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Base Teórica PROJETO

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Roteiro PROJETO DE EXTENSÃO DEMANDA ATIVA

PROJETO ESCOLA ESTADUAL INSTITUTO AGRÔNOMICO

ENCONTRO 1 - 04/11/2024

Tema: SER POR MIM, SER PELO OUTRO

Assuntos abordados:

 Bullyng no contexto escolar e digital.


 Possíveis efeitos do Bullyng na vida adulta.
 Empatia, aceitação da diversidade e respeito mútuo.
 Autovalorização: percepção, reconhecimento e construção de valor próprio e
autoestima.
 Práticas saudáveis para uso de redes sociais e celular.

 Introdução:

Este projeto tem por objetivo principal promover a conscientização, reflexão e educação sobre
temas como bullying no contexto escolar e digital, discutindo o que é o bullying, os tipos de
bullying e seus possíveis efeitos na vida adulta. Visa incentivar a empatia, a aceitação da
diversidade e o respeito mútuo, além de fortalecer a autovalorização, ajudando os
participantes a reconhecer e construir sua autoestima. Também aborda práticas saudáveis
para o uso de redes sociais e dispositivos móveis. A abordagem inicial será feita através de
uma dinâmica prática que estimula a reflexão sobre o respeito às diferenças e o impacto de
nossas atitudes no ambiente.

Para embasar o desenvolvimento do conteúdo deste projeto, recorreremos a Teoria da


Autoaceitação e Diversidade, presente em diversas abordagens psicológicas e terapêuticas,
como é explorada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) que enfatiza o reconhecimento
das diferenças individuais e a aceitação da imperfeição. Essa atividade utiliza a metáfora do
desenho para refletir sobre a singularidade de cada pessoa e as variações na forma de pensar,
agir e se expressar. Também está relacionada à Teoria do Desenvolvimento Moral do psicólogo
Lawrence Kohlberg, que envolve a reflexão sobre atitudes e respeito às diferenças no
comportamento.

Para embasar a abordagem geral sobre o bullying, recorro ao artigo de Fabiane Martins e
Giane Faust, publicado na Revista Brasileira de Terapias Cognitivas. Fabiane é psicóloga escolar
com pós-doutorado em Psicologia pela UFSC e especialização em Terapia Cognitivo-
Comportamental, enquanto Giane é pedagoga, psicopedagoga e orientadora educacional com
mestrado em Educação pela UFSC. O artigo oferece uma análise abrangente sobre o bullying,
seus impactos e abordagens educativas. Ao abordar sobre o conceito de bullying e suas
diferentes formas, apoiamo-nos também nos conhecimentos da Dra. Graccielle Rodrigues da
Cunha Asevedo, psiquiatra especialista em crianças e adolescentes, discutidos no Podcast
“Bullying na escola: Como enfrentar e prevenir essa realidade (2023)”
Utilizamos também como base os conhecimentos e resultados de pesquisas feitas pela
Doutora em Educação e Especialista em bullying escolar Cléo Fante para explorar os efeitos do
bullying durante a vida adulta. Segundo Fante (2005) Os efeitos do bullying sofrido na infância
e na adolescência duram por muito tempo na vida adulta, suas consequências são graves e
abrangentes, tendo consequências negativas tanto para as vítimas quanto para os agressores.
Por fim, para instruções de melhor uso das redes sociais e dispositivos móveis nos baseamos
principalmente nos conhecimentos da Dra. Lisa Damour, psicóloga de Ohio e autora de “The
Emotional Lives of Teenagers: Raising Connected, Capable, and Compassionate Adolescentes”.

Apresentação geral:

 Apresentação dos palestrantes


 Apresentar o conceito geral do projeto

1 “SER POR MIM, SER PELO OUTRO” O que isso significa?

