Tarifação Da Energia Elétrica R 1 0 0
Tarifação Da Energia Elétrica R 1 0 0
Tarifação Da Energia Elétrica R 1 0 0
R1.0.0
Tarifação de energia
elétrica
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P R O P R I E D A D E S D E S E U S R E S P E C T I V O S T I T U L A R E S .
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA:
REVISÃO:
R I C A R D O P. T A M I E T T I
Catalogação na Fonte
TAMIETTI, Ricardo P.
Tarifação da energia elétrica / Ricardo Prado Tamietti. Belo
Horizonte, MG : Engeweb, 2009
Inclui bibliografia
1. Engenharia. 2. Energia elétrica. 3. Tarifação. I. Título.
E S T A P U B L I C A Ç Ã O T É C N I C A É M A N T I D A R E V I S A D A E A T U A L I Z A D A P A R A
D O W N L O A D N O S I T E W W W . E N G E W E B . E N G . B R .
iii
SOBRE O AUTOR
Contato: tamietti@cobrapi.com.br
ii
“A menor mudança deixa-me inteiramente
livre para modificar minha determinação,
desobrigando-me da promessa”.
Sêneca (Lucius Annaeus Seneca)
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SUMÁRIO
vi
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INTRODUÇÃO
vii
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Capítulo
Tarifação da energia
elétrica 1
Sumário do capítulo
1.1 PRINCIPAIS DEFINIÇÕES
1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES DE ENERGIA
1.2.1 Consumidores do grupo A
1.2.2 Consumidores do grupo B
1.3 TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
1.3.1 Tarifação convencional
1.3.2 Tarifação Horo-sazonal
1.3.3 Tarifação monômia
1.4 DEMANDA, CONSUMO E FATOR DE POTÊNCIA
1.5 A LEGISLAÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
1.5.1 O faturamento de energia e demanda ativa
1.5.2 O faturamento de energia e demanda reativas excedentes
1.5.3 Reduzindo a fatura de energia elétrica
1.6 FATOR DE CARGA
1.6.1 Tarifação convencional
1.6.2 Tarifação Horo-sazonal Azul
1.6.3 Tarifação Horo-sazonal verde
1.7 SISTEMAS DE MEDIÇÃO DA CONCESSIONÁRIA
indutivo ou capacitivo) para o consumo de Tabela 1.2 Subgrupos dos consumidores do grupo B.
energia elétrica e demanda de potências
reativas excedentes. Subgrupos Tensão de fornecimento
B1 Residencial e residencial de baixa
Os grandes consumidores e a maioria
renda
das pequenas e médias empresas brasileiras B2 Rural, cooperativa de eletrificação
(industriais ou comerciais) são classificados rural, serviço público de irrigação
no Grupo A, podendo ser enquadrados na B3 Demais classes
tarifação convencional ou na tarifação horo- B4 Iluminação pública
sazonal (azul ou verde).
Tarifa Horo-sazonal
AZUL
(binômia)
Consumo Demanda
(R$/kWh) (R$/kW)
Para cada período, o cálculo será o atendida em tensão de fornecimento inferior a 69 kV,
seguinte: caindo para 5% para unidade consumidora atendida
em tensão de fornecimento igual ou superior a 69 kV.
Tabela 1.6 Tarifas de energia elétrica para modalidade b) um preço para horário fora de ponta
de tarifação Horo-sazonal azul – tarifas de em período úmido (FU);
ultrapassagem - referente à concessionária CEMIG
(Fonte: resolução ANEEL N° 87/2000 – Quadro D). c) um preço para horário de ponta em
período seco (PS); e
Tarifa de ultrapassagem - Horo-sazonal Azul d) um preço para horário fora de ponta
Demanda em período seco (FS)
(R$/kW)
Segmento horo-sazonal Fora de
Embora não seja explícita, a Resolução
subgrupo
Ponta
ponta 456 permite que sejam contratados dois
Seca ou Seca ou valores diferentes de demanda, um para o
úmida úmida período seco e outro para o período úmido.
A1 (230 kV ou mais) 35,51 7,47
A2 (88 a 138 kV) 38,14 8,71 Não existe contrato diferenciado de
A3 (69 kV) 51,21 14,00 demanda no horário de ponta, como na tarifa
A3a (30 kV a 44 kV) 54,30 18,09
A4 (2,3 kV a 25 kV) 50,21 16,74 azul. Assim, o faturamento da parcela de
AS (subterrâneo) 52,54 25,66 demanda será composto por uma parcela
apenas, relativa ao período seco ou ao
período úmido, usando o mesmo critério do
THS-azul, quanto a eventuais ultrapassagens
1.3.2.2 Tarifação horo-sazonal verde
de demanda contratada.
