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RCA e PCA
ART OBRA / SERVIÇO Nº TO20190225016

Relatório e plano de
controle e

AMBIENTAL

NAZARÉ - TO
26 DE NOVEMBRO DE 2019

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ART OBRA / SERVIÇO Nº TO20190225016

SUMÁRIO pg.
1.IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................. 3
2.RESPONSÁVEL TÉCNICO ............................................................................................... 4
3.APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 5
4.OBJETIVO .......................................................................................................................... 6
5.CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................ 7
6.DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO
EMPREENDIMENTO ........................................................................................................ 73
7.AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ....................................................... 84
8.PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS .................................................................................................................... 98
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ............................................................................ 104
10.PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL..................................................................... 106
11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO: ........................................................................... 108
12. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS SIMPLIFICADO –
PGRSS................................................................................................................................ 111
13. PLANO DE AUTOMONITORAMENTO PARA AVICULTURA DE CORTE........ 114
14. PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE BRIGADAS DE COMBATE A INCÊNDIOS,
PRIMEIROS SOCORROS E SAÚDE OCUPACIONAL ................................................. 117
15. PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA INFLUENZA AVIÁRIA E DOENÇA DE
NEWCASTLE .................................................................................................................... 119
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 125
17. MEMORIAL FOTOGRÁFICO ................................................................................... 131

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1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

 NOME: Andreya Nonato Irene;


 CPF: 890.857.523-53;
 CNAE: 0155-5/01;
 ENDEREÇO: Fazenda Maio, BR 23, KM 26 a direita 01 Km, Zona Rural do
município de Nazaré, estado do Tocantins;
 COORDENADAS GEOGRÁFICAS: Latitude Sul (06º 24’ 26,45”) - Longitude
Oeste (47º 36’ 1,06”);
 TELEFONE: 99 98481 7290;
 ÁREA DA PROPRIEDADE: 202.12 ha;
 ÁREA EFETIVA DO GALPÃO (m2): 2.656;
 NÚMERO TOTAL DE FUNCIONÁRIOS: 01;
 TIPO DE ATIVIDADE: Avicultura de Corte.

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2. RESPONSÁVEL TÉCNICO

 NOME: Melquezedeque do Vale Nunes;


 CPF: 025.669.005-74;
 RG: 094.864.05-53 SSP-BA;
 CREA: 205064/D-TO;
 ENDEREÇO: Quadra 1203 sul, alameda 18, lote 11. Palmas - TO;
 CEP: 77.019.427;
 PROCESSO NATURATINS: PS-801524-2014;
 TELEFONE/FAX: 63-984579403;
 E-MAIL: mvneng@bol.com.br.

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3. APRESENTAÇÃO

Em atendimento ao que se preconiza a resolução COEMA 07/2005, venho


através deste, apresentar o Relatório de Controle Ambiental e o Plano de Controle
Ambiental ao Instituto Natureza do Tocantins, a fim de regularização ambiental do
empreendimento e se obter a Licença Prévia, de Instalação e Licença de Operação do
empreendimento Agropecuário - Avicultura de Corte, da Sra. Andreya Nonato Irene,
localizada na Fazenda Maio, BR 23, KM 26 a direita 01 Km, Zona Rural do município de
Nazaré, estado do Tocantins, COORDENADAS GEOGRÁFICAS: Latitude Sul (06º 24’
26,45”) - Longitude Oeste (47º 36’ 1,06”).
A propriedade possui uma área de 202.12 ha. Há no local dois galpões, duas
casas, uma composteira com duas células, totalizando uma área construída aproximada de
2.656 m².
Este documento é um instrumento de gestão ambiental, baseado nas técnicas e
legislação ambiental vigentes, com enfoque na minimização dos danos provocados ao meio
ambiente, advindos da atividade supramencionada.

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4. OBJETIVO

O Relatório de Controle Ambiental (RCA) e Plano de Controle Ambiental (PCA),


são peças Centrais, no processo de obtenção das Licenças Ambientais com fins de
regularização do empreendimento conforme Processo nº 4977-2012-M e suas devidas
pendências, no entanto este foi arrendado para a Sra. Andreya Nonato Irene mas solicita-se
que caso necessário seja utilizada as peças do referido processo ao empreendedor anterior.
Este estudo levanta informações sobre as condições ambientais atuais do local e
de seu entorno com a finalidade de identificar, visualizar e prever as futuras conseqüências
(ou impactos) ambientais, tanto adversas, como benéficas, as quais servirão de
embasamento para a equipe técnica do Instituto Natureza do Tocantins, viabilizar a
renovação do Licenciamento Ambiental de Operação do empreendimento.

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5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

5.1. DESCRIÇÃO GERAL

Devido à necessidade de produção em escala e o aumento na demanda mundial de


proteína animal, as agroindústrias vem aumentando sua capacidade produtiva, além da
construção de novas unidades de produção, e consequentemente elevação na concentração
de animais nas unidades de produção e, portanto, na região como um todo.
Segundo a diretoria de produção animal da Secretaria Estadual da Agricultura do
Estado do Tocantins - SEAGRO, apesar da crise, o estado apresentou nos últimos anos o
aumento significativo na produção de frango e insumos necessários na cadeia avícola, ao
mesmo tempo, que assimilou consideravelmente tecnologia de ponta na criação de
frangos de corte, principalmente.
Atualmente o Estado conta com 02 grandes abatedouros de aves industriais, nas
regiões centro e norte do Estado, com mais de 2.000.000 de aves alojadas por cada ciclo
de produção, que gira em torno de 60 dias, em granjas de 69 propriedades cadastradas
em órgãos de controle, espalhadas em 19 municípios tocantinenses, produzindo em regime
de integração.
Caracterização dos empreendimentos de avicultura no Tocantins.
Granjas localizadas na região do Bico do estado do Tocantins.
i. Geração de 400 empregos e 1500 indiretos;
ii. Integrados: 50 Avicultores;
iii. Aves alojadas: 1.718.000 a cada ciclo de produção (60 dias);
iv. Logística de Produção: 01 incubatório de ovos instalado em Araguaína produzindo
162.000 pintos/dia, 01 fábrica de ração instalada em Tocantinópolis produzindo
12.000 a 13.000 ton./mês e 01 abatedouro de aves com capacidade para abater
150.00 aves/dia, instalado na cidade de Aguiarnópolis;
v. Abate atual: 40.000 a 50.000 aves/dia;
vi. Comercialização: exportação e mercado interno, comercializadas abatidas e
vivas para os Estados do Pará, Maranhão e Piauí;
vii. Custo de implantação de aviário: R$150.000,00 para alojamento de 20.000

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aves, incluso casa de granjeiro, poço artesiano, e rebaixamento de energia


elétrica;
viii. Preço frango: R$ 0,70/ave (preço médio em 12 meses);
ix. Custo de produção de lote de 20.000 aves: R$ 6.000,00, incluindo parcela de
financiamento e todos os custos de uma granjada (energia, mão-de-obra,
limpeza do galpão, cama de frango, manutenção de instalações etc.);
x. Cama de frango: R$ 60,00/tonelada;
xi. Produção de ração: 3.800 ton./mês, 1.800 sacas de milho/dia durante 6 dias da
semana;
xii. Abate maio 2008 – 32.640 aves/dia ou 86,5 ton/carne/dia;
O empreendimento em epígrafe está localizado localizada na Fazenda Maio, BR
23, KM 26 a direita 01 Km, Zona Rural do município de Nazaré, estado do Tocantins,
COORDENADAS GEOGRÁFICAS: Latitude Sul (06º 24’ 26,45”) - Longitude Oeste
(47º 36’ 1,06”).
A propriedade possui uma área de 202.12 ha. Há no local dois galpões, duas
casas, uma composteira com duas células, totalizando uma área construída aproximada de
2.656 m².
Está situado na bacia do rio Tocantins, conforme mapa de bacia e sub-bacias em
anexo.
DESCRIÇÃO ÁREA m²
Área da propriedade 212.12
Área construída 2.656
Galpão 2.530
Casa 118
Compoteira 8

Na área do empreendimento, há a ocorrência Latossolo vermelho-escuro, a


topografia da área vai de relativamente plana, a ondulada, mas a declividade gira em torno
de 5% e menor que 12%.
A área destinada a atividade de avicultura é de aproximadamente 2.530 m², onde os
galpões são dispostos no sentido Leste-Oeste.
Nesta área, como exposto anteriormente, dispõe de:
- 02 galpões com (11,5m x 110m), perfazendo uma de área total de 2.530 m²

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comportando 50.000 aves.


- 01 composteira (08 m²);
- 02 residência com área total de 118 m²;
- 02 Silos;
- 01 poço artesiano.
A área de atividade ao ar livre, onde serão realizados trabalhos de acompanhamento
biométrico do plantel, depósito de lenha, preparo de insumos (vacinação), consistirá em
áreas localizadas entre os galpões.
O empreendimento conta com 01 funcionário com período de trabalho de 08 horas
diárias.
Como infraestrutura básica de apoio, o empreendimento contará ainda com energia
elétrica trifásica.
O abastecimento de água será feito através de um poço artesiano, observado as
normas ambientais vigentes (outorga de uso da água).
O acesso à área do empreendimento é feito através da BR 23, KM 26 a direita 01
Km, Zona Rural do município de Nazaré.

5.2. ARRANJO PRODUTIVO

O empreendimento terá por atividade, a criação de aves de corte em regime


fechado (avicultura de corte), utilizando 02 galpões com capacidade de alojamento para
50.000 aves. O aviário tem as dimensões de 11.5 x 110m, com área total de 2.530 m²,
caracterizado assim como grupo agropecuário e atividade de médio porte, conforme
Resolução COEMA nº 07/2005 e com regime de produção constituído de parceria entre
integrado e integradora. Sendo o produtor a qualidade de integrado e a empresa
gerenciadora/ integradora a qualidade de integradora:
a) A empresa integradora Fornece pintinhos de 01 dia, ração, medicamentos,
assistência técnica e garante a comercialização dos frangos produzidos. O integrado entra
com a Infraestrutura dos galpões, aquisições dos equipamentos, perfuração e estrutura de
um poço artesiano com bomba d’água, rebaixamento de energia elétrica com
transformador, sendo responsável pelos manejos nos aviários, do recebimento dos pintos,

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com idade de um dia, até a devolução dos frangos com 45 dias, estando prontos para o
abate e comercialização;
b) A criação de aves de corte tem seu produto desenvolvido nos galpões e busca
atender todos os preceitos ambientais. As aves ficam confinadas dentro dos galpões do
início ao término de ganho de peso, ou seja, até o dia da pega, feita por colaboradores da
integradora.
c) O trabalho dos granjeiros (um por granja) é de 45 dias por lote de aves alojadas
e esse alojamento é feito com intervalos de 15 dias entre lotes, obedecendo rigorosamente o
vazio sanitário;
d) O regime de operação do aviário começa no dia em que os pintinhos são
alojados, esse período é chamado de fase pré-inicial, que vai do 1º dia ao 12º dia de
alojamento das aves. Os mesmos são colocados em círculos de proteção com temperatura
controlada por aquecedores a lenha utilizando 1 m³ de lenha para cada 10.000 aves por
período alojado a uma temperatura de 31º C até seu 8º dia de vida. À medida que as aves
crescem os círculos são expandidos, sendo retirados os comedouros no 6º dia, juntamente
com os bebedores iniciais, os quais são substituídos pelos definitivos.
No galpão é utilizado exaustores e nebulizadores controlados por aparelho
eletrônico, bebedouros niplle e comedouros automatizados.

5.4. SISTEMA DE PRODUÇÃO

O processo inicial de criação de frangos de corte no Brasil relata França (2006),


consistia em uma grande quantidade de produtores independentes, estabelecendo relações
comerciais com empresas especializadas (fábricas de rações, incubatórios e
abatedouros). Porém, esses foram gradativamente sendo substituídos pelas grandes
empresas verticalizadas. Neste ambiente ocorreu também a emergência do sistema de
integração, a oligopolização do sistema de produção de frango e a subordinação da
propriedade rural à grande indústria.
Segundo Michels (2004), os proprietários dos aviários se caracterizam por
exercerem atividade rural de pequeno porte, num sistema denominado integração. Esse
sistema que se caracteriza por um contrato de exclusividade com a empresa/abatedouro

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do frango, no que diz respeito à venda de aves. O sistema de integração denomina o


proprietário do aviário de “integrado”, e a empresa de “integradora”.
Esse sistema foi um fator de grande relevância para o crescimento da avicultura.
Os sistemas integrados de produção podem ser entendidos como uma parceria entre a
empresa e os produtores, na qual o produtor recebe todos os insumos (pintos de até
três dias, ração, medicamentos e orientação técnica) e se encarrega da criação e engorda
das aves até a idade do abate, recebendo como pagamento um valor definido por um
índice calculado pela empresa.
Sobre o sistema de integração, Michels (2004) afirma que um dos sustentáculos da
avicultura são as integrações. Tendo sido iniciada na região Sudeste, a avicultura brasileira
experimentou notável desenvolvimento no Sul, devido à estrutura industrial já instalada,
à produção de grãos e, principalmente, ao sistema de integração. Em razão do número
acentuado de pequenas propriedades, o sistema integrado teve excepcional evolução na
região Sul.
No Brasil, houve uma progressiva verticalização do complexo avícola, com a
intensificação da integração, mediante contrato entre criadores e empresa de abate e
processamento de carnes. Michels (2004) relata que esse sistema se disseminou
largamente, em especial no Estado de Santa Catarina, estendendo-se depois para o Rio
Grande do Sul e Paraná e, posteriormente, para São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do
Sul e recentemente no Tocantins. Tais transformações na estrutura produtiva
possibilitaram a consolidação dos grandes frigoríficos do Sul e sua expansão para
outras regiões que hoje têm participação majoritária no abate de frangos no país.
Cleps Júnior e Pelegrini (2000) caracterizaram a produção integrada na região Sul
do Brasil como sendo uma atividade típica de pequenos produtores.

OS AVIÁRIOS

O aviário é um dos elos da cadeia produtiva da avicultura, e corresponde a uma


etapa de produção que é terceirizada e caracterizada pelos contratos de integração
entre os frigoríficos e proprietários rurais. É no aviário que ocorre o crescimento e a
engorda dos pintinhos, que ali chegam com três dias, e ficam até a época do abate.

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Os aviários estão sob a responsabilidade do proprietário, chamado de integrado,


que se responsabiliza, através de contrato firmado com a empresa, a construir o aviário
e fazer a instalação dos equipamentos necessários, quase sempre financiados. Além disso,
o integrado é obrigado a arcar com a manutenção e conservação dos galpões, das
instalações dos equipamentos, devendo os mesmos estarem adequados às exigências
técnicas. Também precisam bancar as despesas com água, luz, gás, com a maravalha
(cama de frango), além das despesas com mão-de-obra, dos encargos previdenciários e
trabalhistas.
A área construída dos aviários depende da quantidade de frangos a ser alojado.
Geralmente, segundo Fernandes (2004), os aviários utilizados pelas agroindústrias são
estruturas retangulares que possuem uma área construída de aproximadamente 1.200,00
a 2.400,00 m². A concentração considerada como ideal é de 12 aves por m², que são
abatidas ao redor de 36 a 45 dias de idade, com peso aproximado de 2,30 kg. Conforme
Miragliotta et al. (2002), a criação de frangos em alta densidade, alojando de 16 a 20
frangos por m², visa a um rendimento produtivo superior a 3 0 k g d e c a r n e p o r m ², o
que possibilita u m a m e l h o r relação custo/benefício para o produtor. No entanto,
prosseguem os autores, a maior quantidade de calor produzida por área eleva a
temperatura ambiente gerando estresse calórico, caso a instalação não seja corretamente
aclimatizada, o que resulta em prejuízo ao desempenho produtivo das aves.
Os aviários apresentam uma grande porta de entrada em uma extremidade e,
lateralmente, existe uma meia parede de tijolos, que é complementada até o teto por um
aramado. Esse aramado possui, na face externa, uma cortina de plástico removível,
conforme a necessidade dos animais por mais ou menos calor.
Os equipamentos básicos existentes nos aviários são os bebedouros e
comedouros (automáticos ou manuais), ventiladores, nebulizadores, aquecimento (a gás
ou a lenha), termômetros. Isso porque, a sobrevivência de frangos nos aviários exige a
adoção de cuidados intensivos sendo que a temperatura ambiente é de extrema
importância para se manter o nível de mortalidade o mais baixo possível. Qualquer
variação brusca da temperatura pode comprometer toda a criação. Em alguns aviários,
existem equipamentos automáticos com termostato, que controlam a temperatura sem a
interferência do homem. Os aviários com tecnologia mais avançada possuem paredes

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que permanecem úmidas para manter a qualidade do ambiente, entre outros recursos.
Os equipamentos e o ambiente visam oferecer ao frango de corte um local
higiênico e protegido, que não permita a entrada de predadores e que possa evitar
extremos de temperatura e umidade. Por isso, deve ser oferecido um local que permita à
ave alcançar a performance ótima em termos de taxa de crescimento, uniformidade,
eficiência alimentar e rendimento de carne, além de assegurar saúde e bem-estar das
aves, e aos seus criadores no manejo da cultura.
A higiene dentro e fora do aviário, independente do seu tamanho é importantíssima,
pois evita diversos problemas sanitários na criação. Os principais procedimentos de
manejo sanitários são:
 Manter os galpões sempre limpos e desinfetados após cada criada.
 Fazer o vazio sanitário de pelo menos 15 dias após a desinfecção do
aviário.
 Aplicar corretamente as vacinas e medicamentos necessários.
 Evitar o trânsito de pessoas e animais ao redor do aviário.
 Não guardar restos da cama do lote anterior no aviário onde se está
alojando novo lote.
 Recolher todas as aves mortas diariamente e depositá-las em fossas ou
composteiras, obedecendo, uma distância mínima de 150 metros da granja.
 Fazer o controle de insetos e roedores principalmente entre os lotes.
Guahyba (1997) considera que o objetivo dessas e de outras medidas é atingir a
performance desejada em termos de peso vivo, conversão alimentar e rendimento de
carne com desenvolvimento ótimo das funções vitais das aves, como cardiovascular,
pulmonar, desenvolvimento do esqueleto e sistema imunológico.

CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO EM AVIÁRIO

O trabalhador de aviário tem uma rotina de tarefas variadas, não permanecendo no


ambiente do aviário durante toda a jornada de trabalho. Os autores identificaram as
seguintes atividades e o respectivo tempo de realização aproximado das mesmas, no
aviário de reprodução:

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 Limpeza de comedouros: trata-se de uma tarefa realizada uma vez ao dia, com
duração aproximada de 30 minutos, onde é feita a higienização dos comedouros
das aves;
 Limpeza de aviário: atividade realizada a cada 12 meses, com duração de um dia
aproximadamente, quando é retirada a cama do aviário e higienizada;
 Revolvimento da cama do aviário: atividade realizada uma vez por semana, onde é
feita uma predisposição dos elementos da cama do aviário, com duração
aproximada de quatro horas;
 Fumigação: dispor de substâncias químicas no aviário, para manejo de pragas e
outras utilidades, tarefa semanal com duração de duas horas;
 Vacinação dos animais a cada lote.
 Retirada de aves mortas e doentes: tarefa diária, com aproximadamente dez
minutos de duração;
 Colocação de ração nas caçambas: realizada diariamente, pela manhã, para
disponibilizar posteriormente a ração nos comedouros;
 Outras atividades nas áreas externas do aviário, tais como capinagem, coleta e
corte de lenha, controle de acesso de pessoas, auxílio ao técnico da integradora na
realização de acompanhamento do desenvolvimento do plantel (biometria).
 Carregamento de aves a cada 45 dias;
Esses locais contêm amônia (proveniente do metabolismo animal), monóxido de
carbono (proveniente do aquecimento a gás), ácido sulfídrico (proveniente do esterco
líquido) e poeiras orgânicas que permanecem no ar como bioaerossóis, contendo
excrementos de aves, penas e caspa, insetos, ácaros e partes deles, além de
microrganismos como bactérias, vírus e fungos, toxinas e histamina.
Embora em quantidade menor que em serrarias, pode ainda conter pó de madeira
em suspensão, derivado da mistura do mesmo com a maravalha. A existência dessa
poeira em suspensão deve-se principalmente à viragem da cama do aviário, atividade
recomendada para aerar, aumentar a superfície de secagem e evitar aumento de
temperatura do local, que, dependendo da fase de crescimento dos animais, é realizada
até diariamente.
INSTALAÇÕES PRINCIPAIS

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A granja deve estar instalada em local tranquilo, circunscrita por cercas de segurança
para evitar o livre acesso. Deve estar rodeada por árvores não frutíferas as quais servem de
barreira de proteção às dependências do aviário.
Na Instrução Normativa n.º 04 do MAPA, estão citadas as distâncias mínimas a
serem respeitadas para a localização das granjas produtoras de frangos de corte
(denominadas de estabelecimentos avícolas de controle eventual). A recomendação da
distância mínima entre granjas é de 2.000 metros. A distância recomendada entre um
aviário e outro é de no mínimo 100 metros e entre o aviário e um abatedouro, de 5.000
metros. A critério do médico veterinário oficial, responsável pela produção, essas
distâncias mínimas podem ser alteradas em função da topografia e da existência de
barreiras naturais, tais como reflorestamentos e matas naturais nas proximidades da granja.
Na construção do aviário deve ser observado que as superfícies interiores dos
galpões permitam limpeza e desinfecção adequadas e que as aberturas como calhas e
lanternins sejam providas de telas para evitar o acesso de outros animais como pássaros,
animais silvestres e roedores.
Instalar a portaria junto à cerca que contorna a granja, em uma posição que permita
controlar a circulação de pessoas e veículos, assim como o embarque dos animais. Utilizar
a portaria como único local de acesso de pessoas à granja. Junto à portaria deve ser
instalado o escritório para controlar todos os dados gerados na granja que servirá para dar
suporte administrativo. Nesse local deve existir pelo menos um banheiro para a higiene e
troca de roupas da(s) pessoa(s) que entrar (em) na granja.

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Orientação do aviário em relação à trajetória do sol.

SOBRE O EMPREENDIMENTO

O empreendimento consiste em um sistema de integração, entre uma empresa privada


(integradora) e o produtor rural (integrado), onde a integradora dispõe os insumos, animais
e assistência ao produtor rural, e este, em contrapartida, entra com a infraestrutura e
funcionários para desenvolvimento da atividade. Este tipo de parceria visa à geração de
renda para o produtor e o abastecimento de matéria-prima à indústria.
A Empresa integradora, fornece pintinhos1 de 01 (um) dia e a ração necessária até ao
ponto de abate (45 dias) das aves, conforme a quantidade e tamanhos dos galpões
existentes na granja. O Produtor (integrado) /granjeiro é responsável pelo manejo nos
galpões, se responsabilizando por todo o processo de desenvolvimento das aves, até ao dia
da “pega” que também é de responsabilidade do integrado e da empresa integradora.
O aviário é construídos com pilares de concreto e estrutura aérea metálica de
ferragens, posicionados no sentido Leste-Oeste, cobertos com telhas de amianto, telas de
proteção no entorno das laterais contra predadores; cortinas (cor amarela) externas em
torno dos galpões com sistema de levante/rebaixamento e cortinas internas instaladas
conforme a largura e tamanho de cada aviário, estas são para reter mais a temperatura
quente que incide sobre as aves. São divididos 01 lote de 13.000 aves, período inicial
(pintinhos), com folhas de eucatex dentro do aviário. Tem instalada uma caixa d’água com
capacidade para armazenar 10.000 litros, estando instalada próxima do poço artesiano, e
um conjunto de caixas d’água de 1.000 e 500l, independente para o aviário. As tubulações
hidráulicas são de PVC de 3/4 polegadas. O aviário contempla 02 silo de 17,4 toneladas.

DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO

ORIGEM DAS AVES

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Os pintos são oriundos do incubatório da Asa Alimentos Ltda., em Araguaína, da raça Ross ou
Cobb, devidamente vacinados contra a doença Marek.

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Os pintos devem ser adquiridos de incubatórios registrados no MAPA, livres das


principais doenças, especialmente micoplasmose (Mycoplasma gallisepticum e
Mycoplasma synoviae), aspergilose e salmonelose (Salmonella pullorum, Salmonella
gallinarum, Salmonella enteritidis e Salmonella typhimurium). Os pintos devem ser
provenientes de matrizes vacinadas contra doenças como: doença de Gumboro, bronquite
infecciosa das galinhas, doença de Newcastle, encefalomielite, coriza infecciosa e varíola
aviária, capazes de transmitir imunidade à progênie.
Todos os pintos devem ser vacinados ainda no incubatório, contra a doença de
Marek.
O transporte dos pintos do incubatório, (onde são mantidos em ambiente controlado)
até o local do alojamento deve ser realizado em veículos adequados, com conforto e
buscando o bem-estar dos mesmos. Manter no aviário apenas pintos com características
saudáveis como olhos brilhantes, umbigo bem cicatrizado, tamanho e cores uniformes,
canelas lustrosas sem deformidades, com plumagem seca, macia e sem sujidades aderidas
á cloaca. Preferencialmente fazer a criação das aves separadas por sexo. Após o
alojamento dos pintos queimar imediatamente as caixas usadas no transporte.
Todos os pintos alojados nas granjas mencionadas são oriundos do incubatório da
localizado no município de Araguaína que é a responsável diretamente pelo incubatório e
transporte dos mesmos até a granja ele se encontra em conformidade com as exigências
dos órgãos responsáveis, com ótima uniformidade, de boa aparência e linhagem de produto
já comprovada (Ross ou Cobb), devidamente vacinados contra a doença Marek.

PRÉ-ALOJAMENTO

Quando as construções civis e seus equipamentos estão todos instalados e


funcionando corretamente, é a hora de se preparar o galpão para receber os pintinhos.
Inicialmente lava-se todo o galpão, tanto parte interna (inclusive equipamentos),
quanto às partes externas (lonas, silos, calçadas, etc). A lavagem é feita com água limpa
e sob pressão. A caixa de água é um equipamento do aviário, e que deve ser lavada a
cada saída do lote.

