Plano Picuí
Plano Picuí
Plano Picuí
GESTÃO INTEGRADA
DE RESÍDUOS SÓLIDOS
- PMGIRS
PICUÍ – PB
CONTRATO PREFEITURA
MUNICIPAL DE NOVA
FLORESTA
DEZEMBRO/2013
Rua Síria, 486 – Jardim das Nações – Taubaté – São Paulo
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PLANO MUNICIPAL DE
GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS –
PMGIRS
PICUÍ - PB
CADERNO I
DIAGNÓSTICO DO
MUNICÍPIO E AÇÕES
CONSORCIADAS
REALIZAÇÃO
Prefeitura Municipal de Nova Floresta
Rua Prefeito Benedito Marinho, 293 – Centro – Nova Floresta/PB
CNPJ n. 08.739.625/0001-81
Prefeito – João Elias da Silveira Neto Azevedo
EXECUÇÃO
EQUIPE TÉCNICA
Engenheira Civil: Camila Bueno Tobiezi
Engenheiro Civil: José Augusto Pinelli
Engenheiro Agrônomo: Eduardo Cunha Montesi
Engenheiro Dr.: Antonio Eduardo Giansante
Engenheiro Florestal: José Aurélio Caiut
Engenheira Sanitarista e Ambiental: Eliane Moreira dos Santos
Engenheira Agrônoma: Denise Lima Belisario
Engenheira Sanitarista e Ambiental: Jaqueline Junqueira Gorgulho
Engenheira Sanitarista e Ambiental: Paula Madeira Quirino
Bióloga: Flávia Renata Ferreira e Sousa
Bióloga: Andrea Carla da Costa
Geólogo: Bruno Daniel Lenhare
Tecnólogo em Saneamento Ambiental: Paulo Roberto Tobiezi
Tecnóloga em Gestão Ambiental: Fernanda de Sousa Rodrigues
Técnica Ambiental: Anna Lucia Soares da Cruz
Analista Financeira: Sofia Mohamad Barakat
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resíduos sejam despejadas diariamente nos lixões ou em aterros sanitários, encurtando sua vida
útil.
Para minimizar este problema, uma das alternativas é a implantação de um Plano de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, o qual aponta à administração integrada dos
resíduos por meio de um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de
planejamento. O PMGIRS leva em consideração aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos
resíduos, priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública, alicerçados num
programa de abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva
implementação no contexto da realidade do Município. Além da administração integrada dos
resíduos, o PMGIRS tem como base a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos gerados no
município.
A continuidade das políticas ambientais, aliada a necessidade da universalização dos
serviços de saneamento básico, fomentou a implementação do plano municipal de resíduos
sólidos. Visando a manutenção dessa referência positiva, o planejamento aparece como peça
fundamental para implantação de medidas necessárias à sustentabilidade. Assim, considerando
este cenário, surge a necessidade de se iniciar o processo de elaboração do projeto de uma
política municipal de resíduos sólidos, a partir da qual poderão ser definidas diretrizes e normas
visando à prevenção da poluição para proteção e recuperação da qualidade do meio ambiente e
da saúde pública, através da gestão democrática e sustentável dos resíduos sólidos no município.
A Política Municipal de Resíduos Sólidos, a ser formulada, deverá ter como finalidade o
desenvolvimento das atividades voltadas para o manejo adequado de resíduos em todo município
de modo a promover ações de coleta, transporte, reciclagem dos resíduos gerados; disposição
final; gerenciamento integrado de resíduos sólidos; gerenciamento do monitoramento ambiental;
economia dos recursos naturais; comunicação e informação dos resultados, visando preservar,
controlar e recuperar o meio ambiente natural e construído do município para a qualidade
ambiental propícia à vida, visando assegurar, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses municipais e à proteção da dignidade da vida humana.
Nesse contexto, o presente relatório (etapa 1) trata do Diagnóstico Inicial de Caracterização
do Município de Picuí no Estado da Paraíba, para a elaboração do Plano Municipal de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos, em conformidade com a lei.
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O Diagnóstico Inicial de Caracterização tem por objetivo levantara situação dos resíduos
sólidos no município, traçando um quadro geral, focado nos problemas mais frequentemente
ocasionados pelos resíduos nas localidades diagnosticadas, com o registro daqueles com presença
(em volume) mais significativa – muito provavelmente os resíduos urbanos, secos e úmidos, e os
resíduos da construção civil.
Será, também, informada a existência de: práticas de coleta seletiva de embalagens e
outros resíduos secos, práticas de compostagem de orgânicos, manejo dos resíduos da
construção; além das alternativas de destinação e disposição final do município: existência de
lixão, de bota foras de RCC, ou de instalações adequadas como aterros sanitários, galpões de
triagem e outras.
Sendo a diretriz da inclusão social aspecto importante da Política Nacional de Resíduos
Sólidos, um quadro preciso deve ser traçado com as informações sobre catadores, suas
organizações e a presença de ONGs dedicadas à temática da coleta seletiva de resíduos secos.
Localmente serão acionados os setores de assistência social dos municípios e, se possível, as
equipes de agentes comunitários de saúde, que têm condição de traçar um rápido cenário da
existência de catadores e suas organizações.
O diagnóstico registrará também os fatos relevantes nos municípios da região, que
poderão servir de apoio à ampliação das iniciativas ambiental, econômica e socialmente
sustentáveis. Serão registrados fatos como as ações de cooperativas de catadores, ONGs,
empresas com políticas ambientais e sociais, escolas e associações de bairro com experiências
marcantes.
Ressalta-se que o processo participativo é imprescindível e o diálogo terá papel
estratégico; o diagnóstico, elaborado com o envolvimento da equipe técnica e os legislativos
locais, será apresentado em forma de reunião com representante(s) designado(s) e população
geral interessada oportunamente.
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CARACTERIZAÇÃO
DO MUNICÍPIO
Meio Antrópico
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Meio Físico
Meio Biótico
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2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
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O município de Picuí está inserido na unidade geo-ambiental do Planalto da Borborema,
formada por maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. Ocupa
uma área de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte.
O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Com
respeito à fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta. A
área da unidade é recortada por rios perenes, porém de pequena vazão e o potencial de água
subterrânea é baixo.
A vegetação nativa predominante no município é a caatinga, do tipo arbusto- arbórea,
destacando- se a jurema, marmeleiro, mandacaru, xique-xique, facheiro, macambira e árvores de
pequeno porte como catingueira, umburana e juazeiro.
O município limita- se ao Norte com os municípios de Campo Redondo (RN) e Coronel
Ezequiel (RN); ao sul com Nova Palmeira (PB), Pedra Lavrada (PB) e Baraúna (PB), ao Leste, com os
municípios de Cuité (PB) e Nova Floresta (PB); e ao Oeste, com o município de Frei Martinho (PB)
e Carnaúba dos Dantas (RN), conforme pode ser observado na figura a seguir:
Com uma população de 18.222 pessoas e uma área territorial de 730,90km2, Picuí
apresentou uma densidade demográfica, no ano de 2010 de 27,54 hab/km². Neste município, de
2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 reduziu
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em 42,7%; para alcançar a meta de 50%, deve ter, em 2015, no máximo 30,0%. O acesso a partir
de João Pessoa é feito, inicialmente, através da rodovia Federal BR-130, em trecho de 191 km até
a cidade de Soledade, passando por Campina Grande.
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2.1 MEIO ANTRÓPICO
2.1.1 Histórico
As primeiras incursões para colonização de Picuí ocorreram entre 1704 e 1706, quando o
Presidente da Província da Paraíba era Fernando Barros Vasconcelos. No dia 26 de dezembro de
1704, Dona Isabel da Câmara, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Alferes Pedro de
Mendonça Vasconcelos e Antônio Machado requereram, e obtiveram por sesmaria, três léguas de
terra (18 km) no riacho chamado PUCUHY.
Posteriormente, no inicio do século XIX, outras famílias que vinham dos estados vizinhos
requereram e obtiveram sesmarias nesta região, onde implantaram propriedades e algumas
fazendas de gado, entre elas estavam Conde D'Ávila, Joaquim José da Costa, Capitão Antônio de
Mendonça Machado, Lázaro José Estrela, João Ferreira de Farias, Maximiano José da Costa,
Antônio Ferreira de Macedo, Estevão José da Rocha e Vicente Ferreira de Macedo.
No local onde hoje encontra-se a igreja matriz, ficava o curral de gado da fazenda de
Lázaro José Estrela. Ele havia cavado uma cacimba na confluência dos rios das Várzeas e do Pedro
e, nos períodos de estiagem, abastecia os moradores das adjacências. Essa cacimba era bastante
frequentada por uma espécie de pomba, conhecida como Pucuhy, que, em suas águas, saciavam a
sede. Por esta razão, o local passou a ser chamado de Pucuhy. Posteriormente o nome foi
mudado para Picuhy - uma palavra composta, unindo Pico (da serra Malacacheta) ao hipsilon (Y),
forma da confluência dos dois rios. Na nova ortografia, o nome passou a ser escrito Picuí.
As explorações daí decorrentes, ao que parece, tiveram como saldo apenas a implantação
de algumas fazendas de gado. Entre 1750 e 1760, novas correntes de povoamento se registraram
com a aquisição de algumas propriedades, que tinham sido instaladas pelos primitivos. O
povoamento inicial da região ocorreu onde hoje se encontra o município de Pedra Lavrada, tendo
sido construída a primeira capela em 1760.
No ano de 1856, o Nordeste brasileiro foi cenário de uma terrível epidemia de cólera-
morbo, que matou milhares de pessoas. Portanto, os moradores da região, assustados com a
mortandade e liderados pelo Coronel José Ferreira de Macedo, decidiram recorrer ao Mártir São
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Sebastião e juntos fizeram uma promessa ao santo. Após constatarem que não havia mais o surto
da doença, começaram a construir a capela de São Sebastião, hoje elevada à matriz de São
Sebastião, padroeiro da cidade – origem de sua história.
Paralelamente à construção da capela, o Coronel construiu a primeira casa do povoado,
conhecida como "A Venda Grande". Ele ocupou o cargo de fiscal e, com o seu prestígio, conseguiu
trazer para o aglomerado o primeiro mestre-escola, o primeiro costureiro de roupas masculinas e
o primeiro mestre de música. Dizem até que foi ele quem sugeriu o acréscimo de Triunfo ao nome
de São Sebastião. Por isso, o Coronel José Ferreira de Macedo é considerado o autêntico fundador
de Picuí.
No dia 3 de setembro de 1857, o Padre Francisco de Holanda Chacon, de Areia, celebrou a
primeira missa e, em volta da capela, surgiu o povoado de São Sebastião do Triunfo.
Em 1874, através da Lei Provincial nº 597 de 26 de novembro, foi criado o Distrito de Paz
da Povoação de São Sebastião do Triunfo. O distrito passou a chamar-se apenas de Triunfo. Mas,
em 1888, quando a povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Provincial nº 876 de 27 de
novembro, o nome passou a ser Picuhy.
O município de Picuí foi criado pelo Decreto nº 323 de 27 de janeiro de 1902, sendo
instalada no dia 9 de março, a Lei Estadual nº 212 de 29 de outubro de 1904 mudou a sede do
município de Cuité para Picuí. No ano de 1924, em 18 de março, Picuí passou ao posto de cidade
através da Lei Estadual nº 599.
Ao longo do século XX diversos municípios se desmembraram de Picuí, a exemplo de Cuité
e Barra de Santa Rosa (1936), Nova Floresta (1959), Pedra Lavrada (1959), Cubati (1959) Frei
Martinho (1961) e Baraúna (1996).
Símbolos da Cidade
BANDEIRA
A Bandeira de Picuí foi criada a partir de um pedido que me foi feito por Amariles Sales
Cunha e Lourdes Sales, para posse do prefeito eleito Amauri Sales, uma vez que o município ainda
não tinha a sua Bandeira. Estávamos reunidos no salão do Picuí Clube, organizando a festa,
quando surgiu a ideia.
O projeto foi feito, depois de alguns dias de informações, buscas, leituras e finalmente foi
apresentado e aprovado pela Câmara Municipal, tendo sido confeccionada por Amariles.
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Foi no momento da posse do então prefeito eleito Amauri Sales, que a Bandeira foi
hasteada pela primeira vez.
O verde da Bandeira representa e riqueza agrícola que o município produz.
Anteriormente, árvores frutíferas, a agricultura doméstica e coqueiros cobriam grande área das
margens dos rios do município. O pequeno agricultor vivia deste cultivo para abastecer a feira e
adquirir o sustento de sua família. Depois, houve o cultivo do algodão, que foi muito importante,
pois já podia ser comercializado em outros centros maiores, gerando recursos para Picuí. Com a
dizimação do algodão, o pequeno agricultor necessitou de recorrer ao cultivo do agave ou sisal,
que, como o algodão, daria o sustento das famílias, as quais, plantavam, colhiam e vendiam. No
cultivo do algodão, havia os colhedores deste produto, que, beneficiado se transformava em
linha, tecido, etc., e o caroço, para a extração do alimento para o gado. O sisal representou uma
riqueza muito importante para Picuí, pois foi durante muitos anos, uma atividade que oferecia
trabalho para os cortadores e puxadores de agave e aqueceu o comércio e a indústria caseira,
aparecendo produtos artesanais interessantes.
O amarelo é a riqueza do subsolo de Picuí, onde se encontra o minério que é extraído,
beneficiado e comercializado, gerando o sustento de inúmeras famílias. A Educação está também
representada nesta cor, pois, com o trabalho da lapidação e conhecimento dos diversos minérios,
o picuiense está aprendendo e estudando seu solo, sua riqueza.
No branco da Bandeira, a bravura, o heroísmo e o amor cívico do picuiense são
representados, como orgulho de quem é berço de heróis. Filhos de Picuí lutaram pela Paz do
Mundo na 2ª Guerra Mundial e trouxeram para sua terra, o exemplo de patriotismo.
A Bateia, o Algodão e o Sisal no centro da Bandeira representam o trabalho do homem
picuiense. O agricultor que planta, colhe e vende e o garimpeiro que busca, extrai e beneficia a
riqueza do solo.
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Figura 2.1.1.1– Bandeira de Picuí.
BRASÃO
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HINO
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2.1.2 Diagnóstico Demográfico
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Nova Floresta 1,12%, e em consonância com os municípios: Cuité 0,02%, Coronel Ezequiel -0,01%,
e Frei Martinho 0,03% e conforme tabelas a seguir:
A cidade caracteriza-se por apresentar bastantes ondulações no seu relevo, com serras,
morros e picos, tendo 5.440 domicílios (segundo contagem IBGE/2010) sendo que 3.715
encontram-se em área urbana, enquanto 1.724 encontram-se na área rural.
2.1.3.1 Educação
De acordo com pesquisa realizada pelo IDEME em 2010, Picuí possui uma taxa de
analfabetismo de 24,66% (indivíduos com idades entre 15 anos e superiores), alta em relação ao
maior município da Microrregião, Campina Grande 11,70% e o município limítrofe, Carnaúba dos
Dantas (RN) 14,40% e em consonância com as taxas dos municípios limítrofes: Campo Redondo
25,71%, Nova Palmeira 24,66, Pedra Lavrada 27,76, Baraúna 28,30 e Nova Floresta 28,62%, e
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baixa em relação aos municípios limítrofes, Coronel Ezequiel 29,97%, Frei Martinho 29,96% e
Cuité 31,72%.
Segundo dados do Censo Escolar realizado em 2012, pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 602 alunos estavam devidamente matriculados na
Educação Infantil, sendo 134 em Creche Municipal Urbana, 15 em Creche Municipal Rural, 299 na
Pré-escola Municipal Urbana e 154 na Pré-escola Municipal Rural.
Foram registradas em 2012, também pelo INEP, 149 matrículas na creche municipal em
tempo parcial (sendo 134 matrículas na creche urbana e 15 matrículas na creche rural), 453
matrículas na pré-escola municipal em tempo parcial (sendo 299 na pré-escola urbana e 154 na
pré-escola rural), 1.446 matrículas no ensino fundamental em tempo parcial nos anos iniciais
(sendo 97 em estadual urbana, 837 municipal urbana e 512 municipal rural), 156 matrículas no
ensino fundamental em tempo integral nos anos iniciais (61 municipal urbana e 95 municipal
rural), 1.041 matrículas no ensino fundamental em tempo parcial nos anos finais (sendo 138 em
estadual urbana, 674 municipal urbana e 229 municipal rural), 341 matrículas no ensino
fundamental em tempo integral nos anos finais (sendo 9 estadual urbana, 94 municipal urbana e
238 municipal rural). No ensino médio foram registradas 729 matriculas (sendo 420 matrículas em
estadual urbana com tempo parcial e 309 estadual urbana em tempo integral). E 361 matrículas
no EJA (Educação de Jovens e Adultos – Supletivo) presencial no ensino fundamental em tempo
parcial, sendo 338 matrículas em escola municipal urbana e 23 em municipal rural.
