu piso deve ser nivelado e não ultrapassar a linha do jarrete. Deve
apresentar ainda proporcionalidade entre a parte anterior e posterior. Os quartos
anteriores devem se apresentar avançados para frente e aderidos ao ventre e os
quartos posteriores bem projetados para trás e para cima.

Os ligamentos centrais possuem grande importância em vacas produtoras


de leite. Devem ser fortes e bem evidentes, pois irá garantir a sustentação e
integridade do úbere que deve estar bem aderido à região inguinal. Quando visto
por trás, evidencia-se o sulco do ligamento suspensor central. Está diretamente
ligado a longevidade do úbere e permanência do animal no rebanho.
O quarto posterior responsável por 60% da produção de leite. Deve ser
amplo e volumo, com ligamentos fortes e bem aderidos na região inguinal.
O quarto anterior deve ser amplo e volumoso, com inserção suave no
abdômen, possuindo ligamentos fortes e bem aderidos.
As tetas devem se apresentar íntegras e simétricas, ter comprimento de 5 a
7 cm, diâmetro de ± 3,3 cm, espaçadas entre si, centradas no quarto, verticais e
paralelas, perpendiculares ao solo.
A vascularização deve ser bem conformada e com bastante drenagem
através de diversas veias aparentes, tortuosas, de preferência ramificadas e
penetrando por dois ou mais orifícios, além de possuir, no abdome, veia mamária de
grosso calibre.
• Sistema Locomotor:
Os membros anteriores devem ser de tamanho médio com ossatura forte;
espáduas compridas e oblíquas, inserindo harmoniosamente ao tórax, o braço e
antebraço com musculatura pouco evidente, com joelhos e mãos bem posicionados.
O ângulo dos pés deve ser de aproximadamente 45o.
Os membros posteriores as pernas devem ser limpas, mas com boa
cobertura muscular, não devendo apresentar culote pronunciado, com tendões e
ligamentos evidentes. Vistos por trás, os membros posteriores devem ser bem
afastados um do outro para dar lugar a um úbere volumoso. Deve possuir aprumos
íntegros, com articulações fortes, angulação correta e jarretes bem posicionados. O
ângulo das quartelas nos cascos deve ser de aproximadamente 45o.

6. REFERÊNCIAS

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