Fake News

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A influência das Fake News nos Processos Eleitorais do Brasil

e dos Estados Unidos


Giovana R. Souza, Felipe M. de Araújo, Marcos F. Bueno

Universidade Mackenzie Rua da Consolação, 930 – Prédio 31 – 01302-907 – São


Paulo – SP – Brazil
31686141@mackenzista.com.br, 41523067@mackenzista.com.br,
31438563@mackenzista.com.br

Abstract. Fake News are created to legitimize or invalidate a particular point of


view, person or group of people. This work has as objective conduct a bibliographic
survey and field research about fake news and how they are gaining space in society.
In particular, in the scenario of electoral processes for president in Brazil and the
US, making a comparative analysis of how this fake news gained momentum.

Resumo. Fake News (notícias falsas) são criadas com o objetivo de legitimar ou
invalidar determinado ponto de vista, pessoa ou grupo de pessoas. Este trabalho tem
como objetivo realizar um levantamento bibliográfico e uma pesquisa de campo a
respeito das fake news e da forma como estas vêm ganhando espaço na sociedade.
Em especial, no cenário dos processos eleitorais para presidente no Brasil e EUA,
fazendo uma análise comparativa de como essas notícias falsas ganharam força.

1. Introdução
Segundo Allcott e Gentzkow, ​fake news são “notícias que são intencionalmente
falsas, que podem confundir seus leitores” (2017, p. 213).
Embora seja possível afirmar que as notícias falsas sempre existiram, o termo
“​fake news” ganhou notoriedade particularmente no cenário político em função da
disseminação deliberada de notícias falsas, criadas por pessoas e organizações com o
intuito principal de beneficiar determinado candidato com visões políticas que se busca
defender, ou então, difamar o candidato adversário, tendo como principal meio de
disseminação, as redes sociais (como Facebook, Twitter e Whatsapp), causando uma
polarização ainda maior tanto no​ ​Brasil quanto nos Estados Unidos.

Ainda que o senso comum diga o oposto, as ​fake news não atingem somente
pessoas com menor poder aquisitivo ou menor grau de instrução, como diz Santos
(2017, p. 16).
“​Um estudo realizado pela Universidade de Stanford com 7.804 estudantes
desde o ensino fundamental à faculdade apontou que, aproximadamente, 82%
dos participantes não sabem distinguir um conteúdo patrocinado de uma
notícia real na internet. O estudo, divulgado em novembro de 2016,
demonstrou que a maioria dos estudantes não checam a fonte da notícia, de
forma que a credibilidade de uma notícia está relacionada à quantidade de
detalhes e ao tamanho da foto anexada. A pesquisa comprova que, apesar de
os participantes serem altamente conectados e entenderem de tecnologia e
redes sociais, não têm a noção necessária para avaliar a precisão, à
veracidade e a confiabilidade das matérias noticiadas. Somada a isso a
compulsiva necessidade de posicionamento, curtidas e compartilhamento,
propicia-se a veiculação de notícias falsas.​”

As redes sociais têm ganhado um papel de destaque na disseminação de ​fake


news​, uma vez que a facilidade e a velocidade do compartilhamento de conteúdo
culminam na perda da importância de sua veracidade, como explicam Chen, Conroy e
Rubin (2015): “Em redes sociais como o Facebook, um artigo do The New York Times
se apresenta da mesma forma que um artigo do The Onion , e qualquer um pode vir com
o endosso do amigo que o compartilhou”.
Segundo Magrani (2014), “filtros-bolhas” podem ser definidos como: “um
conjunto de dados gerados por todos os mecanismos algorítmicos utilizados para se
fazer uma edição invisível voltada à customização da navegação on-line”. Dessa forma,
é possível afirmar que os filtros-bolha (intencionalmente ou não) podem limitar o
conteúdo ao qual o usuário terá acesso, uma vez que este terá acesso majoritariamente à
conteúdos que reforçam suas opiniões, tornando-o mais propenso a acreditar em ​fake
news que apoiem seus posicionamentos políticos ou culturais, além de limitar o debate
de opiniões, como diz Branco (2017, p. 53):
“​A bolha limita a diversidade, já que o usuário segue recebendo
indefinidamente conteúdo postado por aqueles seus amigos e conhecidos com
quem já detém afinidade ideológica. Dessa forma, fica menos sujeito a
críticas e opiniões contraditórias, limitando, assim, a gama de informações
que recebe.​”

2. Revisão de Artigos
Através da plataforma Google Scholar, foram utilizadas palavras-chave afim de
encontrar artigos científicos que poderiam contribuir para o desenvolvimento do
presente artigo.

