Melanie Klein PDF
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● Pulsão de Vida e Pulsão de Morte: Para Klein, a vida psíquica é regida por duas
forças opostas. A pulsão de vida promove a integração psíquica, o crescimento e o
fortalecimento do ego, além de impulsionar as ligações afetivas e reparações.
Medo de Aniquilamento
O medo de aniquilamento surge quando as necessidades do bebê não são atendidas. A
ausência de cuidado gera uma profunda ansiedade, pois o bebê ainda não tem a capacidade de
compreender ou prever se alguém virá para cuidar dele. Esse medo está associado à sensação
de que seu próprio ser pode ser destruído ou desaparecer na ausência de atendimento de suas
necessidades básicas.
Fantasia
1. Imagem Materna
○ As crianças formam uma imagem da mãe como malvada, frequentemente
distorcida em relação à mãe real.
2. Inatos e Representativos
○ As fantasias são inatas e representam os instintos que atuam desde o
nascimento.
3. Componentes Somáticos e Psíquicos
○ Elas possuem componentes físicos e mentais, influenciando processos
pré-conscientes e conscientes, e moldando a personalidade.
4. Transformação e Desenvolvimento
○ As fantasias evoluem com o desenvolvimento e as experiências da criança,
sendo ampliadas e elaboradas ao longo do tempo.
5. Corpo Materno como Primeiro Objeto
○ O corpo da mãe é o primeiro alvo das fantasias infantis, essencial para a
descoberta do mundo externo.
Funções da Fantasia
Estímulos e Fantasias
● Qualquer estímulo percebido pela criança pode evocar fantasias, que podem ser
agressivas ou prazerosas, dependendo da natureza do estímulo.
Fantasia e Patologia
Melanie Klein afirma que as fantasias estão presentes em todas as mentes, sejam elas
normais, neuróticas, perversas ou psicóticas, independentemente da idade. No entanto, há
diferenças importantes na forma como as fantasias se manifestam em condições patológicas.
Mente Neurótica
● Definição: A projeção surge quando a criança não diferencia seu corpo do corpo
materno, percebendo-o como uma extensão de si mesma.
● Funcionamento: Através de fantasias projetivas, a criança realiza ataques simbólicos
ao objeto externo (seio materno), projetando sobre ele sentimentos agressivos e
persecutórios.
Esquizo-Paranoide
● Definição: Refere-se à organização da vida mental em torno dos 3-4 meses de vida,
onde o ego se defende da pulsão de morte com projeção e agressividade.
● Características: O ego tenta manter o "objeto ideal" dentro de si e excluir o "objeto
mau", que representa a pulsão de morte. O bebê tenta manter o seio idealizado (bom)
e evitar a aniquilação pelo seio persecutório (mau).
Patologias
Teoria da Inveja
● Definição: Pulsão agressiva inata, dirigida ao seio da mãe. A inveja ataca aspectos
bons e protetores oferecidos pelo objeto.
● Efeitos: Se a inveja é intensa, o bom não é assimilado e o indivíduo não desenvolve
gratidão.
O Ciúme
Voracidade
Gratidão
Posição Depressiva
A posição depressiva é uma fase crucial do desenvolvimento infantil, durante a qual o bebê
começa a reconhecer o objeto (geralmente a mãe) como um todo, integrando tanto os
aspectos bons quanto os maus. Essa fase ocorre entre os 4 meses e 1 ano e está associada ao
início da fase oral do desenvolvimento.
Principais Características
Progresso do Ego
Defesas Maníacas
Reparação
A reparação é a forma como o ego lida com as ansiedades da posição depressiva. Ela ocorre
quando o bebê percebe que o objeto (a mãe) retorna após ausências sentidas como perdas.
Esse processo permite ao bebê compreender que seus objetos externos são resistentes e não
destruídos.
Patologias Relacionadas
Formação do Superego
Esse superego, moldado desde a primeira introjeção do objeto, influencia todas as relações
objetais posteriores, incluindo o complexo de Édipo precoce, impactando as escolhas de
objetos libidinais e agressivos ao longo do desenvolvimento infantil.
Édipo Primitivo
O Édipo primitivo surge por volta dos seis meses de vida, coincidindo com o
desenvolvimento da posição depressiva. Nessa fase, o amor aos pais se manifesta nas fases
oral e anal do desenvolvimento, dando origem ao Édipo precoce. O bebê direciona tanto amor
quanto ódio para os pais, e seus ataques, ainda inconscientes, são dirigidos à relação entre
eles.
● Meninos:
○ Concentram seus desejos na relação sexual com a mãe e temem que o pênis
seja machucado ou removido, dando origem ao medo da castração.
● Meninas:
○ Seus desejos se voltam para o pai, e surge a ansiedade de que a mãe retaliará
esses impulsos, gerando conflitos em relação a possíveis ataques retaliadores
da mãe.
splitting
O termo "splitting" (cisão), conforme descrito por Melanie Klein, refere-se a um dos
mecanismos de defesa mais primitivos utilizados pelo ego para lidar com conflitos internos e
angústias intensas, especialmente nos estágios iniciais do desenvolvimento psíquico. A cisão
é a divisão do objeto (pessoas, coisas ou partes da própria personalidade) em partes
completamente boas ou completamente más, sem a capacidade de integrar esses aspectos
opostos em um todo coerente.
Na prática, isso significa que o indivíduo separa suas percepções e sentimentos, tratando
alguns objetos ou pessoas como inteiramente bons e outros como inteiramente maus, o que
reflete uma maneira binária e simplificada de lidar com a realidade emocional. Esse
mecanismo é particularmente ativo durante a posição esquizo-paranoide, que Klein
descreveu como uma fase inicial do desenvolvimento infantil, quando o ego ainda não é
suficientemente forte para integrar experiências contraditórias.
Exemplos de "splitting":
● Um bebê pode dividir a figura materna em uma mãe "boa", que cuida e alimenta, e
uma mãe "má", que frustra seus desejos e não está presente o tempo todo. O bebê
ainda não consegue perceber que é a mesma pessoa que tanto nutre quanto frustra.
● Um adulto, por sua vez, pode exibir splitting ao ver uma pessoa como completamente
maravilhosa quando suas necessidades são atendidas, mas, ao sentir-se desapontado,
enxergar essa mesma pessoa como completamente horrível ou traidora.
Função do Splitting:
Resolução do Splitting: