Medição de Variáveis Físicas Industriais
Medição de Variáveis Físicas Industriais
Medição de Variáveis Físicas Industriais
FÍSICAS INDUSTRIAIS
116h
8/6/2020
VARIÁVEL
PRESSÃO
2
IMPORTÂNCIA DE SUA MEDIÇÃO
3
UNIDADES DE PRESÃO
4
UNIDADES DE PRESÃO
a) 100 mm
b) 0,5 kgf/cm²
c) 100 mmHg
d) 2 atm
e) 25 Bar
5
DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
F Força
P
A Área
A pressão pode ser também expressa como a somatória da pressão estática e
pressão dinâmica, e assim chamada de pressão total
N/m² = Pa
6
DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
Exercício 1: Uma força de 200N é aplicada sobre uma área de 0,05m². A pressão
exercida sobre essa área é igual a?
7
PRESSÃO ESTÁTICA, DINÂMICA E TOTAL
1
Pd . . V 2 (N/m 2 )
2
8
TIPOS DE PRESSÃO
9
TIPOS DE PRESSÃO
10
TIPOS DE PRESSÃO
Pressão Relativa:
A pressão relativa, medida pelos manômetros de ponteiro, pode ser definida
como sendo a pressão que se acrescenta à pressão atmosférica existente,
enquanto que o vácuo será o valor decrementado.
11
TIPOS DE PRESSÃO
Pressão Absoluta
Portanto, a pressão absoluta é o resultado da soma da pressão relativa
(manométrica) e a pressão atmosférica. Quando se trata de vácuo, se determina
subtraindo o valor da pressão indicado no vacuômetro do valor medido por um
barômetro.
Em termos práticos:
Se a pressão atmosférica é de 690 mmHg e o vacuômetro colocado no coletor de
admissão de um carro indica 450 mmHg, qual o valor da pressão absoluta no
coletor?
12
TIPOS DE PRESSÃO
A Pressão Diferencial
É o resultado da diferença de duas pressões medidas. Em outras palavras, é a
pressão medida em qualquer ponto, menos no ponto zero de referência da pressão
atmosférica.
13
ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE
PRESSÃO
A medição de uma variável de processo é feita, sempre, baseada em princípios
físicos ou químicos e nas modificações que sofrem as matérias quando sujeitas às
alterações impostas por essa variável. A medição da variável pressão pode ser
realizada baseada em vários princípios, cuja escolha está sempre associada às
condições da aplicação.
14
ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE
PRESSÃO
Elemento de Recepção
Aquele que recebe a pressão a ser medida e a transforma em deslocamento ou
força (ex.: bourdon, fole, diafragma).
Bourdon Fole
15
ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE
PRESSÃO
Elemento de Transferência
Aquele que amplia o deslocamento ou a força do elemento de recepção ou
que transforma o mesmo em um sinal único de transmissão do tipo elétrica ou
pneumática, que é enviada ao elemento de indicação (ex.: links mecânicos, relé
piloto, amplificadores operacionais).
Amplificadores Operacionais
16
ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE
PRESSÃO
Elemento de Indicação
Aquele que recebe o sinal do elemento de transferência e indica ou registra a
pressão medida (ex.: ponteiros, displays).
17
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Manômetros
São dispositivos utilizados para indicação local de pressão, e em geral divididos
em duas partes principais: o manômetro de líquidos, que utiliza um líquido como
meio para se medir a pressão; e o manômetro tipo elástico, que utiliza a
deformação de um elemento elástico como meio para se medir pressão.
18
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Observe na tabela que os manômetros são classificados de acordo com os
elementos de recepção.
19
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Manômetro de Líquido:
Princípio de funcionamento e construção
É um instrumento de medição e indicação local de pressão baseado na
equação manométrica. Sua construção é simples e de baixo custo. Basicamente é
constituído por tubo de vidro com área seccional uniforme, uma escala graduada,
um líquido de enchimento, e suportados por uma estrutura de sustentação. O valor
de pressão medida é obtido pela leitura da altura de coluna do líquido deslocado
em função da intensidade da referida pressão aplicada.
20
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Manômetro de Líquido:
Líquidos de enchimento
A princípio, qualquer líquido com baixa viscosidade, e não volátil nas condições
de medição, pode ser utilizado como líquido de enchimento. Entretanto, na prática,
a água destilada e o mercúrio são os líquidos mais utilizados nesses manômetros.
Faixa de medição
Em função do peso específico do líquido de enchimento e também da fragilidade
do tubo de vidro que limita seu tamanho, esse instrumento é utilizado somente
para medição de baixas pressões.
Em termos práticos, a altura de coluna máxima disponível no mercado é de 2
metros e assim a pressão máxima medida é de 2mH2O caso se utilize água, e 2mHg
com utilização do mercúrio.
21
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Manômetro de Líquido:
Influência da temperatura na leitura
Como a medição de pressão utilizando manômetro de líquido depende do peso
específico do mesmo, a temperatura do ambiente onde o instrumento está
instalado irá influenciar no resultado da leitura e, portanto, sua variação, caso
ocorra, deve ser compensada.
Isto é necessário pois na construção da escala é levada em consideração a massa
específica do líquido a uma temperatura de referência.
22
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Tipos de Manômetro Líquido
Manômetro tipo Coluna em “U”
O tubo em “U” é um dos medidores de pressão mais simples entre os medidores
para baixa pressão. É constituído por um tubo de material transparente
(geralmente vidro) recurvado em forma de U e fixado sobre uma escala graduada.
23
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Tipos de Manômetro Líquido
Manômetro tipo Coluna em “U”
25
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Tipos de Manômetro Líquido
Manômetro tipo Coluna Inclinada
Esta equação
demonstra que, para
uma pressão
determinada, quanto
menor for o ângulo α
maior será o
deslocamento do
líquido no tubo
inclinado, pois o valor
de senα será tanto
menor quanto menor
for o ângulo α.
d2
P h. .(1 2 ).sen
D
26
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Tipos de Manômetro Líquido
Manômetro tipo Coluna Reta
O emprego deste manômetro é idêntico ao do tubo em “U”.
Nesse manômetro as áreas dos ramos da coluna são diferentes, sendo a
pressão maior aplicada normalmente no lado da maior área.
Essa pressão, aplicada no ramo de área maior, provoca um pequeno
deslocamento do líquido na mesma, fazendo com que o deslocamento no outro
ramo seja bem maior, devido ao volume deslocado ser o mesmo e sua área bem
menor. Chamando as áreas do ramo reto e do ramo de maior área de “a” e “A”
respectivamente, e aplicando pressões P1 e P2 em suas extremidades, teremos pela
equação manométrica: P1 P2 (h2 h1 )
27
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Tipos de Manômetro Líquido
Manômetro tipo Coluna Reta
Como o volume deslocado é o mesmo, teremos:
a
A * h1 a * h2 h1 * h2
A
Como “A” é muito maior que “a”, a equação anterior pode ser simplificada e
reescrita. Assim teremos a seguinte equação utilizada para cálculo da pressão:
28
PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO
Tipos de Manômetro Líquido
Manômetro tipo Coluna Reta
29
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
É a pressão que uma coluna de um fluido exerce a certa profundidade.
Por exemplo, se você mergulhar no fundo do mar, vai sentir a pressão que toda
a água acima de você exerce.
30
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Exemplo: Calcular a pressão de uma coluna de líquido em um cilindro a uma certa
profundidade h.
31
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Volume do cilindro é base vezes altura:
Para calcular a pressão, basta dividir essa força pela área em que ela está atuando,
que é a mesma área A:
Essa é a pressão
exercida a uma certa
profundidade apenas
pela coluna de
líquido.
32
PRESSOSTATOS
É um instrumento de medição de pressão utilizado como componente do
sistema de proteção de equipamento ou processos industriais. Sua função básica é
de proteger a integridade de equipamentos contra sobrepressão ou subpressão
aplicada aos mesmos durante o seu funcionamento.