O resultado da busca contendo os artigos que foram utilizados, encontra-se na


seguinte tabela:
Tabela 1: Revisão Sistemática dos Artigos Utilizados na Elaboração do Artigo Científico

Conteúdo Palavras-C Artigo(s) Conteúdo(s) Fonte(s)


Buscado have Selecionado(s) Relacionado(s)
Utilizadas Selecionado(s)
Uso de ​fake fake-news 1.
1. “Social media 4. “This Analysis
news​ nas and social https://web.stanford.
and fake news in the Shows How Viral
redes sociais media; edu/~gentzkow/resea
2016 election” Fake Election News
fake news e rch/fakenews.pdf
(2017) Stories
redes sociais; 2.
Outperformed Real
2. “​Fake News​ e os http://bibliotecadigit
News On Facebook”
Caminhos para al.tse.jus.br/xmlui/bit
(2016)
Fora da Bolha” stream/handle/bdtse/
(2017) 5. “Fake News and 4758/2017_branco_f
Information ake_news%20_cami
3. “Fake News nas
Asymmetries: Data nhos.pdf?sequence=
Redes Sociais
Online: Propagação as Public Good” 1&isAllowed=y
e Reação à (2017) 3.
Desinformação em http://www.scielo.m
6. “Democracia
Busca de Cliques” ec.pt/pdf/mj/v18n32/
Conectada – A
(2018) v18n32a12.pdf
Internet como
4.
Ferramenta de
https://www.buzzfee
Engajamento
dnews.com/article/cr
Político-Democrátic
aigsilverman/viral-fa
o” (2014)
ke-election-news-out
7. “Dicionário performed-real-news
Oxford dedica sua -on-facebook
palavra do ano, 5.
‘pós-verdade’, a https://www.research
Trump e Brexit” gate.net/profile/Dari
o_Buono/publication
/319503207_Fake_N
ews_and_Informatio
n_Asymmetries_Dat
a_as_Public_Good/li
nks/59afa8e30f7e9bf
3c7274ee5/Fake-Ne
ws-and-Information-
Asymmetries-Data-a
s-Public-Good.pdf
6.
https://bibliotecadigi
tal.fgv.br/dspace/bits
tream/handle/10438/
14106/Democracia%
20conectada.pdf
7.
https://brasil.elpais.c
om/brasil/2016/11/1
6/internacional/1479
308638_931299.htm
l

Uso de clickbait fake


“Misleading Online - https://www.research
clickbaits​ na news;
Content: gate.net/publication/
disseminação
Recognizing 283721117_Misleadi
de ​fake news
Clickbait as False ng_Online_Content_
News” (2015) Recognizing_Clickb
ait_as_False_News

Uso de algoritmos 1.
1. “O impacto do 2. “O Uso de Bots
algoritmos campanhas https://itsrio.org/wp-
big data e dos nas Eleições
em eleitorais; content/uploads/201
algoritmos nas Brasileiras” (2018)
campanhas 7/03/Andreia-Santos
campanhas
eleitorais 3. ​ ​“Computational -V-revisado.pdf
eleitorais” (2017)
Propaganda in 2.
Brazil: Social Bots http://irisbh.com.br/o
during Elections” -uso-de-bots-nas-elei
(2017) coes-brasileiras/
3.
http://comprop.oii.ox
.ac.uk/wp-content/up
loads/sites/89/2017/0
6/Comprop-Brazil-1.
pdf

Principais fake news


1. “As 10 notícias 2. “Manuela 1.
fake news mais
falsas mais D’Ávila apareceu https://exame.abril.c
compartilhad compartilhad
compartilhadas no usando camiseta om.br/brasil/as-10-n
as nas redes as;
primeiro turno” com os dizeres oticias-falsas-mais-c
sociais
(2018) “Jesus é Travesti?” ompartilhadas-no-pri
(2018) meiro-turno/
2.
http://www.e-farsas.
com/manuela-davila-
apareceu-usando-ca
miseta-com-os-dizer
es-jesus-e-travesti.ht
ml

