Revisão para A Prova Do Módulo II

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Revisão Para A Prova Do Módulo 2

DIVISAO ANATOMICA E FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO


− O sistema nervoso é dividido em: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico
− O sistema nervoso central: é composto por encéfalo que compõe o crânio, do encéfalo é composto o cérebro que
é originado pelo telencéfalo e diencéfalo; o tronco encefálico que origina a ponte, o bulbo e o mesencéfalo. A
medula espinal que é o canal vertebral também faz parte do SNC.
− O sistema nervoso periférico: é composto pelos nervos, estes se dividem em cranianos-encéfalo, esses podem
ser sensitivos, motores, viscerais; os gânglios e terminações nervosas também fazem parte do SNP.
− O ectoderma que origina o sistema nervos. O primeiro indicio de formação do ectoderma situado acima da
notocorda, formando a chamada placa neural e subsequente a formação e desenvolvimento do tubo neural.
− Dilatações do tubo neural:
− Encéfalo primitivo (arquencéfalo)
− Medula primitiva
− Prosencéfalo origina o telencéfalo e diencéfalo
− Mesencéfalo origina o próprio mesencéfalo
− Rombencéfalo origina o metencéfalo e mielencéfalo.
− O sistema nervoso central é composto pela medula e o encéfalo. Mas, o sistema nervoso periférico é composto
por nervos cranianos (12) nervos raquidianos ou espinais (31), gânglios.

NERVO: vários axônios, de vários neurônios envolvidos por tecido muscular.


− Nervos sensitivos (Aferente):
▪ Formados por axônios de neurônios classificados como neurônios sensoriais;
▪ Captam informações dos nossos órgãos, elevando para o sistema nervoso central.
▪ As informações ocorrem da periferia para o centro.
− Nervos motores(eferentes):
▪ Formados por outro tipo de axônios, neurônios motores
▪ Processam os estímulos, assim gerando uma resposta
▪ Esse processo ocorre do centro para a periferia

− O cérebro é dividido em: hemisfério direito=controle do lado esquerdo do corpo. É responsável pela criticidade,
ideias etc.
− Hemisfério esquerdo=controla o lado direito do corpo. É responsável pela razão, bom senso etc.
− O hemisfério é dividido em quatro lobos: frontal, parietal, occipital e temporal;
− Córtex: camada mais externa- Esta é formada por corpos celulares com uma cor cinzenta
− Camada interna- constituída por axônios. Possui coloração mais clara em virtude da presença de extrato de
mielina
− Diencéfalo-tálamo: abaixo do corpo caloso
− Constituído por substancia cinzenta. Tem como função principal de transmissão de mensagem dos órgãos do
sentido ate o córtex cerebral
− No telencéfalo a substancia branca localiza-se na parte central; já a substancia cinzenta localiza-se na parte mais
periférica.
− Diencéfalo-Hipotálamo: localiza-se abaixo do cérebro. Possui função endócrina; controla a temperatura corporal,
fome, sede, desejo sexual, emoções; é nele que ocorre produção de outros hormônios no corpo. Respostas do
SNA.
− Cérebro: controle de equilíbrio. É neurotransmissor GABA (álcool)
− Tronco encefálico (cérebro primitivo): controle das funções vitais; não envolve a consciência.
− Mesencéfalo: relacionado com a postura corporal: atividade motora dos olhos.
− Cerebelo: localiza-se na fossa craniana posterior; possui a função de ajudar na coordenação dos movimentos e
equilíbrios do corpo.
− Ponte: formado principalmente por substancia branca; participa de algumas funções do bulbo.
− Bulbo ou medula ablonga: região continuada da medula; importante na coordenação de reflexos de tosse,
espirro, salivação e deglutição. Controla também as funções vitais.
− Medula espinal (canal vertebral): recebe informações do SNP e as levam para o encéfalo. Traz informações do
encéfalo para o organismo. Massa cilindroide de tecido nervoso. A substancia branca localiza-se na parte
periférica e a substancia cinzenta localiza-se na parte central da medula.
− A medula espinal é envolvida pelas meninges: dura-máter; aracnoide-máter e pia-máter.
▪ dura-máter: meninge mais externa, é formada por fibras colágenas mais espessas e mais resistente.
▪ aracnoide: localiza-se entre a pia-máter e dura-máter
▪ pia-máter: é mais interna. Aderida aos tecidos nervosos da superfície da medula e penetra na fissura
mediana anterior.
− Espaços: entre a coluna/crânio e dura-máter situa-se o espaço epidural. Este é uma fenda estreita contendo um
grande numero de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno.
− Entre a dura-máter e aracnoide situa-se o espaço subdural: é uma fenda estreita contendo uma pequena
quantidade de liquido para evitar a aderência das paredes.
− Entre a aracnoide e a pia-máter encontra-se o espaço subaracnóideo; é nele que o fluxo liquorico concentra-se
para percorrer o sistema nervoso central. É a comunicação do SNC com as estruturas corporais.
▪ Gânglios nervosos: conjuntos de corpos de neurônios localizados fora do SNC. Tem como função a conexão
do SNC a diversas partes do corpo. É envolvido pelo tecido conjuntivo.
▪ Gânglios sensitivos: cranioespinais, autônomos e parassimpático/terminais.
Os gânglios sensitivos são formados por um envoltório de tecido conjuntivo que recebe fibras aferentes. É
composto por neurônios do tipo pseudo-unipolares e o axônio é mielinizado. Cada corpo celular é rodeado por
células similares as células de Schwan e tem o papel de sustentação.
▪ Gânglios autônomos: simpático e parassimpático. É possível encontra-los nos neurônios pós-ganglionares.
Possui um envoltório de tecido conjuntivo.
Nervos cranianos: são os que fazem conexão como encéfalo.
Fibras dos nervos cranianos:
▪ Fibras aferentes: somáticas
-> Gerais: produzem impulsos nervosos temporários. Ex: dor, pressão e tato.
-> Especiais: relacionadas a visão, audição e equilíbrio.
Fibras dos nervos viscerais
▪ Gerais: relacionadas as vísceras
▪ Especiais: sistema respiratório e digestório
Fibras eferentes: somáticas
Viscerais-gerais e especiais
− Sistema nervoso central é localizado dentro do esqueleto axial
− O sistema nervoso periférico fora dele
− A medula e o cérebro constituem o neuro-eixo
− O limite da medula espinal se dá no nível do forame magno do osso occipital, pelo bulbo.
− Na medula cervical existe um sulco intermédio posterior. A distribuição da substancia cinzenta se dá medialmente
formando uma “borboleta” ou um “H” medular que é envolvido pela substancia branca. No “H” medular
destinge-se por três colunas: anterior, posterior e lateral.
− As fibras mielínicas sobem e descem ao longo da medula e podem ser agrupadas em três funículos: f. anterior, f.
medial, f. posterior.