33
PRESSOSTATOS
34
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Justificativas para o uso do Transmissor
35
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Transmissor Inteligente
36
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Transmissor a 2 fios
37
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Sinais padrão de transmissão
Sinal Eletrônico 4 a 20 mA cc
38
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Transmissor Pressão Diferencial Capacitivo
39
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Instalação do Transmissor de Pressão SMAR LD-301
40
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem
41
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem
Equacionamento:
Assim: Portanto:
20 - 4 100 - 0 16 100
x-4 y-0 x-4 y-0
42
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem
16 100 16 100
x–4 20 x–4 50
x = 7,2 mA x = 12 mA
43
TRANSMISSORES DE PRESSÃO
Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem
44
VARIÁVEL NÍVEL
45
DEFINIÇÃO DE NÍVEL
O nível é uma variável importante na indústria, não somente para a operação
do próprio processo, mas também para fins de cálculo de custo e de inventário.. Os
sistemas de medição de nível variam em complexidade, desde simples visores para
leituras locais até indicação remota, registro ou controle automático.
A medida do nível de um reservatório contendo líquido ou sólido é efetuada
para manter esta variável em um valor fixo ou entre dois valores determinados, ou
ainda para determinar a quantidade (volume ou massa) do fluido em questão.
Existem dois métodos de medição que são usados nos processos em geral:
• Medição Direta
• Medição Indireta
46
MEDIÇÃO DIRETA
É a medição que se faz tendo como referência a posição do plano superior da
substância medida.
47
MEDIÇÃO DIRETA
Medidor de Nível Tipo Régua ou Gabarito
48
MEDIÇÃO DIRETA
Visores de Nível
49
MEDIÇÃO DIRETA
Visores de Nível
50
MEDIÇÃO DIRETA
Visores de Vidro Tubular
51
MEDIÇÃO DIRETA
Visor Plano Reflex
Possui um vidro com ranhuras prismáticas na face do contato com o líquido
cujo nível deseja medir. Seu funcionamento baseia-se na lei ótica da reflexão total
da luz.
VAPOR
ÁGUA
53
MEDIÇÃO DIRETA
Visores de Nível com Palhetas Metálicas
54
MEDIÇÃO DIRETA
Boia ou Flutuador
Boia presa a um cabo que tem sua extremidade ligada a um contrapeso, onde
está fixo um ponteiro que indicará o nível em uma escala.
Encontrada em tanques fechados não pressurizados.
55
MEDIÇÃO INDIRETA
Neste tipo de medição são usadas propriedades físicas ao nível como:
Pressão
Empuxo
Radiação
Propriedades Elétricas
56
MEDIÇÃO INDIRETA
É o tipo de medição que se faz para determinar o nível em função de uma
segunda variável.
57
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Pressão Hidrostática
Usamos a pressão exercida pela altura da coluna líquida, para medirmos
indiretamente o nível.
Onde:
P = Pressão em mm H2O ou polegada H2O;
h = Nível em mm ou em polegada;
dr 58= Densidade relativa do líquido em relação à água na temp. ambiente
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Pressão Hidrostática
Supressão de Zero (Pressão na câmara de alta)
Transmissor é instalado abaixo do tanque:
- Facilitar o acesso
- Falta de plataforma fixadora em torno de um tanque
Uma coluna líquida se formará dentro da tomada de impulso e o
transmissor indicará um nível superior ao real.
59
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Pressão Hidrostática
Supressão de Zero (Pressão na câmara de alta).
Exemplo: Cálculo de Pressão para este tipo de montagem.
60
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Pressão Hidrostática
Elevação de Zero – Câmara de baixa pressão com coluna líquida.
Exemplo: Cálculo de Pressão para este tipo de montagem.
61
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial
Neste tipo de medição utiliza-se a pressão exercida pela altura da coluna
líquida (hidrostática), para indiretamente obter-se o nível. Este tipo de medição é
utilizado quando a densidade do líquido é conhecida e não varia substancialmente
no processo:
62
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial
Neste tipo de medição, a tubulação de impulso da parte de baixo do tanque é
conectada à câmara de alta pressão (Hi) do transmissor. A pressão na câmara Hi é a
soma da pressão exercida sob a superfície do líquido e a pressão exercida pela
coluna de líquido no fundo do reservatório. A câmara de baixa pressão (Low) do
transmissor de nível, é conectada na tubulação de impulso da parte de cima do
tanque onde mede somente a pressão exercida sob a superfície do liquido.
Em Tanque Fechado
63
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial
Na situação onde o transmissor está instalado no mesmo nível que sua tomada
de alta, não há necessidade de compensação da coluna de líquido na tomada do
transmissor, o que é requisitado onde se tem o transmissor a um nível inferior, que
muitas vezes é na prática a maneira preferencial por facilitar acesso, visualização e
manutenção. Neste caso, uma coluna líquida se forma com a altura do líquido
dentro da tomada de impulso e o transmissor indicará um nível superior ao real.
Isto deve ser considerado. É o que chamamos de Supressão de Zero.
Em Tanque Aberto
64
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial
Transmissor LD301L
SMAR
Medição de Nível
65
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar
O sinal de radar, que é emitido por uma antena, reflete na superfície do
produto e retorna depois de um intervalo de tempo, que é proporcional a distância
entre a antena e a superfície do produto.
66
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar
O sinal é gerado por um sistema chamado FMCW (Frequency Modulated
Continuous Wave). Esta frequência gerada é da ordem de 8,5 a 9,9 GHz. A medição
por radar serve para medir distância, nível, volume, líquidos com espumas,
tanques de armazenamento com agitadores, etc.
67
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar
Vantagens:
1. Pode medir nível de líquidos complexos (tôxicos, perigosos, sanitários).
2. Não Requer licença legal (como o radioativo).
3. É uma medição sem contato.
4. Apresenta alta precisão em faixa de 1,5 a 60m.
5. A antena pode ser colocada externamente, totalmente isolada do processo.
6. Nenhuma recalibração é requerida quando se altera as condições de
processo, pois a mudança do líquido não afeta a velocidade, frequência e
processamento do sinal.
7. A operação do sistema pode tolerar revestimento do sensor, turbulência da
superfície e espuma no líquido (melhor que laser ultra-som).
68
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar
Desvantagens:
1. Alto Custo.
2. Só é aplicada em processo com líquido limpo.
3. Fraca reflexão em sólidos granulados.
69
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar (Onda Guiada)
Tanto de produtos líquidos como sólidos com elevada precisão.
O único componente em contato com o meio é um cabo.
70
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar (Onda Guiada)
71
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar (Onda Guiada)
72
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar (Onda Guiada)
Versões com a presença de indicador local e para processos críticos como
áreas classificadas ou com altas temperaturas.
Funcionamento não é afetado pela presença de gases, vapores, pó, poeira,
espuma ou alterações no meio (densidade ou condutividade).
73
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição por Radar (Onda Guiada)
74
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
O ultrassom é uma onda sonora (mecânica), cuja frequência de oscilação é
maior do que aquela sensível pelo ouvido humano, isto é, acima de 20 kHz.
A geração ocorre quando uma força externa excita as moléculas de um meio
elástico. Esta excitação é transferida de molécula a molécula do meio com uma
velocidade que depende da elasticidade e inércia das moléculas. A propagação do
ultrassom depende do meio, se sólido, líquido ou gases, e sua componente
longitudinal da onda propaga-se à velocidade característica do material, isto é, é
função exclusivamente deste.
75
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
76
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
Geração do Ultrassom
São geradas pela excitação elétrica de materiais piezoelétricos.
77
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
Geração do Ultrassom
Quartzo cultivado
78
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
Geração do Ultrassom
79
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
Geração do Ultrassom
80
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
Geração do Ultrassom
81
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Ultrassom
Geração do Ultrassom
82
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Borbulhador
Neste tipo de medição, um tubo é inserido no líquido em um vaso. Uma das
pontas devidamente preparada é submersa no líquido cujo nível deseja medir, e
por meio da ponta superior é fornecido ar ou gás inerte permanentemente.
