Trabalho Escrito Unificado
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1 - Introdução Geral
É falado que muitos professores comentam que muito de seus alunos escrevem
como falam, o que é verdade até um certo ponto, mas nem tudo que eles escrevem
pode ser atribuído à influência de sua fala, outras coisas influenciam, como a fala
das pessoas ao seu redor, seu meio de convivência, sua região, seu cotidiano, etc.
Mas como fazer as crianças escreverem? Mas antes de responder essa
pergunta, outra pergunta tem que ser respondida! Como é que as crianças
aprendem a escrever? Primeiro tem que se prestar atenção em como seu aluno se
comporta ao aprender para assim poder propor métodos e técnicas de ensino
adequadas, para não ensinar na contramão do aluno.
Mas para responder a essa segunda pergunta, é preciso analisar três
concepções de aprendizagem da escrita.
Ou seja, o aluno vai aprender através da sua memória, com as aulas de professor,
com imagens transmitindo para o papel através da escrita e com a oralidade ao
decorrer do tempo .
3 - Sistema de Escrita
A linguagem é muito mais do que apenas palavras: ela é uma ponte que liga ideias e
sentimentos. Toda língua se organiza em dois planos principais, que são como os
ingredientes de uma receita: o plano do conteúdo, onde mora o significado do que
queremos dizer, e o plano da expressão, que é a forma como escolhemos transmitir esse
significado. Juntos, esses dois elementos tornam a comunicação humana possível e rica em
detalhes.
O plano de conteúdo diz respeito ao que queremos dizer, a mensagem que pretendemos
transmitir. É como o sabor em uma receita; ele define o propósito da nossa comunicação.
O plano de expressão é o modo como damos forma à nossa mensagem. Quando
falamos, o plano de expressão são os sons; quando escrevemos, são as letras e símbolos
que escolhemos.
A necessidade de registrar informações para outros verem e entenderem foi o que levou à
invenção da escrita. Esse desenvolvimento mostra como o conteúdo e a expressão
evoluíram ao longo do tempo para criar sistemas de comunicação eficientes.
Escrita Pictográfica
● Características: Nos primeiros registros de escrita, como os pictogramas, as
imagens representavam diretamente os objetos ou ações. Por exemplo, um pastor
poderia desenhar ovelhas para contabilizar o rebanho.
● Limitações: Esse método era prático, mas tinha limites. Não era possível
representar ideias abstratas, como "amor" ou "coragem".
Escrita Ideográfica
● Silábica: Aqui, cada símbolo representa uma sílaba. Este sistema é comum no
japonês, onde cada símbolo combina sons para formar palavras.
● Alfabética: Evoluiu para representar sons individuais. Na escrita do português, cada
letra representa um som específico, como “c” e “a” para “casa”.
A escrita está em todo lugar em nosso dia a dia, e usamos vários tipos dela, além do
alfabeto, sem perceber:
● Escrita Pictográfica: Figuras que vemos em portas de banheiro, por exemplo, usam
imagens para indicar gênero sem palavras.
● Escrita Ideográfica: Placas de trânsito, onde símbolos como um cigarro cortado por
uma linha vermelha indicam “proibido fumar”.
● Escrita Alfabética: No nosso dia a dia, escrevemos a maioria das coisas com letras,
mas às vezes as palavras precisam de um contexto para o entendimento, como em
“sela” (de cavalo) e “cela” (de prisão).
4 - Os sons do português
Essa seção fala sobre os sons do português falado, conforme vimos nas seções
anteriores, é através dos sons que o aprendiz se guia nas suas primeiras
produções escritas.
Nessa seção primeiro se falou sobre a anatomia dos órgãos que formam o
aparelho fonador, os pulmões, a laringe e as cavidades supra-glóticas. O pulmão
que tem como sua função principal que é de garantir, através da respiração, a
oxigenação do sangue que circula em nosso corpo. Na laringe dá-se a
transformação da corrente de ar em corrente sonora, através do processo da
fonação e nessa Laringe se tem duas membranas finas que são conhecidas
como cordas vocais e nessas cordas vocais podem-se tem sons vozeados
(sonoro, com vibração) e desvozeados (som surdo, sem vibração). Exemplo de
vozeado: a letra “z”, zinco. Exemplo de não vozeado: a letra “s”, cinco.
E depois da corrente sonora ser criada, na laringe, as cavidades supra-glóticas
se encarregam de (a) ampliar os sons e (b) modificar os sons. As cavidades
supra-glóticas são três: faringe, fossas nasais e boca. A ampliação dos sons
se dá pelo fato de essas cavidades atuarem como caixas de ressonância, assim
como o bojo de um violão, por exemplo. As modificações se dão pelo fato de ser
possível alterar o volume da principal cavidade, a boca, através do
posicionamento da língua. Se o volume é maior, o som é mais grave; se é menor,
é mais agudo.
Os sons que são produzidos na fala recebem o nome de fones. Esses fones se
agrupam-se em duas grandes classes: os consonantais e os vocálicos. Os sons
vocálicos são aqueles em que não se coloca nenhum impedimento à corrente
sonora na cavidade bucal. Os sons consonantais são aqueles em que algum tipo de
impedimento, seja ele total ou parcial, é colocado à corrente sonora na
cavidade bucal.
Também nesse texto se fala sobre Fala e Língua e qual é a diferença dos dois.
