Trabalho em Grupo 2016-1

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL VII

LILIANE REIS SOARES


NIALA RIBEIRO ALVES
PRISCILA QUEIROZ SOUZA
SILÊNCIO RIBEIRO VIANA FILHO

REFLEXÃO SOBRE O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO


QUE SE REFERE ÀS PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO

Itapetinga – BA
2016
LILIANE REIS SOARES
NIALA RIBEIRO ALVES
PRISCILA QUEIROZ SOUZA
SILÊNCIO RIBEIRO VIANA FILHO

REFLEXÃO SOBRE O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO


QUE SE REFERE ÀS PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO

Trabalho apresentado ao Curso Serviço


Social da Universidade Norte do Paraná –
UNOPAR, para às disciplinas Gestão
Social e Análise de Políticas Sociais,
Comunicação na Prática do Assistente
Social, Projeto de Trabalho de Conclusão
de Curso e Estágio em Serviço Social III.

Orientadoras: Maria Ângela Santini,


Valquíria Apª. Dias Caprioli, Amanda
Boza, Nelma S. A. Galli.

Itapetinga-BA
2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................05
2.1 Comunicação popular e comunitária....................................................................07
2.2 O serviço social e a clareza das competências profissionais ético-política.........08
teórico-metodológica e técnica-operativa
2.3 Como se efetiva a participação popular nos meios de comunicação?................09
3. CONCLUSÃO........................................................................................................ 10
4. REFERÊNCIAS......................................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho teve o objetivo de fazer uma reflexão da atuação do assistente


social e os meios de comunicação, para tanto foi necessário fazer uma explicação
sobre o que é comunicação e os elementos da comunicação e uma explicação de
como o assistente social pode fazer uso dessa ferramenta para desempenhar
melhor sua função para depois entrarmos no assunto.
Buscou-se também conhecer como surgiu a comunicação popular, que iniciou
através de um grupo de operários que buscava conhecer os direitos e essas
informações eram passadas através dos movimentos sindicais e apresentou alguns
autores que trouxeram importantes contribuições ao corpo do trabalho sobre a
comunicação popular e comunitária.
Em seguida foi feito um apanhado do serviço social e a clareza das
competências profissionais ético-política, teórico-metodológica e técnica-operativa,
que ajudam o assistente social no decorrer da profissão e que sem essa
instrumentalidade é impossível exercer sua profissão com ética.
Outro ponto importante do trabalho destacou como se efetivou a participação
popular nos meios de comunicação e nesse trabalho evidenciou-se a importância
das rádios comunitárias nesse processo de democratização, deixando claro que, a
democratização dos meios de comunicação trouxe a possibilidades da população de
maneira em geral ter acesso a esses meios, que antes era privilégio das classes
dominantes.
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2- DESENVOLVIMENTO

O trabalho do assistente social é de extrema relevância para a comunidade,


isso se deve ao fato de que na contemporaneidade os cidadãos são mais
conscientes dos direitos sociais, essa consciência aumentou devido à exposição na
mídia dos programas em que se têm direitos.
Nesse cenário surge o Assistente Social, que através das ações
desenvolvidas, principalmente nos Centros de Referência Social, orienta a
população de uma forma adequada. Nota-se que em praticamente todas as áreas,
como saúde, educação e bem estar social, esse profissional se faz presente
interagindo com os cidadãos para melhor informar, orientar e encaminhar quando
surge a necessidade de ser bem instruído quanto aos direitos sociais.
Nesse sentido, para que haja essa ligação entre os cidadãos e o serviço
social, a comunicação é necessária, pois ela colabora para que a ligação entre todos
seja eficiente, porque sempre é na hora de maior necessidade que o cidadão recorre
ao AS, então o processo de comunicação deve ser relevante. Para Ferreira (2000, p.
170) comunicação é “Ato ou efeito de comunicar-se, processo de emissão,
transmissão e recepção de mensagens por meio de métodos ou sistemas
convencionados”.
Vale ressaltar que nesse processo de comunicação os participantes devem
manter uma sintonia, ou seja, porque a comunicação só acontece quando há uma
concatenação das ideias transmitidas e o receptor e emissor devem estar
interessados em manter um diálogo.
Para que de fato se estabeleça uma comunicação faz-se necessário conhecer
os elementos da comunicação e Carmona (2011,p.02) mostra que:
O emissor é o remetente da mensagem, o receptor é a quem a mensagem
é destinada, a mensagem é o conteúdo das informações transmitidas. O
canal de mensagem ou contato é transferido por meio de uma mídia, pelo
qual a mensagem é transmitida (imagens, sons, fala, gostos, etc.); o código
é o sistema que será utilizado para que o receptor consiga decodificar a
mensagem enviada pelo emissor; o contexto, que é justamente o tema da
mensagem enviada e o feedback que faz a verificação do sucesso na
transmissão de uma mensagem, é ele que determina se a compreensão foi
obtida.
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Desse modo há a necessidade do assistente Social conhecer esses