3. Táticas para Disseminação das Fake News


Com a popularização das redes sociais, é possível afirmar a credibilidade de um
canal de notícias não têm a mesma importância que costumava ter, como afirma Allcott
e Gentzkow (2017, p.1):
“Redes sociais como o Facebook, tem uma estrutura dramaticamente
diferente das tecnologias das mídias anteriores. O conteúdo pode ser
retransmitido sem uma filtragem significativa de terceiros, ​fact-checking,​ ou
julgamento editorial. Um indivíduo sem histórico ou reputação, pode, em
alguns casos, alcançar tantos leitores quando a Fox News, CNN ou The New
York Times”.
Dessa forma, aqueles que desejam disseminar notícias falsas costumam
utilizar-se de certas ferramentas para aumentar o engajamento e o número de
compartilhamentos que essas notícias podem ter, principalmente o sensacionalismo, em
que são criadas manchetes com palavras fortes e dramáticas, a fim de chamar a atenção
dos leitores, e muitas vezes, através de sua indignação, aumentar o número de
compartilhamentos, como é possível notar ao observar o título das 5 ​fake news mais
compartilhadas através do Facebook três meses antes da eleição para presidente dos
EUA (Silverman):
Figura 1: “Top 5 Estórias Falsas das Eleições por Engajamento no Facebook”
Fonte​: (Buzzfeed)

3.1. ​Clickbaits

Os ​clickbaits (ou isca de clicks) fazem parte das principais armas para a
disseminação das ​fake news,​ em que são escritas manchetes provocativas sobre
determinada notícia, que em sua maioria, não passam de um título para instigar a
curiosidade do leitor, tendo como um dos objetivos principais, a geração de receita
através de publicidade. Essa tática é muito usada para falar de artistas que têm
notoriedade na mídia, como o comediante Whindersson Nunes, que teve seu nome
envolvido em uma notícia que dava a entender que este havia sido detido, quando na
realidade, ele havia postado uma foto em que ficou preso em uma cadeira.
Figura 2: À esquerda, a manchete “Whindersson Nunes é preso após cometer grave erro e motivo é
escancarado em foto chocante”, e à direita, a foto à qual a manchete se refere.
Fonte:​ (Reprodução/Facebook)

3.2 Pós Verdade

No ano de 2016, o ​Dicionário Oxford definiu “pós-verdade” como a palavra do


ano, em que por conta dos acontecimentos da decisão da saída do Reino Unido da
União Europeia (Brexit) e a eleição norte-americana de 2016. O significado do termo,
segundo o próprio dicionário seria “um adjetivo relacionado ou evidenciado por
circunstâncias em que fatos objetivos tem menos poder de influência na formação da
opinião pública do que apelos por emoções ou crenças pessoais”.
A deputada estadual Manuela D’Ávila foi alvo de diversas ​fake news durante o
período eleitoral de 2018, em que era candidata à vice-presidência do Brasil na chapa de
Fernando Haddad, em uma delas, sua imagem foi usada para a criação de uma
montagem em que ela aparecia com uma camiseta com os dizeres “Jesus é Travesti”,
tendo como objetivo, depreciar sua imagem frente à população brasileira, que em sua
maioria é adepta ao cristianismo, a fim de ir contra suas crenças. A foto foi desmentida
pela deputada e pelos principais sites ​fact-checking,​ como o site E-farsas.

Figura 3: ​Tweet​ feito pela deputada Manuela D’Ávila desmentindo a ​fake news
Fonte:​ https://twitter.com/ManuelaDavila/status/1047144937345748994

3.3 Bots

Bots - diminutivo de ​robots - consiste em um software capaz de executar


determinadas tarefas repetitivamente, e de forma autônoma. Sua complexidade pode
variar, podendo ser desde um simples programa que faz repetidas consultas dentro de
certo intervalo de tempo, até um assistente pessoal, como a Siri da Apple e a Cortana da
Microsoft.
No cenário brasileiro, o uso de bots para fins políticos teve seu início em 2010,
época em que a internet passou a ser uma ferramenta para o uso de campanhas
eleitorais. Sobre o uso da propaganda computacional, pesquisador Arnaudo (2017, p.
14-15) da Universidade de Washington comenta:
“O caso da eleição presidencial brasileira de 2014 gera vários achados
interessantes para o estudo da propaganda computacional. Ele mostra a
fragilidade das leis contra cibercrimes no combate ao uso desta tecnologia
online [...]. Isso também demonstra como a modernidade das campanhas
pode conectar várias redes sociais em uma estratégia coerente, usando grupos
de WhatsApp para levar as pessoas à fóruns mais públicos como Facebook e
Twitter [...] A quantidade de dinheiro necessária para criar um grande grupo
social e fluxos massivos de conteúdo enquanto engaja os usuários através
das plataformas é muito menor em comparação com seu retorno.”