O enquadramento dos consumidores Para o cálculo da parcela de ajuste de
do Grupo A na tarifação horo-sazonal verde é fator de potência, o dia é dividido em três
obrigatório para tensão de fornecimento partes: horário capacitivo, horário de ponta, e
inferior a 69 kV (subgrupos A3a, A4 e AS) o restante. Se o fator potência do
quando a demanda contratada for igual ou consumidor, registrado ao longo do mês,
superior a 300 kW, em alternativa a tarifação estiver fora dos limites estipulados pela
horo-sazonal azul. legislação, haverá penalização por baixo
fator de potência. Se o fator de fator de
potência do consumidor estiver dentro dos Tabela 1.8 Tarifas de energia elétrica para modalidade
limites pré-estabelecidos, esta parcela não é de tarifação Horo-sazonal Verde – segmento sazonal -
referente à concessionária CEMIG (Fonte: resolução
cobrada. ANEEL N° 87/2000 – Quadro F).
Assim como na tarifação horo-sazonal
azul, o consumidor poderá optar pelo retorno Tarifa horo-sazonal Verde
à estrutura tarifária convencional, desde que Consumo
seja verificado, nos últimos 11 (onze) ciclos Segmento horo-sazonal (R$/MWh)
de faturamento, a ocorrência de 9 (nove) Subgrupo Ponta
Seca Úmida
registros, consecutivos ou alternados, de
A3a (30 kV a 44 kV) 479,10 471,26
demandas medidas inferiores a 300 kW. A4 (2,3 kV a 25 kV) 496,69 488,54
AS (subterrâneo) 519,79 511,27
As tabelas 1.7 a 1.9 apresentam
Fora de Ponta
exemplos de tarifas de energia elétrica para a Seca Úmida
tarifação horo-sazonal verde. A3a (30 kV a 44 kV) 50,35 44,51
A4 (2,3 kV a 25 kV) 52,19 46,12
AS (subterrâneo) 54,62 48,28
Tabela 1.7 Tarifas de energia elétrica para modalidade
de tarifação Horo-sazonal Verde – segmento horário -
referente à concessionária CEMIG (Fonte: resolução
ANEEL N° 87/2000 – Quadro E). Tabela 1.9 Tarifas de energia elétrica para modalidade
de tarifação Horo-sazonal Verde – tarifas de
ultrapassagem - referente à concessionária CEMIG
Tarifa horo-sazonal Verde
(Fonte: resolução ANEEL N° 87/2000 – Quadro G).
Subgrupo
Demanda Tarifa de ultrapassagem - Horo-sazonal Verde
(R$/kW)
Demanda
Segmento horo-sazonal (R$/kW)
A3a (30 kV a 44 kV) 5,40
subgrupo Período Seco ou
A4 (2,3 kV a 25 kV) 5,58
AS (subterrâneo) 8,57 úmido
A3a (30 kV a 44 kV) 18,09
A4 (2,3 kV a 25 kV) 16,74
AS (subterrâneo) 25,66
Tarifa Horo-sazonal
VERDE
(binômia)
Tabela 1.10 Quadro comparativo entre as condições de enquadramento das tarifações convencional e horo-sazonal.
Condições para tarifação
Condições para Tarifação Horo-sazonal (THS)
Convencional
Tarifa Compulsória Opcional
C (kWh)
D(kW ) = (1.1)
1 4h Figura 6.9 Cálculo do consumo “C” (kWh).
2400kW . min
C= = 40kWh
60 min
6000
que possa realizar trabalho - kW) é registrado
de hora em hora.
Demanda [kW]
5000
4000
Desta maneira, como no caso da
3000
2000
demanda, os mecanismos de tarifação
1000 levarão em conta o pior valor de fator de
0 potência registrado ao longo do mês, dentre
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
4500
4400 aplicada pela concessionária depende não
4300
4200
apenas do valor do fator de potência, mas
4100 também se o mesmo é capacitivo ou indutivo
4000
3900
em um determinado horário do dia.
0 1 2 3 4
Tempo [horas]
5000 medido
4000
3000 0,85
2000 0,85
1000
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Tempo [horas]
0 0
Figura 1.12 Exemplo de um gráfico típico de demanda Figura 1.13 Representação gráfica do fator de potência
diária (gráfico de linha). indutivo e capacitivo.