83
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Borbulhador
84
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Capacitivo
85
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Capacitivo
Princípio de Funcionamento
Consiste de uma sonda vertical inserida no vaso em que
se deseja monitorar o nível. A sonda pode ser isolada ou não,
e serve como uma das placas do capacitor. A outra placa é
formada pelas paredes do vaso, e o fluido comporta-se como
dielétrico. A capacitância é medida através de um circuito em
ponte AC, excitado por um oscilador de alta frequência (500
kHz a 1,5 MHz).
86
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição de Nível Tipo Capacitivo
A utilização das sondas capacitivas apresenta, por outro lado, alguns
inconvenientes:
A temperatura do material altera a constante dielétrica. Portanto, se é prevista
a variação de temperatura do material, deve-se dotar o sistema de medição com
um compensador automático de temperatura.
A composição química ou física do material ou alteração de sua estrutura pode
afetar a constante dielétrica.
Em aplicações com líquidos condutivos viscosos, é possível que o material
incruste na superfície da sonda. Em uma redução de nível, a camada aderida à
superfície acarreta um erro de medida, já que o instrumento indicará o nível
anterior à redução. Nesse caso, utiliza-se sistema com proteção contra incrustação.
87
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição Descontínuos de Nível
São empregados para fornecer indicação apenas quando o nível atinge certos
pontos desejados.
Por Eletrodos
Nos líquidos que conduzem eletricidade, podemos mergulhar eletrodos
metálicos de comprimento diferente. Quando houver condução entre os eletrodos
teremos a indicação de que o nível atingiu a altura do último eletrodo alcançado
pelo líquido
88
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição Descontínuos de Nível
Por Bóias
Este tipo de medidor é utilizado como chave de nível para indicar nível alto ou
baixo e, esta informação, também serve para fazermos o intertravamento com
bombas.
89
MEDIÇÃO INDIRETA
Medição Descontínuos de Nível
Por Boias
90
VARIÁVEL VAZÃO
91
DEFINIÇÃO DE VAZÃO
Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito
importante efetuar a medição e o controle da quantidade de fluxo de líquidos,
gases e até sólidos granulados, não só para fins contábeis, como também para a
verificação do rendimento do processo.
92
UNIDADES DE VAZÃO
Obs: A vazão também ser obtida pelo resultado da
multiplicação da área seccional pela média da velocidade do
fluido.
Vazão Volumétrica
É definida como sendo a quantidade em volume que escoa através de uma certa
seção em um intervalo de tempo considerado. É representada pela letra Q e
expressa pela seguinte equação:
V
Q
t
Onde :
V Volume
t Tempo
93
UNIDADES DE VAZÃO
Unidades de Vazão Volumétrica
As unidades de vazão volumétrica mais utilizadas são: m³/s, m³/h, l/h, l/min.
Nm³/h.
Na medição de vazão volumétrica é importante referenciar as condições
básicas de pressão e temperatura, principalmente para gases e vapor, pois o
volume de uma substância depende da pressão e temperatura a que está
submetido.
94
UNIDADES DE VAZÃO
Vazão Mássica
É definida como sendo a quantidade em massa de um fluido que atravessa a
seção de uma tubulação por unidade de tempo. É representada pela letra Qm e
expressa pela seguinte equação:
m
Qm
t
Onde : m massa
t tempo
95
UNIDADES DE VAZÃO
Relação entre unidades
A relação entre as unidades de medição de vazão volumétrica e mássica pode
ser obtida pela seguinte expressão:
Qm ρ.Qv
Onde : ρ massa específica
Vazão Gravitacional
É a quantidade em peso que passa por uma certa seção por unidade de
tempo. É representada por Q.g e expressa pela seguinte equação:
W
Q.g
t
Onde : W peso
96
UNIDADES DE VAZÃO
Unidade Gravitacional
As unidades de vazão gravitacional mais utilizadas são: kgf/h e lbf/h.
Calor Específico
Define-se calor específico como o quociente da quantidade infinitesimal de
calor fornecido a uma unidade de massa de uma substância pela variação
infinitesimal de temperatura resultante deste aquecimento.
98
UNIDADES DE VAZÃO
Esta relação do calor específico k é a relação do calor específico de um volume
constante Cv relativo ao calor específico da pressão constante do gás.
K = Cp/Cv
Onde: K = relação dos calores específicos
Cp = calor específico à pressão constante J/kg x k
Cv = calor específico a volume constante J/kg x k
99
VAZÃO
VISCOSIDADE
É definida como sendo a resistência ao escoamento de um fluido em um duto
qualquer.
Está resistência provocará uma perda de carga adicional que deverá ser
considerada na medição da vazão.
100
VAZÃO
Viscosidade Absoluta
Define-se como sendo o atrito interno num fluido, que se opõe ao movimento
relativo de suas moléculas e ao movimento de corpos sólidos que nele se
encontrem. É representada pela letra grega μ (mi).
Viscosidade Cinemática
É a relação entre a viscosidade absoluta e a massa específica de um fluido,
tomados à mesma temperatura. É representado pela letra grega ν(ni).
101
VAZÃO
Tipos de Escoamento
Regime Laminar
Ocorre quando partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias bem
definidas, apresentando lâminas ou camadas (daí o nome laminar) cada uma delas
preservando sua característica no meio. No escoamento laminar a viscosidade age
no fluido no sentido de amortecer a tendência de surgimento de turbulência. Este
escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e em fluidos que apresentam
grande viscosidade.
102
VAZÃO
Tipos de Escoamento
Regime Turbulento
Ocorre quando as partículas de um fluido não movem-se ao longo de
trajetórias bem definidas, ou seja as partículas descrevem trajetórias irregulares,
com movimento aleatório, produzindo uma transferência de quantidade de
movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é comum na água,
cuja a viscosidade e relativamente baixa.
103
VAZÃO
Número de Reynolds
O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado
em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado
fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em
projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne
Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente
entre as forças de inércia e as forças de viscosidade.
104
VAZÃO
105
VAZÃO
Número de Reynolds
Exemplo de Escoamento Laminar e Turbulento em um ensaio de Túnel de Vento.
Laminar Turbulento
A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se
avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o
escoamento flui de forma laminar ou turbulenta.
106
VAZÃO
Número de Reynolds
Exercício
Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é laminar ou
turbulento sabendo-se que em uma tubulação com diâmetro de 4cm escoa água
com uma velocidade de 0,05m/s.
Dados:
Viscosidade Dinâmica da água: μ 1,0030x10-3 Ns/m²
Massa Específica da Água: ρ 1000kg/m²
.v.D
Re
1000.0,05.0,04
Re
1,003.10-3
Re 1994 Escoamento Laminar
107
VAZÃO
Medidores Indiretos
108
VAZÃO
Os diversos medidores de perda de carga variável usam diferentes tipos de
obstáculos ao fluxo do líquido, provocando uma queda de pressão. Relacionando
essa perda de pressão com a vazão, determina-se a medição de vazão pela
seguinte equação:
P1 Tp
Q K* * * p
Pp T1
Onde : Q vazão do fluido do local do estreitamento
K constante
P1 pressão medida
Pp pressão de projeto
T1 temperatura medida
Tp temperatura de projeto
p perda de carga entre fluxo, a montante
e a jusante do estreitamento.
109
VAZÃO
110
VAZÃO
Medição de Vazão através do Tubo de Pitot
É um dispositivo utilizado para medição de vazão através da velocidade
detectada em um determinado ponto de tubulação.
O tubo de Pitot é um tubo com uma abertura em sua extremidade, sendo esta
abertura colocada na direção da corrente fluida de um duto, mas em sentido
contrário. A diferença entre a pressão total e a pressão estática da linha nos
fornecerá a pressão dinâmica, que é proporcional ao quadrado da velocidade.
Pressão estática
Pressão total
Pressão dinâmica
111
VAZÃO
O tubo de Pitot mede apenas a velocidade do ponto de impacto e não a
velocidade média do fluxo. Assim sendo, a indicação da vazão não será correta se o
tubo de impacto não for colocado no ponto onde se encontra a velocidade média
do fluxo.
Pesquisadores, concluíram que o valor da velocidade média seria 0,8 da
velocidade máxima do duto.