A fala é um acesso individual que cada pessoa em cada lugar, região, ou lugar
do país pode ter de variação da língua, que é um acesso coletivo, por exemplo
num país que fala o português pode-se ter variações e sotaques como o paulista,
nordestino, carioca, entre outras variações de uma mesma língua, onde se tem
variações de sons e como falam as palavras e as letras, por exemplo existem
lugares onde o som de “s” é mais forte e tem lugares onde o som do “x” é mais
forte e aparece em mais palavras que o comum na fala como por exemplo
quando alguém fala “Txia” ao em vez de “Tia”.
Nesse texto também fala sobre Sons e Letras e suas diferenças. As letras tem
haver com a escrita, são elementos da escrita, e são chamados também de
grafemas. Já os sons são elementos mínimos da fala (os fones) e da língua
(fonemas). A relação das letras e sons são uma relação de representação,
porque as letras representam os sons.
O texto também fala sobre os Fones e Fonemas sobre quais são suas
diferenças. Os fones são os sons da fala, enquanto os fonemas são os sons da
língua, mas os sons da língua são diferentes dos sons da fala, porque os sons da
língua são abstratos, ninguém fala através de fonemas, enquanto os sons da
fala (fones) são falados. O fonema é uma “imagem psíquica dos sons da fala”
nos ajuda a entender um fato interessante: por que nós percebemos algumas
diferenças entre os sons mas não percebemos outras ? Por exemplo, os fonemas
zinco e cinco têm sentidos diferentes então são fonemas diferentes que estão
separados em nossa mente, mas os fonemas “tio” e “txio” são o mesmo fonema só
que com sons diferentes, que normalmente não se nota a diferença desses sons a
partir da fala, por isso se diz que são o mesmo fonema.
“Na lingüística, os sons da fala são o objeto de estudo da fonética, enquanto que
a fonologia foca nos sons da língua. Os sons da fala, fones, são
representados entre colchetes, [ ]; já os sons da língua são representados entre
barras inclinadas, / /”
E também nesse texto fala sobre a Codificação e Representação e o que são.
O termo codificação se refere à situação em que um conjunto de elementos
assume uma outra forma sem que perca as suas características internas. Por
exemplo temos o código morse onde cada letra do alfabeto tem sua forma de se
codificar em outro conjunto de códigos onde a partir de cada código se tem uma
letra, e usando essa codificação dos códigos, se entende a mensagem nós
códigos e se formam as palavras com esse conjunto de códigos. E também
temos como exemplo quando as crianças e pessoas criam um símbolo que vira
um código entre eles onde só eles entendem o que eles querem saber, por
exemplo quando uma cobra significa a letra “s” e quando a imagem de um poste
de energia é um código para a letra “i”. Já na representação funciona de outra
forma, “Um conjunto A pode ser representado por um conjunto B sem que as
relações e restrições internas de A sejam mantidas em B. Assim, podemos dizer
que, embora B represente A, B não é A com outra aparência.”. Por exemplo, o
som [ s ] do conjunto A podem corresponder, em B, várias letras, como em sela,
cenoura, massa, aço, paz, etc.
Também nesse texto fala sobre os Sons do Português. E mostra exemplos de sons
e suas representações como os sons consonantais: p, b, t, d, k, g, f, v, s, z,
3, tS, etc. Os sons vocálicos: i, u, a, õ, ã, w, y, etc. E os ditongos como: ãw, õy,
etc. Também nessa etapa do texto se fala que “O aprendiz, no início do processo,
toma como ponto de referência a sua própria fala. Os sons que ele procura
escrever, utilizando as letras do alfabeto, são sons muito concretos, que ele ouve
e é capaz de reproduzir. Nessa tentativa de escrever, o aprendiz exerce o
controle qualitativo e quantitativo de sua escrita, deixando-a muito próxima de
uma escrita fonética e, ao mesmo tempo, distante da escrita ortográfica oficial.
Sua escrita, nessa fase, tem o caráter de código.”
Nessa etapa do texto também fala que “a representação fonológica e a escrita
oficial são muito parecidas, o que nos leva a dizer que a escrita ortográfica
representa os sons da língua. Ela só diferencia os aspectos sonoros que são
relevantes para a diferenciação do sentido.” A forma que as pessoas
representam os sons são semelhantes a como os sons são escritos, porque
quando se deixa “bõba” o som é o mesmo de quando a palavra é escrita como
“bomba”, ou seja, o som de 4 letras representa 5 letras e o aprendiz que está
aprendendo essa língua nota essa semelhança, mas também nota que a palavra
“boba” tem o sentido diferente de “bomba”.
“grafaremos a letra ' g ' se, e somente se, ela for seguido das letras ' a ' , ' o ' e ' u '
(que representam os sons [ ], [ ], [ ] e [ ], respectivamente) como em g ato, lag to,
gula e ag arto, gola, agora, gota). Por outro lado, grafaremos o mesmo som através
do dígrafo ' gu ' sempre que esse som for seguido das letras ' e ' e ' i ' (que
representam os sons [ ],[ ] 41 Conhecimento Linguístico e Apropriação do Sistema
de Escrita e [ ], respectivamente), como em guerra, gueixa, gueto, guia, águia, etc.
Nesta segunda afirmação, vemos que o grafema necessita do seu significado para
poder ter sentido. Um exemplo claro disso é o grafema [ s ]
O som do grafema [s] pode ocorrer em várias ocasiões, aqui estão alguns
exemplos:
Pelo grafema [c]: ceia, cela, celeiro (nesses casos a relação som/grafema são
arbitrários);
7 - Referências bibliográficas