Isabel Laura Maria Relatorio VMP

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Escola Secundária José Saramago

Disciplina: Química A
Professora: Marília Peres

Construção de uma Pilha com uma


Diferença de Potencial Determinada

Nomes: Isabel rodrigues, Laura Jorge, Maria Pereira


Turma:12CT2 nº:12,14,17
Data da realização do trabalho:20/11/2023
Data de entrega do trabalho: 14/12/2023
Índice
Objetivos 3 Introdução Teórica 3 Parte experimental 4
Material 4 Esquema de montagem 6 Reagentes/produtos 6 Procedimentos 6 Registo de
observações 7
Equações químicas: 8 Cálculos 9 Conclusões e Críticas 10 Bibliografia 10

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Objetivos
Esta atividade laboratorial apresenta como objetivos, a
identificação e o conhecimento dos constituintes de uma pilha
eletroquímica tal como, a previsão da diferença de potencial (ddp) da
mesma conhecendo os elétrodos (condições padrão). Além disso, tem
como objetivo, a identificação dos fatores que afetam a diferença de
potencial de uma pilha.
Esta experiência pretende construir uma pilha que esteja de
acordo com as seguintes especificações, deve ter uma diferença de
potencial compreendida entre os 0,50 e 1,5 V e não deve usar
reagentes (ou produtos da reação) que comprometam a segurança no
laboratório ou do ambiente.
O principal objetivo desta atividade laboratorial é através de
uma pilha de Daniell produzir energia elétrica a partir de energia
química, provenientes das reações de oxidação-redução pela
transferência de eletrões. Através da aplicação dos conhecimentos
esta pilha pretende nos explicar mais a fundo o seu funcionamento,
tal como o lado mais prático da unidade estudada.

Introdução Teórica

Uma pilha ou célula eletroquímica pode ser galvânica ou


eletrolítica. No caso de ser uma célula galvânica conseguimos a partir
de reações químicas produzir energia (espontânea no sentido direto).
Por outro lado, as células eletrolíticas são aquelas que precisamos
fornecer energia elétrica de modo a que as reações químicas
aconteçam (espontânea no sentido inverso).
As reações de oxidação-redução são reações que acontecem
por transferência de eletrões entre as espécies reagentes. Nestas
reações ocorre simultaneamente uma oxidação, onde há perda de
eletrões, e uma redução onde, há ganho de eletrões.
As reações de oxidação-redução tanto podem gerar corrente
elétrica (célula galvânica) como serem iniciadas por uma corrente
elétrica (célula eletrolítica).
Uma reação de oxidação-redução é estabelecida estando o
oxidante (espécie que aceita eletrões) e o redutor (espécie que cede
eletrões) separados em compartimentos diferentes, com o objetivo
que o redutor ceda os seus eletrões através de um fio ou circuito
externo.

Numa pilha produz-se corrente elétrica a partir de uma reação


oxidação-redução espontânea. Uma pilha tem como constituintes: o
recipiente, que se designa como ânodo ou elétrodo negativo, onde se
encontra um metal, que se encontra mergulhado numa solução
aquosa de um composto iónico que contém catiões desse metal,
onde ocorre a semirreação de oxidação que fornece os eletrão que
irão transitar pelo fio no sentido do outro metal, além disso, há outro

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recipiente, que se designa como cátodo ou elétrodo positivo, onde se
encontra um metal, que se encontra mergulhado numa solução
aquosa de um composto iónico que contém catiões desse metal,
onde ocorre a semirreação de redução. Ou seja, do ânodo para o
cátodo existe um fluxo de eletrões, através do fio externo
Por outro lado, uma célula galvânica além de ser
constituída pelos recipientes como uma pilha também, apresenta
também uma ponte salina, que corresponde a um tubo em
formato U invertido. A ponte salina, permite o fluxo de iões entre
as duas soluções contidas em compartimentos separados, as
principais funções de uma ponte salina é manter a neutralidade
elétrica nos compartimentos da célula e fechar o circuito.

A força eletromotriz de uma célula por sua vez, corresponde a


diferença de potencial elétrico entre os dois elétrodos, medida num
voltímetro. A diferença potencial de uma pilha depende tanto da
temperatura e da natureza dos elétrodos como, da concentração dos
iões envolvidos na reação.
Se uma célula galvânica constituída por um elétrodo de zinco
como ânodo e um de cobre como cátodo, onde as soluções tem uma
concentração de 1.0 mol/dm3 e a força eletromotriz for superior a 1,10
V cuja, temperatura é 25º designamos por pilha de Daniell.
Para concentrações diferentes do valor-padrão,
devemos usar a equação de Nernst:
ε = ε° − (0,0592/n)*logQ
Legenda:
ɛo– f.e.m. calculada em condições-padrão
ɛ – f.e.m. calculada para qualquer concentração
Q – quociente da reação
n – número de eletrões envolvidos na reação

A força eletromotriz de uma pilha depende principalmente de dois


fatores, a concentração, e a temperatura, a elevação da temperatura
aumenta a velocidade das reações, provocando um aumento na ddp da
pilha.

