A03 Lógica de Primeira Ordem

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Aula 03 (Prof.

Francisco Rebouças)
CBM-BA (Oficial) Matemática e
Raciocínio Lógico - 2021 (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Exatas Estratégia
Concursos

04 de Setembro de 2021

65021290487 - MARIA BETANIA DA SILVA


Equipe Exatas Estratégia Concursos
Aula 03 (Prof. Francisco Rebouças)

Sumário

CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................................................... 2

1 - Introdução à Lógica de Primeira Ordem ............................................................................................... 3

2 - Uma Breve Revisão de Equivalências Lógicas ...................................................................................... 4

2.1 - Dupla Negação de uma Proposição Simples ................................................................................ 4

2.2 - Equivalências da Condicional ........................................................................................................... 5

2.3 - Negação da Condicional .................................................................................................................. 6

2.4 - Leis de De Morgan ............................................................................................................................. 7

3 - Uma Breve Revisão de Proposições Categóricas ................................................................................. 8

4 - Simbologia e Aspectos Iniciais .............................................................................................................. 12

5 - LPO e as Proposições Categóricas ....................................................................................................... 16

6 - Relações e Aridade ................................................................................................................................. 20

7 - Equivalências Lógicas na LPO ............................................................................................................... 22

Considerações Finais .................................................................................................................................... 24

REVISÃO .......................................................................................................................................................... 25

QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................. 26

LISTA DE QUESTÕES....................................................................................................................................... 61

GABARITO ....................................................................................................................................................... 71

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Fala, concurseiro! Tudo certo? Hoje abordaremos o seguinte tema:

Lógica de Primeira Ordem


Atualmente, o assunto Lógica de Primeira Ordem está aparecendo bastante nos editais da banca CESPE.
Como exemplo, podemos citar os seguintes: PF 2021, SEFAZ-DF 2019, PCDF 2019, TCDF 2020 e DEPEN 2020.
Apesar da presença recorrente, o tópico ainda aparece de forma tímida, com a banca não exigindo
conhecimentos aprofundados.

Diante o exposto, a aula aborda os pontos necessários para a resolução das questões que já foram cobradas
nas mais diversas bancas. Além disso, "esticaremos um pouco a baladeira" na tentativa de antecipar uma
cobrança mais detalhada sobre o tema. Note que, Lógica de Primeira Ordem é um conteúdo relativamente
extenso e não há um direcionamento específico da matéria nos editais. Desse modo, devemos estar
preparados para uma cobrança em qualquer nível.

Tenho certeza de que, após essa aula, você estará muito mais confiante para enfrentar uma eventual
cobrança da matéria em sua prova. Conte conosco para ajudá-lo na sua missão de ser aprovado!

Um forte abraço,
Prof. Francisco Rebouças.

Para tirar dúvidas, não deixe de utilizar o nosso fórum. Lá, estaremos sempre à disposição
para ajudá-lo. Se preferir, você também pode entrar em contato diretamente comigo
através dos seguintes canais:
E-mail - Prof. Francisco Rebouças:
prof.franciscoreboucas@gmail.com
Telegram - Prof. Francisco Rebouças:
https://t.me/prof_fco

"Tente uma, duas, três vezes e se possível tente a quarta, a quinta e quantas vezes
for necessário. Só não desista nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da
conquista. Se você quer chegar onde a maioria não chega, faça o que a maioria não
faz." (Bill Gates)

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1 - INTRODUÇÃO À LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM


A Lógica de Primeira Ordem (LPO) surge de uma necessidade: superar as limitações da Lógica Proposicional.
Quais limitações seriam essas? Considere a seguinte sentença declarativa: todo aluno do Estratégia é
aprovado. Como representamos, utilizando proposições e conectivos, esse tipo de declaração? Existe uma
certa dificuldade na tarefa. Isso acontece, pois, nas primeiras aulas do curso, nosso foco foi a Lógica
Proposicional. Trabalhamos com expressões tais como:

𝑝∧𝑞
𝑟∨𝑠
𝑢⟹𝑣

Nós representamos proposições simples com letras minúsculas e utilizamos conectivos para expressar ideias
que possuíssem um pouco mais de complexidade. Esse tipo de representação vai se tornando precário à
medida que aumentamos o número de pessoas (objetos) e relações que queremos expressar.

Você deve estar pensando: "ei professor, mas a sentença 'todo aluno do Estratégia é aprovado' é uma
proposição categórica universal afirmativa! Nós já estudamos isso!" É bem verdade que as proposições
categóricas serão um ótimo ponto de partida no estudo da Lógica de Primeira Ordem! Aproveitaremos
muitas coisas que vimos anteriormente. Por esse motivo, faremos uma rápida revisão de dois assuntos
fundamentais: equivalências lógicas e proposições quantificadas.

Essa integração de assuntos facilita a resolução dos exercícios. Você verá que, apesar de haver questões que
explicitamente trazem o conteúdo de Lógica de Primeira Ordem, poderemos resolvê-la utilizando Lógica
Proposicional. O motivo para isso é que aquela é apenas uma extensão desta, não uma substituição. Logo,
tudo que vimos na Lógica de Proposições, continuará válido na Lógica de Predicados (LPO).

(BR/2012) Considere a seguinte afirmativa: Ser analista de sistemas é condição necessária porém não
suficiente para ser engenheiro de software. Considere os predicados 𝐴(𝑥) e 𝐸(𝑥) que representam
respectivamente que 𝑥 é analista de sistemas e que x é engenheiro de software. Uma representação
coerente da afirmativa acima, em lógica de primeira ordem, é
A) 𝐴(𝑥) → 𝐸(𝑥)
B) 𝐴(𝑥) → ¬𝐸(𝑥)
C) ¬𝐴(𝑥) → 𝐸(𝑥)
D) ¬𝐸(𝑥) → ¬𝐴(𝑥)
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E) 𝐸(𝑥) → 𝐴(𝑥)

Comentários:
Apesar de trazer predicados 𝐴(𝑥) e 𝐸(𝑥), a questão é resolvida com conhecimentos de aulas passadas.
Lembre-se que, em uma condicional, temos o seguinte:

𝑝⟹𝑞

A proposição 𝒑 é uma condição suficiente para 𝒒. Por sua vez, 𝒒 é uma condição necessária para 𝒑. Logo,
se ser analista é condição necessária para ser engenheiro de software, então,

𝐸(𝑥) ⟹ 𝐴(𝑥)

Gabarito: LETRA E.

2 - UMA BREVE REVISÃO DE EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS


Você lembra o que é uma Equivalência Lógica? Simplificadamente, dizemos que duas proposições são
equivalentes quando elas apresentam a mesma tabela-verdade. Para representar uma equivalência entre
duas proposições, usamos o símbolo ≡ ou ⇔. Por não ser o foco dessa aula, não faremos uma revisão
exaustiva. Nossa atenção estará voltada para as equivalências mais importantes ao estudo atual.

2.1 - Dupla Negação de uma Proposição Simples

Considere a proposição:
𝒑: O aluno estudou para a prova.

Quando a negamos pela primeira vez, temos que:

~𝒑: O aluno não estudou para a prova.

A dupla negação pode ser representada por

~(~𝒑): Não é verdade que o aluno não estudou para o prova.

Essa última proposição é equivalente a dizer que: O aluno estudou para prova. Esse fato pode ser
representado, genericamente, com a seguinte simbologia:

~(~𝑝) ≡ 𝑝
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2.2 - Equivalências da Condicional

Muitas vezes vamos ter que escrever uma condicional de um jeito diferente, mas exprimindo a mesma ideia.
Diante disso, é bastante válido que você tenha as seguintes equivalências bem memorizadas. Como exercício
de revisão, você pode escrever as tabelas-verdades de cada uma das proposições compostas abaixo e
verificar que elas possuem a mesma tabela verdade.

𝑝 ⇒ 𝑞 ≡ ~𝑞 ⇒ ~𝑝
𝑝 ⇒ 𝑞 ≡ ~𝑝 ∨ 𝑞

Considere as seguintes proposições:

𝒑: Ela estuda muito.


𝒒: Ela passa em qualquer concurso.

A condicional que relaciona as duas proposições simples é:

𝒑 ⟹ 𝒒: Se ela estuda muito, então ela passa em qualquer concurso.

Semanticamente, note que a condicional abaixo traduz a mesma ideia:

~𝒒 ⟹ ~𝒑: Se ela não passa em qualquer concurso, então ela não estuda muito.

Adicionalmente, a seguinte disjunção possui o mesmo sentido que a condicional:

~𝒑 ∨ 𝒒: Ela não estuda muito ou passa em qualquer concurso.

(SEFAZ-DF/2020) Considerando a proposição P: “Se o servidor gosta do que faz, então o cidadão-cliente fica
satisfeito”, julgue o item a seguir. A proposição P é logicamente equivalente à seguinte proposição: “Se o
cidadão-cliente não fica satisfeito, então o servidor não gosta do que faz”.

Comentários:
O item exige o conhecimento da seguinte equivalência:

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𝑝 ⇒ 𝑞 ≡ ~𝑞 ⇒ ~𝑝
A condicional do enunciado é

Se o servidor gosta do que faz, então o cidadão-cliente fica satisfeito.

Com isso, podemos extrair as seguintes proposições simples componentes:

𝒑: O servidor gosta do que faz.


𝒒: O cidadão-cliente fica satisfeito.

Assim, negando as duas proposições acima e escrevendo a equivalência ~𝑞 ⟹ ~𝑝:

~𝒒 ⟹ ~𝒑: Se o cidadão-cliente não fica satisfeito, então o servidor não gosta do que faz.

Observe que é exatamente a proposição sugerida pelo enunciado. Logo, o item encontra-se correto.
Gabarito: CERTO.

2.3 - Negação da Condicional

Será necessário, em algumas questões, encontrar uma proposição que seja equivalente a negação de uma
condicional. Nessas situações, transformamos a condicional em uma conjunção. Verifique as duas
proposições possuem a mesma tabela-verdade.

~(𝑝 ⇒ 𝑞 ) ≡ 𝑝 ∧ ~𝑞

(SEFAZ-DF/2020) Considerando a proposição P: “Se o servidor gosta do que faz, então o cidadão-cliente fica
satisfeito”, julgue o item a seguir. A proposição “O servidor não gosta do que faz, ou o cidadão-cliente não
fica satisfeito” é uma maneira correta de negar a proposição P.

Comentários:
O item exige o conhecimento da seguinte equivalência:

~(𝑝 ⇒ 𝑞 ) ≡ 𝑝 ∧ ~𝑞
A condicional do enunciado é

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Se o servidor gosta do que faz, então o cidadão-cliente fica satisfeito.

Com isso, podemos extrair as seguintes proposições simples componentes:

𝒑: O servidor gosta do que faz.


𝒒: O cidadão-cliente fica satisfeito.

Assim, ao escrever a equivalência 𝑝 ∧ ~𝑞, ficamos com:

𝑝 ∧ ~𝑞: O servidor gosta do que faz e o cidadão cliente não fica satisfeito.

Observe que o enunciado trouxe, além de uma disjunção, as duas proposições negadas. Há uma grande
discrepância com a proposição que obtemos. Por esse motivo, o item encontra-se errado.

Gabarito: ERRADO.

2.4 - Leis de De Morgan

Os Teoremas (ou leis) de De Morgan são, talvez, as equivalências mais importantes de serem guardadas.
Você deve ir para sua prova dominando as duas relações abaixo.

~(𝑝 ∧ 𝑞 ) ≡ ~𝑝 ∨ ~𝑞
~(𝑝 ∨ 𝑞 ) ≡ ~𝑝 ∧ ~𝑞

As leis de De Morgan enunciam a negação da conjunção e da disjunção. O lado interessante delas é que elas
possuem uma construção bastante simétrica. Note que, quando queremos negar uma conjunção, o
resultado é uma disjunção com suas proposições componentes negadas. Analogamente, quando queremos
negar uma disjunção, o resultado é uma conjunção com proposições componentes negadas.

(SEFAZ-AL/2020) A negação da proposição “Os servidores públicos que atuam nesse setor padecem e os
beneficiários dos serviços prestados por esse setor padecem.” é corretamente expressa por “Os servidores
públicos que atuam nesse setor não padecem e os beneficiários dos serviços prestados por esse setor não
padecem.”.

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Comentários:
O item exige o conhecimento da seguinte equivalência lógica: ~(𝑝 ∧ 𝑞 ) ≡ ~𝑝 ∨ ~𝑞
O enunciado traz a seguinte conjunção que devemos negar:

Os servidores públicos que atuam nesse setor padecem


e
os beneficiários dos serviços prestados por esse setor padecem.

Com isso, podemos extrair as seguintes proposições simples:

𝒑: Os servidores públicos que atuam nesse setor padecem.


𝒒: Os beneficiários dos serviços prestados por esse setor padecem.

Para negar a conjunção, devemos utilizar as leis de De Morgan. Negamos as duas proposições e trocamos a
conjunção por uma disjunção.

~𝒑: Os servidores públicos que atuam nesse setor não padecem.


~𝒒: Os beneficiários dos serviços prestados por esse setor não padecem.

~𝑝 ∨ ~𝑞 :

Os servidores públicos que atuam nesse setor não padecem


ou
os beneficiários dos serviços prestados por esse setor não padecem.

Apesar de o enunciado trazer as duas proposições negadas, ele não trocou a conjunção pela disjunção.
Devemos utilizar OU ao invés de E. Por esse motivo, o item encontra-se errado.

Gabarito: ERRADO.

3 - UMA BREVE REVISÃO DE PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS


Em aulas passadas, vimos que proposições categóricas são proposições que estabelecem uma relação entre
dois objetos de categorias distintas. Além disso, elas não deixam de ser quantificadas, pois envolvem dois
tipos de quantificadores que serão essenciais para a lógica de primeira ordem:

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• O quantificador universal: ∀
Esse primeiro quantificador expressa a ideia de totalidade. Lê-se "para todo", "qualquer que seja".

• O quantificador existencial: ∃
Expressa a ideia de existência de pelo menos um objeto com determinada propriedade. Sua leitura
é dada por "existe", "algum", "pelo menos um".

Lembre-se que existem quatro tipos de proposições quantificadas: a universal positiva, a universal negativa,
a particular positiva e a particular negativa. No contexto das proposições categóricas, chamamos esses tipos
de "formas" A, E, I e O, respectivamente. Acompanhe abaixo uma tabela para ajudar na revisão.

O principal problema envolvendo proposições categóricas não está em decorar as formas ou seus tipos.
Para nossa prova, devemos saber negá-las. Vamos relembrar como fazemos isso por meio de uma questão
recente?

(MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2020) Julgue o item seguinte, relativo à lógica proposicional e à lógica de


primeira ordem. A negação da proposição “Todas as reuniões devem ser gravadas por mídias digitais” é
corretamente expressa por “Nenhuma reunião deve ser gravada por mídias digitais”.

Comentários:
Queremos negar a seguinte proposição quantificada universal positiva:

Todas as reuniões devem ser gravadas por mídias digitais.

Primeiramente, devemos substituir o quantificador universal por um quantificador existencial. "Todas"


virará "Alguma". Além disso, devemos negar o predicado. No caso dessa questão, o predicado é "devem ser
gravadas por mídias digitais". Como devemos negá-lo, ficamos com "não devem ser gravadas por mídias
digitais." Juntando a troca de quantificador com a negação do predicado e fazendo os ajustes de português
necessários, obtemos:

Alguma reunião não deve ser gravada por mídias digitais.

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A principal lição que devemos levar é que, para negar proposições que são iniciadas com "todos (as)", não
precisamos fazer uma generalização e dizer "nenhum". Imagine que você afirma que todas as pessoas da
sua família são bonitas. Para alguém dizer que você mentiu, basta esse alguém encontrar uma única pessoa
da sua família que é feia e você já terá sido pego em uma mentira.

Gabarito: ERRADO.

Por último, é importante lembrar que as ideias das proposições categóricas podem ser representadas por
diagramas lógicos. Essas estruturas visam facilitar nossa interpretação, possibilitando um julgamento mais
assertivo das ideias. Observe os tipos de diagramas que temos abaixo.

O diagrama ao lado traduz a ideia de que todo empresário é bem-sucedido. Isso


ocorre pois o conjunto dos empresários, representado pelo círculo vermelho, está
totalmente contido dentro do círculo maior, representativo das pessoas que são
bem-sucedidas. O principal aprendizado que você deve levar dessa análise é que
quando dizemos que todo empresário é bem-sucedido, não estamos dizendo que
todo bem-sucedido é empresário. Note que há regiões no diagrama dos bem-
sucedidos que não está preenchida pelo conjunto dos empresários. Essa região
representa os bem-sucedidos que não são empresários.

O diagrama ao lado traduz a ideia de que nenhum empresário é bem-


sucedido. Para expressar essa ideia, desenhamos dois conjuntos
totalmente afastados. Conjuntos como esses, que não apresentam
intersecção, são chamados de disjuntos.

Esse terceiro diagrama traduz a ideia de que algum empresário que é


bem-sucedido. Note que há uma região de intersecção entre os dois
conjuntos. Se essa região existe, então é porque há um empresário que,
necessariamente, é bem-sucedido.

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Por último, utilizando o mesmo diagrama anterior, mas apenas


destacando uma região diferente, podemos expressar mais uma ideia.
A intenção é destacar que algum empresário não é bem sucedido. Note
que a região fora da intersecção entre os dois conjuntos, mas dentro
do conjunto dos empresários, consegue representar esse fato.

(EBSERH/2020) No diagrama a seguir, considere que há elementos em todas as seções e interseções.

Nessa situação, é verdade afirmar que


A) todo elemento de P, que não é elemento de R, é elemento de Q.
B) todo elemento de Q, que não é elemento de R, não é elemento de P.
C) todo elemento de R, que é elemento de Q, não é elemento de P.
D) qualquer elemento de P, que não é elemento de Q, é elemento de R.
E) todo elemento de R, que não é elemento de Q, é elemento de P.

Comentários:
A) todo elemento de P, que não é elemento de R, é elemento de Q.
Alternativa incorreta. Observe que existe uma região do conjunto P que não é preenchida nem pelo
conjunto R, nem pelo conjunto Q. Logo, existe elemento de P, que não é elemento de R, nem de Q.

B) todo elemento de Q, que não é elemento de R, não é elemento de P.


Alternativa incorreta. Observe que o conjunto Q está totalmente inserido em P, dessa forma, todo elemento
de Q é elemento de P, independentemente desse elemento também ser (ou não) de R.

C) todo elemento de R, que é elemento de Q, não é elemento de P.


Alternativa incorreta. Observe que o conjunto R está totalmente inserido em P, dessa forma, todo elemento
de R é elemento de P, independentemente desse elemento também ser (ou não) de Q.

D) qualquer elemento de P, que não é elemento de Q, é elemento de R.

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Alternativa incorreta. Observe que existe uma região do conjunto P que não é preenchida nem pelo conjunto
R, nem pelo conjunto Q. Logo, existe elemento de P, que não é elemento de R, nem de Q.

E) todo elemento de R, que não é elemento de Q, é elemento de P.


Alternativa correta. Observe que o conjunto R está totalmente inserido em P, dessa forma, todo elemento
de R é elemento de P, independentemente desse elemento também ser (ou não) de Q.

Gabarito: LETRA E.

