Diagnóstico e Intervenção em Psicologia - Aula 10

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DIAGNÓSTICO E

INTERVENÇÃO EM
PSICOLOGIA
Prof. Lizana Oliveira
DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO

Entrevista e anamnese. Contribuições de José


Bleger;
Etapas;
Formulação da escuta e compreensão da queixa;
Fundamentos e estrutura do psicodiagnóstico;
Psicodiagnóstico e legislação;
Divulgação dos resultados cliente e responsáveis;
Documentação relativa a psicodiagnósticos;
Finalização da etapa psicodiagnóstica;
Indicação terapêutica, encaminhamentos e
trabalho interdisciplinar;
Paciente, cliente, pessoa: diferentes concepções
teóricas.
DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO

Psicodiagnóstico, avaliação da inteligência e


avaliação da personalidade.
O que, quando, como fazer diagnóstico em
Psicanálise
O que, quando, como fazer diagnóstico em
Teoria Cognitivo-comportamentais;
O que, quando, como fazer diagnóstico em
Teorias Humanistas Existenciais;
O que, quando, como fazer diagnóstico em
Teorias Psicodinâmicas;
O que, quando, como fazer diagnóstico em
Análise do comportamento
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

“Psicanálise (do grego antigo ψυχή, transl. psychḗ:


'respiração, sopro, alma', e ἀνάλυσις, transl.: análysis:
'dissecção', no sentido de 'exame da alma') é um
campo clínico de investigação teórica da psique
humana independente da psicologia, desenvolvido
por Sigmund Freud, médico neurologista.

O diagnóstico em psicanálise diverge


significativamente dos modelos diagnósticos
tradicionais utilizados em outras áreas da psicologia.
Em vez de buscar categorizar um indivíduo em um
diagnóstico específico, a psicanálise busca
compreender a singularidade da experiência de cada
sujeito. Em vez de um rótulo, a psicanálise oferece
um mapa das estruturas psíquicas do indivíduo, suas
defesas, seus desejos inconscientes e as relações
objetais que moldaram sua história.
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

As estruturas clínicas (neurose, psicose e


perversão) são conceitos importantes na
psicanálise, mas não são diagnósticos no sentido
tradicional. Elas servem como guias para a
compreensão dos modos de funcionamento
psíquico, e não como rótulos a serem aplicados aos
pacientes.

A intervenção em psicanálise também se diferencia


das terapias mais diretivas. O analista não oferece
conselhos ou soluções prontas, mas sim cria um
espaço de escuta e interpretação que permite ao
paciente acessar seus conflitos internos e
encontrar suas próprias respostas.
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

Método de investigação do psiquismo e seu


funcionamento.

Um sistema teórico sobre a vivência e o


comportamento humano.

Método de tratamento caracterizado pela


aplicação da técnica da livre associação.

É uma abordagem terapêutica e uma teoria do

funcionamento mental desenvolvida por Sigmund


Freud no final do século XIX e início do século XX.
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

Jacques Lacan
Sigmund Freud

Anna Freud
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

Frantz Fanon
André Green

Melanie Klein
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

Neusa Souza
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

CONCEITOS

Freud propôs a existência dessas três estruturas da personalidade:

Id: Representa os impulsos básicos e instintos, buscando a satisfação


imediata dos desejos.
Ego: É a parte racional da personalidade, que busca equilibrar as

demandas do Id com as restrições do mundo real e as exigências do


Superego.

Superego: Corresponde à nossa consciência moral, internalizando as


regras e valores sociais.
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

CONCEITOS

Mecanismos de defesa: São estratégias inconscientes utilizadas pelo

ego para lidar com ansiedade e conflitos internos, como a repressão, a


projeção e a negação.

Complexo de Édipo: É um estágio de desenvolvimento psicossexual em


que a criança desenvolve sentimentos ambivalentes em relação aos pais.

Libido: É a energia psíquica associada aos instintos, especialmente à

sexualidade.
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

CONCEITOS
Real = não sentido, lugar do ser. Isto é, o real atravessa nossa psique,
mas não é inequivocamente formulado em palavras, é algo do mundo
físico ou orgânico, no máximo o percebemos; alguns autores aproximam

este elemento ao id freudiano.