● Concentração: Quando a concentração do ião metálico na


solução é maior e, por isso, a capacidade da outra espécie
química de doar elétrons é a máxima. Mas, com o tempo, a
concentração desses íons vai diminuindo e a ddp diminui
gradualmente.

Parte experimental

Material

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Material Químico:
● Penta Sulfato de cobre hidratado (5H20.CuSO4)
● Hepta Sulfato de zinco hidratado (7H20.ZnSO4)
● Água destilada

Material laboratorial:
● 1 balão volumétrico de 250 mL(± 0.15 mL)
● 2 gobelés de 50 mL
● 1 balão volumétrico de 100 mL (± 0.1 mL)
● 1 proveta de 50 mL(±0.05 mL)
● 2 vidros de relógio
● Pompete
● Funil de vidro pequeno
● Lixa
● Multímetro
● Fios condutores
● Lâmpadas LED
● Termómetro
● Espátula
● Balança digital (±0.1 g )
● Tabuleiro
● Vareta
● Pilha de Daniell

Figura 1. Nesta fotografia podemos visualizar dois balões


volumétricos (100 mL e 250 mL). Logo após o cálculo de massa, é
feito o preparo das soluções adicionando os sólidos de zinco e cobre
em gobelés (50 mL) agitando-os. Ao adicionarmos água destilada a
estes sólidos metálicos vemos a coloração do sulfato de cobre evoluir
para um tom de azul.

Esquema de montagem

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Figura 2. A partir desta imagem vemos uma pilha ligada a um voltímetro. Com 5 auxílio dos
fios condutores iremos ligar o polo negativo ao cilindro de porcelana onde estará a ocorrer a
oxidação do zinco(ânodo).O polo positivo irá ser conectado ao cilindro de cobre que será o
cátodo e ocorrerá a redução, desta forma teremos a formação do cobre sólido.

Reagentes/produtos

Os reagentes utilizados foram Sulfato de cobre (CuSO4), a água


destilada bem como, o sulfato de zinco (ZnSO4) estes, formam
soluções aquosas com concentrações de 0.10 mol/dm3 e 0.05
mol/dm3, respetivamente.
Identificação dos perigos

Advertências de perigo

Zinco Sulfato heptahidratado:

GHS05 GHSO7 GHS09

H302 Nocivo por ingestão


H318 Provoca lesões oculares graves
H410 Muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros

Advertências de prudência
P273 Evitar a libertação para o ambiente
P280 Usar luvas de protecção/protecção ocular

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Sulfato de cobre(II) pentahidrato:

GHSO7 GHS09

Advertências de perigo:
H302 Nocivo por ingestão
H318 Provoca lesões oculares graves

Advertências de prudência :
P273 Evitar a libertação para o ambiente
P280 Usar luvas de protecção/protecção ocular

Estes reagentes possuem alguns cuidados de segurança a ter


em atenção durante a sua utilização, entre eles a utilização de
equipamento de proteção individual como, as luvas, a bata e os óculos
de proteção, uma vez que estes compostos são extremamente
tóxicos. Além disso, devemos ter cuidado no local onde depositamos
estas substâncias visto que, as mesmas são tóxicas para o ambiente.
O sulfato de zinco ainda pode causar queimaduras graves uma vez
que é altamente corrosivo.

Procedimentos
1.Mediu-se 6,24 g de CuSO4.5H20 num gobelé.

2. Dissolveu-se o soluto em água destilada.

3. Verteu-se a solução obtida para o balão volumétrico de


capacidade de 250 cm3 e adicionou-se água destilada até à
marcação.

4. Agitou-se até se obter a solução de concentração


de 0,100 mol/dm3. 5.Mediu-se 1,43g de ZnSO4.7H20
noutro gobelé.

6. Dissolveu-se o soluto em água destilada.

7. Verteu-se a solução obtida para o balão volumétrico de


capacidade de 100 cm3 e adicionou-se água destilada até à
marcação.

8.Agitou-se até se obter a solução de concentração de 0,05

mol/dm3. 9.Mediu-se a temperatura de cada solução com um

6
termómetro. 10. Verteu-se a solução aquosa que continha o

ião Cu 2+ para o

recipiente que continha o elétrodo positivo da montagem da


pilha de Daniell.

11.Verteu-se a solução aquosa que continha o ião Zn2+para o


recipiente que continha o elétrodo negativo da montagem da
pilha de Daniell.

12.Ligou-se o ânodo da pilha ao COM do multímetro e o cátodo da


pilha ao V do multímetro com os respetivos fios condutores elétricos.
Selecionou-se a opção de corrente contínua.

