ICP Estudo - Tema 5
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Grupos de interesse, que fazem parte da sociedade política e nascem no seio dela, que
não pretendem alterar o ordenamento jurídico existente, mas através dele defender ou
realizar algum interesse, mas legalmente tutelado.
Grupos de pressão, que são organizações que pretendem influenciar ou coagir o poder,
independentemente de não quererem tomar conta do mesmo, apenas pretendem
modificar o quadro jurídico para fazer face aos seus objetivos.
E os Partidos políticos, que são grupos voluntários, cujo objetivo é assumir as funções
do Governo, seja sozinho ou através de alguma coligação. Estes grupos podem ser
organizados e permanentes ou não, com um objetivo ideológico comum.
Os partidos podem ter inúmeras classificações, segundo a ideologia que sustentam, pela
posição que tomam perante o governo legalmente instituído, pela sua estrutura interna,
pelo que se baseiam, etc. p.248 Partidos: de quadros, de massa, catch all party.
Sistemas de governo:
Existem diversos tipos de regimes políticos, sendo os mais comuns: a Democracia, onde
o poder é exercido pelo povo, direta ou indiretamente, através de representantes eleitos.
A Ditadura, em que o poder é concentrado nas mãos de um indivíduo ou grupo
pequeno, sem a participação do povo. A República, em que o chefe de Estado é eleito
ou nomeado de acordo com a Constituição. A Monarquia, em que o chefe de Estado é
hereditário, como o rei.
Um mesmo regime político pode ser implementado por diferentes sistemas de governo,
pois estes são mecanismos pelos quais os regimes políticos se concretizam na prática.
Por exemplo, a democracia pode ser implementada tanto pelo sistema presidencialista
quanto pelo parlamentarista, como o caso dos EUA, que têm um Sistema de governo
presidencialista e um regime político democrático e o Reino Unido, um Sistema de
governo parlamentarista e um regime político democrático.
As formas de poder podem ser classificadas quanto à fonte do poder e que se dividem
em três: quando a origem do mesmo vem de Deus, a Teocracia, quando o poder é um
direito do governante, a Autocracia, e quando o poder é um direito do povo, a
Democracia.
A classificação quanto à atribuição do poder está dividida em quatro: quando existe a
atribuição do poder a uma chefe estamos perante a Monocracia, quando o poder é
atribuído a um escol, a Aristocracia, quando o poder é atribuído ao povo, a Democracia,
ou ainda na combinação das anteriores, as chamadas formas mistas.
Quanto às regras do poder, estas podem estar divididas em Poder Político Autónomo
que diz respeito ao Despotismo e à Tirania. E Poder Político submetido a Regras
Heterónomas, como é o caso do estado de direito e o estado de constitucionalidade.
De acordo com Marcello Caetano, no estudo das formas do poder, é importante analisar
as suas estruturas e organizações que dizem respeito a cada época e sociedade em si.
Assim podemos fazer a distinção entre Sistema de Governo, que diz respeito à sua
titularidade, quem é comanda o mesmo, e a sua estrutura, quais os órgãos que fazem
parte do mesmo, ou seja a sua forma prática e organizacional; e Regime Político, no que
concerne à ideologia em si, as suas relações entre o estado e sociedade, fornecendo
deste modo a base ideológica e normativa que rege o sistema.
Nos sistemas autocráticos o poder político é exercido em nome próprio, podendo este
ser distinguido em Monocracia, exercido por uma só pessoa, ou Aristocracia ou
Oligocracia, exercido por um grupo social que pode ser um partido, classe, casta ou
corporação. Nos sistemas democráticos, o poder político pertence a toda a sociedade,
podendo ser distinguido em Direto, Semi-Direto, e Representativo Convencional,
Parlamentar e Pessoal. Estes conceitos complementam-se em si e são fundamentais para
compreender a natureza do estado e a forma como ele exerce o seu poder.
É importante ter em conta a complementaridade que os sistemas de governo mantêm
com os regimes políticos.
Platão é o mais importante precursor do idealismo cujo regime ideal dizia respeito ao
domínio dos sábios ou do Rei-Filósofo no topo de uma sociedade sem propriedade
privada, regida pelo princípio comunista, sem famílias e baseada numa educação
socializada geral e rígida.
Platão, na sua obra a “República” apresenta um sistema dinâmico de classificação das
formas de poder que apresenta em cinco formas de governo, e em que cada uma tende a
degenerar noutra com o tempo. Desenvolveu a ideia «de uma sucessão ordenada entre
os diferentes tipos de regimes, segundo um eterno retorno” (DUVERGER, Maurice, op.
cit p.130).
O Estado Soberano é aquele que detém o poder supremo sobre seu território e sua
população, não reconhecendo nenhum superior em sua ordem interna, podendo
estabelecer livremente relações com outros Estados na ordem internacional.
O Estado Soberanos tem uma população residente de forma duradoura em seu território,
tem um governo independente exerce o poder político dentro do território e pode
celebrar tratados e acordos internacionais e relações diplomáticas com outros Estados,
bem como declarar guerra.
Estado Unitário:
O Estado Federado é um estado composto, soberano que faz parte de uma federação e
que partilha a soberania com os outros estados que fazem parte dessa federação,
composto, portanto por várias unidades territoriais autónomas, chamadas de Estados-
membros, em que cada um possui governo próprio, leis e instituições, mas que
coexistem sob um governo central federal.
Assim, o poder é dividido entre este e o governo central, que é quem detém o poder
sobre as questões de âmbito nacional como a defesa, a moeda e as relações exteriores,
enquanto os Estados-membros têm autonomia sobre questões de natureza regional como
a educação, a saúde e a segurança pública.
O Estado Federado tem em si diversos benefícios, como por exemplo uma maior
autonomia regional e também a proteção das minorias, mas também alguns desafios, no
que diz respeito às desigualdades regionais e respetiva dificuldade se coordenação dos
estados.
Estado Confederado:
A Nação - 229
O conceito de nação tem uma orientação subjetiva, ao estar relacionada com a vontade e
sentimentos íntimos dos indivíduos, e está associada aos sentimentos dos sacrifícios,
passados, presentes ou futuros, que alimentam essa vida baseada na ideia de uma
identidade partilhada. A conceção objetiva de nação assenta na identificação a partir da
distinção da sua natureza racial ou étnica.
O Estado
O Estado, é uma entidade política soberana, organizada, com território definido,
população permanente, governo autónomo e capacidade de estabelecer relações com
outros Estados. O estado opera através das instituições políticas e é regido por uma
constituição. Os seus elementos são deste modo: o Povo, o Território, e o Poder
político.
Povo, é o conjunto diverso, constituído pelos que têm a cidadania desse estado, não se
confunde nem com a população do Estado, que corresponde ao conjunto dos habitantes
do mesmo, nem com a nação. Trata-se de um conjunto diverso, constituído pelos que
têm a cidadania desse estado. É o elemento humano do estado. O Território é o
elemento físico e geográfico, parte da crosta terrestre apropriada por um povo. Inclui o
território aquático, o território aéreo e o território terrestre. O primeiro inclui o mar
territorial, os rios e os lagos. Abrange a sua superfície, a sua profundidade, o solo e
subsolo subjacentes e os bens e riquezas neles contidos. Território terrestre idem. O
território aéreo mede-se a partir das verticais dos limites maiores do território aquático e
terrestre, até ao limite da atmosfera. O Poder político diz respeito à questão da
Soberania, ou poder conjunto de meios capazes de coagir a um determinado
comportamento, necessário na respetiva organização interna, quer pelas necessidades
coletivas, gerais e abstratas, os fins do estado.