Substancia Branca E Cinzenta


− Branca: é um tecido pelo qual as mensagens passam em diferentes áreas da substancia cinzenta dentro do SN.
Substancia branca dos hemisférios centrais consiste em feixes de fibras nervosa que correm em varias direções.
No teto do III ventrículo há uma espessa fita de fibras que une os dois hemisférios, o corpo caloso. As fibras
nervosas mais importante da substância é a capsula interna: é uma área em forma de V situada entre os núcleos
lentiforme, lateralmente, núcleo caudado e tálamo, medialmente. É constituído por feixes de fibras que levam
impulsos nervosos do córtex cerebral ou as trazem de volta para ele. Essa substância é formada por porções de
axônios. Estes são envolvidos pela bainha de mielina, que da a coloração branca.
− Cinzenta: responsável por interpretar os impulsos nervosos das regiões do corpo ate o encéfalo. Produzem
impulsos e coordenam as atividades musculares e reflexos. Corpos de neurônios e células da glia. A substância
cinzenta do telencéfalo dispõe em uma camada externa denominada córtex cerebral e também no interior do
telencéfalo constitui-se os chamados núcleos de base. Estes estão relacionados as atividades motoras.
TECIDO NERVOSO
− Todos os tecidos e órgãos dos organismos são formados por células. As funções especializadas das células e o
modo como elas interagem determinam a função dos órgãos.
− Os neurônios que sentem a mudança do meio ambiente, que comunicam essas mudanças a outros neurônios e
que comandam as respostas corporais a essas sensações.
− A Glia ou células da Glia, contribui para as funções neurais, principalmente por meio do efeito isolante, de
sustentação e de nutrição dos neurônios vizinhos.
− São os neurônios que realizam o processamento de informações no sistema nervoso.
▪ Neurônio: é a unidade funcional e estrutural do sistema nervoso que é especializada por transmitir
informações rápidas. Os neurônios são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com
outras células efetuadoras, usando basicamente a linguagem elétrica. É composto por uma região central,
que contem o núcleo da célula, e numerosos túbulos finos que irradiam a porção central. A maioria dos
neurônios possuem três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dendritos e axônios.
▪ Sequência de transmissão é: dendrito corpo celular axônio.
▪ Corpo celular: chamado também de soma ou pericárdio. É o centro metabólico do neurônio, responsável pela
síntese de todas as proteínas neurais. O corpo celular é também junto com os dendritos local de recepção
de estímulos através dos contatos sinápticos.
▪ Dendritos: são projeções que transmitem impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os
axônios. Em geral eles não são mielinizados. Os dendritos são responsáveis em receber estímulos.
▪ Axônios: originados do corpo celular ou de um dendrito principal. São os processos que transmitem impulsos
que deixam os corpos celulares dos neurônios ou dos dendritos. A porção terminal do axônio sofre varias
ramificações. Estas em seu interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Logo, sua
função é gerar e conduzir o potencial de ação.

− Tipos de neurônios
▪ Sensitivo: conduz informações da periferia em direção ao SNC, conhecido também como neurônio aferente.
▪ Motor: conduz informação do SNC em direção a periferia, conhecido como neurônio eferente.
▪ Interneurônios: são aqueles que conectam um neurônio ao outro, sendo encontrados no SNC.

− Funções básicas do SN
▪ Sensitiva: nervos sensitivos captam informações do meio interno para o meio externo do corpo e as
conduzem para o SNC.
▪ Integradora: informação sensitiva trazida do SNC é processada ou interpretada
▪ Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e as glândulas,
levando informação ao SNC.

− Classificação do neurônio quanto ao seu prolongamento


▪ Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio (são a maioria)
▪ Bipolares: possuem dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio.
▪ Pseudo-unipolares: apenas um prolongamento deixa o corpo celular.