13. Registou-se a força eletromotriz experimental.

Registo de observações
Instrumento grandeza medida incerteza

Balança massa (gramas) (±0,01)g

Termómetro temperatura(graus) (±0,05) ºC

balão volume (mL) (±0,1)mL


volumétrico 100
mL

balão volume (mL) (±0,15) mL


volumétrico 250
mL

proveta volume (mL) (±1)mL

Concentrações Medições Unidades

Sulfato de Zinco 0,05 mol/dm^3

Sulfato de Cobre (II) 0,10 mol/dm^3

Temperatura Medições Unidades

Sulfato de Zinco (23,8 土 0,05) ºC

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Voltímetro Medições Unidades

ΔEº 1,042 V

Equações químicas:
Semiequação de oxidação (ânodo): Zn (s)⟶ Zn2+ (aq)+2 e

Como o zinco metálico é mais oxidável que o cobre este acaba


por sofrer oxidação, desta forma liberta eletrões convertendo-se no
catião Zn2+, os eletrões libertados vão para a solução aquosa de
sulfato de zinco e a partir

da ponte salina, irão ser transportados para o cilindro de cobre,


sendo mais tarde utilizados na redução do mesmo.
Semiequação de redução (cátodo): Cu2+ (aq)+2 e−⟶ Cu (s)

Pelo circuito externo os eletrões são transportados para a solução


de Cu2+, que ao receber os eletrões sofre redução, transformando-se
em cobre metálico.

Equação global: Zn (s)+ Cu2+ (aq)⟶Zn2+ (aq)+ Cu (s)

Zn(s) / Zn2+(aq) // Cu2+(aq) / Cu(s)

O elétrodo que sofre oxidação é o polo negativo, designado por


ânodo, neste caso o zinco sólido. O catião cobre recebe os dois
eletrões do zinco, e é denominado cátodo (polo positivo) uma vez que
sofre redução.

Cálculos
c=n/V
logo, n=c*V

Sulfato de Cobre)

CuSO4 tem 0.05 mol/dm3 de concentração


0,10 mol 1 dm3

n 0,25 dm3

n=0,10*0,25=2.5*10-2 mol
M(CuSO4)=(63,55+32,07+16*4)=159,62 g/mol
M(H20)=(18,02g/mol)*5

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Mtotal=249,72 g/mol
m=M*n

m=2.5*10-2*249,72=6,243g

Sulfato de Zinco)
M(ZnSO4)= (65, 39+32,07+16*4)=161,46 g/dm3
M(H20)=(18,02g/mol)*7= 126,7
M total==287,54g/dm3

ZnSO4 tem 0.05 mol/dm3 de concentração


0.05 mol 1 dm3

n 0.10 dm3

n= (0.05*0.10) /1=5*10-3 mol


m=5*10-3*287,54=1,43 g

Temperatura do CuSO4: 23,8ºC


ΔEº=ΔEcobre - ΔEzinco=1,042-0=1,042V
Q=[Zn2+]\[Cu2+]=0,05\0,1= 0,5
ΔE= ΔEº-(0,059\n)*logQ
ΔE=1,10-(0,059\2)+log0,5= 1,11 V

Erro relativo= (|valor experimental-valor teórico|÷valor


teórico) *100= (|1,042-1,11|÷1.11) x100= 6,1%

Conclusões e Críticas
A partir desta atividade experimental conseguimos perceber de
forma mais clara o mecanismo de funcionamento da pilha de Daniell
tal como a confirmação mais prática da sua veracidade comprovadas
pelo voltímetro. O valor da f.e.m. obtido experimentalmente pela
pilha de Daniell construída foi de + 1.042V.
Com um erro de apenas 5.57% visualizamos o rigor da execução
feita. Além do mais existem alguns erros entre eles as incertezas e a
calibração do aparelho tal como a balança, o voltímetro e o
termômetro que influenciam de modo negativo a experiência.
Consideramos que a nossa maior dificuldade foi a apresentação
de uma estrutura diferente da expectável, uma vez que estamos
acostumados com circuitos e pontes salinas exteriores, este formato
mais compacto dos elementos de um circuito foi deveras inovador de
começo. Porém ao longo da atividade conseguimos perceber de forma
clara as suas semelhanças e diferenças.

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A força eletromotriz da pilha foi inferior a 1,11 V uma vez que
foi favorecida a reação inversa,que é a reação contrária à
característica da pilha.

Bibliografia
PAIVA, João, FERREIRA, António J.,VALE, João e MORAIS, Carla
Manual de Química de 12ºano –12 Q / Química-12.ºAno .1a Edição,
Texto Editores do grupo LeYa.
Eduardo.”Trabalho 1 Pilha de Daniell”.Acedido: data
desconhecida em:
https://pt.scribd.com/document/131918070/Trabalho-1-Pilha-de-
Daniel

l Wikipedia.”Pilha de Daniell”.Acedido: 18 de novembro de


2022 em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pilha_de_Daniell
FOGAÇA,Jennifer R.V.. “Pilha de Daniell”;Brasil Escola.
Acedido:data desconhecida
em:https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/pilha-
daniell.htm FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Pilha de Daniell"; Brasil
Escola.em:. Acedido a 14 de dezembro de 2023
em:https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilha daniell.htm
LIMA, Ana L.L.”Pilha de Daniell”. Acedido: data desconhecida em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/pilha-daniell.htm LIMA,
Luiz M..”pilha de Daniell”. Acedido: data desconhecida em:
https://www.infoescola.com/quimica/pilha-de-daniell-pilha-
eletroquimica
/

Avaliação:
Bom+ (16,7 valores)

21/12/2023
Marília Peres

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