Picuí conta hoje com as seguintes escolas:
ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - ZONA URBANA
- CEI MARTA MARIA DE MEDEIROS CASADO
Conjunto Felizardo Bezerra, s/n – Bairro Limeira
Código do INEP: 25043200
Administrador Escolar: Ubenice Silveira Araújo
Administrador Escolar Adjunto: Maria de Lourdes dos Santos Silva
- EMEF ANA MARIA GOMES
Rua Padre Apolônio Gaudêncio, nº 300 – Bairro Monte Santo
Código do INEP: 25043188
Administrador Escolar: Maria da Guia Oliveira Silva
Administrador Adjunto: Maria de Fátima C. da Silva
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Figura 2.1.3.1.1– E.M.E.F. Ana Maria Gomes.
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Figura 2.1.3.1.2 – E.E.E.F. Felipe Tiago Gomes.
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Figura 2.1.3.1.3– E.M.E.F. Governador Flávio Ribeiro.
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Figura 2.1.3.1.4 – Anexo E.M.E.F. Maria do Socorro Farias de Macedo.
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ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - ZONA RURAL
- EMEF ANTONIO FERREIRA DA COSTA
Sítio Lagedo Grande
Código do INEP: 25043668
Administrador Escolar: Maria José dos Santos Dantas
- EMEF ANTONIO FERREIRA DE LIMA
Sítio Urubu
Código do INEP: 25105558
Professor Responsável: Edileusa Macedo de Lima Medeiros
- EMEF JOÃO BELO ALVES
Distrito de Serra dos Brandões
Código do INEP: 25043706
Administrador Escolar: Rossana Rory S. de Carvalho
Administrador Escolar Adjunto: Edjane da Silva Macedo
- EMEF MACÁRIO ZULMIRO DA SILVA
Distrito de Santa Luzia
Código do INEP: 25043820
Administrador Escolar: Lidiana Gerlaide de Lima Silva
- EMEF PREFEITO EDUARDO MACEDO
Sítio Raposa
Código do INEP: 25043765
Professor Responsável: Luis Alves dos Santos
- EMEF RAFAEL FERREIRA DOS SANTOS
Sítio Massapé
Código do INEP: 25043579
Professor Responsável: Ildervânia Dantas Ferreira
- EMEF RAIMUNDO SALES
Sítio Mato Grosso
Código do INEP: 25043480
Professor Responsável: Marconi Dantas
- EMEF TERTULIANO PEREIRA DE ARAÚJO
Sítio Pedreiras
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Código do INEP: 25043560
Administrador Escolar: Vânia Lucia de Medeiros Santos Dantas
O município de Picuí possui ainda o Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Paraíba o qual funciona desde 08 de junho de 2011. São ofertados o Curso Superior
de Tecnologia em Agroecologia, os Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio de Informática e
Edificações e os Cursos Técnicos Subsequentes de Mineração e Informática.
O ingresso aos cursos técnicos se dá através de processo seletivo e o curso superior
através da classificação no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio realizado pelo MEC.
Atualmente temos cerca de setecentos alunos distribuídos nas três modalidades de
ensino, com vários projetos em andamento como o Núcleo de Agroecologia e o Programa para
Intercâmbios: Curso Básico, Intermediário e Avançado de Língua Inglesa.
No que diz respeito ao meio ambiente, o Instituto promove ações de incentivo a coleta
seletiva, consumo sustentável, reutilização de materiais, conferencias voltadas ao meio ambiente,
minicursos, fortalecimento da cooperativa de catadores, palestras nas escolas e ainda através do
rádio buscam levar informações sobre a preservação do meio ambiente.
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Figura 2.1.3.1.6 – Coleta seletiva dentro do Campus.
2.1.3.2 Saúde
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Mastologia;
Oftalmologia
Pediatria;
Psicologia;
Psiquiatria;
Urologia.
CENTRO DE IMAGEM
Densintrometia óssea;
Endoscopia digestiva;
Ecocardiograma;
Mamografia;
Punção mamária;
Tomografia computadorizada
Ultrassonografias diversas;
CENTRO DE FISIOTERAPIA
Atendimento especializado em reabilitação.
- CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS – CEO, estabelecimento de saúde que funciona
em parceria entre o Ministério da Saúde e o município. No CEO são oferecidos serviços
especializados em saúde bucal, como:
Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer de boca;
Periodontia especializada;
Cirurgias gerais
Endodontia.
Localizado na Rua Galdino Pinheiro, S/N – Centro, tem como Responsável: Maria de
Fátima Cavalcante de Lima. O centro possui ainda um Laboratório de Próteses Dentárias
credenciado para confecção de próteses totais, parciais, removíveis etc.
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Figura 2.1.3.2.1. – Centro de Especialidades Odontológicas – CEO.
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Autorização de atendimentos na atenção especializada para os municípios de referência
(Algodão de Jandaíra, Baraúna, Barra de Santa Rosa, Cubati, Cuité, Damião, Frei Martinho, Nova
Floresta, Nova Palmeira, Pedra Lavrada, São Vicente do Seridó e Sossego).
Endereço: Rua São Sebastião, 44, Centro
Responsável: Maria Helenice de Araújo Santos
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Figura 2.1.3.2.2. – UBS Genário Xavier da Silva.
ZONA RURAL
Posto de Saúde Judite Araújo de Oliveira
Endereço: Rua José Maria - Vila de Santa Luzia
Diretora: Josefa Gerlany Geize de Macedo
Posto de Saúde Felizardo Bezerra de Medeiros
Endereço: Sítio Mato Grosso
Diretora: Maria de Fátima da Silva
Posto de Saúde José Elízio da Costa
Endereço: Sítio Lajedo Grande
Diretora: Ijailda Pereira D. Lima
Posto de Saúde Canoa do Costa
Endereço: Sítio Canoa do Costa
Diretor: Lucicleide Mércia B. dos Santos
Posto de Saúde Pedreiras
Endereço: Sítio Pedreiras
Diretora: Lindaura de Macedo Dantas
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Posto de Saúde João Cesário Dantas
Endereço: Sítio Serra Baixa
Diretora: Lúcia de Fátima Dantas
Posto de Saúde Vicência Ferreira Dantas
Endereço: Sítio Urubu
Diretora: Marivalda A. dos Santos
Posto de Saúde Nilo Ferreira de Vasconcelos
Endereço: Sítio Malhada Vermelha
Diretora: Marivalda A. dos Santos
Posto de Saúde Odilon de Oliveira
Endereço: Sítio Caboré
Diretora: Marivalda A. dos Santos
Posto de Saúde José Marques de Andrade
Endereço: Distrito de Serra dos Brandões
Diretora: Simone da Silva Araújo
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·Promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações
intersetoriais;
·Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental;
·Dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica;
·Organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais no município.
A proposta do CAPS de Picuí contempla atendimentos individuais e em grupo,
assembleias com os familiares, oficinas terapêuticas, triagens, visitas domiciliares, palestras,
eventos, dentre outros.
Endereço: Rua São Sebastião, 49, Centro
Diretora: Cícera Gomes de Medeiros Oliveira
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ATIVIDADES EDUCATIVAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE – segurança alimentar, cultura da
paz e direitos humanos e promoção da saúde mental;
ENSINO FUNDAMENTAL/MÉDIO
ATIVIDADES DE PREVENÇÃO - direito sexual e reprodutivo e prevenção das DST/AIDS;
prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas.
Coordenadora do PSE na Saúde: AIRY YSMÊNIA DE LIMA MEDEIROS
Coordenadora do PSE na Educação: KEILES LUCENA DE MACEDO
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Ainda existem outras farmácias na cidade: Farmácia São Severino, localizada na Avenida
Presidente Getúlio Vargas, 81, Centro; e Farmácia Costa Fernandes, localizada na Rua 24 de
Novembro, 15 – Centro.
De acordo com pesquisa do DATASUS de 2009 o município apresenta um valor anual
médio de 9,4 internações por habitantes (local de internação) e 5,0 internações por 100
habitantes (local de residência). Quanto aos valores referentes a natalidade em 2008 foram 314
nascidos vivos e uma taxa bruta de natalidade de 16,30, sendo constatada uma taxa de
mortalidade infantil de 9,6 por 1.000 nascidos vivos. Foram contabilizados 137 óbitos no
município e o número de óbitos por 1000 habitantes é de 7,10. Em 2009, o município possuiu
98,60% das crianças menores de um ano vacinadas. O SI/ PNI demonstra a cobertura vacinal para
o ano de 2009:
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família é de 0,08, a porcentagem de crianças com aleitamento materno exclusivo é de 76,00 e a
cobertura de consultas de pré-natal chega a 98,50%.
Os resíduos gerados nas UBSs, no Centro de Especialidades, Laboratório de análise, etc.,
são destinados ao Hospital onde foi-nos informado que são coletados toda quarta-feira e
transportados para incineração pela empresa Stericycle, localizada no Distrito Industrial de João
Pessoa/PB, visando minimizar os impactos ao meio ambiente, bem como proteger a saúde
pública. O caminhão da empresa responsável é licenciado pela SUDEMA (Superintendência de
Administração do Meio Ambiente) para a coleta e o transporte de resíduos de serviços de saúde
(Licença n° 443/ 2013, com validade até 16/03/2014). Depois, os resíduos são incinerados a uma
temperatura que varia entre 800° e 1200 °C. Até o momento o contrato com a empresa não foi
regularizado.
2.1.3.3 Saneamento
Segundo pesquisa do IBGE de 2010, Picuí conta com um nível de atendimento onde 67,1%
dos domicílios do município possui abastecimento de água em pelo menos um cômodo, 60,80%
possuem formas de esgotamento sanitário considerado adequado e 98,90% é atendido pela
coleta de lixo. Ainda de acordo com o IBGE, 98,93% dos domicílios de Picuí possuem energia
elétrica. 100% das áreas urbana e rural do município são dotadas de iluminação pública
(programa luz para todos), e 100% da zona urbana possui pavimentação e energia elétrica.
De acordo com pesquisa do DATASUS, de 2000, mas no que se refere ao tipo de
abastecimento de água, 57,80% dos moradores do município possuem rede geral, 15,60%
possuem poços artesianos ou nascentes em suas propriedades e 26,70% não se sabe o tipo de
abastecimento que possuem.
Conforme dados do DATASUS a porcentagem de domicílios por tipo de instalação
sanitária no ano de 2000 é demonstrada no quadro a seguir:
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Quadro 2.1.3.3.1– Domicílios por tipo de instalação sanitária.
Instalação Sanitária 2000 (%)
Rede geral de esgoto ou pluvial 49,10
Fossa séptica 0,70
Fossa rudimentar 14,60
Vala 3,60
Rio, lago ou mar 0,90
Outro escoadouro 1,40
Não tem instalação sanitária 29,60
Fonte: DATASUS
No que se refere à coleta de lixo e o tipo de destinação dos mesmos, 57,00% dos
domicílios do município tem seu lixo coletado, 16,60% queimam seu lixo em sua propriedade,
1,50% enterram em sua propriedade, 5,60% jogam em algum outro local e 19,30% destinam de
outra forma.
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sustentável ambiental. Trinta jovens e suas famílias estão sendo beneficiados com o projeto que
oferece capacitação e bolsas de incentivo à participação e permanência nas atividades.
Estiveram presentes no encontro a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, e
representante do CMDCA, Rosemary Farias, a diretora dos Programas Sociais, Mary Ann de
Macedo, o coordenador do Projeto Jovem Ambientalista, Jéferson Barreto, o gerente local do
Banco do Brasil, Diogo Alvez Maia, e o presidente da Câmara Municipal de Picuí, Ataíde Dantas
Xavier.
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caso dos alunos da 8.ª série. O IDEB nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino
fundamental em escolas públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas particulares, as notas
médias foram, respectivamente, 6,5 e 6,0.
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Vereadores:
- Ataíde Dantas Xavier - PSD
- Olivânio Dantas Remígio - PT
- Maria Ednalva Dantas
- Jozelma Cecília da Costa Dantas - DEM
- Itapua Inaie de Lima Dantas - PPS
- José Reginaldo de Araújo – PPS
- Joaquim Vidal de Negreiros Filho - PTB
- Aldemir Macedo – PT do B
- Manoel Lopes de Oliveira - PSB
- Paulo Silva Lira - PDT
- Maria Aparecida da Silva Dantas
Fórum Desembargador Federal Nereu Santos
Rua Edgar Vilarim Meira, s/n, Liberdade, Campina Grande/ PB.
CEP 36130-000 58.105-226
Fone: 83 2102-9100 – Fax: 83 2101-9104
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Jurisdição: Baraúna, Barra de Santa Rosa, Cubati, Cuité, Damião, Frei Martinho, Nova Floresta,
Nova Palmeira, Pedra Lavrada, Picuí, Seridó e Sossego.
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E-mail: inf@picui.pb.gov.br
Secretaria de Promoção e Assistência Social
Secretária: Denise Vasconcelos da Silva Dantas
Endereço: Rua Antônio Firmino, 348, Monte Claro, Picuí/PB.
Telefone: (83) 3371 - 2620
E-mail: pro@picui.pb.gov.br
Secretaria da Saúde
Secretária: Maria Lúcia Dantas Xavier
Endereço: Rua Benedita Maria do Carmo, 111, Pedro Salustino, Picuí/PB.
Telefone: (83) 3371 - 2620
E-mail: sau@picui.pb.gov.br
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2.1.3.8 Entidades, Instituições, Associações, ONG´s e Sindicatos
Para apoio aos empreendimentos e munícipes, Picuí conta com algumas entidades
representativas, como:
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Sítio Olho D’ Água dos Cagados, s/n – Zona Rural – CEP: 58.187-000
Criado em 2003.
- Associação de Comunitária Rural de Mato Grosso (A.S.C.O.M.G.)
CNPJ: 06.144.847/0001-62
Sítio Mato Grosso, s/n – Zona Rural – CEP: 58.187-000
Criado em 2002.
- Associação Comunitária de Agricultores em Quixaba e Região (A.C.A.Q.R.)
CNPJ: 07.547.149/0001-34
Sítio Quixaba, s/n – Zona Rural – CEP: 58.187-000
- Associação de Desenvolvimento Comunitário de Narciso e Região (A.D.C.N.R.)
CNPJ: 07.678.892/0001-23
Sitio Narciso, s/n – Zona Rural – CEP: 58.187-000
Criado em 2005.
- Associação Comunitária de Serra dos Brandoes (A.C.S.B.)
CNPJ: 07.678.898/0001-09
Rua José Marcos de Andrade, 37 – Distrito de Serra dos Brandoes
CEP: 58.187-000
Criado em 2005.
- União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Picui (U.M.E.S.)
CNPJ: 04.968.607/0001-10
Rua Pedro Henriques Sobrinho, s/n – Pedro Salustino
CEP: 58.187-000
Criado em 2001.
- Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Sítio Barra Nova (A.C.P.R.S.B.N.)
CNPJ: 07.731.069/0001-34
Sítio Barra Nova, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criado em 2005.
- Associação do Desenvolvimento Comunitário de Boa Vista e Região (A.C.B.V.I.R.)
CNPJ: 03.388.679/0001-26
Sítio Boa Vista, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criado em 1999.
- Associação Comunitária Rural do Feijão Região Acrufer (A.C.R.U.F.E.R.)
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CNPJ: 03.185.699/0001-08
Sítio Feijão e Região, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criado em 1999.
- Associação de Apicultores e Meliponicultores de Picui (A.A.P.I.M.E.P.)
CNPJ: 05.620.903/0001-99
Comunidade Serra Baixa, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criado em 2003.
- Associação dos Poetas Populares do Curimatau (A.P.P.C.)
CNPJ: 03.290.722/0001-16
José Verríssimo de Medeiros, 14 – Limeira - CEP: 58.187-000
Criada em 1999.
- Associação do Desenvolvimento Comunitário do Rio Várzea e Região (Adecomrivar)
CNPJ: 03.299.539/0001-81
Sítio Varzea, S/N – Limeira - CEP: 58.187-000
Criada em 1999.
- Associação Comunitária de Agricultores de Poço de Onça e Região (A.C.A.P.O.R.)
CNPJ: 03.555.199/0001-02
Sítio Poço de Onça, S/N – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 1999.
- Associação Micro Unidades Produtivas Comunidade de Pici (A.M.U.P.)
CNPJ: 00.701.695/0001-39
Rua Antônio B. Dantas, S/N – Limeira - CEP: 58.187-000
Criada em 1995.
- Associação dos Pequenos Garimpeiros e Agricultores dos Municípios de Picuí, Frei Martinho e
Baraúna (A.P.G.A.P.F.B.)
CNPJ: 10.760.927/0001-83
Rua Coronel Manoel Lucas, S/N – Centro - CEP: 58.187-000
Criada em 2009.
- Associação Esperança das Crocheteiras de Picuí (A.S.S.E.C.P.)
CNPJ: 05.730.299/0001-53
Rua Severino Ramos da Luz, 243 – Monte Santo - CEP: 58.187-000
Criada em 2002.