4 - SIMBOLOGIA E ASPECTOS INICIAIS


Agora sim estamos preparados para entrar na Lógica de Primeira Ordem. Nesse primeiro momento, nosso
principal objetivo será passar alguns conceitos iniciais e provocar uma familiarização com os símbolos que
estaremos utilizando. Devemos, ao final desse capítulo, ser capazes de traduzir a notação simbólica que
permeia a LPO para o bom e velho português. Para começar, considere a seguinte sentença:

𝑥 é ímpar

A sentença acima é verdadeira ou falsa? Não sabemos, pois dependemos do valor de 𝒙. Como 𝑥 pode
assumir vários valores distintos, chamamos o 𝒙 de variável. Além disso, tudo que é dito sobre essa variável,
nós chamamos de predicado. A oração "x é ímpar" vai ser, portanto, uma função-predicado (ou função
proposicional) pois é uma sentença que depende do valor de uma variável para que seja possível atribuí-la
determinado valor lógico. Observe:

A pergunta que faremos agora é: quais números a variável 𝑥 pode assumir? Podemos considerar o conjunto
dos números inteiros, isto é:

ℤ = {… , −3, −2, −1,0,1,2,3, … }

Nessa situação, chamamos o conjunto dos números inteiros de Universo de Discurso do predicado. Em
outras palavras, o Universo de Discurso é um conjunto formado pelos valores que a variável de uma função-
predicado pode assumir. Em muitas situações, esse conjunto não é explicitamente detalhado, ficando a
cargo do leitor sua correta identificação dado o contexto do problema. Vamos observar alguns exemplos.

• 𝑥 é um país emergente.
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Se nada for falado no comando da questão, pode-se extrair como Universo de Discurso o conjunto
formado por todos os países existentes no globo. Por exemplo, se 𝑥 assumir o valor "Canadá", a
proposição será falsa. Caso assuma "Índia", então teremos uma proposição verdadeira.

• 𝑥 passou no concurso dos sonhos.


Novamente, se nada for falado no comando da questão, pode-se extrair como Universo de Discurso
o conjunto formado por todas as pessoas que estudam para concursos. No entanto, o examinador
pode estabelecer o Universo de Discurso como sendo, por exemplo, só os alunos do Estratégia.

Observe que ficar escrevendo a função-predicado "x é ímpar" não é interessante, pois, quando começarmos
a aplicar propriedades e a fazer um estudo mais detalhado dos predicados, "carregar" a sentença inteira não
é a melhor das ideias. Por esse motivo, podemos simplificá-la escrevendo-a de até três maneiras distintas:
𝑰𝒎𝒑𝒂𝒓(𝒙) ou 𝑰(𝒙) ou 𝑰𝒙.

𝑰𝒎𝒑𝒂𝒓(𝒙) = 𝑰(𝒙) = 𝑰𝒙 = 𝒙 é í𝒎𝒑𝒂𝒓

(BR/2012) Considere a afirmativa “Todo gerente de projeto é programador”. Considere os predicados G(x) e
P(x), que representam, respectivamente, que x é gerente de projeto e que x é programador. Uma
representação coerente da afirmativa acima em lógica de primeira ordem é
A) 𝐺(𝑥) → ¬𝑃(𝑥)
B) ¬𝐺(𝑥) → 𝑃(𝑥)
C) 𝑃(𝑥) → 𝐺(𝑥)
D) ¬𝑃(𝑥) → 𝐺(𝑥)
E) ¬𝑃(𝑥) → ¬𝐺(𝑥)

Comentários:
O enunciado fornece os seguintes predicados:

𝐺 (𝑥): 𝑥 é gerente de projeto


𝑃(𝑥): 𝑥 é programador

Note que afirmações do tipo "todo A é B" são equivalentes à "Se A, então B". Dessa forma, devemos colocar
os predicados acima na forma de uma condicional. Considerando os dados do enunciado, temos que: todo
gerente de projeto é programador. Observe que tal afirmativa equivale a falar: se é gerente de projeto,
então é programador. Em notação da lógica de primeira ordem fica:

𝐺 (𝑥) ⟹ 𝑃(𝑥)
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Observe que a forma que escrevemos não está contemplada entre as alternativas. Devemos, nesse
momento, lembrar da aula de Equivalências Lógicas:

𝑝⟹𝑞 ≡ ¬𝑞 ⟹ ¬𝑝

Podemos usar a mesma relação aqui na lógica de primeira ordem.

𝐺 (𝑥) ⟹ 𝑃(𝑥) ≡ ¬𝑃 (𝑥) ⟹ ¬𝐺(𝑥)

Qualquer uma das expressões acima são possíveis respostas da questão. No entanto, apenas ¬𝑷(𝒙) ⟹
¬𝑮(𝒙) está contemplada nas alternativas e é o nosso gabarito.

Gabarito: LETRA E.

Na questão anterior, temos uma resposta coerente. No entanto, ela não é uma resposta completa. Uma
representação mais adequada para a afirmativa do enunciado deveria conter o quantificador universal ∀.
Isso acontece, pois, precisamos indicar que a totalidade dos gerentes de projeto são programadores.

Quando escrevemos que 𝐺 (𝑥 ) ⟹ 𝑃(𝑥 ), estamos dizer que:

Se x é gerente de projeto, então x é programador

Intuitivamente, é possível inferir uma totalidade implícita quando escrevemos a própria condicional. Mas,
para uma resposta completa e explícita, devemos fazer o uso do quantificador. Essa representação seria:

(∀𝑥)(𝐺 (𝑥) ⟹ 𝑃 (𝑥))

Uma leitura completa da expressão acima é:

Para todo x pertencente ao Universo de Discurso, se x é gerente de projeto, então x é programador.

No cotidiano, fazemos uma leitura simplificada:

Para todo x, se x é gerente de projetos, x é programador.

A ideia de que 𝑥 pertence ao universo de discurso fica implícita.

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(CORECON-PE/2016) Milton Friedman, um economista americano, prêmio Nobel em economia, afirmou:


“Quando usamos política monetária expansionista e a política fiscal expansionista, causamos a inflação.”
Usando sentenças da lógica de primeira ordem, representa a afirmação de Friedman:
A) ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥)) → 𝑅(𝑥))
B) 𝑅(𝑥) → ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥))
C) ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) → 𝑅(𝑥))
D) (𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) → 𝑄(𝑥))
E) 𝑄(𝑥) → ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑅(𝑥))

Comentários:
A afirmação que devemos traduzir em linguagem simbólica é:

“Quando usamos política monetária expansionista e a


política fiscal expansionista, causamos a inflação.”

Nessas situações, o primeiro passo é tentar transformar a oração em alguma forma conhecida. Observe que
ela já está numa forma de uma condicional do tipo: "quando 𝑝, 𝑞." Vamos primeiro tentar traduzir o
antecedente 𝑝: "usamos política monetária expansionista e a política fiscal expansionista". Note a presença
da conjunção e (∧). Logo, no antecedente, devemos unir dois predicados com ∧. Seja P e Q os seguintes
predicados:

𝑃(𝑥): 𝑥 usa política monetária expansionista


𝑄 (𝑥): 𝑥 usa política fiscal expansionista

Note que ele fala "quando usamos". Logo, ele está se referindo a qualquer pessoa, de modo universal. Não
há exceções. Nesse caso, o quantificador universal ∀ é o candidato ideal para transmitir essa ideia. O
antecedente, em símbolos, é dado por:

∀𝑥(𝑃 (𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))

Imagine agora o consequente seja dado pelo predicado 𝑅:

𝑅 (𝑥): 𝑥 causa a inflação

Portanto, a sentença completa ficaria da seguinte maneira:

∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥) ⟶ 𝑅 (𝑥))

É exatamente o que está representado na alternativa A.

Gabarito: LETRA A.
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5 - LPO E AS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS


Você deve ter percebido que nosso foco está em fazer verdadeiras traduções entre a Língua Portuguesa e
a linguagem de símbolos da Lógica de Primeira Ordem. Minha intenção aqui é fazer com que esse monte
de símbolos não te assuste e que na hora da prova você possa se diferenciar dos seus concorrentes. Nesse
intuito, eu gostaria que você prestasse bastante atenção no quadro abaixo.

==196162==

Observe que temos uma representação simbólica para cada uma das formas de proposição categórica que
estudamos e revisamos anteriormente. Vamos entender o porquê de cada uma das representações?

• Todo A é B.

É exatamente a expressão que obtivemos ao escrever uma resposta mais completa para a questão que
vimos. Note que, para representar a noção de totalidade, devemos colocar o quantificador universal.
Além disso, não esqueça que a condicional desempenha um papel fundamental, pois, quando queremos
dizer que todo A é B, no fundo estamos dizendo que se dado objeto possui a propriedade A, então ele
também possuirá a propriedade B.

• Algum A é B.

Agora, para representar que algum objeto A possui a propriedade B, utilizamos o quantificador
existencial ∃. Esse quantificador, como já vimos, exprime a ideia de que existe pelo menos um x (ou,
simplesmente, algum x). Veja que usamos a conjunção (∧) para expressar que o objeto possui duas
propriedades (A e B), simultaneamente. Essa combinação de símbolos, de fato, expressa que Algum A é
B, concorda?
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• Nenhum A é B.

Note que para dizer que Nenhum A é B, basta dizer que não existe x tal que x tenha as duas propriedades
(seja A e B, simultaneamente). Isso é exatamente a negação (o operador ¬) de "Algum A é B". Lembre-
se que a negação de uma proposição categórica particular positiva é uma universal negativa.

• Algum A não é B.

Podemos aproveitar a representação simbólica de "todo A é B" para escrever a representação de "algum
A não é B". Para isso, devemos lembrar que um é a negação do outro. Temos ainda que na negação de
proposições quantificadas, trocamos o quantificador e negamos a proposição subsequente. Pouco mais
cedo nessa aula, vimos que:

~(𝑝 ⇒ 𝑞 ) ≡ 𝑝 ∧ ~𝑞

Vamos aproveitar essa informação e usar aqui também! A Lógica de Predicados nada mais é do que uma
extensão da Lógica Proposicional. Observe a semelhança entre as duas expressões acima. Para ajudar
na compreensão, vamos fazer uma questão do CESPE que traz uma grande aula sobre o assunto.

Texto I

Uma proposição é uma afirmativa que pode ser avaliada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não ambos.
É usual denotar uma proposição com letras maiúsculas: A, B, C. Simbolicamente, 𝑨 ∧ 𝑩, 𝑨 ∨ 𝑩 e ¬𝑨
representam proposições compostas cujas leituras são: A e B, A ou B e não A. A proposição 𝑨 ⟶ 𝑩 tem
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várias formas de leitura: A implica B, se A então B, A somente se B, A é condição suficiente para B, B é


condição necessária para A etc. Desde que as proposições A e B possam ser avaliadas como V ou F, então
a proposição 𝑨 ∧ 𝑩 é V se A e B forem ambas V, caso contrário, é F; a proposição 𝑨 ∨ 𝑩 é F quando A e B
são ambas F, caso contrário, é V; a proposição 𝑨 ⟶ 𝑩 é F quando A é V e B é F, caso contrário, é V; e,
finalmente, a proposição ¬𝑨 é V quando A é F, e é F quando A é V.

Uma argumentação é uma sequência finita de 𝒌 proposições (que podem estar enumeradas) em que as
(𝒌– 𝟏) primeiras proposições ou são premissas (hipóteses) ou são colocadas na argumentação por alguma
regra de dedução. A k-ésima proposição é a conclusão da argumentação.

Sendo P, Q e R proposições, considere como regras de dedução as seguintes: se 𝑷 e 𝑷 ⟶ 𝑸 estão presentes


em uma argumentação, então Q pode ser colocada na argumentação; se 𝑷 ⟶ 𝑸 e 𝑸 ⟶ 𝑹 estão presentes
em uma argumentação, então 𝑷 ⟶ 𝑹 pode ser colocada na argumentação; se 𝑷 ∧ 𝑸 está presente em
uma argumentação, então tanto 𝑷 quanto 𝑸 podem ser colocadas na argumentação.

Duas proposições são equivalentes quando tiverem as mesmas avaliações V ou F. Portanto, sempre podem
ser colocadas em uma argumentação como uma forma de “reescrever” alguma proposição já presente na
argumentação. São equivalentes, por exemplo, as proposições 𝑨 ⟶ 𝑩, ¬𝑩 ⟶ ¬𝑨 e ¬𝑨 ∨ 𝑩. Uma
argumentação é válida sempre que, a partir das premissas que são avaliadas como V, obtém-se (pelo uso
das regras de dedução ou por equivalência) uma conclusão que é também avaliada como V.

Texto II

Proposições também são definidas por predicados que dependem de variáveis e, nesse caso, avaliar uma
proposição como V ou F vai depender do conjunto onde essas variáveis assumem valores. Por exemplo, a
proposição “Todos os advogados são homens”, que pode ser simbolizada por (∀𝒙)(𝑨(𝒙) ⟶ 𝑯(𝒙)), em
que 𝑨(𝒙) representa “𝒙 é advogado” e 𝑯(𝒙) representa “𝒙 é homem”, será V se 𝒙 pertencer a um
conjunto de pessoas que torne a implicação V; caso contrário, será F. Para expressar simbolicamente a
proposição “Algum advogado é homem”, escreve-se (∃𝒙)(𝑨(𝒙) ∧ 𝑯(𝒙)).

Nesse caso, considerando que 𝒙 pertença ao conjunto de todas as pessoas do mundo, essa proposição é
V. Na tabela abaixo, em que A e B simbolizam predicados, estão simbolizadas algumas formas de
proposições.

A partir das informações dos textos I e II, julgue os itens subsequentes.

(MPE-TO/2006) A proposição “Nenhum pavão é misterioso” está corretamente simbolizada por


¬(∃𝑥)(𝑃(𝑥) ∧ 𝑀(𝑥)), se 𝑃(𝑥) representa “𝑥 é um pavão” e 𝑀(𝑥) representa “𝑥 é misterioso”.

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Comentários:
Observe que a proposição "Nenhum A é B" é representada pela forma simbólica ¬ (∃𝒙)(𝑨(𝒙) ∧ 𝑩(𝒙)).
Logo, a expressão "nenhum pavão é misterioso" pode ser representada pela mesma forma simbólica acima:
¬ (∃𝒙)(𝑷(𝒙) ∧ 𝑴(𝒙)). Nessa situação, temos que 𝑃(𝑥) vai representar "𝑥 é um pavão" e 𝑀(𝑥) representa
"𝑥 é misterioso". Vamos fazer uma possível tradução símbolo por símbolo?

Em outras palavras, temos que nenhum pavão é misterioso, já que não existe x que seja pavão e misterioso
ao mesmo tempo. Logo, a proposição está corretamente simbolizada.

Gabarito: CORRETO.

(MPE-TO/2006) Considerando que (∀𝑥 )𝐴(𝑥) e (∃𝑥)𝐴(𝑥) são proposições, é correto afirmar que a
proposição (∀𝑥)𝐴(𝑥) ⟶ (∃𝑥)𝐴(𝑥) é avaliada como V em qualquer conjunto em que 𝑥 assuma valores.

Comentários:
Vamos primeiro traduzir as proposições iniciais.

(∀𝒙)𝑨(𝒙): para todo x, x é A.


(∃𝒙)𝑨(𝒙): existe x tal que x é A.

A proposição (∀𝑥)𝐴(𝑥) ⟶ (∃𝑥)𝐴(𝑥) representa, simplificadamente, o seguinte:

Se todo 𝒙 é A, então, existe 𝒙 tal que 𝒙 é A.

Observe que essa afirmação é sempre verdadeira, uma vez que partimos do fato que todo x é A. Logo, com
certeza, vai existir um x que é A. Mais ainda, todos 𝑥 serão A. Para fugir da abstração um pouco, imagine que
𝐴(𝑥) represente a seguinte função proposicional:

𝐴(𝑥): 𝑥 é par

Quando escrevemos que (∀𝑥)𝐴(𝑥) ⟶ (∃𝑥)𝐴(𝑥), estaríamos dizendo que:


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Se todo 𝒙 é par, então, existe 𝒙 tal que 𝒙 é par.

Ficou mais fácil de visualizar que afirmações como essa sempre serão verdadeiras, correto?

Gabarito: CORRETO.

6 - RELAÇÕES E ARIDADE
Vamos avançar um pouco mais. Todos os predicados que vimos até agora são relações unárias, isto é,
possuem apenas uma única variável. Nesse caso, dizemos que predicados assim possuem aridade 1.

𝐼 (𝑥 ): 𝑥 é impar
𝐺 (𝑥 ): 𝑥 é gerente de projetos
𝑃 (𝑥 ): 𝑥 é um pavão

No entanto, podemos ir além e estabelecer relações entre dois ou mais objetos! Observe alguns exemplos
de relações binárias.

𝐶 (𝑥, 𝑦): 𝑥 é casado com y


𝐸 (𝑥, 𝑦): 𝑥 estuda na escola y
𝐴(𝑥, 𝑦): 𝑥 acredita na religião y

Os predicados acima possuem duas variáveis e, por esse motivo, dizemos que possui aridade 2. É importante
ressaltar que, com duas variáveis, encontraremos 2 quantificadores em um mesmo predicado. Cada um
deles estará associado ao escopo de sua variável. Para esclarecer melhor esse ponto da matéria, vamos
analisar uma questão recente que traz essa abordagem.

(TRANSPETRO/2018) Considere a seguinte sentença:

“Todo aluno do curso de Informática estuda algum tópico de Matemática Discreta”

e os seguintes predicados:

𝐴(𝑥): 𝑥 é aluno.
𝐼(𝑥): 𝑥 é do curso de Informática.
𝐸(𝑥, 𝑦): 𝑥 estuda 𝑦.
𝑇(𝑥): 𝑥 é tópico de Matemática Discreta.

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Uma forma de traduzi-la é


A) ∀𝑥((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∃𝑦(𝑇(𝑦) ∧ 𝐸(𝑥, 𝑦)))
B) ∀𝑥(𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) ∧ ∀𝑦(𝑇(𝑦) → 𝐸(𝑥, 𝑦))
C) ∃𝑥∀𝑦(𝐴(𝑥) ∧/(𝑥) ∧ 𝑇(𝑦) ∧ ¬𝐸(𝑥, 𝑦))
D) ∀𝑥((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∀𝑦(𝑇(𝑦) → 𝐸(𝑥, 𝑦)))
E) ∃𝑥∀(𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥) ∧ 𝑇(𝑦) ∧ 𝐸(𝑥, 𝑦))

Comentários:
Inicialmente, note que 𝒙 irá representar alguém no conjunto de todos os alunos. 𝒚 representa alguma
matéria que é estudada por 𝒙. Temos a seguinte sentença para traduzi-la em linguagem simbólica:

“Todo aluno do curso de Informática estuda algum tópico de Matemática Discreta”

Note que podemos reescrever a frase do seguinte modo:

“Todo aluno do curso de Informática é estudante de algum tópico de Matemática Discreta”

Vimos que expressões do tipo "Todo P é Q." pode ser representada simbolicamente por:

∀𝒙 (𝑷(𝒙) ⟶ 𝑸(𝒙))

Portanto, devemos procurar alternativas que possuam uma condicional. Sabendo disso, podemos eliminar
as alternativas 𝑪 e 𝑬. Agora, vamos descobrir quem é o antecedente e o consequente dessa condicional.
Atente-se aos predicados fornecidos pelo enunciado:

𝐴(𝑥): 𝑥 é aluno.
𝐼(𝑥): 𝑥 é do curso de Informática.
𝐸(𝑥, 𝑦): 𝑥 estuda 𝑦.
𝑇(𝑥): 𝑥 é tópico de Matemática Discreta.