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Realiza-se a calagem do piso do aviário, ou seja, aplicar calda de cal com função de
desinfetar e formar uma película que ajuda a não deixar a cama grudar no piso quando
úmida. Utiliza 200 gramas de cal/m² de piso.
O próximo passo é cobrir o piso com um material apropriado, que no caso é casca
de arroz. Coloca-se em torno de 05 cm de altura, usando aproximadamente 8,5 a 9
toneladas no aviário. Deve sistematizar ao máximo a casca para que não atrapalhe na hora
de regulagem de comedouros e bebedouros.
Já com a casca colocada, desinfeta todo o galpão, inclusive a casca e todos os
equipamentos. A desinfecção é feita com cloreto benzalcônio (AMQ - 80), usando 1
litro de produto para cada 1000 litros de água, pulverizando cerca de 600 ml de solução
por m² de galpão (ASA Alimentos, sd). Utiliza a mesma bomba de lavagem, de pressão,
para se aplicar o cloreto benzalcônio. O uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual)
se faz necessário para o manuseio e aplicação deste produto.
Outra prática que deve ser feita antes do alojamento das aves é o controle de
cascudinhos (Alphitobios diaperinus). A empresa integradora indica o uso do produto
VETANCID, aplicando 1 Kg do produto para cada 300m² de área, aplicando 2 a 3 dias
antes do alojamento. Sua aplicação necessita de uma máquina específica, pois, sua
aplicação é em pó (pulvilhadeira). Ao colocar o produto na máquina ela deve estar com a
regulagem no zero, e no momento da aplicação colocar na regulagem cinco. O aplicador
deve ser treinado e deve estar usando obrigatoriamente o EPI. No momento e pelo
menos 48 horas após a aplicação, as lonas devem permanecer fechadas.
A instalação dos círculos de proteção é executada na área de incidência de ar quente
gerado pelo aquecedor a lenha, e onde fica o casulo. Os círculos são feitos com folhas de
Eucatex devido à boa flexibilidade da mesma. São confeccionados dois círculos que
abrigarão 13.000 aves cada. Subdividir os círculos é interessante para melhorar o
manejo dos pintos e fazer com que eles não fiquem andando muito, gastando energia.
Nos círculos, é forrada a casca, com papel semi-kraft (2- 4 folhas por círculo), com
objetivo de minimizar o contato direto do pinto que ainda é muito frágil com a casca,
que no caso pode feri-lo, e mais comumente os pintos ingerem estas partículas de casca,
dando problemas intestinais levando na maioria das vezes a morte dos pintos. Esta
cobertura da casca com este papel serve ainda para fornecer ração aos pintos, pois, é uma

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ótima forma de incentivar o consumo de ração nos primeiros dias de vida dos mesmos.
A regulagem de altura dos sistemas de bebedouros nipple e comedouros infantis
devem estar apropriados e também o nível de fornecimento de água e ração no
equipamento deve ser aferido. Os canos de aquecimentos são instalados dentro do
casulo, verificando sempre a disposição dos orifícios de saída do ar quente, nunca os
deixando direcionados diretamente para o piso. A temperatura no painel de controle
deverá estar programada para que com 28ºC, a máquina de aquecimento ligue, e com
30ºC ela se desligue. Isto para o primeiro dia.
Antes do alojamento, deve-se verificar se tudo está preparado adequadamente e
pronto para o recebimento dos pintos. Este check- up é imprescindível para evitar falhas
no alojamento, que dependendo da gravidade pode comprometer até a sanidade do lote.

MANEJO GERAL DAS AVES

ALOJAMENTO E CUIDADOS INICIAS

O alojamento preferencialmente deve ser feito logo pela manhã, para que já
durante o dia, da chegada, os pintos se adaptem ao local. Outro fator que justifica a
chegada pela manhã é pelo fato de os pintos terem o dia todo para começarem a se
alimentar e beber água, pois, muitas vezes quando o alojamento é feito ao final do dia os
pintos são alojados quando a temperatura ambiente está baixa e mesmo com
aquecimento do ambiente, estes pintos não procuram alimento e nem água, ficando apenas
“amontoados”, ou seja, se aglomeram, e muitas vezes passam todo o período da noite
sem se alimentar e ingerir água, quando isso não é interessante.
Previamente a chegada dos pintos já se faz fogo na campânula e aquece o ambiente,
deixando-o a temperatura ideal para o recebimento dos pintos. Servir ração inicial á
vontade.
Na chegada dos pintos, antes de descarregar, é necessário conferir minuciosamente
a nota fiscal e a guia de transporte, verificar ainda as linhagens e para qual galpão que
cada uma será destinada. Verificar ainda as características dos pintinhos, pois, devem
estar com boa aparência, olhos arredondados e brilhantes, penugem seca e fofa, canelas

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brilhantes e enceradas, umbigo bem cicatrizado e livre de infecções e abdômen firme.


Tais características indicam que os pintos estão saudáveis, caso contrário deve-se
comunicar imediatamente o técnico para que se avalie a sanidade dos pintos.
Como agora a vacinação de bronquite aviária está sendo ministrada no incubatório,
e não mais na granja na hora do alojamento, é feito apenas o descarregamento das
caixas, as distribuindo ao redor dos círculos de proteção. Antes de liberar os pintos no
círculo é obrigatório e necessário fazer a média de peso de chegada dos pintos pesando
em torno de 3% do lote, além disso, conferindo a quantidade de pintos por caixa (100
pintos). A média de peso é feita por aviário e também subdividida pelas linhagens
alojadas.
A liberação dos pintos no círculo deve ser cuidadosa para não ferir nenhum.
Distribuir uniformemente os pintos no casulo para evitar amontoamento e com isso a
morte dos animais.
As caixas vazias devem ser retiradas do aviário, e retirando os papeis picados que
forram as caixas. Estes devem ser queimados logo após sua retirada. As caixas já limpas
devem ser conferidas e retornadas ao incubatório pelo mesmo veículo que trouxe os
pintos.
Durante as primeiras horas após o alojamento, o acompanhamento dos pintos deve
ser constante, pois, é o período mais crítico para as aves, as quais estão conhecendo e
adaptando-se ao local. Neste período deve incentivar os pintos em beber água. Isso é
feito pegando alguns pintos e molhando o bico dos mesmos no bebedouro nipple, de
forma que os outros aprendam assim onde está a água. Da mesma forma é feito com os
comedouros, com os papeis e bandejas que estão dispostos no círculo.
II- 1º ao 14 dia.
Esta é a fase mais crítica e que necessita de maior atenção por parte do avicultor,
pois, pode-se determinar o sucesso do lote, ou seu fracasso, devido à fragilidade fisiológica
dos pintos.
O fornecimento de água deve ser continuo. Nos 04 primeiros dias o nipple deve estar
na altura dos olhos dos pintinhos, posição essa que possibilita o aprendizado do pinto
por onde encontrar água e, al ém di sso , possibilita facilidade de acesso a água. Após o
04 dias de vida o nipple pode ser regulado com altura que forme um ângulo de 45º com o

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dorso do animal.
Um fator importante que se deve atentar é a pressão da água no nipple, com
pressões baixas a ave vai ter dificuldade de retirar a gota de água do nipple, mas quando
é o inverso, com pressão elevada há desperdício de água e, além disso, vai umedecer a
faixa de cama abaixo da linha de nipple. O aconselhado é regular com pressão de 10 cm
de coluna de água no regulador de nível.
O fornecimento de ração nos 06 primeiros dias são feitos principalmente pelos
comedouros tubulares infantis, bandejas e o papel semi-kraft. A ração nos papeis e
bandejas, deve ser parcelada, em muitas vezes ao dia e sempre em poucas quantidades
para se evitar desperdícios.
Os papeis devem ser varridos pelo menos 02 vezes por dia, de forma a retirar as
partículas de casca que os pintos carregam para cima dele misturando com ração e
assim não sendo consumida pelos pintos.
Os papeis devem ser substituídos por outros novos quando se verificar que eles estão
muito úmidos devido à umidade da cama e das fezes dos pintos.
O nível de ração nos comedouros tubulares infantis, nos primeiros 0 4 dias deve
estar com o prato cheio, mas sem desperdícios, de 05 até 08 dias 3/4 do prato, e de 9 a 13
dias deixar com meio prato. A retirada dos comedouros tubulares infantis inicia com 11
dias deixando 2/3 dos comedouros, com 12 dias retira mais 1/3 e no 13º dia retira o
restante.
No 1º dia, equipa-se o casulo com círculo de proteção, comedouros tipo tubular e
bebedouros, à relação é de um comedouro e um bebedouro para cada 80 pintos e aciona o
forno para aquecer as campânulas até o 6º dia. A partir de 14º usa-se comedouros tubular
na proporção de um para cada 40 aves e bebedouros tipo pendular, sendo um para cada 80
aves. Utiliza-se 01 ventilador para lote 1.000 aves, sistema de nebulização com bomba 2
CV em todos os galpões.
O controle da temperatura ambiente é outro fator determinante no manejo inicial.
Devemos evitar mudanças bruscas de temperatura, para isso temos a possibilidade de
aquecimento nos horários frios, e manejo de cortinas e ventilação nas horas de
temperaturas elevadas. Assim, as aves são colocadas em círculos de proteção, com

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temperatura controlada, pelo uso de aquecedores a lenha (utilizando 01 m³ de lenha2 para


cada 10.000 aves por período alojada neste caso esse empreendimento 1,3 m³, por se tratar
de quatro 01 galpão com capacidade de 13.000 aves cada, a uma temperatura de 31º C até
seu 8º dia de vida. Utilizando o aquecedor de acordo com o comportamento das aves.
Ligando-o no mínimo duas horas antes da chegada dos pintos, controlando a temperatura
ambiente em 32ºC, reduzindo gradativamente em torna de 3ºC por semana, levando-se em
consideração o comportamento dos pintos e da temperatura externa, sendo que, do período
de crescimento ao abate a temperatura fica em torno de 24 e 28ºc que é o ideal para o bom
desenvolvimento das aves.
Os melhores lotes se conseguem quando as aves são criadas dentro de sua
temperatura de conforto, pois neste caso, parte da ração destinada a produção não é
desviada para perder ou ganhar calorias, há um ganho na conversão alimentar.
Temperatura ideal para as aves (zona de conforto).
Idade (em dias) Zona de
conforto
01 31 a 33 Cº
02 30 a 32 Cº
03 29 a 31 Cº
04 a 07 28 a 30 Cº
08 a 14 27 a 28 Cº
15 a 21 Cº 25 a 26 Cº
22 a 28 22 a 23 Cº
29 ao abate 21 a 22 Cº
Fonte: Adaptado de ASA Alimentos (sd).

Principalmente nos 10 primeiros dias é indispensável o acompanhamento durante a


noite também, onde, a principal atividade é cuidar propriamente da temperatura. O
funcionário deve periodicamente adicionar lenha na máquina de aquecimento para manter
a temperatura ideal no ambiente.
Para manter a temperatura nos dois galpões dentro da zona de conforto das aves, é
necessária a utilização dos ventiladores e dos nebulizadores e para o aviário climatizado
utiliza-se exaustores e nebulizadores, que são ligados sempre que a temperatura sair da
zona de conforto.

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A lenha é obtida na propriedade através do uso de árvores mortas e utilizando carvão de babaçu da Tobasa.

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A partir do 3º dia, aumenta-se gradativamente o diâmetro do círculo de proteção dos


pintinhos, cuja retirada ocorrerá em torno do 12º dia, usando-se chapa de Eucatex para
proteger os cantos do aviário. À medida que as aves crescem os círculos são expandidos,
sendo retirados os comedouros no 6º dia, juntamente com os bebedores iniciais, os quais
são substituídos pelos definitivos.
No que diz respeito à iluminação, do 1º ao 8º dia mantém-se uma iluminação
continua (artificial + luz do dia) em torno de 24 horas/dia.
Após a retirada do círculo de proteção, se fornece 22 horas de claridade às aves,
utilizando um período de 02 (duas) horas sem iluminação, para que as aves se acostumem
com a ausência de iluminação, cujo propósito é que mediante uma eventual falta de
energia, as aves estejam adaptadas à falta de iluminação.
Durante o dia as cortinas são erguidas para penetração de luz natural nos galpões,
contribuindo para economia de energia elétrica.
Como sabemos, com a respiração dos animais e com o CO² liberado pela cama,
formam-se dentro do aviário, gases pesados e que não são benéficos ao sistema
respiratórios das aves, podendo causar complicações posteriores. Para minimizar isso, é
necessário fazer renovação de ar, que nada mais é que abrir as laterais das lonas e forçar
a saída dos gases e entrada de ar novo.
O espaço dos círculos é aberto de forma a atender a necessidade dos pintos.
Inicia-se, logo no segundo dia, o aumento do círculo. Não se deve exagerar no espaço,
pois, além da idade das aves temos que levar em consideração a temperatura ambiental,
lembrando sempre que, quanto maior o espaço, maior é a dificuldade de manter o espaço
aquecido. Em modo geral, com 12 a 15 dias os pintos já estão liberados em todo o
aviário.
No 14º dia é feita a aplicação da vacina de Gumboro, com administração da
medicação Bursa-vac3, que é aplicada via água de beber e ministrada logo pela manhã.
Inicialmente, corta-se o fornecimento de água por algumas horas até que se note que as
aves já estão todas com sede, procurando os bicos do nipple. A quantidade de água, com
medicamento, oferecida deve ser suficiente para que todas as aves ingiram pelo menos
um pouco. Fornecem-se em média 25 litros para cada 1.000 aves.
3É uma vacina viva, liofilizada, originária de ovos embrionados SPF, constituída da cepa Moulthrop - G603,
do vírus da doença de Gumboro.

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Durante a vacinação deve estimular o consumo de água, andando no meio das aves
de forma que elas levantem e procurem os bebedouros. Deve-se caminhar principalmente
nas laterais, pois, onde normalmente se concentra as aves deitadas.
Ao acabar a solução de vacina da caixa, pode-se liberar imediatamente a água limpa.
III- 15º dia ao pré-abate.
Esta fase é mais tranquila, mas não menos importante. O acompanhamento do lote
deve continuar sendo feito com seriedade e profissionalismo.
Nesta etapa, normalmente o controle da temperatura já não é mais feito aquecendo
o ambiente, e sim resfriando o mesmo. O uso de ventiladores, exaustores, nebulizador e
manejo de cortina são as melhores formas de manejar a ambiência nessa fase da vida das
aves.
Para se aproveitar a ventilação natural, sempre que possível inicia-se com o manejo
das cortinas, levantando-as, permitindo a passagem da circulação natural de ar. Quando
somente esta prática não é suficiente fazemos uso de ventilação artificial por ventiladores
e exaustores. A nebulização é extremamente importante principalmente em épocas em
que a umidade relativa do ar está baixa, fazendo uso ainda de medicamentos que
melhoram a respiração das aves.
Em dias de calor intenso deve-se usar uma prática chamada de “túnel”, que consiste
em deixar as cortinas laterais suspensas, as cabeceiras abertas e todo o sistema de
ventilação e nebulização ligado. Esta é uma prática muito usada e que dá bons resultados
em dias de calor intenso.
A regulagem dos equipamentos também deve ser feita nessa etapa de criação.
A altura dos bebedouros deve ser regulada pelo menos 0 2 vezes por semana.
Devem estar em uma altura que forme um ângulo de 45º com o dorso da ave.
Da mesma forma é com os comedouros, que sua altura deve ser regulada pelo
menos duas vezes por semana, deixando a sua borda superior na altura do papo da ave.
Deve-se lembrar que o lote é misto, ou seja, constituído de aves fêmeas que são
menores e aves machos que são maiores, então, a regulagem dos bebedouros e comedouros
deve ser feita que atenda a necessidade de todas as aves, deixando os equipamentos em
alturas médias.
IV- Jejum pré-abate e carregamento das aves.

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As aves estão prontas para abate em torno de 45 dias de vida, quando elas
alcançam peso suficiente para abate, pois, a partir de certa idade e peso o ganho que a
ave vai ter, se caso ainda ficar confinada, não compensa o investimento em alimentação e
manejo, e em média o auge de crescimento e ganho de peso que viabiliza a atividade é
de 42 a 45 dias.
Algumas práticas devem ser feitas algumas horas antes do carregamento das aves
para garantir a sanidade da carcaça ao abate.
O fornecimento de ração deve ser cessado no mínimo 06 horas antes do
carregamento. O objetivo deste procedimento é esvaziar o trato digestivo, evitando que o
alimento ingerido e o material fecal contaminem as carcaças durante o processo de
evisceração. Quando as aves são submetidas a um jejum, o intestino se esvazia quase
por completo, mas permanece firme o bastante para ser submetido ao processo de
evisceração sem se romper.
A água deve ser fornecida até o momento da pega, sendo cessada apenas quando a
equipe de pega já está pronta para iniciar a pega e carregamento.
No momento da pega todos os equipamentos devem estar suspensos, para não
atrapalhar os trabalhadores e também evitar que eles possam vir a se machucar e machucar
as aves.
Durante a pega, o funcionário deve estar acompanhando tudo, verificando se a
equipe de pega está colocando o número certo de aves por caixa, fazendo a pega de
forma correta a não ferir as aves e se o índice de mortalidade não está elevado. Caso se
constate alguma irregularidade deve-se comunicar imediatamente o responsável da equipe
e o técnico responsável. Essas irregularidades, e se por ventura estiver equipamentos
danificados pela equipe de pega, estes devem ser descritos em relatório que é destinado
ao escritório central da empresa integradora.
V- Manejo de aves mortas.
A retirada das aves mortas é um trabalho que deve ser realizado diariamente. Estas
devem ser contabilizadas e levadas para a composteira onde recebem o tratamento correto.
Para determinar a taxa de mortalidade, utiliza-se uma ficha (Anexo III- Ficha de
controle de mortalidade), onde deve ser anotada diariamente a mortalidade de cada galpão
e outros dados importantes para acompanhamento do lote. Ao final do lote esses dados

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que foram coletados, principalmente a percentagem de mortos nos dará a possibilidade de


saber qual foi à viabilidade do lote.
Esta ficha deverá ao final do lote, ser devolvida ao técnico para fazer o fechamento
geral do lote e fazer as devidas avaliações a partir dos dados anotados.
Após coleta e anotação das aves mortas elas são levadas imediatamente para a
composteira onde recebem o tratamento correto. A disposição das camadas na
composteira é importante para que ocorra corretamente a decomposição das carcaças.

Formação das camadas de aves mortas na composteira


Fonte: EMBRAPA (2001), citado por Costa et al (2008).

As aves destinadas a composteira devem ser perfuradas antes de serem colocadas


na mesma, pois, este processo evita que as carcaças inchem e explodam, formando mau
cheiro e desagregando as camadas feitas.
É importante sempre manter a massa de resíduo com umidade, pois, isso favorece
a ação dos organismos degradantes das carcaças. A composteira é limpa sempre que seu
volume estiver cheio, retirando primeiro as partes mais antigas. Este resíduo é usado como
adubação para grandes culturas, hortaliças que seu fruto ou parte comestível não fica em
contato direto com o solo e frutíferas.
No caso de ocorrência de mortandade excessiva de aves, a integradora utilizar-se-á
de normas, conforme exigências sanitárias do Ministério da Agricultura, pecuária e

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abastecimento - MAPA, onde as aves deverão ser recolhidas e dispostas em valas,


impermeabilizadas com lona e uso de cal.
VI- Manejo da cama aviária (maravalha).

A casca de arroz é um material que devido suas características físicas retém muita
umidade, seja ela das excreções das aves, de derramamento dos bebedouros ou até do
próprio ambiente, e com o tempo a cama vai formando placas umedecidas que não são
desejadas. Então para garantir que a cama não forme placas devido à umidade, deve-se
mexer periodicamente toda a cama com rastelo próprio para esse trabalho. As placas que
se formarem e com o manejo adequado elas não secarem deve ser tiradas do aviário e
trocadas por casca nova.
A faixa de cama que mais sofre esse umedecimento e que por esse motivo deve
receber maior atenção é a faixa que se situa abaixo das linhas de bebedouros nipple,
devido ao derramamento de água pelas aves.
VII- Reutilização da cama (maravalha).

Optar por reutilizar a cama por mais de um lote está sendo cada vez mais
utilizada, devido à dificuldade de venda em certas épocas do ano, por não poder mais ser
utilizada como alimentação animal, sendo apenas utilizado agora como adubo orgânico e
também pelo elevado custo para adquirir a casca, devemos manejá-la de forma correta
para garantir suaqualidade física e sanitária para os próximos lotes. Normalmente
reutiliza-se a mesma cama-de-frango de 0 3 a 0 6 vezes.
O manejo correto da mesma se dá em uma sequência que garante a viabilidade
dela por mais de um lote:
- Queimar as penas de dentro e fora do galpão;
- Picotar a cama com máquina e fazer 02 leiras no sentido longitudinal do galpão;
- Colocar 3 litros de água/m² de cama;
- Deixar enleirada por 07 dias para fermentação, mantendo as lonas fechadas;
- Colocar cal no piso na proporção de 200 g/m²;
- Esparramar a cama de forma uniforme e queimar novamente os resíduos de pena;
- Colocar casca nova sobre a cama na área de alojamento dos pintinhos.
VIII- Coeficientes técnicos

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O empreendimento tem implantado 02 aviário de 11,5 x 110m, com área total de


2.530 m² e Aloja-se 50.000 aves.
No pré-alojamento é necessário fazer a descarga, transporte e sistematização da
casca em todo o aviário. É utilizado cerca de 5 kg de casca de arroz por m² de piso,
totalizando 10.500 kg de casca no aviário. Para que essas atividades sejam concluídas é
necessário em torno de 6 HH4/aviário.
No alojamento dos pintos, totaliza 50.000 pintos, ou seja, 500 caixas com 100
pintos cada. O funcionário transporta 04 caixas por vez, sendo assim é necessário 125
transporte de conjunto de caixas. O tempo que o funcionário demora em transportar as
caixas para dentro do aviário, distribuir os pintos no casulo, limpar os papeis das caixas
e devolve-las no caminhão é de 12,5 HH para cada aviário.
Para abastecer a campânula de lenha o funcionário gasta em torno de 0,16665
HH/dia, sendo que é aquecido 10 dias, gastando assim 1,6665 HH/lote.
A verificação de aves mortas no aviário é feita diariamente, gastando 0,000246305

HH/m², logo 0,72 HH.


Estes coeficientes técnicos estão descritos na abaixo.
Coeficientes técnicos/ aviário.
Descrição Und. V. unit. Qtd Total
Aviário m² 1.265 02 2.530
Densidade de alojamento Aves/m² 14 2.530 35.420
Casa dos funcionário m² 60 02 120
Descarregamento caixas Cx 04 500 125
Quantidade de viajes Monte 125 02 125
Transporte/descarga/limpeza/carre
HH - - 14.38
gamento das caixas/aviário
Abastecimento fornalha/dia HH 0,033 3 1,25
Abastecimento fornalha/lote HH 0,16665 10 1,6665
Recolhimento de aves mortas HH/m² 0,000246305 2.530 0,6231

RENOVAÇÃO DO PLANTEL

Procede-se o abate dos planteis aos 45 dias de idade das aves. Depois desse período,

4 HH – Horas Homem.

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utiliza-se o período de 15 dias de vazio sanitário e limpeza das instalações, equipamentos e


outros, quando se faz a renovação do plantel com a chegada de um novo lote de pintinhos.
O empreendimento adotou o uso de uma cama de frango para 06 lotes de aves, sendo
que após a retirada do 6º lote, a cama de frango é retirada com o auxílio de um cortador, e
após a execução desta fase, realiza-se a lavagem do aviário. Para tanto, utiliza-se o produto
desinfetante AMQ 805.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

Todos os tipos de rações são preparadas na Fábrica de Ração, localizada na Av.


Nossa Senhora de Fátima, 3447, Setor Rodagem, Município de Tocantinópolis - TO,
situada do lado esquerdo na saída para Nazaré -TO. São adquiridos todos os componentes
e homogeneizados com maquinários adequados, após o preparo são armazenadas e
distribuídas em caminhões adequados para o transporte e recebimento nos
empreendimentos avícolas integrados.

5 É um desinfetante de uso geral, de ação fungicida, bactericida e esporocida, indicado para desinfecção onde
estejam presentes os seguintes agentes microbianos: E.coli, Salmonella spp, Pseudomonas spp, Proteus spp,
Klebsiella spp, Staphylococcus spp e Streptococcus spp, Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus
fumigatus.

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Fábrica de ração em Tocantinópolis- TO.

A integradora disponibiliza uma cartilha de planejamento e execução de atividades ao


integrado, a qual apresenta passo a passo os procedimentos que devem ser adotados nos
aviários.

CARTILHA DE PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES

APÓS “O PEGA” imediatamente no dia seguinte:


- Recolher os cadáveres, destinando-os à composteira.
- Dá destino aos refugos (aproveitar se possível).
- Retirar as sobras da ração dos baldes e ensacar.
- Ligar para a Asa buscar e pesar as sobras da ração.
- Pendurar os baldes e bebedouros no arame.

PARA REAPROVEITAR A CAMA:


- Rastelar a cama.
- Passar a máquina de revirar a cama.
- Umedecer conforme a orientação técnica.
- Fazer duas leiras e deixar fermentar durante sete dias.
- Lavar os equipamentos fora do galpão.

NÃO REAPROVEITANDO A CAMA:


- Retirar a cama (dar destino longe dos galpões).
- Varrer e ensacar o que sobrou.
- Descer os baldes e bebedouros colocando-os organizados no meio do galpão.
- Descer o casulo.
- Subir as cortinas.
- Lavar o piso, telas, cortinas, cordões, válvulas e os equipamentos com bico de
pressão.
- Recolher QUALQUER resíduo que sobrar da limpeza.
- Desinfetar com o produto recomendado pela ASA.
- Colocar e esparramar a palha para a cama mais ou menos dez centímetros de
espessura.

PROCESSO PARA FAZER A CAMA:


- Queimar as penas de dentro e fora do galpão;
- Picotar a cama com máquina e fazer 02 leiras no sentido longitudinal do galpão;
- Colocar 3 litros de água/m² de cama;
- Deixar enleirada por 07 dias para fermentação, mantendo as lonas fechadas;
- Colocar cal no piso na proporção de 200 g/m²;
- Esparramar a cama de forma uniforme e queimar novamente os resíduos de pena;
- - Colocar casca nova sobre a cama na área de alojamento dos pintinhos.

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- Borrifar o remédio do cascudinho (se necessário).

FORA DO GALPÃO:
- Lavar as cortinas.
- Lavar os silos.
- Lavar as calçadas.
- Lavar as caixas d’água
i. 10.000 litros – de duas em duas granjadas.
ii. 1000 litros – toda granjada.
iii. 500 litros – toda semana na segunda feira.
- Cortar e rastelar a grama e o mato em volta da granja antes de alojar e vinte cinco
dias depois (só na frente e nos meios dos galpões).
- Podar as árvores.
- Retirar do local o resultado da poda (queimar).
- Supervisionar as cortinas e fazer os devidos reparos.
- Roçar bem embaixo a área toda dentro do cercado, bem como a frente do lado de
fora da cerca (se necessário contratar outra mão de obra).
- Fazer uma vistoria no depósito e no galpão de maneira mais detalhada se é preciso:
DESCARTE – não guardar o que não vamos utilizar (dar destino correto).
ORGANIZAÇÃO – um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar com identificação.
LIMPEZA – manter limpo não só onde nossos olhos alcançam.
HIGIENE – * lavar as mãos antes de entrar em casa quando vier do trabalho.
 Usar botinas se possível bota plástica dentro do galpão.
 Usar máscara, óculos, luvas e calça comprida quando usar a máquina de
rastelar e a roçadeira.
 Ao aplicar produto que tenha componente tóxico use botas, óculos, máscara,
luvas, calças compridas, camisa de mangas longas e boné.