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- Associação do Pequenos Produtores Rurais Da Comunidade Saco do Girau (A.P.P.R.U.C.O.S.G.)
CNPJ: 05.759.424/0001-58
Sítio Saco do Girau, S/N – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2002.
- Associação Picuiense Artística e Cultural de Radiodifusão Comunitária (A.P.A.R.C.)
CNPJ: 03.582.697/0001-44
Rua Dezoito de Março, S/N – Centro - CEP: 58.187-000
Criada em 2000.
- Associação de Desenvolvimento Comunitário de Moradores do Bernadino e Região (Adecomber)
CNPJ: 03.729.595/0001-09
Sítio Bernardino, S/N – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2005.
- Associação Comunitária Rural do Açude Várzea Grande (A.C.R.A.V.G.)
CNPJ: 02.089.967/0001-17
Sítio Várzea Grande, S/N – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 1997.
- Associação Cultural Músicos Filarmonica Cel Antônio Xavier (A.C.M.F.C.A.X.)
CNPJ: 00.650.409/0001-53
Rua Capitão José de Barros, S/N – Centro - CEP: 58.187-000
Criada em 1995.
- Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Sítio São João (A.C.P.R.S.S.J.)
CNPJ: 10.241.929/0001-66
Sítio São João, S/N – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2008.
- Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Sítio Lagoa do Mato (A.C.P.R.S.L.M.)
CNPJ: 10.241.956/0001-39
Sítio Lagoa do Mato, S/N – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2008.
- Associação Dos Produtores de Leite do Município de Pícui (APROLEITE)
CNPJ: 07.649.055/0001-76
Rua Alípio Cavalcanti, 28 – Centro - CEP: 58.187-000
Criada em 2005.
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- Associação do Desenvolvimento Comunitário da Cachoeira da Onça e Região
(A.D.E.C.O.M.C.O.E.R.)
CNPJ: 05.031.944/0001-40
Sítio Cachoeira da Onça, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2001.
- Associação Comunitária Rural de Logradouro (A.C.R.L.)
CNPJ: 00.558.390/0001-10
Sítio Logradouro, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 1995.
- Associação dos Produtores Rurais e Assistência Comunitária (A.P.R.A.C.)
CNPJ: 00.558.392/0001-09
Sítio São Francisco, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 1995.
- Associação Comunitária de Desenvolvimento Rural de Capim Grosso (ACOGRSSO)
CNPJ: 10.292.942/0001-44
Sítio Capim Grosso, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2008.
- Associação Agrícola de Olha D’água Novo e Região (A.G.R.O.N.O.R.)
CNPJ: 02.028.730/0001-26
Sítio Olho D’ água Novo, s/n – Santa Luzia - CEP: 58.187-000
Criada em 2005.
- Associação de Desenvolvimento Comunitário de Currais (A.D.E.C.O.C.)
CNPJ: 02.520.819/0001-05
Fazenda Lagoa do mato, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2008.
- Associação dos Piscicultores de Picuí (A.S.P.I.P.)
CNPJ: 10.282.186/0001-72
Sítio Várzea Grande, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2008.
- Associação Clube de Mães de Santa Luzia (Aclumasal)
CNPJ: 10.198.187/0001-33
Rua José Maria da Costa Lima, 50 – Distrito de Santa Luzia - CEP: 58.187-000
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Criada em 2007.
- Associação Dos Estudantes Universitários de Picuí (A.E.U.P.)
CNPJ: 01.570.697/0001-07
Praça João Pessoa, s/n – Centro - CEP: 58.187-000
Criada em 2005.
- Associação Comunitária de Boa Viagem e Região (Acobver)
CNPJ: 01.436.865/0001-68
Sítio Boa Viagem, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 1996.
- Associação Comunitária dos Proprietários Rurais de Canoa do Costa (A.C.P.R.C.C.)
CNPJ: 01.340.212/0001-80
Sítio Canoa do Costa, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 1998.
- Associação do Desenvolvimento Comunitário da Serra da Lagoa (Adecosel)
CNPJ: 01.761.979/0001-83
Comunidade Serra da Lagoa, s/n – Zona Rural - CEP: 58.187-000
Criada em 2005.
- Associação Beneficente de Educação e Cultura (A.B.E.C.)
CNPJ: 08.401.842/0001-67
Rua Francisco Mariano da Silva, 32 – JKl - CEP: 58.187-000
Criada em 2006.
- Associação Comunitária de Desenvolvimento Rural Nossa Senhora das Neves (A.C.D.R.N.S.N.)
CNPJ: 08.254.564/0001-62
Fazenda Raposa, s/n – JKl - CEP: 58.187-000
Criada em 2006.
- Centro de Referência em Atendimento Social - CRAS
Rua Antônio Firmino de Macedo, s/n, Limeira – CEP: 58.187-000
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira das 08h `as 12h e das 14h as 17h
Coordenadora: Neuma Dantas de Lima Candido
Assistente Social: Raquel Araújo Dantas
Psicóloga: Hamana Daphne Barros Henriques
Telefone: 83 3371-2443 – Email: craspicui@hotmail.com
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Fone / Fax 55 12 2125-8656 – www.gruporesitec.com.br – resitec@resitecltda.com.br
O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, é um órgão público estatal da
política de assistência social, responsável pela organização e oferta de serviços da proteção social
básica do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social do
município.
Para a proteção social básica, atua na prevenção de situações de vulnerabilidade e risco
social e pessoal por meio do desenvolvimento de potencialidades e fortalecimento dos vínculos
familiares e comunitários. Tem como foco a promoção do acolhimento, convivência e socialização
de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, bem como e promoção da
integração no mercado de trabalho, desenvolvendo as seguintes ações: - serviço de proteção e
atendimento integral a família (PAIF), programa de proteção social básica à pessoa idosa,
programa de proteção social básica à criança de 0 a 6 anos, programa bolsa família e benefício de
prestação continuada (BPC).
O CRAS do município de Picuí/PB realiza os seguintes serviços: recepção e cadastramento
das famílias, encaminhamentos a rede sócio assistencial, serviços e benefícios, visitas domiciliares
e institucionais, atendimento psicossocial as famílias, grupos de convivência dos idosos, grupo de
crianças de 3 a 6 anos, grupo de mulheres, plantões sociais na zona rural, oficinas de inclusão
produtiva, oficinas de convivência e de trabalho sócio educativo, coordenação do programa BPC
na Escola, campanhas sócio educativas, reuniões e ações comunitárias, articulação e
fortalecimento de grupos sociais locais, palestras voltadas as famílias e a comunidade,
coordenação do PROJOVEM – adolescentes, relatórios sociais, coordenação do programa BPC na
escola, campanhas e reuniões.
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Figura 2.1.3.8.1 – Fachada do CRAS.
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disponibilizando 4.731 pontos de ligação. O abastecimento de água do município é feito através
da captação na barragem Várzea Grande. A adutora é formada por quatro filtros tipo russo de
ferro fundido com 250 mm de diâmetro, na estação de tratamento a água passa pela classificação
com a utilização de sulfato, filtração, cloração e eliminação das bactérias. A água tratada nesta
estação abastece o próprio município de Picuí e ainda o município vizinho de Frei Martinho.
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Figura 2.1.4.1.2– Estação de Tratamento de Água.
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Figura 2.1.4.1.3– Chegada da água a E.T.A.
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Figura 2.1.4.1.4– Tratamento da água captada – visão parcial.
Na área urbana 100% dos domicílios são atendidos pela coleta de lixo, de
responsabilidade da prefeitura, sendo a destinação final ao lixão localizado no próprio município.
A média de resíduos gerados é de 20 t/dia. Para tal serviço é disponibilizado 01 caminhão
caçamba com capacidade de 6 m3 e 01 caminhão compactador com capacidade de 15 t, são
disponibilizados dois motorista e oito coletores, que percorrem as ruas da cidade de segunda a
sábado em dois turnos (manhã e tarde), havendo um cronograma semanal de coleta.
Os resíduos gerados nas UBSs, no Centro de Especialidades, Laboratório de análise, etc.,
são destinados ao Hospital onde foi informado que são coletados toda quarta-feira e
transportados para incineração pela empresa Stericycle, localizada no Distrito Industrial de João
Pessoa/PB, visando minimizar os impactos ao meio ambiente, bem como proteger a saúde
pública. O caminhão da empresa responsável é licenciado pela SUDEMA (Superintendência de
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Administração do Meio Ambiente) para a coleta e o transporte de resíduos de serviços de saúde
(Licença n° 443/ 2013, com validade até 16/03/2014). Depois, os resíduos são incinerados a uma
temperatura que varia entre 800 e 1200 °C. Até o momento o contrato com a empresa não foi
regularizado.
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Figura 2.1.4.2.2 – Caminhão utilizado na coleta.
A cidade tem 5.378 domicílios particulares atendidos com energia elétrica, perfazendo um
total de 98,93% tanto na área rural quanto na urbana. O fornecimento de energia elétrica
domiciliar é de 50/60Hz - 220V e a empresa responsável é a Energisa Paraíba.
O sistema de telefonia da Cidade oferece DDD/DDR/DDI, celular e telex integrados à rede
internacional através da OI. Em Picuí há uma estação de rádio chamada Cenetista, AM 1.020 Khz,
e estações repetidoras de TV recebendo sinais de todos os canais comerciais em UHF/VHF em
rede nacional, bem como de outros canais via satélite, além da comunicação via alto-falante da
igreja local.
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2.2 MEIO FÍSICO
2.2.1 Localização
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Figura 2.2.1.1 - Localização do município no estado.
2.2.1.1 Geomorfologia
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Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o
que lhe confere ao topo uma altitude de 500m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e
alcança média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600m junto ao rebordo
ocidental. Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental.
A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de leste para oeste, separadas
por vales, que configuram parcos relevos de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto
eleva-se o maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude de 1.000m.
Com altitude média de 400 metros, podendo chegar a mais de 1.000 metros (como é o
caso do Pico do Jabre, de 1.197 m e do Pico do Papagaio, de 1.260 m) em seus pontos extremos
(serras), o planalto está encrustado no agreste do Nordeste Oriental, espalhando-se de norte a sul
e tendo como fronteira natural as planícies do litoral (região úmida) e a depressão sertaneja
(região semi-árida). Constitui uma área de transição entre a mata atlântica e a caatinga,
possuindo vegetação variada que vai desde a caatinga propriamente dita até resquícios de mata
atlântica (matas de brejo) nos pontos mais altos das serras, como ocorre na Unidade de
Conservação Estadual Mata de Goiamunduba, na Paraíba.
Com amplitude térmica acentuada, que vai dos 35ºC durante o dia e 18ºC/20ºC à noite,
chegando a cair, no inverno, para 20ºC/25ºC dia e 8ºC/12ºC noite, vem se constituindo em uma
região de forte atração turística, principalmente para os habitantes da área litorânea. O
ecoturismo também vem pouco a pouco se desenvolvendo, como é o que vem ocorrendo no
Parque Estadual Pedra da Boca, recentemente criado.
O município de Picuí, com área de 730,90km2, possui clima Bsh-Semi-árido quente com
chuvas de outono e verão. Segundo a divisão do Estado da Paraíba em regiões bioclimáticas Picui
possui, na sua porção ocidental, bioclima 4aTh-Tropical quente de seca acentuada com 7 a 8
meses secos; 3bTh-Mediterrâneo ou nordestino quente de seca média com 5 a 6 meses secos,
ocorrendo em uma faixa sudoeste-nordeste e o bioclima 2b-Sub-desértico quente de tendência
tropical com 9 a 11 meses secos no extremo sul e sudeste próximo ao limite com o município de
Barra de Santa Rosa.
A pluviometria na cidade de Picuí é de 339,1mm (Período 1911-1985), de distribuição
irregular com 77% de seu total concentrando-se em 04 meses (FMAM). A temperatura média
anual situa se entre 23 C à 25C. A vegetação predominante é do tipo Caatinga -Seridó, exceção de
uma área à nordeste, próximo ao município de Nova Floresta, com vegetação do tipo Caatinga
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Matas Serranas e outra área à leste limitando-se com o município de Cuité cuja vegetação é do
tipo Caatinga -Sertão.
2.2.1.2 Geologia
O Estado da Paraíba tem aproximadamente 89% de sua área estabelecida sobre rochas
pré- cambrianas, sendo complementado por bacias sedimentares fanerozóicas, rochas vulcânicas
cretáceas, coberturas plataformais paleógenas/neógenas e formações superficiais quaternárias.
Na área pré-cambriana encontram-se exposições da denominada Província Borborema,
um cinturão orogenético de idade meso a neoproterozóica. Estudos geocronológicos, conduzidos
por diversos pesquisadores e os padrões aeromagnéticos levantados, permitiram a divisão da
área pré-cambriana, de reconhecida complexidade estratigráfica, em compartimentos tectono-
estratigráficos, que são segmentos crustais limitados por falhas ou zonas de cisalhamento, com
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estratigrafia e evolução tectônica definidas, específicas e distintas. São os terrenos pré-
cambrianos, por sua vez, divididos em domínios Externo, Transversal, Rio Grande do Norte,
Cearense e Médio Coreaú, separados entre si por lineamentos crustais brasilianos, que podem ou
não representar suturas. Na Paraíba são identificadas representações dos domínios Cearense, Rio
Grande do Norte e Transversal, reunidos ou subdivididos em superterrenos e subprovíncias,
respectivamente.
O domínio Cearense tem uma área bastante restrita no Estado de exposição, sendo
representado pelo prolongamento da faixa de dobramentos Orós-Jaguaribe, maiormente exposta
no vizinho Estado do Ceará. O limite dessa faixa é a falha denominada de Porto Alegre, que passa
no extremo noroeste do Estado. O domínio do Rio Grande do Norte compreende uma faixa
plataformal a turbidítica, de idade neoproterozóica, a faixa Seridó (FSE), e as rochas do
embasamento, constituintes dos terrenos Rio Piranhas (TRP), Granjeiro (TGJ) e São José do
Campestre (TJC), de idades arqueanas/paleoproterozóicas. Sobre este último terreno repousa
uma representação da faixa Seridó, localmente denominada de Faixa Curimataú. O limite
meridional do domínio rio Grande do Norte é a falha principal da Zona de Cizalhamento Patos ou,
simplesmente, Lineamento Patos, a partir do qual se desenvolve, para o sul o chamado Domínio
Transversal. Este domínio abrange, de oeste para leste, os seguintes compartimentos
geotectônicos: a Faixa Piancó-Alto Brígida (FPB) e os terrenos Alto Pajeú (TAP), Alto Moxotó
(TAM) e Rio Capibaribe (TRC). Estes compartimentos são limitados por acidentes de tectônica
rígida de natureza cizalhante e/ou contracional identificadas como Linha sienitóide, Nappe de
Serra de Jabitacá e Zona de Cizalhamento Cruzeiro do Nordeste.
Geologia do município
Na área do município são reconhecidas, segundo o mapa geológico do CPRM (2006) as seguintes
unidades litoestratigráficas (Figura 2.2.1.2.1): Formação Seridó, Complexo Santa Cruz, Formação
Serra dos Martins e granitóides indiscriminados.
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Figura 2.2.1.2.1- Mapa geológico do município.
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de ξNd de –1 a –3, mas uma amostra de augen gnaisse apresentou uma idade-modelo de 2,9Ga.
Esses dados indicam que trata-se de material retrabalhado de uma fonte crustal arqueana.
Formação Seridó
A Formação Seridó constitui quase a totalidade da Província Scheelítifera da Borborema, sendo
também a matriz da Província Pegmatítica do Seridó. É composta por uma unidade
predominantemente metapelítica, representada por biotita xistos com granada, cordierita e/ou
sillimanita e delgadas intercalações de rochas cálcio-silicáticas, mármores e anfibolitos. No
contexto evolutivo ela representaria a fase marinha distal da bacia, com sedimentação em
depósitos de talude, alimentados por correntes de turbidez, sem mudanças composicionais
significativas e características de ambientes marinhos profundos com proveniência de material
que reflete a composição de crosta superior.
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2.3 MEIO BIÓTICO
2.3.1 Vegetação
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outro lado, a presença de um exemplar de Podocarpus lambertii Klotzsch Ex. Endl. no Morro do
Chapéu, inselberg residual situado no interior do Estado da Bahia, induz a acreditar-se na
influência regional de uma flora mais antiga, relíquia do passado, quando dominavam as
gimnospermas, logicamente com clima bem diferente do atual (ANDRADE-LIMA, 1982). Estas
situações refletem uma possível dominância uniforme de dois tipos climáticos passados: um
muito antigo, que revestia os planaltos com altitudes bem mais elevadas do que os seus atuais
resíduos, durante todo o Paleozóico até o fim do Mesozóico, e outro mais recente, iniciado no fim
do Cretáceo e terminado no fim do Pliopleistoceno, justamente no auge do arrasamento, quando,
é provável, ocorreram os depósitos fossilíferos de plantas angiospermas, como os de Maraú e
Gandarela/ Fonseca, que espelham o atual quadro florístico da região nordestina.