Queremos que 𝒙 seja aluno e seja do curso de informática. Logo, 𝑨(𝒙) ∧ 𝑰(𝒙). Agora, queremos dizer que
esse aluno estuda algum tópico de matemática discreta. Se 𝑥 estuda 𝑦, então 𝑦 é o tópico de matemática
discreta, logo devemos usar 𝑻(𝒚). Para representar "algum", utilizamos o quantificador ∃. Ficamos então
com x estuda y e y é tópico de matemática discreta (𝑻(𝒚) ∧ 𝑬(𝒙, 𝒚))

∀𝑥 ((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∃𝑦(𝑇 (𝑦) ∧ 𝐸 (𝑥, 𝑦)))

Gabarito: LETRA A.

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7 - EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NA LPO


Pessoal, já sabemos que equivalências lógicas caem muito em provas de concurso! Elas são igualmente
cobradas aqui no contexto da Lógica de Primeira Ordem. No entanto, elas aparecerão numa forma
aparentemente mais complexa. Confira, por exemplo, como representamos as leis de De Morgan:

¬(𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙)) ≡ ¬𝑷(𝒙) ∨ ¬𝑸(𝒙)


¬(𝑷(𝒙) ∨ 𝑸(𝒙)) ≡ ¬𝑷(𝒙) ∧ ¬𝑸(𝒙)

(BANPARÁ/2014) Considere a seguinte proposição P: (∃𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) → 𝑞(𝑥) ∧ 𝑟(𝑥)). Assinale a


alternativa que contém uma proposição equivalente a ¬𝑝.
A) (∃𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
B) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
C) (∃𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) → ¬(𝑞(𝑥 ) ∧ 𝑟(𝑥 )) )
D) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
E) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(¬(𝑝(𝑥 ) → (𝑞(𝑥 ) ∨ 𝑟(𝑥 )) )

Comentários:
A proposição que queremos negar é a seguinte:

(∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙))

Em negações de proposições quantificadas, devemos trocar o quantificador e negar a proposição.

¬(∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)) ≡ (∀𝒙 ∈ 𝑨) (¬(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)))

A proposição que devemos negar é uma condicional. Lembre-se da lógica proposicional que:

¬(𝑝 → 𝑞 ) ≡ 𝑝 ∧ ¬𝑞

Veja que devemos manter o antecedente e negar o consequente, trocando a condicional por uma conjunção.

(∀𝒙 ∈ 𝑨) (¬(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙))) ≡ (∀𝒙 ∈ 𝑨) (¬𝒑(𝒙) ∧ ¬(𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)))


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Para negar ¬(𝑞(𝑥 ) ∧ 𝑟(𝑥 )), usamos as leis de De Morgan.

¬(𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)) ≡ ¬𝒒(𝒙) ∨ ¬𝒓(𝒙)

Por fim, ficamos com:

¬(∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)) ≡ (∀𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) ∧ ¬𝒒(𝒙) ∨ ¬𝒓(𝒙))

Gabarito: LETRA B.
(ALEMA/2013) Considere a sentença a seguir: “Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele é equilátero
ou equiângulo então ele é regular.". Assinale a alternativa que indica a sentença logicamente equivalente à
sentença acima.
A) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele é regular então ele é equilátero ou equiângulo.
B) Existe um quadrilátero convexo que é equilátero ou equiângulo mas que não é regular.
C) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele não é equilátero ou não é equiângulo então ele não é
regular.
D) Algum quadrilátero convexo não é regular, mas é equilátero ou equiângulo.
E) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, ele não é equilátero nem é equiângulo, ou ele é regular.

Comentários:
Seja E, A e R as seguintes funções proposicionais:

𝐸 (𝑥): 𝑥 é equilátero
𝐴(𝑥): 𝑥 é equiângulo
𝑅 (𝑥): 𝑥 é regular

Seja 𝑥 um elemento do conjunto formado por todos os quadriláteros convexos. Podemos representar a
sentença do enunciado da seguinte forma:

∀𝑥(𝐸 (𝑥) ∨ 𝐴(𝑥) ⟶ 𝑅 (𝑥))

Queremos uma sentença logicamente equivalente. A lógica proposicional, assim como estudado em nossas
primeiras aulas, fornece várias equivalências que podemos utilizar. Lembre-se: 𝑃 ⟶ 𝑄 ≡ ~𝑃 ∨ 𝑄.

Logo, para escrever uma sentença equivalente, devemos negar o antecedente, manter o consequente e
substituir a condicional por uma disjunção. Observe como fica:

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∀𝑥(𝐸 (𝑥) ∨ 𝐴(𝑥) ⟶ 𝑅 (𝑥)) ≡ ∀𝑥 (¬(𝐸 (𝑥) ∨ 𝐴(𝑥)) ∨ 𝑅(𝑥))

Usando as leis de De Morgan, podemos dizer que ¬(𝐸 (𝑥 ) ∨ 𝐴(𝑥 )) ≡ ¬𝐸(𝑥 ) ∧ ¬𝐴(𝑥 ). Assim,

∀𝑥(𝐸 (𝑥) ∨ 𝐴(𝑥) ⟶ 𝑅 (𝑥)) ≡ ∀𝑥(¬𝐸 (𝑥) ∧ ¬𝐴(𝑥) ∨ 𝑅 (𝑥))

Traduzindo para o bom e velho português, a equivalência encontrada é lida como:

Qualquer que seja 𝒙, 𝒙 não é equilátero e não é equiângulo ou 𝒙 é regular.

Gabarito: LETRA E.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pessoal, sabemos que todos esses símbolos não são fáceis de digerir. Para o conhecimento sedimentar, é
preciso tempo. Tenha paciência, o caminho é árduo mas a vitória é certa! A seguir, tem uma bateria de
questões que você deve tentar resolver. Anote as questões mais difíceis para que futuramente você possa
voltar nelas, até mesmo durante uma revisão.

Ademais, perceba que muitas das questões que inserimos podem ser resolvidas utilizando os conhecimentos
já adquiridos em Lógica Proposicional. No final de tudo, tenho certeza que se sentirá mais familiarizado com
essa notação e estará preparado para enfrentar o assunto na prova. Até a nossa próxima aula!

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REVISÃO

Informações Relevantes
• A Lógica de Primeira Ordem (LPO) surge para superar as limitações da Lógica Proposicional (LP);
• Sendo uma extensão da LP, a Lógica de Primeira Ordem aproveita os conhecimentos adquiridos
anteriormente, principalmente quando falamos de Equivalências Lógicas e Proposições Categóricas;
• Uma fórmula bem formulada é uma sequência de símbolos que possui um sentido dentro da linguagem;
• Predicados que possuem apenas uma variável são relações unárias (possuem aridade 1);
• Predicados que possuem duas variáveis são relações binárias (possuem aridade 2);
• Predicados que possuem n variáveis são relações n-árias (possuem aridade n);
• Um predicado pode ser representado por uma palavra-chave, por exemplo, 𝑃𝑎𝑟(𝑥). Ele também pode
ser representado apenas por uma letra 𝑃(𝑥). Algumas vezes, você também poderá ver autores ignorando
os parênteses e escrevendo simplesmente 𝑃𝑥.
• O quantificador universal é o ∀ e o quantificador existencial é o ∃.
• Na maioria dos problemas de LPO, precisaremos ser tradutores, convertendo símbolos em uma oração
da Língua Portuguesa e vice-versa.
_______________________________________________________________________________________

Esquemas e Diagramas

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018) Considere a seguinte sentença:

“Todo aluno do curso de Informática estuda algum tópico de Matemática Discreta”


e os seguintes predicados:

𝑨(𝒙): 𝒙 é aluno.
𝑰(𝒙): 𝒙 é do curso de Informática.
𝑬(𝒙, 𝒚): 𝒙 estuda 𝒚.
𝑻(𝒙): 𝒙 é tópico de Matemática Discreta.

Uma forma de traduzi-la é


A) ∀𝑥((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∃𝑦(𝑇(𝑦) ∧ 𝐸(𝑥, 𝑦)))
B) ∀𝑥(𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) ∧ ∀𝑦(𝑇(𝑦) → 𝐸(𝑥, 𝑦))
C) ∃𝑥∀𝑦(𝐴(𝑥) ∧/(𝑥) ∧ 𝑇(𝑦) ∧ ¬𝐸(𝑥, 𝑦))
D) ∀𝑥((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∀𝑦(𝑇(𝑦) → 𝐸(𝑥, 𝑦)))
E) ∃𝑥∀(𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥) ∧ 𝑇(𝑦) ∧ 𝐸(𝑥, 𝑦))

Comentários:
Inicialmente, note que 𝒙 irá representar alguém no conjunto de todos os alunos. 𝒚 representa alguma
matéria que é estudada por 𝒙. Temos a seguinte sentença para traduzi-la em linguagem simbólica:

“Todo aluno do curso de Informática estuda algum tópico de Matemática Discreta”

Note que podemos reescrever a frase do seguinte modo:

“Todo aluno do curso de Informática é estudante de algum tópico de Matemática Discreta”

Vimos que expressões do tipo "Todo P é Q." pode ser representada simbolicamente por:

∀𝒙 (𝑷(𝒙) ⟶ 𝑸(𝒙))

Portanto, devemos procurar alternativas que possuam uma condicional. Sabendo disso, podemos eliminar
as alternativas 𝑪 e 𝑬. Agora, vamos descobrir quem é o antecedente e o consequente dessa condicional.
Atente-se aos predicados fornecidos pelo enunciado:

𝐴(𝑥): 𝑥 é aluno.

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𝐼(𝑥): 𝑥 é do curso de Informática.


𝐸(𝑥, 𝑦): 𝑥 estuda 𝑦.
𝑇(𝑥): 𝑥 é tópico de Matemática Discreta.

Queremos que 𝒙 seja aluno e seja do curso de informática. Logo, 𝑨(𝒙) ∧ 𝑰(𝒙). Agora, queremos dizer que
esse aluno estuda algum tópico de matemática discreta. Se 𝑥 estuda 𝑦, então 𝑦 é o tópico de matemática
discreta, logo devemos usar 𝑻(𝒚). Para representar "algum", utilizamos o quantificador ∃. Ficamos então
com x estuda y e y é tópico de matemática discreta (𝑻(𝒚) ∧ 𝑬(𝒙, 𝒚))

∀𝑥 ((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∃𝑦(𝑇 (𝑦) ∧ 𝐸 (𝑥, 𝑦)))

Gabarito: LETRA A.

2. (VUNESP/PM-SP/2018) A proposição “É necessário que toda festa tenha motivo.” é equivalente a


A) Não é possível que alguma festa não tenha motivo.
B) É possível que alguma festa não tenha motivo.
C) É necessário que alguma festa não tenha motivo.
D) É impossível que alguma festa tenha motivo.

Comentários:
Podemos resolver essa questão utilizando diagramas lógicos. Para isso, veja o
esquema ao lado.

Note que a proposição do enunciado pode ser reescrita como "toda festa tem
um motivo". Diante disso, podemos desenhar um diagrama de festas contido
em um de motivo. Agora, vamos analisar as alternativas.

A) Não é possível que alguma festa não tenha motivo.


Alternativa correta. Toda festa tem algum motivo, logo, não é possível ter alguma festa sem motivo.

B) É possível que alguma festa não tenha motivo.


Alternativa incorreta. Toda festa tem algum motivo, assim como está representado no diagrama.

C) É necessário que alguma festa não tenha motivo.


Alternativa incorreta. Toda festa tem algum motivo, não há necessidade de alguma festa não ter.

D) É impossível que alguma festa tenha motivo.


Alternativa incorreta. Na verdade, toda festa tem motivo.

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Gabarito: LETRA A.

3. (UFAL/PREF. ROTEIRO/2017) Considerando que os símbolos ¬, ∧, ∨, ∀ e ∃ representam negação,


conjunção, disjunção, quantificador universal e quantificador existencial, respectivamente, e dado o
conjunto de premissas {∀𝒙(¬𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙))}, qual informação abaixo pode ser inferida?
A) ∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))
B) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))
C) ∀𝑥𝑃(𝑥)
D) ∀𝑥𝑄(𝑥)
E) ∃𝑥𝑃(𝑥)

Comentários:
A proposição dada pelo enunciado foi a seguinte:

∀𝒙(¬𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙))

Note a presença do quantificador universal ∀ e da conjunção ∧. É possível traduzir os símbolos:

Para todo 𝒙, 𝒙 não é 𝑷 e 𝒙 é 𝑸.

Lembre-se que na conjunção podemos inferir qualquer uma das suas premissas componentes. Desse modo,
ao levar o quantificador para perto do predicado, podemos reescrever o conjunto de premissas:

∀𝒙(¬𝑷(𝒙)) ∧ ∀𝒙(𝑸(𝒙))

A) ∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))
Alternativa incorreta. Essa proposição pode ser traduzida como: para todo 𝑥, 𝑥 é 𝑃 e 𝑥 é 𝑄. Vimos que do
conjunto de premissas do enunciado, qualquer que seja 𝑥, 𝑥 não é 𝑃.

B) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))
Alternativa incorreta. Essa proposição pode ser traduzida como: existe 𝑥, 𝑥 é 𝑃 e 𝑥 é 𝑄. Vimos que do
conjunto de premissas do enunciado, qualquer que seja 𝑥, 𝑥 não é P. Desse modo, podemos concluir que
não existe 𝑥, tal que 𝑥 é 𝑃.

C) ∀𝑥𝑃(𝑥)
Alternativa incorreta. Essa proposição pode ser traduzida como: para todo 𝑥, 𝑥 é 𝑃. Vimos que do conjunto
de premissas do enunciado, qualquer que seja 𝑥, 𝑥 não é 𝑃.

D) ∀𝑥𝑄(𝑥)
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Alternativa correta. Essa proposição pode ser traduzida como: para todo 𝑥, 𝑥 é 𝑄. Vimos que do conjunto
de premissas do enunciado, qualquer que seja 𝑥, 𝑥 é 𝑄. É exatamente o que foi trazido pela alternativa.

E) ∃𝑥𝑃(𝑥)
Alternativa incorreta. Essa proposição pode ser traduzida como: existe 𝑥 tal que 𝑥 é 𝑃. Vimos que do
conjunto de premissas do enunciado, qualquer que seja 𝑥, 𝑥 não é P. Desse modo, podemos concluir que
não existe 𝑥, tal que 𝑥 é 𝑃.

Gabarito: LETRA D.

4. (QUADRIX/CORECON-PE/2016) Milton Friedman, um economista americano, prêmio Nobel em


economia, afirmou: “Quando usamos política monetária expansionista e a política fiscal expansionista,
causamos a inflação.” Usando sentenças da lógica de primeira ordem, representa a afirmação de
Friedman:
A) ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥)) → 𝑅(𝑥))
B) 𝑅(𝑥) → ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥))
C) ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) → 𝑅(𝑥))
D) (𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) → 𝑄(𝑥))
E) 𝑄(𝑥) → ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑅(𝑥))

Comentários:
A afirmação que devemos traduzir em linguagem simbólica é:

“Quando usamos política monetária expansionista e a


política fiscal expansionista, causamos a inflação.”

Nessas situações, o primeiro passo é tentar transformar a oração em alguma forma conhecida. Observe que
ela já está numa forma de uma condicional do tipo: "quando 𝑝, 𝑞." Vamos primeiro tentar traduzir
o antecedente 𝑝: "usamos política monetária expansionista e a política fiscal expansionista". Note a
presença da conjunção e (∧). Logo, no antecedente, devemos unir dois predicados com ∧. Seja P e Q os
seguintes predicados:

𝑃(𝑥): 𝑥 usa política monetária expansionista


𝑄(𝑥): 𝑥 usa política fiscal expansionista

Note que ele fala "quando usamos". Logo, ele está se referindo a qualquer pessoa, de modo universal. Não
há exceções. Nesse caso, o quantificador universal ∀ é o candidato ideal para transmitir essa ideia. O
antecedente, em símbolos, é dado por:

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∀𝑥(𝑃 (𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))

Imagine agora o consequente seja dado pelo predicado 𝑅:

𝑅 (𝑥): 𝑥 causa a inflação

Portanto, a sentença completa ficaria da seguinte maneira:

∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥) ⟶ 𝑅 (𝑥))

É exatamente o que está representado na alternativa A.

Gabarito: LETRA A.

5. (CESPE/DPU/2016) Em uma festa com 15 convidados, foram servidos 30 bombons: 10 de morango, 10


de cereja e 10 de pistache. Ao final da festa, não sobrou nenhum bombom e

• quem comeu bombom de morango comeu também bombom de pistache;


• quem comeu dois ou mais bombons de pistache comeu também bombom de cereja;
• quem comeu bombom de cereja não comeu de morango.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Quem comeu bombom de morango comeu somente um bombom de pistache.

Comentários:
Essa é uma questão de Lógica de Primeira Ordem que pode ser resolvida de um modo simples. Não há porque
usarmos toda aquela simbologia pesada. Observe que existe quantidades iguais de bombons de morango
e de pistache (10). Além disso, quem comeu bombom de morango comeu também bombom de pistache.

Imagine a situação hipotética: alguém que comeu um bombom de morango, comeu dois bombons de
pistache. Nessa situação, os bombons de pistache acabarão primeiro do que os de morango. Logo, existirá
uma pessoa que comerá um bombom de morango e não terá um bombom de pistache para comer.

Perceba que a situação que descrevemos gera uma inconsistência com o enunciado: existirá uma pessoa
que comeu bombom de morango e não comeu bombom de pistache. Portanto, quem comeu bombom de
morango só poderá ter comido apenas um bombom de pistache.

Gabarito: CERTO.

6. (CESPE/TRE-GO/2015) A proposição “Todos os esquizofrênicos são fumantes; logo, a esquizofrenia eleva


a probabilidade de dependência da nicotina” é equivalente à proposição “Se a esquizofrenia não eleva a
probabilidade de dependência da nicotina, então existe esquizofrênico que não é fumante”.
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Comentários:
Sempre que puder, vamos tentar evitar o uso da simbologia. Algumas vezes conseguiremos, outras não. Mas
essa questão, por exemplo, conseguimos resolvê-la utilizando um pouco de equivalências lógicas e negação
de proposições quantificadas. Uma das equivalências que revisamos ao longo da aula foi a seguinte:

𝑃 → 𝑄 ≡ ¬𝑄 → ¬𝑃

É exatamente ela que utilizaremos nesse exercício. Observe que P é uma proposição quantificada:

P: "Todos os esquizofrênicos são fumantes."


¬P: "Existe esquizofrênico que não é fumante."

Observe que para negar a proposição, substituímos o tipo de quantificador e negamos o predicado.
Poderíamos ter escolhido "algum", "pelo menos um", sem problemas, todos eles são quantificadores
existenciais. Escolhemos "existe", pois, é o trazido pelo enunciado.

Prosseguindo! Nós também precisamos negar Q.