Imaginário = sentido, lugar do eu. Ou seja, o imaginário é o lugar do


“eu”, para alguns atores associado muitas vezes ao ego da teoria de

Freud. O imaginário é o lugar do sentido (um sentido) porque o “eu” se

firma a partir do significado que atribui a si e a fatores externos, o lugar de


suas ideias, crenças, defesas, resistências.
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE

CONCEITOS

Simbólico = duplo sentido, lugar do sujeito (ou até mesmo: múltiplos sentidos). Isto é, o

simbólico é o lugar do discurso e da formação do(s) sujeito(s). Logo, demanda a interação


entre psiques, no mundo social, pela linguagem e na linguagem. Até por haver a dimensão
do social, há quem compare a dimensão lacaniana do simbólico ao superego de Freud.
DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE
CARACTERISTICAS

Singularidade: Cada indivíduo é único e sua experiência psíquica é singular.


Processual: O diagnóstico é um processo contínuo que se desenvolve ao longo da análise.
Inconsciente: A psicanálise busca compreender os processos mentais inconscientes que
influenciam o comportamento.
Transferência: A relação entre analista e paciente é fundamental para o processo

terapêutico, e a transferência é um fenômeno central.


Interpretação: O analista oferece interpretações que ajudam o paciente a dar sentido aos

seus sintomas e conflitos.


DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE
OBJETIVOS

Compreensão: Ajudar o paciente a compreender os motivos de


seus sofrimentos e dificuldades.

Transformação: Promover a transformação da personalidade e


a superação de conflitos internos.

Autonomia: Favorecer o desenvolvimento da autonomia e da

capacidade de lidar com as próprias emoções.


DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE
INTERVENÇÃO

Associação livre: O paciente fala livremente sobre tudo o que


lhe vem à mente.
Interpretação dos sonhos: Os sonhos são considerados a via
real para o inconsciente.
Análise da transferência: A relação entre analista e paciente é

analisada para revelar conflitos inconscientes.


Análise da resistência: A resistência do paciente à mudança é

analisada para identificar os conflitos que a causam.


DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO EM PSICANÁLISE
INTERVENÇÃO
Estrutura e Fenômeno: Segundo Lacan, o diagnóstico deve

considerar tanto o fenômeno (o que é manifestado) quanto a estrutura


(a organização subjacente do inconsciente);
Exploração do Inconsciente: A intervenção envolve ajudar o paciente
a explorar e compreender seus conteúdos inconscientes através da

fala e do trabalho analítico.


Reconhecimento de Padrões: O terapeuta ajuda o paciente a

reconhecer e compreender padrões repetitivos de comportamento e

pensamento que estão enraizados no inconsciente.


DIAGNÓSTICO INFANTO-JUVENIL

Segundo estimativas da Organização das


Nações Unidas (ONU), as crianças e
adolescentes representam
respectivamente cerca de 30% e 14,2% da
população mundial.

De acordo com a OMS, existem duas


grandes categorias específicas de
transtornos mentais na infância e
adolescência: transtornos do
desenvolvimento psicológico e
transtornos de comportamento e
emocionais
DIAGNÓSTICO INFANTO-JUVENIL

Os transtornos do desenvolvimento
psicológico têm como características o início
na primeira ou na segunda infância, com
comprometimento ou retardo do
desenvolvimento de funções estreitamente
ligadas à maturação biológica do sistema
nervoso central e a evolução contínua sem
remissões nem recaídas

Já os transtornos de comportamentos e
emocionais incluem os transtornos
hipercinéticos como distúrbios da atividade e
da atenção e distúrbios de conduta. Este
grupo de transtornos inicia precocemente,
durante os primeiros cinco anos de vida, e
pode vir acompanhado de um déficit
cognitivo e de um atraso específico do
desenvolvimento da motricidade e da
linguagem
DIAGNÓSTICO INFANTO-JUVENIL

Os transtornos do desenvolvimento
psicológico têm como características o início
na primeira ou na segunda infância, com
comprometimento ou retardo do
desenvolvimento de funções estreitamente
ligadas à maturação biológica do sistema
nervoso central e a evolução contínua sem
remissões nem recaídas

Já os transtornos de comportamentos e
emocionais incluem os transtornos
hipercinéticos como distúrbios da atividade e
da atenção e distúrbios de conduta. Este
grupo de transtornos inicia precocemente,
durante os primeiros cinco anos de vida, e
pode vir acompanhado de um déficit
cognitivo e de um atraso específico do
desenvolvimento da motricidade e da
linguagem
DIAGNÓSTICO INFANTO-JUVENIL

FATORES DE RISCO

Genéticos

Biológicos

Psicossociais

Ambientais
RESULTADOS:
Ocorrência de transtornos depressivos em crianças e
adolescentes:

Estimativas brasileiras apontam que 0,4% a 3%


das crianças apresentam quadros de depressão.
O transtorno depressivo pode ser
subdiagnosticado dado a sua similaridade com
outros transtornos assim como a presença de
comorbidades, como TDAH, transtornos de
ansiedade, de conduta, agressividade, que
podem persistir após cessar o episódio
depressivo.
Já os transtornos ansiosos são os quadros
psiquiátricos mais comuns tanto em crianças
quanto em adultos, com uma prevalência em
crianças e adolescentes estimada em torno de
9%. entre os estudos que investigaram a
prevalência desse transtorno, mais da metade
encontraram prevalências entre 9,1% e 32,3%.
RESULTADOS:

A média de prevalência de TDAH nos


estudos foi de 8,3%. Apenas quatro estudos
encontraram prevalências acima de 10%.

Do mesmo modo, Golfeto e Barbosa


apresentaram estudos com prevalências
que variam de 1% a 20%. Alguns estudos
epidemiológicos de base comunitária,
realizados com crianças, mostraram que a
prevalência de TDAH estava entre 4% e 12%.

Um estudo brasileiro realizado entre


crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de
escolas públicas encontrou uma
prevalência de 17%.
RESULTADOS:
Na infância as características principais do transtorno são a desatenção, a
hiperatividade e a impulsividade. Porém, no início da adolescência, o transtorno é
relativamente estável, atenuando-se durante o fim da adolescência, sendo essa queda
mais significativa para sintomas de hiperatividade e impulsividade,
consequentemente diminuindo sua gravidade. Outros fatores, como baixo nível
socioeconômico e entrevistas realizadas com informantes distintos (pais, educadores
ou a própria criança), podem explicar as diferenças nas prevalências encontradas
pelos estudos.
RESULTADOS:
Metade dos estudos encontrou prevalências de
transtorno por uso de substâncias entre 8,3% e
32,1%. Esses estudos foram realizados somente
com adolescentes.

O uso de substâncias psicoativas


ilegais entre adolescentes tem sido
um grave problema social e de saúde
no Brasil.
O percentual de escolares entre 13 e 17 anos que
já experimentaram bebida alcoólica é de 63,3%;

Mais de um terço dos escolares nessa faixa etária


(34,6%) havia experimentado ao menos uma
dose antes dos 14 anos;

Dos escolares que experimentaram bebidas


alcoólicas, 47% revelaram ter tido episódios de
embriaguez.
RESULTADOS:
O uso de substâncias psicoativas
entre adolescentes tem sido um
grave problema social e de saúde no
Brasil.
A principal forma de obtenção de bebida foi em
uma festa (29,2%), seguida por compra em
mercado (26,8%);

Cerca de 22,6% dos escolares haviam


experimentado cigarro. Para 11,1%, a
experimentação ocorreu antes dos 14 anos.

Mais de um terço dos escolares nessa faixa etária


(34,6%) havia experimentado ao menos uma
dose antes dos 14 anos;

13% dos estudantes haviam experimentado


algum tipo de droga ilícita, como maconha,
cocaína, crack e ecstasy.

OS DADOS SÃO DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR (PENSE) 2019, DIVULGADA PELO IBGE EM
2021.
RESULTADOS:
O uso de substâncias psicoativas
entre adolescentes tem sido um
grave problema social e de saúde no
Brasil.

Em 2005, o Centro Brasileiro de


Informações sobre Drogas (CEBRID)
realizou um inquérito entre jovens
estudantes de 10 a 19 anos que mostrou
uma tendência ao aumento do uso dos
inalantes, da maconha, da cocaína e de
crack em determinadas capitais,
principalmente do sudeste e nordeste.

O estudo de Madruga realizado com 761


adolescentes em 143 municípios indicou
uma prevalência do transtorno por uso de
substâncias de 14,1%, evidenciando a
necessidade de políticas públicas para a
questão.
RESULTADOS:

A prevalência de transtorno de conduta entre crianças e adolescentes tem


crescido nas últimas décadas, especialmente em áreas urbanas, oscilando de
menos de 1% a mais de 10%.

Os transtornos de conduta têm início na infância e adolescência e


merecem atenção, já que a persistência dos comportamentos
que caracterizam o transtorno pode conduzir a um
diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial na
idade adulta.
RESULTADOS:
Mesmo que esta revisão só tenha encontrado três estudos sobre os
transtornos globais do desenvolvimento, como autismo e deficiência
intelectual, esses transtornos merecem atenção. Em todo o mundo suas
prevalências alcançam 1% da população infantojuvenil.

Na presente revisão, os estudos encontraram, entre crianças, taxas em torno


de 5,3%. Desse modo, seu diagnóstico e sua investigação de fatores associa dos
e agravantes são de suma importância para o prognóstico destes.

Os transtornos globais do desenvolvimento e a deficiência intelectual estão


associados a uma sobrecarga de seus familiares, o que, por sua vez, pode
interferir negativamente na adesão ao tratamento e piora do prognóstico.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
DEPRESSÃO:
O Transtorno Depressivo Maior é que chamamos
comumente de depressão. De acordo com o DSM-5 , suas
características principais são o humor triste, vazio ou
irritável, acompanhado de mudanças somáticas e
cognitivas que afetam significativamente a capacidade da
pessoa de funcionar.

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve,


moderado ou grave, a depender da intensidade dos
sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve
terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples
e atividades sociais, mas sem grande prejuízo ao
funcionamento global. Durante um episódio depressivo
grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar
com atividades sociais, de trabalho ou domésticas.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
DEPRESSÃO:
Sintomas:
Sentimentos de desesperança.
Dificuldade de concentração, memória ou raciocínio.
Angústia; - Pessimismo.
Falta de apetite, tronco arqueado.
Falta de prazer em executar atividades.
Isolamento, apatia, agressividade
Insônia ou sono excessivo que não satisfaz
Desatenção em tudo que tenta fazer.
Queixas de dores.
Baixa autoestima e sentimento de inferioridade
Ideia de suicídio ou pensamento de tragédias ou morte.
Sensação frequente de cansaço ou perda de energia
Sentimentos de culpa.
Dificuldade de se afastar da mãe.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
O diagnóstico do “Transtorno de Ansiedade
Generalizada” é feito quando esses sintomas
causam sofrimento significativo para a criança ou
prejudicam seu funcionamento social ou
acadêmico, além de a criança apresentar mais de
um sintoma específico: inquietação, agitação,
sensação de nervosismo ou tensão.

Além disso, estudos demonstram que a


ansiedade na infância é um fator de risco
aumentado para o desenvolvimento de outros
transtornos comportamentais na vida adulta.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
Sintomas:
alterações no apetite;
dificuldades no sono;
queda no rendimento escolar;
falta de motivação;
preocupações excessivas;
dores de cabeça;
tonturas;
isolamento social;
pesadelos recorrentes;
irritabilidade ou apatia.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TDAH
Distúrbio de deficit de atenção/hiperatividade é
considerado um distúrbio de neurodesenvolvimento.
Distúrbios de neurodesenvolvimento são condições
neurológicas que aparecem precocemente na infância,
geralmente antes da idade escolar, e prejudicam o
desenvolvimento do funcionamento pessoal, social,
acadêmico e/ou profissional..

Normalmente envolvem dificuldades na aquisição,


retenção ou aplicação de habilidades ou conjuntos de
informações específicas. Transtornos no
desenvolvimento neurológico podem envolver
disfunções em um ou mais dos seguintes: atenção,
memória, percepção, linguagem, resolução de
problemas ou interação social.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TDAH
Transtorno de deficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma síndrome de desatenção,
hiperatividade e impulsividade. Há 3 tipos de TDAH, os que são predominantemente
desatentos, hiperativo/impulsivos e combinados. Os critérios clínicos dão o diagnóstico. O
tratamento inclui medicamento com estimulantes, terapia comportamental e intervenções
educacionais.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)

TDAH

Desatenção, Impulsividade e Hiperatividade

A desatenção tende a aparecer quando a criança está envolvida em tarefas que


necessitam vigilância, reação rápida, investigação visual e perceptiva e atenção
sistemática e constante.

Impulsividade refere-se a ações precipitadas com o potencial de um desfecho


negativo (p. ex., em crianças, atravessar a rua sem olhar; em adolescentes e
adultos, abandonar de repente a escola ou o trabalho sem pensar nas
consequências).
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)

TDAH

A hiperatividade envolve atividade motora


excessiva. Crianças, especialmente as mais
pequenas, podem ter problemas para permanecer
sentadas calmamente quando for esperado que o
façam (p. ex., na escola ou igreja).
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
Transtorno por uso de
substâncias
Segundo o DSM-V transtorno por uso de substância é um
padrão de uso de qualquer tipo de substância. Dentre elas, são
categorizados os relacionados a:
Álcool;
Cannabis;
Alucinógenos
Inalantes ;
Opioides;
Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos;
Estimulantes ;
Tabaco ;
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
Transtorno de conduta

Um transtorno de conduta envolve um padrão


repetitivo de comportamento que viola os
direitos básicos de terceiros.