PREPARAÇÃO PARA O ALOJAMENTO:


DIA 02:
1º Fazer o círculo usando seis vãos, usando eucatex. (dividir ao meio).
2º Acrescentar as válvulas para bebedouros substituindo os comedouros tradicionais dentro
do círculo.
3º Fazer as conexões com as mangueirinhas azuis.
4º Dependurar os bebedouros com as borrachinhas das válvulas interrompidas.
5º Regular os comedouros infantis no 1º pique e o adulto no 4º pique sem a proteção.
6º Testar as lâmpadas.
7º Colocara a lenha.
8º Nebulizar com formol. (ventiladores ligados).

DIA 01:
1º Abastecer com a ração granulada deixando cinco sacos em cada galpão pra ser jogado no
jornal.
Obs: os cordões dos sacos devem ir para o lixo e os sacos vazios colocado ordeiramente

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bem abertos um sobre o outro para que no final seja feito um fardo e guardado no depósito.
2º Subir as cortinas.
3º Forrar o círculo com jornais deixando uma passarela de ambos os lados, para serem
forrados logo após o alojamento.
4º Distribuir os baldes de ração.
5º Distribuir os pratinhos com ração.
6º Descer o casulo.

DIA 00:

1º Descer os bebedouros e regular a água.


2º Colocar o termômetro.
3º Ascender o forno.
Obs: a lenha deve estar em ordem e próximo ao forno para facilitar o trabalho. Agora é só
descansar e estar pronto para dar BOAS VINDAS aos nossos hóspedes. (pintinhos).

RECEBIMENTO DOS PINTINHOS:


- Seguir as orientações do técnico.

MANEJO DIÁRIO DAS GRANJAS:


DIA 01 e 02 - rodar os baldes e jogar ração no piso sempre que necessário.
DIA 03 - Abastecer com ração farelada se necessário.
DIA 04 - Retirar os jornais e os pratos (colocar de molho os pratos).
DIA 05 - Abrir círculo.
DIA 06 - Abastecer se necessário, lavar e guardar os pratos.
DIA 07 - Abrir círculo.
DIA 09 - Abrir círculo.
DIA 11 - Enrolar casulo, tirar eucatex abrir dois vãos.
DIA 12 - Treinar ventiladores.
DIA 16 - Colocar no galpão todo e nebulizar com o galpão aberto.
DIA 17 - Rastelar o casulo.
DIA 18 - Vacinar.
DIA 20 - Nebulizar com túnel.
DIA 23 - Rastelar.
DAÍ 24 - Rastelar.
DIA 29 - Rastelar.
DIA 30 - Rastelar.
DIA 36 - Rastelar.
DIA 37 - Rastelar.

OBSERVAÇÕES:
1º Lavar os bebedouros pela manhã e trocar a água às 13:00 e 17:00 horas.
2º Levar os cadáveres TODOS OS DIAS para a compostagem.
3º Manter limpo e organizado fora dos galpões.
4º Verificar TODAS AS VEZES QUE LIGAR os bicos de nebulização.

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5º Verificar SEMPRE se os baldes de ração NÃO estão molhando.


6º Seguir rigorosamente as orientações para regulagem dos bebedouros e comedouros.
7º Está atento para não desperdiçar ração. (Ração bem aproveitada significa melhores
resultados).
8º Abastecer os comedouros a partir do início da nebulização abaixo da trava de regulagem.
9º Desligar os ventiladores ao abastecer.
10º Ficar atento a programação de ração.
11º Fazer anotações de tudo que fugir do normal colocando data, hora e assinatura.

PROCESSO DAS LAVAGENS DOS BEBEDOUROS:


- Deverá ser a primeira atividade da manhã.
- Lavar com bucha e água.
- As 13:00, trocar a água.
- As 17:00, trocar a água.

PROCESSO DE ABASTECIMENTO DE RAÇÃO:


- Sempre que possível deverá ser feito pela manhã.
- Período sem nebulizar poderá abastecer balde cheio.
- Período com nebulização abastecer ração abaixo da trava de regulagem e a ração
em cima do ferro e da trava deve ser retirada pra que não molhe e desperdice.
- Enquanto está nebulizando, os baldes devem ser fiscalizados se estão molhados.
Caso a ração esteja úmida deve revolver a ração para que caia e seja consumida
rapidamente antes que forme um bolo cheio de fungos.
- Ao abastecer os ventiladores deverão estar desligados para não desperdiçar ração.
- Verificar os bicos dos nebulizadores se estão entupidos ou gotejando e concertar
imediatamente.

PROCESSO DA COMPOSTAGEM:
No final do dia as 17:30 horas mais ou menos, fazer a contagem dos cadáveres, anotar e
levar para a compostagem. Proceder assim:
 Uma camada de cama de frango.
 Uma camada de frango (um ao lado do outro).
 Uma camada de frango.
 Água pra borrifar por cima (não pode ficar seco nem úmido demais).
 Uma camada de palha de arroz por cima.

PROCESSO DA RASTELAGEM:
- Erguer os baldes e bebedouros de uma lateral e passar a máquina com cuidado e
atenção para não machucar os frangos.
- Proceder do mesmo modo do outro lado.
- Lavar a máquina assim que terminar, engraxar e guardar no depósito.

PROCESSO DE REGULAGEM DOS BALDES:


1ª regulagem – 4º pique com anel (ração pré-inicial).

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2ª regulagem – 5º pique (ração inicial).


3ª regulagem _ 6º pique (ração de crescimento).
4ª regulagem – 7º pique (ração de abate).
OBSERVAÇÃO:
Acatar as orientações técnicas caso seja recomendado regulagem for do programado, ou
caso perceber necessidade para isso.

PROCESSO DO RECEBIMENTO DA RAÇÃO:


1º Olhar a nota fiscal se a ração é a programada.
2º Conferir quantas comportas.
3º Conferir os lacres embaixo e em cima do caminhão.
4º Colocar os lacres no lixo.
5º Subir e agasalhar a ração no silo, não deixar derramar.
6º Fazer uma vistoria no caminhão se não ficou sobras de ração nas comportas e no tubo.
7º Não esquecer de fechar o silo.
8º qualquer anormalidade fazer uma anotação atrás da nota fiscal, assinar e colocar a data.

PROCESSO DA VACINAÇÃO:
1º Confirmar o dia exato com o técnico.
2º Proceder a lavagem normal dos bebedouros.
3º Erguer os bebedouros.
4º Retirar a sobra da água.
5º Dar um período de mais ou menos 30 minutos de sede.
6º Preparar a vacina conforme orientação técnica.
7º Descer os bebedouros e estimular o consumo rapidamente.

PROCESSO “DO PEGA”:


1º Saber com certeza o dia “do pega”.
2º Regular a quantidade pedida de ração para não sobrar muito.
3º Abastecer os baldes apenas com o suficiente.
4º Retirar os baldes de acordo com a orientação técnica.
5º Retirar os bebedouros quando a equipe começarem a arrumar os ferros.
6º Desligar o nebulizador.
7º Cuidar para que mangueiras e cordões não fiquem soltos, podendo quebrar as hélices do
ventilador.

PROCESSO NA FALTA DE ENERGIA:


1º Ligue IMEDIATAMENTE no fone 0800 6464 196.
2º Comunique a falta de energia e peça para fazer anotação de que se trata de uma granja de
aves e que pode haver perdas, caso demore no restabelecimento da energia.
3º Informe o número da UC (Unidade Consumidora) Ex.: 3351831.
4º Informe a localização da Unidade Consumidora.
5º Peça o número do protocolo da reclamação e anote assim:
Protocolo nº ________________
Nome do

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atendente____________________________________________________________
Dia: _______________
Hora: _____________________
6º Ligue em seguida para o agente da Celtins de Tocantinópolis e o informe da urgência do
atendimento.
Fone da Celtins:
Celular:
Fonte: Avinto – Associação dos avicultores do norte do Tocantins.

MÁQUINAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

O empreendimento (02 aviários) possui máquinas e equipamentos:


Descrição Unidade
Sistema de Nebulização
Bicos Nebulizadores un

Sistema de Aquecimento
Chapas de Eucatex 2,40 x 0,60 un
Aquecedor a lenha un

Silos e Comedouros
Silo, fundo cônico, 17 ton. un
Comedouro Tub. Infantil, cap. 4kg c/ane un
Comedouro Tub. Adulto, cap. 20kg c/ane un

Bebedouros
Bebedouros Infantis un
Bebedouros Tubular Adulto

Outros Equipamentos
Carrinhos 3 rodas p/ tranp. ração un
Concha p/ abastecimento de ração un
Rastelo Removedor c/ 5 hastes un
Pulverizador costal 20 un
Caixa d’água un
Conjunto gerador un
Cortador de cama de frango un
Ventiladores un
Bomba un
Recipientes para lixo. un
Mangueira. un
Vassoura. un

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Pá. un
Carrinho de mão. un
Balde para lavara os bebedouros un
Botijão de gás un
Balança un
Carreta para transporte de lenha un
Trator. un

MANEJO DA ÁGUA

A água a ser utilizada no empreendimento será oriunda de poço, perfurado próximo


aos galpões. A água deverá ser fornecida a vontade, potável e submetida, periodicamente a
um exame físico químico e bacteriológico. As unidades de armazenamento principal e
auxiliar devem ser lavadas no mínimo duas vezes por ano.
Os bebedouros deverão ser lavados diariamente pela manhã e a tarde a água dos
bebedouros é substituída. O desperdício de água deverá ser mínimo, somente quando os
galpões são esvaziados, no final do 6º lote, há a desinfecção destes, com o uso do
desinfetante AMQ 80.

FICHAS DE CONTROLE
Toda a atividade será acompanhada através do uso de fichas de controle, nas quais
são lançados os fatos relevantes de ordem técnica e econômica, ocorridos durante o
processo de desenvolvimento do plantel, que permitam o aperfeiçoamento e maior
lucratividade na exploração, sendo observados:
 Número de aves no lote;
 Data de chegada e procedência das aves;
 Consumo diário de ração;
 Mortandade diária de aves e possíveis causas;
 Calendário de vacinações;
 Ocorrências diárias do plantel;
 Peso semanal das aves;
 Cálculo de conversão alimentar;
 Taxa de mortalidade (%).

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LIMPEZA DO AVIÁRIO

1- Biossegurança.
Dentro de qualquer que seja a atividade produtiva, a biossegurança é um aspecto
indispensavelmente para o bom andamento da produção.
Existem várias definições para o termo biosseguridade ou biossegurança:
Sesti (1999) cita que o termo biosseguridade é uma palavra relativamente nova em
nosso vocabulário e é encontrada em muito poucos dicionários. Em seu sentido geral ela
significa o estabelecimento de um nível de segurança para seres vivos por intermédio da
diminuição do risco de ocorrência de enfermidades agudas e/ou crônicas em uma
determinada população.
De acordo com Santos (1999), biossegurança ou biosseguridade é simplesmente o
conjunto de programas e medidas delineadas com o objetivo fundamental de diminuir, de
maneira significativa, a inevitável exposição dos animais a agentes infecciosos e predadores
naturais.
Já segundo Ristow (1998), o termo biossegurança é um termo técnico que define a
proteção contra organismos vivos, geralmente causadores de efeitos maléficos para a
produção animal.
2- Vazio sanitário.
Considera-se vazio sanitário, o período em que a instalação permanece sem a
presença das aves, e os processos de limpeza e desinfecção das instalações e
equipamentos estão sendo realizados. O tempo de vazio sanitário varia com o tipo de
criação, status sanitário da propriedade e a programação dos novos lotes.
O vazio sanitário, juntamente com o programa de limpeza e desinfecção permite a
destruição de certos organismos não atingidos pela desinfecção, mas que se tornam
sensíveis a ação dos agentes físicos naturais como: aumento da temperatura, ventilação e
incidência de sol, permitindo a secagem das instalações.
Resultados de experimentos realizados em uma integração de frangos de corte
americana, demonstram a relação existente entre o período de vazio sanitário entre lotes e
índices zootécnicos de Ganho de Peso Diário. O vazio sanitário entre 15 a 21 dias

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proporciona os melhores resultados, e a partir dos 21 dias o acréscimo de resultado já se


torna insatisfatório em relação ao tempo parado da instalação.
- Assepsia das instalações.
1. Medidas Gerais:
a) Após a retirada do plantel, promover a remoção dos equipamentos utilizados e
procede à lavagem e desinfecção e secagem fora dos galpões. Os pisos as paredes e
as telas dos galpões são varridos e as cortinas levantadas e lavadas com água sob
pressão e é feita a pulverização de todos os galpões com desinfetante adequado;
b) Remove se a cama de frango e sendo armazenada em sacos de fibra, transportando-
as em caminhão com proteção (lona), se caso acontecer alguma eventualidade;
c) Deixa os galpões, devidamente limpos, desinfetados e fechados por um período de
no mínimo 09 dias;
d) Faz periodicamente, exame bacteriológico da água utilizada nos bebedouros;
e) Combate-se de forma sistemática os ratos e evitando-os. Com telas de contenção,
evita-se a penetração de pássaros e predadores que venha interferir no ciclo de
criação das aves;
f) Usa-se pedilúvio, na entrada dos galpões, constituído de espuma de borracha,
embebido em uma solução desinfetante;
g) O tratador usa calçado e roupa exclusiva para o movimento dentro dos galpões e
trabalham com lotes sempre da mesma idade;
h) A granja é isolada fisicamente de outras criações. Os tratadores são restritos aos
galpões com aves de uma só idade, não permitindo transito entre núcleos com aves
de idades diferentes;
i) Há o controle de trafego dos veículos que fazem a pega dos frangos, desinfecção
das caixas de transporte das aves, antes de entrarem na granja, evitando a
disseminação de doenças vindas de fora;
j) Evita-se rigorosamente a superlotação dos galpões, ventilação deficiente, falta de
higiene e umidade excessiva, as quais predispõem as aves às doenças como
coccidiose, coriza infecciosa e outras;
k) As aves mortas são colocadas em composteiras, com o objetivo de evitar que
doenças se propaguem com maior rapidez por toda a granja se caso houver;

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l) Frequentemente se limpa em torno dos galpões, desinfetando-os de dois a três


metros em torno da calçada de proteção.

2. Medidas Específicas para cada granja:


a) Controle de Gumboro.
- No período de 14 dias, é administrada a medicação Bursa-vac6, vacina contra a
doença de Gumboro, por via água/bebedouro;
- A água utilizada na vacinação não é clorada, é adicionada na mesma: 60 gramas de
leite em pó desnatado, 1.000 doses de vacinas, que são diluídas em 20 litros de água.
Este procedimento dá mais longevidade á vacina.
b) Controle de Coccidiose.
- Usar ração contendo coccidiostáticos e, no surgimento da doença, identifica-se o
agente através de diagnostico laboratorial.

3. Uso de Agrotóxicos.
Neste empreendimento não haverá consumo de agrotóxicos, nem antes, durante e após a
retirada dos planteis.
4. Casca de Arroz.
Caracterização e qualificação
A casca de arroz utilizada como cama de frango na primeira alojada é ensacada
(sacos de fibras), e chegam ao empreendimento em caminhões graneleiros e são
acondicionados dentro dos galpões, onde são desinfetados todos os sacos de palha com
uma solução a base de formaldeído na forma de pó, obedecendo ao vazio sanitário.
FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO

6É uma vacina viva, liofilizada, originária de ovos embrionados SPF, constituída da cepa Moulthrop - G603,
do vírus da doença de Gumboro.

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Limpeza das instalações/


equipamentos

Distribuição da casca de arroz

Distribuição da ração e Aquecimento dos círculos


Construção dos círculos de proteção
água (Ligar aquecedor)

Recepção dos pintinhos

Limpeza dos bebedouros/


Monitoramento das aves comedouros
Vacinação
Execução da iluminação
noturna do aviário
Ampliação dos círculos de
proteção
Recolhimento de aves
Controle da temperatura
mortas

Realização do programa de
Composteira
acompanhamento biométrico

Controle da temperatura
Uso de ventiladores, exaustores,
Recolhimento de aves nebulizadores e manejo das
mortas cortinas

Composteira
Realização do programa de
acompanhamento biométrico

Destinação da maravalha
Saída das aves (realização do (cama de frango):
Recolhimento de aves
“pega”) - Uso na propriedade
mortas
- Comercialização

Composteira Realização do “vazio sanitário” (Final do 6º lote)


Curtimento e recolhimento
da maravalha (cama de
(Reuso (06 lotes)) frango)
Manejo do composto das
Manejo da maravalha (cama composteiras
de frango) Limpeza e desinfecção dos
aviários
(produção de efluentes)
Controle químico de vetores Calagem/Distribuição da
(cascudinho) maravalha
Sistema de tratamento de
efluentes

Limpeza de instalações/ Reinício de todo o


equipamento processo

INSUMOS, PRODUTOS E SUBPRODUTOS

RAÇÕES

As rações utilizadas durante o processo produtivo da avicultura serão depositadas em


silos, devidamente protegidos contra ferrugens, predadores e fenômenos climáticos, e
serão dispostas à vontade para as aves. O tipo de ração a ser fornecida é determinado pela

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empresa integradora, que se responsabilizará por qualidade, entrega da ração na quantidade


e período adequado, alternando-a conforme o período de desenvolvimento das aves,
consistindo em:
 Ração pré-inicial = 1 – 7 dias;
 Ração inicial = 08 – 21 dias;
 Ração de crescimento = 22 – 39 dias;
 Ração de abate = 40 dias até o abate.
Composição Básica utilizadas na fabricação das rações, conforme as fases do ciclo
de criação:
1- Ração Pré-inicial para frango de corte.
Indicada para aves de 01 a 07 dias de idade, servida direto no comedouro à
vontade.
Composição Básica: Calcário calcítico, farelo de soja integral (grão tostados),
farinha de carne e ossos, lisina, metionina, milho integral moído, treonína, cloreto
de sódio (sal comum), premix mineral, premix vitamínico, aminoácido e
bicarbonato de sódio.
2- Ração Inicial para frango de corte.
Indicada para aves de 08 a 21 dias de idade, servida direto no comedouro à
vontade.
Composição Básica: Calcário calcítico, farelo de soja integral (grão tostados),
farinha de carne e ossos, lisina, metionina, milho integral moído, treonína, cloreto
de sódio (sal comum), premix mineral, premix vitamínico, aminoácido e
bicarbonato de sódio.
3- Ração Crescimento para frango de corte.
Indicada para aves de 22 a 39 dias de idade, servida direto no comedouro à
vontade.
Composição Básica: Calcário calcítico, farelo de soja integral (grão tostados),
farinha de carne e ossos, lisina, metionina hidroxi análogo (líquida), milho
integral moído, treonína, cloreto de sódio (sal comum), premix mineral, premix
vitamínico, aminoácido e metionina.
4- Ração final para frango de corte.

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Indicada para aves de 40 dias de idade até o abate, servida direto no comedouro à
vontade.
Composição Básica: Calcário calcítico, farelo de soja integral (grão tostados),
farinha de carne e ossos, lisina, metionina DL hidroxi análogo (líquida), milho
integral moído, treonína, bicarbonato de sódio, cloreto de sódio (sal comum),
premix mineral, premix vitamínico e aminoácido.
Conservar as rações em locais seco, ventilado e ao abrigo da luz.
As tabelas abaixo apresentam a estimativa de conversão alimentar, conforme a idade
das aves, bem como informações nutricionais da ração, de acordo com o período de
desenvolvimento das aves.
Tabela de conversão alimentar (em gramas).
GANHO GANHO CONSUMO CONSUMO CONVERSÃO
IDADE PESO
PESO DIA PESO MÉDIO DIA DIÁRIO ACUMULADO ALIMENTAR

1 49 6,5 12
2 59 10,9 29,7 14
3 75 15,2 24,9 18
4 94 19,4 23,5 22
5 117 23,3 23,4 26
6 144 27,2 24,1 30
7 176 31,1 25,1 34 155,5 0,885
8 208 32,3 26,0 40 195,5 0,941
9 242 34,5 26,9 45 240 0,991
10 278 36,2 27,8 48 288 1,034
11 316 38,0 28,8 53 341 1,078
12 358 41,5 29,8 57 398 1,112
13 402 44,5 31,0 63 460,5 1,145
14 449 46,9 32,1 69 529 1,178
15 498 48,8 33,2 76 605 1,215
16 549 50,6 34,3 81 687 1,252
17 601 52,6 35,4 86 773 1,286
18 656 55,4 36,5 90 863 1,314
19 714 57,5 37,6 94 956 1,339
20 774 59,8 38,7 98 1054 1,362
21 835 61,3 39,8 103 1157 1,385
22 900 65,5 40,9 108 1265 1,404
23 969 68,8 42,1 113 1378 1,421
24 1041 72,2 43,4 118 1496 1,436
25 1118 76,6 44,7 122 1618 1,447
26 1198 79,6 46,1 126 1744 1,456
27 1279 81,8 47,4 132 1876 1,466

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28 1363 83,3 48,7 136 2012 1,476


29 1446 83,7 49,9 140 2152 1,488
30 1530 83,4 51,0 145 2297 1,501
31 1613 83,5 52,0 150 2447 1,517
32 1697 83,6 53,0 154 2602 1,533
33 1780 83,2 53,9 158 2760 1,550
34 1863 82,6 54,8 163 2923 1,569
35 1945 82,4 55,6 166 3089 1,588
36 2027 82,0 56,3 171 3260 1,608
37 2109 81,8 57,0 175 3435 1,629
38 2190 80,9 57,6 179 3614 1,650
39 2270 79,9 58,2 181 3795 1,672
40 2349 79,3 58,7 184 3979 1,694
41 2428 78,5 59,2 186 4165 1,716
42 2506 78,3 59,7 188 4353 1,737
43 2583 77,4 60,1 188 4540 1,758
44 2661 77,7 60,5 188 4728 1,777
45 2739 77,5 60,9 188 4916 1,795
46 2816 77,4 61,2 188 5104 1,812
47 2893 77,2 61,6 188 5291 1,829
48 2970 77,0 61,9 188 5479 1,845
49 3047 77,0 62,2 188 5667 1,860
Fonte: Asa Norte Alimentos Ltda.

Nutrientes das rações conforme fases de desenvolvimento do plantel.

FASES
PRÉ-INICIAL INICIAL ENGORDA ACABAMENTO
NUTRIENTES 0 a 03 semanas 03 a 05 05 a 07 07 semanas +
semanas semanas
Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo
Kcal – E.M./Kg 2980 2990 3120 3160 3180 3230 3250 3290
% Proteína pura 22,00 24,00 20,00 22,00 19,00 21,00 18,00 20,00
% Cálcio 1,00 1,00 1,00 1,00 0,98 1,00 0,94 1,00
% Fósforo 0,45 0,50 0,45 0,47 0,42 0,45 0,40 0,45
disponível
% Sódio 0,20 0,24 0,20 0,25 0,20 0,25 0,20 0,25
% Cloro 0,20 0,30 0,20 0,30 0,20 0,30 0,20 0,30
% Arginina 1,30 1,18 1,12 1,00
% Lisina 1,20 1,08 1,03 0,91
% Metionina 0,50 0,46 0,43 0,42
% Metionina + 0,95 0,90 0,85 0,80
Cistina
% Triptofano 0,23 0,20 0,18 0,17
% Treonina 0,81 0,72 0,69 0,66

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Vitaminas adicionadas por tonelada métrica


Vitamina A - UI
8,82 8,00 7,20 6,40
(milhões)
Vitamina D3 - UI
3,00 2,80 2,52 2,24
(milhões)
Vitamina E - UI
22,00 20,00 18,00 16,00
(mil)
Vitamina K3 - (g) 1,65 1,50 1,35 1,20
Vitamina B12 -
14,33 13,00 11,70 10,40
(mg)
Riboflavina - (g) 7,72 7,00 6,30 5,56
Niacina - (g) 48,51 44,00 39,60 35,20
Ácido pantoténico -
12,13 11,00 9,90 8,80
(g)
Ácido fólico - (g) 1,00 0,90 0,81 0,72
Tiamina - (g) 2,21 2,00 1,80 1,60
Piridoxina - (g) 2,21 2,00 1,80 1,60
Colina - (g) 660,0 600,0 540,0 480,0
0 0 0 0
Biotina - (g) 0,15 0,14 0,13 0,11
Minerais adicionados por tonelada métrica
Iodo - (g) 0,75 0,68 0,61 0,54
Cobre -(g) 3,00 2,73 2,46 2,18
Ferro - (g) 30,00 27,25 24,53 21,80
Magnésio - (g) 100,0 90,00 81,00 72,00
0
Zinco - (g) 80,00 72,50 65,25 58,00
Selênio - (g) 0,30 0,27 0,24 0,22
Usar minerais em forma de sulfato em luxo de óxido
Fonte: Asa Norte Alimentos Ltda.
O consumo total de ração por ave é entorno de 4,7 Kg, sendo 0,1 Kg em pré-inicial,
0,3 Kg em inicial, 0,9 Kg em inicial II, 2,4 Kg em crescimento e 1,0 Kg em final (abate).
Ressaltando que as rações não consumidas são recolhidas e destinadas à fábrica de
ração da integradora, localizada no município de Tocantinópolis. O recolhimento é feito
pelo mesmo transporte que faz o abastecimento dos silos, o qual é responsabilidade da
integradora.

Tabela 5 – Consumo de ração.


Consumo de ração (ton./aviário -

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13.000 aves)
Ciclo (45 Ciclos ano
Diário
dias) (270 dias)
3,13 141 846
Considerando 45 dias (abate final)

VACINAS E PRODUTOS DE ASSEPSIA DAS INSTALAÇÕES

1- Vacinas

As vacinas utilizadas no empreendimento resume-se a administração da vacina para


a doença de Gumboro, a Poulvac Bursa F, do laboratório Fort Dodge (Anexo IV). Cada
frasco de vacina possui 1.000 doses, sendo, portanto, necessários 13 frascos pra vacinação
do lote de cada aviário. Assim, durante um lote de 45 dias, ou seja, acomodação de 50.000
aves, são necessários 50 frascos, o que totaliza 300 frascos ao ano.
2- Produtos de assepsia.