Horário
Reativa Capacitiva Reativa Indutiva
Hora do dia
23:30
01:00
02:00
03:00
04:00
05:00
06:30
07:00
08:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:30
do grupo A, a medição do fator de potência é
compulsória e, para evitar multas, deverá ser
mantido acima de 0,92 indutivo (durante os Figura 6.17 Intervalos de avaliação do consumo de
horários fora de ponta indutivo e de ponta), e energia reativa excedente.
acima de 0,92 capacitivo no horário
capacitivo. Para unidades consumidoras do
Grupo B, a medição do fator de potência é Posto Capacitivo é um período de 6
facultativa, sendo admitida a medição horas consecutivas de segunda a domingo,
transitória, desde que por um período mínimo compreendidas, a critério da concessionária,
de 7 (sete) dias consecutivos. entre 23:30h e 06:30, onde ocorre a medição
da energia reativa capacitiva.
A determinação do fator de potência
poderá ser feita através de duas formas
distintas: Cap Ind
a) Avaliação horária 1,00
0,92 0,92
Valor
O fator de potência será calculado medido
através dos valores de energia ativa e reativa 0,85
0,85
medidos a cada intervalo de 1 hora, durante
o ciclo de faturamento.
b) Avaliação mensal 0 0
Neste caso, o fator de potência será Figura 1.18 Representação gráfica da faixa do fator de
calculado através de valores de energia ativa potência (período capacitivo) regulamentada pela
Aneel, isenta de tributação.
e reativa medidos durante o ciclo de
faturamento.
Segundo a legislação vigente da Aneel, Neste período, as instalações devem
todos os consumidores pertencentes ao manter seu fator de potência acima de 0,92
sistema tarifário horo-sazonal serão Capacitivo (para evitar multas), lembrando
faturados, tomando como base a avaliação que o excesso de capacitores na rede
horária do fator de potência. Para os elétrica poderá levar o fator de potência
consumidores pertencentes ao sistema abaixo de 0,92 capacitivo, acarretando o
tarifário convencional, a avaliação do fator de pagamento de multas por excedentes
potência em geral deverá ser feita pelo reativos nas contas de energia. Neste
sistema de avaliação mensal. período, somente o fator de potência
0,85
kVAr indutivo
0,85
0 0
horas
Figura 1.19 Representação gráfica da faixa do fator de 0
4 6 11 13 20 24
potência (período indutivo) regulamentada pela Aneel,
isenta de tributação.
Tabela 1.11 Avaliação da curva de energia reativa da Denomina-se por “importe” o total da
figura 1.20. fatura do consumidor exclusive os tributos,
Período Avaliação
sendo calculada, de maneira genérica, por:
Período de 0 às 4 h Excedente de energia reativa
capacitiva: valores pagos I = [(D × TD ) + (C × TC )]ph / ps + Aj (1.1a)
para FP < 0,92 capacitivo.
Período de 4 às 6 h Excedente de energia reativa
indutiva: valores não pagos Onde,
Período de 6 às 11 h Excedente de energia reativa
indutiva: valores pagos para I = importe (R$);
FP < 0,92 indutivo
Período de 11 às 13 h Excedente de energia reativa D = demanda medida ou contratada, o maior
capacitiva: valores não valor entre ambos (kW);
pagos, independentemente
do valor de FP capacitivo. TD = tarifa de demanda (R$/kW);
Período de 13 às 20 h Excedente de energia reativa
indutiva: valores pagos para
C= consumo medido (kWh);
FP < 0,92 indutivo. TC = tarifa de consumo (R$/kWh);
Período de 20 às 24 h Excedente de energia reativa
capacitiva: valores não ph = posto horário (ponta/fora de ponta);
pagos, independentemente
do valor de FP capacitivo. ps = posto sazonal (seco/úmido);
Aj = ajustes por violação de parâmetros.
De forma simplista, as faturas de
energia elétrica são compostas da soma de
dois grupos de faturamento (além dos A tarifa de consumo deve cobrir todas
encargos e tributos – ICMS, PIS/COFINS): as despesas de geração, mediante uma tarifa
de energia mais os encargos incidentes
a) parcelas referente ao consumo e sobre a parcela “consumo”. A tarifa de
demandas ativas (incluindo a sobretaxa por demanda deve cobrir todas as despesas de
ultrapassagem de demanda contratada) – ver transporte (transmissão e distribuição),
seção 1.5.1; mediante uma tarifa “fio” acrescida dos
b) parcelas referente ao consumo e encargos incidentes sobre a parcela
demandas reativas excedentes, quando “demanda”.
pertinente (não há sobretaxa de Dependendo do tipo de tarifação, a
ultrapassagem para a demanda reativa) – ver expressão de cálculo do importe sobre
seção 1.5.2. variações, as quais serão apresentas em
detalhes a seguir.
Tabela 1.12 Composição da conta de energia elétrica.