O comportamento normal em crianças varia. Algumas crianças


são mais bem‑comportadas que outras. O transtorno de conduta é
diagnosticado apenas quando a criança descumpre as regras e os
direitos alheios de maneira repetida, persistente e não condizente
com a idade da criança. O transtorno de conduta em geral tem
início no final da infância ou no começo da adolescência e é mais
comum em meninos do que em meninas.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
Transtorno de conduta
Em geral, a criança com um transtorno de conduta tem as
seguintes características:
Ela é egoísta.
Ela não se relaciona bem com outras pessoas.
Ela não tem um sentimento de culpa adequado.
Ela é insensível aos sentimentos e ao bem-estar de terceiros.
Ela tende a interpretar erroneamente o comportamento dos
outros como ameaçador e reagir de maneira agressiva.
Ela pode cometer bullying, fazer ameaças, brigar
frequentemente.
Ela pode ser cruel com animais.
Ela pode danificar propriedade, especialmente causando
incêndios.
Ela pode mentir e furtar.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TRANSTORNO DO ESPECTO
AUTISTA
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do
neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento
atípico, manifestações comportamentais, déficits na
comunicação e na interação social, padrões de
comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo
apresentar um repertório restrito de interesses e
atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança


podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo
o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de
idade. A prevalência é maior no sexo masculino.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TRANSTORNO DO ESPECTO
AUTISTA
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o
diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento
para intervenções comportamentais e apoio
educacional na idade mais precoce possível, pode
levar a melhores resultados a longo prazo,
considerando a neuroplasticidade cerebral.

Ressalta-se que o tratamento oportuno com


estimulação precoce deve ser preconizado em
qualquer caso de suspeita de TEA ou
desenvolvimento atípico da criança,
independentemente de confirmação diagnóstica.
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TRANSTORNO DO ESPECTO
AUTISTA
O TEA afeta o comportamento da criança. Os
primeiros sinais podem ser notados em bebês nos
primeiros meses de vida. No geral, uma criança com
transtorno do espectro autista pode apresentar os
seguintes sinais:

Dificuldade para interagir socialmente, como


manter o contato visual, identificar expressões
faciais e compreender gestos comunicativos,
expressar as próprias emoções e fazer amigos
RESULTADOS
(PRINCIPAIS PSICOPATOLOGIAS)
TRANSTORNO DO ESPECTO
AUTISTA

Dificuldade na comunicação, caracterizado por


uso repetitivo da linguagem e dificuldade para
iniciar e manter um diálogo;

Alterações comportamentais, como manias,


apego excessivo a rotinas, ações repetitivas,
interesse intenso em coisas específicas e
dificuldade de imaginação.
ESTUDO DE CASO

Ana relata que nos últimos 6 meses tem se sentido cada vez mais triste e desanimada.
A perda do emprego há 4 meses foi um evento muito impactante, e desde então, ela
tem dificuldade em encontrar um novo trabalho. Além disso, ela menciona ter se
afastado dos amigos e da família, sentindo-se um fardo para todos. Foi observado que
ela apresenta tristeza persistente, choro fácil, irritabilidade. Possui pensamentos
negativos sobre si mesma e o futuro, em dificuldade em se concentrar, perda de
interesse em atividades que antes gostava. Apresenta Fadiga constante, alterações no
apetite (diminuição), insônia, dores no corpo. Tem se isolamento, dificuldade em sair
de casa e tem sido negligência com a higiene pessoal.
ESTUDO DE CASO

A sua mãe tem diagnóstico de depressão e histórico de tentativas de suicídio. Já


realizou terapia breve há alguns anos, mas interrompeu o tratamento. A paciente
apresenta expressão facial triste, lentificação psicomotora, postura encurvada. Relata
sentir tristeza profunda e tem chorado com facilidade. Com lentidão no pensamento, tem
dificuldade em concentrar-se. Não apresenta alteração no senso de percepção,
consciência , orientação e memória. Está com autoestima baixa, sentimentos de
inutilidade e culpa. Uma fala recorrente da paciente é: “ "Eu me sinto como se estivesse
em um poço sem fundo. Nada me dá prazer, e eu só quero que tudo isso acabe. Tenho
medo de nunca mais ser feliz."
ESTUDO DE CASO

1) Dados que sentiram falta no estudo;


2) Hipótese diagnóstica;
3) Objetivo terapêutico;
4) Com base nas abordagens, defina técnicas a serem utilizadas;
5) Plano de tratamento
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Thiengo, D. L., Cavalcante, M. T., & Lovisi, G. M.. (2014). Prevalência de transtornos
mentais entre crianças e adolescentes e fatores associados: uma revisão sistemática.
Jornal Brasileiro De Psiquiatria, 63(4), 360–372. https://doi.org/10.1590/0047-
2085000000046

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