Esta região florística é eminentemente climática na atualidade, variando de áreas pluviais,
de superúmidas a úmidas, na costa florestal atlântica, até o território árido interiorano da Savana-
Estépica (Caatingas do Sertão Árido), passando por trechos subúmidos do chamado “agreste
florestal estacional” situados entre os extremos climáticos, porém com florística típica. A primeira
faixa florestal, denominada popularmente de “Zona da Mata”, apre- senta gêneros amazônicos
endêmicos, de famílias Pantropicais, como, por exemplo, as Fabaceae Mim., Parkia pendula
(Willd.) Vent. ex Walp. (visgueiro) e Enterolobium maximum Ducke (fava), a Fabaceae Caes.
Hymenaea latifolia Hayne (jatobá) e as Fabaceae Caes. Peltogyne pauciflora Vent. (roxinho),
Diplotropis purpurea (Rich.) Amshoff (sucupira), a Fabaceae Pap. Myroxylon cf. balsamum (L.)
Harms (bálsamo) e muitas outras, que, segundo Andrade-Lima (1966a), chegam a 19 gêneros e
388 espécies comuns às duas regiões, Nordestina e Amazônica. Além destas espécies, ocorrem
outras com origem no Escudo Atlântico, como, por exemplo: Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms
(pau-d’alho, Phytolaccaceae) e outras (RIZZINI, 1963). A segunda faixa de vegetação também
florestal, denominada popularmente de “Zona do Agreste”, situada entre as áreas costeira-úmida
e interiorana-árida, apresenta ochlospecies bem características, como, por exemplo, Zizyphus
joazeiro (juazeiro, Rhamnaceae), que ocorre também ao longo dos cursos de água intermitentes.
Além desta faixa, ocorrem também outras áreas florestais estacionais disjuntas, desde o sul de
Natal (RN) ao longo da costa, desviando-se daí para o interior, já no Estado da Paraíba, e seguindo
até o Estado da Bahia, quando se interna para formar na região centro-sul um grande território
com clima continental onde ocorre a Floresta Estacional. A terceira faixa, já constituindo uma
grande área, denominada de “Zona do Sertão”, apresenta uma florística endêmica própria dos
climas semiáridos, com chuvas intermitentes torrenciais seguidas por longo período seco, que
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pode durar alguns anos. O tipo de vegetação que aí se instala é “savânico”, com predominância
de plantas espinhosas deciduais, e, embora estabelecido dentro do espaço intertropical sul,
apresenta uma florística homóloga das áreas estépicas dos climas temperados pré-andinos da
Argentina e Bolívia. Daí a denominação de “Savana-Estépica” para este tipo de vegetação core
árida brasileira, pois sua florística apresenta homologias bastante significativas com o Chaco
Boreal argentino-boliviano-paraguaio, o denominado Parque de Espinilho Rio-Grandense-do-Sul e
os Campos de Roraima, situados no extremo norte do País, na fronteira Brasil-Venezuela. A
família Neotropical Cactaceae, de provável origem no território andino antigo sul-americano,
apresenta-se na Savana-Estépica com muitos gêneros bastante característicos, como, por
exemplo, Cereus jamacaru DC., ochlospecie frequente em todas as áreas deste tipo de vegetação,
e mais espécies dos gêneros Pilosocereus, Pereskia e Melocactus, que imprimem à vegetação um
caráter ímpar na fisionomia ecológica americana. Além daquelas da família Cactaceae, outras
ochlospecies caracterizam este tipo de vegetação, como, por exemplo: a) Amburana acreana
(Allemão) A. C. Sm., ocorrendo na Argentina, na Província de Salta, e no Brasil, em todo o Sertão
Nordestino, na Amazônia Ocidental e também na Bacia do Rio Paraguai, penetrando as Repúblicas
do Paraguai e da Argentina; e b) Schinopsis brasiliensis Engl., ocorrendo no Chaco Mato-
Grossense-do-Sul, com variedades, e no Brasil Central até o Sertão Nordestino. Além dessas
espécies típicas e características da Savana-Estépica, que mostram ligações filogenéticas
indiscutíveis existentes entre áreas bem separadas geograficamente, outras espécies reforçam
esta grande identidade florística, em especial, Z. joazeiro Mart. P. ruscifolia Griseb. no Sertão
Nordestino. São estes os exemplos mais típicos que mostram a semelhança florística entre essas
áreas disjuntas, mas fitogeograficamente similares. Pelo exposto, pode-se concluir que esta região
florística apresenta duas linhas filogenéticas diferentes, uma australásica-andina e outra afro-
amazônica. Estas se misturaram na Região Nordeste brasileiro para formarem um “domínio
florístico brasileiro nordestino” com inúmeros ecótipos endêmicos, como se constata em Rizzini
(1997), Noblick (1986), Bautista (1986), Lima e Vaz (1984), Lima e Lima (1984), Lewis (1987) e
Marcondes-Ferreira Neto (1988).
A vegetação da Savana Estépica arborizada presente no município é estruturada em dois
nítidos estratos: um, arbustivo-arbóreo superior, esparso, geralmente de características idênticas
ao da Savana-Estépica Florestada, descrito acima; e outro, inferior gramíneo-lenhoso, também de
relevante importância fitofisionômica. Na sua composição florística, merecem destaque as
seguintes espécies: Spondias tuberosa Arruda (Anacardiaceae), sendo o gênero de dispersão
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amazônica, mas a espécie endêmica; Commiphora leptophloeos (Mart.) J. B. Gillett (Burseraceae),
gênero de dispersão afro-amazônica, mas espécie endêmica; Cnidoscolus quercifolius Pohl
(Euphorbiaceae), com família de dispersão pantropical, porém de espécie endêmica;
Aspidosperma pyrifolium Mart. (Apocynaceae), gênero com dispersão andino-argentina, mas de
espécie endêmica; além de várias espécies do gênero Mimosa (Figuras 2.3.1.1 a 2.3.1.3).
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Figura 2.3.1.2 - Detalhe da Savana-Estépica Arborizada, destacando-se o Pilosocereus gounellei
(F.A.C. Weber) Byles & Rowley (xique-xique), Aspidosperma pyrifolium Mart (pereiro) e
Combretum lanceolatum Pohl ex Eichler (mofumbo) revestindo áreas de afloramentos rochosos.
Fonte: IBGE 2012 (Região Nordeste, 1978).
Figura 2.3.1.3 - Detalhe da Savana-Estépica Arborizada. Fonte: IBGE 2012 (Região Nordeste,
2006).
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2.3.2 Fauna
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Os estudos que estão sendo realizados com a fauna silvestre da região da Caatinga são
voltados principalmente à identificação e quantificação de grupos específicos ou relacionados a
processos ecológicos, como polinização e dispersão.
Apesar dos estudos na região ainda serem incipientes para o bioma Caatinga, muitas
espécies já se encontram incluídas em listas como ameaçadas de extinção devido a diversas e
intensas interferências antrópicas. Como exemplo tem-se a asa-branca, o gato-do-mato, o gato-
maracajá, o conhecido caso da ararinha-azul cujo último exemplar da espécie vivendo na natureza
foi avistado no final de 2000 sendo, portanto, considerada como extinta pelo IBAMA, entre
outros.
Invertebrados
A heterogeneidade ambiental da Caatinga e a singularidade de certos ambientes
permitem supor a possibilidade de a fauna de invertebrados desse bioma ser muito rica, com
várias espécies endêmicas, contudo, a análise de dados ainda é insuficiente.
Os invertebrados são a base da cadeia alimentar no bioma, polinizam as plantas e servem
de alimento para anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos.
Os grupos mais conhecidos são os insetos, as abelhas, as formigas e os cupins, sendo que
a apifauna da Caatinga está representada por cerca de 190 espécies, havendo uma predominância
de abelhas raras e elevado percentual de endemismo.
Ictiofauna
Em razão da semiaridez dominante na região há predomínio de rios temporários;
entretanto, mesmo com as características climáticas da Caatinga, é possível obter dados
referentes a 185 espécies de peixes, as quais estão distribuídas em 100 gêneros, sendo a maioria
dessas espécies endêmica (57,3%).
Muito da ictiofauna do bioma ainda não foi avaliada, mas é necessário considerar o fato
de a ampliação de áreas de ocupação agropecuária e urbana contribuir para a redução e
degradação de habitats disponíveis para os peixes de água doce.
O crescente desmatamento em áreas de Caatinga atinge as formações de vegetação ciliar
em quase todo o bioma. Entre outros exemplos de impactos ambientais há a poluição de cursos
d’água por esgotos urbanos, agrotóxicos e efluentes industriais.
Projetos de grandes obras de engenharia, que incluem o barramento e as interligações de
rios também são fatores que ameaçam a biota aquática, sendo necessário ainda coibir a
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introdução de espécies exóticas em ambientes aquáticos naturais sem os devidos estudos prévios,
pois a situação de conservação dos peixes da Caatinga ainda é precariamente conhecida, sendo
listadas apenas quatros espécies como ameaçadas de extinção.
Herpetofauna
Conhecem-se atualmente, nas áreas de caatingas semiáridas, uma herpetofauna
representada por 47 espécies de lagartos, dez anfisbenídeos (espécies de lagartos sem pés), 52
espécies de serpentes, quatro quelônios, três de crocodilianos, dois de Gymnophiona e 48
anfíbios (endemismo de 15%).
Entre os lagartos são encontrados o calango-verde e o calanguinho. A serpente mais
avistada na Caatinga é a cascavel (Crotalus durissus).
Os anfíbios mais conhecidos são o sapo-cururu (Bufo jimi) e a perereca jia-de-parede
(Corythomantis greeningi). O sapo-cururu pode ser visto caçando insetos até mesmo sob o sol
intenso do nordeste porque sua pele é constituída por uma espessa camada de grânulos de cálcio
que barra a saída de água, ausente apenas na virilha que é intensamente vascularizada por onde a
água entra no seu corpo.
A jia-de-parede ao notar os primeiros sinais de escassez de água, aloja-se em um estreito
buraco de árvore usando como tampa sua cabeça achatada e em forma de escudo, podendo ficar
alojada por meses ou anos, dependendo da intensidade da seca, praticamente sem perder água,
até a chuva voltar, saindo do seu estado de dormência apenas para capturar algum inseto,
retornando com seu organismo funcionando lentamente, demonstrando um exemplo de
adaptação dos anfíbios à crônica falta d’água do sertão nordestino.
A rã Proceratophrys cristiceps, outra espécie da Caatinga, abre caminho à procura de
umidade com as patas traseiras na areia do leito de rios temporários, cuja superfície já secou.
Pode ficar enterrada em uma coluna de até 1 metro de areia. Seu estado de torpor, quando
desenterrada por moradores à procura de água, equivale à hibernação, chamada de estivação,
acionada pela seca ao invés do frio, quando o metabolismo dos animais praticamente para,
voltando ao seu estado normal nos primeiros meses do ano, quando voltam as chuvas.
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Avifauna
Apesar de considerado o grupo animal mais conhecido no que se diz respeito à
taxonomia, à distribuição geográfica e à história natural, ainda há grandes lacunas sobre os dados
relativos às aves da Caatinga.
É dada atenção especial aos táxons endêmicos e as espécies ameaçadas de extinção, pois
essas são, de modo geral, as mais vulneráveis à atual expansão das atividades humanas neste
bioma.
Apesar de a Caatinga ser considerada um importante centro de endemismo para aves sul-
americanas, a distribuição, a evolução e a ecologia da avifauna continuam ainda muito pouco
investigadas quando comparadas com o esforço feito para outros ecossistemas, sendo esse grupo
o mais representativo, com cerca de 510 espécies registradas, das quais aproximadamente 92% se
reproduzem na região, estimando-se que cerca de 15 espécies e 45 subespécies sejam endêmicas
desse bioma.
No bioma Caatinga, são vinte as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse
conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do planeta: a ararinha-azul (Cyanopsitta
spixii) extinta na natureza, e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), espécie endêmica do
Brasil, uma das aves mais raras do mundo, cuja população é de cerca de 1.200 indivíduos sendo
encontrada extremamente restrita do sertão baiano. Outra espécie endêmica para o bioma é o
soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni), descoberta apenas em 1996, entretanto,
encontra-se classificada como “Criticamente Em Perigo” e é encontrada apenas na Caatinga do
Ceará.
A seguir estão descritas algumas espécies encontradas no bioma Caatinga:
Columbina picui é uma ave da família Columbidae que habita toda a região oriental do
Brasil e é encontrada com menor frequência na parte ocidental. Há variações na sua plumagem.
No Nordeste recebe o nome de rolinha-branca devido a sua plumagem esbranquiçada. Nas outras
regiões sua plumagem é mais pardacenta ou acinzentada. Vivem em bandos ou casais.
Alimentam-se de sementes pequenas e grãos.
Acostuma-se com a presença humana e beneficia-se de plantios de grãos, aumentando
sua presença nas áreas de cultivo. Espécie sinantrópica nas suas áreas de ocorrência; é comum
em regiões semiabertas, capoeiras, beiras de matas mesófilas, matas secas, cerrados, caatingas,
plantações, campos e pastos sujos. Nas áreas de Caatinga se reúnem em grandes bandos nas
proximidades das fontes de água.
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Figura 2.3.2.1 - Columbina picui (rolinha-picuí). Foto: Marco Aurélio da Cruz.
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Figura 2.3.2.2 - Patagioenas picazuro (pombão). Foto: Marco Aurélio da Cruz.
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Figura 2.3.2.3 - Caracara plancus (caracará). Foto: Marco Aurélio da Cruz.
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Figura 2.3.2.4 - Zenaida auriculata (pomba-de-bando). Foto: Marco Aurélio da Cruz.
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expansão, em especial nas áreas formadas para pasto ou agricultura de grãos. Alimenta-se de
grãos encontrados no chão. Havendo alimento, reproduz-se o ano inteiro. Em vários locais já não
tem sido avistada ou tem sua população diminuída devido à caça desenfreada.
Mamíferos
O grupo dos mamíferos, em geral, é de pequeno porte e ainda existem lacunas no
conhecimento, mas é rica em diversidade: 148 espécies com endemismo para 19 espécies,
podendo ser maior após estudos com roedores e morcegos.
Alguns de seus representantes já se encontram na lista de espécies ameaçadas. Os felinos,
como a onça-parda (Puma concolor), estão entre os primeiros dessa lista em decorrência da caça
que vem diminuindo sua população e a dos animais que fazem parte de sua dieta alimentar.
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A Caatinga abriga seis espécies de felinos: a onça-pintada (Panthera onca), onça-parda
(Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus),
gato-maracajá (Leopardus wiedii) e gato-mourisco (Puma yagouaroundi). No entanto, a
exploração humana e o manejo inadequado do solo afetam esta fauna.
Outro mamífero ameaçado de extinção é o tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes tricinctus).
Seu habitat são as savanas brasileiras, principalmente a Caatinga, nas regiões Centro-oeste e
Nordeste brasileiras, estendendo-se até a parte mais oriental do Cerrado. A principal
característica deste gênero é a capacidade de, na eminência de um perigo, enrolar-se
completamente dentro da carapaça, tomando a forma de uma bola.
O tatu-bola-da-caatinga é uma espécie ameaçada de extinção, com estado de
conservação classificado como Vulnerável de acordo com a União Internacional para a
Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) e com o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Existem muitos mamíferos na Caatinga. Entre as árvores secas e em terrenos pedregosos,
vivem gatos, capivaras, gambás, preás, macacos-prego, tatus, veados- catingueiros, entre outros.
A ordem Didelphimorphia está representada por Caluromys Philander (cuíca), Didelphis
albiventris, (gambá-de-orelha-branca), Gracilinanus agilis (cuíca), Gracilinanus emiliae (cuíca),
Marmosa murina (catita), Marmosops incanus (cuíca-pequena), Micoureus demerarae (cuíca),
Monodelphis americana (cuíca-de-três-listras), Monodelphis domestica (cuíca-de-rabo-curto),
Thylamys karimii (catita), etc.
Os registros referentes aos tatus (Xenarthra, Dasypodidae), incluem Cabassous sp. (tatu-
de-rabo-mole), Dasypus novemcinctus (tatu-galinha), Dasypus septemcinctus (tatu-mirim),
Euphractus sexcinctus (tatu-peba) e Tolypeutes tricinctus, o ameaçado de extinção tatu-bola.
Entre os Myrmecophagidae estão inclusos Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim), Cyclopes
didactylus (tamanduaí ou tamanduá-anão) e Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira).
Registros para Chiroptera da Caatinga incluem cerca de 65 espécies. As mais amplamente
representadas são Glossophaga soricina, Carollia perspicillata, Artibeus lituratus (morcego-da-
fruta), Molossus molossus (morcego-de-cauda-livre), Platyrrhinus lineatus, Artibeus jamaicensis e
Desmodus rotundus (morcego-vampiro).