Os produtos de assepsia indicados pela integradora, para fazer a assepsia dos aviários
e limpeza de bebedouros, é o desinfetante AMQ 80, DES-FAR Laboratórios Ltda. Para
realização da assepsia, recomenda-se a diluição de 1 litro do produto para cada 1.000 litros
de água.
Considerando 0,5 cm de lâmina d’água/m², ou seja, 0,005 m³/m², cerca de 10,5 m³/
aviário. Mediante este volume, o uso do AMQ 80 é de 11 frascos/ aviário. Sendo que o
empreendimento possui 01 aviário e a assepsia é feita no final do 06º ciclo, quando se
retira a maravalha, temos que anualmente há o uso de 10,5 m³ de solução.
Outro produto utilizado no empreendimento é a cal, aplicada quando do processo de
formação da cama, sendo utilizada na proporção de 200 g de cal/m², assim, em cada
aviário é utilizada aproximadamente 220 kg de cal.
A sacaria de cal é guardada e utilizada para embalar a cama de frango decomposta.
Os resíduos anteriormente citados, exceto a sacaria de cal, devem ter por destinação
final as dependências da integradora, localizada na cidade de Tocantinópolis - TO. Estas
embalagens deverão ser acondicionadas em sacos plásticos, e remetidas à integradora.
No que tange aos resíduos sólidos domésticos, produzidos nas unidades residenciais

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do empreendimento e propriedade, são recolhidos e queimados. Os resíduos orgânicos são


enterrados, como medida de biossegurança.
Ressaltando que durante o processo de manejo dos pintinhos, os papéis das caixas
onde estavam os pintinhos, durante o transporte do incubatório para os aviários, são
queimados, conforme recomendação da integradora, bem como os jornais utilizados como
forragem dos círculos de aquecimento.
3- Produtos de tratamento d’água
Como produto para tratamento d’água a ser disponibilizada aos aviários, utilizar-se-á
o produto Neoclor, embalagem de 01 kg, que consiste em tabletes de tricloro estabilizado,
sendo que é utilizado 01 tablete/aviário, a cada 05 dias, totalizando 05 tabletes a cada 45
dias/ aviário, sendo que anualmente utilizar-se-á 30 tabletes.
4- Controle de proliferação de moscas e roedores.

I. Medidas de controle mecânico:


A criação de moscas pode ser evitada pela compostagem de cama e dos cascões de
esterco úmido, além das carcaças. Amontoar a cama retirada do aviário e os cascões, até
1,50m de altura, mantendo o material coberto, com lona plástica, ou isolado com camada
de palhada seca ou terra, durante 30 a 45 dias (quando estiver muito seca deve-se
umedecer). Nesse período ocorrerá à fermentação com elevação da temperatura e
destruição das larvas e os resíduos estarão prontos para serem usados como adubo.
Bem como do roço do gramado que circunda o aviário, para evitar proliferação de
insetos.
II. Medidas de controle biológico:

Em avicultura de corte as próprias aves fazem o controle biológico das moscas


dentro do galpão. O problema de criação de moscas ocorre quando a cama/cascões é
retirada e amontoada sem os cuidados devidos. Nesse caso os predadores naturais
(tesourinhas, ácaros) ajudam a destruir parte das larvas que se criam após o umedecimento
dos resíduos pela chuva.
III. Medidas de controle químico:

No controle químico, o uso de produtos adulticidas (que matam moscas adultas)


deve se limitar a aplicações nos locais onde a presença de moscas é totalmente indesejável,

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pois o efeito desse método de controle é temporário. Os adulticidas não devem ser
aplicados sobre a cama ou os cascões por causarem a morte de predadores, desequilibrando
ainda mais esse sistema.
As aves mortas podem ser um foco de produção de moscas varejeiras. Para evitar
esse problema, as carcaças também devem ser trabalhadas em compostagem ou em fossas;
o adubo obtido pela compostagem das carcaças só deve ser utilizado em áreas de
reflorestamento e de jardinagem.
O uso de fossa depende da profundidade do solo da propriedade e de licença do
órgão de meio ambiente. Na fossa não se usam desinfetantes por prejudicarem o processo
de decomposição por destruição das bactérias e fungos que atuam sobre as carcaças e,
enquanto estiverem ativos os desinfetantes, o processo de decomposição ficará parado
retardando a reutilização e em consequência novas fossas terão que ser abertas. O controle
dos maus odores pode ser feito com o uso de tampa de zinco galvanizado com canaleta de
isolamento, contendo óleo queimado.
a) Cascudinhos e Roedores

Para controle do cascudinho a integradora recomenda ao integrado o uso do produto


Vetancid pó, um inseticida piretróide de ação repelente, formulado com óleo mineral e
carrier transportador. Controla os cascudinhos em aviários. Ação lenta e sem
residualidade. O produto é usado na proporção de 01 kg de produto/3.000 aves, assim, em
um lote de 13.000 animais, o uso do Vetancid pó é de aproximadamente 4,3 kg.
Aliado a este produto há as seguintes recomendações:
Para reduzir a população de cascudinhos pela compostagem da cama dentro do
galpão, entre os lotes, é necessário abrir espaço para os círculos de proteção e amontoar o
restante da cama em pilhas ou em leiras de até 1,50m de altura no período da manutenção
do círculo. Espalhar a cama compostada na véspera da retirada do círculo. Usar inseticida
somente se a população de cascudinhos crescer a ponto de se visualizar os insetos na cama
entre os comedouros (e não só debaixo deles) o que indica alta infestação. Aplicar o
produto indicado pelo técnico, no intervalo entre lotes, como parte das ações de limpeza e
desinfeção do galpão, aplicando o mesmo tão logo tenham sido retiradas as aves e
suspensos os comedouros, evitando a dispersão dos insetos para outros galpões, tratando-se
as áreas junto às paredes, colunas, depósito de ração, etc.

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Os roedores devem ser controlados por meio de limpeza dos arredores dos galpões
com a retirada de entulhos, manutenção da vegetação rasteira e pela organização constante
do ambiente, em especial da área de manutenção da ração, além do uso de raticidas com
acompanhamento técnico.
- incinerar ou enterrar as aves mortas em fossas sépticas ou utilizar compostagem;
- a cama nos círculos de proteção ou na área correspondente ao pinteiro deve ser
nova. No restante do aviário, caso a cama seja reutilizada, faze-lo após enleiramento e
repouso por pelo menos 07 dias, desde que o lote anterior não tenha sofrido doenças
infecciosas;
- comunicar às autoridades sanitárias qualquer evento de alta mortalidade aguda no
plantel, especialmente quando este não puder ser relacionado diretamente a falhas de
manejo;
- transportar os frangos somente com o respectivo Guia de Trânsito Animal (GTA) a
ser preenchido por um médico veterinário credenciado;
- manter uma ficha com informações sobre a data de alojamento, o número de aves
alojadas, a especificação das vacinas realizadas, medicamentos administrados e a
mortalidade diária do lote.

AVES MORTAS E MAVALHA (CAMA DE FRANGO)

I. Aves mortas

As aves mortas, durante o processo produtivo do empreendimento, serão recolhidas e


dispostas em composteiras. Considerando que a taxa de mortalidade nos aviários do
empreendimento é de aproximadamente de 3%, tem-se uma mortandade de 1500 aves/
ciclo, e anualmente uma mortandade de 9000 aves.

II. Maravalha (cama de frango)

A maravalha (cama de frango) é constituída de casca de arroz, a qual é utilizada na


proporção de 0,5 kg/ave, perfazendo 6500 kg/ aviário, excremento de aves, restos de ração
e penas. No que diz respeito ao uso de casca de arroz, a quantidade é de arroz utilizada nos
aviário é de 10.500 kg.

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A remoção da maravalha se dá no fim dos 06 ciclos, ou seja, há reaproveitamento


desta, a qual é utilizada para acomodação de 06 lotes de aves/aviário. Ressaltando que
durante este período existem certos cuidados a serem tomados, conforme exposto no item
“reaproveitamento da cama de frango”.
A tabela abaixo apresenta a produção de dejetos/1.000 aves (ton.), a qual é
incorporada ao volume de casca de arroz disposta no aviário.
Produção de esterco por frangos de corte, em seis lotes sobre cama de palha de arroz ou
madeira.
Ave Umidade (%) Idade Produção de dejetos por 1.000
(dias) Cabeças (tonelada)

Frango de Corte 20 42 – 49 2,0

Fonte: Adaptado de ASA Alimentos (sd).

Levando em consideração o nível de umidade dos dejetos apresentados pela tabela


acima, temos que o volume total de dejetos, excetuando a umidade, é de 1,6 ton./1.000
aves, assim, em um aviário contendo 50.000 aves, temos a produção de 75 toneladas de
dejetos. Considerando que a disposição de casca de arroz é de 10,5 toneladas/aviário, a
produção total de maravalha, no final de 06 ciclos, é de 126 tonelada/aviário ao ano.
Lembrando que o empreendimento possui 02 aviários, de tal modo, que a produção total
de maravalha pelo empreendimento/ano é de 126 toneladas/ano.
a. Armazenagem da maravalha (cama de frango).
Após o fim do 06º ciclo, a maravalha (cama de frango) passa por um processo de
curtição, dentro do aviário, durante um período de 06 dias, terminado este período, é
ensacada e tem por destinação final a venda a agricultores ou armazenada em um galpão
na propriedade.
III. Composteira de aves
Para destinação das carcaças das aves mortas optou-se pelo processo de
compostagem. Para isso foi dimensionada e projetada uma composteira também na forma
de células. A composteira será locada próxima aos aviários de forma a facilitar o manejo.
A composteira é de grande importância no manejo das aves mortas no decorrer do

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desenvolvimento do lote. Esta instalação é uma tecnologia de baixo custo, mas, sobretudo,
de comprovada eficiência como forma de dispor adequadamente, no ambiente, a
mortalidade diária que ocorre em galpões de frango de corte (Zanella, 1999).
O local para fazer a compostagem, deve ser de fácil acesso, próximo do local de
produção dos resíduos, não alagadiço, plano, isolado de animais domésticos ou silvestres
(cães, gatos, gambás, graxains etc.), com facilidade para o controle de moscas e roedores.
A composteira nada mais é que um compartimento com paredes de alvenaria ou
madeira, coberto para evitar a entrada de água da chuva, com piso de concreto ou chão
batido.
Pra e Maronezi (2005) propõe uma metodologia para a disposição das camadas para
compostagem de carcaças de aves:
1º Camada: Maravalha ou casca de arroz nova, 10 cm de espessura.
2º Camada: Carcaças de Aves, máximo 15 cm de espessura.
3º Camada: Cobrir as carcaças com cama de frangos de forma que as aves não fiquem
expostas.
4º Camada: Maravalha ou casca de arroz nova, 10 cm de espessura.
Pra e Maronezi (2005) lembra ainda que esta sequência deverá ser feita até o
enchimento total da câmara (1,2 metros de altura), deve-se deixar um espaço mínimo de 10
cm entre as paredes da câmara e os resíduos (carcaças de aves), este local deve ser
preenchido com cama de aviário. A 4ª camada tem por objetivo aerar o processo para que o
mesmo não se torne anaeróbio. Para o fechamento da câmara (borda superior) utilizar uma
camada de 10 cm de areia ou terra de mato. A abertura da compostagem poderá ocorrer
após 60 dias do fechamento da câmara.
Algumas condições especiais são necessárias para a correta compostagem das
carcaças das aves, Reis et al (2004) citado por Pra e Maronezi (2005) explica essas
condições:
- Temperatura: Os microrganismos que participam mais ativamente do processo são
os aeróbios e os facultativos, que predominam nas faixas de temperatura de 20 a 45 graus
centígrados (mesófilos), e de 45 a 65 graus centígrados (termófilos). Esses
microrganismos, exotérmicos, liberam energia em forma de calor, elevando de forma
natural à temperatura da compostagem.

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- Umidade: Para que o processo ocorra normalmente é importante buscar o equilíbrio


água-ar, o que é obtido mantendo-se o processo de compostagem com um teor de umidade
na ordem de 55%. Umidades superiores a 60% levam a anaerobiose e inferiores a 40%
reduzem a atividade biológica.
- Aeração: A compostagem deve ser realizada em ambiente aeróbio. Além de ser
mais rápida e melhor conduzida, não produz mau cheiro nem proliferação de moscas.
- pH: A compostagem aeróbia provoca a elevação do pH. No início do processo, o
pH se torna ácido (5 a 6), devido à formação de ácidos minerais e gás carbônico, em
seguida eles começam a reagir com as bases liberadas da matéria orgânica, neutralizando e
transformando o meio em alcalino (8 a 8,5) permanecendo assim até o final do processo.
- Relação C/N: A relação C/N é um indicador do nível de maturidade do processo. A
relação deve começar alta em torno de 60:1, e no final do processo deve estar em torno de
20:1, indicando que o material está pronto para ser usado como adubo orgânico.

MEMORIAL DE CÁLCULO

Dimensionamento da composteira de aves/ galpão.


Dados de entrada:
- Avicultura: 50.000 aves
- Mortalidade de aves7 (3%) = 1500 aves/45dias
- Mortalidade de aves= 33 aves/dia.

I. Cálculo do índice de perdas em quilos (kg) por dia

Perda em kg / dia = (mortalidade de aves / dia) x (peso médio),


Adotando peso de 1,3 kg/dia ave, temos que:
Perda em kg / dia = (33 aves / dia) x (1,3 kg) = 43 kg / dia.

II. Cálculo do volume da compostagem

Considerando a densidade das carcaças = 1,25 kg/l, o volume é dado por:


Volume = (Perdas kg / dia) / densidade das carcaças
Volume = (43 kg/dia) / (1,25 kg / l)

7
A taxa de mortalidade utilizada foi obtida através da média das taxas de mortalidade que o empreendimento apresentou no ano de
2010, conforme acompanhamento do plantel, através do registro do desenvolvimento do plantel utilizando-se planilha específica
(dados fornecidos pela ASA Norte Alimentos Ltda.).

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Volume = 34 l = 0,034 m3 / dia

Sendo que:
a) Tempo de compostagem = 60 dias
b) Número de dias para montagem da pilha de compostagem = 3,5 dias
c) Número de pilhas / célula = 2

Assim,

i. Volume mínimo de cada célula = (0,034 m3 / dia) x (07 dias)


Volume mínimo de cada célula = 0,24 m3

ii. Volume de material carbonáceo = 150% do volume de aves


Volume de material carbonáceo = 150% x 0,24 m3
Volume de material carbonáceo = 0,364 m3

iii. Volume total =0,24 m3+ 0,364 m3= ≈0,60 m3

III. Área da compostagem

Área = volume / Altura


Altura de composto = 1,00 m
Área = 0,24 / 1,0
Área = 0,24 m2

Adotou-se composteira retangular com m e d i d a s i n t e r n a s d e 1,50 m de


comprimento e 4,50 m de largura.
Considerando que com um volume diário de 0,24 m³, durante o período de 60 dias,
o volume total de composto será de 14,4 m³.
Assim, deve ser instaladas composteiras com 02 células.
Ressaltando, que o material coletado na caixa de areia, que é parte integrante do
sistema de tratamento de efluentes, será destinado às composteiras, depois de
previamente seco.

MEMORIAL DESCRITIVO

A composteira deverá ser dimensionada em células de forma a facilitar a


montagem das pilhas de carcaças e fácil circulação de ar através da pilha, sendo que a
montagem das pilhas de composto em cada célula seja realizado no máximo em 07 dias.

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A estrutura da composteira deverá ser superficial, localizada próxima aos galpões


de aves, afastada no mínimo 50 metros destes. O fundo da composteira deve ser
compactado e posteriormente, deve ser executada pavimentação em concreto, traço
1:3:4, com espessura de 10 cm e posteriormente deve ser realizado cimentação com
argamassa (areia e cimento) traço 1:3.
O piso ainda deve possuir declividade de 5% no sentido da canaleta. As paredes
da composteira devem ser executadas com blocos de concreto (15 cm x 20 cm x 40 cm),
possuindo, nos cantos pilares de concreto armado de seção 20 cm x 20 cm, com ferros
08 mm e concreto traço 1:2:4. As paredes do tanque devem ser rebocadas com
argamassa de areia e cimento traço 1:3.
A cobertura da composteira será executada com uma água, feita com telhas de
fibrocimento, inclinação 20° (36,4%) com recobrimento longitudinal (beiral) de 20 cm.
A disposição das células, serão na horizontal, sendo uma célula para depósito de
material carbonáceo e uma reserva, no caso de necessitar de manutenção de outra célula.

O processo de compostagem.

A compostagem é decorrente de atividades aeróbicas (com a presença de ar) e


atividade anaeróbica (sem a presença de ar). As carcaças possuem grande quantidade
de água e nitrogênio, porém apresentam uma relação muito pobre de
carbono/nitrogênio, sendo esta relação quem regula todo o processo de compostagem. Para
corrigir esta falha, é necessário adicionar algum tipo de material que seja rico em carbono
para balançar a reação. A maravalha (cama de frango) tem ótima relação
carbono/nitrogênio e ainda há outro benefício, por sua porosidade, ela pode acomodar-se
melhor ao redor das carcaças e os restos de parição.
As carcaças são dispostas em camadas sobre a maravalha com aproximadamente 30
cm de altura, sendo cada camada umedecida. A quantidade a água usada para umedecer
cada camada é metade de cada quilo de carcaça colocada na composteira, ou seja, para uma
carcaça de um kg usaremos 0,5kg de água (500 ml de água).
As chamadas reações anaeróbicas (sem a presença de ar) ocorrerão dentro das
carcaças e as denominadas aeróbicas (com a presença de ar) do lado de fora da mesma,
durante o processo anaeróbico (sem a presença de ar), dentro da carcaça, haverá a formação

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de fluidos e gases, que saem da carcaça e passam pela maravalha (área com presença de
ar). Estes gases são decompostos e transformados em água e gás carbônico, a este processo
deve- se as altas temperaturas de 50 – 60ºC presentes no processo, o qual as carcaças são
cozidas. Todo este procedimento dura em média de 10 – 60 dias até que toda parte de
musculatura tenha sido decomposta, sobrando apenas alguns ossos.
Uma dica importante que auxilia na identificação do fim do processo é a queda de
temperatura que ocorrerá, podendo ser verificada através do uso de um termômetro ou da
barra de ferro citada anteriormente.
Lembrando:
- Relação carbono / nitrogênio;
- Temperaturas devem estar em torno de 60ºC;
- Umidade certa da composteira sem presença de áreas secas ou encharcadas;
- Ventilação.
Manejo da composteira

Primeiro espalha-se uma camada de maravalha no fundo da composteira, com


altura de 30 cm de fundo. Colocar as carcaças dispostas para que haja espaços para
circulação de ar.
Todo o material a ser compostado deverá ser disposto a no mínimo 30 cm das
paredes da composteira evitando a putrefação das mesmas.
Podem-se empilhar as carcaças de maneira ordenada até 1,5m de altura em cada
célula. Sendo que as carcaças novas colocadas na parte superior da pilha auxiliarão a
comprimir as camadas inferiores, as quais já estarão em estágio avançado de
compostagem. O melhor indicador de uma boa compostagem é a temperatura. A
temperatura ideal é em torno de 60ºC, lembrando que a pilha é formada de diversas
camadas e as mais inferiores terão temperaturas mais baixas, o que é um indicativo que
as reações para compostagem estão encerrando- se. Umidade outro importante item que
deve ser levado em conta, um nível de umidade baixo resulta em uma compostagem
incompleta, dificultando a elevação da temperatura da pilha e se esta for elevada demais
pode barrar a passagem de ar.
A passagem de ar é muito importante, pois a compostagem é basicamente aeróbica
(na presença de ar), dependente da presença de ar, caso não haja uma circulação de ar

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correta haverá um resfriamento da pilha e aparecerão odores fétidos.


Lembrando:
- fundo de maravalha (cama de frango) de 30 cm;
- dispor as carcaças 30 cm das paredes e para restos de parição usar 5 cm entre elas;
- Cada camada deve ser coberta 30 cm de maravalha;
- umedecer cada camada com metade do peso de cada carcaça;
- empilhar no máximo em até 1,5m de altura;
- observar temperatura, umidade e circulação de ar na célula;
- carcaças e vísceras grandes devem ser perfuradas;

Problemas mais comuns na compostagem


- Problemas com temperatura:
PROBLEMAS CAUSAS RESOLUÇÕES
1. Abra a pilha e adicione
mais água na camada das
Dificuldade de atingir a 1. Pilha muito seca. carcaças.
temperatura ideal. 2. Pilha muito úmida. 2. Abra a pilha e remova o
acúmulo de líquido
substituindo por palha seca.
1. Abra a pilha e adicione
1. Secagem prematura água.
Dificuldades de manter
das camadas. 2. Adicione e misture palha de
a temperatura ideal.
2. Muita umidade. arroz seca para absorver a
umidade
1. Carcaças dispostas 1. Faça uma linha única de
muito próximas ou carcaças.
Dificuldade de
amontoadas. 2. Mantenha as carcaças
compostar.
2. Carcaças próximas às afastadas pelo menos 15 cm
paredes. das paredes e comportas.

Fonte: PNMA II – Programa Nacional do Meio Ambiente II

– Problemas com Odores.


PROBLEMAS CAUSAS RESOLUÇÕES
1. Abra a pilha e descompacte as
1.Excessiva compactação zonas endurecidas.
Mal odor indica que a
2. Pilha muito úmida. 2. Abra a pilha e remova o
compostagem está
3. Dificuldades no fluxo acúmulo de líquido substituindo
anaeróbica (sem ar)
de ar. por palha de arroz.
3. Revolva as camadas da pilha e

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afaste as caraças das paredes e


faça uma só linha de carcaças
não empilhar.

Cubra as carcaças com 15 cm de


- Cobertura inadequada
palha de arroz sempre que as
das carcaças, longos
Cheiro podre. carcaças sejam dispostas na
períodos de baixa
pilha. Não deixe a cobertura para
temperatura.
depois.
Adicione nitrogênio ao sistema.
Adicione 0,5Kg de nitrato de
Relação amônia ou uréia para cada 50 Kg
Cheiro de amônia Carbono/Nitrogênio de carcaças dispostas. Distribua
imprópria e muito baixa. o nitrogênio na camada de palha
de arroz a ser utilizada para
cobertura.

– Problemas com Moscas.


PROBLEMAS CAUSAS RESOLUÇÕES
1. Mantenha camadas de 15 cm
de palha de arroz.
1.Cobertura inadequada
2. Mantenha a área limpa, livre
das carcaças.
Surtos de moscas sobre a de dejetos, pedaços de carcaças e
2. Baixas condições de
pilha ou nas áreas entulhos diversos. Limpe sempre
higiene do local.
próximas. o local.
3. Muita formação de
3. Abra a pilha e adicione palha
chorume.
de arroz seca, misture com a
umedecida.

– Problemas com Animais Escavadores.


PROBLEMAS CAUSAS RESOLUÇÕES
1. Mantenha a palha de arroz
de 15 cm para cobertura. Na
colocação das carcaças não
deixe criar fendas nas
1. Cobertura inadequada
camadas de palha de arroz.
Exposição das carcaças em das carcaças.
Não coloque carcaças a
processo de compostagem 2. Abertura inadequada das
menos de 15 cm das paredes
e pilhas revolvidas. comportas de carga e
e comportas.
descarga.
2. Verifique se as comportas
de tábuas de madeira estão
vedando corretamente sem
comprometer o fluxo de ar.

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VANTAGENS DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM


- Evita a poluição ambiental;
- Fornece adubo de alta qualidade;
- Melhora a qualidade de vida dentro da propriedade;
- Processo de baixo custo;
- Evita a criação de insetos e odores desagradáveis;
- É um processo modulável, ou seja, pode ser feita de acordo com o porte da
propriedade e produção.
A destinação final do composto, bem como da maravalha (cama de frango), será o
uso na propriedade, a ser utilizada conforme a necessidade do solo e cultura, mediante
realização da análise de solo da área, e a comercialização, que se dará mediante demanda e
oferta do produto. Como mecanismo de controle do uso e comercialização da maravalha
(cama de frango), utilizar-se-á, através do plano de Auto-monitoramento, instrumentos
acompanhamento de destinação final.
Como critério de acompanhamento do processo de estabilização da matéria orgânica,
será adotado o aferimento de temperatura do material das composteira, bem como de
análise físico/química do composto final e da cama de frango, conforme sugerido no plano
de Auto-monitoramento.

FONTE DE ABASTECIMENTO

O empreendimento contará como fonte de abastecimento, um poço artesiano, tendo


como unidade principal de abastecimento um reservatório, localizadas ao lado do aviário.
A demanda de água do empreendimento consiste em:
Volume
Descrição
(m³/ano)
Limpeza e assepsia (fim do 06º ciclo) 11
Limpeza dos reservatórios de água 22
Limpeza dos equipamentos do aviário
190
(bebedouros e comedouros)
Lavagem de silos 4
Consumo de água pelo plantel (300000
348
aves)/ano.

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Consumo de água residencial 130


Total 695

Portanto, a demanda de consumo de água estimada para o empreendimento é de


1,904 m³/dia.

ARMAZENAMENTO DE INSUMOS E DE PRODUTOS

As vacinas e os produtos de assepsia serão armazenados na integradora, até a data de


administração, sob responsabilidade do médico veterinário do setor. Após a administração
e uso destes, estes são dispostos em sacos plásticos, repassados ao gerente ou proprietário
do empreendimento e destinado à integradora.
Quanto às rações, estas são formuladas pela integradora e encaminhadas para o
empreendimento conforme necessidade do empreendimento. No empreendimento, a ração
é transferida do caminhão de abastecimento e armazenada em silo, com capacidade de 17
toneladas instalado lado dos aviários.
A maravalha (cama de frango) decomposta será armazenada em um galpão ser
implantado. Esta permanece no galpão até a destinação final, a qual será utilizada na
propriedade, em substituição de adubos químicos, mediante análise de solo, tipo de
cultura, conforme orientação técnica ou destinada à comercialização.
O empreendimento contará com uma área destinada ao armazenamento de insumos
(cal, sacarias e outros insumos usados no empreendimento e propriedade), bem como de
um galpão que abriga os veículos e equipamentos utilizados na propriedade, que consiste
em um galpão com cobertura de metal, piso impermeabilizado com concreto.
Devido ao pequeno volume de material, não há a necessidade de implantação de
sistemas de controle ambiental para estas atividades, contudo, por se tratar de uma
atividade impactante, há a adoção de certos critérios na execução destas, sendo:
- O descarte de embalagens de lubrificantes e outros produtos derivados de petróleo
devem ser feito em locais apropriados. No caso da propriedade, são acondicionados em
tambores e em posterior aquisição de combustíveis e lubrificantes, devolvidos ao
revendedor;
- A estopa e pó-de-serra, utilizados na limpeza do óleo e combustível derramados no
piso do galpão, são recolhidos e queimados em tambores de metal.