Vídeo
Tubo de Pitot
112
VAZÃO
Annubar
O Annubar é um dispositivo de produção de pressão diferencial, que ocupa
todo o diâmetro do tubo. É projetado para medir a vazão total, de forma diferente
dos dispositivos tradicionais de pressão diferencial.
113
VAZÃO
Annubar
A barra sensora de pressão a jusante possui um orifício que está posicionado
no centro do fluxo de modo a medir a pressão do fluxo a jusante. A barra sensora
de pressão de montante possui vários orifícios, estes orifícios estão localizados
criteriosamente ao longo da barra, de tal forma que cada um detecta a pressão
total de um anel.
114
VAZÃO
Tubo de Venturi
A lei de Venturi, como é chamado o princípio, foi formulada em 1797, como
resultado das investigações de Giovanni Batista Venturi sobre problemas de
hidráulica. Tem ela o seguinte enunciado:
“Os fluidos sob pressão, na passagem através de tubos convergentes, ganham
velocidade e perdem pressão, ocorrendo o oposto em tubos divergentes.”
115
VAZÃO
Tubo de Venturi
A velocidade do fluido aumenta enquanto passa pela seção menor, já que num
dado tempo a mesma quantidade do fluido passa pelo tubo, tanto na seção menor
como no trecho de diâmetro mais largo. Em fase da velocidade maior do fluido ao
passar através da seção estreita, ele possui mais energia cinética, e,
consequentemente, a pressão cai.
116
VAZÃO
Tubo de Venturi
O Tubo de Venturi é um elemento deprimogênio (sem mecanismos
intermediários) ou medidor de vazão de diferencial de pressão.
Cone de Saída
Medida de Alta Pressão
Diminui progressivamente a
Garganta Cilíndrica
velocidade até ser igual a da
entrada
Tomada de Baixa
Pressão
117
VAZÃO
Tipos de Tubo de Venturi
118
VAZÃO
Tipo Clássico Curto
O tipo curto tem o difusor truncado.
119
VAZÃO
Tipo Retangular
É utilizado em dutos de configuração retangular como os utilizados para ar em
caldeira a vapor.
120
VAZÃO
Vantagens e Desvantagens do Tubo de Venturi
VANTAGENS DESVANTAGENS
Podem ser usados para medir Custo elevado (20 vezes mais caros
qualquer fluido. que uma placa de orifício).
Boa precisão. Dimensões grandes e incômodas.
Resistência à abrasão e ao acúmulo de Dificuldade de troca, uma vez
poeira ou sedimentos. instalado.
Capacidade de medição de grandes
escoamentos de líquidos em grandes
tubulações.
Não há nenhum elemento mecânico
imerso no escoamento.
121
VAZÃO
Tubo de Dall
Não utilizável para fluidos contendo sólidos, o qual sedimenta-se na garganta
ovalada e causa erosão no canto vivo.
A tomada de alta pressão do tubo de Dall, encontra-se localizada na entrada
da parte convergente do tubo.
A tomada de baixa pressão encontra-se localizada no final do cone
convergente, “gargalo”, início do cone divergente.
122
VAZÃO
Placas de Orifício
De todos os elementos primários inseridos em uma tubulação para gerar uma
pressão diferencial e assim efetuar medição de vazão, a placa de orifício é a mais
simples, de menor custo e, portanto, a mais empregada.
123
VAZÃO
Placas de Orifício
Um arranjo comum da placa de orifício é mostrado na figura abaixo:
124
VAZÃO
Vantagens e Desvantagens das Placas de Orifício
VANTAGENS DESVANTAGENS
Provoca considerável perda de carga
Simplicidade.
no fluxo.
Custo relativamente baixo. Faixa de medição restrita.
Pouca manutenção.
125
VAZÃO
Medidores Indiretos
Rotâmetros
Segue o princípio de “área variável”, onde o flutuador é suspenso pelo fluido a
uma altura correspondente à vazão. A leitura é feita, em uma unidade de volume
ou massa por tempo, diretamente sobre a escala gravada em baixo relevo no cone
de medição. A aresta superior do flutuador corresponde a linha de referência para
a leitura.
126
VAZÃO
Rotâmetros
Basicamente, um rotâmetro consiste de duas partes:
•Um tubo de vidro de formato cônico, colocado verticalmente na tubulação em
que passará o fluido que queremos medir. A extremidade maior do tubo cônico
ficará voltada para cima.
• No interior do tubo cônico, teremos um flutuador que se moverá verticalmente
em função da vazão medida.
127
VAZÃO
Rotâmetros
Conexão de Saída
Quando não há vazão, o flutuador permanece na base do
tubo.
Quando a vazão começa e o fluido atinge o flutuador, o
empuxo torna o flutuador mais leve. Porém como o
flutuador tem uma densidade maior que a do fluido, o
empuxo não é suficiente para levantar o flutuador.
Conexão de Entrada
128
VAZÃO
Instalação - Rotâmetros
129
VAZÃO
Exercícios
1 – Qual a vazão da água (em litros por segundos) circulando através de um tubo
de 32mm de diâmetro, considerando a velocidade da água como sendo 4m/s?
3,14x(0,025m) 2
A 0,00049m 2
4
2 litros/s
0,002m³/s
1000
Vazão V.A
Vazão 0,002m³/s
V 4,08m/s
131
A 0,00049m²
VARIÁVEL
TEMPERATURA
132
TEMPERATURA
Temperatura é sem dúvida a variável mais importante nos processos
industriais, e sua medição e controle, embora difíceis, são vitais para a qualidade
do produto e a segurança não só das máquinas como também do homem.
Qualquer que seja o tipo de processo, a temperatura afeta diretamente o seu
comportamento, provocando por exemplo:
ritmo maior ou menor na produção.
mudança na qualidade do produto.
aumento ou diminuição na segurança do equipamento e/ou pessoal.
maior ou menor consumo de energia.
maior ou menor custo de produção.
133
TEMPERATURA
A temperatura é uma propriedade da matéria que está relacionada com o
movimento dos átomos de uma substância. Normalmente esses átomos possuem
uma determinada energia cinética que se traduz nas formas de vibrações ou
deslocamento para os líquidos e gases.
Quanto mais rápido o movimento das moléculas, mais quente se encontra o
corpo, e quanto mais lento o movimento, mais frio se apresenta o corpo. Esta
condição pode ser descrita como um potencial térmico ou como uma energia
efetiva da substância (energia cinética).
134
TEMPERATURA
Logo, conceitualmente a temperatura pode ser definida como:
135
TEMPERATURA
Desde o início da termometria, os cientistas, pesquisadores e fabricantes de
termômetro sentiam dificuldades para atribuir valores de forma padronizada à
temperatura por meio de escalas reproduzíveis. Muitas escalas baseadas em
pontos diferentes foram desenvolvidas ao longo do tempo.
Dentre elas, as mais importantes foram a Fahrenheit, a Celsius e a Kelvin.
136
TEMPERATURA
Escala Celsius
Definida como sendo o intervalo de temperatura unitário igual a 1 Kelvin,
numa escala de temperatura em que o ponto 0 (zero) coincida com 273,15K.
A identificação de uma temperatura na escala Celsius é feita com o símbolo
“°C” colocado após o número. Exemplo: 245,36°C.
137
TEMPERATURA
Escala Celsius
A escala Celsius é uma escala relativa obtida pela escala Kelvin, sendo esta
relação definida pela equação:
°C = K – 273,15
Escala Fahrenheit
A identificação de uma temperatura na escala Fahrenheit é feita com o
símbolo “°F” colocado após o número. Exemplo: 23,40°F.
138
TEMPERATURA
Escala Kelvin (Temperatura Termodinâmica)
A escala Celsius é uma escala relativa obtida pela escala Kelvin, sendo esta
relação definida pela equação:
Zero absoluto
William Thomson
(Lorde Kelvin)
139
TEMPERATURA
Escala Kelvin (Temperatura Termodinâmica)
Na Escala Absoluta não usamos grau, pois é uma escala definida e calculada
experimentalmente, com “compromisso com a realidade física”.
Esta escala possui a mesma divisão da escala Celsius, isto é, um (1) grau Kelvin
corresponde a um (1) grau Celsius, porém seu zero inicia no ponto de temperatura
mais baixo possível, 273,15 graus abaixo de zero da escala Celsius.
A representação é feita com o símbolo “K” colocado após o número.
140
TEMPERATURA
Conversão entre as escalas de temperatura
Colocando em um mesmo ambiente três termômetros (um Celsius, um
Fahrenheit e um Kelvin), as diferentes leituras representam, em escalas diversas
uma mesma temperatura. A equação a seguir nos permite relacionar a leitura de
uma escala para outra, de uma mesma temperatura.
C F - 32 K - 273
5 9 5
141
TEMPERATURA
Medidores de Temperatura
A temperatura não pode ser determinada diretamente, mas deve ser deduzida
a partir de seus efeitos elétricos ou físicos produzidos sobre uma substância, cujas
características são conhecidas. Os medidores de temperatura são construídos
baseados nesses efeitos.
Podemos dividir os medidores de temperatura em dois grandes grupos,
conforme a tabela a seguir.
142
TEMPERATURA
1° grupo (contato direto) 2° grupo (contato indireto)
143
TEMPERATURA
Medidores de Temperatura
O 1º grupo abrange os medidores nos quais o elemento sensível está em
contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir. Já no 2º grupo
estão os medidores nos quais o elemento sensível não está em contato direto com
o material cuja temperatura se deseja medir.
A aplicação dos diversos tipos apresentados depende, em cada caso, de fatores
técnicos e econômicos. Observando a tabela a seguir, podemos fazer algumas
comparações no aspecto técnico entre o tipo indireto e direto.
144
TEMPERATURA
DIRETO INDIRETO
Condição necessária 1. Estar em contato com o objeto a ser A radiação do objeto medido
para medir com medido. tem que chegar até o detector.
precisão. 2. Praticamente não mudar a temperatura
do objeto em razão ao contato do detector.
145
TEMPERATURA
Medidores de contato direto
Vt V0[1 1( t) 2( t) 2 3 ( t) 3 ]
Onde : t temperatur a do líquido em C
t0 temperatur a de referência do líquido em C (normalmen te 0 C)
V0 volume do líquido à temperatu ra de referência
Vt Volume do líquido à temperatu ra t em C
1, 2, 3 coeficient e de expansão do líquido
t t - t0
146
TEMPERATURA
Medidores de Temperatura
Teoricamente, por causa dos termos de segunda e terceira ordem, esta relação
não é linear. Porém, estes termos são desprezíveis. Assim na prática, consideramos
esta relação como linear e utilizamos a equação a seguir.
Vt V0(1 βt)
147
TEMPERATURA
Termômetro de Vidro
Construção
Consta de um bulbo de vidro ligado a um tubo capilar, também de vidro, de
seção uniforme e fechada na parte superior. O bulbo e parte do capilar são
preenchidos por um líquido, sendo que na parte superior do capilar existe uma
câmara de expansão para proteger o termômetro no caso de a temperatura
exceder o seu limite máximo. Sua escala é linear e normalmente fixada no tubo
capilar no invólucro metálico.
148
TEMPERATURA
Termômetro de Vidro
Construção
Nos termômetros industriais, o bulbo de vidro é protegido por um poço
metálico e o tubo capilar, pelo invólucro metálico.
149
TEMPERATURA
Termômetro de Vidro
Tipos de Líquidos Utilizados
Diversos líquidos, tais como mercúrio, tolueno, álcool etílico, pentano, etc.,
são utilizados na fabricação de termômetro de vidro.
Normalmente emprega-se o mercúrio ou álcool etílico como líquido
termométrico, sendo que o mercúrio é o mais utilizado.
150
TEMPERATURA
Termômetro de Vidro
Tipos de Líquidos Utilizados
A tabela a seguir apresenta a faixa de utilização dos principais líquidos
termométricos.
Obs: Para o caso do mercúrio, cuja faixa normal é de -38°C a 350°C, pode-se elevar este limite
até 550°C mediante emprego de vidro adequado e injeção de um gás inerte sob pressão, pois
isso faz com que se evite a vaporização do mercúrio.
151
TEMPERATURA
Termômetro de Vidro
Utilização dos Termômetros de Vidro
Medidor barato
153
TEMPERATURA
Termômetro de Líquido com Capilar Metálico
154
TEMPERATURA
Termômetro de Líquido com Capilar Metálico
Tipos de Elemento Sensor
Basicamente, três tipos de elemento sensor podem ser utilizados para
medição de temperatura neste tipo de instrumento.
155
TEMPERATURA
Termômetro de Líquido com Capilar Metálico
Sistema de Compensação de Temperatura Ambiente
Pelo fato deste sistema utilizar líquido inserido num recipiente e da distância
entre o elemento sensor e o bulbo ser considerável, as variações na temperatura
ambiente afetam não somente o líquido no bulbo, mas todo o sistema (bulbo,
capilar e sensor), causando erro de indicação ou registro.
Este efeito da temperatura ambiente é compensado de duas maneiras, que
são denominadas classes IA e classe IB.
156
TEMPERATURA
Termômetro de Líquido com Capilar Metálico
Sistema de Compensação de Temperatura Ambiente
Na classe IB a compensação é feita somente na caixa do sensor, por meio de
uma lâmina bimetálica ou um espiral de compensação.
Classe IB
157
TEMPERATURA
Termômetro de Líquido com Capilar Metálico
Utilização de Termômetro de Líquido com Capilar Metálico
É ainda utilizado em algumas indústrias para indicação e registro, pois permite
leituras remotas e por ser o mais preciso dos sistemas mecânicos de medição de
temperatura (sua precisão é de +-0,5%). Porém, não é muito recomendado para
controle, em virtude de seu tempo de resposta ser relativamente grande.
Classe IB
158
TEMPERATURA
Termômetro de Líquido com Capilar Metálico
Recomendações
1. Instalar o bulbo dentro de um poço protetor para permitir manutenção
com o processo em operação.
2. Sempre que for instalado dentro de um poço protetor, preencher o espaço
entre o bulbo e o poço para reduzir o atraso na resposta. Para tal, podemos
usar mercúrio, óleo, grafite, glicerina, etc.
3. Não dobrar o capilar com curvatura acentuada para que não se formem
restrições que prejudicariam o movimento do líquido no seu interior,
causando falha no funcionamento do termômetro.
4. O comprimento máximo do capilar deste sistema deve ser de 60 metros para
os líquidos orgânicos e de 15 metros para enchimento com mercúrio.
Classe IB
159
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
Princípio de Funcionamento
O termômetro bimetálico baseia-se no fenômeno da dilatação linear dos
metais com a temperatura. A equação básica que rege esta relação é:
Lt L0(1 t)
Onde : t temperatura do metal em C
t0 temperatura de referência do metal em C (normalmente 0C)
L0 comprimento do metal à temperatura de referência
Lt comprimento do metal à temperatura t em C
coeficiente de dilatação linear
t t - t0
Classe IB
160
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
Construção
Baseado no fato de que os dois metais diferentes modificam as suas
dimensões de modo desigual ao variar a temperatura, o termômetro bimetálico
consiste em duas lâminas de metal justapostas, formando uma só peça e
geralmente na forma helicoidal. Uma extremidade da hélice é fixa e a outra é
ligada a um ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala circular
graduada.
Classe IB
161
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
Tipos de Metais Utilizados
Para a construção de um termômetro bimetálico, normalmente usa-se o Invar
(64%Fe-36%Ni) como metal de baixo coeficiente de dilatação e o latão como
metal de alto coeficiente de dilatação. Porém, para temperaturas mais elevadas,
utiliza-se também o níquel como metal de alto coeficiente de dilatação térmica.
162
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
Tipos de Metais Utilizados
Para a construção de um termômetro bimetálico, normalmente usa-se o Invar
(64%Fe-36%Ni) como metal de baixo coeficiente de dilatação e o latão como
metal de alto coeficiente de dilatação. Porém, para temperaturas mais elevadas,
utiliza-se também o níquel como metal de alto coeficiente de dilatação térmica.
