5893-Texto Do Artigo-34959-1-10-20170128
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RESUMO
O presente artigo analisa a responsabilidade por omissão do Estado por danos
ao bem ambiental difuso. O Estado passou pela fase da irresponsabilidade, da
responsabilidade por culpa, da responsabilidade administrativa e
responsabilidade objetiva. A responsabilidade no direito pátrio é inicialmente
subjetiva, focada na noção da culpa em sentido estrito por negligência,
imperícia e imprudência; ou por dolo enquanto intenção de causar o dano. Com
o advento do artigo 927, parágrafo único do Código Civil de 2002 é inaugurada
a responsabilidade objetiva, embasada na teoria do risco. Realizou-se uma
análise crítica a partir das construções doutrinárias e jurisprudenciais
pesquisadas sobre a responsabilidade do Estado por omissão lesiva ao meio
ambiente. O nexo causal e as excludentes de responsabilidade são analisados
a partir das principais teorias sobre o tema, especialmente as do risco criado e
do risco integral. Não obstante a regra seja a responsabilidade subjetiva do
Estado por omissão de seus agentes, em se tratando de dano ao meio
ambiente responderá objetiva, solidária e integralmente com o poluidor direto
quando a omissão se referir ao exercício da atividade fiscalizadora, porém, de
execução subsidiária.
PALAVRAS-CHAVE: Ambiental; Omissão; Estado; Responsabilidade.
ABSTRACT
This paper analyzes the responsibility for failure of the State for damage to
diffuse environmental well. The State passed the stage of irresponsibility, of
*
Artigo recebido em: 17/04/2016.
Artigo aceito em: 21/05/2016.
**
Mestrando em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela Escola Superior Dom Helder
Câmara. Especialista em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas. Advogado. E-mail:
dioclides@gmail.com.
***
Mestre e Doutor em Direito. Coordenador e Professor do Programa de Pós-graduação em Direito da
Escola Superior Dom Helder Câmara. E-mail: elcionrezende@yahoo.com.br.
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SUMÁRIO
1. Introdução
2. Responsabilidade Civil no Direito Brasileiro
5. Conclusão
6. Referências
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1. INTRODUÇÃO
pagador.
de causar o dano), com fundamento no art. 159 do Código Civil de 1916, até o
física ou jurídica, seja pública ou privada, que de algum modo cause lesão ao
por sua vez, não são admitidas pela teoria do risco integral.
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subsidiária.
do Estado por ato omissivo lesivo o meio ambiente, desde que o dano
tolerabilidade.
todos, que deve ser preservado e protegido tanto pela coletividade quanto pelo
Estado, que não pode se omitir, sob pena de ser responsabilizado de forma
1.988.
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responsabilidade implica a ideia de resposta, termo que, por sua vez, deriva do
causar o dano), com fundamento no Art. 159 do Código Civil de 1916: “Aquele
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
1
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 25 ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2012, p. 539.
2
Idem, p. 540.
3
Art. 159 do Código Civil de 1.916.
4
PELUZO. Cezar. Código Civil Comentado: doutrina e jurisprudência. 3 ed., São Paulo:
Editora Manole, 2009, p. 884.
5
Art. 927 da Lei n. 10.406/2002.
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O Código Civil de 2002 dispõe, no caput do Art. 927, que “Aquele que, por
ato ilícito (Arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
E estabeleceu o conceito de ato ilícito nos Arts. 186 e 187, respectivamente:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito” e “Também comete ato ilícito o titular de um direito que,
ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.6
adotado pelo Código de 1916 com grande influência do século XIX, em que o
culpa:
6
BEDRAN, Karina Marcos. MAYER, Elizabeth. A responsabilidade civil por danos
ambientais no direito brasileiro e comparado: teoria do risco criado versus teoria do risco
integral. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v.10, n.19, p.45-88, jan-jun 2013, p. 48.
7
Idem, p. 884.
8
Art. 1º, inciso III da Constituição/1988.
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objetivada e coletivizada”.
[...] portanto não só mais de cunho eminentemente pessoal, como sempre foi
(pense-se nos exemplos do seguro obrigatório, indenização acidentária e
assim por diante). Passa a lei a procurar identificar um responsável pela
indenização, e não necessariamente um culpado, individualmente tomado.10
Mas isso não significa que o legislador ordinário quis escoimar a culpa
da culpa seria apenas transferida para o campo das ações regressivas que,
9
Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual, que decorre da inobservância de norma
jurídica, por aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viola
direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral.
10
Ibidem, p. 884.
11
Ibidem.
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época.” 13
12
STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil: doutrina e jurisprudência. Tomo II. 9 ed.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 9 ed., 2013, p.57.
13
Ibidem, p. 544.
14
Idem, p. 57.
15
Ibidem.
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seu elemento subjetivo, sendo relevante mencionar Rui Stoco que entende:
culpa”18.
16
Ibidem, p. 555.
17
Ibidem.
18
Ibidem, p. 58.
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sendo por menos que a doutrina, conforme explica Carvalho Filho 20, “[...]
Santos (2012, p. 546): “[...] ela incide em decorrência de fatos lícitos ou ilícitos,
19
Ibidem, p. 59.
20
Ibidem, p. 545.
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que:
suas modalidades, ficou restrita à ação regressiva do Estado, ou seja, este não
[...] a maior parte da doutrina não adota tal distinção, considerando as duas
expressões – risco integral e risco administrativo – como sinônimos ou
falando em risco administrativo como correspondente ao acidente
administrativo. Mesmo os autores que falam em teoria do risco integral
admitem as causas excludentes da responsabilidade.23
21
Art. 43 do Código Civil/2002.
22
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 20 ed. São Paulo: Atlas, 2007, p.
599.
23
Idem, p. 600.
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faleceu dentro do HPS após cinco dias de internação. Cita-se inteiro teor da
ementa24:
24
Embargos Infringentes n. 1.0145.11.058907-7/002, 2 Câmara Cível, Diário Eletrônico 14 abr
2014.
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morte da detenta.
25
Apelação Cível n. 1.0000.00.234117-0/000, 4ª Câmara Cível, Diário Eletrônico 10 dez 2002.
26
Idem.
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Filho:
por agente estatal não afasta o recorrente da sua obrigação de zelo pelos
27
AgRg no AREsp 65343 / SE, 16 fev 2012 .
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Estado, que ao deixar de agir, pois tinha o dever in vigilando (dever de garantir
A partir de 1946 e até 1988 é possível afirmar que a Suprema Corte adotou de
forma unânime a teoria da responsabilidade subjetiva do Estado nos casos de
danos causados por omissão do Estado. Não obstante a ausência de mudança
normativa relevante sobre esse aspecto específico, a partir do advento da
nova ordem constitucional inaugurada com a Constituição da República de
1988, constata-se uma verdadeira ruptura da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal com relação ao modelo adotado na sua tradição. O primeiro
momento dessa ruptura ocorre com o julgamento do RE nº 130.764-1/PR,
relatado pelo min. Moreira Alves, em 1992. O avanço, entretanto, ainda não
foi, nesse primeiro momento, tão significativo, em decorrência de o resultado
do julgamento ter sido no sentido da ausência do dever de indenizar, por falta
28
Idem.
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rios, mares e oceanos, por exemplo, poderão ser atingidos até mesmo os
consequências negativas para todo o planeta, razão pela qual foi realizada a
29
PINTO, Helena Elias. Responsabilidade civil do Estado por omissão na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p. 262.
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82
tipo de influência.
30
Art. 225, Constituição Federal/1988.
31
Art. 225, Parágrafo terceiro, Constituição Federal/1988.
32
Ibidem, p. 48.
33
Art. 14, § 1°, Lei n. 6.938/1981.
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83
Mário35:
34
Ibidem, p. 48.
35
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil. Rio de Janeiro: Forense, 1990, p.
35.
36
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade Civil Ambiental: as Dimensões do
Dano Ambiental no Direito Brasileiro. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora,
2011, p. 171.
37
Idem.
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84
38
Ibidem.
39
BENJAMIN. Antônio Herman. Responsabilidade civil pelo dano ambiental. Revista de
Direito Ambiental, São Paulo, v. 9, ano 3, jan./mar 1998, p.44.
40
Ibidem, p. 53.
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Noronha. Quanto aos adeptos da Teoria do Risco Integral, podemos citar Édis
Milaré, Antônio Herman Benjamin, Jorge Alex Nunes Athia, Sérgio Cavalieri
atividade econômica, caso venha ocorrer algum dano, para alguns, “presume-
responsabilidade.
41
Ibidem, p. 54.
42
Ibidem.
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pelo degradador.
relacionar a atividade do agente com o prejuízo, desde que sua atividade seja
também foi apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que à luz da
43
MILARÉ, Édis. Direito do Meio Ambiente, 3 ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014, p.
441.
44
REsp n. 1.025.574/RS, 2 Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, Brasília, DF, 25 ago 2009.
45
Ibidem, p. 58.
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OMISSÃO DO ESTADO
participa de forma direta, através de ato comissivo, mesmo que lícito, haveria
degradador direto?
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88
46
REsp 647.493/SC, 2 Turma, Brasília, DF, 22 out 2007.
47
Recurso Especial n. 1071741/SP, 2 Turma, Brasília, DF, 16 dez 2010.