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EMISSÕES

EMISSÕES NAS INSTALAÇÕES DE CRIAÇÃO


– Ar.
Apesar deste recurso natural ainda não ser um foco de preocupação ambiental nas
regiões de concentração de frangos do País, estas criações podem impactá-lo através da
emissão de odores, dióxido e monóxido de carbono, metano, gás sulfídrico, amônia, e
partículas de poeira. No Brasil, os estudos relacionados à qualidade do ar e produção de
frangos se limitam a algumas iniciativas relacionadas à saúde dos animais ou quando há
problemas de odores, devido à proximidade das criações.

As emissões de partículas, odores e amônia, são as que têm causado maiores


preocupações e reclamações nas regiões produtoras. O íon amônio contido no esterco é
convertido em amônia, sob condições de pH e umidade. Esta amônia difunde-se do esterco
para atmosfera, propiciando elevados níveis deste elemento no interior do galpão e
atmosfera. O excesso de amônia no ambiente tem vários efeitos negativos como a queda no
ganho de peso, irritabilidade dos animais, exposição dos animais a outras doenças e efeitos
a saúde do trabalhador.
O gás carbônico e o metano constituem produtos dos processos respiratório e
fermentativo dos animais, sendo a rota mais importante para a excreção do carbono e
causando problemas à camada de ozônio. Os principais gases emitidos pelos sistemas de
criação de aves são o CO2, CH4 e os gases de N (NH4, N2O e N2). O metano escapa ao ar
em quantidades relativamente pequenas, entretanto, sua contribuição ao efeito estufa é de
cerca de vinte a trinta vezes mais que o gás carbônico.
As emissões nas unidades de criação variam de acordo com a espécie animal,
categoria do animal, tipo de instalação (dimensões e ventilação) sistemas de manejo dos
dejetos e local. Valores recomendados para países europeus são encontrados na Tabela 9.
Observe que os coeficientes de variação são elevados, mesmo quando se considera os
países.
Poluentes aéreos (sector avícola).

Poluentes

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Amoníaco (NH3)
Metano (CH4)
Óxido Nitroso (N2O)
*Partículas c/ diâmetro <10 µm
(PM10)
* Combustão de madeira

Determinação da emissão de NH3 utilizando valores default do Emission Inventory


Guidebook (EEA, 2002).

Taxa (%) N (Kg) NH3 (Kg) Taxa (%) N (Kg) NH3 (Kg)
PARÂMETROS

Vacas leiteiras Frangos de corte

Excreção de N nas instalações 60 0,6

Emissão nas instalações 12 7,2 8,7 20 0,12 0,15


N no armazenamento 52,8 0,48

Emissão no armazenamento 6 3,17 3,8 3 0,01 0,02

N disponível para aplicação 49,63 0,47

......do qual N mineral 50 24,82 40 0,19

Emissão na aplicação 40 9,93 12,1 50 0,09 0,11


Emissão total de amônia 28,5 0,28
Suínos terminação Porca em – UPL8

Excreção de N nas instalações 14,0 36,0


Emissão nas instalações 17 2,38 2,89 17 6,12 7,43
N no armazenamento 11,62 29,88
Emissão no armazenamento 6 0,7 0,85 6 1,79 2,18
N disponível para aplicação 10,92 28,09
...... do qual N mineral 50 5,46 50 14,04
Emissão na aplicação 40 2,18 2,65 40 5,62 5,82
Emissão total de amônia 6,39 16,43

Fonte: E.E.A. - European Environment Agency (2002).

Emissão de amônia para diferentes animais e instalações na Inglaterra, Holanda,

8 UPL - Unidade de Produção de Leitão

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Dinamarca e Alemanha (base peso vivo).


Emissão de amônia em mg NH3/hora/500Kg de peso vivo
Inglaterra Holanda Dinamarca Alemanha
Média CV% Média CV% Média CV Média CV%
Vacas leiteiras, cama 260 42 890 24 491 %
19 467 30
UPL, cama 744 38 3.248 34
UPL, piso ripado 1.049 38 1.282 24 1.701 17 1.212 24
CC9, piso ripado 1.047 38 786 27 1.562 18 649 25
Terminação, cama 1.429 39 3.751 20
Terminação, piso rip. 2.592 39 2.076 23 2.568 18 2.398 21
Frango de corte 8.294 41 4.179 24 2.208 33 7.499 24

Fonte: Groot Koerkamp et al (1998).

Os principais fatores que governam as emissões de NH3 nos alojamentos são a


temperatura, área superficial de deposição dos dejetos, nutrição, tipo de pavimentos e
variações diurnas (Doorn et al., 2002).

METODOLOGIA PARA A DETERMINAÇÃO DE EMISSÕES PARA O AR

Tipicamente, as emissões para o ar do sector avícola são na sua maioria emissões


difusas e provêm tanto do maneio (NH3 e CH4) como do estrume gerado pelos animais
e respectiva armazenagem (N2O e PM10).
A metodologia recomendada para a determinação de emissões de produção para o ar
é através do método cálculo (código C) de acordo com os fatores de emissão apresentados
na tabela 10.
Fatores de Emissão para o ar (frangos de carne, cria e recria de galinhas poedeiras e/ou
galinhas reprodutoras).
Métodos de determinação: Códigos a associar no
preenchimento do formulário
Tipo de Fator de emissão
Poluente Fonte
produção recomendado Código Descrição do Código da
Método
do método método descrição

EMEP/ Métodos de
Frangos cálculo
NH3 0,25 kg/animal CORINAI Cálculo C UNECE/EMEP
de corte internacionais
R*
(UNECE)

9 CC - Ciclo completo, produção de suínos com todo ciclo na propriedade.

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EMEP/ Métodos de
0,172
CH4 CORINAI Cálculo C cálculo UNECE/EMEP
kg/animal
R* internacionais
(UNECE)
Métodos de
1,76 ton. /ano cálculo aprovados
N2O para 500 AP42** Cálculo C setorialmente SSC
unidades animais a nível europeu
(SCC)
Métodos de
3,09 ton./ano cálculo
Frangos aprovados
PTS para 500 AP42** Cálculo C SSC
de corte setorialmente
unidades animais
a nível europeu
(SCC)
* http://reports.eea.europa.eu/EMEPCORINAIR4/en/B1090vs2.pdf
** http://www.epa.gov/ttn/chief/ap42/ch09/draft/draftanimalfeed.pdf
10

Na determinação de emissões das instalações avícolas, deverá atender-se ao número


médio de animais (NMA Total) existente na instalação durante o ano de referência, para a
aplicação dos fatores de emissão. Para a determinação do NMA, temos:
NMA Total = ((nº de animais/lote) x (nº de lotes/ano) x (ciclo em dias))
nº dias do ano
Onde:
NMA Total – Número Médio de Animais total
Nº da animais/lote = 50.000 (considerando capacidade total do aviário (02))
Nº de lotes/ano = 06 lotes
Ciclo em dias de cada lote = 45 dias
Nº de dias do ano= 365 dias
Assim,

NMA= ((50.000) x (06) x (45)) 36,98


365

10
Relativamente às emissões de PTS (partículas totais) realça-se que não existe uma metodologia aceite para a sua
transformação em PM10, uma vez que a distribuição do tamanho de partículas não se encontra caracterizada. Assim, utilizando uma
abordagem conservativa, assume-se que a percentagem de PM10 nas PTS é de 100%, pelo que o operador deverá utilizar o fator de
emissões apresentado para o cálculo de PTS para calcular as emissões de PM10;

12
Relativamente ao cálculo das emissões de N2O e PTS (PM10), esclarece-se que uma unidade animal, conforme definição da EPA -
US Environmental Protection Agency, é uma unidade equivalente à poluição potencial para a água gerada por uma vaca pesando
1000 libras (aproximadamente 453 kg). Para simplificação, assume-se a hipótese de que o potencial de poluição é função da massa
animal pelo que a equivalência entre espécies pode ser determinada com base na massa animal. Assim, utiliza-se o conceito
Livestock Unit (LU) definido pelo BREF para o sector avícola (BREF Intensive Rearing of Poultry and Pigs).

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Estimativa de Emissões de Amoníaco NH3.


O cálculo de estimativa de emissões de NH3 é dado pela Equação:
“(NMA Total (animais)) X (Fator de emissão (KG NH3/animal)) = Emissões Anuais (KG
poluente/ano)”,
Onde:
- NMA Total = 36986 aves
- Peso médio das aves = 2,5 kg.
- Fator de emissão (KG NH3/animal) (Tabela 10) = 0,25 kg/animal
Assim, temos:
(36986) x 0,25 kg/animal = 9,246 kg.
Portanto, a emissão de NH3 é de 9,246 kg/ ano.

Estimativa de Emissões de Metano (CH4)


“(NMA Total (animais)) X (Fator de emissão (KG NH3/animal)) = Emissões Anuais (KG
poluente/ano)”,
Onde:
- NMA Total = 36986 aves (animais)
- Peso médio das aves = 2,5 kg.
- Fator de emissão (KG NH3/animal) (Tabela 10) = 0,172 kg/animal
Assim, temos:
(36986 animais) x (0,172 kg/animal) = 6,361 kg.
Portanto, a emissão de CH4 é de 6,361 kg/ ano.
Estimativa de Emissões de Ácido Nitroso (N2O)
“(NMA Total (animais)) X (Fator de emissão (kg NH3/500 Unid. Animal)) X (Conversão
(peso médio do animal (kg))/453 kg) = Emissões Anuais (KG poluente/ano)”,
Onde:
- NMA Total = 36986 aves (animais)
- Peso médio das aves = 2,5 kg.
- Fator de emissão (kg NH3/animal) (Tabela 10) = 3,52 kg/animal
- Conversão (peso médio do animal (kg)/453 kg = 2,5 kg/453kg = 0,0055
Assim, temos:
(36986 animais) x (3,52 kg/animal) x 0,0055 = 716 kg.

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Portanto, a emissão de N2O é de 716 kg/ ano.


Emissões de Partículas (PM10)
“(NMA Total (animais)) X (Fator de emissão (PM10/500 Unid. Animal)) X (Conversão
(peso médio do animal (kg))/453 kg) = Emissões Anuais (KG poluente/ano)”,
- NMA Total = 36986 aves (animais)
- Peso médio das aves = 2,5 kg.
- Fator de emissão (3.090kg PTS/500animal) (Tabela 10) = 6,18 kg/animal
- Conversão (peso médio do animal (kg)/453 kg = 2,5 kg/453kg = 0,0055
Assim, temos:
(36986 animais) x (6,18 kg/animal) x 0,0055 = 228 kg.
Portanto, a emissão de PM10 é de 228 kg/ ano.

SISTEMA DE CONTROLE DE ÁGUAS PLUVIAIS

Em virtude da incidência de ventos durante as chuvas, combinado com a depreciação


do material de proteção lateral dos aviários (cortinas de lona), e o sistema de proteção
contra a entrada ou saída de água do aviário (mureta), sugere-se como medida de controle
de águas pluviais neste ambiente (interior dos aviários), a reposição, quando necessária, da
proteção lateral dos aviários (cortinas de lona) e a reforma da mureta de proteção do
aviário.

SISTEMA DE CONTROLE E TRATAMENTO DE EFLUENTES SANITÁRIOS

O sistema de tratamento adotado para os efluentes sanitários, gerados nas instalações


da propriedade, bem como do empreendimento (casa sede, casas de funcionários e gerente)
foi o conjunto de caixa de gordura, precedido de fossa séptica e sumidouro, dimensionados
conforme norma técnica da ABNT/NBR n.º 7229/93. E Biodigestor. Ressaltando que o
cálculo efetuado diz respeito a apenas uma unidade, sendo necessário o uso de um sistema
por unidade. Existem duas pessoas fixas, no entanto a média de população flutuante no
empreendimento é de 04 pessoas por dia.

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MEMORIAL DE CÁLCULO

Dimensionamento da fossa Séptico cilíndrico de 01 câmara.


O dimensionamento pode ser feito, de acordo com ABNT NBR 7229 (1993), por
meio da seguinte equação:
V = 1000 + N × (C × T + L f × K ), onde:
V = Volume útil, L;
N = Número de pessoas ou unidades de contribuição, hab ou unid.;
C = Contribuição de esgotos, L/ha.dia ou L/unid.dia;
T = Tempo de detenção, dias (Tabela 11 e 13);
Lf = Contribuição de lodo fresco, L/ha.dia ou L/unid.dia (Tabela 12); e
K = Taxa de acumulação de lodo, dias (Tabela 14).

Assim,
V = 1000 + N × ((C × T) + (L f × K))
V = 1000 + 4 × ((100 × 1) + (1 × 97))
V = 1000 + 4 × (197)
V = 1000 + 788
V = 1788 l ou 1,788 m³

Mediante o volume estimado, e utilizando: V= π.r².h, e adotando as seguintes


dimensões para o tanque séptico:
V = volume
π=3,14
r=0,6 m
h=2m
Assim, temos o volume dado por:
V= π.r².h
V= 3,14 x (0,6m)2 x 2m
V= 2,26 m³

Assim, para a residência, adotou-se como sistema de tratamento de efluentes


domésticos, o uso de uma caixa de gordura, tanque séptico cilíndrico de uma câmara,
sumidouro cilíndrico.

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Tempo de detenção hidráulica dos esgotos em função da contribuição diária.

Contribuição Tempo de detenção


diária (Q1) (T)
(L/d) (dias) (horas)
Até 1500 1,00 24
1501 – 3000 0,92 22
3001 – 4500 0,83 20
4501 – 6000 0,75 18
6001 – 7500 0,67 16
7501 – 9000 0,58 14
Acima de
0,50 12
9000
1 Q =NxC

Contribuição Diária de Esgoto (C) e de Lodo Fresco ( Lf ) Por Tipo de Prédio e de


Ocupante.
Contribuição de Contribuição
Prédio Unidade Esgoto de Lodo Fresco
(C) (Lf)
1. Ocupantes Permanentes
Residência:
- Padrão alto; pessoa/litros 160 1
- Padrão médio; pessoa/litros 130 1
- Padrão baixo; pessoa/litros 100 1

Alojamento provisório. pessoa/litros 80 1

2. Ocupantes Temporários
Fábrica em geral; pessoa/litros 70 0,3
Escritório; pessoa/litros 50 0,2
Edifícios públicos ou comerciais; pessoa/litros 50 0,2
Escola (externatos) e locais de longa pessoa/litros 50 0,2
permanência; pessoa/litros 6 0,1
Bares; refeições 25 0,1
Restaurantes e similares; lugar 2 0,02
Cinema teatros e locais de curta vaso 480 4
permanência;
Sanitários públicos*.
(*) Apenas de acesso aberto ao público (estação rodoviária, ferroviária, logradouro
publico, estádio, etc.).
Fonte: ABNT-NBR – 7229/93

Período de Detenção (T) dos Despejos, por Faixa de Contribuição Diária.

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Tempo de
Contribuição Diária Detenção (T)
(L)
Dias Horas

Até 1500 1,00 24


De 1501 a 3000 0,92 22
De 3001 a 4500 0,83 20
De 4501 a 6000 0,75 18
De 6001 a 7500 0,67 16
De 7501 a 9000 0,58 14
Mais que 9000 0,5 12

Fonte: ABNT-NBR – 7229/93

Taxa de Acumulação total de lodo (K), em dias, por Intervalo entre limpezas e temperatura
do mês mais frio.

Valores de K por Faixa de


Intervalo Entre Temperatura Ambiente (t), em ºC
Limpezas (Anos) t < 11 10 < t > t > 20
21

1 94 65 57
2 134 105 97
3 174 145 137
4 214 185 177
Fonte:
5 – 7229/93 225
ABNT-NBR254 217

Profundidade Útil Mínima e Máxima por Faixa de Volume Útil.

Profundidade
Volume Útil (m3) Útil Mínima Profundidade Útil Máxima (m)
(m)

Até 6,0 1,20 2,20


De 6,0 a 10,0 1,50 2,50
Mais de 10,0 1,80 2,80

Fonte: ABNT-NBR – 7229/93

Dimensionamento do sumidouro.
Dimensionar poço sumidouro ou absorvente, circular, para atender família de 02
pessoas, considerando-se que o tempo de infiltração do solo da propriedade seja igual a

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4 minutos.
De acordo com a Tabela 1, para tempos de infiltração do solo entre 2 e 5 minutos,
pode-se adotar área de absorção igual a 2,8 m2 por pessoa. Então:
a) Área total das paredes (Sp):
Sp = 04 pessoas × 2,8m2 / pessoa = 11,2 m2
b) Perímetro do poço sumidouro (P):
Adotando-se diâmetro (D) igual a 1,5 m, tem-se:
P = πD = 4,7 m
c) Profundidade do poço (hs):
hs= Sp/P = 11.2 m²/4.7m = hs= 2.38 m

Áreas de absorção de poços absorventes, em m2, em função da capacidade de infiltração do


solo, medida pelo coeficiente de infiltração (Ci), em litros por m2 por dia e
pelo tempo de infiltração, em minutos.

Coeficiente de Área de absorção


Tempo de Infiltração (min)
Infiltração das paredes por
< 1 (areia grossa ou (l.m>-2.90
dia-1) 1,8(m2)
pessoa
– 5 (areia fina)
2pedregulho) 60 a 90 2,8
5 – 10 (areia com argila) 40 a 60 4,5
11–30 (argila com muita areia ou 30 a 40 7,4
30 – 60 (argila com pouca areia
pedregulho) 20 a 30 14,9
ou120
> pedregulho)
(argila compacta, rocha ou
< 20 Impraticável
outras formações impermeáveis).

SISTEMA DE CONTROLE E TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Os efluentes líquidos gerados no empreendimento dizem respeito a:


I. Limpeza dos equipamentos dos aviários (bebedouros, comedouros e etc.);
II. Limpeza dos reservatórios principal e secundário de água (caixas d’água);
III. Lavagem dos aviários.

Como medidas de tratamento de efluentes gerados sugere-se para:


1. Efluentes domésticos.

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Uso de sistema doméstico de tratamento de efluentes, conforme exposto


anteriormente.
2. Limpeza dos equipamentos dos aviários, assepsia do aviário, realizada após 06
ciclos, limpeza dos reservatórios principal e secundário de água (caixas
d’água);
As limpezas realizadas nos aviários geram efluentes com uma carga orgânica
elevada, uma vez que, excetuando os reservatórios de armazenagem de água, estas são
realizadas para remoção de restos de ração ou fazer assepsia dos aviários, que além dos
restos de ração há a incidência de excrementos bem como do produto químicos utilizado na
realização da assepsia.
A produção de efluentes gerados na limpeza das instalações, equipamentos e
reservatórios de água é de aproximadamente:
A demanda de água do empreendimento consiste em:

Volume
Descrição
(m³/ano)
Limpeza e assepsia (fim do 06º ciclo) 11
Limpeza dos reservatórios de água 22
Limpeza dos equipamentos do aviário
190
(bebedouros e comedouros)
Lavagem de silos 4
Consumo de água pelo plantel (300000
348
aves)/ano.
Consumo de água residencial 130
Total 695

Conforme os dados apresentados, a produção diária de efluentes será de


aproximadamente 1 m³/dia. Contudo, mediante a execução das tarefas de limpeza se dar em
períodos diferentes, conforme planejamento de atividades, apresentado anteriormente,
adotar-se-á uma margem de segurança na construção do sistema de tratamento de efluentes,
para quando da realização da atividade de limpeza que gere mais efluentes, o sistema não
seja sobrecarregado.
Como sistema para Tratamento de Efluentes Líquidos gerados pelos aviários,

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sugere-se a instalação de um sistema composto por:


- Caixa de areia, destinada à retenção de sólidos grosseiros (restos de cama de
frango, penas, restos de ração e etc.);
- Tanque séptico cilíndrico de 01 câmara;
- Filtro anaeróbio;
- Conjunto de sumidouros.
A adoção do sistema de Tratamento de Efluentes para o empreendimento, se justifica
pelo teor de matéria orgânica a ser carreada pelos efluentes, bem como da eficiência dos
sistemas sugeridos, conforme a tabela abaixo.
Eficiência das Unidades de Tratamento.

Unidades de Tratamento Eficiência na Remoção de DBO

Tanque séptico de câmara única ou 30 a 50%


de câmaras sobrepostas.
35 a 65%
Tanque séptico de câmaras em série.

Valas de filtração. 75 a 95%

Filtro anaeróbio. 70 a 90%

Fonte: Manual de saneamento, 1994.

MEMORIAL DE CÁLCULO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE


EFLUENTES

1- Caixa de areia
As dimensões da caixa de areia encontram-se no layout em anexo.

2- Tanque Séptico cilíndrico de 01 câmara.


Dimensionamento do Tanque Séptico cilíndrico de 01 câmara.
O dimensionamento pode ser feito, de acordo com ABNT NBR 7229 (1993), por
meio da seguinte equação:
V = 1000 + N × (C × T + L f × K ), onde:
V = Volume útil, L;
N = Número de pessoas ou unidades de contribuição, hab ou unid.;
C = Contribuição de esgotos, L/ha.dia ou L/unid.dia;

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T = Tempo de detenção, dias (Tabela 11 e 13);


Lf = Contribuição de lodo fresco, L/ha.dia ou L/unid.dia (Tabela 12); e
K = Taxa de acumulação de lodo, dias (Tabela 14).
Assim,

V = 1000 + N × ((C × T) + (L f × K))


V = 1000 + 2 × ((1.107× 1) + (57 × 1))
V = 1000 + 2 × (157)
V = 1000 + 314
V = 1.314 l ou 1.14 m³

Mediante o volume estimado, e utilizando: V= π.r².h, e adotando as seguintes


dimensões para o tanque séptico:
V = volume
π=3,14
r=0,6 m
h=2m
Assim, temos o volume dado por:
V= π.r².h
V= 3,14 x (0,6m)2 x 2m
V= 2,26 m³

3- Dimensionamento de filtro anaeróbio.

- Volume útil:
V=1,314xNxCxT
V= 1,314x2x(107,6)x1
V=1.40 l

- Seção horizontal;
S= V/1,80m
S= 1.40 m³/1,80m
S= 0,77 m², adotando, portanto S= 1m².

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Assim,
O filtro anaeróbio terá:
h (altura (m)) =1,80 m
d (diâmetro (m)) = 1,20 m

Portando, o volume do filtro anaeróbio será dado por:


V= π.r².h
V= 3,14.(0,6)².h
V= 2,03 m³

4- Dimensionamento do sumidouro.

i. A área de infiltração
A área de infiltração pode ser obtida pela expressão:
A=V/Ci, onde:
V= volume de contribuição diário em l/dia.
Ci=coeficiente de infiltração do terreno, o qual é dado pela expressão Ci=
(490)/(t+2,5)
onde o t adotado , conforme a Tabela 16 foi 3 minutos. Portanto,
Ci= 490/(3 + 2,5)
Ci= 89,1

Assim,
A = 1.314 l/ 89,1 m-2
A= 14.76 m²

ii. Profundidade do sumidouro cilíndrico


A= π.d.h, onde:
d (diâmetro (m))= 1,20 m
A= 19,86 m²
π = 3,14

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Assim,
19,86 m²= 3,14 x 1,20 x h
h=14.76/(3,14 x 1,20)
h= 3,90 m
Portanto,
Serão adotados 01 sumidouros com diâmetro= 1,20 e altura= 3,90, perfazendo um
volume de 4,68 m³/ sumidouro.

6. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO


EMPREENDIMENTO

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O empreendimento em epígrafe está localizado localizada na Fazenda Maio, BR


23, KM 26 a direita 01 Km, Zona Rural do município de Nazaré, estado do Tocantins,
COORDENADAS GEOGRÁFICAS: Latitude Sul (06º 24’ 26,45”) - Longitude Oeste
(47º 36’ 1,06”).
A propriedade possui uma área de 202.12 ha. Há no local dois galpões, duas
casas, uma composteira com duas células, totalizando uma área construída aproximada de
2.656 m².
Está situado na bacia do rio Tocantins, conforme mapa de bacia e sub-bacias em
anexo.
DESCRIÇÃO ÁREA m²
Área da propriedade 212.12
Área construída 2.656
Galpão 2.530
Casa 118
Compoteira 8

Na área do empreendimento, há a ocorrência Latossolo vermelho-escuro, a


topografia da área vai de relativamente plana, a ondulada, mas a declividade gira em torno
de 5% e menor que 12%.
A área destinada a atividade de avicultura é de aproximadamente 2.530 m², onde os
galpões são dispostos no sentido Leste-Oeste.
Nesta área, como exposto anteriormente, dispõe de:
- 02 galpões com (11,5m x 110m), perfazendo uma de área total de 2.530 m²
comportando 50.000 aves.
- 01 composteira (08 m²);
- 02 residência com área total de 118 m²;
- 02 Silos;
- 01 poço artesiano.

Na área do empreendimento, há ocorrência de Latossolo vermelho-escuro, grupo LE,


classe LE2. Apresenta relevo suavemente ondulado, classe de declividade B, ou seja,
predominância de declive entre 5 a 10%, conforme mapa de declividade.

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A propriedade está inserida na bacia do rio Tocantins.


A área de influência do empreendimento apresenta os seguintes aspectos ainda os
seguintes aspectos:
I. Compartimentação geoambiental;
1. Área da propriedade:
A área da propriedade, na qual está inserida o empreendimento, apresenta por
compartimentação ambiental, o domínio das bacias sedimentares páleo-
mesozóicas e meso-cenozóicas, caracterizada por depressões e patamares de
Ananás e Araguaína e planaltos de Darcinópolis.
2. Área do entorno da propriedade:
A área do entorno da propriedade, apresenta por compartimentação ambiental
o domínio das bacias sedimentares páleo-mesozóicas e meso-cenozóicas,
caracterizada por depressões e planaltos do médio Tocantins, depressões e
patamares de Ananás e Araguaína e Planaltos de Darcinópolis e
Tocantinópolis.
II. Declividade:
1. Área da propriedade;
A área da propriedade está inserida em área de declividade igual ou inferior
a 5% e igual ou inferior a 12%.
III. Erodibilidade;
1. Área da propriedade.
A propriedade está inserida em uma área de erodibilidade do solo está
classificado como mediano.
2. Área do entorno da propriedade.
A área do entorno da propriedade apresenta as seguintes características de
erodibilidade do solo:
a. Muito fraca a fraca
Compreende áreas formadas por solos, normalmente, de grande
significado agrícola. São solos muito profundos, porosos, bem
permeáveis - mesmo quando muito argilosos -, friáveis, situados
em relevo plano, com declividades que raramente ultrapassam

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3%. A ecodinâmica da paisagem é estável (pedogênese >


morfogênese) e os processos de escoamento superficial são
difusos e lentos.
b. Ligeira:
Compreende áreas formadas por solos variando entre bem a
fortemente drenados.
São solos profundos e ocorrem em relevo suave ondulado
(predomínio de declives entre 3 a 8%). A ecodinâmica da
paisagem varia de estável a de transição (pedogênese ≥
morfogênese).
Os processos de escoamento superficial são difusos e lentos, com
eventuais escoamentos concentrados.
c. Forte:
A maioria dos solos dessa classe são pouco profundos, com
drenagem moderada, possuem poucos agentes agregadores e uma
estrutura maciça, sem coesão no horizonte superficial (A). A
matéria orgânica é inexpressiva e restrita a esse horizonte. Eles
ocorrem geralmente em relevo forte ondulado (declives com
predomínio de 20 a 45%) e têm permeabilidade um tanto restrita,
o que os torna muito erodíveis. A ecodinâmica da paisagem é
instável (pedogênese < morfogênese). Os processos de
escoamento superficial são difusos e rápidos, concentrados,
podendo ocorrer até mesmo movimentos de massa, do tipo
rastejamento e solifluxão.
d. Muito forte:
Compreende áreas formadas por solos rasos e muito rasos, com
presença de afloramentos de rochas. O relevo predominante vai do
montanhoso até o escarpado, com declives maiores ou iguais a
45%. A eco dinâmica da paisagem é muito instável (pedogênese
<< morfogênese). Os processos de escoamento superficial são
concentrados.