Q: "A esquizofrenia eleva a probabilidade de dependência da nicotina."


¬Q: "A esquizofrenia não eleva a probabilidade de dependência da nicotina."

Como Q é uma proposição simples, para negá-la, basta acrescentarmos o "não". Agora, quando juntamos
na equivalência 𝑃 → 𝑄 ≡ ¬𝑄 → ¬𝑃, ficamos com:

Se a esquizofrenia não eleva a probabilidade de dependência da nicotina, então existe esquizofrênico que
não é fumante. É exatamente o que foi posto pelo enunciado.

Gabarito: CERTO

7. (UFAL/PREF. SÃO SEBASTIÃO/2015) Se os símbolos ¬, ∧, ∨, →, ↔, ∀ e ∃ representam a negação,


conjunção, disjunção, condicional, bicondicional, para todo e existe, respectivamente, a negação da
fórmula ∀𝒙(𝑷(𝒙) → 𝑸(𝒙)) é equivalente à fórmula
A) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥))
B) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ ¬𝑄(𝑥))
C) ∃𝑥(¬𝑃(𝑥) → ¬𝑄(𝑥))
D) ∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ ¬𝑄(𝑥))
E) ∀𝑥(¬𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥))

Comentários:
A fórmula ∀𝑥(𝑃(𝑥) → 𝑄(𝑥)) representa a proposição categórica universal afirmativa "Todo P é Q".
Lembre-se que a negação de uma proposição universal afirmativa é uma proposição particular negativa. Uma
proposição particular negativa "Algum P não é Q" possui a seguinte simbologia: ∃𝑥 (𝑃(𝑥 ) ∧ ¬𝑄(𝑥)).
Recomendo fortemente que vocês guardem com carinho esse quadro visto na teoria.
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No calor da prova, pode não ser possível associar os símbolos a uma proposição categórica. Para contornar
esse problema, podemos traduzir as expressões e verificar com calma cada uma das alternativas. O
enunciado trouxe que:

∀𝒙(𝑷(𝒙) → 𝑸(𝒙))

Temos um quantificador universal e uma condicional, podemos ler tal sentença como:

para todo 𝑥, se 𝑥 é 𝑃, então 𝑥 é 𝑄.

Em outras palavras,
Todo P é Q.

Para negar proposições dessa forma, não precisamos generalizar e dizer que "Nenhum P é Q". Para que a
expressão acima seja falsa, basta existir algum x que é P e não é Q. O quantificador que exprime essa ideia
de "algum" é ∃. Ficamos então com:

∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ ¬𝑄(𝑥))

Gabarito: LETRA B.

8. (UFAL/PREF. CRAÍBAS/2015) Considerando que os símbolos ∀, ∃, ~, → 𝐞 ∨ representam a quantificação


universal, quantificação existencial, negação, implicação e disjunção, respectivamente, do conjunto de
premissas {∀𝒙(~𝑷(𝒙) ∨ 𝑸(𝒙) ∨ 𝑹(𝒙)), ∀𝒙𝑷(𝒙)}, infere-se que
A) ∃𝑥(𝑅(𝑥) → 𝑄(𝑥)).
B) ∃𝑥(𝑄(𝑥) → 𝑅(𝑥)).
C) ∃𝑥(~𝑄(𝑥) → 𝑅(𝑥)).
D) ∃𝑥(~𝑄(𝑥) → ~𝑅(𝑥)).
E) ∃𝑥(~𝑅(𝑥) → ~𝑄(𝑥)).

Comentários:
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Quando usamos esse tipo de simbologia, estamos trabalhando com predicados genéricos.

𝑃(𝑥 ): 𝑥éP
𝑄(𝑥 ): 𝑥éQ
𝑅(𝑥 ): 𝑥éR

O conjunto de premissas dados no enunciado foi {∀𝑥(~𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥) ∨ 𝑅(𝑥)), ∀𝑥𝑃(𝑥)}. Considerando os
predicados genéricos, essas premissas podem ser traduzidas da seguinte forma:

∀𝑥(~𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥) ∨ 𝑅(𝑥)) : para todo 𝑥, 𝑥 não é 𝑃 ou 𝑥 é 𝑄 ou 𝑥 é 𝑅 .

∀𝑥𝑃(𝑥) : para todo 𝑥, 𝑥 é 𝑃.

Com isso, na premissa ∀𝑥(~𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥) ∨ 𝑅(𝑥)), ~𝑷(𝒙) terá valor lógico falso. Assim, por se tratar de uma
disjunção, para que a premissa ∀𝑥(~𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥) ∨ 𝑅(𝑥)) seja verdadeira, temos que 𝑄(𝒙) ou 𝑹(𝒙) é
verdadeira para algum valor de 𝒙. Podemos simplificar a sentença como:

∃𝒙(𝑸(𝒙) ∨ 𝑹(𝒙))

Usando a equivalência lógica que revisamos no início dessa aula, temos que 𝑄 ∨ 𝑅 ≡ ~𝑄 → 𝑅. Podemos
utilizar essa equivalência normalmente no estudo da lógica da primeira ordem.

∃𝒙(~𝑸(𝒙) ⟶ 𝑹(𝒙))

Gabarito: LETRA C.

9. (UFAL/PREF. SÃO SEBASTIÃO/2015) Se os símbolos ¬, ∧, ∨, →, ↔, ∀ e ∃ representam a negação,


conjunção, disjunção, condicional, bicondicional, para todo e existe, respectivamente,

I. ∀𝒙(𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙)) 𝐞 ∀𝒙𝑷(𝒙) ∧ ∀𝒙𝑸(𝒙)


II. ∀𝒙(𝑷(𝒙) ∨ 𝑸(𝒙)) 𝐞 ∀𝒙𝑷(𝒙) ∨ ∀𝒙𝑸(𝒙)
III. ∃𝒙(𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙)) 𝐞 ∃𝒙𝑷(𝒙) ∧ ∃𝒙𝑸(𝒙)

verifica-se que são equivalentes o(s) par(es) do(s) item(ns)


A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
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Comentários:
Queremos verificar se as fórmulas de cada item são equivalentes. Vamos imaginar os seguintes predicados
para nos auxiliar na identificação dessas equivalências.

𝑃 (𝑥 ): 𝑥 é pequeno
𝑄 (𝑥 ): 𝑥 é quadrado

I. ∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥)) e ∀𝑥𝑃(𝑥) ∧ ∀𝑥𝑄(𝑥)


∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥)) pode ser traduzida como "para todo x, x é pequeno e x é quadrado."
∀𝑥𝑃(𝑥) ∧ ∀𝑥𝑄(𝑥) pode ser traduzida como "para todo x, x é pequeno e para todo x, x é quadrado."

Perceba que não há diferença na semântica das duas frases, de modo que podemos dizer que são
equivalentes. Em qualquer uma das duas simbologias concluímos que todo x é pequeno e quadrado.

II. ∀𝑥(𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) e ∀𝑥𝑃(𝑥) ∨ ∀𝑥𝑄(𝑥)


∀𝑥(𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) pode ser traduzida como "para todo x, x é pequeno ou x é quadrado."
∀𝑥𝑃(𝑥) ∨ ∀𝑥𝑄(𝑥) pode ser traduzida como "para todo x, x é pequeno ou para todo x, x é quadrado."

Note que, dessa vez, temos uma pequena diferença entre as duas formas. Na primeira, estamos admitindo
que alguns x podem ser pequenos, outros podem ser quadrados ou até mesmo ter as duas propriedades. Na
segunda forma, estamos sendo "mais radicais", todo mundo é pequeno ou todo mundo é quadrado. Logo,
as duas formas não podem ser equivalentes.

III. ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥)) e ∃𝑥𝑃(𝑥) ∧ ∃𝑥𝑄(𝑥)


∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥)) pode ser traduzida como "existe x tal que x é pequeno e x é quadrado".
∃𝑥𝑃(𝑥) ∧ ∃𝑥𝑄(𝑥) pode ser traduzida como "existe x tal que x é pequeno e existe x tal que x é quadrado."

Mais uma vez, temos duas situações distintas. A primeira forma diz que existe um x que possui as duas
propriedades, simultaneamente. A segunda forma traz que existe um x que é pequeno e outro x que é
quadrado, que não é necessariamente igual ao primeiro. Logo, as duas formas não podem ser equivalentes.

Gabarito: LETRA A.

10. (UFAL/PREF. SÃO SEBASTIÃO/2015) Se os símbolos ¬, ∧, ∨, →, ↔, ∀ e ∃ representam a negação,


conjunção, disjunção, condicional, bicondicional, para todo e existe, respectivamente, a fórmula
∀𝒙∃𝒚(𝑷(𝒙) → 𝑸(𝒚)) é equivalente à fórmula
a) ∃𝑥𝑃(𝑥) → ∃𝑦𝑄(𝑦)
b) ∃𝑥𝑃(𝑥) ↔ ∀𝑦𝑄(𝑦)
c) ∀𝑥𝑃(𝑥) → ∃𝑦𝑄(𝑦)
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d) ∀𝑥𝑃(𝑥) → ∀𝑦𝑄(𝑦)
e) ∀𝑥𝑃(𝑥) ↔ ∃𝑦𝑄(𝑦)

Comentários:
Galera, existe todo um rigor formal pelo qual nós conseguimos demonstrar a equivalência do enunciado. No
entanto, o custo benefício de aprendê-lo ainda não é alto suficiente para fazermos isso aqui. Vou tentar
simplificar o máximo sua vida, oferecendo maneiras mais intuitivas de resolver seu problema. Perceba que
temos dois quantificadores, cada um atuando em uma variável. Vamos fazer uma rápida tradução:

∀𝒙
⏟ ∃𝒚
⏟ ( 𝑷(𝒙)
⏟ →
⏟ 𝑸(𝒚)
⏟ )
𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆 𝒚 𝒕𝒂𝒍 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆 𝒙 é 𝑷 𝒆𝒏𝒕ã𝒐 𝒚é𝑸

Para evitarmos estar trabalhando com os símbolos, vamos dar nomes aos bois. Considere que P(x) e Q(y)
sejam os seguintes predicados:

P(x): x é professor.
Q(y): y é aluno.

Logo, uma tradução usando esse possíveis predicados ficaria:

"Para toda pessoa x, existe uma pessoa y, tal que se x é professor, então y é aluno."

Agora vamos comparar a expressão que obtivemos com as que estão escritas no enunciado e ver o grau de
compatibilidade de cada uma.

a) ∃𝑥𝑃(𝑥) → ∃𝑦𝑄(𝑦)
CERTO. A tradução correspondente para a alternativa seria "se existe uma pessoa x tal que x é professor,
então existe y tal que y é aluno". Perceba que estamos transmitindo exatamente a mesma ideia que
obtivemos anteriormente. Por esse motivo, as expressões podem ser ditas equivalentes.

b) ∃𝑥𝑃(𝑥 ) ↔ ∀𝑦𝑄(𝑦)
ERRADO. A tradução seria "existe uma pessoa x tal que x é professor se e somente se para toda pessoa y, y
é aluno. Note que essa expressão difere muito daquela que obtivemos traduzindo a que está no enunciado.

c) ∀𝑥𝑃(𝑥) → ∃𝑦𝑄(𝑦)
ERRADO. A tradução é "se para toda pessoa x tal que x seja professor, então existe uma pessoa y tal que y é
um aluno.

d) ∀𝑥𝑃(𝑥) → ∀𝑦𝑄(𝑦)
ERRADO. A tradução é "se para toda pessoa x tal que x seja professor então para toda pessoa y, y é aluno.
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e) ∀𝑥𝑃(𝑥) ↔ ∃𝑦𝑄(𝑦)
ERRADO. A tradução é "para toda pessoa x, x é professor se e somente se existe uma pessoa y, tal que y é
aluno.

Gabarito: LETRA A

11. (UFAL/CASAL/2014) Considere as seguintes fórmulas do cálculo proposicional.

I. ~~~𝑹
II. (~𝑹)
III. ~~(𝑷 ∧ 𝑷)
IV. ~(𝑷 ↔ (𝑸 ∧ 𝑹))

Usando as regras de formação, verifica-se que são fórmulas bem formuladas,

a) II, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Comentários:
Pessoal, uma fórmula bem formulada nada mais é do que uma fórmula que está bem escrita. Por exemplo,
~𝑃, 𝑃 ∧ 𝑄, 𝑃 ∨ 𝑄 ∨ ~𝑅... Fórmulas tais como 𝑃~ ou 𝑃 ∧ () não são bem formuladas. Note que são
estranhas e não significam nada. Com isso em mente, vamos verificar os itens.

I. ~~~𝑅
É uma fórmula bem formulada. Note que temos uma negação tripla, equivalentemente, podemos escrever
que ~~~𝑅 ≡ ~𝑅.

II. (~𝑅)
Não é uma fórmula bem formulada. Por mais que pareçam inofensivos, esses parênteses não possuem
significado algum e não deveriam estar na fórmula. Se queremos representar a negação de um predicado R,
devemos simplesmente dizer que ~𝑅. Sem parênteses.

III. ~~(𝑃 ∧ 𝑃)
É uma fórmula bem formulada. Dessa vez os parênteses possuem uma função e significado. Eles atuam para
demonstrar onde os operadores "~" estão atuando. Temos uma negação dupla que podemos reescrever:
~~(𝑃 ∧ 𝑃) ≡ 𝑃 ∧ 𝑃 .
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IV. ~(𝑃 ↔ (𝑄 ∧ 𝑅))


É uma fórmula bem formulada. Analogamente ao item anterior, os parênteses estão bem colocados e
possuem uma função. Além disso, todo restante da simbologia está bem posicionada, sem restar dúvidas do
que a expressão significa.

Gabarito: LETRA B

12. (FGV/PREF. OSASCO/2014) Seja O um conjunto de objetos e P, Q, R, S propriedades sobre esses


objetos. Sabendo-se que para todo objeto x em O:

1. 𝑷(𝒙) é verdadeiro.
2. 𝑸(𝒙) é verdadeiro.
3. Se 𝑷(𝒙), 𝑸(𝒙) e 𝑹(𝒙) são verdadeiros então 𝑺(𝒙) é verdadeiro.

Pode-se concluir, para todo x em O, que:


A) se 𝑅(𝑥) é verdadeiro então 𝑆(𝑥) é verdadeiro;
B) 𝑆(𝑥) e 𝑅(𝑥) são verdadeiros;
C) se 𝑃(𝑥) e 𝑄(𝑥) são verdadeiros então 𝑅(𝑥) é verdadeiro;
D) se 𝑃(𝑥) é verdadeiro ou 𝑄(𝑥) é verdadeiro então 𝑅(𝑥) é verdadeiro;
E) se 𝑆(𝑥) e 𝑄(𝑥) são verdadeiros então 𝑃(𝑥) e 𝑅(𝑥) são verdadeiros.

Comentários:
A) se 𝑅(𝑥) é verdadeiro então 𝑆(𝑥) é verdadeiro;
Alternativa correta. É exatamente o que temos na afirmação 3: Se 𝑃(𝑥), 𝑄(𝑥) e 𝑅(𝑥) são verdadeiros então
𝑆(𝑥) é verdadeiro. Já sabemos que P(x) e Q(x) são verdadeiras (das afirmações 1 e 2). Logo, quando
garantimos que R(x) é verdadeiro, então S(x) é verdadeiro.

B) 𝑆(𝑥) e 𝑅(𝑥) são verdadeiros;


Alternativa incorreta. Não é possível concluir isso. No enunciado, nada foi dito do valor lógico de R(x).

C) se 𝑃(𝑥) e 𝑄(𝑥) são verdadeiros então 𝑅(𝑥) é verdadeiro;


Alternativa incorreta. Outra alternativa que não é possível concluir baseado apenas com o que foi trazido
pelo enunciado. Nada foi dito sobre a relação de 𝑅(𝑥) com 𝑃(𝑥) e 𝑄(𝑥).

D) se 𝑃(𝑥) é verdadeiro ou 𝑄(𝑥) é verdadeiro então 𝑅(𝑥) é verdadeiro;


Alternativa incorreta. Outra alternativa que não é possível concluir baseado apenas com o que foi trazido
pelo enunciado. Nada foi dito sobre a relação de 𝑅(𝑥) com 𝑃(𝑥) e 𝑄(𝑥).

E) se 𝑆(𝑥) e 𝑄(𝑥) são verdadeiros então 𝑃(𝑥) e 𝑅(𝑥) são verdadeiros.


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Alternativa incorreta. Outra alternativa que não é possível concluir baseado apenas com o que foi trazido
pelo enunciado.

Gabarito: LETRA A.

13. (IADES/CRQ/2014) Considerando que “se x é matemático, então x é físico”, “existe físico que é
químico” e “não existe matemático que seja químico”, assinale a alternativa correta.
A) Se alguém é físico, então será químico
B) Se alguém é químico, então será físico.
C) Existe alguém que é matemático, que também é químico e físico.
D) Se existe alguém que não é matemático, então será químico.
E) Se alguém é químico e físico, então não será matemático.

Comentários:
A) Se alguém é físico, então será químico
Alternativa incorreta. O que é dito no enunciado é "existe físico que é químico". Quando dizemos que "se
alguém é físico, então será químico" estamos dizendo, com outras palavras, que "todo físico é químico". São
dois tipos de proposições diferentes. A primeira representa uma proposição particular positiva e a segunda
uma proposição universal positiva.

B) Se alguém é químico, então será físico.


Alternativa incorreta. O que é dito no enunciado é "existe físico que é químico". Um diagrama lógico que
representa essa informação é:

Observe que podem existir químicos que não são físicos. Logo, não é correto afirmar que se alguém é
químico, então será físico.

C) Existe alguém que é matemático, que também é químico e físico.


Alternativa incorreta. Não é possível concluir isso. O enunciado diz que "nenhum matemático é químico".
Logo, não é possível que uma mesma pessoa acumule as três profissões.

D) Se existe alguém que não é matemático, então será químico.


Alternativa incorreta. Não é possível concluir isso. O enunciado diz que "nenhum matemático é químico".
Logo, não é possível garantir que se alguém não for matemático, que isso o fará automaticamente químico.

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E) Se alguém é químico e físico, então não será matemático.


Alternativa correta. O enunciado diz que "nenhum matemático é químico". Logo, se alguém é químico,
independentemente de ser físico ou não, então ele não será matemático.

Gabarito: LETRA E.

14. (INAZ/BANPARÁ/2014) Considere a seguinte proposição P: (∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)). Assinale
a alternativa que contém uma proposição equivalente a ¬𝒑.
A) (∃𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
B) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
C) (∃𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) → ¬(𝑞(𝑥 ) ∧ 𝑟(𝑥 )) )
D) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
E) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(¬(𝑝(𝑥 ) → (𝑞(𝑥 ) ∨ 𝑟(𝑥 )) )

Comentários:
A proposição que queremos negar é a seguinte:

(∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙))

Em negações de proposições quantificadas, devemos trocar o quantificador e negar a proposição.

¬(∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)) ≡ (∀𝒙 ∈ 𝑨) (¬(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)))

A proposição que devemos negar é uma condicional. Lembre-se da lógica proposicional que:

¬(𝑝 → 𝑞 ) ≡ 𝑝 ∧ ¬𝑞

Devemos manter o antecedente e negar o consequente, trocando a condicional por uma conjunção.

