3 Neuropsicologia Infancia e Adolescencia Cenes
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Introdução
DISCIPLINA
NEUROPSICOLOGIA: INFÂNCIA
E ADOLESCÊNCIA
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Sumário
Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
Introdução -------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
1 Desenvolvimento Físico, Motor, Perceptivo, Cognitivo, Social e da Personalidade
da Criança de 0 a 2 Anos --------------------------------------------------------------------------------------- 4
1.1 Desenvolvimento Motor ---------------------------------------------------------------------------------------- 7
Marcos do Desenvolvimento Motor nos Primeiros Dois Anos de Vida -------------------------------------------------- 8
1.2 Desenvolvimento Perceptivo ---------------------------------------------------------------------------------- 9
1.3 Desenvolvimento Cognitivo---------------------------------------------------------------------------------- 11
Abordagem Behaviorista ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13
Abordagem Piagetiana ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 15
Abordagem Psicométrica ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17
Abordagem do processo de informações ------------------------------------------------------------------------------------- 18
1.4 Desenvolvimento da linguagem ---------------------------------------------------------------------------- 19
1.5 Desenvolvimento Social e da Personalidade ------------------------------------------------------------ 21
Teoria do Apego ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 23
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Sumário
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Introdução
Introdução
No organismo humano, os dois primeiros anos de vida representam um período
de crescimento rápido e de mudança, assinalados pelo desenvolvimento de duas
características-chave que diferenciam os seres humanos de muitos outros animais. Em
primeiro lugar, durante esta época as crianças aumentam sua mobilidade. Nessas
condições, aumenta a amplitude do ambiente em que vivem, exploram e
desenvolvem. Esse aumento de mobilidade é iluminado pelo caminhar, a criança
começa a usar a linguagem, tanto como uma ferramenta de comunicação com as
pessoas que as cercam como ferramenta para facilitar o pensar (PAPALIA & OLDS,
2006).
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fibras terminais. Devido a essa rápida multiplicação de fibras, o peso total do cérebro
triplica neste período (BEE, 1997).
Os nervos que estão a serviço das células musculares nos braços e mãos são
mielinizados mais cedo do que os que atendem o tronco inferior e as pernas. A
mielinização está amplamente concluída por volta dos dois anos, embora alguma
coisa ainda se processe no cérebro, durante a adolescência (BEE, 1997).
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Todos os ossos de um bebê são também mais macios, com mais elevado
conteúdo de água, do que os ossos dos adultos. O processo de enrijecimento dos
ossos, a ossificação, ocorre regularmente, do nascimento à puberdade. Os ossos de
diferentes partes do corpo enrijecem-se em uma sequência que segue os típicos
padrões proximodistal e cefalocaudal. Como exemplo, os ossos das mãos e pulso
enrijecem antes dos pés (BEE, 1997).
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(BEE, 1997).
Bebês de quatro meses são capazes de sentar-se com apoio durante um minuto,
e com cerca de nove meses, a maioria pode sentar-se sem suporte durante 10 minutos
ou mais.
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4-6 meses Vira-se; senta-se com Mantém ereta a cabeça Alcança e segura objetos.
auxílio; movimenta-se quando sentado.
sobre mãos e joelhos
(“engatinha”).
10-12 meses Tenta ficar em pé; anda Agacha-se e inclina-se Alguns sinais de
segurando os móveis preferência de mão;
(“circulação”); depois segura uma colher
anda sem ajuda colocada na palma da
mão, mas não consegue
levar o alimento à boca.
13-18 meses Caminha para trás e para Rola bola para um adulto. Empilha dois blocos;
os lados; corre (14-20 coloca objetos em
meses). pequenos recipientes e os
descarrega.
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deficiências físicas ou mentais marcantes. Crianças com retardo mental, por exemplo,
costumam passar por todos os marcos motores mais lentamente do que crianças
normais, embora sigam a mesma sequência. Sempre que encontramos essas
sequências sadias, a maturação de alguma espécie parece uma explicação óbvia.
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A atenção visual parece seguir regras definidas, mesmo nas primeiras horas de
vida. Os recém-nascidos buscam objetos e focam os limites ou os pontos de contraste
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claro/escuro, ou o movimento. Por volta dos dois meses de idade, o foco dos bebês
muda para examinar o meio assim como os limites das coisas, e eles passam a prestar
atenção a relacionamentos e padrões complexos.
Os bebês podem discriminar o rosto da mãe dos outros rostos, e a voz da mãe
das outras vozes, quase imediatamente. Desde o início, os bebês parecem perceber e
discriminar contrastes sonoros presentes em todas as línguas possíveis; por volta de
um ano, o bebê faz discriminações precisas somente entre os sons salientes na
linguagem que é falada em seu ambiente.
Desde muito cedo, certamente já em torno dos quatro meses, os bebês também
percebem e discriminam diferentes padrões de som, como melodias ou inflexões de
fala. Transferências modais cruzadas de tato/visão e som/visão foram demonstradas
já com um mês de idade; confiavelmente, aos quatro meses. As constâncias
perceptivas como constância de tamanho, constância de brilho e constância de forma
estão presentes aos quatro meses, pelo menos de forma rudimentar, e talvez mais
cedo.
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Hoje, nossa visão das habilidades cognitivas dos bebês mudou radicalmente.
Durante as últimas décadas, houve mais pesquisas nesse tópico do que durante toda
a história pregressa. Agora sabemos que o bebê humano normal e saudável é
acentuadamente competente. Os bebês vêm ao mundo com as capacidades de
aprender e lembrar, assim como de adquirir e usar a linguagem. Os recém-nascidos
começam avaliando o que seus sentidos lhes informam. Eles usam suas habilidades
cognitivas para distinguir entre experiências sensoriais (tais como os sons de
diferentes vozes), construir sobre seu pequeno repertório inato de comportamentos
(principalmente mamar) e exercer controle crescente sobre seu comportamento e seu
mundo (PAPALIA & OLDS, 2006).