163
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
164
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
165
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
Recomendações na Instalação
1. Utilizar sempre poço protetor metálico para evitar corrosão, dar proteção
mecânica e permitir manutenção com o processo em operação.
2. Em baixa temperatura, a caixa do termômetro bimetálico deve ser
hermeticamente selada para evitar que a penetração da umidade venha a
formar gelo, prejudicando os componentes internos do instrumento.
3. Para evitar erros em razão da temperatura ambiente, o bimetálico deve estar
completamente imerso no fluido.
4. A velocidade do fluido deve ser bastante alta, a fim de assegurar uma rápida
transferência de calor.
166
TEMPERATURA
Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico)
167
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Princípio de Funcionamento
Lei de Charles e Gay-Lussac
P1 P2 Pn
...
T1 T2 Tn
Onde : P1 ; P2 ; ... ; Pn pressão absoluta do gás
T1 ; T2 ; ... ; Tn temperatura absoluta do gás
168
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Experimentalmente
Manteremos o volume constante e analisaremos os resultados desse
procedimento.
Considere o recipiente de tampa móvel. Travaremos a tampa, pois assim
deixaremos o volume do gás constante. Após isso iniciaremos o aquecimento.
Ao sofrer esse aquecimento, o gás irá tentar se expandir, mas isso é algo que
não ocorre pois a tampa está travada. O resultado será o aumento da pressão do
gás sobre as paredes do recipiente.
169
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Lei de Charles e Gay-Lussac
Transformação Isotérmica
(volume constante)
P
P KT . : K
T
P1 P2
170
T1 T2
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Construção
Sua construção é praticamente idêntica à dos termômetros de líquido com
capilares metálicos, porém o bulbo é geralmente grande, a fim de obter maior
força.
171
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Construção
Sua construção é praticamente idêntica à dos termômetros de líquido com
capilares metálicos, porém o bulbo é geralmente grande, a fim de obter maior
força.
172
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Tipos de gás de enchimento
Como gás de enchimento utilizam-se normalmente nitrogênio, hélio, neônio
ou dióxido de carbono (CO2). Porém, por ser inerte e mais barato, o nitrogênio é o
gás mais utilizado.
O limite inferior é determinado pela temperatura crítica do gás, e o limite superior pelo tipo de
capilar.
173
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Tipos de elemento sensor
Este sistema utiliza os mesmos tipos de sensores que o termômetro de líquido
com capilar metálico, ou seja, tipo bourdon, espiral ou helicoidal.
Sistema de compensação da temperatura
Por causa do grande volume do bulbo, a relação entre o seu volume e o do
capilar é considerável, sendo então as variações de pressão com a temperatura
desprezíveis.
Por isso não é necessário efetuarmos a compensação total. Porém, a
compensação na caixa às vezes se faz necessária; quando isto ocorre, é feita por
um bimetal fixado na espiral, e o instrumento é denominado classe III.
174
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
Compensação classe III
176
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Gás
177
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Vapor
Lei de Dalton
178
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Vapor
A temperatura é determinada na
superfície livre, entre o líquido e o vapor.
180
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Vapor
Construção
Sua construção é fisicamente idêntica à dos termômetros à pressão de gás,
porém o bulbo é relativamente pequeno.
Tipos de metais utilizados na construção do termômetro de vapor
1. Bulbo e capilar: aço inoxidável, aço, cobre e latão.
2. Elemento de medição: cobre-berílico, bronze fosforoso e aço inoxidável.
181
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Vapor
182
TEMPERATURA
Termômetro à Pressão de Vapor
Utilização
É provavelmente o mais largamente utilizado dos termômetros à pressão, por
ser mais barato e mais simples de manter, além de permitir leituras remotas com
um tempo de resposta relativamente rápido, porém com uma precisão na ordem
de 1%.
183
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo bulbo de resistência ou termoresistência
Um dos métodos elementares para medição de temperatura envolve
mudança no valor da resistência elétrica de certos metais com a temperatura.
184
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo bulbo de resistência ou termoresistência
Princípio de Funcionamento
As termorresistências ou bulbos de resistência ou termômetros de resistência
ou RTD são sensores que se baseiam no princípio da variação da resistência ôhmica
em função da temperatura. Elas aumentam a resistência com o aumento da
temperatura.
185
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo bulbo de resistência ou termoresistência
Termorresistência de Platina
Os sensores de platina, por causa de suas características, permitem um
funcionamento até temperaturas bem mais elevadas e têm seu encapsulamento
normalmente em cerâmica ou vidro. A este sensor são dispensados maiores
cuidados de fabricação, porque apesar da Pt não restringir o limite de temperatura
de utilização, quando a mesma é utilizada em temperaturas elevadas, existe o risco
de contaminação dos fios.
186
TEMPERATURA
Bulbo de Resistência tipo PT100
A termorresistência de platina é a mais usada industrialmente por causa da
sua grande estabilidade e precisão. Esta termorresistência tem sua curva
padronizada conforme norma DIN-IEC 751/1985 e possui como características uma
resistência de 100Ω a 0°C.
Convencionou-se chamá-la de PT100 (fios de platina com 100Ω a 0°C).
187
TEMPERATURA
Bulbo de Resistência tipo PT100
Sua faixa de trabalho vai de -200°C a 650°C, porém a ITS-90 padronizou seu uso
até 962°C, aproximadamente.
188
TEMPERATURA
Bulbo de Resistência tipo PT100
Utilização
Sua utilização normalmente são em processos que necessitam de precisão,
como por exemplo: indústrias alimentícias, petroquímicas, cervejaria, laboratórios,
etc.
189
TEMPERATURA
Bulbo de Resistência tipo PT100
Encapsulada em inox
190
TEMPERATURA
Bulbo de Resistência tipo PT100
Construção Física
O fio de platina ou níquel é enrolado na forma helicoidal e encapsulado
hermeticamente em um bulbo de cerâmica ou vidro.
Bulbo de vidro
Geralmente usados em laboratório, onde se
deseja um tempo de resposta baixo.
Bulbo de cerâmica
Mais recomendados para aplicações industriais,
pois tem uma maior resistência mecânica e são
economicamente mais viáveis. Sua corrente pode
variar de 1 a 2 mA
191
TEMPERATURA
Bulbo de Resistência tipo PT100
Autoaquecimento
É causado pela corrente que passa pela resistência, oriundo do instrumento
de leitura. Por efeito Joule, há a geração de calor, quando uma corrente elétrica
atravessa uma resistência.
(P R.I 2 )
192
TEMPERATURA
Bulbo de Resistência tipo PT100
195
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo Termopar
196
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo Termopar
Efeitos Termoelétricos
Quando dois metais são unidos em suas extremidades, e estas mantidas a
diferentes temperaturas, três fenômenos ocorrem simultaneamente:
Efeito Seebeck
Efeito Peltier
Efeito Thomson
197
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo Termopar
Efeito Seebeck
198
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo Termopar
Efeito Seebeck (na prática)
199
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo Termopar
Efeito Peltier
200
TEMPERATURA
Sensores de temperatura tipo Termopar
Efeito Peltier (na prática)
203
TEMPERATURA
Termopar
Termopares Básicos
Tipo “T”
Tipo “J”
Tipo “E”
Tipo “K”
Termopares Nobres
Tipo “S”
Tipo “R”
Tipo “B”
205
TEMPERATURA
Termopar
TIPO T
Nomenclaturas: T - Adotado pela Norma ANSI
CC - Adotado pela Norma JIS
Cu - Co
Cobre - Constantan
Liga: (+) Cobre - (99,9 %)
(- ) Constantan - São as ligas de Cu-Ni compreendidos no intervalo entre Cu (50 %) e
Cu (65 %) Ni ( 35 % ).
A composição mais utilizada para este tipo de termopar é de Cu (58 %) e Ni (42 %).
Características:
Faixa de utilização: - 184 a 370 °C
f.e.m. produzida: - 5,333 a 19,027 mV
Aplicações: Criometria ( baixas temperaturas ), Indústrias de refrigeração, Pesquisas
agronômicas e ambientais, Química e Petroquímica.
