3 - Legislação Ambiental - Uni2
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LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Ana Paola Nunes Ferreira Lucato
Editora
Da Preservação Ambiental
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo
225 parágrafo 1º., inciso IV e parágrafo 2º., que:
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cialmente poluidores, que causem ou possam causar
danos ao meio ambiente.
Essa definição foi ratificada na Resolução Co-
nama 237/97 que em seu artigo 2º. assim dispõe,
quanto aos empreendimentos passíveis de licencia-
mento ambiental:
Art. 2o A localização, construção, instalação,
ampliação, modificação e operação de empreendi-
mentos e atividades utilizadoras de recursos ambien-
tais consideradas efetiva ou potencialmente polui-
doras, bem como os empreendimentos capazes, sob
qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão am-
biental competente, sem prejuízo de outras licenças
legalmente exigíveis.
Instrumentos como o Estudo de Impacto
Ambiental, o manejo ecológico, o tombamento,
as liminares, as sanções administrativas são rele-
vantes para a consolidação dos princípios da pre-
venção e da precaução.
É a partir da emissão das licenças, das sanções
administrativas, da fiscalização e das autorizações
que o poder público reafirma a importância deste
princípio na tutela do meio ambiente.
Paulo Afonso Leme Machado, ao citar o jurista
Jean-Marc Lavieille (p.55), ensina que “O princípio
da precaução consiste em dizer que não somente so-
mos responsáveis sobre o que nós sabemos, sobre o
116
que nós deveríamos ter sabido, mas, também, sobre
o de que nós deveríamos duvidar”.
Essa é a questão principal que diferencia o
princípio da precaução do da prevenção, o primeiro
esta baseado em certeza científica, ou seja, segun-
do o mesmo se não existir tal certeza que uma ação
não vá causar danos irreversíveis no futuro, a mesma
deve ser combatida.
Silva (p.106) vai além, ao citar Aragão, indica
que a atuação conforme o princípio em comento
deve se dá, antes mesmo que o princípio da preven-
ção imponha qualquer atuação preventiva, ou seja,
tal princípio exige o benefício da dúvida em favor
do meio ambiente, quando existir qualquer incerteza
sobre os efeitos de determinas atividades.
É do saber de todos que os recursos naturais
são fontes esgotáveis se não forem utilizados de ma-
neira correta. Esse princípio não busca uma estag-
nação econômica, nem é desfavorável ao progresso
como os mais radicais possam pensar, o mesmo bus-
ca uma convivência coerente entre esse desenvolvi-
mento econômico e o meio ambiente e por conse-
quência, a manutenção de um meio saudável para a
vida humana.
Segundo Fiorillo (p. 24-25), esse instituto caiu
em desuso com o liberalismo, mas em face das
transformações de cunho social e tecnológico que a
sociedade brasileira vem vivendo ao longo dos últi-
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mos anos, vem-se buscando o mesmo mais uma vez,
pois, se tem a necessidade de uma intervenção esta-
tal para que esse equilíbrio entre desenvolvimento
e meio ambiente seja alcançado. O jurista Ronaldo
Mota Sardenberg (1995, p. 3) diz que:
Do Impacto Ambiental
Faz-se, necessária a definição de impacto am-
biental, a fim de observamos se os dispositivos cons-
titucionais de exigibilidade do Estudo de Impacto
Ambiental são ou não aplicáveis.
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O DICIONÁRIO ILUSTRADO DE MEIO
AMBIENTE, Ed. Yendis, define impacto ambiental
como sendo:
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IV - as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
Do Licenciamento Ambiental
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É assim que preleciona a RESOLUÇÃO CO-
NAMA n.º 237/97, que trata da revisão e comple-
mentação dos procedimentos e critérios utilizados
para o licenciamento ambiental.
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condições, restrições e medidas de controle am-
biental que deverão ser obedecidas pelo empre-
endedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,
instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluido-
ras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental.
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O EIA deve atender as diretrizes da lei de Política Nacional do
Meio Ambiente:
1 - Observar todas as alternativas tecnológicas e de localização do
projeto, levando em conta a hipótese da não execução do projeto.
2 - Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados nas fa-
ses de implantação e operação das atividades.
3 - Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos
impactos ( área de influência do projeto), considerando princi-
palmente a “bacia hidrográfica” na qual se localiza;
4 - Levar em conta planos e programas do governo, propostos
ou em implantação na área de influência do projeto e se há a
possibilidade de serem compatíveis.
A Resolução CONAMA 237/97 disciplina que os estudos am-
bientais são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e
ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado
como subsídio para a análise da licença requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental,
relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano
de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise
preliminar de risco.
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instrumentos de proteção do meio ambiente, uma
vez que o mesmo possui o papel de avaliar previa-
mente os possíveis impactos ambientais produzi-
dos por determinado empreendimento modifica-
dor do meio ambiente agindo de forma a orientar,
fundamentar e restringir a decisão da administra-
ção pública de conceder ou não o licenciamento
ambiental (MILARÉ, 2007, p. 362).
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A transparência Administrativa, segundo a
qual deve-se considerar os efeitos ambientais de
um dado projeto, através da divulgação, por parte
do órgão público e do proponente, de todas as
informações que possuem, resguardados os segre-
dos industriais;
A consulta dos interessados, pois o EPIA não
deve ser apenas transparente, precisa ser participa-
tivo, abrindo espaço para que a comunidade possa
manifestar suas dúvidas e preocupações antes da
feitura do projeto;
E por fim, a motivação da decisão ambiental,
que obriga a administração pública a fundamentar
sua decisão quando não optar pela alternativa indi-
cada pelo EPIA como sendo a melhor, ambiental-
mente falando.