Os registros de Primate na Caatinga incluem cinco espécies da família Cebidae: Alouatta
belzebul (guariba), Alouatta ululata (bugio), Alouatta caraya,(guariba), Cebus apella (macaco-
prego) e Callicebus barbarabrownae (guigó-da-caatinga). Entre os representantes da família
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Callithrichidae existem registros de Callithrix jacchus (sagui-de-tufos-brancos ou soim) e Callithrix
penicillata (mico-estrela ou sagui).
Para Carnivora, há registros de 14 espécies, entre elas seis da família Felidae, quatro
Mustelidae (Conepatus spp.; Galictis cuja, Galictis vittata), três Procyonidae (Potus flavus; Nasua
nasua; Procyon cancrivorus), e um Canidae (Cerdocyon thous).
A ordem Rodentia está representada por Oryzomys aff. subflavus, Oligoryzomys eliurus,
Necromys lasiurus. Nas áreas de caatingas também são encontrados Sciurus aestuans (caxinguelê)
e Sciurus alphonsei; Kerodon rupestris (mocó), Galea spixii (preá) e Thrichomys apereoides (rato-
boiadeiro); Dasyprocta primnolopha (cutia), entre outros mamíferos roedores.
Entre os representantes da ordem Artiodactyla, os poucos registros disponíveis são
amplamente distribuídos: Mazama americana (veado-mateiro), Mazama gouazoubira (veado-
catingueiro), Pecari tajacu (cateto) e Tayassu pecari (queixada), este cada vez mais raro. Para o
representante da ordem Perissodactyla, Tapirus terrestris (anta), somente tem-se registro para a
Caatinga de MG.
O único representante da ordem Lagomorpha silvestre é Sylvilagus brasiliensis (tapiti)
amplamente disperso pela Caatinga.
Essa mastofauna ainda poderia estar representada, em maior abrangência, em áreas de
vegetação semiárida mais bem preservadas. Apesar da documentada ausência de adaptações
equivalentes às encontradas em mamíferos de deserto, duas das espécies características da
Caatinga, o rato-de-fava (Wiedomys pirrhorhinus) e o mocó (Kerodon rupestris), são encontrados
nas formações vegetais abertas do bioma.
Das espécies existentes na Caatinga, dez estão incluídas na lista oficial de espécies
ameaçadas de extinção. As mais vulneráveis ao intenso processo de degradação observado no
bioma, o qual inclui até mesmo pontos de desertificação, são espécies de mamíferos de topo de
cadeia trófica, como, por exemplo, os carnívoros, destacando-se o grupo dos felinos.
As paisagens hoje incluídas no bioma Caatinga têm sofrido uma ação agressiva de
modificação, processo este que não distingue as áreas florestadas das regiões de vegetação mais
aberta e solo naturalmente exposto. A exploração feita de forma extrativista pela população,
desde a ocupação do semiárido, tem levado a uma rápida degradação ambiental.
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A Caatinga possui extensas áreas degradadas, muitas delas incorrem, de certo modo, em
risco de desertificação. A fauna da Caatinga sofre grandes prejuízos tanto pelas pressões
antrópicas como pela perda de habitat natural, como também pelas caça e pesca sem controles.
Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos
florestais da Caatinga.
Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição
de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda
práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura
vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o
equilíbrio do clima e do solo.
Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados, e somente
0,28% de sua área encontra-se protegida em Unidades de Conservação. Estes números conferem
à Caatinga a condição de ecossistema menos preservado e um dos mais degradados.
Como consequência desta degradação, algumas espécies já figuram na lista das espécies
ameaçadas de extinção do IBAMA. Quanto à fauna, os felinos (onças e gatos selvagens), os
herbívoros de porte médio (veado-catingueiro e capivara), as aves (ararinha-azul) e abelhas
nativas figuram entre os mais atingidos pela caça predatória e destruição do seu habitat natural.
Para conservar a fauna há necessidade de se aumentarem as áreas de preservação bem
como a fiscalização, evitando não só o tráfego de animais silvestres, como as caça e pesca
predatórias, uma vez que a caça configura importante fator de perigo para as espécies de animais,
visto ser prática bastante comum no bioma.
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DIAGNÓSTICO
DOS RESÍDUOS
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3.1 SITUAÇÃO ATUAL DOS RESÍDUOS
Destinação final de resíduos é um assunto que tem sido tratado com muita cautela, pois
há grande preocupação mundial quanto à preservação do meio ambiente. Ao mencionar o termo
“meio ambiente” há de se pensar não somente na preservação da fauna e flora do nosso planeta,
mas também nas inter-relações envolvidas, no macro e no microcosmo, uma vez que nossas
atitudes afetam todos os ecossistemas de forma holística: os indivíduos devem conviver e dividir
espaços com objetivos em comum, de maneira ambientalmente harmoniosa.
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coletados no ano de 2012 e, por consequência, tiveram destino impróprio. Esta quantidade é
cerca de 3% menor do que a constatada em 2011.
A Figura 3.1.1.2 mostra que houve um aumento de 1,9% na quantidade de RSU coletados
em 2012 relativamente a 2011. A comparação deste índice com o crescimento da geração de RSU
mostra uma discreta evolução na cobertura dos serviços de coleta de RSU, chegando a 90,17%, o
que indica que o país caminha, ao menos, para universalizar esses serviços.
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De acordo com a pesquisa realizada pela MGM Innova a partir dos dados da ABRELPE da
geração, coleta e destinação final nos anos de 2010 e 2011 no estado da Paraíba constatou-se que
em 2010 foi gerado 3.215 t/dia de RSU sendo coletado 2.601 t/dia e em 2011 obteve a geração de
3.324 t/dia de RSU e coletou-se 2.660 t/dia.
Pode-se verificar no Quadro abaixo a quantidade da destinação final do RSU nos anos de
2010 e 2011.
Quadro 3.1.1.1 – RSU no Estado da Paraíba: Geração, coleta e destinação final nos anos de 2010 e
2011.
2010 2011
Destinação Final
t/dia % t/dia %
Conforme citado pelo IPEA, no diagnóstico sobre Catadores de Resíduos Sólidos, a Paraíba
começou a realizar a coleta seletiva solidária após a criação da Lei no 9.293, em dezembro de
2010. Nos termos da lei, esta modalidade de coleta é entendida como “a coleta de resíduos
recicláveis descartados, separados na fonte geradora, para destinação às associações e
cooperativas de catadores de materiais recicláveis” (Artigo 3º). A lei estabelece a aplicação aos
órgãos da administração pública estadual direta e indireta da coleta seletiva solidária e descreve
os mecanismos para a seleção das organizações de catadores beneficiadas.
Dados levantados pelo IBGE, 2008, constatou que no Estado da Paraíba possuí 1.314
catadores na área urbana (sendo 70 com até 14 anos e 1.244 com mais de 14 anos de idade) e
apenas 9 cooperativas ou associações, com os quais desses 1.314, 608 catadores são ligados à
elas.
Para além da simples participação das cooperativas e das associações na gestão dos
resíduos, é necessário promover a efetiva integração dos catadores nos sistemas de gestão,
evitando arranjos em que estas organizações sejam tuteladas pelo poder publico municipal ou
que impeçam sua progressiva autonomia e expansão de suas atividades. Ademais, é preciso
reconhecer o valor do trabalho executado pelos catadores.
Diante desse panorama, fica evidenciado que grande parte da população paraibana não
conta com os serviços de destinação final do lixo urbano regularizados e que o segmento dos
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catadores, ainda defasado, precisam ser incentivados, serem atendidos pelos programas e ações
das políticas públicas, em um novo contexto de cidadania e sustentabilidade socioeconômica.
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3.2 DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
I - quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e
outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas
atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados
os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em
regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para
obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os
relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de
minérios;
II - quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de
acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
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b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.
Para os efeitos da NBR 10004/04 – Política Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos
sólidos têm a seguinte classificação:
a) Resíduos Classe I – Perigosos: Característica apresentada por um resíduo que, em função de
suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode apresentar: Risco à saúde
pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices; Riscos ao
meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. E também podem
apresentar característica como, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade;
b)Resíduos Classe IIA – Resíduos não inertes: Aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classe I – Perigosos ou de resíduos classe IIB- Inertes, nos termos desta Norma. Os
resíduos classe IIA – Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água. (lodo físico- químico e biológico da Estação de
Tratamento de Efluentes, papel, papelão, resíduos de varrição, resíduos orgânicos e resíduos
domésticos);
c) Resíduos Classe IIB- Resíduos inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma
representativa, segundo a ABNT NBR10.007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com
água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR10.006, não tiverem
nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água, excetuando- se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G
da NBR10.004 (vidros, metais, plásticos e entulhos).
De acordo com a RDCnº.306/04–ANVISA, os Resíduos de Serviços de Saúde são
classificados em:
Grupo A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção;
Grupo B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco a saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade etoxicidade;
Grupo C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeose quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do
CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e para os quais a reutilização é imprópria ou não-
prevista;
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Grupo D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde
ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares;
Grupo E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limasendodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas de lamínulas, espátulas e todos os
utensílios de vidro quebrados e laboratórios e outros similares.
Os resíduos da construção civil são classificados de acordo com a NBR15.113 e com a
Resolução CONAMA n° 307, conforme descrito a seguir:
Classe A: Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
o De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplenagem;
o De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
o De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldada sem concreto
(blocos, tubos, meios- fios etc.) produzidas nos canteiros de obras.
Classe B: Resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
Classe C: Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem e recuperação, tais como os produtos
oriundos do gesso.
Classe D: Resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas,
solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos
de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
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3.3 RESÍDUOS DE PICUÍ
Em relação às características dos resíduos, é esperado que sua composição não seja
diferente das de outros municípios de igual ou similar porte. Sendo assim, é apresentada a
composição gravimétrica dos resíduos gerados em Pedras de Fogo/PB, cuja população é de
27.032 habitantes (Censo IBGE, 2010), realizada nos cinco bairros mais populosos do município no
ano de 2007. Ressalta-se que os dados a seguir (características e descrição dos resíduos - Quadro
3.3.1.1 e Figura 3.3.1.1) são apresentados para utilização como ferramenta de comparação.
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Composição gravimétrica dos RSU de Pedras
de Fogo/PB
60
50
40
30
20
10
0
Papel / Papelão Plástico PET Metais Vidros Rejeitos Matéria
Orgânica
Figura 3.3.1.1 – Composição gravimétrica de Pedras de Fogo/PB.
Fonte: Adaptado de NÓBREGA et al, 2007.
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Segunda-feira /Quarta- feira e Sexta-feira
Manhã: Centro, bairro Jk e bairro Pedro Salustino.
Tarde: Centro da cidade e bairro Monte Santo
Terça-feira e Quinta-feira
Manhã: Centro da cidade e bairro Limeira
Tarde: Centro, bairro São José, bairro Alto da Maricota, parte do bairro Monte Santo e
bairro Cenecista.
Sábado
Centro da cidade, Mercado Público, feira livre, pontos principais do bairro Monte Santo e Praça de
Eventos.
Os caminhões utilizados para a coleta possuem contrato de locação no 00054/2013-CPL,
tendo como objeto contratação de para fornecimento de veículos para atender as necessidades
da Secretaria Municipal de Infraestrutura. O contrato foi firmado entre a Prefeitura Municipal de
Picuí e Roberto Carlos Cavalcante ME e assinado em 14 de Maio de 2013 com vigência de 10 (dez)
meses, sendo o valor do mesmo de R$ 282.000,00 (duzentos e oitenta e dois mil reais). São
disponibilizados um caminhão equipado com compactador, com motorista e quatro ajudantes
para a coleta domiciliar e um caminhão caçamba com capacidade de 7 m 3, com motorista e
quatro ajudantes para a coleta de resíduos sólidos domiciliares, recicláveis e resíduos de
construções.
Os resíduos recolhidos pela prefeitura no município são destinados a uma área cercada na
zona rural. Foram abertas valas no local onde os resíduos ali depositados eram recobertos, porém
atualmente encontram-se expostos, por estar localizado em um ponto elevado há a ocorrência de
ventos mais fortes o que faz com que o lixo exposto seja levado para longe.
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Na área de entorno e também dentro do lixão há vegetação de árvores de pequeno porte
típicas da região. Não há córregos nas proximidades da área destinada ao lixão. Foi observada na
área uma porteira e cerca de arame farpado no entorno do local, não havendo nenhuma
infraestrutura de apoio ou controle de entrada dos resíduos nem funcionários monitorando a
área.
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Figura 3.3.1.3.2 – Área do lixão.
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O terreno do lixão é plano e todos os resíduos depositados no local atualmente ficam
expostos, existem cerca de quatro valas onde os resíduos são depositados. Foi observada no local
a presença de cachorros e ainda quatro casas improvisadas feitas com material recolhido pelos
catadores como placas de madeira, onde cerca de 12 pessoas entre adultos e crianças, utilizam
durante o dia para separação do material recolhido no lixão e como abrigo do calor.
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Figura 3.3.1.3.5 – Material separado pelos catadores.
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Figura 3.3.1.3.7 – Presença de pneus.
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Figura 3.3.1.3.9 – Valas com lixo descoberto.
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3.3.3 Resíduos recicláveis
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Coleta seletiva “porta a porta” – assemelha-se ao procedimento clássico de coleta regular
dos resíduos sólidos domésticos. Porém, os veículos coletores percorrem as residências em dias e
horários específicos, que não coincidem com a coleta normal;
Coleta seletiva em PEV (Ponto de Entrega Voluntária) – locais de entrega voluntária
utilizam normalmente contêineres ou pequenos depósitos, colocados em pontos fixos no
município, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis;
Coleta seletiva de postos de troca – baseia-se, como o nome já diz, na troca de material
entregue por algum bem ou benefício que pode ser, vale transporte, cesta básica, vale refeição,
descontos, etc.;
Coleta seletiva dos “catadores de rua” – coleta seletiva feita pelos coletores autônomos
de RS recicláveis tem grande importância para o abastecimento do mercado de materiais
recicláveis e, consequentemente, como suporte para a indústria recicladora. A organização desses
trabalhadores pode ajudar a racionalizar a coleta seletiva e triagem, reduzindo custos e
aumentando o fluxo de materiais recicláveis.
De acordo com o Guia de Coleta Seletiva de RS do CEMPRE (1999), o sucesso da coleta
seletiva está diretamente associado ao investimento em educação ou
sensibilização/conscientização ambiental da população. O papel da educação ambiental adquire
uma posição de destaque no cenário de desenvolvimento de uma política de resíduos sólidos.
Picuí recolhe, em média, de 17,33 t de resíduo domiciliar por dia, não segregado, e todo o
resíduo é enviado ao lixão localizado na zona rural. Não há, atualmente, um sistema de coleta
seletiva implantado no município.
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Figura 3.3.3.1.1 - Área do lixão.
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fora do município. Ainda segundo a prefeitura um catador ganha em média por mês creca de R$
140,00 com a venda de materiais como plásticos variados, metais, papéis e papelão. São utilizados
carrinhos confeccionados pelos próprios catadores para a coleta.
Em pesquisa realizada no município foi observada a presença de cerca de três catadores
na área do lixão paralisado onde ainda coletam alguns materiais na área, eles construíram quatro
casas improvisadas feitas com material recolhido no local como placas de madeira, foi observada
ainda a presença de gatos e cachorros, eles recolhem materiais como plástico, ferro, alumínio,
papelão, etc.
Na área do lixão utilizado atualmente foi observada a presença de quatro casas
improvisadas feitas com material recolhido pelos catadores como placas de madeira, onde cerca
de 12 pessoas entre adultos e crianças, utilizam durante o dia para separação do material
recolhido no lixão e como abrigo do calor.
Não foi realizado até o momento nenhum cadastro dos catadores do município.
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Figura 3.3.3.2.2 – Área do lixão atual onde ficam os catadores.
Em Picuí os pneus são coletados pela Prefeitura, não havendo ponto de recebimento ou
ponto de entrega voluntária (PEV). A coleta é realizada juntamente com o resíduo domiciliar e os
pneus são enviados ao lixão. Não foi verificado no munícipio grande quantidade de pneus, porém
foi detectada a presença de alguns pneus no lixão.
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Figura 3.3.3.3.1– Pneus no lixão.
A Construção Civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades para o
desenvolvimento econômico e social, e, por outro lado, comporta-se, ainda, como grande
geradora de impactos ambientais, quer seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação
da paisagem ou pela geração de resíduos.
O desafio principal é encontrar sustentabilidade para uma atividade produtiva desta
magnitude e as condições que conduzam a um desenvolvimento consciente, menos agressivo ao
meio ambiente.
Segundo a Lei Complementar nº 08/2010, de 30 de dezembro de 2010, capítulo ll Art. 49
nenhum material destinado à edificação ou entulhos provenientes de construção, poderá
permanecer por mais de 48 horas em logradouro público adjacente a obra. Em geral, os resíduos
gerados nas obras de responsabilidade do município são recolhidos do local da obra pela
Prefeitura e são levados para reaproveitamento na melhoria e/ou recuperação de estradas
vicinais ou destinados ao lixão. Os resíduos gerados em obras particulares são coletados pela
prefeitura mediante solicitação. Para a coleta é utilizado trator e três funcionários.