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Abordagem Behaviorista
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Por meio de um estudo de Blass, Ganchrow & Steiner (1984), bebês com apenas
duas horas de vida foram condicionados de maneira clássica a virar a cabeça e mamar
caso sua testa fosse acariciada: acariciavam-se suas testas ao mesmo tempo em que
recebiam uma mamadeira de água adocicada. Bebês recém-nascidos aprenderam a
mamar quando se ouviam uma sineta ou sinal; a mostrar o reflexo de Babkin (virar a
cabeça e abrir a boca) quando seus braços eram movidos (ao invés do estímulo usual,
pressão na palma da mão); a dilatar e contrair as pupilas de seus olhos; a piscar; e a
mostrar alteração na frequência cardíaca.
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Caso os bebês não tivessem a capacidade de lembrar pelo menos em curto prazo,
eles não seriam capazes de aprender. Estudos utilizando condicionamento operante
constataram que bebês de dois a seis meses são capazes de lembrar-se de realizar
uma ação que lhes proporcionou prazer, contanto que a situação de teste seja
virtualmente idêntica àquela na qual se deu o treinamento inicial (PAPALIA & OLDS,
2006).
Abordagem Piagetiana
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SUBESTÁGIO DESCRIÇÃO
Subestágio 1 Os bebês exercitam seus reflexos inatos e ganham certo controle sobre os
(Nascimento até um mesmos. Não coordenam informações dos sentidos. Não pegam um objeto
mês) que estão olhando. Não desenvolveram a permanência do objeto.
Subestágio 2 Os bebês repetem comportamentos agradáveis que primeiramente ocorrem
(um a quatro meses) por acaso (como sugar). As atividades focalizam-se no corpo do bebê mais
do que nos efeitos do comportamento sobre o ambiente. Os bebês fazem as
primeiras adaptações adquiridas, isto é, sugam objetos diferentes de
maneiras diferentes. Eles começam a coordenar informações sensórias. Ainda
não desenvolveram a permanência do objeto.
Subestágio 3 Os bebês passam a interessar- se mais pelo ambiente e repetem ações que
(quatro a oito meses) trazem resultados instigantes e prolongam experiências estimulantes. As
ações são intencionais, mas inicialmente não orientadas a metas. Os bebês
mostram permanência do objeto parcial. Procuram um objeto parcialmente
escondido
Subestágio 4 O comportamento é mais deliberado e resoluto à medida que os bebês
(8 a 12 meses) coordenam esquemas previamente aprendidos (como olhar e pegar um
chocalho) e usam comportamentos anteriormente aprendidos para atingir
suas metas (como engatinhar pela sala para obter um brinquedo desejado).
Eles podem antecipar acontecimentos. A permanência do objeto está se
desenvolvendo, embora os bebês procurem um objeto no primeiro lugar em
que foi escondido, ainda que tenham visto o mesmo ser movido.
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Subestágio cinco Os bebês mostram curiosidade à medida que variam propositadamente suas
(12 a 18 meses) ações para obter resultados. Eles exploram ativamente seu mundo para
determinar de que maneira um objeto, acontecimento ou situação são novos.
Eles experimentam novas atividades e usam o método de tentativa e erro
para a resolução de problemas. Em relação à permanência do objeto, os
bebês acompanham uma série de deslocamentos deste, mas como não são
capazes de imaginar um movimento que não veem, não procuram um objeto
onde não tenham observado que foi escondido.
Subestágio seis Uma vez que sabem representar os acontecimentos mentalmente, as crianças
(18 a 24 meses) não se restringem mais à tentativa e ao erro para resolver problemas. O
pensamento simbólico permite que elas comecem a pensar sobre os
acontecimentos e antecipem suas consequências sem recorrer à ação. As
crianças começam a demonstrar compreensão. A permanência do objeto
está totalmente desenvolvida.
Abordagem Psicométrica
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Os criadores de testes criam técnicas para tentar garantir que estes tenham alta
validade (isto é, que os testes meçam as habilidades que alegam medir) e
confiabilidade (isto é, que os resultados dos testes sejam razoavelmente consistentes
de uma vez para outra). Os testes podem ser significativos e úteis somente se forem
válidos e confiáveis. Para crianças em idade escolar, os escores dos testes de
inteligência podem prever o desempenho escolar de modo relativamente preciso e
confiável. Testar a inteligência de bebês e crianças jovens é outra questão (PAPALIA &
OLDS, 2006).
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Antes de dizerem sua primeira palavra, os bebês usam gestos, que incluem
apontar, gestos sociais convencionais, gestos representacionais e simbólicos.
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Nascimento O bebê é capaz de perceber a fala, chorar e dar alguma resposta ao som.
20 a 22 Salto na compreensão.
24 Usa muitas frases de duas palavras; não balbucia mais; quer conversar.
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30 Aprende novas palavras quase todos os dias; fala combinando três ou mais
palavras; compreende muito bem; comete alguns erros gramaticais.
36 Fala cerca de 1000 palavras, 80% das quais inteligíveis; comete erros de
sintaxe.
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De acordo com Papalaia & Olds (2006), desde o início da vida, os bebês partilham
de padrões comuns de desenvolvimento e mostram personalidades distintas, as quais
refletem influências inatas e ambientais. A partir do nascimento, o desenvolvimento
da personalidade está interligado com os relacionamentos sociais.
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Teoria do Apego
Segundo Bee (1997), a influência teórica sobre os estudos das relações entre os
pais e o bebê é a importante teoria do apego, em especial ao trabalho de John Bowlby
(1969), cujas raízes tiveram a influência do pensamento psicanalítico, em especial, na
ênfase sobre a importância das primeiras relações entre a mãe e a criança. Ele, no
entanto, acrescentou importantes conceitos evolutivos e etológicos.
O seu modo de ver os bebês é que eles nascem com uma tendência inata a criar
fortes elos emocionais com seus provedores de cuidados. Tais relações possuem um
valor de sobrevivência, porque trazem atenção de todas as espécies ao bebê. Elas são
construídas e mantidas por um repertório encadeado de comportamentos instintivos
que criam e sustentam a proximidade entre pais e filhos ou entre outros pares ligados.