elementos e saber que a comunicação na profissão é um bem precioso para
alcançar êxito.
Para melhor compreensão, de como o trabalho do Assistente Social está
intimamente ligada à comunicação, no próximo tópico abordar-se-á comunicação
popular e a comunitária.

2.1 Comunicação popular e comunitária

A comunicação popular surge no Brasil em decorrência do movimento operário e


teve muita influência na disseminação de direitos, como também era um canal de
reivindicação de direitos pela classe operária, esses direitos começam a ser
divulgados através do movimento sindical, pois a comunicação popular tem em seu
cerne os movimentos sociais.
Nesse sentido, Festa ( 1984, p. 170) assim define a comunicação popular:
Em suma, a comunicação popular refere-se ao modo de expressão das
classes populares de acordo com a sua capacidade de atuar sobre o
contexto social na qual ela se reproduz. Contexto de enfrentamento com o
projeto de dominação capitalista. Nesse contexto, a comunicação popular é
o agente da definição do projeto popular, que vai conformando a inter-
relação entre grupos e classes populares e a sua incapacidade atual de
articular alianças políticas. Daí porque ela se expressa em espaços
determinados como nas CEBs, sindicatos, grupos de mulheres, centros de
educação e comunicação popular, grupos culturais, movimento de
favelados, etc.

Vale ressaltar, que não só os movimentos sociais em defesa dos direitos dos
trabalhadores, mas toda forma de expressão, seja cultural, social e não tão pouco só
a técnicas e meios e segundo Festa (1984, p. 232).
(...) mas também a processos culturais que se articulam através de redes
populares com sentidos e símbolos sociais e políticos diferenciados da
classe dominante. Ela constitui a busca de outra sociedade a partir das
organizações sociais (1984,p.232).

Essas organizações sociais têm papel fundamental no desenvolvimento do


ser humano, pois ele antes de tudo é um ser social que merece ser respeitado e
tratado com todo respeito. Diante disso, o assistente social, deve lançar mão de
todos os meios t técnicas para dar visibilidade ao sujeito, que durante muito tempo
foi oprimido pelo sistema capitalista e que hoje conquistou direitos sociais
importantes para consolidação de uma sociedade mais justa.
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Para que essas ideias sejam disseminadas, há necessidade que a


comunidade participe de maneira efetiva nas lutas que podem beneficiá-las. Nesse
sentido é importante conceituar o que seja comunidade, pois não existe
comunicação popular sem que de fato tenha uma comunidade.
Dessa maneira Heller (1989, p. 70) conceitua a comunidade como:
(...) uma unidade estruturada, organizada, de grupos, dispondo
de uma hierarquia homogênea de valores e à qual o indivíduo
pertence necessariamente, essa necessidade pode decorrer do
fato de se „estar lançado‟ nela ao nascer, caso em que a
comunidade promove posteriormente a formação da
individualidade ou de uma escolha relativamente autônoma do
indivíduo já desenvolvido. (HELLER, 1989,p.70).