Faturamento da energia Faturamento da energia
ativa reativa excedente 1.5.1 O faturamento de energia e
Parcela de Consumo de Parcela de Consumo de demanda ativa
energia ativa (Pc) energia reativa excedente
(FER)
Parcela de Demanda de Parcela de Demanda de
energia ativa (Pd) energia reativa excedente 1.5.1.1 A tarifação convencional
(FDR)
Parcela de Parcela de ultrapassagem A conta de energia elétrica desses
Ultrapassagem de para o consumo de energia consumidores é composta da soma de
Demanda (Pu) reativa (FER de parcelas referentes ao consumo, demanda e
ultrapassagem).
ultrapassagem.
CAP = consumo de energia ativa medido TDAFP = tarifa de demanda de potência ativa
durante o período de ponta, em kWh; aplicável ao fornecimento no período fora de
ponta, em R$/kWh;
TCAP = tarifa de energia ativa aplicável ao
consumo no período de ponta (diferenciada Aqui também, caso a demanda
por período do ano – seco/úmido), em registrada seja inferior à demanda
R$/kWh; contratada, deve-se aplicar a tarifa de
demanda correspondente à demanda
CAFP = consumo de energia ativa medido contratada. Caso contrário, para a demanda
durante o período fora de ponta, em kWh; registrada superior à demanda contratada,
TCAFP = tarifa de energia ativa aplicável ao mas dentro da tolerância de ultrapassagem,
consumo no período fora de ponta aplica-se a tarifa de demanda
(diferenciada por período do ano – correspondente à demanda registrada.
seco/úmido), em R$/kWh;
c) Parcela de ultrapassagem
b) Parcela de demanda
A parcela de ultrapassagem é cobrada
A parcela de demanda, cuja tarifa não é apenas quando a demanda medida
diferenciada por período do ano, é calculada ultrapassa a Demanda Contratada acima dos
somando-se o produto da Tarifa de Demanda limites de tolerância. Esses limites são de 5%
na ponta pela Demanda Contratada na ponta para os subgrupos A1, A2 e A3 e de 10%
(ou pela demanda medida na ponta, de para os demais subgrupos.
acordo com as tolerâncias de ultrapassagem) O cálculo da parcela de ultrapassagem
e ao produto da Tarifa de Demanda fora da é obtido multiplicando-se a Tarifa de
ponta pela Demanda Contratada fora de Ultrapassagem pelo valor da demanda
ponta (ou pela demanda medida fora de medida que supera a Demanda Contratada:
a) Parcela de consumo 2) Tabela com tarifas da CEMIG do grupo A4 para AZUL, VERDE e CONVENCIONAL e do Grupo
B3 Comercial para Monômio;
3) P = Ponta e FP = Fora de Ponta.
Tempo (h)
Demanda (kW)
Tipo da carga
19 20 21 22
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 23 24
PONTA
Ilum. Escrit. 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Ilum. Fábrica 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15
Estufa 40 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15
Prensa 1 20 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Prensa 2 20 1 1 1 1 1 5
Forno 1 30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15
Forno 2 20 1 1 1 1 1 5
Estrusora 1 20 1 1 1 1 1 5
Estrusora 2 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Bomba 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
205
185
185
185
185
185
135
155
165
165
165
165
Total de kW
85
85
85
85
0
0
2.215
Total de
185
185
185
185
185
135
155
165
165
165
165
85
85
85
85
0
0
kWh
Eah = energia ativa medida a cada intervalo Isto posto, conclui-se que a correção do
de 1 hora, em kWh; Fp deve levar em conta o "tipo" de medição
que a concessionária efetua na instalação
elétrica, sob pena da correção não surtir o
Alguns aspectos importantes devem ser efeito esperado e ao final do mês aparecer
observados: cobrança de reativo excedente na fatura de
energia elétrica da instalação elétrica
1. O sistema de medição da concessionária corrigida (mau corrigida).
não vai medir o Fp, o que ele fará é
dimensioná-lo em função da energia ativa Nas expressões (1.15) e (1.16), serão
consumida (kWh) e da energia reativa considerados:
consumida (kVArh ou kQh) pela a) durante o período de 6 horas
instalação elétrica e que serão medidas; consecutivas, compreendido, a critério da
2. O sistema de medição da concessionária concessionária, entre 23 h e 30 min e 06 h e
integraliza a cada período "T" o valor da 30 min (posto capacitivo), apenas os fatores
energia ativa e reativa consumida pela de potência "ft" inferiores a 0,92 capacitivo,
instalação elétrica, portanto, a cada verificados em cada intervalo de 1 (uma)
período "T" o Fp terá um valor próprio já hora "t"; O período de 6 (seis) horas deverá
que a porção da carga instalada da ser informado pela concessionária aos
instalação elétrica em operação pode respectivos consumidores com antecedência
variar para cada "T"; mínima de 1 (um) ciclo completo de
faturamento (figura 6.18).