1.1 Como posso ser alguem melhor pra mim? E como posso ser alguem melhor pelo outro?

1.2 “Ser por mim, ser pelo outro” reflete a ideia de que, para sermos melhores, devemos
cuidar de nós mesmos enquanto também cuidamos dos outros. Quando cuido de mim,
invisto tempo em práticas de autocuidado e autovalorização, olho para mim mesmo com
um olhar de cuidado e respeito. Consequentemente estendo esse olhar pro outro,
praticando o respeito e a empatia com o meu próximo.

Apresentação da dinâmica:

Tempo: 15 minutos a 20 minutos

 Explicação breve da dinâmica: Vamos realizar uma dinâmica simples, cada um vai
receber uma folha em branco e vamos dar as instruções.
 Distribuição do Material: Entregue uma folha de papel, será instruído que cada
aluno leve sua caneta para o local.
 Desenho do Corpo: Instrua-os a desenhar um corpo humano, sem tirar a caneta do
papel. Comece pela cabeça, e depois faça os membros inferiores, sem tirar a caneta do
papel em momento algum.
 Troca de Desenhos: Após concluírem, peça que troquem os desenhos entre si.

1. Análise: Cada um avalia o desenho que recebeu, observando as imperfeições.

2. Desenvolvimento: Inicie conversando sobre os desenhos feitos. Pergunte:


"O que acharam dos desenhos?". Destaque que os desenhos parecem
engraçados, diferentes ou até estranhos, pois foram feitos sob a instrução de
não tirar a caneta do papel.
3. Relacionando os Desenhos com a Diversidade Humana

3.1 Explique que, assim como os desenhos variam, as pessoas também são
diferentes, cada uma com suas características únicas.
3.2 Pergunte: "Quando nos deparamos com algo diferente, como reagimos?".
3.3 Resposta: Muitas vezes, a primeira reação é rir. Mas enfatize que nem sempre
é apropriado. Em situações como um circo ou show, risos são esperados, mas
diante de uma diferença genuína – seja uma roupa, sotaque ou forma de agir –
a resposta ideal é compreensão, não riso.

4. A Singularidade de Cada Indivíduo


4.1 Ressalte que cada pessoa tem uma forma única de agir e ver o mundo, assim
como cada desenho foi feito de maneira singular.
4.2 Mesmo gêmeos idênticos têm personalidades distintas. Não podemos exigir
que os outros sejam como "eu".
4.3 Fale sobre como a convivência em grupo pode nos influenciar a adotar novos
interesses ou perspectivas, mas sem mudarmos nossa essência.

5. A Importância do Respeito e da Empatia


5.1 O respeito vai além da aceitação. Quando respeitamos o outro, causamos um
efeito positivo não só na vida dele, mas também na nossa.
5.2 Da mesma forma, o desrespeito tem efeitos negativos para ambos os lados.
5.3 Reforce que a dinâmica dos desenhos foi uma forma de descontrair, mas que a
mensagem principal é que, nós não somos iguais, mas nas nossas diferenças,
temos os mesmos direitos.

6. Reflexão final
6.1 Fala: No local onde vocês estiverem – seja na escola, na rua, na igreja ou no
shopping – não cabe a vocês olhar para os outros com indiferença e
julgamento. Às vezes, convivendo diariamente na sala de aula, não sabemos o
que está acontecendo com o colega ao lado. Muitas vezes, trazemos
problemas de casa sem compartilhar com ninguém, e o colega pode estar
passando pelo mesmo. Mesmo sem conhecer a realidade do outro, julgamos.
6.2 Isso nos leva a questionar: onde está a empatia? O que significa praticá-la? É
se colocar no lugar do outro e refletir: "Eu gostaria de receber um olhar de
julgamento? Ou comentários negativos nas minhas redes sociais?"

6.3 Esse momento também é para vocês refletirem sobre o seu papel: "Qual é o
meu lugar na sala e na sociedade? Eu construo relações de respeito ou não?
Quem eu quero ser?"

