Treinamento Janeiro - 2018
Treinamento Janeiro - 2018
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Conteúdo Programático:
Qual é a situação?
O que aconteceu? Onde aconteceu?
Quantas pessoas estão envolvidas?
Quais os riscos relacionados ao ambiente? (energia elétrica,
água, animais peçonhentos, fogo etc...)
Quais os riscos relacionados ao atendimento direto ao
paciente? (agressividade, fluidos corporais, intoxicação por metais pesados,
radiação etc...)
Evolução da situação?
Fios energizados e soltos? Choque elétrico?;
Explosão?
Intoxicação por fumaça?
Colapso de estruturas?
Paciente agressivo pode oferecer risco a si e as demais pessoas?
Vazamento de produtos?
Aumento do número de pacientes?
Como controlar a situação?
Chamar a equipe de apoio necessária: SAMU, Bombeiros, Polícia, Celesc
Etc...
Biossegurança
Após a avaliação do cenário é imprescindível as ações que visem garantir
segurança às pessoas e ao meio ambiente. As ações destinadas a prevenir,
controlar, ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou
comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente são
denominadas de biossegurança.
Durante o atendimento:
• Utilizar EPI obrigatório:
• calçado fechado impermeável apropriado;
• luvas de procedimento;
• óculos de proteção se necessário;
• máscara facial se necessário;
• manter unhas curtas e limpas;
• manter cabelos presos;
• não utilizar adornos;
• trocar as luvas durante o atendimento caso exista contato com materiais com alta
concentração de microorganismos (exemplo, material fecal) ou em caso de
realização de procedimentos invasivos diferentes em um mesmo paciente;
Em paciente irresponsivo:
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida;
• Abrir vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível
e alcançável (com dedos ou pinça);
• Se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não
expandir, reposicionar a cabeça e insuflar novamente;
• Diante da ausência de pulso executar compressões torácicas com objetivo de
remoção do corpo estranho;
PARADA RESPIRATÓRIA - PR
Paciente que não responde à estímulos, respiração dificultosa ou ausente, com
pulso central palpável.
Conduta:
Checar responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta) e checar
a presença de respiração.
Se não responsivo e respiração ausente ou gasping, posicionar o paciente em
decúbito dorsal em superfície plana, rígida e seca.
Solicitar ajuda e chamar samu.
Checar pulso central (carotídeo) em 10 segundos.
se pulso presente:
• abrir via aérea e aplicar 1 insuflação com ambu manual;
• a insuflação de boa qualidade deve ser de 1 segundo e obter visível elevação do
tórax. Considerar a escolha da manobra manual segundo a presença de trauma;
• na persistência da PR, realizar 1 insuflação de boa qualidade a cada 5 a 6
segundos (10 a 12/min);
• verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência de pulso, iniciar
ressucitação cardiopulmonar com compressões torácicas eficientes.
Se pulso ausente:
CHOQUE
Estado agudo que compromete o aporte de oxigênio na corrente sanguínea e
consequentemente, coloca em risco a vida do paciente se não revertido a tempo.
Condição extremamente grave caracterizado por queda da pressão arterial e
circulação do sangue, comprometendo todos os órgãos do corpo.
Principais etiologias do choque. Fonte: Internet.
Conduta:
Ligar imediatamente para serviço de emergência.
Realizar avaliação primária do paciente com ênfase para:
• avaliar responsividade e o nível de consciência;
• manter via aérea pérvia;
• se suspeita de trauma, não movimentar a vítima e procurar estabilização da
cervical;
• identificar e controlar sangramentos, se pertinente (considerar compressão,
torniquete, imobilização de pelve e membros, se necessário).
• monitorar oximetria de pulso e sinais vitais;
• realizar a prevenção de hipotermia: aquecer o paciente com cobertor até chegada
do socorro;
Sinais de Choque
Temperatura da pele Fria, úmida, pegajosa
Coloração pele Pálida ou cianótica
Pressão arterial Diminuída (PAS < 90 mmHg)
Nível de consciência Alterado
Enchimento capilar > 2 seg
Frequência cardíaca Aumentada (> 100 bpm)
Frequência respiratória Alterada (< 8 ou > 28 mrm)
Dor prolongada, localizada nas regiões retroesternal, epigástrica, abdominal alta ou
precordial, com irradiação para dorso, pescoço, ombro, mandíbula e membros
superiores, principalmente o esquerdo.
Características da dor: opressiva, “em aperto”, contínua, com duração de vários
minutos, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos, sudorese fria, dispneia,
sensação de morte iminente, ansiedade;
CRISE HIPERTENSIVA
Aumento da pressão arterial com risco de morte ou de lesão de órgãos-alvo
(cérebro, coração, rins e vasos sanguíneos);
Divide-se em urgência ou emergência hipertensiva.
• urgência hipertensiva: importante elevação da pressão arterial (em geral PA
diastólica ≥ 120 mmHg), sem sintomas graves e sem risco imediato à vida ou de
dano agudo a órgãos-alvo (cérebro, coração, pulmões e rins) ou comprometimento
vascular, mas que pode evoluir para complicações graves.
• emergência hipertensiva: quando existe evidente dano agudo e progressivo
vascular e de órgãos-alvo, com rápida descompensação da função de órgãos vitais
e com risco iminente de morte ou de lesão orgânica irreversível, demandando início
imediato da redução dos níveis pressóricos. Inclui os quadros de: encefalopatia
hipertensa, AVC, complicações cardiovasculares (IAM, angina instável com dor,
falência de ventrículo esquerdo, dissecção de aorta, edema agudo de pulmão),
falência renal.
Conduta:
• Chamar o serviço de emergência;
• colocar o paciente em repouso e procurar tranquilizá-lo;
• aumentar a ingesta hídrica;
• repetir a mensuração dos níveis pressóricos.
• monitorizar oximetria de pulso e sinais vitais;
AVC – Acidente Vascular Cerebral
Início súbito de déficits neurológicos focais, especialmente de um lado do corpo:
• paresia, paralisia ou perda de expressão facial e/ou desvio de rima labial; e
• paresia, plegia e/ou parestesia.
• distúrbios da fala.
• alteração da consciência: de confusão a completa inconsciencia
• ocorrência de crise convulsiva (primeiro episódio) sem história prévia de trauma ou
episódio anterior.
• cefaleia súbita e intensa sem causa conhecida.
• alteração visual súbita (parcial ou completa).
• vertigem ou perda do equilíbrio ou da coordenação motora.
• dificuldade súbita para deambular.
Observações:
• Escala pré-hospitalar de AVC de Cincinnati, - a presença de anormalidade em um
dos parâmetros avaliados leva a 72% de probabilidade de ocorrência de um AVC.
Na presença de anormalidade nos 3 parâmetros, a probabilidade é superior a 85%.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de
Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf.
Acesso em 04 jan 2018.