3. Os valores de Fp para cada período "T"
podem ser significativamente diferentes. b) durante o período diário
Imagine o que ocorre com o Fp nas complementar ao definido na alínea anterior
empresas que fecham no intervalo do (posto indutivo), apenas os fatores de
meio-dia, nas que não tem turno de potência "ft" inferiores a 0,92 indutivo,
revezamento e que operam até às 18 verificados em cada intervalo de 1 (uma)
horas, nas que não operam nos sábados, hora "t" (figura 6.19).
domingos e feriados, etc;
Importante:
4. Desta forma, a correção está diretamente
vinculada ao período "T" e, Os consumidores do Grupo A, tarifa verde, pagam o
evidentemente, aos módulos das consumo de energia reativa na ponta e fora de ponta
energias ativa e reativa envolvida em (FER) e a demanda reativa (FDR); por outro lado, os
cada período "T"; consumidores enquadrados na tarifa azul pagam tanto
o consumo de energia reativa (FER) quanto da
5. Observe também, que a potência reativa demanda reativa (FDR), para as horas de ponta e fora
fornecida pelo banco de capacitores (Qc) de ponta.
não pode ser maior que a potência
reativa requerida pela carga (Q), sob Havendo montantes de energia elétrica
pena de, do ponto de vista da medição, estabelecidos em contrato, o faturamento
ela "enxergar" a carga como capacitiva, correspondente ao consumo de energia
já que o excedente da potência reativa reativa, verificada por medição apropriada,
gerada pelos bancos de capacitores (Q - que exceder às quantidades permitidas pelo
Qc) retornará para o sistema elétrico da fator de potência de referência "fr", será
concessionária. Se esta potência reativa calculado de acordo com a expressão:
de retorno for significativa, embora
inverta o sinal do Fp de negativo (carga
indutiva) para positivo (carga capacitiva) ⎡⎛ n CAt × fr ⎞ ⎤
FER ( p ) = ⎢⎜⎜ ∑ ⎟⎟ − CF ( p ) ⎥ × TCA( p ) (1.18)
ele também poderá ser menor ou igual a ⎣⎝ t =1 ft ⎠ ⎦
0,92, logo, a multa também será cobrada.
FDRh = 700 ×
0,92
= 1.533kW ⎡ ⎛ fr ⎞ ⎤
0,42 FDRP = ⎢ MAX tn=1 ⎜⎜ DAt × ⎟⎟ − DFP ⎥ × TDAP
⎣ ⎝ ft ⎠ ⎦
⎡ ⎛ 0,92 ⎞⎤
FERh = ⎢700 × ⎜ − 1⎟⎥ × R$0,05219 = R$43,50 ⎡⎛ ⎤
⎝ 0,42 ⎠⎦ 0,92 ⎞
⎣ FDRP = ⎢⎜ 200 × ⎟ − 210 ⎥ × 16,74
FERh = R$0,00 ⎣⎝ 0,86 ⎠ ⎦
0,92
FDRh = 200 × = 214 kW 1.5.2.2 Avaliação mensal do fator de
0,86
⎡
potência
⎛ 0,92 ⎞⎤
FERh = ⎢200 × ⎜ − 1⎟⎥ × R$0,10976 = R$1,53
⎣ ⎝ 0,86 ⎠⎦ Para unidade consumidora faturada na
Obs: utilizar a tarifa de consumo P/seca. estrutura tarifária convencional, o
faturamento correspondente ao consumo de
7- período: das 21 às 22 horas energia elétrica e à demanda de potência
reativas excedentes, será calculado de
0,92 acordo com as expressões (1.19) e (1.20).
FDRh = 2.500 × = 2.500kW
0,92 Enquanto não forem instalados
⎡ ⎛ 0,92 ⎞⎤ equipamentos de medição que permitam a
FERh = ⎢2.500 × ⎜ − 1⎟⎥ × R$0,05219 = R$0,00
⎣ ⎝ 0,92 ⎠⎦ aplicação das expressões (1.15) e (1.16), de
acordo com a conveniência da
Obs: utilizar a tarifa de consumo FP/seca.
concessionária, a concessionária poderá
realizar o faturamento de energia e demanda
b) Acréscimo na fatura mensal de potência reativas excedentes utilizando as
expressões (1.19) e (1.20).
A aplicação da expressão (1.16) necessita da obtenção
dos valores máximos da expressão DAt × 0,92 obtidos Na avaliação mensal, o fator de
ft potência será calculado através de valores
da tabela (1.17), no período fora de ponta e de ponta médios de energia ativa e reativa medidos
correspondem, respectivamente, aos intervalos das 16 durante o ciclo de faturamento. Nesse caso,
às 17 h (3.293 kW) e das 17 às 18 h (214 kW). Desta
forma, o acréscimo na fatura (multa), nessas
serão medidas a energia ativa e reativa
condições, aplicando-se as tarifas da tabela 1.15, vale: indutiva durante o período de 30 dias.