7. Conclusão

O encerramento da dinâmica convida o público a refletir: "Como lidamos com as


diferenças que encontramos ao nosso redor?", incentiva uma postura de respeito
em todos os contextos – na escola, na vida social e nas interações online, e
prepara o público para uma breve palestra sobre o conceito do bullying,
autoestima e uso saudável das redes sociais.
Roteiro da Dinâmica

Discussão sobre os Desenhos


O que vocês acham dos desenhos? São engraçados? Podemos rir deles. Foram feitos sob um
comando específico, de não tirar a caneta do papel, por isso estão diferentes, estranhos e
engraçados. Não conseguimos nem saber qual foi o traço inicial de cada desenho. Agora,
pensem nas situações do dia a dia: o que acontece quando nos deparamos com algo diferente
ou um pouco estranho? Infelizmente, nossa primeira reação é rir. Mas nem sempre é o
momento adequado para isso. Quando é uma situação engraçada, como um circo, com
pessoas fantasiadas, risos são esperados. Porém, uma roupa, cabelo, sotaque ou maneira de
agir diferentes não pedem riso; pedem compreensão. – Foi dificil entender que seu colega só
conseguiu desenhar dessa forma? Então qual é o custo de olhar e compreender que as pessoas
fazem coisas de formas diferentes?"

A Singularidade de Cada Indivíduo


"A forma de fazer algo depende de cada pessoa, cada ser é único. Cada um tem sua
personalidade e forma de ver o mundo. Nem os gêmeos idênticos são iguais; nem mesmo os
gêmeos que dividem a mesma placenta têm a mesma personalidade. Não podemos esperar
que os outros sejam como 'eu', pois isso nunca vai acontecer. O que pode acontecer é que, ao
convivermos em grupo, adotamos algumas características, mudamos de opinião sobre um
assunto ou passamos a gostar de uma música diferente. Isso é aprender e crescer, mas sem
deixar de ser quem somos. Todos nós podemos acrescentar algo ao outro e aprender juntos, e
se só eu gosto de determinada coisa? Tudo bem, não preciso deixar de gostar, nem fazer com
que o outro goste, isso é sobre aceitar a diferença tanto no outro, quanto aceitar as diferenças
em mim.

Porém centro da ideia está não em só aceitar, mas em respeitar. Quando respeitamos o outro
estamos causando um efeito positivo na vida dela e na sua, da mesma forma, quando
desrespeitamos alguem o efeito é negativo para ambos os lados, e nós vamos fazer mais sobre
isso. O desenho foi só uma brincadeira para descontrair e entender o que um pouco do que
vivemos, que as pessoas são multifacetadas, nós não somos iguais, mas nas nossas diferenças,
temos os mesmos direitos.

Reflexão sobre Julgamento e Empatia


"Não importa onde vocês estejam — na igreja, no shopping, na rua ou na escola —, não cabe
olhar para o outro com indiferença e julgar. Às vezes, mesmo convivendo diariamente na sala
de aula, você não sabe o que está acontecendo com o colega. Muitas vezes, trazemos
problemas conosco e não falamos para ninguém, não é mesmo? O colega pode estar passando
pelo mesmo. E mesmo sem saber o que está acontecendo, julgamos. Aí nos perguntamos,
onde está a empatia? E o que é empatia? É se colocar no lugar do outro, refletir: 'Eu gostaria
de receber esse olhar de julgamento? Esse comentário nas minhas redes sociais?'

Encerramento e Reflexão Final


"Esse momento é para que vocês reflitam: Qual é o meu lugar? Qual é o meu papel na sala e
na sociedade? Eu exerço o papel de uma pessoa que constrói relações de respeito ou não?
Quem eu quero ser?"
Início da Palestra

Tempo: 10 a 12 minutos

 Tópico 1: O que é Bullying?

Introdução: Vamos começar definindo o que é bullyng, pois é comum a gente ouvir
comentários, até mesmo de pessoas mais velhas como: “ah, mas na escola me
chamavam de quatro olhos” e “me chamavam de Olívia palito” “antes não existia
bullyng e hoje tudo é bullyng”, “foi só uma brincadeira”.

É importante definir o que é bullying para distinguirmos oque é aceitável do que não é
aceitável.