Nessa perspectiva, é relevante entender que essa sociedade estruturada,


designada de comunidade, sofre influências de vários setores da sociedade, sendo
assim, há a necessidade de estarem organizadas para conseguir romper com as
massas dominantes que a todo custo tenta impor, ou seja, oprimir o menos
favorecido.
É nesse cenário que se solidifica a atuação do assistente social, fazendo valer
direitos e deveres adquiridos e auxiliando essas comunidades a conhecerem os
direitos e a comunicação popular é de suma importância para a efetivação desses
conhecimentos.
Para dar ênfase a atuação do assistente social é que no próximo tópico, far-
se-á uma abordagem mais detalhada sobre a atuação do assistente social quanto à
clareza de suas competências no momento de atuar.

2.2 O serviço social e a clareza das competências profissionais ético-política,


teórico-metodológica e técnica-operativa.

As atividades desenvolvidas pelo assistente social são importantes para


conhecer a realidade social dos grupos que são atendidos, para tanto se faz
necessário utilizar alguns instrumentos para poder conhecer essa realidade. Com
isso se faz necessário conhecer a instrumentalidade no serviço social. Porque para
atuar o profissional necessita da parte técnica que é a objetiva e a parte subjetiva
que é compreender os processos sociais e históricos que o indivíduo se constitue
com sujeito, para depois usar esses conhecimentos para intervir quando existir um
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conflito, isso se refere a instrumentalidade, ou seja como o assistente social media


esses conflitos.
Sabe-se que vários são os instrumentos que podem ser utilizados pelo
profissional. Para atuar o assistente social necessita ser um profissional ético,
pautado na legislação, que de certa forma saiba quais instrumentos utilizar e
desenvolver um método de trabalho.
Assim, o profissional deve estar pautado em técnicas e conhecimentos que
viabilize o seu trabalho, ou seja, rompe-se com uma prática fragmentada e há
possibilidade de uma prática qualificada, baseada no projeto ético.
Nesse novo modelo de se intervir na realidade, lançado em bases sólidas,
auxilia o profissional atuar com ética e sobre tudo com democracia para lutar pelos
direitos de cada cidadão.
Desse modo, intervir na realidade, faz com que esse profissional, nessa nova
perspectiva na contemporaneidade, venha refletir sobre a prática. A
instrumentalidade leva o profissional a atuar com mais qualidade, devido a práxis, e
o possibilita a intervir na realidade. O campo de atuação do assistente social é vasto,
dentre eles os movimentos sociais.

2.3 Como se efetiva a participação popular nos meios de comunicação?

Desde que houve uma abertura dos meios de comunicação, ele foi essencial
para prestar benefícios à comunidade, isso se fez presente em todas as áreas. Os
movimentos sociais se valeram dessa alternativa para deixar em evidência as lutas
de classe na sociedade.
Umas dessas alternativas são as rádios populares, que visa levar
informações, sem se preocupar com a grande mídia que detém o mercado da
comunicação. Nesses canais os grupos sociais ganham mais espaços e
consequentemente se efetiva nos meios de comunicação.
Volpato (2009, p. 09) enfatiza que:
Para que os alicerces da mídia estejam cravados nos princípios da
cidadania e da democracia, entendemos que torna-se imprescindível a
participação do cidadão como sujeito e protagonista na comunicação social,
efetivando assim, maiores níveis de participação e, por fim, colocando as
potencialidades da comunicação a serviço do cidadão .
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Esses são requisitos básicos para que de fato haja participação popular nos
meios de comunicação, a começar pela participação do cidadão, que historicamente
buscou pelo direito de se expressar, visto que a participação só se efetiva com o
empenho de todos durante o processo de comunicação porque quando os cidadãos
participam mais dos meios de comunicação, permite então que a cidadania seja
exercida e dessa maneira se efetiva a participação nos meios de comunicação
quando se aumenta a participação da população.
Diante dessas reflexões, nota-se que a sociedade só começou a usar os
meios de comunicação para buscar exercer a cidadania devido ao processo de
democratização dos meios de comunicação. Esse tópico será discutido a seguir.