Ainda sobre a eleição presidencial brasileira de 2014, o pesquisador Porto Júnior


(2014) afirma:
“​Além do uso durante o período eleitoral, algumas redes de bots
permaneceram ativas mesmo após a eleição de 2014, a fim de fomentar
determinados tópicos políticos. Nesse sentido, o uso de bots afeta não só a
democracia nos períodos eleitorais, mas também influencia o debate público
sobre determinados temas, e o apoio a determinados movimentos e causas.​”

Um momento em que foi possível determinar que houve o uso de bots com fins
políticos aconteceu em 2014, em que 45 minutos antes do início de um debate do 2°
turno transmitido em rede nacional, o número de menções por meio de hashtags ao
candidato Aécio Neves triplicou, em contrapartida, as hashtags que referenciavam a
candidata Dilma Rousseff não tiveram o mesmo desempenho (ARNAUDO).

Figura 4: ​Gráfico representando o número de menções por minuto aos candidatos à presidencia do
Brasil durante um debate no segundo turno
Fonte:​ http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/09/1524593-analise-das-redes-sociais-mostra-que-perfis-falsos-infl
uenciaram-discussao-na-web.shtml

4. Me​todologia
A fim de verificar se é possível que as ​fake news ​possam ter influenciado o
resultado dos processos eleitorais para a eleição dos presidentes do Brasil e EUA, em
2018 e 2016, respectivamente, foram selecionadas como ferramentas de embasamento
do presente artigo uma análise bibliográfica e uma pesquisa de campo.

Através da análise bibliográfica, foram encontrados artigos sobre ​fake news e


seus desdobramentos, e através da aplicação de um questionário, foi possível obter
dados acerca do conhecimento e das opiniões dos entrevistados acerca do tema.

Após a obtenção dos dados, foi feita uma análise dos artigos a fim de obter uma
conclusão acerca da influência das ​fake news ​nos processos eleitorais e do papel das
redes sociais na disseminação dessas notícias, e através do questionário, foi possível
mensurar e fazer uma análise comparativa das respostas dadas pelas pessoas
entrevistadas.

5. Resultados
A obtenção de dados foi bem sucedida, sendo feita através da ferramenta Google
Scholar para a pesquisa de artigos, e a ferramenta Google Forms para elaboração do
questionário, que foi respondido por 77 pessoas.

5.1 Análise dos Dados Obtidos


Por meio do questionário aplicado, foi possível concluir que:
● 36.4% dos entrevistados conseguem identificar se uma notícia é falsa ao
recebê-la; 6.5% não conseguem identificar e 57.1% conseguem identificar às
vezes.

Figura 5: ​Gráfico representando as respostas dos entrevistados em relação à pergunta “Ao receber
uma notícia, você consegue identificar se ela é falsa?”
Fonte:​ Google Forms

● 59.7% dos entrevistados afirmam que nunca repassaram uma ​fake news​,
enquanto 40.3% afirmam que já repassaram.
Figura 6: ​Gráfico representando as respostas dos entrevistados em relação à pergunta “Você acha que
já repassou uma notícia falsa para alguém?”
Fonte:​ Google Forms

● Os critérios mais usados para identificar se uma notícia é falsa ou não são: Fonte
(84.4%), Conteúdo da Notícia (58.4%) e Tipo de Linguagem Usada na Notícia
(51.9%);

Figura 7: ​Gráfico representando as respostas dos entrevistados em relação à pergunta “Qual(is)


critério(s) você usa para determinar se uma notícia é ou não falsa?”
Fonte:​ Google Forms

● 96.1% dos entrevistados acreditam que notícias falsas podem favorecer


determinados candidatos em processos eleitorais, e ​3.9% não acreditam.
Figura 8: ​Gráfico representando as respostas dos entrevistados em relação à pergunta “Você acredita
que notícias falsas podem favorecer determinados candidatos em processos eleitorais?”
Fonte:​ Google Forms

Por meio dos artigos, foi possível concluir que:


● Utilizadores de redes sociais privilegiam conteúdos que confirmam suas visões
de mundo (Baldacci, Buono & Grass, 2017, p.1);
● A partir de uma base de dados criada por meio de ​fact-checking foi identificado
que: 115 ​fake news visavam favorecer Donald Trump, totalizando 30 milhões de
compartilhamentos, e 41 ​fake news visavam favorecer Hillary Clinton,
totalizando 7.6 milhões de compartilhamentos (​Allcott & Gentzkow, 2017).
● Entre as ​fake news mais compartilhadas no primeiro turno da eleição para
presidente do Brasil em 2018: 3 notícias favoreciam Jair Bolsonaro, 1 notícia
buscava depreciar Jair Bolsonaro, 2 notícias buscavam depreciar Fernando
Haddad, 1 notícia buscava depreciar Ciro Gomes, 1 notícia buscava depreciar o
Partido dos Trabalhadores, e 2 notícias tratavam-se de “teorias da conspiração”.
(Cerioni, 2018)