− Tipos de células
▪ CELULAS DA GLIA tem a função de sustentar, proteger e isolar e nutrir os neurônios.
Astrócitos: possuem a função de sustentação e nutrição. Os astrócitos que contém muitos filamentos
intermediários são encontrados principalmente na substância branca. Os astrócitos protoplasmáticos são
encontrados na substância cinzenta e apresentam citoplasma glandular. Este apresenta um potencial de
membrana que varia em função da concentração externa de K+, mas não geral potenciais propagados.
Produzem substâncias neurotróficas e ajudam a manter a concentração apropriada de íons e
neurotransmissores, recolhendo o K+ e os neurotransmissores o glutamato e ácido y-aminobutirico
(GABA)
Oligodendrócitos: são responsáveis pela produção da bainha de mielina, isolante elétrico (SNC)
Ependimárias: células epiteliais que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula
espinal.
Micróglia: estas células participam do processo de inflamação e reparação do SNC, secretam citosinas
reguladoras do processo imunológico e removem restos celulares que surgem das lesões do SNC.
− Células neuroectodérmica: células primitivas.
− Meninges: revestem e protegem o cérebro.
− Plexo coroide: onde é produzido o líquor
− Glândula pituitária e hipotálamo: pituitária ou hipófise, ligada ao hipotálamo. Responsável por varias funções do
organismo, tais como: metabolismo, produção de corticoides naturais, etc.
− Glândula pineal: produz a melatonina
− Barreira hematoencefálica: protege o SNC de substâncias químicas presentes no sangue.
− Células de Schwan: produz a bainha de mielina (SNP)
− Células satélite: troca de nutrientes entre o líquor e a pia-máter.
− Diferente dos neurônios, as células da glia continuam a sofrer divisão celular na vida adulta e sua capacidade de
proliferação é particularmente notável após uma lesão cerebral.
− Axônios mielinizados, possuem a bainha de mielina que ajuda na propagação do impulso entre os nodos de
Ranvier. Os desmielinizados conduzem esse impulso de forma mais lenta.
− Os neurônios apresentam 4 zonas importantes:
1- Receptor ou zona dendrítica, onde são integradas múltiplas mudanças no potencial local geradas pelas
conexões sinápticas
2- O segmento inicial nos neurônios motores espinais, o nodo de Ranvier inicial nos neurônios sensitivos
cutâneos é onde o potencial de ação propagado é gerado.
3- Um processo axonal que transmite os impulsos propagados as terminações nervosas
4- Terminações nervosas onde os potenciais de ação produzem a liberação dos transmissores sinápticos
− Diferentemente da célula de Schwan, que forma a mielina entre dois nodos de Ranvier de um único neurônio. Os
oligodendrócitos emitem diversos prolongamentos que formam a mielina em vários axônios vizinhos.
− Transporte axonal: uma das características do citoplasma do soma e das terminações axonais é a ausência de
ribossomo. Como os ribossomos são as “fabricas” de proteínas da célula, sua ausência significa que as proteínas
axonais devem ser sintetizadas no soma e então transportados pelo axônio. Esse movimento de material ao
longo do axônio é chamado de transporte axoplasmático. Assim, o corpo celular manter a integridade funcional e
anatômica do axônio.
− Transporte anterógrado: ocorre ao longo dos microtúbulos que correm em toda a extensão do axônio, e requer
dois motores moleculares, as proteínas dineína e cinesina, e no processo ocorre gasto de ATP. Esse transporte
ocorre do corpo celular para os terminais do axônio.
− Transporte axonal rápido e transporte axonal lento.
− A cinesina transporte material apenas do soma para a terminação axonal (transporte anterógrado)
− Quando ocorre das terminações axônicas para o soma (transporte retrogrado)
− O mecanismo molecular é semelhante ao do transporte anterógrado, exceto pelo tipo de terminações, que para o
transporte retrogrado são constituídos por uma proteína chamada dineína.

EXCITAÇÃO E CONDUÇÃO
− Os potenciais de ação representam as respostas elétricas primárias dos neurônios de outros tecidos excitáveis, e
são a principal forma de comunicação dentro do SN. Eles são gerados em função das alterações na condução de
íons através da membrana celular.
− O impulso normalmente é conduzido ao longo do axônio.
− A condução é um processo ativo, autopropagado e o impulso se move ao longo do axônio de modo constante.
POTENCIAL DE AÇÃO
− “Fora” da célula predomina íons positivos, meio extracelular
− “Dentro” do celular predomina íons negativos, meio intracelular
− Quando são excitadas há inversão de cargas por um curto período, na qual ocorre a despolarização. Nessa
inversão de cargas ocorre a entrada de sódio e saída de cálcio da célula
− A permeabilidade da membrana é medida através das alterações na condução de Na+ e K+
− A entrada de Na+ causa mais abertura de canais de Na+ dependentes de voltagem e mais despolarização para a
célula, que estabelece uma alça de retroalimentação positiva. Isso ocorre na fase ascendente rápida do
potencial. Assim, o potencial de membrana move-se na direção do potencial de equilíbrio do Na+(60mV).
Lembrando que a condução de Na+ tem curta duração.
− Com a abertura dos canais de sódio, estas logo assumem o estado inativo, e permanecem por milissegundos ate
retornarem ao seu estado de repouso, quando novamente podem ser ativos.
− O sentido do gradiente elétrico do Na+ é revertido durante o pico de ultrapassagem (overshot), já que o potencial
de membrana é invertido e isto limita o influxo de Na+; ademais os canais de K+ dependentes de voltagem se
abrem. Esses são fatores que contribuem para a repolarização.
− A abertura dos canais de K+ é mais lenta do que de Na+. Nesse momento, o movimento da carga para fora da
célula, causa o efluxo do K+, isto ajuda a completar o processo de repolarização.
− Quando ocorre o fechamento lento dos canais de K+, isso direciona na hiperpolarização que é seguida do retorno
da membrana para o seu estado de repouso.
− Se a concentração de K+ extracelular aumenta resulta em hipercalemia, e o potencial de repouso se aproxima do
limiar de disparo do potencial de ação e, consequentemente, o neurônio torna-se mais excitável. Se a
concentração de K+ diminui, hipocalemia, o potencial de membrana é reduzido e neurônio torna-se
hiperpolarizado.
− A redução de concentração do Ca²+ aumenta a excitabilidade das células musculares e nervosas, reduzindo o
grau de despolarização necessário para dar inicio na mudança de condução do Na+ e K+. Mas, o aumento de
Ca+² estabiliza a membrana, reduzindo a sua excitabilidade.
− A célula não será capaz de deflagrar outro potencial de ação, enquanto as células estiverem despolarizando e
repolarizando. Este processo é chamado de período refratário absoluto(pico). Entretanto, ao termino da
despolarização e durante a hiperpolarização, a célula poderá deflagrar outro PA, porem vai precisar de mais
canais de Na+ ativados. Este processo é chamado de período refratário relativo (célula não consegue se
despolarizar).