Pelo Decreto n.º 99.271/90, o CONAMA
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) passou a
ter competência para estabelecer os critérios nortea-
dores do EPIA.
Tal órgão o fez através de sua resolução
001/86, que, entre outras coisas, trouxe em seu
artigo 2° uma série de atividades e obras que de-
penderiam do EPIA e do seu respectivo Relatório
de Impacto Ambiental (RIMA), tais como projetos
urbanísticos em áreas consideradas como de rele-
vante interesse ambiental pelo IBAMA, ferrovias,
empreendimentos potencialmente lesivos ao patri-
125
mônio espeleológico nacional entre outros, ela ain-
da relacionou as diretrizes gerais do EPIA em seu
artigo 5°, os requisitos analisados pela equipe mul-
tidisciplinar em seu art. 6°, bem como o conteúdo
do relatório de impacto ambiental (RIMA), em seu
art. 9°. Essa resolução foi alterada pela de número
237 de 1997, que ampliou o rol de atividades passí-
veis de submeter-se ao EPIA, em seu Anexo I.
O instrumento em comento ainda possui fulcro
na Lei Maior brasileira, a Constituição Federal, em
seu Art. 225, § 1º, IV, segundo o qual deve-se “exigir,
na forma da lei, para instalação de obra ou ativida-
de potencialmente causadora de significativa degra-
dação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade”.
A Resolução CONAMA 001/86, em seu art.
5°, estabelece que o EPIA deverá obedecer as se-
guintes diretrizes aqui destacadas em negrito:
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os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e
culturais da comunidade, as relações de dependência
entre a sociedade local, os recursos ambientais e a
potencial utilização futura desses recursos.
II - Análise dos impactos ambientais do pro-
jeto e de suas alternativas, através de identifica-
ção, previsão da magnitude e interpretação da
importância dos prováveis impactos relevantes,
discriminando: os impactos positivos e negativos
(benéficos e adversos), diretos e indiretos, imedia-
tos e a médio e longo prazos, temporários e per-
manentes; seu grau de reversibilidade; suas pro-
priedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição
dos ônus e benefícios sociais.
III - Definição das medidas mitigadoras dos
impactos negativos, entre elas os equipamentos de
controle e sistemas de tratamento de despejos, ava-
liando a eficiência de cada uma delas.
lV– Elaboração do programa de acompanha-
mento e monitoramento (os impactos positivos e
negativos, indicando os fatores e parâmetros a se-
rem considerados.
O EIA deve ser executado por uma equipe mul-
tidisciplinar de pesquisadores para abranger o maior
número de fatores (botânicos, zoólogos com espe-
cialidade em diferentes tipos de animais – como an-
fíbios, aves e mamíferos – geólogos, etc.) e também
fatores sociais (como o impacto na população local.
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A Constituição Federal, como já é sabido, prevê
competência concorrente dos entes federados para
legislar e fiscalizar as ações potencialmente lesivas
ao meio ambiente.
Competência Ibama
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III - cujos impactos ambientais diretos ultra-
passem os limites territoriais do País ou de um ou
mais Estados;
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir,
beneficiar, transportar, armazenar e dispor mate-
rial radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem
energia nuclear em qualquer
de suas formas e aplicações, mediante parecer
da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;
V - bases ou empreendimentos militares, quan-
do couber, observada a legislação específica.
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Por fim, compete ao órgão ambiental munici-
pal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos
Estados e do Distrito Federal, quando couber, o li-
cenciamento ambiental de empreendimentos e ati-
vidades de impacto ambiental local e daquelas que
lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento
legal ou convênio.
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II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a ins-
talação do empreendimento ou atividade de acordo
com as especificações constantes dos planos, pro-
gramas e projetos aprovados, incluindo as medidas
de controle ambiental e demais condicionantes, da
qual constituem motivo determinante; PRAZO
ATÉ 06 ANOS.
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Relatório De Impacto Ambiental – Rima
133
EXERCÍCIOS
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Ambiental. As críticas e sugestões manifestadas du-
rante as audiências públicas vinculam a decisão do
órgão ambiental competente a respeito da concessão
da licença ambiental ou do seu indeferimento.
Assinale:
• a) se somente as afirmativas I e II estiverem
corretas.
• b) se somente as afirmativas I e III estive-
rem corretas.
• c) se somente as afirmativas II e IV estive-
rem corretas.
• d) se somente as afirmativas III e IV esti-
verem corretas.
• e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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tiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que,
sob qualquer forma, possam causar degradação am-
biental.”
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• a) I
• b) IV
• c) I e III
• d) I e IV
• e) I, II e III
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tal; e a proximidade com outra reserva legal, área de
preservação permanente, unidade de conservação
ou outra área legalmente protegida.
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• a) apenas a afirmação I é falsa.
• b) apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
• c) apenas as afirmações III e IV são falsas.
• d) apenas a afirmação IV é verdadeira.
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Está correto o que se afirma APENAS em
• a) I.
• b) I e II.
• c) II e III.
• d) II.
• e) III.
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compete ao órgão municipal, ouvidos os órgãos
competentes da União, dos Estados e do Distrito
Federal, quando couber.
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