Tics Semana 10

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Tecnologia da Informação e comunicação (TICs) – semana n° 10

8º Período
Meningite

A atividade desta semana consiste na descrição dos procedimentos padrão


em vigilância para coleta de amostras de casos suspeitos de meningite.Quais
as estratégias utilizadas pelo Lacen?Quais os frascos e lâminas
encaminhados?Quais os materiais biológicos?Existem diferenças entre
adultos e crianças?

Descrição dos procedimentos padrão em vigilância para a coleta de amostras de


caso suspeito de meningite. A confirmação da causa subjacente em casos
suspeitos de meningite é fundamental para a vigilância epidemiológica, seja em
situações de endemia ou surto. Para qualquer suspeita de meningite bacteriana,
recomenda-se o uso do kit de coleta distribuído pelos Lacen para todos os
laboratórios locais, a fim de realizar o diagnóstico laboratorial.

Esse conjunto de materiais é formado por: um recipiente com caldo TSB ou BHI
com o anticoagulante SPS, para realizar a hemocultura; um frasco que contém o
ágar chocolate base Müller-Hinton e 5% de sangue desfibrinado de carneiro ou
cavalo; três frascos estéreis, sem anticoagulante, preferencialmente com uma
tampa de borracha, sendo um utilizado para coletar sangue (obter soro) e os outros
dois para coletar o líquido céfalorraquidiano (LCR), para realizar testes
citoquímicos, bacterioscópicos, de aglutinação de látex e PCR em tempo real
(qPCR); e duas lâminas limpas e sem uso anterior para realizar a bacterioscopia
(uma é corada e processada no laboratório do hospital e a outra é enviada para o
LACEN).

São utilizados:

Líquido Céfalorraquidiano: A coleta do líquido céfalorraquidiano (LCR) é um


procedimento invasivo que exige precauções similares às tomadas durante uma
intervenção cirúrgica. É importante que a punção lombar seja realizada somente por
um médico capacitado, em um ambiente com as condições básicas necessárias
para esse tipo de procedimento. Após a retirada de 3mL de líquido
céfalorraquidiano (LCR), o médico deve semear 0,5 a 1 mL do LCR em meio de
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cultura ágar-chocolate. O restante do LCR deve ser dividido em dois frascos


distintos: um para realizar os exames de bacterioscopia e citoquímica e o outro para
testes de látex e qPCR.

Sangue: No sangue são realizados os exames de cultura


(hemocultura), látex e qPCR. A quantidade de sangue de crianças deve ser de 3 a 5
ml enquanto adultos é de 5 a 10 ml. Outra diferença é que a diluição final do sangue
no frasco de cultura deve ser de 10 a 15% para crianças e de 10 a 20% para
adultos.

RELAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA

A notificação adequada dos casos de meningite no Sistema de Informação de


Agravos de Notificação (SINAN) é crucial para a prática médica por diversas razões.
Primeiramente, o SINAN desempenha um papel fundamental na vigilância
epidemiológica, permitindo o monitoramento contínuo da incidência, distribuição
geográfica e tendências temporais da doença. Esses dados são essenciais para
identificar áreas de surto, clusters de casos e padrões sazonais, facilitando a
implementação de medidas preventivas e de controle. Além disso, a notificação no
SINAN é vital para o planejamento de saúde pública, pois fornece informações
precisas que permitem direcionar recursos e intervenções de forma mais eficiente
para proteger a saúde da população. A avaliação da eficácia de programas de
vacinação e outras intervenções de saúde pública também é possível por meio da
análise dos dados do SINAN, ajudando a identificar lacunas na cobertura vacinal e
ajustar estratégias de prevenção conforme necessário. Além disso, os dados do
SINAN são frequentemente utilizados em estudos epidemiológicos e pesquisas
científicas sobre meningite, fornecendo insights valiosos para o desenvolvimento de
políticas de saúde mais eficazes. Por fim, a notificação de casos de meningite no
SINAN desempenha um papel importante na comunicação de risco, alertando
profissionais de saúde, autoridades de saúde pública e o público em geral sobre a
ocorrência de casos da doença e mobilizando recursos para minimizar seu impacto
na comunidade. Em resumo, a notificação adequada dos casos de meningite no
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SINAN é essencial para a prevenção e controle eficazes dessa doença grave,


contribuindo significativamente para a saúde pública e a segurança da população.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Coordenação-


Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em
Saúde: volume 1 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia e Serviços. - 1. ed. atual.
- Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Departamento de


Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde
(recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. - 5. ed. rev. -
Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

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