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O caminhão utilizado para a coleta possui contrato de locação no 00054/2013-CPL, tendo
como objeto contratação de para fornecimento de veículos para atender as necessidades da
Secretaria Municipal de Infraestrutura. O contrato foi firmado entre a Prefeitura Municipal de
Picuí e Roberto Carlos Cavalcante ME e assinado em 14 de Maio de 2013 com vigência de 10 (dez)
meses, sendo o valor do mesmo de R$ 282.000,00 (duzentos e oitenta e dois mil reais). É
disponibilizado um caminhão caçamba com capacidade de 7 m3, com motorista e quatro
ajudantes para a coleta de resíduos sólidos domiciliares, recicláveis e resíduos de construções.
A preocupação com o destino dos resíduos de serviço de saúde não só em Picuí como no
Brasil vem crescendo a cada dia, pois ainda se tem noticia do descarte deste material em locais
como lixões ainda existentes, em terrenos onde a comunidade tem livre acesso e lixos comuns.
São resíduos com alto risco de contaminação podendo provocar graves doenças e até levar a
morte em casos extremos. Por isso devem ser recolhidos separadamente em embalagens
fechadas e incinerados.
Os resíduos dos serviços de saúde também constituem um problema bastante complexo
para os gestores de saúde pública, devido à necessidade em se adequar às normas técnicas
estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (RDC nº 306 de 07 de
dezembro de 2004), que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviço de saúde e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA nº 358 de 29 de abril de
2005), que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos de serviços de saúde.
Os resíduos gerados nas UBSs, no Centro de Especialidades, Laboratório de análise, etc.,
são destinados ao Hospital onde foi informado que são coletados toda quarta-feira e
transportados para incineração pela empresa Stericycle – Tratamento de Resíduos PB Ltda.,
localizada no Distrito Industrial de João Pessoa/PB, visando minimizar os impactos ao meio
ambiente, bem como proteger a saúde pública. O caminhão da empresa responsável é licenciado
pela SUDEMA (Superintendência de Administração do Meio Ambiente) para a coleta e o
transporte de resíduos de serviços de saúde (Licença n° 443/ 2013, com validade até 16/03/2014).
Depois, os resíduos são incinerados a uma temperatura que varia entre 800° e 1200 °C. Os
resíduos são armazenados em bombonas em local coberto no hospital. Até o momento o contrato
com a empresa não foi regularizado.
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Figura 3.3.5.1 – Armazenamento dos Resíduos de Serviço de Saúde no Hospital.
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Figura 3.3.5.3 – Caminhão utilizado na coleta.
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Resíduos biológicos
São os resíduos que incluem agentes infecciosos. Esses resíduos são gerados em todos os
serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de
assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios; necrotérios, funerárias; serviços de
medicina legal; drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de
atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares.
O Acondicionamento desses resíduos é feitos em sacos brancos leitosos, contendo em
uma de suas faces o símbolo internacional de “SUBSTÂNCIA INFECTANTE” e tendo todas as
demais características estabelecidas pela NBR 9190 da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT – NBR 9.190) ou em caixas de papelão que atendam aos padrões estabelecidos pela NBR
13.853 da ABNT e IPT-NEA-55.
O manuseio desses recipientes deve ser efetuado por pessoal treinado e devidamente
paramentado dos EPI’s: Gorro, Óculos, Máscara, Uniforme, Luvas, Botas, etc.
Resíduos químicos
É definido como material (substância ou mistura de substâncias) com potencial de causar
danos a organismos vivos, materiais, estruturas ou ao meio ambiente; ou ainda, que pode tornar-
se perigoso por interação com outros materiais como por exemplo os cianureto, pesticidas,
solventes, metais (mercúrio, cádmio, chumbo) e solventes químicos.
Os resíduos químicos que possuam as seguintes características: ignitividade,
corrosividade, reatividade ou toxicidade, deve ser considerado resíduo perigoso, segundo a NBR
10.004, sendo separados pelas categorias a que pertençam: Resíduos inorgânicos ou orgânicos.
De acordo com suas características cada tipo de resíduo deve ser acondicionado em um
frasco devidamente rotulado (vidro, bombona, etc.).
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Resíduos radioativos
São definidos como qualquer material resultante de atividade humana, que contenha
radionuclídeos em quantidade superior aos limites de isenção especificados na Norma CNEN-NE-
6.02 – Licenciamento de Instalações Radioativas, e para o qual a reutilização é imprópria ou não
prevista.
Todo o rejeito radioativo que também puder ser definido como rejeito perigoso (NBR
10.004) deve ser manuseado como mistura de rejeito, de acordo com as exigências de seus
constituintes radioativos e químicos. Isso inclui etiquetar o recipiente com a expressão “Rejeito
perigoso”. A maioria dos rejeitos radioativos não se encaixa no critério de mistura de rejeitos;
entretanto, pode ser classificado como inflamável, corrosivo ou tóxico. Os rejeitos radioativos
podem ser classificados como: solido, liquido ou gasoso.
Sua segregação e acondicionamento deve ser feita no mesmo local em que esses forem
produzidos, levando-se em conta seu estado físico; o tipo de radionuclídeo, se são compactáveis
ou não-compactáveis; orgânicos ou inorgânicos; putrescíveis ou patogênicos, se for o caso; e
outras características perigosas (explosividade, combustibilidade, inflamabilidade, piroforicidade,
corrosividade e toxicidade química). O descarte desses resíduos deve ser feito por empresas
especializadas visto o risco que representam a população.
No município de Picuí a Prefeitura chama para si a responsabilidade pelos resíduos
perigosos identificados neste Plano como resíduos de serviços de saúde, destinando-os para
tratamento específico, conforme descrito no item 3.3.5.
Por último, mas não menos importantes, são os resíduos perigosos de origem industrial.
Estes, assim como seus resíduos não perigosos são de responsabilidade de seu gerador, sendo
fiscalizados pelo SUDEMA. Entretanto, como ainda não há grandes indústrias no município e a
quantidade de resíduo perigoso gerada é mínima, as empresas têm descartado o resíduo perigoso
gerado (em geral lâmpadas quebradas, pilhas e baterias, embalagens vazias de graxa e óleo
lubrificante usado) juntamente com o resíduo comum que é coletado pela Prefeitura e descartado
no lixão.
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3.3.7 Resíduos Diversos
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A varrição normal depende do porte da prefeitura, do número de operários colocados à
disposição do serviço, da disponibilidade de equipamentos e do grau de importância que cada rua
ou avenida representa para a cidade. Com base nestes dados a varrição normal pode ser feita
diariamente ou alternadamente duas a três vezes por semana.
A varrição de conservação depende muito do grau de civilidade da população. Em muitos
casos é difícil manter uma rua ou avenida limpa por 24 horas, e dependendo da importância do
logradouro há a necessidade de que seja varrido várias vezes ao longo do dia. Essa varrição
repetida se chama repasse ou varrição de conservação.
A frequência da varrição depende diretamente de fatores como a ocupação do solo,
topografia do logradouro, a importância da área com relação ao grau de limpeza, e
disponibilidade de recursos. A todos esses aspectos, se acrescenta o principal: grau de instrução
da população. A frequência maior é dada em zona comercial, terminal rodoviário urbano e a
menor frequência em bairro residencial de baixa densidade demográfica.
A equipe de varrição também chamada de guarnição pode ser constituída por: um só gari,
que varre, recolhe e envaza no ponto de acumulação ou dois garis, onde um varre e junta o outro
recolhe e envaza. Em observações feitas em algumas cidades brasileiras, um varredor, em
condições favoráveis, varre 1.440 m em média.
A velocidade da varrição é expressa em metro linear de sarjeta, por homem, por dia.
Quando se fala em dia quer dizer jornada norma de trabalho do dia (6 a 8 h). Deve-se considerar
que a velocidade depende do tipo de logradouro e de duas características como: trânsito intenso
de veículos, existência ou não de estacionamento, se pavimentada ou não, se é calçadão, se há
circulação intensa de pedestre.
A Produtividade da varrição depende essencialmente da mão-de-obra encarregada de
executar as tarefas. Por essa razão a produtividade está condicionada aos seguintes fatores: sexo,
faixa etária e saúde do varredor, além de incentivos oferecidos ao varredor.
Há outros fatores que dizem respeito a estrutura do serviço como o local de guarda e
distribuição do equipamento, o tipos de veículos que transportam o pessoal do local de guarda do
equipamento no ponto de início da varrição, o grau de arborização do logradouro, circulação de
veículos com carga solta, planejamento técnico do serviço.
O serviço pode ser executado com vassourões com cabos de madeira, carrinhos tipo
lutocar, vassourinhas, pás de ferro com cabo em madeira e sacos plásticos que deverão estar
sempre em boas condições de uso.
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Em Picuí a área central urbana é atendida pelo serviço de varrição, não havendo
cronograma com percurso. O serviço é realizado de segunda a sábado, no período da manhã das
6h às 9h e no período da tarde das 15h às 17h. Vinte e quatro funcionários fazem a varrição das
ruas, utilizando vassourões, pás, e carrinhos de mão. O resíduo coletado é destinado ao lixão,
juntamente com o resíduo domiciliar. Os funcionários responsáveis pela varrição trabalham ainda
na limpeza do local da feira livre realizada uma vez por semana fazendo a varrição e lavagem. É
lhes fornecido uniforme pela Prefeitura, botas e luvas.
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3.3.7.3 Resíduos Eletroeletrônicos, Pilhas e Baterias
Picuí conta com dois cemitérios municipais e os resíduos gerados na manutenção dos
mesmos são coletados e encaminhados ao lixão, conforme necessidade. A manutenção é feita
através da limpeza frequente com varrição, não havendo cronograma de limpeza, coleta e
destinação dos resíduos, nem medição do quantitativo gerado.
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Figura 3.3.7.4.1– Cemitério Central de Picuí.
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3.3.7.5 Matadouro
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4
EMBASAMENTO
LEGAL
Legislação
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4.1 LEGISLAÇÃO
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Lei n° 11.107, de 06 de Abril de 2005 – Consórcios Públicos e da Gestão Associada de
Serviços Públicos.
Decreto Federal n° 5.940, de 25 de Outubro de 2006 - Institui a separação dos resíduos
recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e
indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de
materiais recicláveis, e dá outras providências.
NBR 10004:2004 - Resíduos sólidos - Classificação - Tem como objetivo classificar os
resíduos sólidos quanto à sua periculosidade, considerando seus riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente;
NBR 13463:1995 - Coleta de resíduos sólidos – Classificação - Classifica coleta de resíduos
sólidos urbanos dos equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do
acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo;
NBR 15112:2004 - Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de
transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação - Possibilita o recebimento
dos resíduos para posterior triagem e valorização. Têm importante papel na logística da
destinação dos resíduos e poderão, se licenciados para esta finalidade, processar resíduos para
valorização e aproveitamento;
NBR 15113:2004 - Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros –
Diretrizes para projeto, implantação e operação - Solução adequada para disposição dos resíduos
classe A, de acordo com a Resolução CONAMA nº 307, considerando critérios para reserva dos
materiais para uso futuro ou disposição adequada ao aproveitamento posterior da área;
NBR 15114:2004 - Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes
para projeto, implantação e operação - Possibilita a transformação dos resíduos da construção
classe A em agregados reciclados destinados à reinserção na atividade da construção.
Resolução CONAMA n° 358, de 29 de Abril de 2005 - Dispõe sobre o tratamento e a
disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
Resolução CONAMA n° 307, de 05 de Julho de 2002 - Define, classifica e estabelece os
possíveis destinos finais dos resíduos da construção e demolição, além de atribuir
responsabilidades para o poder público municipal e também para os geradores de resíduos no
que se refere à sua destinação.
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Resolução CONAMA n° 275, de 25 de Abril de 2001 - Estabelece o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
Resolução CONAMA n° 5, de 05 de Agosto de 1993 - Estabelece definições, classificações e
procedimentos mínimos para o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde,
portos e aeroportos ,terminais ferroviários e rodoviários.
Resolução CONAMA n° 6, de 19 de Setembro de 1991 - Dispõe sobre a incineração de
resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos.
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Lei 9.293, de 22 de Dezembro de 2010 – Institui o Programa de Beneficiamento de
Associações e Cooperativas dos Catadores de Materiais Recicláveis da Paraíba com a separação
dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública estadual
direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos
catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.
Lei nº 8.976, de 24 de novembro de 2009 - Institui o dia do catador e da catadora de
materiais recicláveis, no estado da Paraíba.
Lei nº 9.007, de 30 de Dezembro de 2009 – Dispõe sobre o comércio, o transporte,
armazenamento, o uso e aplicação, o destino final dos resíduos e embalagens vazias, o controle, a
inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como o monitoramento
de seus resíduos em produtos vegetais, e dá outras providências.
Lei nº 7371, de 11 de julho de 2003 - Dispõe sobre o controle e o licenciamento dos
empreendimentos e das atividades geradoras de resíduos perigosos no âmbito do Estado e dá
outras providências.
Lei Complementar nº 08, de 21 de Janeiro de 1991 – Dá nova redação aos dispositivos que
menciona da Lei Complementar nº 28, de 06.07.82 (Lei Orgânica do Ministério Público) e dá
outras providências.
Lei 5.024, de 14 de Abril de 1988 – Proíbe a instalação de áreas de recolhimento de
material radioativo.
Lei nº 1905, de 16 de dezembro de 1958 – Autoriza o poder executivo a instalar uma usina
para transformação dos resíduos dos esgotos, e dá outras providências.
Lei nº 791, de 06 de outubro de 1952 – Proíbe as usinas de açúcar e empresas
Norma Administrativa 119, de 20 de Dezembro de 2005 - Disciplina o processo de
Licenciamento Ambiental dos Empreendimentos Geradores de Resíduos de Serviço de Saúde, no
Estado da Paraíba.
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destino de lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
Lei Orgânica do Município de Picuí de 1990, Seção ll da Política Urbana no Art. 148 dispõe
sobre a limpeza urbana que abrange a coleta de lixo e a varrição de logradouros públicos de
competência do Poder Público Municipal, deverá ser planejada e atender todos os aglomerados
urbanos; e no Art. 149 dispõe que o Município tem a obrigação de dar tratamento final ao lixo de
modo a:
I - não degradar o meio ambiente e os recursos naturais;
II - não decorrer daí, risco para a saúde ou para o bem-estar da população.
Lei Complementar no 07, de Dezembro de 2010 que institui o Código de Posturas do
Município de Picuí e dá outras providencias, Capítulo ll da Limpeza nas vias públicas Art. 22 § 2º -
É absolutamente proibido, em qualquer caso, varrer lixo ou detritos sólidos de qualquer natureza
para os ralos ou sarjetas dos logradouros públicos.
Lei Complementar no 07, de Dezembro de 2010 que institui o Código de Posturas do
Município de Picuí e dá outras providencias, Capítulo lll da Limpeza nas habitações Art. 33 O lixo
das habitações será recolhido em depósitos apropriados, providos de tampas ou sacolas
devidamente fechadas, para ser removidas pelo serviço de limpeza pública municipal.
Parágrafo único. Não serão considerados como lixo os resíduos de fábricas ou oficinas, os restos
de materiais de construção, os entulhos provenientes de demolições, as matérias excrementícias
e restos de forragem das cocheiras e estábulos, os papéis e outros resíduos de casas comerciais,
bem como terra, folhas e galhos dos jardins e quintais particulares, os quais serão removidos à
custa dos respectivos inquilinos ou proprietários.
Lei Complementar nº 08/2010, de 30 de dezembro de 2010, capítulo ll Art. 49 nenhum
material destinado à edificação ou entulhos provenientes de construção, poderá permanecer por
mais de 48 horas em logradouro público adjacente a obra.
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Todos os Planos que apresentem interface com o setor de saneamento básico/resíduos
sólidos tais como: o Plano Diretor Municipal, os Planos de Bacias Hidrográficas, os Planos de
Manejo de Unidades de Conservação ou de Áreas de Preservação Permanente, Planos de
Saneamento Básico, dentre outros, foram avaliados considerando-se a compatibilização dos
Planos de Resíduos Sólidos aos mesmos, ou ainda, subsidiando possíveis sugestões de alteração
nos planos pré-existentes.
É importante ressaltar que a compatibilização entre o Plano de Bacia Hidrográfica e os
Planos de Resíduos Sólidos é extremamente significativa para os processos de hierarquização de
ações e intervenções em corpos hídricos.
Os Planos de Resíduos Sólidos também são compatibilizados com Plano Diretor Municipal
de Uso do Solo, devendo considerar a avaliação de demandas presentes e futuras, possibilitando
a verificação das capacidades da infraestrutura de geração, manejo e disposição final dos resíduos
sólidos instalada, de maneira a identificar deficiências e criar alternativas para a cobertura dos
serviços.