206
TEMPERATURA
Termopar
TIPO J
Nomenclaturas: J - Adotada pela Norma ANSI
IC - Adotada pela Norma JIS
Fe-Co
Ferro - Constantan
Liga: (+) Ferro - (99,5 %)
(-) Constantan - Cu ( 58 % ) e Ni ( 42 % ), normalmente se produz o ferro a partir
de sua característica casa-se o constantan adequado.
Características:
Faixa de utilização: 0 a 760 °C
f.e.m. produzida: 0 a 49,922 mV
Aplicações: Centrais de energia, Metalúrgica, Química, Petroquímica, indústrias em
geral.
207
TEMPERATURA
Termopar
TIPO E
Nomenclatura: E - Adotada pela Norma ANSI
CE - Adotada pela Norma JIS
NiCr-Co
Liga: (+) Chromel - Ni ( 90 % ) e Cr ( 10 % )
(-) Constantan - Cu ( 58 % ) e Ni ( 42 % )
Características:
Faixa de utilização: 0 a 870 °C
f.e.m. produzida: 0 a 66,473 mV
Aplicações: Química e Petroquímica
208
TEMPERATURA
Termopar
TIPO K
Nomenclaturas: K - Adotada pela Norma ANSI
CA - Adotada pela Norma JIS
Liga: (+) Chromel - Ni ( 90 % ) e Cr ( 10 % )
(-) Alumel - Ni( 95,4 % ), Mn( 1,8 % ), Si( 1,6 % ), Al( 1,2 % )
Características:
Faixa de utilização: 0 a 1260 °C
f.e.m. produzida: 0 a 50,99 mV
Aplicações: Metalúrgicas, Siderúrgicas, Fundição, Usina de Cimento e Cal, Vidros,
Cerâmica, Indústrias em geral.
209
TEMPERATURA
Termopar
TIPO S
Nomenclaturas: S - Adotada pela Norma ANSI
Pt Rh 10 % - Pt
Liga: (+) Platina Rhodio 10 %
(-) Platina 100 %
Características:
Faixa de utilização: 0 a 1480 °C
f.e.m. produzida: 0 a 15,336 mV
Aplicações: Siderúrgica, Fundição, Metalúrgica, Usina de Cimento, Cerâmica, Vidro e
Pesquisa Científica.
Observação: É utilizado em sensores descartáveis na faixa de 1200 a 1768 °C, para
medição de metais líquidos em Siderúrgicas e Fundições.
210
TEMPERATURA
Termopar
TIPO R
Nomenclaturas: R - Adotada pela Norma ANSI
PtRh 13 % - Pt
Liga: (+) Platina 87 % Rhodio 13 %
(-) Platina 13 %
Características: Faixa de utilização: 870 a 1705 °C
f.e.m. produzida: 3,708 a 12,485 mV
Aplicações: As mesmas do tipo S.
TIPO B
Nomenclaturas: B - Adotada pela Norma ANSI
PtRh 30 % - PtRh 6 %
Liga: (+) Platina 70 % Rhodio 30 %
(-) Platina 94 % Rhodio 6 %
Características:
Faixa de utilização: 870 a 1705 °C
f.e.m. produzida: 3,708 a 12,485 mV
211
Aplicações: Vidro, Siderúrgica, alta temperatura em geral.
TEMPERATURA
Termopar
212
TEMPERATURA
Termopar – Com temperatura de referência a 0°C
213
TEMPERATURA
Termopar – Com temperatura de referência a 0°C
Ex1: O sinal gerado por um termopar tipo R, com junta de referência a 0°C foi
de 4,083mV. A temperatura (consultando a tabela) é
214
TEMPERATURA
Termopar – Com temperatura de referência a 0°C
215
TEMPERATURA
Termopar – Aquecimento controlado por termostato
Difere do tipo anterior com relação à temperatura de referência (valor acima
de zero) que é mantida através de resistências elétricas controladas por
termostato, que proporcionam condições mais favoráveis de utilização industrial. O
sinal correspondente a esta temperatura é fornecido por um circuito de
compensação para o instrumento receptor.
216
TEMPERATURA
Termopar – Aquecimento controlado por termostato
217
TEMPERATURA
Termopar – Com compensação eletrônica da Junta de Referência
O sinal captado pelo instrumento já fornece o valor corrigido. Nestes
instrumentos encontra-se um sensor de temperatura que pode ser uma
termorresistência, termistor, associado a um circuito conversor, que mede
continuamente a temperatura ambiente e suas variações, adicionando ao sinal que
chega do termosensor uma tensão correspondente à diferença da temperatura
ambiente para a temperatura de 0°C.
218
TEMPERATURA
Termopar – Exercícios
219
TEMPERATURA
Termopar – Exercícios
220
TEMPERATURA
Termopar – Com compensação eletrônica da Junta de Referência
221
TEMPERATURA
Termopar – Fios e cabos de extensão e compensação
Na grande maioria das aplicações dos termopares na medição de
temperatura, o processo industrial fica a grandes distâncias do instrumento
receptor (indicação, registro ou controle). Apesar de tecnicamente podermos
utilizar um termopar de comprimento tal que vá do processo ao instrumento, os
grandes custos para este tipo de montagem inviabilizam-na totalmente
(principalmente no caso de termopares nobres).
222
TEMPERATURA
Termopar – Fios e cabos de extensão e compensação
Poderíamos utilizar para interligar o elemento sensor com o receptor, fios de
cobre comuns, conduzindo o sinal gerado pelo termopar até o instrumento?
Não, pois o termopar gera um sinal proporcional à diferença de temperatura
entre suas junções, e como normalmente a temperatura do instrumento não é a
mesma da junção de referência do termopar; torna-se necessário que o
instrumento seja ligado ao sensor através de fios que possuam uma curva similar
àquela do termopar, a fim de compensar a diferença de temperatura existente
entre a junção de referência e o instrumento e para que no instrumento possa ser
efetuada corretamente a compensação da temperatura ambiente.
Portanto, fios e cabos de extensão e compensação (ou fios e cabos
compensados), nada mais são que outros termopares, cuja função além de
conduzir o sinal gerado pelo sensor, é a de compensar os gradientes de
temperatura existentes entre a junção de referência (cabeçote) do sensor e os
bornes do instrumento, gerando um sinal proporcional de tensão (milivolts) a este
gradiente.
223
TEMPERATURA
Termopar – Fios e cabos de extensão
São constituídos de mesma liga dos termopares a que se destinam, porém
com menor pureza. Utilizados em termopares básicos tipos T, J, E e K. Apesar de
possuírem a mesma liga dos termopares, apresentam um custo menor pois sua
composição química não é tão homogênea quanto a do termopar. A Tmáx
recomendada para utilização é 200°C.
224
TEMPERATURA
Termopar – Fios e cabos de compensação
São constituídos com ligas de materiais diferentes dos termopares a que se
destinam, porém com curva de característica equivalente para a faixa de
temperatura de sua aplicação. Utilizados em termopares nobres (constituídos de
platina). Os materiais têm que ser diferentes, pois a platina tem custo elevado.
225
TEMPERATURA
Termopar – Ligação dos fios e cabos de extensão e de compensação
Para visualizar melhor a importância dos fios e cabos de extensão e
compensação, apresentaremos dois exemplos, sendo que no primeiro será
utilizado cabo de extensão e no segundo será utilizado cabo de cobre comum.
Exemplos:
1. Ligação de um termopar, com cabo de extensão
226
TEMPERATURA
Termopar – Ligação dos fios e cabos de extensão e de compensação
2. Ligação do mesmo termopar, com cabo de cobre comum
227
TEMPERATURA
Termopar – Inversão Simples
228
TEMPERATURA
Termopar – Dupla Inversão
A dupla inversão acontece com frequência porque, quando uma simples inversão
é constatada, é comum pensar-se que uma nova troca na ligação dos terminais
compensará o erro. Porém, isto não acontece. É evidente que, se o cabeçote e o
registrador estiverem à mesma temperatura, a dupla inversão não ocasiona
229 discrepância na medição.
TEMPERATURA
Termopar – Codificação para fios e cabos de extensão e de compensação
Para facilitar a identificação do tipo e da polaridade dos condutores, como
cabos de extensão ou compensação na interligação de termopares, é utilizado, por
diversas normas, o código de cores.
