Allegations 11
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Refutação: Em resposta à alegação de que o produto fornecido continha vícios de qualidade que o
tornavam impróprios para o consumo, é importante destacar que a responsabilidade do réu está
limitada pelas provas mínimas requeridas para sustentar tais alegações. A inversão do ônus da prova,
prevista no Código de Defesa do Consumidor, não exime o autor de demonstrar, ao menos
minimamente, a existência dos alegados vícios. Como apresentado no caso pelo TJSP no Recurso
Inominado Cível 1002957-95.2021.8.26.0009, a falta de comprovação satisfatória dos defeitos
alegados impede o sucesso da demanda. Além disso, como reiterado pelo STJ no RECURSO
ESPECIAL Nº 1.898.812 - SP, mesmo com a inversão do ônus, o autor deve comprovar a negligência
ou imperícia do fornecedor, o que não foi cumprido no presente caso. Portanto, não havendo uma
prova mínima dos alegados vícios de qualidade que comprometam a segurança ou a funcionalidade
do produto, não se pode imputar responsabilidade ao réu.
Refutação: O réu cumpriu com as obrigações contratuais e legais a ele atribuídas, dentro do escopo de
sua atividade. Não foi demonstrado de forma satisfatória pelo autor a efetiva ausência de prestação de
assistência técnica por parte do réu, elemento essencial para comprovar a falha alegada. Ademais, o
réu está em conformidade com as melhores práticas ao estar registrado em plataformas de resolução
de conflitos, como o Consumidor.gov, e alega que não houve nenhuma comunicação formal sobre a
falha de produto que requeresse assistência e que não tenha sido respondida de acordo com os
prazos e normas estabelecidas. A responsabilidade do réu deve ser observada sob a ótica do
exercício regular de direito e da liberdade contratual, princípios que reafirmam que todas as
obrigações foram cumpridas conforme as diretrizes do contrato e do Código de Defesa do
Consumidor. Além disso, cabe salientar que a inversão do ônus da prova, ainda que cabível em
situações de hipossuficiência, requer que o autor apresente inicialmente indícios robustos da falha na
prestação do serviço, o que não foi observado no presente caso.
Refutação: Prezado juiz, a acusação de falha na prestação de serviços, alegadamente cometida pelo
EBANX, não deve ser considerada procedente para fins de indenização por danos morais.
Inicialmente, ressalta-se que a jurisprudência apontada, especialmente o REsp nº 1.898.812 - SP do
Superior Tribunal de Justiça, estabelece que a configuração de dano moral exige comprovação de
abalo que ultrapasse o mero aborrecimento. No presente caso, conforme documentos fornecidos no
processo, o EBANX agiu como intermediário de pagamento, não havendo má conduta nem
negligência intencional por parte da empresa. Além disso, uma vez constatado o erro na entrega dos
produtos, medidas corretivas foram prontamente oferecidas, incluindo a devolução do valor pago,
conforme destacado na documentação. O caráter de mera insatisfação do consumidor não deve ser
confundido com dano moral indenizável, uma vez que a situação não ultrapassou os limites do
razoável e do proporcional, princípios estes que guiam a quantificação de danos morais e que foram
observados em jurisprudências passadas, especificamente no caso julgado sob a Apelação Cível Nº
70068401496 do TJRS. Ademais, destaca-se que o EBANX sempre se empenhou em resolver
quaisquer demandas através de plataformas alternativas, como o Consumidor.gov, antes de litigar,
demonstrando seu compromisso em mitigar possíveis danos e solucionar conflitos de modo
consensual. Tal prática deve ser vista com bons olhos, no sentido de promover uma solução mais ágil
e eficaz para as partes envolvidas, evidenciando ainda mais a inexistência de dano moral.