(∀𝒙 ∈ 𝑨) (¬(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙))) ≡ (∀𝒙 ∈ 𝑨) (¬𝒑(𝒙) ∧ ¬(𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)))

Para negar ¬(𝑞(𝑥 ) ∧ 𝑟(𝑥 )), devemos lembrar das lei de De Morgan.

¬(𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)) ≡ ¬𝒒(𝒙) ∨ ¬𝒓(𝒙)

Por fim, ficamos com:

¬(∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)) ≡ (∀𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) ∧ ¬𝒒(𝒙) ∨ ¬𝒓(𝒙))


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Gabarito: LETRA B.

15. (CESPE/TRE-10/2013) Considere as seguintes definições de conjuntos, feitas a partir de um conjunto


de empresas, E, não vazio.

𝑿 = conjunto das empresas de E tais que “se a empresa não entrega o que promete, algum de seus clientes
estará insatisfeito”;
𝑨 = conjunto das empresas de E tais que “a empresa não entrega o que promete”;
𝑩 = conjunto das empresas de E tais que “algum cliente da empresa está insatisfeito”.

Tendo como referência esses conjuntos, julgue o item seguinte.

Se 𝐴 ⊂ 𝐵, então 𝑋 = 𝐸.

Comentários:
Se 𝐸 é o conjunto de todas as empresas, então podemos dividi-lo em dois outros conjuntos: um grupo das
empresas que não entregam o que promete (𝐴) e outro grupo com aquelas que entregam o que prometem
(𝐸 − 𝐴). Note que, obrigatoriamente, uma empresa deve se encaixar em um desses dois, correto?

𝑋 é o conjunto das empresas de 𝐸 tais que "se a empresa não entrega o que promete, então algum de seus
clientes estará insatisfeito". Se pegarmos alguma empresa que entrega o que promete, então o antecedente
na condicional será falso. Quando o antecedente é falso, sabemos que a condicional é verdadeira e,
portanto, essa empresa pertencerá a 𝑿. Com isso, é possível concluir que 𝑬 − 𝑨 ⊂ 𝑿.

O enunciado levanta a situação em que 𝐴 ⊂ 𝐵 o que permite concluir que todas as empresas que não
entregam o que prometem, possuem algum cliente insatisfeito. Essa é exatamente a condição para
pertencer a 𝑋. Logo, 𝐴 ⊂ 𝑋.

Como concluímos que 𝐸 − 𝐴 ⊂ 𝑋 e 𝐴 ⊂ 𝑋. Então, 𝑋 = 𝐸.

Gabarito: CERTO.

16. (CESPE/SEFAZ-ES/2013) A negação da proposição “Cada uma das contas apresentadas por Fernando
contém, no mínimo, dois erros contábeis.” corresponde a
A) Todas as contas apresentadas por Fernando contêm, pelo menos, um erro contábil
B) Nenhuma das contas apresentadas por Fernando contém, no mínimo, dois erros contábeis.
C) Cada uma das contas apresentadas por Fernando contém, no máximo, um erro contábil.
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D) Pelo menos uma das contas apresentadas por Fernando contém, no máximo, um erro contábil.
E) Pelo menos uma das contas apresentadas por Fernando contém, no mínimo, dois erros contábeis.

Comentários:
Devemos ficar atento à expressão "cada uma das contas". Pessoal, isso é a mesma coisa que dizer "todas as
contas". Vamos reescrever a frase?

Todas as contas apresentadas por Fernando contêm, no mínimo, dois erros contábeis.

Sabemos que para negar proposições que possuem o quantificador "todas" não é necessário radicalizar e
dizer que "nenhum". Para negar o que Fernando disse, basta que apenas uma das contas a que ele está se
referindo tenha menos de dois erros contábeis. Concorda? Se essa conta existir, ele certamente já estará
mentindo em sua afirmação. Logo, o quantificador correto a se utilizar na negação é "pelo menos um" ou
"existe". Se a conta deve ter menos de dois erros contábeis, então ela terá no máximo um. Essa conclusão
permite marcamos a alternativa D como resposta.

Gabarito: LETRA D.

17. (CESPE/FUB/2013)

P1: Se os professores desenvolvem trabalhos que levem os estudantes a definir os problemas a serem
resolvidos e não apenas a resolvê-los, então os estudantes desenvolvem habilidades relacionadas à
criatividade.

P2: Se os professores propiciam um ambiente de estudos no qual os estudantes não tenham medo de
errar, eles tendem a ser mais ousados e a considerar o erro como uma etapa da aprendizagem.

P3: Estudantes que tendem a ser mais ousados e que consideram o erro como uma etapa da aprendizagem
desenvolvem habilidades relacionadas à criatividade.

P4: Se os professores desenvolvem trabalhos que levem os estudantes a definir os problemas a serem
resolvidos e não apenas a resolvê-los, ou propiciam um ambiente de estudos no qual os estudantes não
tenham medo de errar, então os estudantes desenvolvem habilidades relacionadas à criatividade.

Considerando as proposições de P1 a P4 enunciadas acima, julgue o item.

A proposição P3 pode ser corretamente expressa por “Se os estudantes tendem a ser mais ousados e a
considerar o erro como uma etapa da aprendizagem, então eles desenvolvem habilidades relacionadas à
criatividade”.

Comentários:
A proposição P3 esconde o quantificador "todos", veja que ele fica subentendido: todos estudantes que
tendem a ser mais ousados e que consideram o erro como uma etapa da aprendizagem desenvolvem
habilidades relacionadas à criatividade.

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Isso significa que se escolhermos aleatoriamente qualquer estudante com essas características, então
necessariamente teremos alguém com habilidades relacionadas à criatividade. Por esse motivo, a
proposição P3 é equivalente à condicional do item.

Gabarito: CERTO.

18. (FGV/ALEMA/2013) Considere a sentença a seguir.

“Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele é equilátero ou equiângulo então ele é regular.”

Assinale a alternativa que indica a sentença logicamente equivalente à sentença acima.


A) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele é regular então ele é equilátero ou equiângulo.
B) Existe um quadrilátero convexo que é equilátero ou equiângulo mas que não é regular.
C) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele não é equilátero ou não é equiângulo então ele não é
regular.
D) Algum quadrilátero convexo não é regular, mas é equilátero ou equiângulo.
E) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, ele não é equilátero nem é equiângulo, ou ele é regular.

Comentários:
Seja E, A e R as seguintes funções proposicionais:

𝐸 (𝑥): 𝑥 é equilátero
𝐴(𝑥): 𝑥 é equiângulo
𝑅 (𝑥): 𝑥 é regular

Seja 𝑥 um elemento do conjunto formado por todos os quadriláteros convexos. Podemos representar a
sentença do enunciado da seguinte forma:

∀𝑥(𝐸 (𝑥) ∨ 𝐴(𝑥) ⟶ 𝑅 (𝑥))

Queremos uma sentença logicamente equivalente. A logica proposicional, assim como estudado em nossas
primeiras aulas, fornece várias equivalências que podemos utilizar. Lembre-se:

𝑃⟶𝑄 ≡ ~𝑃 ∨ 𝑄

Logo, para escrever uma sentença equivalente, devemos negar o antecedente, manter o consequente e
substituir a condicional por uma disjunção. Observe como fica:

∀𝑥(𝐸 (𝑥 ) ∨ 𝐴(𝑥 ) ⟶ 𝑅(𝑥 )) ≡ ∀𝑥 (¬(𝐸 (𝑥 ) ∨ 𝐴(𝑥 )) ∨ 𝑅(𝑥 ))

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Usando as leis de De Morgan, podemos dizer que ¬(𝐸(𝑥 ) ∨ 𝐴(𝑥 )) ≡ ¬𝐸 (𝑥 ) ∧ ¬𝐴(𝑥 ). Assim,

∀𝑥(𝐸 (𝑥 ) ∨ 𝐴(𝑥 ) ⟶ 𝑅(𝑥 )) ≡ ∀𝑥(¬𝐸(𝑥 ) ∧ ¬𝐴(𝑥 ) ∨ 𝑅(𝑥 ))

Traduzindo para o bom e velho português, a equivalência encontrada é lida como:

Qualquer que seja x, x não é equilátero e não é equiângulo ou x é regular.

Como x representa um quadrilátero convexo, a alternativa que traz exatamente o que encontramos acima é
a alternativa E.

Gabarito: LETRA E.

19. (FGV/ALEMA/2013) Considere a sentença:

“Não é verdade que todo parlamentar de Brasília falta às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso
e retorna ao seu estado de origem.”

Uma sentença logicamente equivalente a essa:


A) Nenhum parlamentar de Brasília falta às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso e retorna ao seu
estado de origem.
B) Todo parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso ou retorna
ao seu estado de origem.
C) Algum parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso e não
retorna ao seu estado de origem.
D) Algum parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso e retorna
ao seu estado de origem.
E) Algum parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso ou não
retorna ao seu estado de origem.

Comentários:
A sentença que devemos considerar é a seguinte:

Não é verdade que todo parlamentar de Brasília falta às sessões plenárias das sextas‐feiras no
Congresso e retorna ao seu estado de origem.

Note que ele começa a frase com "não é verdade". Para obter uma sentença equivalente, basta negar toda
a frase que vem depois do "não é verdade", no caso da questão é:

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Todo parlamentar de Brasília falta às sessões plenárias das sextas‐feiras no


Congresso e retorna ao seu estado de origem.

Seja 𝑥 um parlamentar de Brasília. Considere as seguintes funções proposicionais.

𝐹 (𝑥 ) : 𝑥 falta as sessões plenárias das sextas − feiras no congresso


𝑅 (𝑥): 𝑥 retorna ao seu estado de origem

A sentença que devemos negar é representada por:

∀𝑥(𝐹(𝑥) ∧ 𝑅(𝑥))

Para negar a proposição acima, devemos lembrar que, em proposições quantificadas, devemos substituir o
quantificador e negar a proposição normalmente. Temos um quantificador universal que deve ser
substituído por um quantificador existencial. Além disso, devemos negar uma conjunção. Para negar uma
conjunção, é preciso lembrar das leis de De Morgan: ¬(𝐹(𝑥) ∧ 𝑅(𝑥)) ≡ ¬𝐹 (𝑥 ) ∨ ¬𝑅(𝑥 ). Assim, nossa
negação fica:

¬(∀𝑥)(𝐹(𝑥) ∧ 𝑅(𝑥)) ≡ ∃𝑥(¬𝐹 (𝑥) ∨ ¬𝑅 (𝑥))

Traduzindo para o bom e velho português, ficamos com:

Algum x não falta as sessões plenárias das sextas-feiras no


Congresso ou não retorna ao seu estado de origem.

Ora, perceba que quem não falta a sessão, compareceu. Como 𝑥 representa um parlamentar de Brasília,
então a alternativa que retrata exatamente a equivalência que encontramos é a letra E.

Gabarito: LETRA E.

20. (SMA-RJ/PREF. RJ/2013) A afirmativa “todo bom cidadão denuncia uma irregularidade quando a vê” é
logicamente equivalente a:
a) Quem não vê uma irregularidade e a denuncia é bom cidadão.
b) Quem vê uma irregularidade e não a denuncia não é bom cidadão.
c) Quem vê uma irregularidade e a denuncia não é bom cidadão.
d) Quem é bom cidadão vê irregularidades.
e) Quem vê irregularidades é bom cidadão.

Comentários:
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Lembre-se que expressões que utilizam o quantificador universal podem ser reescritas na forma de uma
condicional. Observe que dizer que "todo bom cidadão denuncia uma irregularidade quando a vê" equivale
a dizer que "se ele é um bom cidadão, então denuncia uma irregularidade quando a vê". Concorda?

Agora que escrevemos a expressão do enunciado na forma de uma condicional, podemos usar aquelas
equivalências lógicas que aprendemos anteriormente para falar a mesma coisa só que de uma forma
diferente!

𝑃 → 𝑄 ≡ ¬𝑄 → ¬𝑃

Vamos identificar quem é quem.

P: Ele é um bom cidadão.


¬P: Ele não é um bom cidadão.

Q: Ele denuncia uma irregularidade quando a vê.

De um outro modo, Q: Quando ele vê uma irregularidade, ele denuncia.

Observe que Q é uma outra condicional do tipo "Quando R, S". Para negá-la, precisamos lembrar que:

¬𝑄 ≡ ¬(𝑅 → 𝑆) ≡ 𝑅 ∧ ¬𝑆

Logo,

¬Q: Ele vê uma irregularidade e não denuncia.

A expressão ¬𝑄 → ¬𝑃 fica então:

Ele vê uma irregularidade e não denuncia, então não é um bom cidadão.

A alternativa que traz a mesma ideia, apenas com palavras diferentes é a letra B:

Quem vê uma irregularidade e não denuncia, não é um bom cidadão.

Gabarito: LETRA B

21. (CESGRANRIO/BR/2012) Considere a seguinte afirmativa: Ser analista de sistemas é condição


necessária porém não suficiente para ser engenheiro de software. Considere os predicados 𝑨(𝒙) e 𝑬(𝒙)

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que representam respectivamente que 𝒙 é analista de sistemas e que x é engenheiro de software. Uma
representação coerente da afirmativa acima, em lógica de primeira ordem, é
A) 𝐴(𝑥) → 𝐸(𝑥)
B) 𝐴(𝑥) → ¬𝐸(𝑥)
C) ¬𝐴(𝑥) → 𝐸(𝑥)
D) ¬𝐸(𝑥) → ¬𝐴(𝑥)
E) 𝐸(𝑥) → 𝐴(𝑥)

Comentários:
Apesar de trazer predicados 𝐴(𝑥) e 𝐸(𝑥), a questão é resolvida com conhecimentos de aulas passadas.
Lembre-se que, em uma condicional, temos o seguinte:

𝒑⟹𝒒

A proposição 𝒑 é uma condição suficiente para 𝒒. Por sua vez, 𝒒 é uma condição necessária para 𝒑. Logo,
se ser analista é condição necessária para ser engenheiro de software, então,

𝑬(𝒙) ⟹ 𝑨(𝒙)

Gabarito: LETRA E.

22. (CESGRANRIO/BR/2012) Considere a afirmativa “Todo gerente de projeto é programador”. Considere


os predicados 𝑮(𝒙) e 𝑷(𝒙), que representam, respectivamente, que 𝒙 é gerente de projeto e que 𝒙 é
programador. Uma representação coerente da afirmativa acima em lógica de primeira ordem é
A) 𝐺(𝑥) → ¬𝑃(𝑥)
B) ¬𝐺(𝑥) → 𝑃(𝑥)
C) 𝑃(𝑥) → 𝐺(𝑥)
D) ¬𝑃(𝑥) → 𝐺(𝑥)
E) ¬𝑃(𝑥) → ¬𝐺(𝑥)

Comentários:
O enunciado fornece os seguintes predicados:

𝐺 (𝑥 ): 𝑥 é gerente de projeto
𝑃 (𝑥 ): 𝑥 é programador

Note que afirmações do tipo "todo A é B" são equivalentes à "Se A, então B". Dessa forma, devemos colocar
os predicados acima na forma de uma condicional. Considerados os dados do enunciado, temos que: todo
gerente de projeto é programador. Observe que tal afirmativa equivale a falar: se é gerente de projeto,
então é programador. Em notação da lógica de primeira ordem fica:
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𝐺 (𝑥 ) ⟹ 𝑃(𝑥 )

Observe que a forma que escrevemos não aparece nas alternativas. Devemos ir na aula de equivalências
lógicas e buscar mais uma equivalência. Lembre-se:

𝑝⟹𝑞 ≡ ¬𝑞 ⟹ ¬𝑝

Podemos usar a mesma relação aqui na lógica de primeira ordem.

𝐺 (𝑥 ) ⟹ 𝑃(𝑥 ) ≡ ¬𝑃(𝑥 ) ⟹ ¬𝐺(𝑥)

Qualquer uma das expressões acima são possíveis respostas da questão. No entanto, apenas ¬𝑷(𝒙) ⟹
¬𝑮(𝒙) está contemplada nas alternativas e é o nosso gabarito.

Gabarito: LETRA E.

23. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2012) Considerando os predicados: chefe(𝒙) significando que 𝒙 é chefe,


departamento(𝒙) significando que 𝒙 é um departamento e chefia (𝒙, 𝒚) significando que 𝒙 chefia 𝒚, a
restrição “Todo chefe chefia um departamento” pode ser expressa pela seguinte fórmula da lógica de
predicados de primeira ordem:
A) ∀𝑥∀𝑦 chefe ∧ (𝑥) departamento (𝑦) → chefia (𝑥, 𝑦)
B) ∀𝑥∀𝑦 chefia (𝑥, 𝑦) ∧ chefe (𝑥) ∧ departamento (𝑦)
C) ∀𝑥 chefe (𝑥) ∧ (∃𝑦 departamento (𝑦) → chefia (𝑥, 𝑦))
D) ∀𝑥 chefe (𝑥) → ∃𝑦 (departamento (𝑦) ∧ chefia (𝑥, 𝑦))
E) ∀𝑥 chefe (𝑥) → ¬∃𝑦 (departamento (𝑦) ∧ ¬chefia (𝑥, 𝑦))

Comentários:
O enunciado traz a seguinte expressão.

Todo chefe chefia um departamento.

Vamos reescrever a expressão do enunciado de uma forma que estamos habituados trabalhar.

Todo chefe é chefe de um departamento.

Veja que reescrevemos a afirmativa do enunciado em uma proposição categórica da forma "todo A é B". Ao
longo da teoria dessa aula, vimos que esse tipo de proposição quantificada possui a seguinte representação
simbólica:
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∀𝑥 (𝐴(𝑥) ⟹ 𝐵(𝑥))

Sabendo disso, podemos eliminar a alternativa B, pois não traz uma condicional. O predicado 𝐴(𝑥) é usado
no antecedente da condicional. Fazendo um paralelo com a expressão "todo chefe é...", descobrimos que
𝑐ℎ𝑒𝑓𝑒(𝑥) equivale ao 𝐴(𝑥).

∀𝑥 (𝑐ℎ𝑒𝑓𝑒(𝑥 ) ⟹ 𝐵(𝑥 ))

Sem achar o consequente da condicional, já é possível eliminar mais três alternativas: letras A e C. Nossa
chance de acertar está em 50%. Para encontrar o gabarito definitivo, devemos escrever que o chefe chefia
um departamento. O enunciado disse que:

𝑐ℎ𝑒𝑓𝑖𝑎(𝑥, 𝑦): 𝑥 chefia 𝑦.


𝑑𝑒𝑝𝑎𝑟𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜(𝑥 ): 𝑥 é um departamento

Note que não é adequado usarmos 𝑥 para representar um departamento, uma vez que a variável 𝑥 já está
indicando um chefe. Como alguém 𝒙 chefia 𝒚, devemos usar a variável 𝒚 pra representar o departamento.

𝑐ℎ𝑒𝑓𝑖𝑎(𝑥, 𝑦): 𝑥 chefia 𝑦.