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Os movimentos de massa são do tipo deslizamento,


desmoronamento, rastejamento e solifluxão, com eventuais
quedas de blocos.

IV. Geologia

1. Área da propriedade;
Quanto aos aspectos geológicos, à propriedade está inserida na Bacia
Sedimentar do Parnaíba - Formação Corda.

2. Área do entorno da propriedade


Os aspectos geológicos apresentados na área do entorno da propriedade são:
a. Bacia Sedimentar do Parnaíba – Formação Corda;
b. Bacia Sedimentar do Parnaíba – Formação Mosquito;
c. Bacia Sedimentar do Parnaíba – Formação Motuca;
d. Bacia Sedimentar do Parnaíba – Formação Sambaíba.

V. Geomorfologia.

1. Área da propriedade;
No que tange a geomorfologia, à propriedade está inserida em uma área de
modelados de formas de dissecação homogenia com feições de topo
tabulares.
2. Área do entorno da propriedade
Os aspectos geomorfológicos apresentados na área do entorno da
propriedade são:
a. Aplanamento de Pediplano Degradado Desnudado;
b. Dissecação Homogênea com Feições do Topo Convexas;
c. Dissecação Homogênea com Feições do Topo Tabulares.
VI. Solos.

1. Área da propriedade;
Na propriedade há ocorrência solo arenoso, areias quartzosas, e Pdzolico
vermelho escuro.

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São solos minerais, não hidromórficos, que ocorrem em relevo plano a suave
ondulado, com seqüência de horizontes A, C e cor variando de bruno-
avermelhado-escuro a bruno-muito-escuro superficial e vermelho-
amarelado, bruno-avermelhado, bruno e bruno-amarelado no horizonte
subsuperficial. Estes solos possuem textura arenosa, são profundos, bem
drenados, de baixíssima fertilidade e pobres em macronutrientes e
micronutrientes para as plantas. Considerando seus atributos indicadores
para aptidão agrícola, verifica-se que esta unidade apresenta restrição nula
quanto ao caráter plíntico, pedregosidade, drenagem interna e profundidade
efetiva.
2. Área do entorno da propriedade
Na área de entorno da propriedade, há ocorrência de solos caracterizam-se
por:
a. Areias quartzosas;
b. Latossolo Vermelho-amarelo;
Abrange solos minerais, não hidromórficos, profundos e bem drenados,
com textura média em todo perfil do solo, exceto quando ocorrem
cascalhos nos horizontes superficiais, passando a apresentar textura
média cascalhenta. A cor varia de bruno-vermelho-escuro a bruno-
amarelado-escuro no horizonte A e de bruno a bruno-claro no horizonte
B. Ocorrem em relevo plano e suave ondulado. São geralmente de baixa
fertilidade natural com saturação de bases também baixa, predominando
os solos álicos e distróficos. Alguns solos apresentam plintita, tornando a
drenagem mais deficiente.
c. Podzólico Vermelho-escuro;
Compreendem solos minerais não hidromórficos, com modesta
diferenciação de cores em profundidade. O horizonte B apresenta textura
e estrutura variadas, porém os argilosos com elevado gradiente textural e
bem estruturados são os mais comuns e geralmente estão associados a
uma cerosidade bem desenvolvida.
d. Solos litólicos.

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São solos minerais, não hidromórficos, pouco evoluídos e rasos, com


horizonte A assente diretamente sobre a rocha ou, em alguns casos, sobre
horizonte C pouco espesso. Sua textura está intimamente relacionada com
seu material de origem, ocorrendo solos com textura arenosa, ou média
ou argilosa. São encontrados em áreas de relevo ondulado a escarpado,
com horizonte A cor brunoescuro a bruno-acinzentado-muito-escuro e
também vermelho-amarelo-escuro. Podem conter elevada proporção de
fragmentos de rocha parcialmente intemperizados, assim como cascalhos
quartzosos.

VII. Hidrografia.

Como citado anteriormente, o empreendimento estará localizado, entre os


córregos Nazarezinho e Xupé, pertencentes a bacia do Rio Tocantins.

VIII. Regiões fitoecológicas

O empreendimento será implantado em uma região de cerrado sentido restrito


ralo e rupestre, onde através de levantamento de bibliografia e ajuda dos funcionários da
propriedade, identificaram-se as espécies ocorrentes na área da propriedade bem como da
região do entorno. Assim, temos:
Flora
Nome Vulgar Nome Científico
Jacarandá Machaerium acutifolium e M. opacum)
Jatobá (Hymenaea courbaril)
Itaúba (Mezilaurus spp.)
Landim Calophyllum brasiliense)
Sapucaia Lecythis cf. paraensis
Sucupira-branca (Pterodon emarginatus)
Sucupira-preta Bowdichia virgilioides)
Umiri Humiria balsamifera)
Mutamba Guazuma ulmifolia
Tingui Magonia pubescens
Sobro Emmotum nitens
Cachimbeiro Cariniana rubra)
Caraíba Tabebuia aurea)
Caroba Jacaranda brasiliana)
Cega-machado Physocalymma scaberrimum)
Imbiruçus Pseudobombax longiflorum
Escorrega-macaco Vochysia haenkeana
Marfim Agonandra brasiliensis
Moliana Salvertia convallariaeodora
Paus-terra Qualea spp.)

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Taipoca Tabebuia roseo-alba)


Barbatimão Stryphnodendron coriaceum e S. obovatum)
Carobinha Jacaranda caroba, J. decurrens e J. ulei)
Mama-cadela Brosimum gaudichaudii
Mucuiba Virola surinamensis
Pé-de-perdiz ou Mata-menino Simarouba versicolor) –
Amescla ou Breu Protium spp.)
Araticum ou Marolo Annona coriacea
Bacaba Oenocarpus distichus e O. bacaba
Bacuri Platonia insignis
Buriti Mauritia flexuosa
Cajá Spondias dulcis
Caju-da-mata Anacardium giganteum)
Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa
Marmelada Alibertia spp
Mirindiba Buchenavia tomentosa
Muricis Byrsonima spp
Pequi Aryocar brasiliense, C. glabrum e C. coriaceum)

Fauna

I. Mamíferos

Táxon Nome Popular


Monodelphis domestica Catita
Gracilinanus cf. agilis Mucura
Dasyprocta agouti Cotia
Agouti paca Paca
Calomys cf. callosus Rato
Cavia aperea Preá
Coendou prehensilis Ouriço
Hydrochaeris hydrochaeris Capivara
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha
Natalus cf. stramineus Morcego
Cebus apella Macaco-prego
Alouatta belzebul Bugio, Capelão
Panthera onca Onça-pintada
Leopardus pardalis Jaguatirica
Leopardus wiedii Maracajá-açu
Herpailurus yagouarundi Jaguarundi
Puma concolor Suçuarana
Cerdocyon thous Raposa
Speothos venaticus Cachorro-vinagre
Procyon cancrivorous Mão-pelada
Nasua nasua Quati
Mazama americana Veado-mateiro
Mazama gouazoubira Veado-catingueiro
Tayassu tajacu Caititu

II. Anfíbios

Táxon Nome Popular


Bufo paracnemis Sapo-cururu

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Phrynohyas venulosa Perereca


Phyllomedusa hypocondialis Perereca-folha
Scinax fuscomarginatus Pererequinha-do-brejo
Scinax fuscovarius Perereca das casas
Adenomera hylaedactyla rãzinha
Eleutherodactylus sp. Rã-da-floresta
Leptodactylus ocellatus Rã-manteiga
Chiasmocleis albopunctata RÃZINHA
PINTADA

III. Répteis

Lagartos
Amphisbaena sp. Cobra-de-duas-cabeças
Gonatodes sp. Lagartixa
Gymnodactylus Lagartixa do cerrado
geckoides
Colobosaura modesta Calanguinho
Micrablepharus Calanguinho-de-rabo-
maximiliani
Iguana iguana azul
Iguana
Tupinambis merianae Teiú
Tropidurus oreadicus Calango
Serpentes
Boa constrictor Jibóia
Eunectes murinus Sucuri
Chironius exoletus Cobra-cipó
Oxyrhopus trigeminus Coral-falsa
Philodryas nattereri Corre-campo
Psomophis joberti Cobra-corredeira
Spilotes pullatus Caninana
Micrurus lemniscatus Coral
Leptotyphlops koppesi Cobra cega
Crotalus durissus Cascavel
Quelônios
Podocnemis unifilis Tracajá
Crocodiliana
Caiman crocodylus Jacaré-tinga

IV. Aves

Nome Científico Nome Popular


Rhea americana Ema
Crypturellus cinereus Inhambu-preto
Crypturellus undulatus Jaó
Crypturellus parvirostris Inhambu-chororó
Rhynchotus rufescens Perdiz
Ardea cocoi Socó-grande
Ardea alba Garça-branca-grande
Egretta thula Garça-branca-pequena
Bubulcus ibis Garça-vaqueira
Butorides striatus Socozinho

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Tigrisoma lineatum Socó-boi


Theristicus caudatus Curicaca
Sarcoramphus papa Urubu-rei
Coragyps atratus Urubu-comum
Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha
Anhima cornuta Anhuma
Gampsonyx swainsonii Gaviãozinho
Elanoides forficatus Gavião-tesoura
Micrastur ruficollis Gavião-caburé
Milvago chimachima Carrapateiro
Caracara plancus Caracará
Penelope superciliaris Jacupemba
Cariama cristata Seriema
Jacana jacana Jaçanã
Vanellus chilensis Quero-quero
Charadrius collaris Batuíra-de-coleira
Gallinago pTocantinse Narceja
Columba livia Pombo-doméstico
Columbina minuta Rolinha-de-asa-canela
Columbina talpacoti Rolinha
Scardafella squammata Fogo-apagou
Leptotila verreauxi Juriti
Geotrygon montana Pariri
Aratinga jandaya Jandaia-verdadeira
Pionus menstruus Maitaca-de-cabeça-azul
Pionus maximiliani Maitaca-de-maximiliano
Amazona xanthops Papagaio-galego
Amazona aestiva Papagaio-verdadeiro
Amazona amazonica Curica
Piaya cayana Alma-de-gato
Crotophaga ani Anu-preto
Guira guira Anu-branco
Otus choliba Corujinha-do-mato
Glaucidium brasilianum Caburé
Nyctibius griseus Urutau
Chordeiles pusillus Bacurauzinho
Nyctidromus albicollis Curiango
Hydropsalis torquata Bacurau-tesoura
Streptoprocne zonaris Andorinhão-de-coleira
Reinarda squamata Tesourinha
Eupetomena macroura Tesourão
Anthracothorax Beija-flor-preto
nigricollis
Chrysolampis mosquitus Beija-flor-vermelho
Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno
Notharchus tectus Capitão-do-mato-pequeno
Nystalus chacuru João-bobo

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Monasa nigrifrons Bico-de-brasa


Ramphastos vitellinus Tucano-de-bico-preto
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo
Celeus flavescens Pica-pau-de-cabeça-amarela
Campephilus Pica-pau-de-topete-vermelho
melanoleucos
Philohydor lictor Bentevizinho-do-brejo
Pitangus sulphuratus Bentevi
Tyrannus savana Tesoura
Progne tapera Andorinha-do-campo
Hirundo rustica Andorinha-de-bando
Cyanocorax cristatellus Gralha-do-campo
Mimus saturninus Sabiá-do-campo
Hylophilus pectoralis Vite-vite-de-cabeça-cinza
Basileuterus flaveolus Canário-do-mato
Schistochlamys Sanhaço-de-coleira
melanopis
Hemithraupis guira Saíra-de-papo-preto
Eucometis penicillata Pipira-da-taoca
Tachyphonus rufus Pipira-preta
Piranga flava Sanhaço-de-fogo
Ramphocelus carbo Pipira-vermelha
Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento
Zonotrichia capensis Tico-tico
Emberizoides herbicola Canário-do-campo
Volatinia jacarina Tiziu
Oryzoborus angolensis Curió
Coryphospingus pileatus Galinho-da-serra
Cacicus cela Xexéu
Molothrus bonariensis Chopim

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7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

MODELO DE PRODUÇÃO E INTERAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

De acordo com Palhares (2005), o homem tem praticado a produção animal em


todos os lugares em que a agricultura é viável, e até em lugares onde ela não se
viabiliza plenamente. A maximização do uso de áreas, tanto para a agricultura como
para a pecuária, tem sido um dos principais fatores da degradação ambiental e,
consequentemente, da redução da biodiversidade.
O esgotamento dos recursos naturais como água e solo, através do emprego de
tecnologias inadequadas, voltadas à monocultura animal e vegetal, e à exploração dos
recursos da fauna e flora nativos, trouxeram problemas tais que hoje significam o
rompimento com os paradigmas até então existentes, como destaca Testa et al. (1996),
pois à necessidade de uma adequação à nova realidade que está surgindo de maneira
irreversível e que deverá garantir a sustentabilidade ambiental e a equidade social.
Neste sentido, Alves (2003) e Dal Piva (2007) destacam em seus trabalhos que a
produção animal interage com o meio ambiente de diversas formas, especialmente pela
utilização da água para a dessedentação, pela alimentação extraída do solo, por meio de
grãos de culturas cultivadas, e pelos resíduos produzidos e posteriormente depositados
no solo. Sendo assim, a atividade acaba causando impactos negativos como a produção
de metano e de dióxido de carbono expelido pelos animais; a contaminação dos
produtos de origem animal devido ao uso inadequado de produtos veterinários para o
tratamento de enfermidades dos animais e de agrotóxicos e fertilizantes químicos nas
culturas para produção de grãos que compõem a ração; contaminação das fontes de
água e assoreamento dos recursos hídricos; entre tantos outros.
Conforme Alves (2003), a produção de esterco fresco diário e de cama-de-frango
numa empresa integradora com abate de 10.000 aves/dia, é de, respectivamente, 456 e
3.024 toneladas. Desta forma, percebe-se o potencial de poluição dos dejetos pelo fato de
a composição química e microbiológica destes ser fator de contaminação ambiental,
pois de acordo com pesquisas realizadas, revela-se a presença, significativamente elevada,
de Escherichia coli em cama de frango (105 a 106 UFC/g).

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Alves (2003) ainda menciona que a cama de frango é um excelente adubo


orgânico. Porém, o conteúdo em macro nutrientes do esterco avícola varia de acordo
com o tipo de material usado como base da cama, bem como com o período de tempo em
que é usada. Uma cama de frango com concentração equilibrada de nutrientes é de boa
qualidade e oferece segurança do ponto de vista ecológico.
Brum Junior (2006) e Lucas Junior (2008) destacam que os problemas relacionados
à questão ambiental vão muito além, quando são observados os sistemas de exploração
adotados (extensivo, semiextensivo e intensivo), e estes exercem influências distintas,
com níveis diferentes de degradação do meio ambiente, principalmente no que diz
respeito a impactos no ar, através da emissão de gases e poeira; no solo, com excesso
de minerais causados pelo mau uso da cama e pelo descarte de aves; e na água, pelo uso
excessivo de água nas instalações e desperdício em equipamentos, além de problemas
secundários como o aumento de vetores transmissores de doenças (ratos, mosquitos e
borrachudos entre outros). Albino (2007) menciona que ao planejar-se uma atividade
agroindustrial, como a instalação de uma empresa, ou mesmo das unidades produtoras,
um dos temas mais importantes é o estudo de sua localização, levando-se em
consideração vários fatores, dos quais ela necessitará. Em princípio deve-se conhecer a
capacidade de suporte natural, que deve ter condições de absorver os impactos
ambientais por ela produzidos, desde a retirada dos recursos renováveis e não renováveis,
até o depósito de resíduos sólidos, lançamento de efluentes, além da disponibilidade de
água para o processo.
A atividade agroindustrial está se adequando às exigências modernas do mercado
e, desta forma, ela já parte com metas e objetivos definidos, conforme salienta Albino
(2007). Tendo como pré-requisitos o conhecimento total do problema estudado, desde a
definição do sistema de produção e de seu meio-ambiente interno e global sendo a
cadeia de produção agroindustrial, vista como um sistema aberto, centrado nas relações
existentes entre o organismo (natural) ou organização (construído) e o seu meio ambiente,
onde os limites entre eles são permeáveis às mudanças e às trocas de matéria e energia
que venham a acontecer.
O assunto dos impactos ambientais causados pela produção de frangos de corte
sempre esteve entre as principais preocupações do setor avícola (LUCAS JUNIOR, 2008).

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De acordo com o mesmo autor, todo sistema de produção animal, em maior ou menor
grau, provoca impactos no meio ambiente, sendo que o que se deve fazer é estudar,
desenvolver e adotar métodos de produção que minimizem esses impactos.
Para Lucas Junior (2008), todo projeto avícola atual tem a obrigação de garantir o
desenvolvimento sustentável da atividade. Tendo em vista que a avicultura como
qualquer outra atividade produtiva, deve ser planejada sob um processo de
desenvolvimento que busque atingir as necessidades do presente sem comprometer as
possibilidades das gerações futuras em atenderem as suas próprias necessidades. Nesse
sentido, práticas de manejo e adoção de técnicas como a reciclagem e o tratamento de
dejetos, a compostagem de aves mortas e a reutilização da cama, entre outras, têm um
papel fundamental para trilhar uma constante busca em diminuir os impactos causados
pela atividade no meio ambiente, mesmo por que, a fiscalização dos impactos, causados
pelos sistemas de produção animal no meio ambiente, tendem a crescer
consideravelmente nos próximos anos. Este fato está atrelado também ao aumento no
número de pessoas preocupadas em consumir produtos considerados ecologicamente
corretos e, pensando assim, a avicultura ainda encontra-se numa boa situação quando
comparada a outras atividades, sendo bem menos crítica que outros segmentos, como a
suinocultura e a bovinocultura.
A implantação de bons programas de biosseguridade, para Albino (2007), está
embasado na elaboração dos procedimentos e ações de controle a serem seguidos e
estabelecidos nas normas específicas e findam na sua aplicação prática no campo e nas
atividades diárias. Isso porque na avicultura moderna a utilização de medidas que
atendam a legislação ambiental, a organização, monitoria e controle em instalações de
produção de aves é fator decisivo para a introdução de novos produtores em sistemas de
produção profissionais integrados, seja via cooperativas, associações, agroindústrias ou
outras formas de parcerias. Os modernos programas de rastreabilidade na produção
preveem a monitoria constante na qualidade, segurança e apresentação do produto desde
sua origem.
Conforme Palhares (2005), para os países exportadores de carne de frango, tudo
indica que as exigências dos compradores estão longe de terminar, embora a
dependência mercadológica seja evidente. O tema que envolve toda a cadeia produtiva,

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desde os produtores dos grãos que vão alimentar as aves, até os responsáveis pela logística
da exportação, não deve se esgotar tão facilmente, mas pode ser previsto e até antecipado.
Segundo especialistas em mercado internacional, as tendências são de exigências futuras
quanto à adoção de tecnologias limpas e de sistemas de gestão ambiental. Dentro do
processo produtivo, as atenções devem ser voltar para o consumo de água e energia,
gerenciamento de resíduos e uso de ingredientes para alimentação animal que gerem
menor impacto ambiental.
O produtor deve estar ciente de que sua propriedade precisa ser pensada e
planejada visando atingir padrões de excelência que garantam condições necessárias para
produção de acordo com as exigências do cliente final e da legislação competente. Isso
pode ser atingido com ações simples que podem ser realizadas dentro de um aviário, na
organização, limpeza e manutenção da ordem de forma que estas pequenas ações
constituam ferramentas utilizadas em programas de biosseguridade (ALBINO, 2007).

I. IMPACTO AMBIENTAL NO SOLO CAUSADO PELA PRODUÇÃO DE


FRANGOS DE CORTE

À medida que cresce a necessidade por melhorias ambientais, também cresce a


necessidade do tratamento dos dejetos orgânicos, tendo em vista o atendimento das
diretrizes do desenvolvimento sustentável. O processo da construção de uma avicultura
sustentável deve não somente implicar em buscas de tecnologias de produtividade, mas
também fortalecer, de fato, a avicultura na base da produção (PALHARES, 2005).
Segundo Miranda (2005), não poderá ser lançado resíduos ou dejetos,
independente de sua natureza, em qualquer corpo hídrico superficial ou subterrâneo; o
sistema de deposição do esterco das aves deve ser feito preferencialmente em cama de
material orgânico com alto potencial de absorção de umidade como maravalha, indicando
a quantidade a ser utilizada e o destino final dos dejetos, conforme estabelecido na atual
legislação. Os animais mortos, resíduos orgânicos e dejetos não estabilizados (“in
natura”) para que possam ser aplicados na agricultura, deverão ser combustados por um
período, mantidos cobertos, até sua utilização agrícola. A cama usada para as aves deve
ser retirada, no máximo, a cada 12 meses. As carcaças de aves mortas e resíduos de

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mesma origem deverão ser destinadas à compostagem.


Vários são os relatos sobre o potencial fertilizante ou a possibilidade de
substituição da adubação química, no todo ou em parte, pelos dejetos produzidos pelas
aves (cama de aviário) para diversas culturas, como milho, soja, feijão e pastagens.
Entretanto, com o aumento da escala de produção e da disponibilidade de vários
tipos de resíduos orgânicos com potencial de uso agrícola e o avanço no conhecimento
da poluição difusa no meio rural, a utilização desses resíduos, em especial os de origem
animal, como um insumo de produção, passa a exigir uma reavaliação. Para tal, se torna
necessária à análise dentro de uma perspectiva mais abrangente do que aquela restrita
ao suprimento de macronutrientes para as plantas ou a concepção genérica de que
melhoram as condições químicas, físicas e biológicas do solo. Importante lembrar
também que os dejetos animais e outros tipos de resíduos orgânicos, da mesma forma que
os fertilizantes químicos, são utilizados num ambiente onde as plantas, solo, águas e
práticas agrícolas são fatores interdependentes e de que do equilíbrio dessa interação
depende a sustentabilidade da vida de homens e animais. Estabelece-se, dessa forma, uma
interdependência entre qualidade ambiental e práticas agrícolas (PALHARES, 2005).
Por outro lado, como a resposta às aplicações de cama de aves num determinado
solo depende do tipo de planta, mostra-se incerto concluir que o uso desses resíduos como
fertilizante é uma prática segura de reciclagem, quando se usa apenas um tipo de
planta, especialmente no caso de avaliações de curto prazo. Desta forma, observa-se que
a ciclagem de nutrientes é estabelecida ao nível da necessidade das plantas. Contudo,
este procedimento pode acarretar impactos ambientais como, por exemplo, a poluição
hídrica ou aumento da concentração de metais pesados em níveis tóxicos no solo
(CERRI, 2009).
Neste sentido os resíduos dispostos no solo como fertilizantes, sem prévio
tratamento, comprometem a qualidade do solo e da água, com contaminação dos
mananciais pelos microrganismos, toxidade a animais e plantas, e depreciação do
produto, porém com percepção dos efeitos em médio e longo prazo (AIRES E LUCAS
JUNIOR,2009). Miranda (2005) salienta que na maior parte das fazendas de produção
animal a quantidade de nutrientes que é comprada ou trazida para dentro da propriedade é
muito maior que a quantidade de nutrientes que consegue ser removida.

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Segundo Seganfredo [s.d.], devido à demora na percepção dos efeitos negativos


da utilização dos dejetos animais como fertilizante do solo pode ser citado:
1. A intensificação, recente, das criações em sistemas confinados de alta densidade;
2. O fato de só se dar importância aos efeitos adversos das adubações com dejetos
animais, quando se percebem prejuízos à saúde pública e à economia, haja vista que estes
efeitos nem sempre se manifestam em curto prazo;
3. Os conceitos sobre as adubações orgânicas foram estabelecidos com base em
resíduos vegetais e estercos de animais alimentados fundamentalmente com pastagens ou
silagens, neste caso, muito diferente dos dejetos animais atualmente aplicados ao solo;
4. Somente no início da década de 60, é que surgiram alguns equipamentos
laboratoriais capazes de medir com suficiente confiabilidade, alguns metais pesados
presentes nos dejetos;
5. O fato de os fertilizantes químicos serem um insumo escasso, enquanto os
dejetos de animais são “insumos abundantes", o que frequentemente motiva a sua
aplicação ao solo em quantidades incompatíveis com a capacidade e velocidade de
extração das plantas.
Neste sentido Miranda (2005) destaca que apenas 9% do N e 8 % do P total
excretado pelos suínos e aves conseguem ser exportados via produção vegetal, sendo que
o excedente, destes e de outros elementos, no solo causam problemas de disponibilidade
de nutrientes em função da adsorção pelos colóides do solo, de alguns elementos mais.
De forma geral, não há perfeita compatibilidade entre a reutilização da cama na
criação de frangos e a preservação da saúde animal e humana ou mesmo da preservação
do ambiente natural destaca Fiorentin (2005). O mesmo autor salienta a necessidade de
esforços de parte da avicultura organizada para reduzir os impactos negativos da
reutilização da cama, sem, p o r é m aumentar demasiadamente os custos da produção. A
utilização de cama nova a cada criada seria o ideal do ponto de vista de saúde, mas
aumenta o custo de produção e gera um grande volume de resíduos. Esta cama acabaria
por poluir demasiadamente o ambiente natural, uma vez que frangos são geralmente
criados em áreas de grande densidade populacional e geram grande volume de resíduos em
uma área específica, não sendo economicamente viável transportá-los a grandes
distâncias, para onde o solo ainda poderia receber os nutrientes disponíveis na cama de

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frangos sem riscos de poluir, sobretudo, as fontes de água.