230
TEMPERATURA
Termopar – Associação de Termopares
Para uma melhor adaptação de termopares aos processos industriais, bem
como atender os objetivos de diversos tipos de medição, costuma-se utilizar de
associação de termopares, em série ou em paralelo, cada qual com suas
finalidades específicas.
231
TEMPERATURA
Termopar – Associação em Paralelo
Para medirmos a temperatura média ao longo de um grande duto, em grandes
fornos ou equipamentos onde a medida pontual não é significativa, podemos usar
os termopares, ligando certo número deles em paralelo. A milivoltagem no
instrumento ou no ponto de conexão em paralelo é a média daquela produzida
pelo número de termopares utilizados. Esta voltagem é igual à soma das voltagens
individuais, dividida pelo número de termopares ou é a mesma milivoltagem que
poderia ser gerada por um único termopar, na temperatura média.
232
TEMPERATURA
Termopar – Associação em Paralelo
Exemplo de 2 termopares tipo “K” em paralelo:
234
DENSIDADE
A densidade é uma propriedade física da matéria, assim como cada elemento
tem uma densidade exclusiva associada. Densidade definida de forma qualitativa
como a medida de "peso" relativo de objetos com volume constante.
Por exemplo: uma pedra é obviamente mais densa do que um pedaço de papel
do mesmo tamanho.
A definição formal de densidade é massa por unidade de volume. Geralmente,
a densidade é expressa em g / mL ou cc (centímetros cúbicos).
235
DENSIDADE
Densidade é a razão entre a massa de um material e o volume por ele
ocupado.
Densidade é uma propriedade específica de cada material e pode ser calculada
para líquidos, sólidos ou gases por meio da seguinte fórmula:
236
DENSIDADE
Assim, quando dizemos, por exemplo, que a densidade do ferro é de 7,86
g/cm3, isso quer dizer que o volume de 1 cm3 de ferro apresenta 7,86 g.
m = 6500 g
DENSIDADE
A densidade de um líquido pode ser medida na prática por meio de um
aparelho chamado densímetro (figura abaixo). Ele é formado por um tubo de vidro
com uma haste graduada em densidades e, na parte inferior, possui uma parte
mais larga e mais “pesada”. Ao ser colocado no líquido, o densímetro fica numa
posição em que o nível do líquido fica exatamente em cima da graduação na haste.
238
DENSIDADE
O densímetro é muito usado para verificar adulterações em determinados
produtos. Por exemplo, você já deve ter visto em postos de gasolina um
densímetro que fica à mostra mergulhado no etanol. A densidade do álcool é de
0,79 g/cm3, o densímetro deve apontar esse valor; do contrário, o etanol foi
adulterado.
No entanto, a densidade é uma grandeza que varia de acordo com a
temperatura e pressão. Isso ocorre porque as variações da temperatura e da
pressão provocam uma alteração no volume do material e, consequentemente,
alteram também a densidade que é inversamente proporcional ao volume. Por
exemplo, o balão da imagem abaixo consegue subir porque quando o ar é
aquecido (temperatura aumenta), o seu volume também aumenta e a sua
densidade diminui.
239
DENSIDADE
Portanto, o correto é se referir à densidade dos materiais citando em que
temperatura se encontram e sobre qual pressão. Por exemplo: “A densidade do
chumbo é de 11,34 g/cm3, a 20ºC e 1,0 atm.”.
Um material menos denso flutua sobre um mais denso. O contrário também
ocorre, um material mais denso afunda num material menos denso. Além disso, à
medida que muda de estado físico, uma mesma substância possui diferentes
densidades.
Para verificar esses pontos, veja o caso da água. À temperatura ambiente, no
estado líquido, ela possui densidade igual a 1,0 g/cm3. À medida que ela vai
congelando, as suas moléculas realizam ligações de hidrogênio, ficando dispostas
tridimensionalmente de forma organizada, numa grade cristalina com espaços
vazios. O resultado é que a densidade do gelo fica menor (0,92 g/cm3) que a da
água e flutua quando colocado nela:
240
CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO
Ainda é muito comum o uso de medidores de pressão com indicação
analógica em industrias, prestadores de serviço, hospitais, etc. A figura abaixo
apresenta um modelo de um manômetro com indicação analógica ou medidor
analógico de pressão.
241
CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO
No Brasil, as características construtivas e metrológicas para os medidores
analógico de pressão são estabelecidas e definidas na norma ABNT NBR 14105 –
1: Medidores de Pressão – Parte 1: Requisitos de fabricação, classificação,
ensaios e utilização. Outro documento que também estabelece informações
sobre as características metrológicas para medidores analógicos de pressão é o
documento de caráter orientativo DOC-CGCRE-017 – Orientação para a realização
de calibração de medidores analógicos de pressão, publicado pelo CGCRE
(Coordenação Geral de Acreditação).
242
CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO
A norma ABNT NBR 14105 apresenta nos itens 3.56 – Classe de exatidão, 7.1
– Classe de exatidão, e 8.2 – Ensaio para determinação da classe de exatidão e
histerese as informações sobre o conceito de classe de exatidão e o como
determinar a classe de exatidão de um manômetro. A calibração do manômetro,
vacuômetro ou manovacuômetro é o ensaio requisitado pela norma para
identificação da classe de exatidão. O conceito de classe de exatidão é definido
como:
Classe de Exatidão:
Classe de instrumentos de medição que satisfazem certas exigências
metrológicas destinadas a conservar erros dentro de limites especificados.
Considera-se o erro máximo admissível, expresso em porcentagem da amplitude
da faixa nominal do instrumento. Os erros de exatidão incluem histerese e
repetitividade.
243
CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO
Outro dois conceitos apresentados na ABNT NBR 14105-1, para classificar um
medidor analógico de pressão é o erro de histerese e o erro de repetitividade.
Ambos os erros podem ser observados durante a calibração do manômetro,
vacuômetro ou manovacuômetro e devem ser relatados no certificado de
calibração do manômetro, vacuômetro ou manovacuômetro.
Erro de histerese:
Diferença máxima entre as indicações crescentes e decrescentes, em
qualquer ponto da escala, em uma calibração.
Erro de repetitividade:
Diferença máxima entre um número consecutivo de indicações para uma
mesma pressão, em iguais condições de operação, em um mesmo sentido de
aplicação de pressão.
244
CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO
Para que possamos identificar o erro de indicação de um medidor analógico
de pressão é preciso realizar a calibração. Através da calibração do manômetro
ou do vacuômetro é possível avaliar as informações de erro de indicação, erro de
repetitividade e erro de histerese.
O erro de medição, quando apresentado em porcentagem da amplitude da
faixa nominal do instrumento é chamado de erro fiducial. O maior erro fiducial
encontrado em uma calibração determina a classe de exatidão do medidor de
pressão. A próxima tabela, retirada da ABNT NBR 14105-1 apresenta as classes
de exatidão e erros máximos admissíveis para cada classe.
245
CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO
Os manômetros são classificados pela NBR 14105 – Manômetros com sensor
de elemento elástico – Recomendações de fabricação e uso, segundo a classe de
exatidão em A4, A3,A2 e A1. Nesta classificação os erros máximos admissíveis
não devem exceder os seguintes limites:
246
CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO
Os valores estabelecidos como erros máximos admissíveis podem ser
utilizados como requisitos para a avaliação e aceitação de um certificado de
calibração de um medidor analógico de pressão, ou seja, manômetro,
vacuômetro ou manovacuômetro.
Antes de comprar um medidor analógico de pressão é importante observar a
necessidade da classe de exatidão requerida. Os custos de um medidor analógico
de pressão mudam significativamente conforme a classe de exatidão melhora. A
figura abaixo apresenta um manômetro analógico padrão com classe de exatidão
abaixo de 1% da amplitude da faixa nominal.
247
CLASSIFICAÇÃO DOS MANÔMETROS TIPO BOURDON
Exemplo: Um manômetro cuja classe de exatidão é A4 com faixa de indicação de
0 a 400 MPa.
248