TUDO OU NADA DO POTENCIAL DE AÇÃO


− O limiar varia com a duração, com estímulos fracos
a duração deve ser maior e com estímulos intensos
a duração é menor.
− A lei do tudo ou nada, é quando a PA deixa de
ocorrer porque o estimulo está abaixo do limiar.
− As repostas hiperpolarizantes elevam o limiar, e as
despolarizantes reduzem na medida que se
aproximam do nível de disparo.
− Axônio mielinizado: as cargas positivas a partir da
membrana à frente e atrás do PA fluem para a
região de negatividade. A despolarização parece
“saltar” de um nodo de Ranvier para outro seguinte.
(condução saltatória)
− O potencial de difusão é causado pela diferença
entre as condições iônicas nas duas faces da
membrana.
− Transporte ativo de íons Na+, K+ através da
membrana é chamada de bomba de sódio e
potássio. Esta transporta continuamente íons sódio
para fora da célula, íons potássio para dentro da
célula.

CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR
− O líquor é produzido no plexo coroide dos
ventrículos. Os ventrículos laterais contribuem
como maior contingente do liquido, que passa para o 3°ventriculo através dos forames ventriculares e vai para o
4°ventriculo através do aqueduto cerebral.
− Através das aberturas do 4°ventricul, o líquor passa para o espaço subaracnóideo sendo reabsorvido pelas
granulações aracnoides que se projetam para o interior da dura-máter.
− A circulação se faz de baixo para cima, atravessando a incisura da tenda e do mesencéfalo. No espaço
subaracnóideo da medula, o liquido desce em direção caudal, sendo a maior parte reabsorvida nas pequenas
granulações aracnoides, existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos
espinais.
ESQUEMA:
Ventrículos laterais (1° e 2° ventrículo) forame interventricular 3°ventriculo aqueduto cerebral 4°ventriculo
(abertura mediana-medula espinal) (abertura lateral-cérebro, lados direito e esquerdo)

SINAPSES
− Sinapses é a comunicação entre os neurônios ou entre os neurônios e órgãos alvo.
− No SNP, as terminações axônicas podem relacionar-se também com as células não neuronais ou efetuadoras
como as células musculares (esqueléticas, cardíacas ou lisas) e células secretoras, controlando suas funções.
− Sinapses elétricas: junções comunicantes; bidirecional (não polarizadas); transmissão instantânea. São
exclusivamente interneurais.
▪ Quando ocorre comunicação entre dois neurônios, através dos canais iônicos concentrados em cada uma
das membranas em contato. Esses canais projetam-se no espaço intercelular, justapondo o modo de
estabelecer comunicações intercelulares, que permitem a passagem direta de pequenas moléculas, como
íons do citoplasma de uma célula para outra. Tais junções servem para sincronizar a atividade de grupo de
células e são encontradas em outros tecidos, como epitelial, muscular liso e cardíaco (são as junções
comunicantes).
− Sinapses químicas: presença de mediadores químicos; unidirecional; transmissão lenta. São 99% das sinapses
do corpo.
▪ Para ocorrer a comunicação, depende da liberação de neurotransmissores. Para ocorrer a sinapse química
são necessários pelo menos dois neurônios, um pré-sináptico (SNC) e outro pós-sináptico (SNP).
− O lado pré-sináptico geralmente consiste em uma terminação axonal, ao passo que o lado pós-sináptico pode ser
um dendrito ou soma de outro axônio.
− O espaço entre eles é chamado de fenda sináptica. Seu sentido é unidirecional de um dendrito para axônio, para
o terminal sináptico. Assim, quando a energia elétrica chega ao terminal sináptico ela é transformada em energia
química, ou seja, a energia que percorreu o axônio chega ate o botão terminal. Essa será transformada em
neurotransmissor, estes estão contidos dentro das vesículas sinápticas, são elas que conduzem os
neurotransmissores.
− Lembrando que, a vesícula sináptica se funde a membrana pós-sináptica e ela se abre e libera o
neurotransmissor na fenda sináptica. Estes neurotransmissores se ligam aos receptores no neurônio
pós-sinápticos, e então começam a transmitir o estimulo elétrico.
− As sinapses químicas neuroefetuadoras, são conhecidas também como junções neuroefetuadoras, pois
envolvem os axônios dos nervos periféricos e uma célula efetuadora não neuronal. Se a conexão se faz com
células musculares estriadas esqueléticas, tem-se a junção neuroefetuadora visceral. A primeira compreende as
placas motoras, onde em cada uma, o elemento pré-sináptico é terminação axônica do neurônio motor somático,
cujo corpo se localiza na coluna anterior da medula espinal ou no tronco encefálico. As junções neuroefetuadoras
viscerais são os contatos das terminações nervosas dos neurônios do sistema nervoso autônomo simpático e
parassimpático, cujo os corpos celulares se localizam nos gânglios autônomos.
− As placas motoras são sinapses direcionadas. As junções neuroefetuadoras viscerais, por sua vez não são
direcionadas, ou seja, não apresentam zonas ativas e densidades pós-sinápticas.