Fiorentin (2005) destaca que a presença de bactérias na cama pode resultar em
contaminação para o meio ambiente, além de ser fonte de infecção para os próprios
frangos constituindo um problema sanitário, tanto para as aves criadas sobre a cama
contaminada como também para os humanos em função da contaminação do meio
ambiente num todo. Porém existem vários métodos disponíveis para a redução da
concentração bacteriana na cama, entre lotes, o u a n t e s , de sua deposição no meio
ambiente, como fertilizante do solo. Dentre os métodos utilizados para a redução da carga
bacteriana da cama, a temperatura é um agente físico de grande eficiência na inativação
de bactérias, a forma factível de se obter altas temperaturas na cama do aviário é através
da fermentação. Embora as temperaturas sejam eficientes na inativação das principais
bactérias de interesse, a dificuldade, no entanto, está em se fazer a cama atingir a
temperatura de pelo menos 70°C de forma uniforme, sendo que a essa temperatura
ocorre à inativação de Salmonelas e E. coli, principais agentes biológicos de
contaminação do meio ambiente. Outro benefício da fermentação é proporcionar
redução de moscas e cascudinhos, que atuam como vetores de bactérias, que por meio da
fermentação são inativados. No entanto, vários métodos disponíveis para a inativação de
bactérias podem ser de maior ou menor sucesso em diferentes situações, desde que
acompanhados de métodos de avaliação de sua eficiência. O que não deve ser feito é
reutilizar a cama sem a adoção de pelo menos um método de redução da carga bacteriana.

II. IMPACTO AMBIENTAL NA ÁGUA CAUSADO PELA PRODUÇÃO DE


FRANGOS DE CORTE
Miranda (2005) destaca as criações animais como as principais responsáveis pela
poluição das águas, haja visto que trabalhos comprovam que a aplicação excessiva de
dejetos no solo resultam no aumento da concentração do nitrato e fósforo na água dos
rios e lagos, como consequência disso, provocam proliferação de algas, morte de peixes
e redução do oxigênio.
Palhares (2008) destaca que os setores produtivos e governamentais sabem da
importância da água para produção animal e que a riqueza hídrica nacional é estratégica
para manutenção do país como um grande produtor de alimentos de origem animal. No

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entanto, esses setores e a sociedade ainda não conhecem os potenciais impactos que
estas produções podem provocar nos recursos hídricos, e nem se há políticas de
desenvolvimento e ações de produtores e agroindústrias para aplicar na conservação da
água em quantidade e qualidade, uma vez que a maior parte das propriedades pecuárias
não está adequadamente licenciada.
Para Palhares (2008), somente as regiões de alta concentração produtiva
conhecessem o real impacto que estas produções podem causar nos recursos hídricos.
Mas ressalta que este conhecimento não ocorreu por via de conscientização, mas por
anos de omissão de toda sociedade que hoje vê suas águas comprometidas em quantidade
e qualidade. Certamente, o grande mercado consumidor brasileiro não sabe que os
produtos pecuários que ele consome podem ter deixado um prejuízo ambiental
considerável na região onde foram produzidos.
Palhares (2008) argumenta também que a produção animal européia e Norte-
Americana é hidricamente melhor que as nossas devido a existências de leis mais
restritivas e melhor estruturação dos órgãos fiscalizadores. No caso do Brasil, a maioria
dos estados não possui leis específicas para o licenciamento de propriedades
agropecuárias, responsáveis pela produção de bovinos, aves e suínos. Nos estados que
possuem algumas leis a respeito, devido à omissão de produtores e agroindústrias e
desestruturação dos órgãos fiscalizadores, muitas propriedades não possuem licença
ambiental. Desta forma, como consequência disso, a produção animal brasileira se torna
hidricamente insustentável. Para reverter esse quadro o autor destaca que devem ocorrer
mudanças de pensamento em todas as cadeias produtivas, desde produtores até
consumidores, sendo fundamental que as agroindústrias assumam a sua co-
responsabilidade na mitigação dos problemas ambientais originados na geração das
matérias-primas e que os governos estabeleçam políticas de desenvolvimento, através de
zoneamentos produtivos e estruturação e fortalecimento dos órgãos fiscalizadores.

III. IMPACTO AMBIENTAL NO AR CAUSADO PELA PRODUÇÃO DE

FRANGOS DE CORTE

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Nääs et al. (2007) destaca que a qualidade do ar em ambientes de produção


animal vem sendo referenciada como ponto de interesse em estudos de sistema de
controle ambiental, focando tanto a saúde dos animais que vivem em total confinamento,
quanto à dos trabalhadores que permanecem de 4 a 8 horas por dia nesse ambiente.
Aires & Lucas Junior (2009) mencionam que nos últimos anos o problema
ambiental que vem recebendo atenção especial, no que se refere a produção animal em
geral, é o alto potencial de emissão de gases de efeito estufa proveniente da
degradação dos dejetos em locais inapropriados, geralmente a céu aberto. Para eles, 20%
das emissões mundiais de gases de efeito estufa são provenientes das atividades
agropecuárias, sendo que o metano, produzido durante a degradação da matéria orgânica
em meio anaeróbio, e o óxido nitroso, produzido em meios anaeróbios utilizando os
compostos nitrogenados de natureza orgânica ou inorgânica, são os principais gases
envolvidos. Estes gases agem impedindo a saída da radiação solar que é refletida na
superfície da Terra para o espaço, e desta forma, contribuindo para o aumento da
temperatura global. Esses gases são preocupantes, principalmente devido ao seu tempo
de vida na atmosfera e seu potencial de aquecimento global, quando comparados ao
dióxido de carbono (CO2). O CO2 é o principal gás do efeito estufa, e por isso, foi eleito
como sendo índice 1 para o aquecimento global e os demais gases são comparados a ele.
A vida média desses gases na atmosfera seria de 12 anos para o metano (CH4) e de até
120 anos para o oxido nitroso (N2O). A emissão de carbono, metano e óxido nitroso são
todos influenciados de uma maneira indireta pelos sistemas intensivos de produção
(MIRANDA, 2005).
Segundo Miranda (2005) a emissão global de metano proveniente da produção
animal é estimada em 18%. No entanto, a principal fonte de metano é a alimentação
de ruminantes com alimentos de baixa qualidade e dietas fibrosas. Desta forma nas
criações intensivas, como na suinocultura e avicultura, os animais são alimentados com
alimentos de alta qualidade, sendo assim, a emissão de metano proveniente destas
atividades não é preocupante. Estima-se, que 20% da emissão de metano relacionada à
produção animal são causadas pelo processo anaeróbico que acontece nos locais onde os
dejetos passam pelo processo de fermentação, onde há alta umidade.
De acordo com Nääs et al. (2007), outro fator de importância quando se refere à

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contaminação do ar é a presença de poeira. As autoras destacam que existem quatro


riscos básicos originados pela geração de poeiras ou particulados nas instalações de
produção animal: a saúde do trabalhador, a saúde animal, a deterioração de equipamentos e
das instalações, e a saúde dos vizinhos.
Outro fator, não de menor importância, refere-se à poluição provocada pelos
odores emitidos pelos dejetos e, neste sentido Miranda (2005) salienta que no manejo
dos resíduos deve-se considerar a distribuição dos ventos dominantes no local, sendo
que estes não se dirijam dos pontos de manipulação dos resíduos para áreas onde ocorram
concentrações humanas a fim de evitar situações desagradáveis às pessoas.

IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELO EMPREENDIMENTO

Os possíveis impactos causados pelo empreendimento estão elencados na matriz de


impacto ambiental, bem como consta na matriz as medidas mitigadoras a serem adotadas.

Consequências do Ações Impacto Impacto


Impacto Como impacta
impacto mitigatórias Social Econômico

i. Consumo abusivo; i. Escassez hídrica e i. Correções nos i. Alto, i. Alto, gasto


ii. Poluição/contamin aumento da sistemas condições com o
ação por elementos competitividade hidráulicos, de saúde da tratamento
químicos; pelo recurso; nas instalações população, público/priv
iii. Poluição/contamin ii. Depreciação das e no uso do usos ado das
ação por condições físicas e recurso para múltiplos águas para
microrganismos; químicas das higienização; da água na abastecimen
iv. Alterações na águas; ii. Correto biodiversid to, gastos
biodiversidade iii. Águas tratamento dos ade com saúde
planctônica e caracterizadas efluentes e aquática; pública e no
piscícola das águas como veículos de disposição dos tratamento
Águas superficiais. doenças humanas resíduos no de
superficiais e e animais; solo como efluentes;
subterrâneas iv. Perda da fertilizantes;
biodiversidade iii. Mudança nos
planctônica e hábitos de
aquática. manejo hídrico
e de resíduos;
iv. Utilização de
tecnologias
nutricionais a
fim de
diminuir a
excreção de
elementos
impactantes.

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i. Poluição/ i. Perda da i. Utilização dos i. Alto, i. Alto,


contaminação por capacidade resíduos como disponibilid inviabilizaç
elementos agrícola dos solos; fertilizante de ade de ão dos solos
químicos ii. Depreciaçã forma correta, terras para para o
ii. Poluição/ o do recurso pautando-se o cultivo. plantio de
contaminação por natural como pelo princípio culturas,
microrganismos suporte para flora; do balanço de devido a
iii. Alterações na iii. Impedimen nutrientes e de contaminaç
biodiversidade do to do uso do solo capacidade de ão, erosão e
solo para agricultura suporte dos geração de
iv. Alterações na e/ou aumento do solos; renda.
estrutura física do custo de preparo ii. Utilização de
solo (compactação) do solo. tecnologias
nutricionais a
fim de
diminuir a
excreção de
elementos
impactantes;
iii. Racionalização
do uso de
medicamentos
Solo e promotores
de crescimento
de acordo com
as
recomendações
técnicas;
iv. Não utilizar o
resíduo como
adubo quando
as condições
do solo não
forem
propícias (alta
umidade);
v. Manter
distâncias
sanitárias e
barreiras
físicas
(vegetação) ao
redor das áreas
receptoras de
adubos.
i. Emissão de odores, i. Nos animais, ii. Correto i. Alto, i. Alto,
dióxido e queda dos índices manejo dos qualidade rentabilidad
monóxido de zootécnicos; resíduos, no de vida da e das
carbono, metano, estresse, aumento interior e população produções e
gás sulfídrico, da mortalidade e exterior das rural; gastos com
amônia, óxido exposição dos instalações; saúde do
nitroso, aerosóis, animais a outras iii. Aproveitament indivíduo;
entre outros e doenças; o dos resíduos
Ar partículas de ii. Nos como
poeira. humanos, aumento fertilizantes de
da frequência forma menos
respiratória, impactante
asfixia, (incorporação
irritabilidade das no solo);
mucosas, iv. Correto
membranas e manejo dos
olhos, náuseas, sistemas de

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depressão do tratamento
sistema nervoso e para que estes
morte. não sejam
fontes de
emissão;
v. Utilização de
tecnologias
nutricionais a
fim de
diminuir a
emissão de
gases e odores.
i. Emissão de gases i. Aquecimento i. Correto i. Alto, as i. Alto,
estufa (dióxido e global e suas manejo dos mudanças diminuição
monóxido de consequências. resíduos, no climáticas de áreas
carbono, metano, interior e causam propícias
óxido nitroso). exterior das alterações para
instalações; na produção
ii. Aprovei qualidade animal e
tamento dos de vida e vegetal e
resíduos como geografia aumento do
fertilizantes de das custo de
forma menos produções produção
impactante agropecuári destas e
(incorporação as. gastos
no solo); públicos/
iii. Correto privados
Clima
manejo dos decorrentes
sistemas de de
tratamento alterações
para que estes climáticas.
não sejam
fontes de
emissão;
iv. Utilizaç
ão de
tecnologias
nutricionais a
fim de
diminuir a
excreção de
elementos
i. Proporcionando i. Degradação e/ou i. Realização de i. Alto, perda i. Alto,
condições adversas perda da flora e estudos de da impossibilid
a biota devido à fauna. impacto biodiversid ade de
poluição e ambiental na ade. geração de
contaminação por flora e fauna novos
resíduos animais antes da produtos,
implantação medicament
dos os, etc.
Biodiversidade
empreendimen
tos;
ii. Recuper
ação da flora
nativa em
áreas
específicas da
propriedade.
i. Devido à i. Redução dos i. Todas citadas i. Alto, i. Alto, gastos
Condições
degradação índices acima redução de com
sanitárias do
qualitativa e zootécnicos. relacionadas à empregos. biosseguran
rebanho
quantitativa dos conservação ça, aumento

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recursos naturais. dos recursos dos custos


naturais. de produção
e na
possibilidad
e de perda
de renda.
i. Aumento do uso de i. Reduzida i. Todas citadas i. Alto, i. Alto,
água, solo, energia, disponibilidade ou acima dificuldade aumento do
etc. uso indisponível. relacionadas à para custo de
conservação fixação do produção,
Custo de
dos recursos homem no menor
produção da
naturais. campo e competitivi
criação
maior dade da
competição atividade.
por
insumos.
i. Devido à i. Diminuição da i. Todas citadas i. Alto, i. Alto, gastos
degradação qualidade de vida acima disponibili público/priv
qualitativa e das populações. relacionadas à dade ado com
quantitativa dos conservação igualitária saúde
Condições de
recursos naturais. dos recursos de recursos humana.
saúde da
naturais. naturais em
população
quantidade
e qualidade
para toda
população.
i. Oferta de proteína i. Nos animais, i. Utilização de i. Alto, oferta i. Alto,
animal de baixa diminuição dos ingredientes de de rentabilidad
qualidade devido à índices qualidade no alimentos e do
contaminação por zootécnicos, com arraçoamento em produtor e
substâncias, possibilidade de dos animais; quantidade exportações
microrganismos e condenação de ii. Correto e do país.
resíduos inerentes carcaças e manejo qualidade;
Segurança dos
acriação. produtos; sanitário e dos ii. Médio,
alimentos
ii. Nos humanos, resíduos das credibilida
aumento dos criações. de dos
riscos de produtos de
contaminação origem
humana e animal.
aparecimento de
epidemias.
i. Alto,
i. Alto,
i. Contratação e melhoria
geração de
capacitação de da
renda;
mão-de-obra para qualidade
i. Alteração da taxa de i. Promover a ii. Alto,
desempenho de de vida;
emprego rural; diversidade de elevação
funções no aviário; ii. Alto,
Setor primário ii. Alteração culturas através de preços
ii. Aumento redução
de áreas e de auxílio do dos
na produção de da
atividades agrícolas; Ruraltins. produtos
culturas que produtivid
de
compõem a ração ade de
subsistênci
das aves. subsistênc
a.
ia.
i. Alto,
i. Alto,
i. Alteração da importação
i. Aumento da aquecimento
produção de de
demanda de abate da economia
unidades tecnologia,
Setor de aves. local,
industriais; instalação
secundário ii. Aumento regional e
ii. Alteração e/ou
da oferta de estadual;
da taxa de emprego expansão de
emprego
industrial unidades
industriais;

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ii. Alt
o, melhoria
da qualidade
de vida;
iii. Alt
o, geração
de renda
i. Alto,
demanda
por mão-de-
i. Alteração da taxa de
obra
emprego no setor i. Abertura de novas
qualificada
terciário; frentes de trabalho; i. Alto,
(geração de
ii. Alteração ii. Demanda aquecimento
renda);
das atividades por produtos e da economia
Setor terciário ii. Alt
comerciais e de serviços (mão-de- local,
o,
serviços; obra, materiais, regional e
importação
iii. Alteração equipamentos, estadual;
de novas
das atividades do veículos);
tecnologias,
setor terciário.
capacitação
de mão-de-
obra;

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8. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE E MITIGAÇÃO DOS


IMPACTOS AMBIENTAIS

As medidas de controle e mitigação dos impactos ambientais a serem adotadas pelo


empreendimento consistem em:

8.1 - MEIO FÍSICO

8.1.1 - Medidas de Controle da Poluição das Águas

8.1.1.1 - Águas Subterrâneas.

- Permeabilidade do solo (lixiviação).


Como medida de prevenção às águas subterrâneas, adotar-se-á a
impermeabilização, através de concreto, de todas as instalações utilizadas no processo
produtivo ou no armazenamento de subprodutos e insumos utilizados no
empreendimento (aviários, composteiras, galpão para veículos e equipamentos, depósito
de insumos), bem como da instalação de sistemas de tratamento de efluentes domésticos
e efluentes gerados pelo empreendimento, conforme abordado anteriormente.

- Profundidade do lençol freático.


O lençol freático encontra-se a uma profundidade de aproximadamente 60 m.

8.1.1.2 - Águas Superficiais.

- Carreamento de resíduos tóxicos para os cursos d’água.


Como medida preventiva ao carreamento de resíduos tóxicos para os cursos
d’água, sugere-se a instalação de muretas, troca de cortinas, quando necessário, com o
intuito de evitar a entrada de águas da chuva bem como o carreamento de maravalha (cama
de frango), bem como do uso de um sistema de tratamento de efluentes, composto por:

8.1.2 – Medidas de Controle para Sistema de Captação de Água:

As medidas de controle para sistema de captação de água constarão no relatório de


outorga d’água, a ser apresentado quando da instalação do empreendimento.

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8.1.3 – Medidas para o Controle de Contaminação dos Cursos D’água:

Como medida de controle de contaminação dos cursos d’água, o empreendimento


sugere a instalação de um sistema de tratamento de efluentes gerados durante o processo
produtivo, composto por:
- Caixa de Areia;
- Fossa séptica;
- Filtro anaeróbio;
- Sumidouros.
A proposta desse sistema se justifica pela necessidade de se evitar a disposição dos
efluentes no solo, o que poderia acarretar a percolação, podendo comprometer a qualidade
das águas subterrâneas. Outro sim, a disposição dos efluentes no solo, por este apresentar
restos de cama de frango, ração, produtos químicos, poderia atrair animais,
consequentemente comprometendo a biosseguridade do empreendimento e causando danos
a biodiversidade.

8.1.4 – Medidas para Disposição de Resíduos Sólidos:

A disposição dos resíduos sólidos gerados durante o processo produtivo, bem como
os resíduos sólidos domésticos serão feitas da seguinte maneira:
I. Resíduos sólidos domésticos:
Os resíduos sólidos domésticos orgânicos serão recolhidos e enterrados, conforme
recomendação da integradora, a fim de evitar riscos à biosseguridade do
empreendimento. Quanto aos resíduos inorgânicos domésticos, estes serão
recolhidos e queimados em área destinada a este fim “barreiro”.

II. Frascos de vacinas, detergentes e sacaria da cal.


No que se refere a frascos de vacinas, detergentes e sacaria da cal, a
disposição final, uso e quantidade, estão contemplados no item a “Medidas de
controle do uso de produtos químicos”.

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PLANO DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA INSUMOS E VACINAS

O plano de coleta de resíduos sólidos a ser implantado no empreendimento, diz


respeito à coleta, acondicionamento e transporte e destinação final das embalagens de
insumos e vacinas utilizados no empreendimento.

- Coleta e transporte.
Como apresentado anteriormente, os resíduos sólidos oriundos de vacinas (frascos
contendo material biológico) e insumos (detergentes e inseticidas), serão destinados à
integradora a qual caberá a destinação final destes.
A coleta na área do empreendimento será feita mediante o descarte do material, o
qual deverá ser acondicionado em sacos de lixo, ressaltando que não deverá colocar no
mesmo saco, frascos de vacinas e outro tipo de material, a disposição deverá ser feito
separadamente, ou seja, um saco para cada material. Após acondicionamento dos resíduos,
estes serão remetidos ou coletados pela integradora. Este transporte caberá ao proprietário
do empreendimento, ou em caso de impossibilidade, a integradora deverá executar esta
operação.
Ressaltando que o material transportado e coletado, deverá constar de registro em
planilha, conforme adotado no plano de Automonitoramento. Lembrando que é de
responsabilidade da integradora a recepção e destinação final das embalagens de produtos e
insumos por ela fornecidos.

- Destinação final.
A destinação final destes resíduos caberá à integradora, que irá receber os resíduos
sólidos, por ela fornecidos ao integrado, através de uma unidade de recepção, e encaminhá-
lo ao aterro sanitário de Aguiarnópolis, após prévia comunicação e autorização da
prefeitura municipal.
O uso do aterro sanitário de Aguiarnópolis se justifica, por ser este o único município
nas proximidades a possuir este tipo de empreendimento.
A destinação final dos resíduos sólidos será comprovada mediante documento
específico de movimentação destes resíduos, os quais constituirão um sistema adicional de

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Automonitoramento ambiental.

III. Maravalha (cama de frango)


Após o período de reaproveitamento da cama de frango, que se dará no final
do 6º lote de aves, esta será cortado com ajuda de um cortador de cama,
amontoada em leiras, dentro do aviário, e após o período de curtimento, cerca
de 06 dias, será ensacada e destinada a venda ou usada na propriedade, em
substituição a adubos químicos. Enquanto aguarda a venda ou a utilização na
propriedade, a cama de frango é ensacada e disposta em um galpão de terra
batida, coberta por palhas de babaçu e não possui paredes.

IV. Aves mortas


As aves mortas, durante o processo produtivo do empreendimento, são
recolhidas e dispostas em composteiras.

MEDIDAS DE CONTROLE DO USO DE PRODUTOS QUÍMICOS:

1- Vacinas

As vacinas a serem utilizadas no empreendimento resume-se a administração da


vacina para a doença de Gumboro, a Poulvac Bursa F, do laboratório Fort Dodge. Cada
frasco de vacina possui 1.000 doses, sendo, portanto, necessários 30 frascos pra vacinação
do lote de cada aviário. Assim, durante um lote de 45 dias, ou seja, acomodação de 13.000
aves, são necessários 13 frascos, o que totaliza 78 frascos ao ano.

2- Produtos de assepsia e tratamento de água.

Os produtos de assepsia indicados e fornecidos pela integradora para fazer a assepsia


dos aviários e limpeza de bebedouros é o desinfetante AMQ 80, DES-FAR Laboratórios
Ltda. Para realização da assepsia, recomenda-se a diluição de 1 litro do produto para cada
1.000 litros de água.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS:

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Como medida de combate a incêndios na propriedade, adotar-se-á o uso de aceiros,


abertos em todo o perímetro da propriedade. No que tange a área do empreendimento,
utilizar-se-á o roçado de gramíneas, bem como vigilância patrimonial constante, a fim de
evitar e/ou identificar qualquer foco de incêndio nas vizinhanças.

MEIO SOCIOECONÔMICO

MEDIDAS DE PROTEÇÃO À SAÚDE HUMANA

O sistema de coleta para lançamento de dejetos humanos a ser adotado pelo


empreendimento é o uso de fossa séptica e sumidouro, conforme abordado anteriormente.
A preocupação em garantir que os galpões avícolas forneçam um ambiente
saudável, tanto para aves, quanto para trabalhadores é uma demanda atual e que agrega
valor aos produtos avícolas. A maioria das propriedades avícolas brasileiras que aloja
aves gera acúmulo de gases como amônia, dióxido e monóxido de carbono, prejudicando
a saúde dos animais e trabalhadores. Segundo Nääs et al.(2005), os desafios nesse
tema não são pequenos, pois não existem soluções simples para equacionar o
problema. Entre a exposição aos contaminantes aéreos, os mais importantes são:
exposição a bactérias, poeira, fungos e etc. a que são submetidos os trabalhadores
avícolas. De acordo com os autores, nos últimos anos tem havido nos fóruns, um
crescimento do pedido de insalubridade por parte dos trabalhadores avícolas. Outra
evidência interessante é a relação entre o tempo de trabalho e a incidência de doenças
respiratórias em trabalhadores, conforme indicam Alencar et al. (2004).
Infelizmente o setor econômico de produção e reprodução de aves emprega um
grande número de pessoas que permanecem cerca de 44 horas semanais dentro de granjas
de recria e de produção, expostos a algumas situações ainda pouco definidas quanto à
condição de insalubridade.
Por exemplo, a ocorrência da perda auditiva nas granjas de aves, ocorre em
função de fatores ligados às características individuais da pessoa exposta ao ruído, ao
meio ambiente e ao próprio agente agressivo (som), conforme citado por Nääs et al.
(2001). Nesse estudo de caso, os autores demonstram que trabalhadores envolvidos nas

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operações existentes dentro de galpão de recria não estão expostos à insalubridade como
aqueles envolvidos nas operações existentes dentro de galpões de produção e os que estão
nas salas de vacinação de pintinhos os quais estão passíveis de exposição acima do nível
de salubridade, sendo, portanto, necessário o uso de proteção auricular, conforme
preconiza a legislação em vigor. Astete & Kitamura (1980) explicam que, dentre as
características do agente importantes para o aparecimento de doença auditiva, destacam-se:
a intensidade, relacionada com o nível de pressão sonora; o tipo de ruído, definido como
contínuo, intermitente ou de impacto.
Deverão ser elaborados e implementados pelo empreendedor medidas de saúde e
segurança do trabalho.

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9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Março a Maio a Outubro a
DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES Setembro/18 Fevereiro/19
Maio/19 Setembro/19 Dezembro/20

- Licenciamento da atividade
1. Processo de Regularização. X
2. Elaboração de Relatório de Controle
X
Ambiental/Plano de Controle ambiental;
3. Cadastro de consumidor de lenha
X
(IBAMA).
- Infraestrutura e saneamento
1. Implantação do empreendimento, sistema
de Tratamento de Efluentes e sistema de X X
abastecimento d’água;
2. Operação do Sistema de Tratamento de
X X X X
Efluentes;
3. Implantação e execução de programa de
coleta e destinação de embalagem de
X X X X
insumos (frascos de vacinas, vasilhames
de detergentes e outros).
- Treinamento de pessoal
1. Capacitação em primeiros socorros, uso
de EPI’s e formação de brigada de X X X
combate a incêndios;
2. Capacitação em coleta e destinação de
X X X
resíduos sólidos;
3. Capacitação em biossegurança e
X X
realização de exames médicos periódicos.
- Preparo dos Viveiros
1. Limpeza de aviário/equipamentos e
X
materiais;
2. Recebimento do plantel (pintinhos); X X X
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3. Manejo das aves. X X X


- Programa de Automonitoramento
1. Acompanhamento da execução do plano
de coleta e destinação de resíduos sólidos
(levantamento, acompanhamento e
controle da destinação dos resíduos X X X
sólidos) e implantação do sistema de
tratamento de efluentes e reestruturação
das composteiras;
2. Monitoramento de águas superficiais e
X X X
subterrânea;
3. Monitoramento do processo de
X X X
compostagem;
4. Monitoramento do solo; X X
5. Monitoramento da manutenção e
operação do sistema de tratamento de X X X
efluentes;
6. Acompanhamento do processo produtivo; X X X
7. Solicitação de uso de árvores mortas e/ou
manejo de Reserva legal, perante o órgão X X
ambiental competente;
8. Execução de medidas mitigadoras. X X X
- Obras de manutenção
1. Execução de roço do entorno dos
X X X
aviários;
2. Limpeza de equipamentos/matérias e
X X X
veículos;
Renovação da LO X
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10. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL

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INTRODUÇÃO

O Plano de Controle Ambiental proposto para atividade de avicultura de corte


compreende a complementação das medidas de controle ambiental propostas no Relatório
de Controle Ambiental.
Caracteriza-se pelo uso de planos e programas que analisarão e eficiência das
medidas mitigadoras adotadas pelo empreendimento, bem como a prevenção de riscos de
acidentes e integridade ambiental e patrimonial.