A definição do bullying: O bullyng é definido como comportamentos agressivos com


intenção de causar dano a alguem, ocorre entre uma vítima e entre um ou mais
agressores.

Qual a diferença de uma brincadeira entre amigos e o bullying? A principal


característica que diferencia uma provocação ou brincadeira comum é a existência de
um claro desequilíbrio de poder. Seja por esses agressores serem fisicamente mais
fortes, ou são mais influentes socialmente em comparação com a vítima, as
brincadeiras são equilibradas e há reciprocidade; mas no bullying, o poder é usado
para intimidar e causar sofrimento.

O mesmo comportamento em circunstâncias diferentes pode ser e pode não ser


bullyng, se estou dentro de um grupo de amigos que fazem provocações, em um
momento você é o provocado, em outro você é o provocador e não tem essa
característica de dominância, não é bullyng. Isso deve ser observado.

 Tópico 2 :Tipos de Bullyng

Temos dois grandes grupos: o bullying direto e o bullying indireto, com subdivisões em
cada um.

O bullyng direto é aquele que quase todo mundo conhece, é o bullyng físico, uma
agressão. Todo mundo já assistiu aqueles filmes americanos em que a pessoa derruba
a outra no refeitório? Joga as coisas dela no chão? Esse é um tipo de bullyng direto.

Outro tipo é o bullying verbal, como insultos e comentários depreciativos.

E aí temos o um subtipo do bullyng indireto, que é o bullyng relacional, e ele é mais


dificil de identificar, até mesmo em quem está praticando. Que é um bullyng que pode
acontecer pelas costas de quem está sofrendo. É aquele bullyng que eu começo
espalhar boatos, falar mal dessa pessoa pra outras, diminuir essa pessoa de alguma
forma. Alguem já assistiu ao filme meninas malvadas?

E temos o cyberbullying, uma forma de bullying que ocorre online, onde,


independentemente de onde você esteja, pode ser atingido por comentários
ofensivos, vídeos ou fotos espalhadas sobre você. Essa forma de assédio pode invadir
os espaços mais pessoais, como o ambiente da sua própria casa. Você gostaria de uma
foto ou vídeo seu circulando por aí? Provavelmente não. Então não invada a
privacidade de alguem dessa forma.

Muitas pessoas têm se sentido à vontade pra cometer esses atos na internet:

-Se você estiver numa apresentação de um colega, ou numa palestra como essa. É
pouco provável que você grite do seu lugar “que palestra horrivel” “nossa, a roupa de
vocês é péssima” então por que ficam alguns se sentem tão à vontade em falar isso no
Instagram, tiktok ou outras redes?

Todos esses tipos de bullying são graves, e pesquisas mostram que o bullying é
negativo tanto pra quem sofre, quanto pra quem pratica.

 Tópico 3: Consequências do Bullying na Vida Adulta

Para quem sofreu bullying, as consequências incluem baixa autoestima, dificuldades nos
relacionamentos, ansiedade, depressão. É importante não deixar de expor pra escola, pros
seus pais ou até amigos se você estiver passando por isso.

Já os agressores podem desenvolver comportamentos violentos, problemas com abuso de


substâncias e transtornos emocionais. A partir de uma avaliação dos estudos nacionais, notou-
se que os agressores são mais frequentemente envolvidos com problemas com o sistema legal
quando são adultos, ou seja, temos desfechos negativos dos dois lados. Mesmo quem apenas
assistiu ao bullying pode ser afetado, desenvolvendo medo, insegurança e dificuldades
emocionais duradouras.

Precisamos nos esforçar para criar um ambiente que desestimule o bullying, especialmente na
sala de aula. Se você presenciar essa prática com um colega, mostre que não aprova e não
fique em silêncio. Converse com um adulto ou responsável na escola, cada ação conta para
desencorajar essa prática, vai criando cada vez mais um clima onde o bullying não é aceito,
não é bem visto. Ao adotar essas atitudes, podemos ajudar a reduzir a ocorrência de bullying e
criar um espaço mais seguro e respeitoso para todos.

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