TIPOS DE NEUROTRANSMISSORES
− Os neurotransmissores são substâncias químicas que faz conexões entre dois ou mais neurônios. Podem ser
excitatórios ou inibitórios.
− Excitatórios: causam a despolarização
▪ Causam mudanças elétricas excitatória no potencial pós-sinápticos. Isso acontece quando o efeito líquido de
liberação do neurotransmissor é para despolarizar a membrana, levando a um valor mais próximo do limiar
elétrico para disparar um PA.
− Inibitórios: causa a hiperpolarização
▪ Eles diminuem a probabilidade do neurônio disparar um PA. Pois, causam um potencial no neurônio
pós-sinápticos inibitório, porque o efeito liquido da liberação do transmissor é para hiperpolarizar a
membrana, tornando mais difícil alcançar seu limiar elétrico.
− Modular: causa a despolarização ou hiperpolarização.
EXCITATÓRIOS-PEP INIBITÓRIOS-PIP

Glutamato: principal neurotransmissor excitante do GABA


cérebro. Estabelece vínculos entre os neurônios que são
a base da aprendizagem e da memória a longo prazo.

-Adrenalina (beta1, beta2, alfa1) Endorfina (proteção): modulam a dor, reduz o estresse.
-Noradrenalina induz a excitação física, mental e
bom-humor.
-Norepinefrina é uma mediadora dos batimentos
cardíacos, pressão sanguínea, a taxa de conversão do
glicogênio(glicólise)para energia.
Acetilcolina (contração muscular) Dopamina D2
Também controla a atividade de áreas cerebrais
relacionadas a atenção, aprendizagem e memória
Dopamina D1(modulador da musculatura) Serotonina

Serotonina (neurotransmissor do bem-estar)

− O que dispara um neurotransmissor?


▪ O potencial de ação estimula a entrada de Ca²+, que causa a adesão das vesículas sinápticas aos locais de
liberação da sua fusão com a membrana plasmática e a descarga do seu suprimento de transmissor.
▪ Após um breve período, o transmissor se dissocia do receptor e a resposta é terminada. Para impedir que o
transmissor se associa novamente a outro receptor e recomece o ciclo, o transmissor é destruído pala ação
catabólica de uma enzima ou é absorvido normalmente na terminação pré-sináptica, pois cada neurônio pode
transmitir um tipo de transmissor.

ETAPAS:
1- Passagem do potencial de ação pela membrana pré-sináptica
2- Abertura dos canais de Ca²+ dependentes de voltagem
3- Entrada de Ca²+ no botão sináptico
4- Ativação de enzimas pelo Ca²+
5- Descida das vesículas em direção a membrana pré-sináptica
6- Fusão das vesículas cm a membrana pré-sináptica
7- Formação de um orifício e liberação do neurotransmissor na fenda sináptica
8- Ligação do neurotransmissor com o receptor da membrana pós-sináptica

− Observação: o neurotransmissor abre o canal iônico diretamente. Efeito rápido – receptor ionotrópico
− O neurotransmissor abre o canal iônico indiretamente
− Efeito mais demorado-receptor metabotrópico

LEMBRETE:

Junção neuromuscular ou mioneural=sinapse entre o neurônio motor e a fibra muscular (a Ach estimula a contração
do musculo)

Placa motora: representa a membrana da fibra muscular (sarcolema) que toca o neurônio motor. Parte anatômica do
processo, pois a Ach estimula a placa motora e só então o musculo contrai.

Unidade motora: um neurônio motor e todas as fibras musculares por ele inervadas.

IMPORTANTE: COMO INATIVAR UM NEUROTRANSMISSOR


− A remoção do neurotransmissor pode ser feita por ação enzimática
− A colina é imediatamente captada pela terminação nervosa colinérgica servindo como substancia para síntese de
nova acetilcolina pela própria terminação
− Já no caso das monoaminas e dos aminoácidos, o principal mecanismo da inativação é a receptação do
neurotransmissor pela membrana plasmática do elemento pré-sináptico, através do mecanismo ativo e eficiente:
bomba de captação
− Essa captação pode ser bloqueada por drogas.
− Se o potencial sináptico é despolarizante é chamado de potencial pós-sinápticos excitatório (PEPS) porque
aumenta as chances da célula disparar um potencial de ação. Se o potencial sináptico for hiperpolarizante é
chamado de potencial pós-sinápticos inibitórios (PIPS). Porque a hiperpolarização move o potencial da
membrana para longe do limiar e torna menor provável que a célula dispare um potencial de ação.
− Nas respostas pós-sinápticas lentas, os neurônios ligam-se a receptores acoplados à proteína G. que esta
acoplada ao segundo mensageiro, este pode agir no lado citoplasmático da membrana celular, para abrir ou
fechar canais iônicos.
− Potenciais sinápticos rápidos sempre abrem canais iônicos
− Os potenciais da membrana resultantes deste processo são chamados de potenciais sinápticos lento porque o
sistema do segundo mensageiro leva mais tempo para gerar uma resposta.
− As respostas lentas não estão limitadas a alterar o estado de abertura dos canais iônicos. A ativação dos
sistemas de segundo mensageiro pelos neurotransmissores também pode modificar as proteínas existentes na
célula a regular a síntese de novas proteínas. Este tipo de resposta lenta tem sido relacionado ao crescimento e
desenvolvimento dos neurônios e os mecanismos responsáveis pela memória de longa duração.

SISTEMA NERVOSO AUTONOMO


− Resposta visceral imediata, generalizada, prolongada
− As fibras pré-ganglionares são curtas: fibras colinérgicas, secretam Ach
− Fibras pós-ganglionares são longas: fibras adrenérgicas, secretam adrenalina e noradrenalina
− Faz parte do sistema nervoso periférico. Este é responsável pelo controle involuntário: sistemas respiratórios,
cardiovascular, renal, digestório e endócrino.
− Desempenha o papel principal de manter a homeostase.
− Autônomo é dividido em simpático, parassimpático e entérico.
− Simpático e parassimpático possuem funções antagônicas.
− Simpático é mais relacionado com as situações de luta ou fuga, situações de estresse, como ameaça. A
descarga simpática relacionada com o “luta ou fuga” é mediada pelo hipotálamo.