Fora de ponta:
⎛ fr ⎞ (1.19)
FER = CA × ⎜⎜ − 1⎟⎟ × TCA
⎡ ⎛ fr ⎞ ⎤ ⎝ f m ⎠
FDRFP = ⎢ MAX tn=1 ⎜⎜ DAt × ⎟⎟ − DFFP ⎥ × TDAFP
⎣ ⎝ ft ⎠ ⎦
Por outro lado, a parcela de consumo é
⎡⎛ 0,92 ⎞ ⎤ calculada multiplicando-se o consumo
FDRFP = ⎢⎜ 3.400 × ⎟ − 3.500⎥ × 5,58
⎣⎝ 0,95 ⎠ ⎦ medido pela Tarifa de Consumo:
onde: Onde:
FER = valor do faturamento total (em R$) FER = valor do faturamento total
correspondente ao consumo de energia correspondente ao consumo de energia
reativa excedente à quantidade permitida reativa excedente à quantidade permitida
pelo fator de potência de referência, no pelo fator de potência de referência, no
período de faturamento; período de faturamento, em R$;
CA = consumo de energia ativa registrada no CA = consumo de energia ativa registrada no
mês, em kWh; mês, em kWh;
CR = consumo de energia reativa registrada fr = fator de potência de referência igual a
no mês, em kVArh; 0,92;
fr = fator de potência de referência igual a fm = fator de potência indutivo médio das
0,92; instalações elétricas da unidade
consumidora, calculado para o período de
fm = fator de potência indutivo médio das
faturamento;
instalações elétricas da unidade
consumidora, calculado para o período de CF = consumo de energia elétrica ativa
faturamento: faturável no mês, em kWh;
fm =
CA (1.21) TCA = tarifa de energia ativa, aplicável ao
(CA 2
+ CR 2
) fornecimento, em R$/kWh.
1 DM = 89 kW
FP = 2
= 0,6665
⎛ 11.409,6 ⎞
⎜ ⎟ +1 DF = 96 kW
⎝ 10.086 ⎠
CA = 10.086 kWh
KQh = 14.924 kQh
Fp = 66,65 %, portanto abaixo de 92 %. TDA = 5,73000 R$/kW
TCA = 0,08379 R$/kWh
b) O custo da Fatura de energia elétrica será, de (1.14):
Fatura = Parcela de Consumo (PC) Calcular o valor da fatura a ser paga para a
PC = CA x TCA concessionária.
c) O valor da multa, dado o valor abaixo de 92 % do a) O fator de potência desta instalação será (de 1.65 e
fator de potência, pela expressão 1.16, será: 1.68):
⎛ fr ⎞
FER = CA × ⎜⎜ − 1⎟⎟ × TCA
⎝ f ⎠ 2 × kQh − kWh
m
kVArh =
3
⎛ 0,92 ⎞
FER = 10.086 × ⎜ − 1⎟ × 0,15206 2 × 14.924 − 10.086
⎝ 0,6665 ⎠ kVArh = = 11.409,6
3
FER = R$ 588,10 1
FP = 2
= 0,6665
Logo, a multa será: ⎛ 11.409,6 ⎞
⎜ ⎟ +1
Multa = FER ⎝ 10.086 ⎠
Consumo = R$ 1.533,68
Reativo Excedente (multa) = R$ 588,10 De (1.2) e (1.3):
ou seja, um total de R$ 2.121,78. Observe que a multa
Pc = CA × TCA = 10.086 × 0,08379 = R$845,10
por baixo fator de potência representará 27,72 % do
valor total da Fatura de energia elétrica da instalação, Pd = DF × TDA = 96 × 5,7300 = R $550 ,10
onde a unidade consumidora pagará à concessionária
algo que pode ser evitado e que ainda poderá lhe De (6.5):
acarretar vários problemas na instalação elétrica.