Também são observados os indicadores de saúde, políticas e programas do setor, de
maneira a promover à intersetorialidade das políticas. Adicionalmente, deve-se considerar o
Código Tributário Municipal, no qual são indicados os padrões de cobrança de taxas e tarifas e
que, seguramente, exigirão atualização.
Das legislações mencionadas acima, as mesmas foram relacionadas anteriormente,
distribuídas de acordo com sua esfera política, com exceção do Plano de Recursos Hídricos da
Bacia do Rio Piranhas-Açu, o qual está em processo de elaboração, tendo sido publicado somente
o termo de referência, datado de 27 de setembro de 2010. De acordo com o Termo de
Referência, para a elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Bacia, um levantamento
minucioso deverá ser realizado em parceria com órgãos competentes, a fim de se estabelecer a
realidade local e para que se possam definir ações a serem tomadas visando a melhoria e
manutenção da qualidade das águas da Bacia do Rio Piranhas-Açu, e dos corpos hídricos e bacias
que a compõem.
Quanto ao Plano Diretor, o mesmo ainda não foi elaborado no município de Picuí.
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PASSIVOS
AMBIENTAIS
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5 PASSIVOS AMBIENTAIS
O município possui duas áreas nas quais funcionavam os lixões da cidade, localizada em área
afastada do centro urbano e em terreno de relevo plano. As duas áreas tiveram suas atividades
paralisadas, porém sem encerramento formal perante os órgãos ambientais.
A primeira área foi utilizada por cerca de 34 anos como lixão, localizada no Bairro Felipe
Tiago Gomes na zona rural. As atividades no local foram paralisadas há aproximadamente dois anos e
meio, não houve o encerramento formal da área perante o órgão ambiental. Para que fosse
construído no local o Parque Ecológico Cultural, foi feito um trabalho de terraplanagem e
compactação da área. Fazem parte da estrutura do Parque uma pista de motocross, ginásio, cidade
da criança, auditório para eventos e sala de aula para programas sociais.
Figura 5.1 - Vista parcial do primeiro local onde funcionava o antigo lixão da cidade.
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Figura 5.2 – Auditório do Parque Ecológico Cultural.
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A segunda área foi utilizada como lixão por aproximadamente um ano e meio, está situada em
local afastado do centro urbano, e assim como o primeiro lixão não houve encerramento formal
perante o órgão ambiental após a paralisação das atividades no local há cerca de um ano. Em visita
ao local pôde-se observar que ainda há resíduo exposto e parte dele queimado, animais e catadores
que passam o dia na área em casas improvisadas feitas de madeira ainda procurando materiais para
venda. O material recolhido pelos catadores como plástico, alumínio, ferro, etc., são vendidos
gerando uma renda de R$ 80,00 em média.
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Figura 5.5 – Resíduo exposto e queimado.
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6
INICIATIVAS
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6 INICIATIVAS
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Figura 6.1 – Instituto Federal de Educação da Paraíba – Campus Picuí.
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Figura 6.3 – Feira de Ciências 2012.
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Figura 6.4 – Palestra.
Localizado no Bairro Felipe Tiago Gomes na zona rural, o Parque Ecológico Cultural Fausto
Germano, possui uma estrutura com pista de motocross, ginásio, cidade da criança, auditório para
eventos e sala de aula para programas sociais. No Parque são realizadas atividades voltadas para a
área social e ambiental. Na Reserva Florestal Sebastião Venâncio desenvolvida para preservar a
vegetação local foi criado um museu de taipa e foram elaboradas algumas trilhas. O Parque
recebe visitas de escolas e está aberto a visitas em geral.
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Figura 6.5 - Vista parcial do Parque Ecológico Cultural Fausto Germano.
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Figura 6.7 – Cidade da Criança no Parque Ecológico Cultural.
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Figura 6.9 – Museu Casa de Taipa.
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
CARACTERIZAÇÃO
E DIAGNÓSTICO
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7 CONSIDERAÇÕES FNAIS DA CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO
Cada pessoa produz, em média, um quilograma de lixo por dia, o qual tem sido destinado,
em sua maioria, em locais inadequados – de acordo com pesquisa do IBGE (2008), 50,8% dos
municípios ainda têm destino inadequado (o Brasil possui 2.906). Em 27,7% das cidades o lixo vai
para os aterros sanitários e em 22,5% delas, para os aterros controlados. Entretanto, os avanços
em relação à proteção ao meio ambiente é visível: em 2000, apenas 35% dos resíduos eram
destinados aos aterros enquanto que, em 2008, esse número passou para 58%. Além disso, no
mesmo período, o número de programas de coleta seletiva passou de 451, em 2000, para 994, em
2008, ocorrendo com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste, onde, respectivamente, 46%
e 32,4% dos municípios informaram à pesquisa do IBGE que possuem coleta seletiva em todos os
distritos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010, disciplina a coleta, o
destino final e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, entre outros. A lei
estabelece metas importantes como o fechamento dos lixões até 2014 e a elaboração de planos
municipais de gestão dos resíduos. Tendo como princípio a responsabilidade compartilhada entre
governo, empresas e população, a nova legislação impulsiona o retorno dos produtos às
indústrias após o consumo e obriga o poder público a realizar planos para o gerenciamento do
lixo. Entre as novidades, a lei consagra o viés social da reciclagem, com atenção especial aos
catadores quanto a sua recolocação no mercado de trabalho após o fechamento dos lixões. A lei
passa a exigir a colocação dos rejeitos em aterros que seguem normas ambientais, sendo proibida
a catação, a criação de animais e a instalação de moradias nessas áreas.
As prefeituras devem implantar a coleta seletiva para o resíduo reciclável nas residências,
além de sistemas de compostagem para resíduos orgânicos, como restos de alimentos – o que
reduz a quantidade levada para os aterros, com benefícios ambientais e econômicos. As novas
responsabilidades definidas na Política reduzem gastos públicos municipais e ampliam a
capacidade de investimentos das prefeituras em sistemas de reaproveitamento de resíduos de
forma consorciada, assim como o compartilhamento de aterros sanitários entre municípios de
uma mesma região. Além disso, os Planos de Gestão de Resíduos Sólidos tornam-se obrigatórios
para a obtenção de recursos dos Governos Federal e Estadual para implantá-lo.
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O Diagnóstico de Caracterização aqui apresentado atende aos requisitos básicos das
legislações e documentos pertinentes e atribui informações complementares e detalhamento da
atual situação dos resíduos sólidos no município. Este material tem como função principal,
subsidiar as etapas posteriores da elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, no que se refere ao prognóstico, abordando possibilidades de soluções
consorciadas e ainda a visão de futuro com ações a serem discutidas e aprovadas pela Prefeitura
Municipal. As informações adquiridas de fontes primárias e secundárias foram apresentadas
divididas por tipo de resíduos e ainda por etapas: geração, coleta, armazenamento, transporte e
destinação final, de forma a facilitar sua análise e principalmente, a proposição de interação entre
os agentes envolvidos na gestão dos resíduos sólidos do município.
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8
AÇÕES
CONSORCIADAS
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A obrigatoriedade de eliminação dos lixões até 2014 e sua substituição por aterros
sanitários, prevista pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), impõe às
prefeituras em especial municípios de pequeno porte, o desafio gerencial e financeiro de
construir e manter um equipamento público que, a depender do volume de resíduos recebidos,
pode ser subutilizado e sair muito caro aos cofres públicos.
Por esse motivo, a articulação entre os municípios para a composição de escala tem sido
considerada pelos governantes, seja através de associações, agências, fóruns, empresas,
autarquias, redes ou consórcios (método adotado pela maioria das cooperações), a cooperação
horizontal ou intermunicipal tem se colocado, sobremaneira, como a melhor alternativa para a
racionalização do modelo de gerenciamento de resíduos, corrigindo, em alguma medida, os
impactos negativos do processo de municipalização ocorrido no país.
No consórcio há a formação de Pessoa Jurídica entre dois ou mais entes federados,
mediante o registro dos Estatutos no Registro Civil, devendo ainda acatar as normas do Direito
Administrativo no tocante à licitações, contratos e contratação de pessoal. O consórcio permite
relação estável entre os entes consorciados, autonomia para assumir competências para regular e
fiscalizar, personalidade jurídica.
O convênio, por outro lado, é uma relação precária, admitindo renúncia a qualquer
momento, sendo ele um simples acordo de vontade entre os envolvidos, sem criação de nova
Pessoa Jurídica. O convênio não possibilita regulamentar e fiscalizar, atuando como mero pacto
de colaboração, porém, como os interesses são comuns e coincidentes entre os partícipes, os
signatários do documento associam-se para a execução de um objeto comum, variando apenas a
cooperação entre si, de acordo com as possibilidades de cada um.
Tanto os consórcios públicos como os convênios de cooperação podem autorizar a gestão
associada de serviços públicos.
As principais inovações nos consórcios são a cooperação entre diferentes níveis de
Governo (horizontal e vertical), a redução de custos operacionais, o ganho de escala a execução
das políticas públicas, o aperfeiçoamento dos mecanismos de articulação municipal e, ser sempre
um ato voluntário.
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Os governos federal e estadual têm estimulado a formação de consórcios públicos entre
municípios para construção e operação conjunta não só de aterros sanitários, como aquisição
equipamentos móveis ou não para tratamento de resíduos, consultorias técnicas entre outras
prestações de serviços, onde parcerias entre municípios de uma mesma região via consórcio
público apresentam vantagens econômicas e gerenciais para todos os participantes.
A titularidade cabe ao poder público municipal, que poderá, no entanto, por previsão
disposta no artigo 241 da Constituição Federal de 1988 e na Lei nº 11.107 de 06 de abril de 2005
(Lei de Consórcio Público), facultar a concessão dos serviços a outros entes jurídicos, podendo ser
público ou privado. Não obstante, de acordo com a Lei nº 12.305/10, art. 19 inciso XVI, no Plano
devem ser definidos meios e serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da
implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que
trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa, previstos no art. 33.
Entre outras diretrizes, a Lei estabelece que o município defina ações consorciadas ou
compartilhadas com outros municípios a fim de ser priorizado no acesso aos recursos da União.
A regulação e a fiscalização têm o objetivo de proteger a livre concorrência entre os
operadores e os direitos do consumidor em geral, além de garantir o cumprimento do Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o equilíbrio econômico-financeiro do
operador e a qualidade dos serviços de limpeza urbana no município.
Entre as possibilidades de regulação e fiscalização o município pode optar por criar uma
agência reguladora municipal, realizar um consórcio com outro(s) município(s) para a criação de
uma agência intermunicipal.
Com relação a prestação do serviço o titular, ou seja, o município, tem o direito e dever
de decidir como o mesmo será prestado. No entanto, caso seja decisão do titular delegar a
prestação dos serviços para um consórcio público, para uma empresa estatal, pública ou de
economia mista, ou, ainda, para uma empresa privada, é indicado que haja um contrato em que
estejam previstos os direitos e deveres da empresa contratada, dos usuários e do titular.
Ao invés de acordos, convênios ou termos de cooperação, que podem ser desfeitos a
qualquer momento, devem ser celebrados contratos que criem direitos firmes e estáveis, cuja
duração não fique dependendo da vontade política do governante em exercício. Garante-se,
assim, o respeito aos direitos dos usuários e a melhoria de atendimento, bem como se possibilita
segurança jurídica para os investimentos necessários à universalização dos serviços (MCidades,
2006).
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Existem três formas de prestação dos serviços de limpeza pública: (1) prestação direta; (2)
prestação indireta mediante concessão ou permissão; e (3) gestão associada. Ou seja: o município
pode prestar diretamente os serviços por órgão da administração central ou por entidade da
administração descentralizada; pode delegar a prestação a terceiros, por meio de licitação pública
e contratos de concessão (empresa privada ou estatal); ou pode, ainda, prestar os serviços por
meio da gestão associada com outros municípios – com ou sem participação do Estado –, via
convênio de cooperação ou consórcio público e contrato de programa. A seguir essas
possibilidades de prestação são descritas.
Administração Direta
Os serviços são prestados por um órgão da Prefeitura Municipal, sem personalidade
jurídica e sem qualquer tipo de contrato, já que, nessa modalidade, as figuras de titular e de
prestador dos serviços se confundem em um único ente – o Município.
Administração Indireta
Os serviços podem ser prestados por Entidades Paraestatais, que são órgãos integrantes
da Administração Indireta do Estado, as autarquias e as fundações públicas de direito público, ou
através de prestação por empresas públicas ou sociedades de Economia Mista Municipal, na qual
a empresa pública é uma entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio, capital exclusivo e direção do Poder Público, seja União, estado ou município,
que utiliza órgãos da administração indireta, criados por lei, para desempenhar atividades de
natureza empresarial, e cujo governo seja levado a exercer, por força de conveniência ou
contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas
em direito.
Gestão Consorciada
A prestação de serviços via Gestão Associada ocorre comumente através de consórcios
municipais, ou consórcios públicos. Os consórcios públicos são parcerias formadas por dois ou
mais entes da federação, para a realização de objetivos de interesse comum, em qualquer área.
Os consórcios podem discutir formas de promover o desenvolvimento regional, gerir o
tratamento de lixo, saneamento básico da região, saúde, abastecimento e alimentação ou ainda
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execução de projetos urbanos. Eles têm origem nas associações dos municípios, que já eram
previstas na Constituição de 1937.
Há, ainda, a opção de parcerias com o setor privado, na qual se podem apontar as PPPs –
Parcerias Público-Privadas, que podem ser definidas associações entre os setores público e
privado, onde estes trabalham em conjunto, inclusive com o aporte de capital, na realização de
políticas públicas, segundo regras previamente estabelecidas. As PPPs podem ser também
consideradas como um mecanismo suplementar de financiamento das administrações públicas,
tendo em vista que será da incumbência do setor privado o financiamento da obra ou serviço
público objeto do contrato (RIO DE JANEIRO, 2008).
De acordo com a Lei de Consórcios Públicos há três tipos de consórcios possíveis:
Consórcios Administrativos, Consórcios Públicos de Direito Privado, e Consórcios Públicos de
Direito Público.
- Os Consórcios Administrativos são os que foram constituídos antes da Lei de Consórcios Públicos
e configuram os pactos de mera colaboração (sem personalidade jurídica) ou associações civis,
regidas pelo direito privado, e que podem ser convertidos para consórcios públicos (a partir do
exercício de 2008, os consórcios administrativos não poderão celebrar convênio com a União).
- Os Consórcios Públicos de Direito Privado são pessoas jurídicas instituídas por entes federativos,
para a realização de objetivos de interesse comum, mas personificadas sob o direito privado.
Podem, assim, adotar o formato de uma associação ou de uma fundação. Mesmo regidas pelo
direito privado, deverão obedecer às normas de direito público no que se refere à admissão de
pessoal, contratações e execução de suas receitas e despesas (possuir orçamento estruturado em
dotações, realizar empenho e liquidação da despesa, prestar contas ao Tribunal de Contas). Os
consórcios de direito privado, a partir do exercício de 2008, não poderão celebrar convênios com
a União.
- Os Consórcios Públicos de Direito Público são associações públicas com a finalidade de realizar
objetivos de interesse comum ou viabilizar que um ente venha a cooperar com outro ente da
Federação.
A principal vantagem do consorciamento é o ganho crescente de escala, uma vez que
quanto maior a quantidade de pessoas atendidas, menores são os custos de instalação e
manutenção da estrutura fixa, minimizando as despesas para as administrações públicas. Dentre
outros ganhos, destacam-se: Fundamento econômico – Efetivação de ganhos de escala e
economias de aglomeração na gestão de serviços e atividades públicas; Planejamento estratégico
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municipal e regional; Ordenamento territorial; Estabelecimento de sinergias entre programas
estaduais e municipais; Possibilidade de municípios menores exercerem funções públicas mais
complexas; Ganho de escala no custeio da instalação e da manutenção dos empreendimentos;
Maior poder de barganha na busca de investimentos (aumento da capacidade de endividamento
e diminuição do risco); Potencial desenvolvimento de grande know how técnico; e, Licitar para
qualquer ente consorciado.
Os consórcios intermunicipais mais difundidos no Brasil são os referentes às áreas da
saúde e de recursos hídricos, inclusive estes consórcios são aqueles que têm sido contemplados
com um maior aporte de recursos, seja do governo federal ou dos governos estaduais (PHILIPPI;
SILVEIRA, 2005).
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil conta hoje com 176 consórcios
intermunicipais de saúde distribuídos em 12 estados brasileiros. Sabe-se, ainda, que as ações e
serviços da média complexidade representam o espaço privilegiado de atuação dos consórcios
intermunicipais de saúde que propiciam à população, especialmente, o acesso a consultas e
exames especializados (MAIA et. al., 2011, p. 8).