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adulto com um amigo íntimo ou com um parceiro adulto, no entanto, costuma ser
uma relação de apego (BEE, 1997).
O processo de apego é uma via de mão dupla. Tanto o bebê quanto o genitor
desenvolvem vínculos recíprocos, e é importante compreendermos ambos os
processos. No caso do adulto, o essencial para a formação de um vínculo com o bebê,
parece ser a oportunidade de desenvolver uma verdadeira reciprocidade ou sincronia.
É como uma dança, no início os parceiros reagem um ao outro de maneira suave e
prazerosa. Isso leva tempo e requer muitos ensaios, ficando alguns pais (e bebês) mais
hábeis do que outros. Em geral, quanto mais suave e previsível se torna o processo,
maior satisfação ele parece propiciar aos pais e mais forte se torna o elo com o bebê.
Esse segundo passo parece mais importante do que o contato inicial no nascimento,
no estabelecimento de um vínculo parental forte com a criança. No entanto, esse
segundo processo também pode fracassar (BEE, 1997).
Como exemplo de fracasso, poderia ser a depressão, que não apenas rompe o
comportamento de cuidado dos pais, mas também afeta a resposta da criança. Bebês
que interagem com mães depressivas ou mesmo com mães a quem foi dito parecerem
depressivas ou com expressão desconcertada sorriem menos, sendo mais
desorganizados e angustiados.
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As mães deprimidas são mais lentas para reagir aos sinais de seus filhos, sendo
mais negativas, até mesmo hostis, com seus bebês. Em geral, essas relações parecem
carecer de sincronia. As deficiências no comportamento materno com o bebê parecem
persistir mesmo quando a mãe não mais está depressiva, indicando que seu vínculo
com o filho é menos sólido (BEE, 1997).
No caso de bebês que foram desejados tanto pelo pai, quanto pela mãe e ambos
se apresentam saudáveis. O elo paterno, tal como o materno, parece depender mais
do desenvolvimento da reciprocidade do que do contato imediatamente após o
nascimento. O desenvolvimento de tal reciprocidade está no fato de que os pais
parecem ter o mesmo repertório de comportamentos de apego das mães. Nas
primeiras semanas de vida do bebê, os pais tocam nele, falam com ele e o afagam da
mesma forma que as mães (PARKE & TINSLEY, 1981).
Assim, como o elo dos pais para com o bebê, o apego deste surge
gradativamente. Bowlby (1969) sugeriu três fases no desenvolvimento do apego do
bebê:
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2ª Fase) Foco em uma ou mais figuras: por volta de três meses de idade, o
bebê começa a direcionar de maneira um tanto mais ampla seus comportamentos de
apego. Ele pode sorrir mais para as pessoas que costumam cuidá-lo, podendo não
sorrir de imediato a um estranho. No entanto, apesar da mudança, o bebê ainda não
possui um apego totalmente desenvolvido. Ainda existe uma quantidade de pessoas
favorecidas pelos comportamentos promotores de proximidade do bebê, sendo que
pessoa alguma, se tornou a base segura. Nessa fase, os bebês não evidenciam uma
ansiedade especial por separar-se dos pais, e não temem os estranhos, segundo
Bowlby.
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6-9 Os bebês fazem “jogos sociais” e tentam obter resposta das pessoas.
Eles “conversam”, tocam e tentam fazer com que os outros bebês lhes
respondam. Exprimem emoções mais diferenciadas, mostrando alegria,
medo, raiva e surpresa.
De acordo com Papalaia & Olds (2006), à medida que as crianças amadurecem
fisicamente, cognitivamente e emocionalmente, são levadas a buscar sua
independência das próprias pessoas às quais são apegadas. “Eu faço” é a palavra de
ordem das crianças quando usam seus músculos e mente em desenvolvimento para
fazer tudo sozinhas, não apenas caminhar, mas também se alimentar, se vestir, se
proteger e expandir os limites de seu mundo.
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A preferência pelo uso das mãos é evidente na idade dos dois e três anos.
Canhotos e destros tendem a diferir em diversos outros aspectos. Nunca exigir
mudança de canhoto para destro, seria muito prejudicial. É comum acontecer.
Não sabem virar ou parar Tem melhor controle para Começam, viram e param com
repentina ou rapidamente. parar, iniciar e virar. eficiência ao brincar.
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Saltam uma distância de 30 a Podem saltar uma distância São capazes de dar um salto
61 cm. de 61 a 84 cm. de 71 a 91 cm enquanto
correm.
Sobem escadas sem ajuda, Podem descer uma longa Descem uma longa escadaria
alternando os pés. escadaria alternando os pés sem auxílio, alternando os
caso tenham apoio. pés.
Sabem saltar, usando Podem saltar sobre um dos Saltam facilmente uma
basicamente uma série pés de quatro a seis vezes. distância de 4,87m.
irregular de pulos com
algumas variações.
Por volta dos 18 a 24 meses, a criança começa a fazer uso de símbolos mentais.
Permite a criança refletir mentalmente sobre pessoas, objetos e eventos. Contudo, a
criança ainda não pode pensar com lógica. A pesquisa mostra que, de certa forma,
Piaget subestimou a capacidade das crianças que descreveu como pré-operacionais.
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Concentração: A criança se concentra num Lucas chora quando seu pai dá uma
incapacidade de aspecto de uma situação e bolacha quebrada em duas partes.
descentrar. negligência outros. Como cada metade é menor do
que a bolacha inteira, ele acha que
está recebendo menos.
Raciocínio transdutivo. A criança não usa o raciocínio “Tive maus pensamentos sobre
dedutivo ou indutivo; ao invés meu irmão. Meu irmão ficou
disso, ela pula de uma doente. Então, eu fiz ele ficar
particularidade para outra e doente”. Ou “Eu me comportei mal,
vê causas onde não existe por isso mamãe e papai se
nenhuma. divorciaram”.