Fatura = Pc + Pd + Pu
Fatura = 845,10 + 550,10 + 0 = R$1.395,20
c) Consultando a conta de energia (tabela 6.19), g) Assim, esta unidade consumidora pagará a
obtemos: concessionária:
⎛ ⎞
FDR = ⎜ 200 ×
0,92
− 200 ⎟ × 6,33 = R$498,73
Investimento = economia ×
(1 + i )n − 1 (1.23)
⎝ ⎠
i × (1 + i )
0,66 n
resultará no menor gasto com energia Curva de demanda ativa mensal [kW]
Demanda [kW]
estatísticos de projeção, porém isso foge ao 250
150
EXEMPLO 1.7 Determinar a demanda a ser contratada jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
junto à concessionária para a instalação enquadrada Mês (1998-1999)
250
1998
Set 239,2 0 1.540,09 0,00 1.540,09
1999 Out 211,8 0 1.540,09 0,00 1.540,09
200 Nov 255,8 1 1.619,21 0,00 1.619,21
Dez 262,7 1 1.662,89 0,00 1.662,89
150 Total ano 1999: 18.952,65
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Demanda Contratada DF: 243,3 kW
Mês Tarifa de Demanda TDA: R$ 6,33/kW
Tarifa de Demanda de ultrapassagem TDAu: R$ 18,99/kW
Figura 1.22 Curva de demanda ativa mensal [kW].
Na coluna “teste lógico” da tabela 1.21, se a Abr: Pd = DF × TDA = 240,0 × 6,33 = R$ 1.519,20
demanda verificada (medida) for menor que a
contratada, o teste resulta em “0”. Se a demanda for Nov: Pd = DF × TDA = 255,8 × 6,33 = R$ 1.619,21
maior que a contratada, porém menor que a margem
de ultrapassagem (10%), resulta em “1”. Por outro lado,
se a demanda verificada for maior que o limite de No mês de abril, a demanda medida foi maior
tolerância de ultrapassagem, o teste resulta em “2”. que 10% da demanda contratada, ocorrendo, portanto,
multa por ultrapassagem. De (6.4),
A seguir, uma demonstração da metodologia de
cálculo da parcela de demanda (kW) para alguns
Abr: Pu = (DM − DF ) × TDAu
meses do ciclo de carga:
De (1.3),
Pu = (267 ,6 − 240 ) × 18,99 = R$ 524,12
Tarifas conforme tabelas 1.23 (para tarifação 1) Tarifas para o Sistema MONÔMIO consideradas a da classe comercial;
2) Tabela com tarifas da CEMIG do grupo A4 para AZUL, VERDE e CONVENCIONAL e do Grupo
monômia, considerar R$ 0,16706 kWh); B3 Comercial para Monômio;
3) P = Ponta e FP = Fora de Ponta.
Tempo (h)
Demanda (kW)
Tipo da carga
19 20 21 22
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 23 24
PONTA
Ilum. Escrit. 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Ilum. Fábrica 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15
Estufa 40 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15
Prensa 1 20 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Prensa 2 20 1 1 1 1 1 5
Forno 1 30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15
Forno 2 20 1 1 1 1 1 5
Estrusora 1 20 1 1 1 1 1 5
Estrusora 2 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Bomba 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
205
185
185
185
185
185
135
155
165
165
165
165
Total de kW
85
85
85
85
0
Total de
2215
185
185
185
185
185
135
155
165
165
165
165
85
85
85
85
0
kWh
Considerando que a unidade consumidora não opera Logo, a fatura total será, de (1.9):
aos sábados e domingos, será considerado para um
mês o total de 22 dias úteis. Desta forma: Fatura = Pc + Pd = R$6.065,19
Tempo (h)
Demanda (kW)
Tipo da carga
19 20 21 22
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 23 24
PONTA
Ilum. Escrit. 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Ilum. Fábrica 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Estufa 40 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Prensa 1 20 1 1 1 1 1 5
Prensa 2 20 1 1 1 1 1 5
Forno 1 30 1 1 1 1 1 1 6
Forno 2 20 1 1 1 1 1 1 6
Estrusora 1 20 1 1 1 1 1 5
Estrusora 2 15 1 1 1 1 1 5
Bomba 15 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
205
120
120
120
120
120
155
165
165
165
165
105
Total de kW
55
55
55
0
0
1.685
Total de
120
120
120
120
120
155
165
165
165
165
105
55
55
55
0
0
kWh
Ano Mês
Fora de Fora de Observe que, como visto, o valor da demanda a
Ponta Ponta
Ponta Ponta ser utilizado (demanda faturada) é o maior valor entre a
Jan 422,8 439,8 16.671 94.522 contratada e a medida (caso esta não ultrapasse em
Fev 533,4 501,7 18.849 100.526 mais de 10% a demanda contratada). Neste caso, a
Úmido
Mar 572,0 518,4 27.717 123.667 contratada é maior: 544,1 > 422,8 na Ponta; 486,8 >
Abr 598,5 535,4 28.467 124.092
Dez 581,1 520,1 26.692 115.548 439,8 Fora de Ponta.