2.3- o reflexo da democratização dos meios de comunicação

É relevante a importância dos meios de comunicação no país, inclusive as que se


dedicam a comunicação popular, isso porque durante muito tempo os meios de
comunicação era exclusividade de pessoas que detinham o poder, devido a grande
influência que a mídia exerce na sociedade.
Dessa maneira democratizar os meios de comunicação é permitir que o
grande público tenha acesso aos meios de comunicação e que esses não sejam
privilégio de apenas uma classe, ou seja, a dominante, Peruzzo (2004, p.296)
explica da seguinte forma:
[...] a participação e a comunicação representam uma necessidade no
processo de constituição de uma cultura democrática, de ampliação dos
direitos de cidadania e da conquista da hegemonia, na construção de uma
sociedade que veja o ser humano como força motivadora, propulsora e
receptora dos benefícios do desenvolvimento histórico.

Nesse sentido, quando as classes populares têm acesso aos veículos de


comunicação, eles estão tendo acesso à cidadania, fator importante nas relações
sociais, como também culturais, pois a comunicação popular e comunitária está
intimamente ligada a atender às necessidades da população.
Sendo assim, ao exercer a função o assistente social tem em mãos essa
ferramenta que o auxilia no exercício da atividade, visto que através dos meios de
comunicação eles podem informar a população de direitos que antes não seria
possível, pois a democratização ajuda a disseminar informações relevante tanto
social, quanto cultural.
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3- CONCLUSÃO

O grande mérito desse trabalho foi conhecer como se efetivou a comunicação


popular e comunitária e como o assistente social utiliza essas ferramenta no
exercício da profissão.
Sabe-se que a comunicação é o mais importante instrumento em qualquer
profissão, no serviço social ele exerce uma influência muito grande, pois no decorrer
da profissão o assistente social irá utilizar vários meios para efetivar o seu trabalho.
Nesse sentido esse trabalho evidenciou em primeiro lugar conhecer como se
estabelece a comunicação, em seguida, apresentou conceitos sobre comunicação
popular e comunitária, deixando explicitado que numa comunicação popular, há a
necessidade de ter uma comunidade, ou seja, pessoas que fazem parte de uma
sociedade que busca atender a interesses comuns.
Diferente da grande mídia, que visa a atender aos interesses do capital a
comunicação popular, busca atender os anseios da comunidade e assim, quando o
assistente social utiliza essas ferramentas na prática de sua função eles disseminam
direitos e deveres, como também contribuem para que as pessoas cresçam como
cidadãos, conscientes do papel que tem na sociedade.
Ao democratizar os meios de comunicação, deu-se uma abertura para que a
população pudesse participar e um meio eficaz, foi as rádios comunitárias, que
divulgam informações relevantes e o assistente social, pode utilizar essas rádios no
momento de exercer sua profissão e disseminar práticas de cidadania.
Nesse sentido, esse trabalho possibilitou conhecer como se deu a
democratização dos meios de comunicação e como eles contribuíram para que
práticas de comunicação fossem utilizadas pelos assistentes sociais como um
instrumento de materialização da sua função junto à comunidade, como também
conhecer como essa democratização deu visibilidade aos grupos menos
favorecidos, pois a grande mídia, com toda hegemonia detinha o poder de
comunicação e hoje, todos têm acesso e podem se informar e isso é de grande
relevância no serviço social, poder expressar e contribuir para práticas mais justas.
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4. REFERÊNCIAS

CARMONA, Talita. Como aplicar o processo comunicativo no trabalho do


assistente social, 2011.
Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/como-aplicar-o-processo-
comunicativo-no-trabalho-do-assistente-social/59321/
Acesso: 05 de abril 2016

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda.: o minidicionário da Língua Portuguesa,


Rio de Janeiro,Nova Fronteira, 2000.

FESTA, Regina. «Comunicação popular e altenativa» - a realidade e as utopias.


Dissertação de mestrado. São Bernardo do Campo, 1984.

HELLER, Agnes. O Cotidiano e a História. Trad. Carlos Nelson Coutinho e Leandro


Konder, 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

PERUZZO, Cicilia Maria K. Comunicação nos movimentos populares: a


participação na construção da cidadania. 3a. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

VOLPATO, Marcelo de Oliveira. Rádio comunitária, participação e cidadania: a rádio


jornal FM. In: Revista Rumores, edição 6, setembro-dezembro de 2009, São
Paulo.

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