𝑑𝑒𝑝𝑎𝑟𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑦): 𝑦 é um departamento

Para juntar esses dois predicados, devemos utilizar a conjunção ∧. Isso acontece, pois, as duas sentenças
devem ser verdadeiras simultaneamente para traduzir exatamente a ideia de que:

𝑥 chefia 𝑦 𝒆 𝑦 é um departamento

Considerando que cada chefe chefia um departamento e não todos, usamos o quantificador ∃. Logo,
juntando todas essas informações

∀𝑥 chefe (𝑥) ⟹ ∃𝑦 (departamento (𝑦) ∧ chefia (𝑥, 𝑦))

Gabarito: LETRA D.

24. (IAUPE/EXP. CID./2012) Dadas as negativas de cada sentença descrita, na forma matemática, é
CORRETO afirmar que

I. A negação de (∀𝒙) (𝒙𝟐 = 𝟏𝟔) é (∃𝒙) (𝒙𝟐 ≠ 𝟏𝟔).


II. A negação de (𝟏𝟐 ∈ 𝑨 ∧ 𝟏𝟐 ∉ 𝑩) é (𝟏𝟐 ∈ 𝑨 ∨ 𝟏𝟐 ∈ 𝑩).
III. A negação de (𝒙 = 𝟕 ∨ 𝒙 = 𝟏𝟎) é (𝒙 ≠ 𝟕 ∨ 𝒙 ≠ 𝟏𝟎).
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Somente está CORRETO o que se afirma em


A) I.
B) III.
C) II.
D) I e II.
E) II e III.

Comentários:
Vamos analisar cada uma das sentenças.
I. A negação de (∀𝒙) (𝒙𝟐 = 𝟏𝟔) é (∃𝒙) (𝒙𝟐 ≠ 𝟏𝟔).
Correto. Quando negamos proposições quantificadas, devemos substituir o quantificador. Observe que
houve essa mudança (de ∀ para ∃). Além disso, a negação de "é igual" é "não é igual", o que também é
trazido pela afirmativa.

II. A negação de (𝟏𝟐 ∈ 𝑨 ∧ 𝟏𝟐 ∉ 𝑩) é (𝟏𝟐 ∈ 𝑨 ∨ 𝟏𝟐 ∈ 𝑩).


Errada. Temos uma conjunção. Já sabemos, das leis de De Morgan, que para negar uma conjunção, devemos
transformá-la em uma disjunção e negar as proposições componentes. Observe que realmente a conjunção
virou uma disjunção. No entanto, a proposição 12 ∈ 𝐴 não foi negada. Por isso, a afirmativa está errada.

III. A negação de (𝒙 = 𝟕 ∨ 𝒙 = 𝟏𝟎) é (𝒙 ≠ 𝟕 ∨ 𝒙 ≠ 𝟏𝟎).


Errada. Temos uma disjunção. Já sabemos, das leis de De Morgan, que para negar uma disjunção, devemos
transformá-la em uma conjunção e negar as proposições componentes. Observe que, apesar das
proposições componentes estarem negadas (𝑥 = 7 virou 𝑥 ≠ 7 e 𝑥 = 10 virou 𝑥 ≠ 10), não houve a
mudança da disjunção para a conjunção.

Gabarito: LETRA A. / GABARITO BANCA: LETRA D.

25. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2012) O predicado 𝒈(𝒙, 𝒚) é avaliado como verdadeiro se “x gosta de y". A


sentença “se uma pessoa não gosta de si mesma então não gosta de qualquer outra" pode ser expressa
em lógica de primeira ordem como
A) ¬𝑔(𝑖, 𝑖) → ∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
B) ¬𝑔(𝑖, 𝑖) → ¬∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
C) Ǝ𝑥 𝑔(𝑥, 𝑖) → ¬Ǝ𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
D) Ǝ𝑥 𝑔(𝑖, 𝑥) → ¬∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
E) ¬Ǝ𝑥¬𝑔(𝑥, 𝑖) → ¬∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)

Comentários:
Se 𝒈(𝒙, 𝒚) expressa a ideia de que "x gosta de y", então para dizer que "x não gosta de y" basta escrever
¬𝒈(𝒙, 𝒚). Se queremos dizer que uma pessoa não gosta dela mesma, basta utilizar uma mesma letra.
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Olhando as alternativas percebemos que o examinador utilizou o "i". Logo, ¬𝒈(𝒊, 𝒊) expressa que "i não
gosta de i" ou seja "a pessoa i não gosta dela mesma".

Quando isso acontece, a pessoa não gosta de qualquer outra. A palavra "qualquer" nos passa a ideia de
universalidade, por isso, vamos precisar do quantificador ∀. Representaremos essas outras pessoas que "i"
não é capaz de gostar por "x". Logo, o quantificador deverá atuar em "x", não em "i".

Sendo assim, a ideia que "i não gosta de qualquer x" é corretamente representada por ∀𝒙¬𝒈(𝒊, 𝒙) (para
qualquer x, i não gosta de x). Logo, a condicional fica

¬𝑔(𝑖, 𝑖) → ∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)

Gabarito: LETRA A.

26. (CESPE/ANCINE/2012) A negação da proposição “Todo ator sabe cantar e dançar” é equivalente a
“Existe ator que não sabe cantar ou que não sabe dançar”.

Comentários:
Vamos resolver utilizando a teoria vista nessa aula. Seja 𝒙 um elemento do conjunto formado por todos os
atores. Considere os predicados:

𝑐(𝑥): 𝑥 𝑠𝑎𝑏𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑡𝑎𝑟

𝑑 (𝑥): 𝑥 𝑠𝑎𝑏𝑒 𝑑𝑎𝑛ç𝑎𝑟

A proposição do enunciado equivale a ∀𝑥(𝑐 (𝑥 ) ∧ 𝑑 (𝑥 )). Para negar essa proposição, fazemos:

¬∀𝑥(𝑐 (𝑥) ∧ 𝑑(𝑥)) ≡ ∃𝑥¬(𝑐 (𝑥) ∧ 𝑑(𝑥)) ≡ ∃𝑥(¬𝑐 (𝑥) ∨ ¬𝑑 (𝑥))

Observe que fizemos a mudança do quantificador e aplicamos a lei de De Morgan para negar a conjunção.
A proposição resultante diz que: existe pelo menos um ator que não cantar ou que não sabe dançar. Isso é
exatamente o que traz o item.

Gabarito: CERTO.

27. (CESPE/ANCINE/2012) A proposição “Se todo diretor é excêntrico e algum excêntrico é mau ator, então
algum diretor é mau ator” é logicamente equivalente à proposição “Algum diretor não é excêntrico ou
todo excêntrico é bom ator ou algum diretor é mau ator”.

Comentários:
Mais uma vez o conteúdo de equivalências lógicas sendo muito importante para nossas resoluções. Pelo
enunciado, conseguimos perceber que o examinador está exigindo o conhecimento do seguinte fato:

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𝑃 → 𝑄 ≡ ¬𝑃 ∨ 𝑄

Precisaremos negar P e transformar a condicional em uma disjunção. Note que, do enunciado, temos:

P: "Todo diretor é excêntrico e algum excêntrico é mau ator."

P é uma proposição composta de duas proposições quantificadas. Para negá-la, além de utilizarmos aquela
substituição de quantificadores e a negação de predicado, também precisaremos usar as leis de De Morgan,
para transformar a conjunção em disjunção.

¬P: "Algum diretor não é excêntrico ou todo excêntrico não é mau ator."

Para deixar com o mesmo aspecto do item, devemos entender que "não é mau ator" = "é bom ator". Logo,
sabendo ainda que Q: "Algum diretor é mau ator." Ficamos com:

𝐴𝑙𝑔𝑢𝑚
⏟ 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑛ã𝑜 é 𝑒𝑥𝑐ê𝑛𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑜𝑢 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑒𝑥𝑐ê𝑛𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 é 𝑏𝑜𝑚 𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚
⏟ 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟 é 𝑚𝑎𝑢 𝑎𝑡𝑜𝑟.
¬𝑃 𝑄

Essa é exatamente a equivalência que o enunciado trouxe. Portanto, o item está correto.

Gabarito: CERTO.

28. (CESPE/ANCINE/2012) A proposição “Se roteirista não for diretor, então dublador não será maquiador”
é logicamente equivalente à proposição “Se algum dublador for maquiador, então algum roteirista será
diretor”.

Comentários:
Questão para relembrar mais uma equivalência lógica importantíssima para nosso estudo.

𝑃 → 𝑄 ≡ ¬𝑄 → ¬𝑃

Do enunciado, conseguimos retirar as proposições P e Q:

P: (todo) roteirista não é diretor


¬P: Algum roteirista é diretor.

Q: (todo) dublador é maquiador.


¬Q: Algum dublador não é maquiador.

O que devemos perceber é que, quando escrevemos "(se) roteirista não for diretor", está implícita uma ideia
de universal: "(se) todo roteirista não for diretor". Analogamente, quando temos "então dublador não será
maquiador", ele está falando de qualquer dublador (claro, desde que satisfeita a condição suficiente).
Portanto, quando negamos P e Q, "surgirá" o quantificador existencial "algum".

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Por último, note que mudamos o tempo verbal para escrever as proposições. Isso foi feito somente para ficar
mais fácil a manipulação das proposições fora da condicional. Quando inserimos as negações na condicional
equivalente (¬𝑄 → ¬𝑃), reajustamos os tempos. Acompanhe:

𝑆𝑒 ⏟
𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚 𝑑𝑢𝑏𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑛ã𝑜 𝒇𝒐𝒓 𝑚𝑎𝑞𝑢𝑖𝑎𝑑𝑜𝑟 , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 ⏟
𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚 𝑟𝑜𝑡𝑒𝑖𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 𝒔𝒆𝒓á 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜𝑟.
¬𝑄 ¬𝑃

Gabarito: CERTO.

29. (UFAL/PREF. S. J. TAPERA/2012) A forma reduzida da proposição categórica: Nenhum A é B é:


A) ∀𝑥(𝐴𝑥 → 𝐵𝑥)
B) ∀𝑥(𝐴𝑥 → ~𝐵𝑥)
C) ∃𝑥(𝐴𝑥 ∧ 𝐵𝑥)
D) ∃𝑥(𝐴𝑥 ∧ ~𝐵𝑥)
E) ∃𝑥(~𝐴𝑥 ∧ 𝐵𝑥)

Comentários:
Lembre-se que a proposição categórica "nenhum A é B" pode ser escrita na forma "todo A não é B". Além
disso, a palavra "todo" exige o quantificador universal ∀. Sabendo disso, ficamos entre as alternativas A e
B. Vamos traduzi-las para o bom e velho português?

∀𝑥(𝐴𝑥 → 𝐵𝑥) : para todo 𝑥 , se 𝑥 é 𝐴, então 𝑥 é 𝐵 .

Note que essa expressão é equivalente a dizer que "todo A é B".

∀𝑥(𝐴𝑥 → ~𝐵𝑥) : para todo 𝑥 , se 𝑥 é 𝐴, então 𝑥 não é 𝐵 .

A expressão acima é equivalente a dizer que "nenhum A é B", exatamente o que estamos procurando.

Gabarito: LETRA B.

30. (UFAL/PREF. S. J. TAPERA/2012) Dada a seguinte sentença: “Nenhum gato amarelo de Rita é persa”,
qual opção abaixo melhor traduz a sentença?
A) ∀𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∧ 𝐴𝑥) → ~𝐸𝑥).
B) ∃𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∨ 𝐴𝑥) → ~𝐸𝑥).
C) ∃𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∧ 𝐴𝑥) → ~𝐸𝑥).
D) ∀𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∧ 𝐴𝑥) → 𝐸𝑥).
E) ∀𝑥(𝐹𝑥𝑗 ↔ 𝐸𝑥).

Comentários:

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Pessoal, "nenhum" é um bom indicativo que usaremos o quantificador universal ∀. Com isso em mente, já
poderíamos eliminar as alternativas B e C. Ademais, podemos reescrever a sentença assim:

"Todo gato amarelo de Rita não é persa."

Transformando em uma condicional, ficaríamos com:

"Se é um gato de Rita e é amarelo, então não é persa."

Observe que estamos lidando com uma condicional, o que é suficiente para eliminarmos a alternativa E.
Ficamos entre as letras A e D. Para definir, vamos entender agora os predicados:

𝐹𝑥𝑗 = x é de j.
Nessa situação x representa um gato e j representa uma constante, que no caso é Rita.

𝐴𝑥: x é amarelo.
x representa um gato, assim como anteriormente.

𝐸𝑥: x é persa.
x representa um gato, assim como anteriormente.

Observe a presença da conjunção "e", indicando que usaremos o operador ∧ para unir os predicados. Logo,

∀𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∧ 𝐴𝑥) → ~𝐸𝑥)

Gabarito: LETRA A.

31. (CESGRANRIO/INNOVA/2012) A lógica de predicados de primeira ordem foi escolhida para representar
um conjunto de restrições que um modelo de dados deve satisfazer para adequar-se a um novo sistema.
Considere os predicados 𝑷(𝒗), representando que v é um pedido, 𝑰(𝒘) representando que w é um item,
e 𝑪(𝒗, 𝒘) representando que w consta em v, para quaisquer variáveis v e w. Qual a fórmula que pode ser
usada para representar que, em qualquer pedido, consta ao menos um item?
A) ∀ 𝑥 ∀(𝑃(𝑥) ∧ 𝐼(𝑦) ∧ 𝐶(𝑥, 𝑦)
B) ∃𝑥∃𝑦 𝑃(𝑥) ∧ 𝐼(𝑦) ∧ 𝐶(𝑥, 𝑦))
C) ∀𝑥 (𝑃(𝑥) −> ∀𝑦(𝐼(𝑦) 𝐶(𝑥, 𝑦)))
D) ∀𝑥 (𝑃(𝑥) −> ∃𝑦(𝐼(𝑦) ∧ 𝐶(𝑥, 𝑦)))
E) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ ∀𝑦(𝐼(𝑦) 𝐶(𝑥, 𝑦)))

Comentários:

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Queremos representar "em qualquer pedido, consta ao menos um item" em linguagem de lógica de primeira
ordem. Vamos reescrever a sentença de um jeito melhor: "todo pedido consta ao menos um item" ou "se
é um pedido, então consta ao menos um item". Observe que a condicional é uma melhor opção para utilizar
a simbologia. Sabendo disso, já ficamos com 50% de chance de acertar o item, pois, apenas as letras C e D
trazem uma condicional.

A letra C, no entanto, não trouxe um operador entre 𝐼(𝑦) e 𝐶(𝑥, 𝑦). Logo, a alternativa fica imediatamente
errada e poderíamos marcar com tranquilidade a letra D.

∀𝑥 (𝑃(𝑥) −> ∀𝑦(𝐼(𝑦) ? 𝐶(𝑥, 𝑦)))

Porém, vamos imaginar que o item não tivesse vindo com um erro tão grotesco. A primeira parte da
condicional é " (se) é um pedido". Logo, 𝑃(𝑥) representa isso muito bem já que 𝑷(𝒙): 𝒙 é 𝒖𝒎 𝒑𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐.

Além disso, queremos dizer que consta ao menos um item nesse pedido. Vamos usar 𝐼(𝑦): 𝑦 é 𝑢𝑚 𝑖𝑡𝑒𝑚 e
𝐶 (𝑥, 𝑦): 𝑦 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎 𝑒𝑚 𝑥. Esses dois predicados devem valer ao mesmo tempo e, por isso, usamos o operador
∧.

Como temos que "consta ao menos um item" esse "ao menos um" é a palavra-chave para utilizarmos o
quantificador existencial ∃ para os itens y, além disso como o que estamos dizendo vale para todos os
pedidos, usamos o quantificador universal ∀ para os pedidos x. Logo, de fato, temos que:

∀𝑥 (𝑃(𝑥 ) −> ∃𝑦(𝐼 (𝑦) ∧ 𝐶 (𝑥, 𝑦)) )

Ao pé da letra significa:

"Para todo x, se x é um pedido, então existe y tal que y é um item e y consta em x."

Gabarito: LETRA D.

32. (CONSULPLAN/COFEN/2011) Qual é a negação da sentença: todas as canecas estão quentes?


a) Todas as canecas estão frias.
b) Alguma caneca está fria.
c) Nenhuma caneca está fria.
d) Alguma caneca está quente.
e) Nenhuma caneca está quente.

Comentários:
Para negar uma proposição quantificada, devemos substituir o tipo de quantificador e negar o predicado.

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P: "Todas as canecas estão quentes."


¬P: "Alguma caneca não está quente." = "Alguma caneca está fria."

Gabarito: LETRA B.

Texto para as próximas questões


Considere uma função proposicional 𝑷(𝒏) relativa aos números naturais que satisfaça às seguintes
propriedades:

(i) 𝑷(𝟑) é verdadeira;


(ii) se, para um número natural 𝒏, 𝑷(𝒏) for verdadeira, então 𝑷(𝒏𝟐 ) também será verdadeira;
(iii) se, para um número natural 𝒏 ≥ 𝟐, 𝑷(𝒏) for verdadeira, então 𝑷(𝒏 − 𝟏) também será verdadeira.

Sabendo que o conjunto dos números naturais é dado por {𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, . . . }, julgue o item que se segue,
acerca de 𝑷(𝒏) e suas propriedades.

33. (CESPE/ABIN/2010) A função proposicional "a raiz quadrada de n é um número inteiro" não pode ser
usada como exemplo para 𝑷(𝒏).

Comentários:
Para verificar a função proposicional dada, basta testar as propriedades e ver se todas são satisfeitas. Em
caso positivo, ela poderá ser usada como exemplo para 𝑷(𝒏). A primeira propriedade é que 𝑷(𝟑) deve ser
verdadeira. Teste: "a raiz quadrada de 3 é um número inteiro"? Pessoal, sabemos que isso não é verdade. A
raiz quadrada de 3 é um número irracional.

√3 = 1,73205080757 …

Com isso, a função proposicional do item já falha no primeiro teste e, portanto, não pode ser usada como
exemplo para 𝑃 (𝑛). É exatamente o que traz o item.

Gabarito: CERTO.

34. (CESPE/ABIN/2010) 𝑷(𝒏) é verdadeira para todos os números naturais.

Comentários:
O enunciado diz que 𝑷(𝟑) é verdadeira. Ademais, a propriedade (iii) diz que se 𝑷(𝒏) é verdadeira, então
𝑷(𝒏 − 𝟏) também é, para 𝑛 ≥ 2. Logo, por 𝑃(3) ser verdadeira, a propriedade (iii) garante que 𝑷(𝟐)
também é. Usando a mesma propriedade para 𝑃(2), é possível concluir que 𝑷(𝟏) também é verdadeira.

A propriedade (ii) diz que se 𝑷(𝒏) é verdadeira, então 𝑷(𝒏𝟐 ) também é. Logo, como 𝑃(3) é verdadeira,
𝑃 (32 ) = 𝑷(𝟗) também é. Aplicando essa propriedade sucessivamente, encontramos que 𝑃 (92 ) = 𝑷(𝟖𝟏) é
verdadeira, depois 𝑃(812 ) = 𝑷(𝟔𝟓𝟗𝟏) é verdadeira... Note que podemos chegar tão longe quanto se
queira. Depois disso, podemos usar a propriedade (iii) e concluir que todos os 𝑷(𝒏) anteriores são
verdadeiros. Logo, 𝑃(𝑛) é, de fato, verdadeira para todos os números naturais.
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Gabarito: CERTO.

35. (CESPE/TCE-RN/2009) Com relação a lógica sentencial e de primeira ordem, julgue o item que se segue.