Egocentrismo A criança assume que todo Lucia pega seu jogo e diz a sua
mundo pensa como ela. mãe: “Este é o teu divertimento”.
Ela assume que sua mãe gosta de
brincar com o jogo tanto quanto
ela.
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Estudos do significado das palavras sugerem que muitas delas são somente
aprendidas quando a criança já compreende seu conceito subjacente. As primeiras
categorias que a criança tem das palavras costumam ser mais superampliadas do que
subampliadas (BEE, 1997).
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dos dois anos de idade, tornando-se cada vez mais importantes ao longo dos anos
pré-escolares. É evidente também a agressividade com os colegas, mais física nos dois
e três anos, mais verbal nos cinco e seis anos.
Crianças com dois anos já mostram comportamento altruísta para com os outros,
e tal comportamento parece aumentar à medida que aumenta a capacidade da criança
de assumir a perspectiva do outro (BEE, 1997).
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alguém que tem um bom relacionamento com a criança. O castigo físico pode ter
efeitos prejudiciais (PAPALAIA & OLDS, 2006).
A maior parte das interações entre irmãos são positivas. O irmão mais velho
tende a iniciar alguma atividade e o mais novo a imitar. As crianças que são agressivas
ou retraídas tendem a ser menos populares entre seus pares do que as que são
simpáticas. O tipo de relacionamento que as crianças têm com os pais pode afetar a
facilidade com a qual elas encontram parceiros e amigos.
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As doenças são menos comuns durante esse período do que nos estágios
anteriores, embora se mantenham bastante regulares. Outros problemas de saúde
incluem a obesidade e acidentes.
A obesidade parece ser causada por tendências hereditárias, ou por baixos níveis
de movimentação ou exercício, além de dietas altamente gordurosas e calóricas. As
crianças de hoje não têm tão boa forma quanto às de anos anteriores. É importante
desenvolver hábitos e habilidades vitalícias para manter a boa forma (PAPALAIA &
OLDS, 2006).
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07 Equilíbrio em um dos pés sem olhar torna-se possível. As crianças são capazes de
caminhar sobre barra fixa de 5 cm de largura. As crianças são capazes de pular e
saltar com precisão em pequenos quadrados. As crianças são capazes de executar
polichinelos.
08 Dispõem de poder de preensão de 5,4 kg. Faixa etária com o maior número de
jogos nos quais ambos os sexos participam. As crianças podem executar saltos
rítmicos alternados num padrão de 2-2, 2-3 ou 3-3. As crianças podem arremessar
uma bola pequena a aproximadamente 12 metros.
11 Salto à distância de 1,5 metros é possível para os meninos; 15,2 cm a menos para
as meninas.
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Uma forma de maior eficiência é o uso cada vez mais intensivo, com a idade, de
vários tipos de estratégias de processamento, o que inclui estratégias para recordar-
se. Os pré-escolares utilizam algumas delas, embora crianças em idade escolar
utilizem-nas com maior frequência e flexibilidade (BEE, 1997).
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cultura” ou “culturalmente justos” não tiveram êxito (BEE, 1997). A compreensão das
crianças de sintaxe cada vez mais complexa se desenvolve pelo menos até a idade dos
nove anos, e a compreensão dos processos de comunicação se aperfeiçoa. A interação
com os colegas auxilia o desenvolvimento da alfabetização (BEE, 1997).
Logo, a criança nesta idade está no estágio de operações concretas e pode usar
o pensamento para resolver problemas concretos. Elas são menos egocêntricas do
que antes, e são mais proficientes nas tarefas que requerem pensamento lógico, como
conservação, classificação, trabalho com números e distinção entre fantasia e
realidade.
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Respeito pela Respeito unilateral leva a sentimento Respeito mútuo pela autoridade e
autoridade de obrigação para conformar-se a pelos companheiros permite às
padrões adultos e obedecer a crianças valorizarem suas próprias
regras. opiniões e habilidades e julgarem as
outras pessoas de maneira realista.
Punição A criança favorece punição severa. A criança favorece punição mais leve
Ela sente que a própria punição que compense a vítima e ajude o
define o aspecto errôneo de um ato; culpado a reconhecer porque um
um ato é errado se provoca punição. determinado ato estava errado,
levando assim à reparação.
Conceito de A criança confunde lei moral com lei A criança não confunde infortúnio
Justiça física e acredita que qualquer natural e punição.
acidente físico ou infortúnio que
ocorra após uma má ação é uma
punição desejada por Deus ou
alguma outra força sobrenatural.
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De acordo com Bee (1997), embora as crianças em idade escolar gastem menos
tempo com os pais do que com os pares, os relacionamentos com os pais continuam
a serem os mais importantes. A cultura influencia os relacionamentos e os papéis
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Atualmente, a maioria das mães trabalha fora. Em geral, os efeitos nas crianças
parecem positivos. O impacto do trabalho das mães depende de fatores como a idade,
o sexo, o temperamento e a personalidade da criança; se a mãe trabalha em meio
expediente ou em tempo integral, como ela se sente em relação a seu trabalho, se ela
tem um companheiro favorável, a condição social e econômica da família e o tipo de
cuidado que a criança recebe. O papel familiar dos homens parece ser tão importante
para eles quanto seus papéis no trabalho (BEE, 1997).
As crianças que vivem com apenas um dos pais ou em segundas famílias podem
ter pior desempenho escolar e outros problemas. Em famílias com apenas um dos
pais, esses efeitos parecem ser em grande parte consequência da baixa renda. Embora
os meninos tendam a ter mais problemas para se ajustar ao divórcio, as meninas têm
mais dificuldades com o segundo casamento da mãe que tem sua guarda (BEE, 1997).