HOMEOSTASE
− A informação sensorial dos receptores somatossensoriais e viscerais vão para o centro de controle homeostático
no hipotálamo, na ponte e no bulbo. Esses centros monitoram e regulam funções importantes, tais como, pressão
sanguínea, a regulação da temperatura corporal e o balanço hídrico. O hipotálamo também contém neurônios
que atuam como sensores, como os osmorreceptores que monitoram a temperatura corporal. Impulsos motores
do hipotálamo e do tronco encefálico geral respostas autônomas, respostas endócrinas e respostas
comportamentais. Além disso, a informação sensorial integrada no córtex cerebral e no sistema límbico pode
gerar emoções que influenciam nas respostas autonômicas.
− As subdivisões simpáticas e parassimpáticas apresentam 4 propriedades da homeostase: 1. Preservação do
desempenho do meio interno; 2. Regulação aumenta/diminui pelo controle tônico; 3. Controle antagonista; 4.
Sinais químicos com diferentes efeitos.
− Lembrando que a maior parte dos órgãos estão sob o controle antagonista.
▪ Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares do ramo simpático contribuem com praticamente todos
os nervos periféricos e também são mielinizados.
▪ Gânglios paravertebrais: são interligados, formando cadeias sinápticas direita e esquerda
▪ Gânglios pré-vertebrais: situam-se nos plexos que circundam a origem dos ramos principais da aorta
abdominal.
▪ As estruturas no SNC equivalentes aos gânglios são os núcleos.
▪ A divergência é uma importante característica das vias autônomas.
▪ Simpático: suprarrenal 80%norapinefrina e 20% epinefrina
▪ Respostas prolongadas e generalizadas
▪ Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares do ramo parassimpático estão localizados em núcleos
no tronco encefálico e nas colunas intermeio laterais sacrais.
▪ Pós-ganglionares estão próximos ou mesmo localizados nas paredes dos órgãos alvo.
▪ Entretanto existem algumas exceções a essas regras. Alguns neurônios pós-ganglionares simpáticos, como
aqueles que terminam nas glândulas sudoríferas, secretam Ach ao invés de noradrenalina. Nesse caso, eles
são neurônios simpáticos colinérgicos.

NEUROTRANSMISSORES AUTONOMICOS PÓS-GANGLIONARES


Divisão simpática Divisão parassimpática

Neurotransmissor Noradrenalina (NA) Acetilcolina (Ach)

Tipos de receptores Adrenérgicos alfa e beta Colinérgicos nicotínicos e


muscarínicos

Sintetizados a partir da Tirosina Acetil-Coa + colina

Enzima de inativação Monoamonoxidade (MAO) nas Acetilcolinesterase-Ache. Na fenda


mitocôndrias da varicosidade sináptica

Transportadores da membrana da Noradrenalina Colina


varicosidade para

− Quanto maior a quantidade de neurotransmissor, mais longa e forte é a resposta. A concentração do


neurotransmissor na sinapse é influenciada por sua taxa de degradação ou remoção.
− Os receptores colinérgicos muscarínicos são encontrados nas junções neuroefetuadoras da subdivisão
parassimpática. Os receptores muscarínicos são todos acoplados a proteína G.

AGONISTA E ANTAGONISTA
− Agonista e antagonistas diretos se combinam com o receptor-alvo para mimetizar ou bloquear a ação do
neurotransmissor.
− Agonista e antagonista indiretos atuam alterando a secreção, a receptação ou a degradação dos
neurotransmissores.
− Por exemplo: a cocaína é agonista indireto, pois bloqueia a recaptação da noradrenalina nos terminais nervosos
adrenérgicos, prolongando assim o efeito excitatório da noradrenalina na célula-alvo. Muitos fármacos utilizados
para tratamentos de depressão são agonistas indiretos.
▪ OBSERVAÇÃO: O SNA aferente conduz impulsos dos vicerorreceptores, por fibras sensitivas que penetram
no SNC e torna-se ou não conscientes
▪ O SNA eferente é responsável pela motricidade visceral e pelo funcionamento adequado das glândulas,
resultando em secreção de substâncias vitais a manutenção da homeostase.

ÓRGÃO EFETOR RESPOSTA RESPOSTA SIMPÁTICA RECEPTORES


PARASSIMPÁTICA ADRENÉRGICOS

Pupila Constrição Dilatação Alfa

Glândulas salivares Secreção aquosa Muco, enzimas Alfa e beta 2

Coração Diminui a frequência Aumenta a frequência e a Beta 1


força de contração

Artérias e vênulas ----------------------- Constrição e dilatação Alfa, beta 2

Pulmões Constrição dos bronquíolos Dilatação Beta 2

Trato digestório Aumenta a motilidade e a diminui Alfa, beta 2


secreção
Pâncreas exócrino Aumenta a secreção Diminui Alfa
enzimática

Pâncreas endócrino Estimula a secreção de Inibe Alfa


insulina

Medula suprarrenal ------------------- Secreta catecolaminas -------------

Rim ---------------------- Aumenta a secreção de Beta 1


renina

Bexiga urinaria Liberação da urina Retenção Alfa, beta 2

Tecido adiposo ----------------------- Degradação da gordura Beta

Glândulas sudoríferas Sudorese Sudorese localizada Alfa

Órgãos sexuais fem. e Ereção Ejaculação Alfa


masc.