A negação da proposição (∃x) (x+3 = 25) pode ser expressa corretamente por (∀x) (x + 3 ≠ 25).

Comentários:
Queremos negar a proposição (∃𝒙) (𝒙 + 𝟑 = 𝟐𝟓). Se há quantificador, sabemos de cara que precisamos
substituir o ∃ pelo ∀. Além disso, temos a expressão “x mais três é igual a 25”, negamos ela dizendo que “x
mais três não é igual a 25 (ou seja, é diferente de 25). Logo, ficamos com (∀𝑥) (𝑥 + 3 ≠ 25).

Gabarito: CERTO.

Texto para as próximas questões


Algumas sentenças são chamadas abertas porque são passíveis de interpretação para que possam ser
julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F). Se a sentença aberta for uma expressão da forma ∀𝒙𝑷(𝒙), lida
como "para todo 𝒙, 𝑷(𝒙)", em que 𝒙 é um elemento qualquer de um conjunto 𝑼, e 𝑷(𝒙) é uma
propriedade a respeito dos elementos de 𝑼, então é preciso explicitar 𝑼 e 𝑷 para que seja possível fazer
o julgamento como V ou como F.

A partir das definições acima, julgue o item a seguir.

36. (CESPE/INSS/2008) Considere-se que U seja o conjunto dos funcionários do INSS, 𝑷(𝒙) seja a
propriedade "𝒙 é funcionário do INSS" e 𝑸(𝒙) seja a propriedade "𝒙 tem mais de 35 anos de idade". Desse
modo, é correto afirmar que duas das formas apresentadas na lista abaixo simbolizam a proposição: Todos
os funcionários do INSS têm mais de 35 anos de idade.

(i) ∀𝒙 (se 𝑸(𝒙) então 𝑷(𝒙))


(ii) ∀𝒙 (𝑷(𝒙) ou 𝑸(𝒙))
(iii) ∀𝒙 (se 𝑷(𝒙) então 𝑸(𝒙))

Comentários:
O enunciado trouxe as seguintes proposições:

𝑃(𝑥): x é funcionário do INSS

𝑄(𝑥): x tem mais de 35 anos de idade

Temos o quantificador universal ∀ em todas as formas apresentadas no item. Lembre-se que podemos ler
esse quantificador como "para todo" ou "qualquer que seja". Vamos analisar cada uma das formas.

(i) ∀𝒙 (se 𝑸(𝒙) então 𝑷(𝒙)): Para todo 𝑥, se 𝑥 tem mais de 35 anos de idade, então 𝑥 é funcionário do INSS.

Note que isso não equivale a "todos os funcionários do INSS têm mais de 35 anos de idade." Na aula de
equivalências lógicas vimos que 𝒑 ⟹ 𝒒 ≢ 𝒒 ⟹ 𝒑.
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(ii) ∀𝒙 (𝑷(𝒙) ou 𝑸(𝒙)): Para todo 𝑥, 𝑥 é funcionário do INSS ou 𝑥 tem mais de 35 anos de idade.

Na verdade, da forma representada, percebe-se que 𝑥 pode ser um funcionário do INSS e não ter mais de 35
anos de idade. Por ser uma conjunção, basta uma das proposições ser verdadeira para que toda ela seja
verdadeira.

(iii) ∀𝒙 (se 𝑷(𝒙) então 𝑸(𝒙)): Para todo 𝑥, se 𝑥 é funcionário do INSS, então 𝑥 tem mais de 35 anos de idade.

Realmente temos que essa forma equivale a dizer: "todos os funcionários do INSS têm mais de 35 anos de
idade". Ou seja, dentre as três formas analisadas, apenas uma retrata a proposição dada. Logo, o item
encontra-se errado.

Gabarito: ERRADO.

37. (CESPE/INSS/2008) Se 𝑼 for o conjunto de todos os funcionários públicos e 𝑷(𝒙) for a propriedade "𝒙
é funcionário do INSS", então é falsa a sentença ∀𝒙𝑷(𝒙).

Comentários:
O enunciado traz que 𝑷(𝒙): 𝐱 é 𝐟𝐮𝐧𝐜𝐢𝐨𝐧á𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐨 𝐈𝐍𝐒𝐒. Se 𝑥 pertence ao conjunto de todos funcionários
públicos, de fato, a sentença ∀𝒙𝑷(𝒙) será falsa. Isso acontece, pois, essa simbologia representa o seguinte:
para todo 𝒙, x é funcionário do INSS. Note que se 𝑥 é um funcionário público, ele não necessariamente é
um servidor do INSS. Pode ser um servidor da Receita Federal, do TCU ou de qualquer outro órgão público.
Por esse motivo, o item acerta quando afirma que a sentença é falsa.

Gabarito: CERTO.

38. (CESPE/BB/2008) Suponha-se que U seja o conjunto de todas as pessoas, que 𝑴(𝒙) seja a propriedade
“x é mulher” e que 𝑫(𝒙) seja a propriedade “x é desempregada”. Nesse caso, a proposição “Nenhuma
mulher é desempregada” fica corretamente simbolizada por ¬∃𝒙(𝑴(𝒙) ∧ 𝑫(𝒙)).

Comentários:
O conjunto U, representando todas as pessoas, é o universo de discurso. 𝑀(𝑥) e 𝐷(𝑥 ) são duas funções
proposicionais que devemos usar para expressar a proposição "nenhuma mulher é desempregada". Um
quadro muito útil, que vale a pena ser escrito num post it e deixado perto para revisão constante é:

Proposição Representação
Categórica Simbólica
(1) Todo A é B. ∀𝑥(𝐴(𝑥 ) → 𝐵(𝑥 ))
(2) Algum A é B. ∃𝑥 (𝐴(𝑥) ∧ 𝐵(𝑥))
(3) Nenhum A é B. ¬∃𝑥(𝐴(𝑥) ∧ 𝐵(𝑥))
(4) Algum A não é B. ∃𝑥 (𝐴(𝑥 ) ∧ ¬𝐵(𝑥))

Perceba que a proposição "nenhuma mulher é desempregada" cai exatamente na situação 3. Portanto,
pode ser simbolizada por ¬∃𝒙(𝑴(𝒙) ∧ 𝑫(𝒙)). Imagine, no entanto, que não se lembre da tabela. Daí, você

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ainda precisará lembrar dos quantificadores e operadores lógicos, pois, precisaremos traduzir a simbologia
da expressão. Acompanhe:

Não existe uma pessoa x que seja ao mesmo tempo mulher e desempregada. Em outras palavras, nenhuma
mulher é desempregada, exatamente como o enunciado trouxe.

Gabarito: CERTO.

39. (FCC/SEFAZ-SP/2006) No universo U, sejam P, Q, R, S e T propriedades sobre os elementos de U. (K(x)


quer dizer que o elemento x de U satisfaz a propriedade K e isso pode ser válido ou não). Para todo x de U
considere válidas as premissas seguintes:

• 𝑷(𝒙)
• 𝑸(𝒙 )
• [𝑹(𝒙) → 𝑺(𝒙)] → 𝑻(𝒙)
• [𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙) ∧ 𝑹(𝒙)] → 𝑺(𝒙)

É verdade que
A) 𝑅(𝑥) é válida.
B) 𝑆(𝑥) é válida.
C) 𝑇(𝑥) é válida.
D) nada se pode concluir sem saber se 𝑅(𝑥) é ou não válida.
E) não há conclusão possível sobre 𝑅(𝑥), 𝑆(𝑥) e 𝑇(𝑥).

Comentários:
O enunciado diz que 𝑃(𝑥 ) e 𝑄(𝑥 ) são válidas (verdadeiras). Além delas, temos duas outras premissas válidas:
[𝑅 (𝑥 ) → 𝑆(𝑥 )] → 𝑇(𝑥 ) e [𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥) ∧ 𝑅(𝑥)] → 𝑆(𝑥). Como sabemos que 𝑃 (𝑥 ) e 𝑄 (𝑥 ) são válidas,
vamos começar analisando [𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥) ∧ 𝑅(𝑥)] → 𝑆(𝑥), pois envolvem essas premissas.

Analisando o antecedente de [𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥) ∧ 𝑅(𝑥)] → 𝑆(𝑥), temos:

𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥) ∧ 𝑅(𝑥)

Como 𝑃(𝑥) e 𝑄(𝑥) são válidas, a validade do antecedente acima vai depender somente de 𝑅(𝑥), uma vez
que estamos lidando com uma conjunção. Como a condicional inteira é válida, então não podemos cair no
caso "Vera Fischer é Falsa". Logo, se 𝑹(𝒙) é válida, então 𝑺(𝒙) é, obrigatoriamente, válida. Caso fosse essa
a situação, então teríamos duas respostas válidas para o problema: as alternativas A e B.

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Esse fato é um grande indicativo que essa não é a situação que o examinador está buscando. Logo, podemos
concluir que 𝑅(𝑥) não é válida. Se 𝑅(𝑥) não é válida, então 𝑆(𝑥) pode ser válida ou não, pois, em qualquer
caso, a condicional continuará verdadeira. Acompanhe a tabela-verdade abaixo para uma melhor
compreensão.

Como 𝑅(𝑥) não é válida, então o antecedente de [𝑅(𝑥 ) → 𝑆(𝑥 )] → 𝑇(𝑥 ) é válido independentemente da
validade de 𝑺(𝒙). Em outras palavras, a condicional 𝑅(𝑥 ) → 𝑆(𝑥 ) é sempre válida pois 𝑅(𝑥 ) não é válido.
Lembre a tabela-verdade de uma condicional:

Veja que se o antecedente de [𝑅(𝑥 ) → 𝑆(𝑥 )] → 𝑇(𝑥 ) é verdadeiro, então 𝑇(𝑥) é, obrigatoriamente,
verdadeiro (válido). Caso contrário, cairíamos no "Vera Fisher é Falsa" e a condicional seria falsa (não
válida). Logo, 𝑻(𝒙) é necessariamente válida.

Gabarito: LETRA C.

40. (SMA-RJ/TCM-RJ/2003) Uma afirmação verdadeira a respeito do conjunto 𝑼 = {−𝟏 , 𝟎 , 𝟏} é:


a) para todo x, existe y tal que 𝑥 + 𝑦 = 0
b) existe x tal que para cada y, 𝑥 + 𝑦 = 0
c) existe x tal que para todo y, 𝑥 > 𝑦
d) para todo x e todo y, 𝑥 + 𝑦 ∈ 𝑈

Comentários:
Vamos analisar alternativa por alternativa.

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a) para todo x, existe y tal que 𝑥 + 𝑦 = 0


Nosso conjunto universo só tem três elementos: -1, 0 𝑒 1. Logo, quando o examinador fala "para todo x",
ele está se referindo apenas para esses três valores.

Se 𝒙 = −𝟏, então podemos escolher 𝒚 = 𝟏, tal que 𝑥 + 𝑦 = 0.


Se 𝒙 = 𝟎, então podemos escolher 𝒚 = 𝟎, tal que 𝑥 + 𝑦 = 0.
Se 𝒙 = 𝟏, então podemos escolher 𝒚 = −𝟏, tal que 𝑥 + 𝑦 = 0.

Veja que o enunciado vale, de fato, para todo x em U. Portanto, alternativa correta!

b) existe x tal que para cada y, 𝑥 + 𝑦 = 0


Errada. Pessoal, essa alternativa está dizendo que existe um valor de x tal que para qualquer y que somarmos
a ele, vai dar sempre 0! Olha que doideira! Existe um único y, para cada x, tal que 𝒙 + 𝒚 = 𝟎, como fizemos
na letra A.

c) existe x tal que para todo y, 𝑥 > 𝑦


Errada. Observe que para 𝑦 = 1, não vamos ter nenhum x estritamente maior que ele.

d) para todo x e todo y, 𝑥 + 𝑦 ∈ 𝑈


Errada. Se 𝑥 = −1 e 𝑦 = −1, então 𝑥 + 𝑦 = −2. Note que -2 não pertence a U. Nós podemos fazer isso,
pois, em nenhum momento o enunciado fala que x deve ser distinto de y.

Gabarito: LETRA A

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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018) Considere a seguinte sentença:

“Todo aluno do curso de Informática estuda algum tópico de Matemática Discreta”


e os seguintes predicados:

𝑨(𝒙): 𝒙 é aluno.
𝑰(𝒙): 𝒙 é do curso de Informática.
𝑬(𝒙, 𝒚): 𝒙 estuda 𝒚.
𝑻(𝒙): 𝒙 é tópico de Matemática Discreta.

Uma forma de traduzi-la é


A) ∀𝑥((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∃𝑦(𝑇(𝑦) ∧ 𝐸(𝑥, 𝑦)))
B) ∀𝑥(𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) ∧ ∀𝑦(𝑇(𝑦) → 𝐸(𝑥, 𝑦))
C) ∃𝑥∀𝑦(𝐴(𝑥) ∧/(𝑥) ∧ 𝑇(𝑦) ∧ ¬𝐸(𝑥, 𝑦))
D) ∀𝑥((𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥)) → ∀𝑦(𝑇(𝑦) → 𝐸(𝑥, 𝑦)))
E) ∃𝑥∀(𝐴(𝑥) ∧ 𝐼(𝑥) ∧ 𝑇(𝑦) ∧ 𝐸(𝑥, 𝑦))

2. (VUNESP/PM-SP/2018) A proposição “É necessário que toda festa tenha motivo.” é equivalente a


A) Não é possível que alguma festa não tenha motivo.
B) É possível que alguma festa não tenha motivo.
C) É necessário que alguma festa não tenha motivo.
D) É impossível que alguma festa tenha motivo.

3. (UFAL/PREF. ROTEIRO/2017) Considerando que os símbolos ¬, ∧, ∨, ∀ e ∃ representam negação,


conjunção, disjunção, quantificador universal e quantificador existencial, respectivamente, e dado o
conjunto de premissas {∀𝒙(¬𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙))}, qual informação abaixo pode ser inferida?
A) ∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))
B) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥))
C) ∀𝑥𝑃(𝑥)
D) ∀𝑥𝑄(𝑥)
E) ∃𝑥𝑃(𝑥)

4. (QUADRIX/CORECON-PE/2016) Milton Friedman, um economista americano, prêmio Nobel em


economia, afirmou: “Quando usamos política monetária expansionista e a política fiscal expansionista,
causamos a inflação.” Usando sentenças da lógica de primeira ordem, representa a afirmação de
Friedman:
A) ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∧ 𝑄(𝑥)) → 𝑅(𝑥))
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B) 𝑅(𝑥) → ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥))


C) ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) → 𝑅(𝑥))
D) (𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥)) → 𝑄(𝑥))
E) 𝑄(𝑥) → ∀𝑥((𝑃(𝑥) ∨ 𝑅(𝑥))

5. (CESPE/DPU/2016) Em uma festa com 15 convidados, foram servidos 30 bombons: 10 de morango, 10


de cereja e 10 de pistache. Ao final da festa, não sobrou nenhum bombom e

• quem comeu bombom de morango comeu também bombom de pistache;


• quem comeu dois ou mais bombons de pistache comeu também bombom de cereja;
• quem comeu bombom de cereja não comeu de morango.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Quem comeu bombom de morango comeu somente um bombom de pistache.

6. (CESPE/TRE-GO/2015) A proposição “Todos os esquizofrênicos são fumantes; logo, a esquizofrenia eleva


a probabilidade de dependência da nicotina” é equivalente à proposição “Se a esquizofrenia não eleva a
probabilidade de dependência da nicotina, então existe esquizofrênico que não é fumante”.

7. (UFAL/PREF. SÃO SEBASTIÃO/2015) Se os símbolos ¬, ∧, ∨, →, ↔, ∀ e ∃ representam a negação,


conjunção, disjunção, condicional, bicondicional, para todo e existe, respectivamente, a negação da
fórmula ∀𝒙(𝑷(𝒙) → 𝑸(𝒙)) é equivalente à fórmula
A) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥))
B) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ ¬𝑄(𝑥))
C) ∃𝑥(¬𝑃(𝑥) → ¬𝑄(𝑥))
D) ∀𝑥(𝑃(𝑥) ∧ ¬𝑄(𝑥))
E) ∀𝑥(¬𝑃(𝑥) ∨ 𝑄(𝑥))

8. (UFAL/PREF. CRAÍBAS/2015) Considerando que os símbolos ∀, ∃, ~, → 𝐞 ∨ representam a quantificação


universal, quantificação existencial, negação, implicação e disjunção, respectivamente, do conjunto de
premissas {∀𝒙(~𝑷(𝒙) ∨ 𝑸(𝒙) ∨ 𝑹(𝒙)), ∀𝒙𝑷(𝒙)}, infere-se que
A) ∃𝑥(𝑅(𝑥) → 𝑄(𝑥)).
B) ∃𝑥(𝑄(𝑥) → 𝑅(𝑥)).
C) ∃𝑥(~𝑄(𝑥) → 𝑅(𝑥)).
D) ∃𝑥(~𝑄(𝑥) → ~𝑅(𝑥)).
E) ∃𝑥(~𝑅(𝑥) → ~𝑄(𝑥)).

9. (UFAL/PREF. SÃO SEBASTIÃO/2015) Se os símbolos ¬, ∧, ∨, →, ↔, ∀ e ∃ representam a negação,


conjunção, disjunção, condicional, bicondicional, para todo e existe, respectivamente,

I. ∀𝒙(𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙)) 𝐞 ∀𝒙𝑷(𝒙) ∧ ∀𝒙𝑸(𝒙)


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II. ∀𝒙(𝑷(𝒙) ∨ 𝑸(𝒙)) 𝐞 ∀𝒙𝑷(𝒙) ∨ ∀𝒙𝑸(𝒙)


III. ∃𝒙(𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙)) 𝐞 ∃𝒙𝑷(𝒙) ∧ ∃𝒙𝑸(𝒙)

verifica-se que são equivalentes o(s) par(es) do(s) item(ns)


A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.

10. (UFAL/PREF. SÃO SEBASTIÃO/2015) Se os símbolos ¬, ∧, ∨, →, ↔, ∀ e ∃ representam a negação,


conjunção, disjunção, condicional, bicondicional, para todo e existe, respectivamente, a fórmula
∀𝒙∃𝒚(𝑷(𝒙) → 𝑸(𝒚)) é equivalente à fórmula
a) ∃𝑥𝑃(𝑥) → ∃𝑦𝑄(𝑦)
b) ∃𝑥𝑃(𝑥) ↔ ∀𝑦𝑄(𝑦)
c) ∀𝑥𝑃(𝑥) → ∃𝑦𝑄(𝑦)
d) ∀𝑥𝑃(𝑥) → ∀𝑦𝑄(𝑦)
e) ∀𝑥𝑃(𝑥) ↔ ∃𝑦𝑄(𝑦)

11. (UFAL/CASAL/2014) Considere as seguintes fórmulas do cálculo proposicional.