6. Conclusões e Trabalhos Futuros


Através da análise dos dados obtidos por meio do questionário e dos artigos
selecionados, foi possível identificar que as ​fake news,​ de fato, podem ter influenciado
no resultado dos processos eleitorais para a eleição do presidente Donald Trump em
2016, e a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, tendo como principal ferramenta de
disseminação as redes sociais (como Whatsapp, Facebook e Twitter).
Embora o Facebook e o WhatsApp estejam apresentando medidas para o
combate às ​fake news,​ o ideal seria que o governo criasse leis mais rigorosas
direcionadas à pessoas e organizações que compartilham esse tipo de notícia, além da
criação de campanhas com o objetivo de conscientizar a população quanto à
importância da verificação da veracidade do conteúdo que consome, e as consequências
decorrentes do compartilhamento de conteúdo falso através das redes sociais.
Como trabalho futuro, pretende-se fazer um algoritmo capaz de identificar se
determinada notícia é ou não verdadeira, por meio da análise de padrões de escrita
presentes na notícia, utilizando-se de inteligência artificial e aprendizagem de máquina.
Referências
ALLCOTT, H.; GENTZKOV, M. (2017) “Social media and fake news in the 2016
election”. Disponível em:
https://web.stanford.edu/~gentzkow/research/fakenews.pdf. Acesso em 02 set. 2019.
ARNAUDO, D. (2017) “Computational Propaganda in Brazil: Social Bots during
Elections”. Disponível em:
http://comprop.oii.ox.ac.uk/wp-content/uploads/sites/89/2017/06/Comprop-Brazil-1.
pdf. Acesso em 15 set. 2019.
BALDACCI E., BUONO D. & Gras, F. (2017). “Fake News and Information
Asymmetries: Data as Public Good”. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Dario_Buono/publication/319503207_Fake_Ne
ws_and_Information_Asymmetries_Data_as_Public_Good/links/59afa8e30f7e9bf3c
7274ee5/Fake-News-and-Information-Asymmetries-Data-as-Public-Good.pdf.
Acesso em 15 set. 2019.
BRANCO, S. (2017) “​Fake News e os Caminhos para Fora da Bolha”. Disponível em:
http://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/bitstream/handle/bdtse/4758/2017_branco_fa
ke_news%20_caminhos.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 02 set. 2019.
CERIONI, C. (2018) “As 10 notícias falsas mais compartilhadas no primeiro turno”.
Disponível em:
https://exame.abril.com.br/brasil/as-10-noticias-falsas-mais-compartilhadas-no-prime
iro-turno/. Acesso em 16 set. 2019.
CHEN, Y.; CONROY, N. J; & RUBIN, V.. (2015) “Misleading Online Content:
Recognizing Clickbait as “False News”. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/283721117_Misleading_Online_Content_
Recognizing_Clickbait_as_False_News. Acesso em 16 set. 2019.
DELMAZO, C.; C.L. VALENTE, J. (2018) “Fake News nas Redes Sociais Online:
Propagação e Reação à Desinformação em Busca de Cliques”. Disponível em:
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mj/v18n32/v18n32a12.pdf. Acesso em 16 set. 2019.
LOPES, G. (2018) “Manuela D’Ávila apareceu usando camiseta com os dizeres “Jesus
é Travesti?”. Disponível em:
http://www.e-farsas.com/manuela-davila-apareceu-usando-camiseta-com-os-dizeres-
jesus-e-travesti.html. Acesso em 02 set. 2019.
MAGRANI, E. (2014) “Democracia Conectada – A Internet como Ferramenta de
Engajamento Político-Democrático”. Disponível em:
https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/14106/Democracia%2
0conectada.pdf. Acesso em 09 set. 2019.
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http://irisbh.com.br/o-uso-de-bots-nas-eleicoes-brasileiras/. Acesso em 16 set. 2019.
RUBIO HANCOCK, J. (2016) “Dicionário Oxford dedica sua palavra do ano,
‘pós-verdade’, a Trump e Brexit”. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/16/internacional/1479308638_931299.html.
Acesso em 09 set. 2019.
SANTOS, A. (2017) “O Impacto do Big Data e dos Algoritmos nas Campanhas
Eleitorais”. Disponível em:
https://itsrio.org/wp-content/uploads/2017/03/Andreia-Santos-V-revisado.pdf.
Acesso em 16 set. 2019.
SILVERMAN, C. (2016) “This Analysis Shows How Viral Fake Election News Stories
Outperformed Real News On Facebook”. Disponível em:
https://www.buzzfeednews.com/article/craigsilverman/viral-fake-election-news-outp
erformed-real-news-on-facebook. Acesso em 23 set. 2019.

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