Mai 557,3 508,0 24.424 108.540
2005
Jun 434,9 407,5 23.919 111.557 Parcela de Ultrapassagem:
Jul 432,6 388,2 18.226 83.563
Seco
Fatura = R$17.877,54
De (1.12):
Mês: Agosto:
Como houve ultrapassagem em mais de 10% da
demanda contratada na Ponta, esta parcela será
Parcela de Consumo: cobrada.
Fatura = R$15.539,22
a) Sistema Horo-sazonal Verde
De (1.6): De (1.6):
Pd = (DF × TDA )
Pd = (DF × TDA )
Pd = (544,1 × 5,58) = R$3.036,08
Pd = (515,1 × 5,58)
Observe que, como visto, o valor da demanda a ser Pd = R$2.874,26
utilizado (demanda faturada) é o maior valor entre a
contratada e a medida (caso esta não ultrapasse em Observe que, como visto, o valor da demanda a ser
mais de 10% a demanda contratada).Parcela de utilizado (demanda faturada) é o maior valor entre a
Ultrapassagem: contratada e a medida (caso esta não ultrapasse em
mais de 10% a demanda contratada).Parcela de
De (1.8): Como não houve ultrapassagem em mais de Ultrapassagem:
10%, esta parcela não será cobrada.
DF Fatura (R$)
Mês
Demanda (kW) Demanda Ultrapassagem TOTAL
Jan 422,8 3.036,08 0 3.036,08
Fev 533,4 3.036,08 0 3.036,08
Úmido
Onde:
⎛ Td ⎞
u = Tc + ⎜ ⎟ + ICMS (1.31)
TC = Tarifa de consumo conforme o grupo ⎝ Dt × FC ⎠
associado (preço unitário do kWh);
CAfp 94.522
FCfp = = = 0,324
DAfp × 664 439,8 × 664
CAp + CAfp
FC = (1.35)
DA × 730
Aplicando-se as expressões acima para cada mês,
obtêm-se os cálculos do fator de carga apresentados
na tabela 1.31.
Onde: A figura 1.24 apresenta o gráfico do fator de carga
calculado mensal. Observa-se que no mês de agosto
FC = fator de carga; ocorreu um baixo fator de carga, indicando que neste
mês houve, em relação aos demais, uma maior
CAp = consumo medido na ponta, em kWh; concentração de consumo de energia elétrica em um
curto período de tempo, determinando uma demanda
CAfp = consumo medido fora de ponta, em kWh; elevada (muitos aparelhos ligados ao mesmo tempo).
DA = demanda máxima, em kW;
730 = número de horas de um mês médio. Fator de Carga mensal
1,000
0,800
Fator de carga
0,000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês
Tabela 1.31 Dados da conta de energia (demanda e
consumo).
Demanda máxima
Figura 1.24 Curva de fator de carga mensal na ponta e
(kW)
Consumo (kWh) Fator de carga fora da ponta.
Mês
Fora de Fora de Fora de
Ponta Ponta Ponta
Ponta Ponta Ponta
Jan 422,8 439,8 16.671 94.522 0,597 0,324
Fev 533,4 501,7 18.849 100.526 0,535 0,302
Mar 572,0 518,4 27.717 123.667 0,734 0,359
Abr 598,5 535,4 28.467 124.092 0,721 0,349
Mai 557,3 508,0 24.424 108.540 0,664 0,322
Jun 434,9 407,5 23.919 111.557 0,833 0,412
Jul 432,6 388,2 18.226 83.563 0,638 0,324
Ago 650,1 500,9 15.307 71.993 0,357 0,216
Set 503,1 484,4 24.967 106.667 0,752 0,332
Out 463,1 441,9 21.130 92.496 0,691 0,315
Nov 566,6 526,7 25.514 105.338 0,682 0,301
Dez 581,1 520,1 26.692 115.548 0,696 0,335
Apêndice
Bibliografia
A
APÊNDICE A – BIBLIOGRAFIA 58
TARIFAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA www.engeweb.eng.br
APÊNDICE A – Bibliografia
MAMEDE Filho, João: Instalações Elétricas Industriais. Rio de Janeiro: LTC, 4ª ed., 1995.
Lopes, Juarez Castrillon: Manual de tarifação da energia elétrica. Eletrobrás, 2ª ed., 2002.
CEMIG: Estudo de distribuição – Melhoria do fator de potência. Belo Horizonte, Junho/97. pp. 91.
Código de águas, Decreto n. 24.643, de 10 de julho de 1934
Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995
Lei n. 9.074, de 7 de julho de 1995
Resolução ANEEL n. 456, d e29 de novembro de 2000
Lei n. 10.848, de 15 de março de 2004
Decreto 5.163, de 30 de julho de 2004
Site www.aneel.gov.br
Site www.ccee.org.br
APÊNDICE A – BIBLIOGRAFIA 59
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