I. ~~~𝑹
II. (~𝑹)
III. ~~(𝑷 ∧ 𝑷)
IV. ~(𝑷 ↔ (𝑸 ∧ 𝑹))

Usando as regras de formação, verifica-se que são fórmulas bem formuladas,

a) II, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

12. (FGV/PREF. OSASCO/2014) Seja O um conjunto de objetos e P, Q, R, S propriedades sobre esses


objetos. Sabendo-se que para todo objeto x em O:

1. 𝑷(𝒙) é verdadeiro.
2. 𝑸(𝒙) é verdadeiro.
3. Se 𝑷(𝒙), 𝑸(𝒙) e 𝑹(𝒙) são verdadeiros então 𝑺(𝒙) é verdadeiro.
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Pode-se concluir, para todo x em O, que:


A) se 𝑅(𝑥) é verdadeiro então 𝑆(𝑥) é verdadeiro;
B) 𝑆(𝑥) e 𝑅(𝑥) são verdadeiros;
C) se 𝑃(𝑥) e 𝑄(𝑥) são verdadeiros então 𝑅(𝑥) é verdadeiro;
D) se 𝑃(𝑥) é verdadeiro ou 𝑄(𝑥) é verdadeiro então 𝑅(𝑥) é verdadeiro;
E) se 𝑆(𝑥) e 𝑄(𝑥) são verdadeiros então 𝑃(𝑥) e 𝑅(𝑥) são verdadeiros.

13. (IADES/CRQ/2014) Considerando que “se x é matemático, então x é físico”, “existe físico que é
químico” e “não existe matemático que seja químico”, assinale a alternativa correta.
A) Se alguém é físico, então será químico
B) Se alguém é químico, então será físico.
C) Existe alguém que é matemático, que também é químico e físico.
D) Se existe alguém que não é matemático, então será químico.
E) Se alguém é químico e físico, então não será matemático.

14. (INAZ/BANPARÁ/2014) Considere a seguinte proposição P: (∃𝒙 ∈ 𝑨)(¬𝒑(𝒙) → 𝒒(𝒙) ∧ 𝒓(𝒙)). Assinale
a alternativa que contém uma proposição equivalente a ¬𝒑.
A) (∃𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
B) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
C) (∃𝑥 ∈ 𝐴)(¬𝑝(𝑥 ) → ¬(𝑞(𝑥 ) ∧ 𝑟(𝑥 )) )
D) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(𝑝(𝑥 ) ∧ (¬𝑞(𝑥 ) ∨ ¬𝑟(𝑥 )) )
E) (∀𝑥 ∈ 𝐴)(¬(𝑝(𝑥 ) → (𝑞(𝑥 ) ∨ 𝑟(𝑥 )) )

15. (CESPE/TRE-10/2013) Considere as seguintes definições de conjuntos, feitas a partir de um conjunto


de empresas, E, não vazio.

𝑿 = conjunto das empresas de E tais que “se a empresa não entrega o que promete, algum de seus clientes
estará insatisfeito”;
𝑨 = conjunto das empresas de E tais que “a empresa não entrega o que promete”;
𝑩 = conjunto das empresas de E tais que “algum cliente da empresa está insatisfeito”.

Tendo como referência esses conjuntos, julgue o item seguinte.

Se 𝐴 ⊂ 𝐵, então 𝑋 = 𝐸.

16. (CESPE/SEFAZ-ES/2013) A negação da proposição “Cada uma das contas apresentadas por Fernando
contém, no mínimo, dois erros contábeis.” corresponde a
A) Todas as contas apresentadas por Fernando contêm, pelo menos, um erro contábil
B) Nenhuma das contas apresentadas por Fernando contém, no mínimo, dois erros contábeis.
C) Cada uma das contas apresentadas por Fernando contém, no máximo, um erro contábil.
D) Pelo menos uma das contas apresentadas por Fernando contém, no máximo, um erro contábil.

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E) Pelo menos uma das contas apresentadas por Fernando contém, no mínimo, dois erros contábeis.

17. (CESPE/FUB/2013)

P1: Se os professores desenvolvem trabalhos que levem os estudantes a definir os problemas a serem
resolvidos e não apenas a resolvê-los, então os estudantes desenvolvem habilidades relacionadas à
criatividade.

P2: Se os professores propiciam um ambiente de estudos no qual os estudantes não tenham medo de
errar, eles tendem a ser mais ousados e a considerar o erro como uma etapa da aprendizagem.

P3: Estudantes que tendem a ser mais ousados e que consideram o erro como uma etapa da aprendizagem
desenvolvem habilidades relacionadas à criatividade.

P4: Se os professores desenvolvem trabalhos que levem os estudantes a definir os problemas a serem
resolvidos e não apenas a resolvê-los, ou propiciam um ambiente de estudos no qual os estudantes não
tenham medo de errar, então os estudantes desenvolvem habilidades relacionadas à criatividade.

Considerando as proposições de P1 a P4 enunciadas acima, julgue o item.

A proposição P3 pode ser corretamente expressa por “Se os estudantes tendem a ser mais ousados e a
considerar o erro como uma etapa da aprendizagem, então eles desenvolvem habilidades relacionadas à
criatividade”.

18. (FGV/ALEMA/2013) Considere a sentença a seguir.

“Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele é equilátero ou equiângulo então ele é regular.”

Assinale a alternativa que indica a sentença logicamente equivalente à sentença acima.


A) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele é regular então ele é equilátero ou equiângulo.
B) Existe um quadrilátero convexo que é equilátero ou equiângulo mas que não é regular.
C) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, se ele não é equilátero ou não é equiângulo então ele não é
regular.
D) Algum quadrilátero convexo não é regular, mas é equilátero ou equiângulo.
E) Qualquer que seja o quadrilátero convexo, ele não é equilátero nem é equiângulo, ou ele é regular.

19. (FGV/ALEMA/2013) Considere a sentença:

“Não é verdade que todo parlamentar de Brasília falta às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso
e retorna ao seu estado de origem.”

Uma sentença logicamente equivalente a essa:

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A) Nenhum parlamentar de Brasília falta às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso e retorna ao seu
estado de origem.
B) Todo parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso ou retorna
ao seu estado de origem.
C) Algum parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso e não
retorna ao seu estado de origem.
D) Algum parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso e retorna
ao seu estado de origem.
E) Algum parlamentar de Brasília comparece às sessões plenárias das sextas‐feiras no Congresso ou não
retorna ao seu estado de origem.

20. (SMA-RJ/PREF. RJ/2013) A afirmativa “todo bom cidadão denuncia uma irregularidade quando a vê” é
logicamente equivalente a:
a) Quem não vê uma irregularidade e a denuncia é bom cidadão.
b) Quem vê uma irregularidade e não a denuncia não é bom cidadão.
c) Quem vê uma irregularidade e a denuncia não é bom cidadão.
d) Quem é bom cidadão vê irregularidades.
e) Quem vê irregularidades é bom cidadão.

21. (CESGRANRIO/BR/2012) Considere a seguinte afirmativa: Ser analista de sistemas é condição


necessária porém não suficiente para ser engenheiro de software. Considere os predicados 𝑨(𝒙) e 𝑬(𝒙)
que representam respectivamente que 𝒙 é analista de sistemas e que x é engenheiro de software. Uma
representação coerente da afirmativa acima, em lógica de primeira ordem, é
A) 𝐴(𝑥) → 𝐸(𝑥)
B) 𝐴(𝑥) → ¬𝐸(𝑥)
C) ¬𝐴(𝑥) → 𝐸(𝑥)
D) ¬𝐸(𝑥) → ¬𝐴(𝑥)
E) 𝐸(𝑥) → 𝐴(𝑥)

22. (CESGRANRIO/BR/2012) Considere a afirmativa “Todo gerente de projeto é programador”. Considere


os predicados 𝑮(𝒙) e 𝑷(𝒙), que representam, respectivamente, que 𝒙 é gerente de projeto e que 𝒙 é
programador. Uma representação coerente da afirmativa acima em lógica de primeira ordem é
A) 𝐺(𝑥) → ¬𝑃(𝑥)
B) ¬𝐺(𝑥) → 𝑃(𝑥)
C) 𝑃(𝑥) → 𝐺(𝑥)
D) ¬𝑃(𝑥) → 𝐺(𝑥)
E) ¬𝑃(𝑥) → ¬𝐺(𝑥)

23. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2012) Considerando os predicados: chefe(𝒙) significando que 𝒙 é chefe,


departamento(𝒙) significando que 𝒙 é um departamento e chefia (𝒙, 𝒚) significando que 𝒙 chefia 𝒚, a
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restrição “Todo chefe chefia um departamento” pode ser expressa pela seguinte fórmula da lógica de
predicados de primeira ordem:
A) ∀𝑥∀𝑦 chefe ∧ (𝑥) departamento (𝑦) → chefia (𝑥, 𝑦)
B) ∀𝑥∀𝑦 chefia (𝑥, 𝑦) ∧ chefe (𝑥) ∧ departamento (𝑦)
C) ∀𝑥 chefe (𝑥) ∧ (∃𝑦 departamento (𝑦) → chefia (𝑥, 𝑦))
D) ∀𝑥 chefe (𝑥) → ∃𝑦 (departamento (𝑦) ∧ chefia (𝑥, 𝑦))
E) ∀𝑥 chefe (𝑥) → ¬∃𝑦 (departamento (𝑦) ∧ ¬chefia (𝑥, 𝑦))

24. (IAUPE/EXP. CID./2012) Dadas as negativas de cada sentença descrita, na forma matemática, é
CORRETO afirmar que

I. A negação de (∀𝒙) (𝒙𝟐 = 𝟏𝟔) é (∃𝒙) (𝒙𝟐 ≠ 𝟏𝟔).


II. A negação de (𝟏𝟐 ∈ 𝑨 ∧ 𝟏𝟐 ∉ 𝑩) é (𝟏𝟐 ∈ 𝑨 ∨ 𝟏𝟐 ∈ 𝑩).
III. A negação de (𝒙 = 𝟕 ∨ 𝒙 = 𝟏𝟎) é (𝒙 ≠ 𝟕 ∨ 𝒙 ≠ 𝟏𝟎).

Somente está CORRETO o que se afirma em


A) I.
B) III.
C) II.
D) I e II.
E) II e III.

25. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2012) O predicado 𝒈(𝒙, 𝒚) é avaliado como verdadeiro se “x gosta de y". A


sentença “se uma pessoa não gosta de si mesma então não gosta de qualquer outra" pode ser expressa
em lógica de primeira ordem como
A) ¬𝑔(𝑖, 𝑖) → ∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
B) ¬𝑔(𝑖, 𝑖) → ¬∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
C) Ǝ𝑥 𝑔(𝑥, 𝑖) → ¬Ǝ𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
D) Ǝ𝑥 𝑔(𝑖, 𝑥) → ¬∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)
E) ¬Ǝ𝑥¬𝑔(𝑥, 𝑖) → ¬∀𝑥¬𝑔(𝑖, 𝑥)

26. (CESPE/ANCINE/2012) A negação da proposição “Todo ator sabe cantar e dançar” é equivalente a
“Existe ator que não sabe cantar ou que não sabe dançar”.

27. (CESPE/ANCINE/2012) A proposição “Se todo diretor é excêntrico e algum excêntrico é mau ator, então
algum diretor é mau ator” é logicamente equivalente à proposição “Algum diretor não é excêntrico ou
todo excêntrico é bom ator ou algum diretor é mau ator”.

28. (CESPE/ANCINE/2012) A proposição “Se roteirista não for diretor, então dublador não será maquiador”
é logicamente equivalente à proposição “Se algum dublador for maquiador, então algum roteirista será
diretor”.
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29. (UFAL/PREF. S. J. TAPERA/2012) A forma reduzida da proposição categórica: Nenhum A é B é:


A) ∀𝑥(𝐴𝑥 → 𝐵𝑥)
B) ∀𝑥(𝐴𝑥 → ~𝐵𝑥)
C) ∃𝑥(𝐴𝑥 ∧ 𝐵𝑥)
D) ∃𝑥(𝐴𝑥 ∧ ~𝐵𝑥)
E) ∃𝑥(~𝐴𝑥 ∧ 𝐵𝑥)

30. (UFAL/PREF. S. J. TAPERA/2012) Dada a seguinte sentença: “Nenhum gato amarelo de Rita é persa”,
qual opção abaixo melhor traduz a sentença?
A) ∀𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∧ 𝐴𝑥) → ~𝐸𝑥).
B) ∃𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∨ 𝐴𝑥) → ~𝐸𝑥).
C) ∃𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∧ 𝐴𝑥) → ~𝐸𝑥).
D) ∀𝑥((𝐹𝑥𝑗 ∧ 𝐴𝑥) → 𝐸𝑥).
E) ∀𝑥(𝐹𝑥𝑗 ↔ 𝐸𝑥).

31. (CESGRANRIO/INNOVA/2012) A lógica de predicados de primeira ordem foi escolhida para representar
um conjunto de restrições que um modelo de dados deve satisfazer para adequar-se a um novo sistema.
Considere os predicados 𝑷(𝒗), representando que v é um pedido, 𝑰(𝒘) representando que w é um item,
e 𝑪(𝒗, 𝒘) representando que w consta em v, para quaisquer variáveis v e w. Qual a fórmula que pode ser
usada para representar que, em qualquer pedido, consta ao menos um item?
A) ∀ 𝑥 ∀(𝑃(𝑥) ∧ 𝐼(𝑦) ∧ 𝐶(𝑥, 𝑦)
B) ∃𝑥∃𝑦 𝑃(𝑥) ∧ 𝐼(𝑦) ∧ 𝐶(𝑥, 𝑦))
C) ∀𝑥 (𝑃(𝑥) −> ∀𝑦(𝐼(𝑦) 𝐶(𝑥, 𝑦)))
D) ∀𝑥 (𝑃(𝑥) −> ∃𝑦(𝐼(𝑦) ∧ 𝐶(𝑥, 𝑦)))
E) ∃𝑥(𝑃(𝑥) ∧ ∀𝑦(𝐼(𝑦) 𝐶(𝑥, 𝑦)))

32. (CONSULPLAN/COFEN/2011) Qual é a negação da sentença: todas as canecas estão quentes?


a) Todas as canecas estão frias.
b) Alguma caneca está fria.
c) Nenhuma caneca está fria.
d) Alguma caneca está quente.
e) Nenhuma caneca está quente.

Texto para as próximas questões


Considere uma função proposicional 𝑷(𝒏) relativa aos números naturais que satisfaça às seguintes
propriedades:

(i) 𝑷(𝟑) é verdadeira;


(ii) se, para um número natural 𝒏, 𝑷(𝒏) for verdadeira, então 𝑷(𝒏𝟐 ) também será verdadeira;
(iii) se, para um número natural 𝒏 ≥ 𝟐, 𝑷(𝒏) for verdadeira, então 𝑷(𝒏 − 𝟏) também será verdadeira.
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Sabendo que o conjunto dos números naturais é dado por {𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, . . . }, julgue o item que se segue,
acerca de 𝑷(𝒏) e suas propriedades.

33. (CESPE/ABIN/2010) A função proposicional "a raiz quadrada de n é um número inteiro" não pode ser
usada como exemplo para 𝑷(𝒏).

34. (CESPE/ABIN/2010) 𝑷(𝒏) é verdadeira para todos os números naturais.

35. (CESPE/TCE-RN/2009) Com relação a lógica sentencial e de primeira ordem, julgue o item que se segue.

A negação da proposição (∃x) (x+3 = 25) pode ser expressa corretamente por (∀x) (x + 3 ≠ 25).

Texto para as próximas questões


Algumas sentenças são chamadas abertas porque são passíveis de interpretação para que possam ser
julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F). Se a sentença aberta for uma expressão da forma ∀𝒙𝑷(𝒙), lida
como "para todo 𝒙, 𝑷(𝒙)", em que 𝒙 é um elemento qualquer de um conjunto 𝑼, e 𝑷(𝒙) é uma
propriedade a respeito dos elementos de 𝑼, então é preciso explicitar 𝑼 e 𝑷 para que seja possível fazer
o julgamento como V ou como F.

A partir das definições acima, julgue o item a seguir.

36. (CESPE/INSS/2008) Considere-se que U seja o conjunto dos funcionários do INSS, 𝑷(𝒙) seja a
propriedade "𝒙 é funcionário do INSS" e 𝑸(𝒙) seja a propriedade "𝒙 tem mais de 35 anos de idade". Desse
modo, é correto afirmar que duas das formas apresentadas na lista abaixo simbolizam a proposição: Todos
os funcionários do INSS têm mais de 35 anos de idade.

(i) ∀𝒙 (se 𝑸(𝒙) então 𝑷(𝒙))


(ii) ∀𝒙 (𝑷(𝒙) ou 𝑸(𝒙))
(iii) ∀𝒙 (se 𝑷(𝒙) então 𝑸(𝒙))

37. (CESPE/INSS/2008) Se 𝑼 for o conjunto de todos os funcionários públicos e 𝑷(𝒙) for a propriedade "𝒙
é funcionário do INSS", então é falsa a sentença ∀𝒙𝑷(𝒙).

38. (CESPE/BB/2008) Suponha-se que U seja o conjunto de todas as pessoas, que 𝑴(𝒙) seja a propriedade
“x é mulher” e que 𝑫(𝒙) seja a propriedade “x é desempregada”. Nesse caso, a proposição “Nenhuma
mulher é desempregada” fica corretamente simbolizada por ¬∃𝒙(𝑴(𝒙) ∧ 𝑫(𝒙)).

39. (FCC/SEFAZ-SP/2006) No universo U, sejam P, Q, R, S e T propriedades sobre os elementos de U. (K(x)


quer dizer que o elemento x de U satisfaz a propriedade K e isso pode ser válido ou não). Para todo x de U
considere válidas as premissas seguintes:

• 𝑷(𝒙)
• 𝑸(𝒙 )
• [𝑹(𝒙) → 𝑺(𝒙)] → 𝑻(𝒙)
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• [𝑷(𝒙) ∧ 𝑸(𝒙) ∧ 𝑹(𝒙)] → 𝑺(𝒙)

É verdade que
A) 𝑅(𝑥) é válida.
B) 𝑆(𝑥) é válida.
C) 𝑇(𝑥) é válida.
D) nada se pode concluir sem saber se 𝑅(𝑥) é ou não válida.
E) não há conclusão possível sobre 𝑅(𝑥), 𝑆(𝑥) e 𝑇(𝑥).

40. (SMA-RJ/TCM-RJ/2003) Uma afirmação verdadeira a respeito do conjunto 𝑼 = {−𝟏 , 𝟎 , 𝟏} é:


a) para todo x, existe y tal que 𝑥 + 𝑦 = 0
b) existe x tal que para cada y, 𝑥 + 𝑦 = 0
c) existe x tal que para todo y, 𝑥 > 𝑦
d) para todo x e todo y, 𝑥 + 𝑦 ∈ 𝑈

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GABARITO
1. LETRA A 15. CERTO 29. LETRA B
2. LETRA A 16. LETRA D 30. LETRA A
3. LETRA D 17. CERTO 31. LETRA D
4. LETRA A 18. LETRA E 32. LETRA B
5. CERTO 19. LETRA E 33. CERTO
6. CERTO 20. LETRA B 34. CERTO
7. LETRA B 21. LETRA E 35. CERTO
8. LETRA C 22. LETRA E 36. ERRADO
9. LETRA A 23. LETRA D 37. CERTO
10. LETRA A 24. LETRA A 38. CERTO
11. LETRA B 25. LETRA A 39. LETRA C
12. LETRA A 26. CERTO 40. LETRA A
13. LETRA E 27. CERTO
14. LETRA B 28. CERTO

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