PLANO DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

Como medidas de acompanhamento e monitoramento das medidas mitigadoras


dos impactos decorrentes da atividade do empreendimento, temos:
I. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Simplificado – PGRSS;
II. Programa de Automonitoramento ambiental;
III. Programa de capacitação de brigadas de combate a incêndios, primeiros
socorros e saúde ocupacional;
IV. Plano de contingência (conforme o Ministério da Agricultura, pecuária e
abastecimento-MAPA).

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11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:

DESCRIÇÃO DE Março a Maio a Outubro a


Setembro/18 Fevereiro/19
ATIVIDADES Maio/19 Setembro/19 Dezembro/20
Treinamento de pessoal
Capacitação em primeiros socorros
uso de EPI’s e formação de X X X
brigada de combate a incêndios;
Capacitação em coleta e destinação
X X X
de resíduos sólidos;
Capacitação em biossegurança e
realização de exames médicos X X X
periódicos.
Programa de Automonitoramento
Acompanhamento da execução do
plano de coleta e destinação de
resíduos sólidos (levantamento,
X X X X
acompanhamento e controle da
destinação dos resíduos sólidos) e
implantação do sistema de
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tratamento de efluentes e
reestruturação das composteiras;
Monitoramento de águas
X X X
superficiais e subterrânea;
Monitoramento do processo de
X X X
compostagem;
Monitoramento da destinação da
cama de frango (comercialização
X X X
ou uso na propriedade –
movimentação);
Monitoramento do solo; X X
Monitoramento da manutenção e
operação do sistema de tratamento X X X
de efluentes;
Acompanhamento do processo
X X X X
produtivo;
Solicitação de uso de árvores
mortas e/ou manejo de Reserva
X
legal, perante o órgão ambiental
competente;
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Execução de medidas mitigadoras. X X X


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12. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


SIMPLIFICADO – PGRSS

APRESENTAÇÃO

A questão dos resíduos sólidos têm se apresentado como um dos grandes


problemas enfrentados pela sociedade atual. Na maioria dos municípios brasileiros, a
inexistência deste tipo de serviço implica na destinação inadequada dos resíduos
sólidos, comprometendo a qualidade dos recursos naturais (água, ar e solo). Materiais
caracterizados como de risco biológico ou químico, são descartados juntamente com
resíduos comuns e em muitas vezes, as áreas destinadas a receber estes resíduos são
frequentadas por catadores de lixo, que se utilizam ainda de leguminosas que se
proliferam neste ambiente para o consumo ou comercialização.

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

É o conjunto de operações desenvolvidas no interior do estabelecimento


prestador de serviço de saúde, compreendendo a geração, segregação, descarte,
acondicionamento, identificação, tratamento preliminar, coleta interna, transporte
interno, armazenamento temporário e externo, higienização, segurança ocupacional,
transporte externo e destinação final, com propósito de assegurar a preservação do
meio ambiente e a saúde pública.

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS SIMPLIFICADO – PGRSS

1. IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR Número do recibo: ___________________


Data : ________/________/_____________

Nome do empreendimento:__________________________________________________________________________________________________
Número e Data de Validade da Licença Ambiental: _____________________________________________________________________________
Endereço:_________________________________________________________________________ Bairro:__________________________________
CEP:_______________________________Fone: ___________________________________Cidade:_________________________________________
Responsável:_____________________________________________________________________CPF: ________________________________________
Profissão:______________________________________________________________________ RG:_________________________________________
Email:___________________________________________________________________________________________________________________
Atividade:____________________________________________________________________ Porte:_________ _____________________________

2. TRANSPORTADOR
Responsável:_____________________________________________________________________________________________________________
Endereço:_________________________________________________________________________________________________________________

3. IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS


4. FREQÜÊNCIA DA
3.1. CÓDIGO DOS 3.2. PESO ESTIMADO EM COLETA (nº de vezes por 5. DESTINO FINAL
RESÍDUOS DESCRIÇÃO DOS RESÍDUOS KILOGRAMAS (Kg/Coleta) dia, semana, mês)

A Resíduo Infectante ou Biológico


B Resíduo Químico
D Resíduo Comum

4. OBRIGAÇÕES LEGAIS

4.1 - MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO


1 – GRUPO A: Infectante ou Biológico
São acondicionados em sacos plásticos, impermeáveis e resistentes, de cor branca leitosa,
com simbologia de resíduo infectante. E no acondicionamento dos perfurantes e cortantes são usados
previamente recipientes rígidos, estanque, vedado, impermeável e identificado com inscrição de
perfurocortante.
2 – GRUPO B: Resíduo Químico
São acondicionados em duplo saco plástico de cor branca leitosa, com identificação do
resíduo e dos riscos. Ou acondicionado em recipiente rígido e estanque, compatível com as
112
características físico-químicas do resíduo ou produto a ser descartado, identificado de forma visível com
o nome do conteúdo e suas principais características.
3 – GRUPO D: Resíduo Comum
São acondicionados em sacos pretos resistentes de modo a evitar derramamento durante seu
manuseio.
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4.2 - ARMAZENAMENTO
1 – GRUPO A: Infectante ou Biológico
São armazenados em depósitos metálicos ou de polietileno com tampa e estanque, de fácil
higienização e manuseio.
2 – GRUPO B: Resíduo Químico
São armazenados em recipiente rígido e estanque, compatível com as características físico-
químicas do resíduo ou produto a ser descartado, identificado de forma visível com o nome do conteúdo
e suas principais características.
3 – GRUPO D: Resíduo Com um
São armazenados em sacos pretos resistentes de modo a evitar derramamento durante seu m
anuseio.
4.3 - SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
As pessoas envolvidas com o PGRSS são submetidas a exame admissional, periódico e
demissional.
Exames e avaliações que são submetidas:
Anamnese ocupacional;
Exame físico;
Exame mental;
Hemograma completo.
Vacinas exigidas:
5. RESPONSÁVEL
Tétano; PELA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DO PLANO
Tuberculose;
Local e data:
Hepatite;
8. RESPONSÁVEL PELA RECEPÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
ASA Norte Alimentos
Outras Ltda. importantes pela vigilância sanitária.
considerações
Av. Nossa
AsSenhora de Fátima,
medidas 3447.e segurança permitem que o pessoal envolvido no Plano de
de higiene
Setor _______________________________________
Rodagem,
Gerenciamento rural. Sólidos Simplificados – PGRSS, além de proteger sua própria saúde,
zonaResíduos
dos
possam Nome
Tocantinópolis do responsável
- TO
desenvolver com maior eficiência seu trabalho, conhecer o cronograma de trabalho, sua
natureza Registro no Conselhoassim
Profissional
_____________________________________________________
e responsabilidade, como, o risco a que estará exposto;
Nome
- estar em perfeito estado de saúde, nãodoter
responsável
problemas com gripes leves nem pequenas feridas na
mão ou no braço; Função/Cargo
- iniciar trabalho já devidamente protegido pelo equipamento pessoal – EPI’s;
- não comer, não fumar, nem mastigar qualquer produto durante o manuseio dos resíduos;
113
- retirar-se do local caso sinta náuseas;
- lavar a ferida com água e sabão no caso de corte ou arranhão durante o manuseio dos resíduos
para desinfetá-la e cobri-la rapidamente. Caso necessário, recorrer ao serviço de urgência;
- registrar sempre o acidente ocorrido no manuseio dos resíduos;
114
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13. PLANO DE AUTOMONITORAMENTO PARA AVICULTURA DE CORTE

INFORMAÇÕES GERAIS

O Auto-monitoramento ambiental é um instrumento de avaliação periódica do


desempenho ambiental de atividades ou empreendimentos considerados efetiva ou
potencialmente degradadores do meio ambiente e pode abranger aspectos físicos,
químicos, biológicos e toxicológicos.
A eficácia do programa está associada ao estabelecimento e a manutenção de
registros demonstrando a conformidade dos resultados obtidos com padrões, metas e
normas legais em vigor.
Será formalizado por meio de laudos de laboratórios especializados, de
planilhas de acompanhamento e de relatórios técnicos, que disponibilizarão os
resultados das análises das emissões, de sua interferência nos padrões de qualidade
estabelecidos, além de suas implicações negativas sobre os recursos naturais.

PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO

INFORMAÇÕES GERAIS

a) Dados do empreendedor/ empreendimento (nome, endereço, CNPJ/ CPF,


telefone, nome da pessoa de contato, etc.);
b) Descrição sucinta do funcionamento do empreendimento;
c) Descrição da área de influência direta e indireta do empreendimento para
as variáveis enfocadas.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

No programa de monitoramento constará:


a) Compromisso da administração com a integridade do controle, da
verificação das medições e dos testes realizados;
b) Os seguintes monitoramentos:
i. Lançamento de efluentes líquidos
114 industriais e sanitários;
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ii. Qualidade das águas subterrânea (lençol freático) e superficiais;


iii. Aspectos geotécnicos (ocorrência de processos erosivos);
iv. Qualidade do solo;
v. Consumo de material lenhoso;
vi. Produção e destinação final de resíduos sólidos.
c) A periodicidade das análises da qualidade das águas, superficiais e
subterrâneas, se dará trimestralmente, conforme critérios do Standard Methods for the
Examination of Waterand Waste water. No que diz respeito às amostras de águas
superficiais, optou-se pela coleta de água, paralelamente a montante e a jusante a
localização do empreendimento, mesmo os corpos d’água estando localizados a mais de
500 m de distância do empreendimento;
d) No que tange os efluentes oriundos do sistema produtivo, estes serão
analisados anualmente, uma vez que a geração destes se dará no fim de 06 lotes;
e) O monitoramento da produção e destinação de resíduos sólidos se dará
mensalmente, bem como do consumo de material lenhoso, mediante preenchimento do
formulário de inventário de resíduos sólidos em anexo e obedecendo ao Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Simplificado – PGRSS, em anexo;
f) O acompanhamento da qualidade do solo se dará através da realização de
análise de solo, em laboratórios credenciados (preferencialmente o laboratório da EAFA
– Escola Agrotécnica Federal de Araguatins), e mediantes os dados obtidos, e com o
uso de software, planilha de conversão em anexo, será estimada o uso de cama de
frango em substituição ao adubo químico, no plantio de culturas, quando do uso deste
material na propriedade. A periodicidade de monitoramento do solo será feita
anualmente;
g) Todas as análises laboratoriais serão realizadas por estabelecimentos
idôneos, e os laudos serão arquivados e dispostos aos órgãos ambientais competentes,
conforme solicitação destes;
h) Indicação e justificativa dos métodos a serem empregados no processo
das informações levantadas, visando retratar o quadro da evolução dos impactos
ambientais causados pelo empreendimento;
i) A coleta das amostras será efetuado pelo técnico responsável pelo
empreendimento e encaminhadas aos laboratórios para realização das análises;
j) A manutenção e atualização dos dados de Automonitoramento
115
serão feitas mensalmente pelo técnico responsável pelo empreendimento,
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conforme ART.

RELATÓRIO DE AUTO-MONITORAMENTO

O relatório do monitoramento realizado deverá avaliar e comparar os


resultados obtidos com os indicadores previamente definidos, com base em padrões
estabelecidos em normas legais e de acordo com o que está sendo analisado.
Deverão ser fornecidas informações complementares sobre a:
a) Existência de duplicatas das amostras para eventual verificação;
b) Existência de um banco de dados com atualização e tratamento periódicos
de cada tipo e parâmetros de monitoramento a ser realizado.
Serão apresentadas, caso seja necessário, medidas mitigadoras visando o
atendimento à legislação ambiental em vigor.

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14. PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE BRIGADAS DE COMBATE A


INCÊNDIOS, PRIMEIROS SOCORROS E SAÚDE OCUPACIONAL

O presente programa compreende as orientações básicas para o bom


desenvolvimento das atividades operacionais do empreendimento, bem como do
cumprimento das normas trabalhistas vigentes, salvaguardando a integridade dos
colaboradores e a qualidade do meio ambiente.
As orientações básicas devem proporcionar aos colaboradores, conhecimentos
de como desenvolver as atividades relacionadas ao processo produtivo e a importância
da adoção de medidas que garantam a sustentabilidade do empreendimento.
Este programa compreende três orientações básicas:

CAPACITAÇÃO EM BRIGADAS DE COMBATE A INCÊNDIOS

A capacitação em combate a incêndios compreende o uso de técnicas e


conhecimentos específicos ao combate a incêndios, bem como de plano de atendimento
de emergências. Assim, esta capacitação deverá ser executada por profissional
devidamente qualificado, conforme exigências legais (Eng.º de Segurança do Trabalho),
com carga horária específica, abordando os seguintes temas:
1- Princípios básicos do fogo;
2- Propriedades do fogo;
3- Fases do fogo;
4- Formas de combustão;
5- Propagação do fogo;
6- Prevenção de incêndio;
7- Classes de incêndio;
8- Métodos de extinção do fogo;
9- Equipamentos Individuais de Proteção – EPI’s;
10- Plano de Emergência.

PREVENÇÃO E CONTROLE DE ACIDENTES E DOENÇAS

1- Programa de controle de riscos;


2- Elaboração de PPRA – Programa
117 de Prevenção de Riscos Ambientais;
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3- Elaboração do LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de


Trabalho, que subsidiarão o PCMSO.

PRIMEIROS SOCORROS

Implantação e execução do Programa de Controle Médico e Saúde


Ocupacional – PCMSO, conforme a Norma Regulamentadora – NR 7 da portaria n.º
24/1994 e aos arts. 168 e 169 da lei n.º 6.514/1977.
O PCMSO deve incluir entre outros, a realização obrigatória dos exames
médicos:
a- Admissional;
b- Periódico;
c- De retorno ao trabalho;
d- Demissional;
e- Avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e
mental.

PRÁTICAS AMBIENTAIS

Este programa compreende proporcionar aos colaboradores o uso práticas


ambientais corretas, bem como promover o conhecimento referente à:
1- Gerenciamento de resíduos sólidos;
2- Uso das composteiras;
3- Uso de EPI’s;
4- Conhecimento das medidas mitigadoras dos impactos ambientais;

118
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15. PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA INFLUENZA AVIÁRIA E DOENÇA


DE NEWCASTLE

A influenza aviária é considerada uma zoonose o que representa preocupação


permanente aos agentes de saúde pública, uma vez que alguns subtipos, tais como
H5N1, H9N2, H7N7 e H7N2 já foram transmitidos de aves domésticas para humanos.
O subtipo H5N1 tem-se mostrado altamente patogênico aos seres humanos,
ocasionando doença severa e óbitos. A comunidade científica tem demonstrado grande
preocupação de que o vírus possa adquirir a capacidade de transmissão entre humanos,
o que poderia resultar em uma nova pandemia mundial de gripe. Nos hospedeiros
humanos, a doença pode variar desde uma conjuntivite branda, até uma sintomatologia
mais severa, podendo ocorrer casos de óbito. Por razões não claras, um aumento na
detecção de surtos de IA ocorreu nos anos recentes.
Focos de influenza aviária de alta patogenicidade foram registrados em
diferentes países, com detecção do agente em espécies da avicultura industrial. Estes
focos causaram morte ou sacrifício de milhões de aves, e expressivas perdas para a
atividade avícola industrial. Em conexão com esses episódios, vários casos de infecção
humana foram reportados e alguns com registro de mortes.
A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente
contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios,
freqüentemente seguidos por manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça. A
manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da amostra do
vírus. Essa patogenicidade pode variar de muito alta (amostra velogênica), para
intermediária (amostra mesogênica) a muito baixa (amostra lentogênica). O agente viral
pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus. A DNC é considerada uma
doença de distribuição mundial, com áreas onde é endêmica, ou com áreas/países
considerados livres da doença.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

NOTIFICAÇÃO DA SUSPEITA

A notificação preferencialmente deverá ser feita por meio de comunicação


direta ao serviço oficial de defesa sanitária,119
realizada através de: chamado originado do
120
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proprietário de aves com sintomatologia sugestiva; denúncia anônima; ou ainda pelas


próprias autoridades sanitárias locais que trabalham em abatedouros de aves, através da
identificação de sinais ou lesões sugestivas, verificadas nas inspeções ante e post
mortem.

COLHEITA DE MATERIAL

A colheita de material deve ser realizada durante a visita para investigação da


suspeita e dentro da propriedade, não sendo permitida a retirada de aves daquele local.
No caso de aves vivas, deverão ser colhidos: sangue, para obtenção de soro,
suabes de traquéia e de cloaca. O material para sorologia (soro) deverá ser congelado
para o envio ao laboratório, enquanto que o material destinado ao isolamento viral ou
RT-PCR deverá ser transportado sob refrigeração ou congelamento em nitrogênio
líquido ou gelo seco, uma vez que o congelamento comum diminui a eficácia da técnica.
As amostras devem ser colhidas de forma asséptica e acondicionadas em
frascos com meio de transporte, lacradas, identificadas e transportadas refrigeradas em
caixas isotérmicas com gelo reciclável, ou congeladas em nitrogênio líquido ou gelo
seco. Para evitar contaminação, realizar necrópsia para descrição dos achados anátomo-
patólogicos em algumas aves, e efetuar a coleta de órgãos e suabes preferencialmente
em outras aves doentes.

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Paralelamente as ações na propriedade suspeita, outros profissionais do órgão


executor deverão visitar as propriedades vizinhas num raio de 3 Km, bem como as
propriedades que receberam aves da propriedade suspeita nos 14 dias anteriores à data
do aparecimento dos 15 primeiros sinais clínicos e iniciar a investigação
epidemiológica, embasada nas observações clínicas e no histórico, conforme o FORM
IN.

SACRIFÍCIO PREVENTIVO DAS AVES SUSPEITAS

Em comum acordo entre o órgão oficial de defesa sanitária animal e o


120
proprietário das aves, o lote poderá ser imediatamente sacrificado após a colheita de
121
RCA e PCA
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material biológico, como medida de segurança, para evitar a possível difusão do agente
etiológico envolvido no episódio. Neste caso, amostras deverão ser colhidas e
armazenadas no órgão oficial.

ELIMINAÇÃO DE CARCAÇAS E RESÍDUOS

Uma das formas mais seguras de destruição das aves é enterrá-las dentro do
perímetro da propriedade. Ademais, o mesmo local pode servir para a eliminação de
outros materiais junto com as aves (cama de aviário, ração, ovos, papelão).
Para tomar esta decisão, deverá ser solicitada autorização dos órgãos de defesa
do meio ambiente e considerar a disponibilidade de um local para escavação que não
comprometa o lençol freático, relativamente perto do local onde estão as aves e de fácil
acesso para transportar os materiais.
O tamanho da vala deve ser planejado em função do volume de material a
depositar, sendo que uma cova de 4x2x2 m (16m³) comporta aproximadamente 4000
aves ou 8000 Kg. O ideal será realizar uma escavação em forma de valeta, e após
colocar as carcaças, que não deverão ser enterradas dentro de sacos plásticos. Deve-se
cobrir com uma camada de terra de no mínimo um metro de altura, até atingir o nível do
solo, acrescentando ainda 50 a 80 cm de terra acima deste nível com largura maior que a
da vala.

DESCONTAMINAÇÃO DA PROPRIEDADE

Faz-se necessário destruir ou tratar apropriadamente todos os resíduos: ração,


cama de aviário, fezes e fômites susceptíveis à contaminação. O tratamento deve ser
efetuado em conformidade com as instruções do médico veterinário oficial, de forma
que possa ser assegurada a eliminação dos agentes infecciosos.
Os restos da ração existentes nos aviários e nos silos deverão ser colocados
junto à vala de enterro das aves ou incinerados.
A cama dos aviários deverá ser enterrada junto com as aves, em local o mais
próximo possível do aviário. Com isso a decomposição ocorrerá mais rapidamente.
Deverão ser recolhidas e queimadas as penas espalhadas no lado externo do
aviário, mediante uso de lança chamas. Deverá ser realizado programa de controle de
121
vetores (insetos, roedores, pássaros), e aplicação de inseticida, para eliminar possíveis
122
RCA e PCA
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vetores mecânicos, optando se por produto que atue por contato e com poder residual.
Especial atenção deve ser dada para evitar a entrada de pássaros no aviário e
nas áreas vizinhas, fechando todos os pontos de ingresso e eliminando possíveis
atrativos como restos de ração, ou outros.
Os equipamentos usados nos aviários, bebedouros, comedouros e outros,
devem ser desmontados, lavados e imersos em solução desinfetante apropriada (Anexos
IV e V), antes do uso e posteriormente, com determinada freqüência.
Os silos devem ser lavados e desinfetados, o sistema de distribuição de ração e
a rede hidráulica devem ser desmontados para limpeza e desinfecção completa. O
aviário deve ser detalhada e rigorosamente lavado e desinfetado por duas vezes com
intervalo de 24 horas.

VAZIO SANITÁRIO, INTRODUÇÃO DE AVES SENTINELAS E


REPOVOAMENTO

A área não poderá ser repovoada com novos animais, antes de, no mínimo, 21
dias depois dos procedimentos de desinfecção e somente após autorização do serviço
oficial.

ZONA DE PROTEÇÃO

Na zona de proteção, área situada dentro de um raio de 3 (três) km ao redor do


foco e seguir as recomendações do serviço de defesa agropecuária.

ZONA DE VIGILÂNCIA

Na zona de vigilância, área dentro de um raio de 7 (sete) km a partir da zona de


proteção ao redor do foco.

DA VACINAÇÃO

A utilização de vacina contra a influenza aviária é proibida no Brasil.


Entretanto, em caso de ocorrência de foco, e para sua contenção, poderá ser utilizada a
122
vacina na zona de proteção e vigilância, ou seja, num raio de 10 Km do foco, caso
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necessário e mediante análise do DSA/MAPA, sendo as orientações de competência do


serviço veterinário oficial.

PRINCIPAIS SINAIS CLÍNICOS DE INFLUENZA AVIÁRIA OU DOENÇA DE


NEWCASTLE - ENFERMIDADES CONFUNDÍVEIS

SINAIS CLÍNICOS

• DEPRESSÃO SEVERA, ANOREXIA;


• EDEMA FACIAL, EDEMA E CIANOSE DE CRISTAS E BARBELAS;
• HEMORRAGIAS PETEQUIAIS EM MUCOSAS;
• MORTE SÚBITA (MORTALIDADE SUPERIOR A 10% EM 72HS, PODENDO
ATINGIR 100%);

SINAIS RESPIRATÓRIOS E/OU NEUROLÓGICOS

 TOSSE, ESPIRROS, SALIVAÇÃO;


 ASAS CAÍDAS, PARALISIA DE PERNAS, TORCICOLO;
 ANDAR EM CÍRCULOS, PARALISIA TOTAL.
 ISOLAMENTO VIRAL É ESSENCIAL PARA O DIAGNÓSTICO
DEFINITIVO.

LESÕES

• NÃO HÁ LESÕES PATOGNOMÔNICAS;


• AUSÊNCIA DE LESÕES NOS CASOS DE MORTE SÚBITA;
• CONGESTÃO SEVERA DA MUSCULATURA;
• DESIDRATAÇÃO;
• EDEMA SUBCUTÂNEO NAS REGIÕES DE CABEÇA E PESCOÇO;
• SECREÇÕES NAS CAVIDADES NASAL E ORAL;
• CONGESTÃO SEVERA NA CONJUNTIVA, AS VEZES COM PETÉQUIAS;
• EXUDATO MUCOSO EXCESSIVO NA LUZ TRAQUEAL, OU AINDA
TRAQUEÍTE HEMORRAGICA SEVERA;
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• PETÉQUIAS NA PLEURA, PERITÔNIO, SUPERFÍCIES SEROSAS E GORDURA


ABDOMINAL;
• CONGESTÃO RENAL SEVERA, AS VEZES COM DEPÓSITOS DE URATOS
NOS TÚBULOS;
• EDEMA, HEMORRAGIA E/OU DEGENERAÇÃO DOS OVÁRIOS;
• HEMORRAGIA NA MUCOSA DO PRO-VENTRÍCULO, PARTICULARMENTE
NA JUNÇÃO COM A MOELA;
• HEMORRAGIA E EROSÕES NA MUCOSA DA MOELA;
• FOCOS HEMORRÁGICOS EM TECIDOS LINFÓIDES E MUCOSA
INTESTINAL;
• DIAGNÓSTICO FINAL DEPENDENTE DE ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO
VIRAL.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• CÓLERA AVIÁRIA;
• ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS, ESPECIALMENTE:
- LARINGOTRAQUEÍTE INFECCIOSA;
- BRONQUITE INFECCIOSA;
• VARÍOLA AVIÁRIA (POX - FORMA DIFTÉRICA)
• PSITACOSE (CLAMIDIOSE EM PÁSSAROS PSITACÍDEOS)
• MICOPLASMOSE;
• ERROS DE MANEJO COMO PRIVAÇÃO DE ÀGUA, VENTILAÇÃO E
ALIMENTAÇÃO.

Alterações no processo produtivo

Toda e qualquer alteração no processo produtivo do empreendimento, será


comunicada previamente ao órgão ambiental competente, bem como da
apresentação dessas alterações, através do programa de Automonitoramento, e
apresentação de estudos ambientais complementares, conforme exigências do órgão
ambiental competente.

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16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(FAI). Itapiranga, SC 2009

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Estágio II do Curso de Agronomia (FAI). Itapiranga, SC. 2009

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476 Técnico, Julio Cesar Pascale Palhares. Zootecnista, D.Sc. em Avaliação de
impacto e gestão ambiental, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves,
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MIRAGLIOTTA , MIWA YAMAMOTO. Avaliação das condições do ambiente interno em


dois galpões de produção comercial de frangos de corte, com ventilação e densidade
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obtenção do título de Doutora em Engenharia Agrícola, na área de concentração de
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_. No princípio era assim... Revista CIPA – Cadernos Informativos de Prevenção de


Acidentes. São Paulo: Publicações Produtos e Serviços, 2005, n.300.

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17. MEMORIAL FOTOGRÁFICO

Vista dos galpões.

Vista do Rodoluvio.

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Vista da composteira.

Vista do silo

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Vista da caixa de água.

Vista da casa de apoio

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Vista da fossa séptica

Vista interna do galpão.

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Segue anexo a este projeto ambiental: Anotação de Responsabilidade Técnica.

Nazaré/TO, 26 de Novembro de 2019.

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MELQUEZEDEQUE DO VALE NUNES
ENGENHEIRO AGRÔNOMO/SEGURANÇA
CREA: 205064/D-TO

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