Os grupos de pares geralmente consistem de crianças que têm idade, sexo, etnia
e condição socioeconômica semelhante, e que vivem perto umas das outras (PAPALIA
& OLDS, 2006). O grupo tem diversas funções positivas no desenvolvimento: ele ajuda
as crianças a desenvolver habilidades sociais, lhes dá um senso de pertencer e
fortalece o autoconceito. Um efeito negativo é o estímulo à conformidade; outro é a
segregação racial ou étnica, a qual pode reforçar o preconceito (PAPALIA & OLDS,
2006). A popularidade influencia a autoestima. As crianças que são rejeitadas pelos
pares têm risco de sofrer de problemas emocionais e comportamentais.
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A autoestima parece modelada por dois fatores: o grau de discrepância que uma
criança vivencia entre as metas e as conquistas, e o grau de apoio social que ela
percebe por parte dos companheiros e dos pais.
Uma baixa autoestima está fortemente associada à depressão nas crianças dessa
idade. Crianças socialmente rejeitadas caracterizam-se, mais fortemente, por elevados
níveis de agressividade e níveis reduzidos de prestatividade. Crianças
agressivas/rejeitadas estão bem mais propensas a evidenciar problemas
comportamentais na adolescência e uma variedade de distúrbios na vida adulta
(PAPALIA & OLDS, 2006).
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6 7 8 9 10 11 12
Desenvolvimento Pular corda, Andar de Andar bem Puberdade Puberdade começa para
Físico pode andar bicicleta de bicicleta começa alguns garotos.
de bicicleta. de duas para
rodas. algumas
garotas.
Desenvolvimento Conceito do self cada vez mais abstrato, menos ligado à aparência; Descrições dos
da Personalidade outros, focalizando cada vez mais qualidades internas e duradouras.
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comerciante que se tornou cavaleiro em 1924 após servir duas vezes como prefeito
de Plymouth.
A família era próspera e aparentemente feliz, mas atrás desse verniz, Winnicott
se viu como oprimido por uma mãe com tendências depressivas como também por
duas irmãs e uma babá. Foi a influência do seu pai, que era um livre pensador e
empreendedor que o encorajou em sua criatividade. Winnicott se descreveu como um
adolescente perturbado, reagindo contra a própria autorrepressão ao tentar suavizar
os sombrios humores de sua mãe. Estas sementes de autoconsciência se tornaram a
base do interesse dele trabalhando com pessoas jovens e problemáticas.
Para Freud, ao brincar, a criança tem prazer na aparente onipotência que adquire
ao manipular os objetos cotidianos associando-os a símbolos imaginários como no
jogo fort-da, que evocava a presença da mãe na análise infantil que realizou. Não há
dúvidas, porém que foi Melanie Klein quem efetivamente trouxe a brincadeira para o
trabalho psicanalítico com crianças. Klein reconhecera uma similitude entre (1) a
atividade lúdica infantil e o sonho do adulto, e (2) as verbalizações da criança ao
brincar e a associação livre clássica. Discípulo de Klein, Winnicott redimensiona a
brincadeira, situando o brincar do analista e o valor que essa atividade possui em si,
instituída como uma atividade infantil, e que também faz parte do mundo adulto. Para
ele, os analistas infantis por se ocuparem tanto dos possíveis significados do brincar
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não possuíam um claro enunciado descritivo sobre o brincar. Para ele “Brincar é algo
além de imaginar e desejar, brincar é o fazer”.
Ele divorciou-se de sua primeira esposa em 1951 e, nesse mesmo ano, casou-se
com Elsie Clare Nimmo Britton, assistente social psiquiátrica e psicanalista. Morreu em
28 de janeiro de 1971, após o último de uma série de ataques cardíacos e foi cremado
em Londres.
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a integração não é algo automático, é algo que deve desenvolver-se pouco a pouco
em cada criança individual. Não é mera questão de neurofisiologia, pois, para que seu
processo se desenrole, há a necessidade da presença de certas condições ambientais,
a saber: aquelas cujo melhor provisor é a própria mãe da criança (WINNICOTT, 2001).
A visão que a criança tem do mundo exterior ao self baseia-se em grande medida
no padrão da realidade pessoal interna. Cumprindo fazer notar que o comportamento
real do ambiente em relação a uma criança é até certo ponto afetado pelas
expectativas positivas e negativas da própria criança (WINNICOTT, 2001).
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sacrifique sua espontaneidade em favor das necessidades daqueles que dela cuidam.
Muitas vezes exigimos das crianças mais do que de nós mesmos (WINNICOTT, 2001).
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Quando o par mãe-filho funciona bem, o ego da criança é de fato muito forte. O
ego da criança é capaz de organizar defesas e desenvolver padrões pessoais
fortemente marcados por tendências hereditárias. Caso o apoio do ego da mãe não
exista, ou é fraco, a criança não consegue desenvolver-se numa trilha pessoal
(WINNICOTT, 1985). Os bebês bem cuidados rapidamente estabelecem-se como
pessoas, cada um deles diferente de todos os outros que já existiram ou existirão, ao
passo que os bebês que recebem apoio egóico inadequado ou patológico tendem a
apresentar padrões de comportamento semelhantes (inquietude, estranhamento,
apatia, inibição e complacência) (WINNICOTT, 1985).
Quando a mãe se identifica com seu filho, é capaz e tem vontade de dar apoio
no momento em que for necessário.
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Os pais quando são normais, não desejam ser adorados pelos filhos. Suportam
os extremos de serem idealizados e odiados, esperando que, finalmente, os filhos os
vejam como os seres humanos comuns que certamente são (WINNICOTT, 1985).
Outro ponto importante na relação dos pais e do bebê é a saúde, quer dizer
maturidade apropriada à idade. No desenvolvimento emocional de um ser humano,
se não houver entraves ou desvios no processo evolutivo, há saúde. Todos os cuidados
que a mãe e o pai dediquem ao seu bebê não constituem apenas um prazer para eles
e para a criança, trata-se também de uma necessidade absoluta e o bebê não poderá
transformar-se num adulto sadio ou prestimoso (WINNICOTT, 1985).
A figura da mãe é necessária como pessoa viva para o bebê. Ele deve estar apto
a sentir o calor de sua pele e alento, a provar e a ver. Isso é vitalmente importante.