Útero Depende do estágio do Depende Alfa, beta 2


ciclo

Tecido linfático --------------------- Geralmente inibitório Alfa, beta 2

SISTEMA CARDIOVASCULAR

− O coração repousa sobre o diafragma(músculo),


próximo da linha mediana da cavidade torácica, no
mediastino, uma região anatômica que se estende
do esterno até a coluna vertebral, da primeira costela
até o diafragma e entre os pulmões. Sua maior parte
encontra-se do lado esquerdo do corpo.
− Faces:
▪ Face intercostal: profunda ao esterno e às
costelas
▪ Face diafragmática: face inferior(ápice), apoiado
no diafragma.
▪ Face pulmonar: laterais aos pulmões.
− Sulcos
▪ Sulco coronário: circunda a maior parte do
coração e marca o limite externo entre os ventrículos inferiores e os átrios superiores
▪ Sulco interventricular anterior: sulco raso na parte anterior do coração
▪ Sulco interventricular posterior: sulco raso na parte posterior do coração.
− Membrana:
▪ Pericárdio: membrana que envolve e protege o coração. Permite a liberdade suficiente de movimento para a
contração vigorosa e rápida. Dividida em pericárdio fibroso: superficial ao tecido conjuntivo denso não
modelado, resistente e inelástico, ele fornece proteção e ancora o coração no mediastino. Pericárdio seroso:
mais profundo, é a membrana mais delicada e fina, que forma uma camada dupla em torno do coração. Que
forma duas lâminas: parietal-externa, fundida ao pericárdio fibroso e a lâmina visceral-interna, se adere
firmemente á superfície do coração. Entre as lâminas encontra-se um liquido seroso lubrificante, conhecido
como liquido do pericárdio. Este possui a função de reduzir o atrito entre as membranas enquanto o coração
se movimenta.
− Camadas das paredes:
▪ Epicárdio: camada externa, transparente e fina
▪ Miocárdio: camada intermediaria, tecido muscular cardíaco, involuntário, responsável pela ação do
bombeamento.
▪ Endocárdio: camada interna, fina (fina camada interna de endotélio e tecido conectivo).
− O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em
comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações
rítmicas do coração.
− O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência:
▪ Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de
carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.
▪ Transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes resultantes da digestão passam através de um fino
epitélio e alcançam o sangue. Por esse caminho, os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, nos quais
se difundem para o liquido intersticial que banha as células.
▪ Circulação: “artéria leva o sangue e a veia traz o sangue"
▪ Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo, origina resíduos, mas
apenas alguns órgãos podem elimina-los para o meio externo. O transporte dessas substancias, de onde são
formadas ate os órgãos de excreção, é feito pelo sangue.
▪ Transporte de hormônios: os hormônios são substancias secretadas por certos órgãos distribuídas pelo
sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por exemplo é
produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, é lançada ao sangue. Um de seus efeitos, é
estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.
▪ Intercambio de materiais: algumas substancias são produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e
utilizadas na outra parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio, que ao serem
quebradas, liberam a glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.
▪ Transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor, pelas diversas partes
do organismo, colaborando com a manutenção de uma temperatura adequada em todas as regiões. Permite
ainda, levar calor ate a superfície corporal, onde pode ser dissipado.
▪ Distribuição dos mecanismos de defesa: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da
medula óssea(megacariócito), tem como função a coagulação sanguínea. O sangue contem ainda fatores de
coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso do rompimento de um vaso sanguíneo.
− Os principais componentes da circulação são:
▪ Coração
▪ Vasos sanguíneos
▪ Sangue
▪ Vasos linfáticos
▪ Linfa
▪ Sendo eles responsáveis pela circulação sanguínea. Eles trabalham juntos garantindo que a célula receba
oxigênio e nutrientes.
− O coração é comporto por 4 câmaras cardíacas: duas superiores receptoras são os átrios e duas inferiores de
bombeamento são os ventrículos.
− Observação: a aurícula direita é maior que a esquerda; já o ventrículo esquerdo é a maior que o direito.
− Sangue (transporte, regulação e proteção): formado por uma fração líquida, o plasma, e diversos tipos de células,
hemácias, glóbulos brancos e plaquetas. É chamado de arterial logo após a hematose nos alvéolos pulmonares
(sangue rico em oxigênio), e venoso, quando transporta gás carbônico.
− Vasos linfáticos: possui três funções. A imunitária, na produção de células de defesa (linfócitos, monócitos,
plasmócitos na síntese de anticorpos); drenagem dos fluidos em excesso nos interstícios dos tecidos corporais; e
a absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório.
− A linfa é composta por um liquido claro pobre em proteínas e rico em lipídeos, parecido com o sangue, mas com
diferença de que as únicas células que contem os glóbulos brancos que migram para os capilares sanguíneos
sem conter hemácias. A linfa é mais abundante do que o sangue.
− Vasos sanguíneos: são órgãos em forma de tubos que se ramificam por todo o organismo, por onde circula o
sangue. Convencionou-se chamar artéria todo o vaso que leva sangue do coração ao resto do organismo; veia,
leva sangue do resto do organismo ao coração. Artérias de pequeno calibre são chamadas de arteríolas e veias
de pequeno calibre são chamadas de vênulas. Ainda menores, são chamadas que as arteríolas e veias, existem
os capilares, que se relacionam mais intimamente com os tecidos realizando as trocas gasosas, nutrientes e
metabólicos.
− A parte dos vasos é dividida em três camadas:
▪ Túnica interna (ou intima): encontra-se forrando o vaso internamente, em contato com o sangue circulante.
Na parte mais interna da túnica interna, encontramos o revestimento endotelial dos vasos. O restante da
túnica é constituído de tecido conjuntivo frouxo e algumas poucas células musculares. As artérias, dividindo a
túnica interna com a luz do vaso, apresenta-se nas lâminas bastante ondulado, devido a contração dos vasos
por ocasião da morte do animal.
▪ Túnica média: a túnica media é formada basicamente por células musculares lisas, envoltas por colágeno e
elastina. Nas artérias existe uma membrana separando a túnica media e a externa(adventícia), a membrana
limitante elástica externa.
▪ Túnica adventícia: esta possui grande quantidade de fibras colágenas e elásticas. Estas fibras penetram no
tecido conjuntivo adjacente, tornando o limite externo do vaso não muito definido.
− As artérias apresentam paredes grossas formadas por três camadas de tecidos (endotélio, musculo liso e tecido
conectivo). Paredes elásticas e fortes são essenciais para assegurar o transporte do sangue, que está sendo
levado sob alta pressão. À medida que se afastam do coração, as artérias diminuem seu calibre, formando ramos
mais finos que recebem o nome de arteríolas, essas ramificam-se e formam os capilares. Esses últimos unem-se
em vênulas, que se reúnem em vasos mais calibrosos chamados de veias.
− As veias possuem três túnicas (as mesmas), porem são menores espessas que as artérias. Esses vasos
apresentam valvas que se abrem no sentido do coração, impedindo assim, que ocorra o refluxo. A pressão
sanguínea nas veias é relativamente baixa.
− Capilares: são vasos extremamente finos, que participam ativamente nas trocas gasosas e diversas outras
substancias entre o sangue e os tecidos. Diferentemente das artérias e veias, que não são formadas por três
túnicas, mas apenas por uma única camada endotelial cuja a parede tem duas ou mais células.
− As valvas cardíacas são estruturas cartilaginosas sustentadas por musculo internos do coração que promovem a
abertura das câmaras para a passagem do sangue e o fechamento das mesmas, evitando assim o seu refluxo. O
tempo de abertura e fechamento das válvulas é determinado por estímulos elétricos e compressão muscular e
pela própria forca hidrostática do sangue.
− O coração humano possui 4 válvulas cardíacas, compostas por folhetos chamados de cúspides
▪ Mitral, cúspide ou atrioventricular esquerda (que separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo)
▪ Tricúspide ou átrio ventricular direita (que separa o átrio direito do ventrículo direito)
▪ Aórtica: válvula de saída do coração que separa o átrio direito do ventrículo esquerdo(semilunar)
▪ Pulmonar: válvula de saída do ventrículo direito, separando este da artéria pulmonar(semilunar)
− Os músculos que sustentam as válvulas internas do coração são chamados de papilares e o tecido fibroso que
liga o folheto da válvula ao musculo é chamado de corda tendínea.