Há também identificados em território nacional iniciativas de consorciamento na área de
desenvolvimento regional, de meio ambiente, de transportes, de turismo, de cultura, de obras e
conservação de estradas, de abastecimento e nutrição, e de urbanização de favelas (PHILIPPI;
SILVEIRA, 2005). Não há informações disponíveis sobre o número de Consórcios existentes no
Estado da Paraíba.
Outro ponto importante é que pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela
Lei 12.305/2010, a realização de consórcios intermunicipais facilita a captação de recursos junto
ao Governo Federal. No artigo 45° da lei supracitada, os Consórcios Públicos constituídos com o
objetivo de viabilizar a descentralização e a prestação de serviços públicos que envolvam resíduos
sólidos têm prioridade na obtenção dos incentivos instituídos pelo Governo Federal.
Além do previsto na Constituição de 1937, leis federais e estaduais foram criadas,
complementando e regulamentando regras relacionadas a consórcios públicos. Dentre as leis
federais, destacam-se a Lei 11.107/05, conhecida como Lei de Consórcios (embora trate também
do Convênio de Cooperação), e o Decreto 6.017/2007 que a regulamentou, e dispõe sobre
normas gerais de contratação de consórcios públicos pela União, pelos Estados e Municípios e
pelo Distrito Federal, estabelecendo as condições para a criação de consórcios que possam ser
contratados por entes federativos para a realização de objetivos de interesse comum. Na esfera
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Estadual, não foi localizada lei que disponha sobre a constituição de consórcios públicos no Estado
da Paraíba.
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O CIMSC possui sede no município de Cuité/PB, na Rua 17 de Julho, nº 221, 1º Andar A,
Centro, sendo o atual Presidente do Consórcio o Sr. Alyson José da Silva Azevedo, Prefeito do
Município de Baraúna. O Consórcio deu origem à iniciativa de elaboração dos Planos Municipais
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos municípios integrantes de forma a organizar,
quantificar, verificar, analisar e viabilizar uma solução para o maior problema da região
caracterizado pela destinação inadequada dos resíduos sólidos.
De acordo com dados da Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e
da Ciência e Tecnologia do Estado da Paraíba - SERHMACT, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos
está em processo de elaboração e, conjuntamente com o Plano, está a elaboração de um estudo
de arranjos, denominado de Proposta de Regionalização, que deverão ser concluídos em março
de 2014.
A Proposta de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos está em processo
de aprovação pelas Prefeituras Municipais, que é a última etapa do processo de elaboração do
Plano de Regionalização que foi iniciado em janeiro de 2013. No processo foram realizadas
oficinas que reuniram representantes de municípios paraibanos, e nas quais os participantes
responderam questionários com informações sobre o manejo dos resíduos sólidos, desde a
varrição e coleta dos resíduos domiciliares até a destinação final.
Na Figura 8.2.1, a seguir, é apresentado o mapa do Arranjo de Picuí, no qual está,
inicialmente, inserido o próprio município de Picuí. É importante ressaltar que a inclusão no
arranjo é uma proposição e ainda depende de avaliação e aprovação finais.
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Figura 8.2.1 – Arranjo Regional de Picuí/PB.
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ativas do município para a tomada de decisões referentes à destinação de RSU.
Assim, considerando que os limites territoriais da regionalização ainda não estão
formalmente definidos e que há um consórcio intermunicipal vigente, e considerando, ainda, o
princípio de otimização dos recursos, inerente ao discurso da prática de consorciamento, é
prudente que se flexibilize o gerenciamento dos RSU ao consórcio vigente, independentemente
da conformação recomendada no Plano de Regionalização.
Em análise das sugestões realizadas pelo governo Estadual através dos Arranjos Regionais
e ainda o consórcio existente identificado na região estudada, fez-se notar ausência de municípios
específicos na intersecção dos agrupamentos verificados. Portanto, utilizando este Plano como
ferramenta de inferência, sugere-se a inclusão dos municípios de Algodão de Jandaíra e Damião
no Arranjo de Picuí.
Para determinar as melhores soluções para os RSU, além de considerar o Plano de
Regionalização definido pela SERHMACT e as Ações Consorciadas já existentes a qual o município
faz parte, e identificado o principal problema da região, o estudo de massa se torna essencial para
definição das áreas potenciais para implantação de uma destinação correta dos RSU, visando
atender a legislação vigente.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) determina que os lixões devem
ser extintos até agosto de 2014, e os resíduos sólidos gerados nos municípios devem ser
devidamente coletados, transportados, tratados e com sua destinação final adequada visando a
manutenção da vida e do meio ambiente.
O Aterro Controlado, de acordo com a NBR 8849/1984 (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, que por operar
períodos como aterro sanitário e períodos como lixão, pode vir a causar danos ou riscos à saúde
pública, a segurança e ao meio ambiente. Esse método utiliza princípios de engenharia para
confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de
cada jornada de trabalho. Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição
localizada, não havendo impermeabilização de base (comprometendo a qualidade do solo e das
águas subterrâneas), nem sistema de tratamento de percolado (chorume mais água de infiltração)
ou de extração e queima controlada dos gases gerados. O aterro controlado é preferível ao lixão,
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mas apresenta qualidade bastante inferior ao aterro sanitário.
Muito embora no Estado da Paraíba, assim como em outros Estados do Brasil, ainda
sejam usados Aterros Controlados, esse não é o modelo ideal de destinação final para os resíduos
sólidos, uma vez que na maioria dos pequenos e médios municípios ocorre o desvio de finalidade
dos equipamentos, abandono por ausência de operador e ainda aterros convertidos em lixões
devido à operação deficiente.
No Aterro Sanitário, construído conforme NBR 8.419/92, os resíduos são depositados em
vala devidamente impermeabilizada com manta de proteção e há sistemas de captação de gases
e de chorume, os quais são tratados evitando a contaminação do ar e do lençol freático. O gás é,
em geral, queimado ou aproveitado para a geração de energia, e o chorume é coletado e tratado
por meio de lagoas de sedimentação ou enviados para tratamento por empresa contratada,
dependendo do tipo de projeto desenvolvido. Os resíduos são recobertos com terra diariamente
e, em geral, a licença dos aterros é emitida mediante condicionante de monitoramento
ambiental.
Outro tipo de solução para os resíduos sólidos é a instalação de uma Central de Triagem
(CT), que deve ser implantada em área apropriada e licenciada pelo órgão competente, e é, em
geral, composto por um conjunto de estruturas físicas edificadas como galpões para recebimento
de materiais, e triagem de lixo, galpão de armazenamento de recicláveis, unidades de apoio
(escritório, almoxarifado, instalações sanitárias/vestiários, copa/cozinha, etc.). Todas essas
estruturas são implantadas em área cercada, identificada, com paisagismo nas proximidades das
estruturas edificadas, além de cerca viva no entorno da cerca-divisa.
A Central de Triagem é considerada solução para os resíduos recicláveis já triados, ou seja,
os resíduos destinados a CT devem ser originários de uma coleta seletiva eficaz, porém a
estrutura se torna não conforme na inexistência dessa coleta específica, justificando novamente a
necessidade de um aterro sanitário, seja para todo o resíduo, no caso de continuidade da situação
de coleta atual, seja para os rejeitos, no modelo adequado e mais aprimorado.
Portanto, visando a manutenção da qualidade ambiental e o atendimento à legislação
vigente, é recomendado que os resíduos sejam destinados em aterros sanitários devidamente
licenciados.
De acordo com Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, manual de orientação, elaborado
pelo Governo Federal, Ministério do meio ambiente em parceria com o ICLEI – Governos Locais
pela sustentabilidade considera-se no geral, que o transporte através de veículos coletores deve
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ser limitado a distâncias de 30 km do aterro. Quando as distâncias são maiores deve-se considerar
a conveniência da inclusão, em pontos regionais estratégicos, de áreas de transbordo de rejeitos,
para veículos de maior capacidade de carga, e menor custo unitário t/km.
Levando em consideração as ações consorciadas vigentes supracitadas, e, entendendo
que há a recomendação, e não obrigatoriedade, de que as distâncias sejam em torno de 30 km,
foram, então, traçados raios de 50 km, 80 km e 100 km a partir da região central do município em
direção a cada aterro supracitado para determinar se as distâncias máximas atendem o exposto
no Manual de Orientação (Figura 8.3.1). No processo de estudo da área, foi considerada, ainda, a
qualidade das vias de acesso da cidade geradora até o destino final, sendo apresentadas as
opções de estradas em terra e asfaltadas e as distâncias rodoviárias no Quadro 8.3.1.
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Figura 8.3.1 – Análise de destinação final consorciada.
Para a região na qual o município de Picuí está inserido, estendida até o Estado do Rio
Grande do Norte, foram identificados seis aterros sanitários licenciados, sendo três em Campina
Grande/PB (Sítio Logradouro II, Boa Vista e Puxinanã), um em João Pessoa/PB (zona rural), um em
Mossoró/RN e um em Ceará-Mirim/RN. Entretanto, dos seis aterros mencionados, somente um
está autorizado a receber resíduos provenientes de outros municípios: Aterro Sanitário de Ceará-
Mirim/RN. Os demais possuem fatores impeditivos ao recebimento conforme segue.
- Aterro Sanitário do Sítio Logradouro II (Campina Grande): obras temporariamente suspensa por
determinação judicial;
- Aterro Sanitário de Boa Vista (Campina Grande): aterro municipal, não podendo receber
resíduos importados de outros municípios;
- Aterro Sanitário de Puxinanã (Campina Grande): aterro construído por meio de consórcio, para
atender os municípios de Campina Grande, Puxinanã e Montadas, especificamente;
- Aterro Sanitário de João Pessoa: aterro construído por meio de consórcio, para atender os
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municípios de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Conde, Cruz do Espírito Santo, Lucena e Santa Rita,
especificamente;
- Aterro Sanitário de Mossoró/RN: aterro municipal, não podendo receber resíduos importados de
outros municípios.
Uma vez que a distância até o aterro conforme excede o raio de 100 km, não só para o
município de Picuí, mas para todos aqueles integrantes do consórcio vigente, constatou-se a
necessidade urgente de um estudo de massa aprimorado para a verificação de potenciais áreas
para a implantação tanto de um aterro sanitário que possa atender a todos esses municípios,
como de estações de transbordo, viabilizados pela escala de volume de resíduos gerada nesse
consorciamento.
Para inicio do estudo de massa foram realizadas análises para escolha de localidade para
implantação do aterro sanitário, para a partir desses, serem verificadas as necessidades e
potenciais localidades para a implantação de estações de transbordo.
Inicialmente, foram verificados os municípios de economia mais forte e/ou de maior
população como localidades próprias para a implantação de um aterro sanitário, sendo
identificados os municípios de Cuité (19.978 hab.) e Picuí (18.222 hab.) que atendessem esses
critérios, estabelecendo Opções 1 e 2. Os municípios restantes não excedem 15.000 habitantes.
Em um segundo momento, foram estudadas todas as distâncias entre os municípios do
consórcio e as duas localidades apresentadas como opções para a implantação do aterro sanitário
regional. Tais distâncias são apresentadas no Quadro 8.3.2 a seguir.
Nesta analise, foi verificada que tanto para a Opção 1 (Cuité) quanto para a Opção 2
(Picuí) atendem a seis municípios dentro da distância de 30 km que permite o transporte de seus
resíduos diretamente para o aterro nos caminhões utilizados para a coleta, não havendo a
necessidade de utilização de equipamentos diferenciados para o transporte rodoviário.
Considerando que além das exigências para as instalações físicas, o controle da poluição
deve ser minucioso, que funcionários deverão manter o local em operação correta e que atender
o exigido em lei pode ser extremamente oneroso para municípios de pequeno porte, percebe-se a
necessidade do consorciamento entre municípios, para viabilizar local e recursos financeiros e de
mão de obra para o licenciamento, instalação, construção e operação da área de trasbordo.
Além disso, os custos com transporte até o destino final também são rateados entre os
municípios participantes do consórcio, facilitando a destinação final dos RSU à aterros licenciados
localizados em regiões mais distantes das cidades geradoras. Para que o consorciamento seja
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considerado as seguintes situações devem ser avaliadas, priorizando a condição que ocorrer
primeiro:
- O tamanho dos municípios: para os quais é indicado que a ação conjunta seja realizada de forma
que a somatória das populações dos municípios participantes seja de 20.000, no mínimo.
- Quantidade de resíduos gerada: a somatória das quantidades de RSU geradas nos municípios
participantes deve ser de 25 t/dia, no mínimo.
- Quantidade de viagens por dia: o número de viagens necessárias para cada município
participante é de, ao menos, uma, sem acúmulo de RSU.
Seguindo para uma análise de distâncias similar a realizada na questão do aterro, agora
verificando localidades para a implantação de estação de transbordo, que os municípios de
Algodão de Jandaíra, Baraúna, Barra de Santa Rosa, Cubatí, Damião, Frei Martinho, Nova Floresta,
Nova Palmeira e Sossego, não atendem mais do que dois ou três municípios, no quesito distância
menor de 30 km para utilização de equipamentos existentes, não totalizando as quantidades
mínimas de habitantes e consequentemente de volume de resíduos para viabilizar um
transbordo.
Todos estes dados utilizados nas análises mencionadas foram apresentados e retirados do
Quadro 8.3.2 a seguir.
Em uma análise seguinte, verificou-se a necessidade do transbordo em pontos específicos
não alcançados pelos aterros propostos que naturalmente foram atendidos pelas quatro opções
restantes, resultantes da análise anterior. São elas: Cuité e Picuí, opções já propostas como
localidades potenciais para o aterro e Seridó e Pedra Lavrada, que atenderiam igualmente a si
próprios e ao município de Cubatí.
No Quadro 8.3.3 são apresentadas as previsões de municípios atendidos em cada uma das
opções indicadas, para análise de viabilidade de cada uma.
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Quadro 8.3.2 – Estudo de Massa para os municípios do Consórcio.
TRANSBORDO ALGODÃO
TRANSBORDO BARAÚNA
TRANSBORDO BARRA DE
TRANSBORDO SOSSEGO
TRANSBORDO DAMIÃO
TRANSBORDO SERIDÓ
TRANSBORDO CUBATI
TRANSBORDO PEDRA
HABITANTES (IBGE, 2010)
TRANSBORDO NOVA
TRANSBORDO NOVA
TRANSBORDO CUITÉ
TRANSBORDO PICUÍ
TRANSBORDO FREI
ATERRO CUITÉ
ATERRO PICUÍ
DE JANDAÍRA
SANTA ROSA
MARTINHO
PALMEIRA
FLORESTA
LAVRADA
MUNICÍPIO OBSERVAÇÃO
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Quadro 8.3.3 – Estudo de Massa para as opções indicadas.
TRANSBORDO SERIDÓ
HABITANTES (IBGE, 2010)
TRANSBORDO PEDRA
TRANSBORDO CUITÉ
TRANSBORDO PICUÍ
ATERRO CUITÉ
ATERRO PICUÍ
LAVRADA
MUNICÍPIO
Em análise do Quadro apresentado acima, verificando par a par as opções identificadas, não
seria possível a definição apenas pelo número de municípios atendidos. Portanto, o passo seguinte
se deu pela análise de atendimento as diretrizes para viabilidade financeira de cada opção. Para esta
análise foi considerada a média de 1x1 para a quantificação dos resíduos, ou seja, 1 kg de resíduo x
habitante.
Quanto as Opções 1 e 2 de localidades para a implantação de aterro sanitário na região, foi
verificado que a Opção 1 (Cuité) conseguirá atender a um maior número de habitantes e
consequente maior volume de resíduos transportados dentro da distância de 30 km indicada para a
utilização dos caminhões coletores já existentes no município, no caso, 59.323 habitantes ou quilos.
Quanto as mesmas opções de localidades, agora para a implantação de estação de
transbordo na região, foi verificado que a Opção 2 (Picuí) embora atenda a um menor número de
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articulando esforços e formas de pressão junto aos órgãos de governo em nível estadual e
federal.
Seja um município de porte médio ou pequeno que não dispõe de recursos técnicos,
financeiros e gerenciais para as ações necessárias à adequação de suas responsabilidades
ambientais; municípios com dificuldades em encontrar um terreno viável para o aterro, razão de
possuir um significativo espaço territorial protegido por leis, um município emancipado que
herdou o lixão do município-mãe ou um município que dispõe de terreno e incinerador, mas não
possui condições de mantê-lo, o fato é que as questões relativas às competências sobre o serviço
de gerência de resíduos pode e deve ser compartilhada entre os entes, especialmente entre
municípios (MOISÉS, 2001).
Haja visto o exposto, é indicado que ações consorciadas relacionadas a RSU sejam tomadas pelos
municípios, considerando o Consórcio já existente e do qual fazem parte, buscando alternativa de
destinação final para os RSU gerados, bem como a utilização de estruturas de apoio
conjuntamente com a redução dos resíduos gerados através da implantação da Agenda A3P,
coleta seletiva e a Logística Reversa dentro das possibilidades do município e do Consórcio, e com
o encerramento formal das áreas atualmente utilizadas para o descarte de resíduos.
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