Deve existir completo acesso ao corpo vivo da mãe. Sem a presença viva da mãe, a
mais erudita técnica materna nada vale.
A mãe que se adapta de um modo fértil, dá ao seu bebê uma base para
estabelecer contato com o mundo e propicia ao bebê uma riqueza em suas relações
com o mundo que pode desenvolver-se e atingir plena fruição, com o decorrer do
tempo, quando a maturidade chegar.
Uma parte importante dessa relação inicial do bebê com a mãe é a inclusão na
mesma de poderosos impulsos instintivos, a sobrevivência do bebê e da mãe ensina
ao bebê, por meio da experiência, que são permissíveis as experiências instintivas e as
ideias excitadas, e que elas não destroem, necessariamente, o tranquilo tipo de
relações, de amizade e de participação (WINNICOTT, 1985).
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bem consolidado na base das relações com uma pessoa que, idealmente, deveria ser
a mãe.
A relação do pai com a criança vai depender da atitude que a mãe toma, se o pai
vai acabar ou não por conhecer o seu bebê. Há todo um rosário de motivos pelos
quais é difícil para um pai participar na criação do seu filho pequeno. Para começar,
raramente estará em casa quando o bebê está acordado e, mesmo quando está em
casa, a mãe acha um pouco difícil saber quando utilizar seu marido ou quando deseja
que ele saia do caminho (WINNICOTT, 2001).
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Quando o pai entra na vida da criança, como pai, ele assume sentimentos que
ela já alimentava em relação a certas propriedades da mãe e para esta constitui um
grande alívio verificar que o pai se comporta da maneira esperada.
A união sexual de pai e mãe fornece um fato concreto em torno do qual a criança
poderá construir uma fantasia, uma rocha a que ele se pode agarrar e contra a qual
pode desferir seus golpes, além de fornecer parte dos alicerces naturais para uma
solução pessoal do problema das relações triangulares (WINNICOTT, 2001).
A presença do pai não precisa estar o tempo todo para cumprir essa missão, mas
tem de aparecer com bastante frequência para que a criança sinta que o pai é um ser
vivo e real. Grande parte da organização da vida de uma criança deve ser feita pela
mãe, e os filhos gostam de sentir que a mãe pode dirigir o lar enquanto o pai não está
realmente nele (WINNICOTT, 2001).
A criança precisa do pai por causa das suas qualidades positivas e das coisas que
o distinguem de outros homens, bem como da vivacidade de que se reveste a sua
personalidade. Quando o pai e a mãe aceitam facilmente a responsabilidade pela
existência da criança, o cenário fica montado para um bom lar (WINNICOTT, 2001).
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Caso o lar não corresponda ao que a criança precisa, antes dela elaborar a ideia
de uma estrutura como parte de sua própria natureza, pode haver consequências
maléficas para o seu crescimento. A ideia é que, encontrando-se “livre”, ela trate de
obter seu próprio prazer. A partir disso, verifica-se que a estrutura de sua vida foi
quebrada, ela deixa de sentir-se livre. Torna-se inquieta, angustiada, e se tiver
esperança tratará de procurar uma estrutura fora de casa. A criança cujo lar não
conseguiu dar-lhe sentimento de segurança procura fora de casa as quatro paredes
que lhe faltaram. Tem a esperança de buscar nos avós, tios, amigos e na escola o que
lhe falta. Procura uma estabilidade externa, sem a qual enlouquecerá. Fornecida em
tempo adequado, essa estabilidade poderá consolidar-se na criança, gradativamente,
passará da dependência e da necessidade de ser dirigida para a independência
(WINNICOTT, 2001). Uma criança colhe nas suas relações e na escola aquilo que lhe
faltou no verdadeiro lar.
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Melanie Klein, pouco desejada, foi à quarta entre os filhos desse casal que não se
entendia. Quando, por sua vez, se tornou mãe, também sofreu em sua vida particular
as intrusões de sua mãe, Libussa, personalidade tirânica, possessiva e destruidora. A
juventude de Melanie foi marcada por séries de lutos. Muitos provavelmente
responsáveis pela culpa, cujos vestígios se encontram em sua obra teórica.
Tinha quatro anos quando sua irmã Sidonie morreu de tuberculose com a idade
de oito anos; tinha 18 quando o pai, debilitado há longos anos, morreu, deixando-a
com a mãe; tinha 20 quando seu irmão Emmanuel, que a influenciara muito e a quem
estava ligada por uma relação de tons incestuosos, morreu esgotado pela doença,
pelas drogas e pelo desespero. Phyllis Grosskurth observou que Melanie se casou
pouco depois desse falecimento, pelo qual se sentia culpada, o que, acrescentou,
“provavelmente tinha sido o objetivo perseguido por Emmanuel”.
Essa análise foi concluída em Londres, com S. Payne. Melaine Klein logo começou
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perturbados de alguns de seus colegas: o filho e a filha de Jones, por exemplo. Sua
personalidade invasiva provocou à sua volta a paixões e repulsas.
Em janeiro de 1929, começou a tratar de uma criança autista de quatro anos, filha
de um dos seus colegas da BPS, à qual deu o nome de Dick. Logo percebeu que ele
apresentava sintomas que ela nunca havia encontrado. Não expressava nenhuma
emoção, nenhum apego, e não se interessava pelos brinquedos. Para entrar em
contato com ele, colocou dois trenzinhos lado a lado e designou o maior como “trem
papai” e o menor como “trem Dick”. Dick fez o trem com o seu nome andar e disse a
Melanie: “Corta!”. Ela desengatou o vagão de carvão e o menino guardou então o
brinquedo quebrado em uma gaveta, exclamando: “Acabou!”. A história desse caso se
tornaria célebre, por mostrar como alguns psicanalistas não conseguem dar aos filhos
o amor que esperam deles. Dick continuou a análise com Melanie Klein até 1946, com
uma interrupção durante a Segunda Guerra Mundial.