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dispositivos de seu próprio texto como o art. 23, VI que dispõe sobre a proteção
Nessa mesma linha de raciocínio, nos termos do art. 70, § 1º, da Lei
9.605⁄1998, são titulares do dever-poder de implementação “os funcionários
de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização”, além de outros a
que se confira tal atribuição. A Política Nacional do Meio Ambiente, na
moldura que lhe imprime a Lei 6.938⁄81, segue, à sua vez, entre outros
princípios, a “ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico” e
o “controle e zoneamento das atividades potencial e efetivamente poluidoras”
(art. 2º, incisos I e V, respectivamente, grifei). Mais direto e inequívoco é o
art. 70, § 3°, da Lei 9.605⁄1998, segundo o qual quando a autoridade
ambiental “tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover
a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena
de co-responsabilidade” (grifei). Por “apuração imediata” há que se entender
muito mais do que a pura e simples identificação do degradador e a adoção
de ações meramente formais ou protocolares, pois seriam tarefas inócuas se
não destinadas a efetivamente conservar (turbação) ou recuperar (esbulho) a
posse do bem ambiental, obrigar o infrator a reparar o dano causado e a ele
aplicar eventual sanção administrativa e penal pelo seu repreensível
comportamento. Referência deve ser ainda feita à Lei do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação ou Lei do SNUC (Lei 9.985⁄00), já que a
degradação de que trata a presente demanda ocorreu no então Parque
Estadual de Jacupiranga, criado pelo governo do Estado de São Paulo, em
1969, com aproximadamente 150.000 hectares, em razão da sua notável
importância ecológica (por abrigar um dos maiores remanescentes intactos de
Mata Atlântica) e geológica (decorrência de seu grande patrimônio
espeleológico), uma área tão grande que, em 2008, foi subdividida em três
Parques (Parques Caverna do Diabo, do Rio Turvo e do Lagamar de
Cananéia, nos termos do art. 5º, da Lei Estadual 12.810⁄08).48
A decisão do STJ embasou-se literalmente na missão de todos,
48
Idem.
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regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal,
49
Ibidem.
50
Ibidem.
51
Ibidem.
52
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 16 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014, p.
501.
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93
assevera:
53
Idem, p. 504.
54
Ibidem, p. 505.
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Estado somente quando configurada culpa grave que cause dano ambiental:
subjetiva do Estado por ato omissivo lesivo ao meio ambiente, devendo a culpa
ilegal quanto na legal, desde que o dano ambiental não seja especial, mas
merecem elogios, porém, melhor razão não lhes assiste, pois, acredita-se que
55
MUKAI, Toshio. Direito Ambiental Sistematizado. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
2004, p. 77.
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qualidade de vida das presentes e futuras gerações que, por si só, faz com que
225 da Constituição, que é de bem difuso, pois, “[...] de uso comum do povo e
gerações.”57
em seu artigo 3º, inciso I ao trazer o conceito de meio ambiente como sendo “o
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”, a atrair
necessariamente objetiva.
56
Ibidem.
57
Ibidem.
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sociedade meios para garantir a vida em todas as suas formas quando se trata
representante legal.
58
COSTA, Beatriz Souza. Meio ambiente como direito à vida-Brasil - Portugal e Espanha.
2 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013, p. 78.
59
REZENDE. Élcio Nacur. BIZAWU, Kiwonghi. Responsabilidade civil por danos
ambientais no Brasil e em Angola: um estudo panorâmico comparado da Teoria do Risco
Criado versus A Teoria do Risco Integral nos ordenamentos positivados do Brasil e
Angola. In: Norma Suelli Padilha (Org.); Lívia Gaigher Bosio Campello; Vladimir de Passos
Freitas. Direito Ambiental I (CONPEDI XXII). 1ed. São Paulo: UNINOVE, 2013, v. 1, p. 141.
60
AgRg no Ag 822764 / MG, 1 Turma, Brasília, DF, 2 ago 2007.
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97
61
Ibidem.
62
JUCOVSKY, Vera Lúcia. Responsabilidade Civil do Estado por Danos Ambientais, São
Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2000, 55.
63
MILARÉ, Édis. Direito do Meio Ambiente, 3 ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p.
766.
64
MACHADO. Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro, São Paulo: Malheiros,
2007, p. 352.
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98
Estado com fincas nos arts. 3º, IV, e 14, § 1º, da Lei 6.398/1981 quando,
devendo agir para evitar o dano ambiental, mantém-se inerte ou age de forma
deficiente ou tardia.
65
AgRg no Ag 973.577⁄SP, 2 Turma, DJe 19 dez 2008.
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solidariedade passiva)”66.
principal:
o Estado como garantidor solidário com o poluidor direto, sendo que foi este e
não aquele quem logrou proveito pessoal com a degradação ambiental. Neste
66
Ibidem.
67
Ibidem.
68
Ibidem.
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100
5. CONCLUSÕES
69
LEITE, José Rubens Morato. AYALA. Patryck de Araújo. Dano Ambiental: Do Individual
ao Coletivo Extrapatrimonial, 2ª ed, São Paulo: 2003, p. 197.
70
ASSIS, Araken. Manual da execução. 11 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 385
.
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil: Direito das Obrigações – 1ª
71
do risco.
artigo prevê a tutela reparatória em face do causador dos danos, sem prejuízo
facultativo.
6. REFERÊNCIAS
Atlas, 2014.
Tribunais, 2007.
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103
versus teoria do risco integral. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v.10, n.19,
Atlas, 2007.
Malheiros, 2007.
MILARÉ, Édis. Direito do Meio Ambiente, 3 ed., São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2004.
Tribunais, 2014.
Universitária, 2004.
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105
Forense, 1990.
2008.
155.
Tomo II. 9 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 9 ed., 2013.
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