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Nunca tendo se reconciliado com sua filha Melitta, deixando inacabada uma
autobiografia parcelar e seletiva, Melanie Klein morreu de câncer do cólon em
Londres, a 22 de setembro de 1960, aos 78 anos de idade.
Melanie Klein conferiu lugar capital à pulsão de morte, conceito que, no entanto,
estava longe de gozar de unanimidade no seio do mundo psicanalítico. Radicalizando
a posição de Freud, fez da angústia a consequência direta da ação da pulsão de morte
no seio do organismo. Essas considerações estavam também presentes em sua
concepção das fases ou posições por que a criança passava: a posição
esquizoparanóide, que traduziria o modo de relação dos quatro primeiros meses da
existência, seria caracterizada por uma união entre as pulsões sexuais e as pulsões
agressivas, por um objeto vivido como parcial e clivado em “bom” (gratificador) e
“mau” (frustrador). “Na posição paranoide-esquizoide”, escreve Hana Segal, “a
angústia dominante provém do temor de que o objeto ou os objetos persecutórios
penetrem no eu, esmagando ou aniquilando o objeto ideal e o “self”. Dois mecanismos
psíquicos seriam dominantes nessa fase: a introjeção e a projeção. Instalando-se por
volta dos quatro meses, a posição depressiva se seguiria à posição paranoide, sendo
por sua vez superada por volta do final do primeiro ano. O objeto já não é parcial,
podendo ser apreendido pela criança como total, a clivagem “bom”-“mau” já não é
tão categórica como outrora, a angústia é de natureza depressiva e está ligada ao
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As instalações da sala devem ser igualmente simples, sem conter nada além do
necessário para a psicanálise. Os brinquedos não são os únicos requisitos para uma
análise do brincar. É muito comum a criança desenhar, escrever, pintar, fazer recortes,
consertar brinquedos etc. É fundamental também permitir que a criança libere sua
agressividade (KLEIN, 1975).
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Como Klein, a autora formula sua teoria a partir do material clínico, usando a sua
experiência com crianças para desenvolver a investigação e a metodologia
psicanalíticas. Também como Klein, considera a subjetividade como constituída pelo
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mundo interno, apesar de ter um interesse especial pela realidade externa do paciente.
Para a autora, desde o primeiro contato é importante que o analista tenha uma
postura de analista da criança, embora seu papel seja também o de tentar aliviar a
angústia e a culpa que a doença do filho desperta (ABERASTURY, 1984).
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produto do medo de que se repita com esse a mesma relação que a criança tem com
o objeto original temido e ameaçador. Quanto aos aspectos amorosos do objeto,
estariam projetados no terapeuta como aquilo que é próprio para curar o paciente
(ABERASTURY, 1984).
Uma das alternativas seria marcar entrevistas com a mãe, com a intenção de
prepará-la para a aceitação de um tratamento para o filho. Outra seria encaminhá-la
para um grupo de mães, já que muitas vezes o sintoma de uma criança é fabricado
por sua mãe, que frequentemente mantém ou mesmo agrava o sintoma de seu filho.
Por outro lado, nem sempre uma orientação pode mudar a atitude da mãe, uma vez
que seus próprios conflitos a impedem de ter outro tipo de comportamento com seu
filho (ABERASTURY, 1984).
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mães, já que, como os seus conflitos com os filhos são inconscientes, não era por meio
de conselhos e recomendações que a mãe poderia elaborá-los. No entanto, adotava
esse tipo de trabalho por acreditar que poderia diminuir as ansiedades da mãe.
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o indivíduo tem uma identidade própria, fruto das identificações e experiências vitais
(interação mundo interno-externo). Assim, a identidade adulta não é alcançada antes
que o adolescente tenha elaborado o que chama de as três perdas fundamentais
desse período evolutivo apresentadas por Aberastury. A autora aponta como
característica da adolescência a flutuação entre dependência e independência,
período esse permeado de contradições, confuso, ambivalente, doloroso,
caracterizado por “fricções com o meio familiar e social” (ABERASTURY, 1981).
Entende que são três os lutos fundamentais que o adolescente deve realizar para
desprender-se do mundo infantil e enfrentar o mundo adulto:
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Um dos primeiros estudiosos a respeito foi Stanley Hall. Seu primeiro livro sobre
o assunto foi publicado em 1904 sendo, por isso, considerado o pai da Psicologia da
Adolescência. Hall caracterizou o período da adolescência como uma época de
tempestade e de tormenta devido à oscilação entre tendências contraditórias: energia,
exaltação, superatividade, indiferença, letargia e desprezo. Uma alegria exuberante,
gargalhadas, euforia cedem lugar à disforia, depressão e melancolia. O egoísmo, a
vaidade e a presunção são tão característicos desse período como o abatimento,
humilhação e timidez (MARTINS, 2003).
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DESENVOLVIMENTO MASCULINO
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DESENVOLVIMENTO FEMININO
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televisão diz que fumar pode ser arriscado para a saúde e que a pessoa pode
morrer mais cedo do que o normal; (3) O pai é observado a fumar. O adolescente
responde a cada um destes eventos como a uma entidade separada. Não
considera a falta de coerência lógica nestes eventos. Suas tentativas de conciliar
a coerência lógica de um ideal com a ilógica da realidade percebida muitas vezes
resultam em confusão. Para o adolescente raramente existe essa confusão (FAW,
1981).
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Os adolescentes são responsáveis por mais crimes do que seria proporcional, mas
a maioria dos delinquentes passa a ser cumpridor da lei. A delinquência crônica está
associada a múltiplos fatores de risco, incluindo criação inadequada, fracasso escolar
e baixo nível socioeconômico (PAPALAIA & OLDS, 2006). Vários tipos de delinquentes
têm sido identificados, com diferentes rumos desenvolvimentais. Associado a isso está
o uso e o abuso de drogas e álcool (BEE, 1997).
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abundância, tempo livre, afeto e felicidade pessoal. Mas esse processo é interno,
individual. Cada um de nós precisa decidir se quer, quando e como quer. As melhores
coisas do mundo podem não ter preço, mas é certo que têm custo. Esse custo significa
uma série de investimentos pessoais. Nesse caso, não estamos falando de dinheiro,
mas de investimento de nossa energia, nossas competências, nossa força de trabalho.
Se escolhermos como meta um futuro de sucesso, é preciso um investimento que
começa agora. Depende de uma decisão pessoal. O mundo está em constante
transformação e ninguém espera ninguém. O mercado necessita, exige e cobra
posturas cada vez mais comprometidas com resultados. Não exige só dos
empresários, mas do jovem que está começando sua carreira ao procurar uma
capacitação profissional.
IDADE EM ANOS
Aspecto do 12 13 14 15 16 17 18
desenvolvimento
Adolescênci 19+
a Inicial
Adolescência
Final
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(juventude)
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Geralmente, as mudanças que ocorrem na idade adulta podem ser mais graduais
e menos dramáticas do que na infância, além de não serem todas positivas, porém
não são menos reais. Progressos importantes, bem como alguns declínios, ocorrem
durante o início da idade adulta (aproximadamente entre os 20 e 40 anos de idade),
na meia-idade (dos 40 aos 65 anos) e na terceira idade (dos 65 anos em diante)
(PAPALAIA & OLDS, 2006).
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As mulheres tendem mais do que os homens a dizer que estão doentes, usar os
serviços de saúde e serem hospitalizadas. As enfermidades dos homens tendem a ser
mais graves. As mulheres tendem a viver mais do que os homens, em parte por
motivos biológicos, mas talvez também por terem mais consciência da saúde
(PAPALAIA & OLDS, 2006).
Uma quantidade dessas mudanças contribui para uma perda da velocidade com
o envelhecimento, tanto a velocidade em movimento quanto o tempo de reação a
determinado estímulo. Esse declínio é observado mesmo (ou especialmente) em
atletas de renome (BEE, 1997).
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Em relação à saúde mental é pior no início da vida adulta. Jovens adultos são
mais propensos à depressão, ansiedade e solidão do que adultos na meia-idade (BEE,
1997). Ocorrem amplas variações individuais na taxa de perda cognitiva e física. Parte
dessa diferença parece poder ser explicada em decorrência de hábitos variados de
saúde. Adultos com bons hábitos variados de saúde apresentam menor risco de morte
e doença em qualquer idade (BEE, 1997).
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Os trabalhadores mais jovens tendem a ser menos comprometidos com seu atual
emprego do que os trabalhadores de mais idade. Em geral, o desempenho no trabalho
melhora com a idade e a experiência, entretanto, trabalhadores mais jovens podem se
sair melhor em funções que exigem respostas mais rápidas (PAPALAIA & OLDS, 2006).
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Hoje, mais pessoas sentem-se livres para permanecer solteiras até uma idade
tardia ou para nunca se casar. As vantagens de ser solteiro incluem oportunidades
profissionais, viagens, liberdade sexual e autossuficiência. Para os homossexuais, o
processo de “assumir a homossexualidade” pode não ocorrer até a idade adulta, e a
abertura completa a respeito da orientação sexual pode nunca ser totalmente
atingida. Tanto homens como mulheres homossexuais formam relacionamentos
sexuais e românticos duradouros. As lésbicas tendem a ter relacionamentos mais
estáveis e mais íntimos do que os casais homossexuais jovens ou casais heterossexuais
(PAPALAIA & OLDS, 2006).
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O trabalho ou carreira específico que um adulto escolhe são afetados por sua
formação acadêmica, inteligência, background, valores e recursos familiares,
personalidade e sexo. A maior parte dos adultos opta por ocupações que combinam
com as normas culturais de sua classe social e sexo. Pessoas jovens mais inteligentes,
ou mais educadas, apresentam um movimento ascendente mais rápido. Os adultos
tendem a escolher, e a serem mais felizes, em trabalhos que se adaptem à sua
personalidade. A satisfação profissional eleva-se pouco ao longo do início da vida
adulta, em parte devido ao fato de os trabalhos para jovens adultos serem bem menos
remunerados, menos criativos, mais repetitivos e menos poderosos. Em qualquer
ocupação ou carreira, a ascensão profissional tende a ocorrer bastante cedo na vida
adulta; a maioria das promoções é recebida por volta dos 35 ou 40 anos (BEE, 1997).
A carreira está ligada ao papel profissional como tendo dois estágios, no início
da vida adulta: o da tentativa, em que são explorados caminhos alternativos e um
estágio de estabilização, em que se firma o caminho profissional. Certos aspectos da
personalidade são altamente consistentes durante a vida adulta. Segundo McCrae &
Costa, são cinco traços identificados: neurose, extroversão, abertura à experiência,
satisfação e consciência (BEE, 1997).
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IDADE EM ANOS
Aspecto do 20 25 30 35 40
desenvolvimento
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A maior parte dos adultos acredita que importante declínio, tanto físico quanto
mental, tem início na meia-idade, ainda que, na realidade, as mudanças sejam
bastante pequenas e gradativas. Aos 40 anos, a expectativa de vida é de 35 a 40 anos
adicionais, e esse dado tem aumentado consistentemente; a extensão de vida,
diferentemente, tem probabilidade de permanecer até cerca de 110 anos. Muitas
funções físicas mostram mudanças pequenas aos 40, 50 e 60 anos; somente algumas
evidenciam mudanças significativas (BEE, 1997).
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IDADE EM ANOS
Aspecto do 40 45 50 55 65
desenvolvimento
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de reação.
Desenvolvimento Aumento do QI por volta dos 50, 55 anos; depois, evidências de declínio
Cognitivo gradativo. Perda antecipada de habilidades menos praticadas, e.g.,
visualização espacial. Pouca mudança na memória até bem depois, nesse
período, embora ocorra alguma perda na velocidade da lembrança.
Ninho vazio: o último filho sai de casa. Papel de avô adquirido pela maioria
dos adultos.
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Referências
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