CICLO CARDÍACO
− Das cavidades, a maior é o ventrículo esquerdo, este bombeia sangue oxigenado pelos pulmões para as diversas
partes do corpo, através da aorta. O sangue usado regressa ao coração pelas diversas veias do organismo, que
drenam para os dois grandes canais (veia cava superior e inferior), que por sua vez drenam ambas para a
aurícula direita. Depois desse processo, o sangue passa através de uma válvula, a tricúspide, para o ventrículo
direito, que bombeira para os pulmões, onde é oxigenado através da artéria pulmonar. Este sangue oxigenado
volta pelas veias pulmonares para a aurícula esquerda, de onde, através da válvula mitral, é lançado para o
ventrículo esquerdo.
− Um ciclo cardíaco inclui todos os eventos associados ao batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal, os dois
átrios se contraem, enquanto dois ventrículos relaxam. Possui duas fases a sístole, período durante o qual o
musculo está se contraindo; diástole quando o musculo cardíaco relaxa.
− O sangue flui de uma área de maior concentração de pressão mais alta para uma de pressão mais baixa; a
contração aumenta a pressão, relaxamento diminui.
− Fases:
▪ Coração em repouso: diástole atrial e ventricular: os átrios se enchem de sangue vindos das veias, os
ventrículos acabaram de completar uma contração.
▪ Termino do enchimento ventricular: sístole atrial (QRS) a sístole inicia segunda onda de despolarização que
percorre rapidamente os átrios. A pressão aumentada empurra o sangue para dentro dos ventrículos
(semilunares fechadas)
▪ Contração ventricular inicial e o primeiro som cardíaco: enquanto os átrios se contraem, a onda de
despolarização se move lentamente para as células condutoras do nó átrio ventricular e rapidamente segue
pelos ramos do fascículo átrio ventricular – fibras de purkinje até o ápice do coração. A sístole ventricular
inicia-se no ápice do coração quando as bandas musculares em espiral empurram o sangue para cima em
direção a base. O sangue empurrado contra a porção inferior das valvas átrio ventriculares faz com que elas
se fechem de modo que não haja refluxo para os átrios. As vibrações geradas pelo fechamento das valvas
atrioventriculares criam o primeiro som cardíaco o S1 “tum” do tum-ta.
▪ O coração bombeia: ejeção ventricular: Quando os ventrículos se contraem, eles geram pressão suficiente
para abrir as valvas semilunares e empurrar o sangue para as artérias. A pressão criada pela contração
ventricular se torna a força propulsora do fluxo sanguíneo. O sangue sob alta pressão é forçado para dentro
das artérias, deslocando o sangue sob baixa pressão que as preenche e empurrando-o para adiante na
vascularização. Nesse momento, as valvas atrioventriculares permanecem fechadas, e os átrios continuam
enchendo.
▪ Relaxamento ventricular e o segundo
som cardíaco: no final da ejeção
ventricular, os ventrículos começam a
repolarizar e a relaxar, diminuindo a
pressão ventricular. Uma vez que a
pressão ventricular cai abaixo da
pressão nas artérias, o sangue
começa a fluir de volta para o
coração, forçando as semilunares a
se fecharem. As vibrações geradas
pelo fechamento das valvas
semilunares é o segundo som
cardíaco S2 “ta’ do tum-ta.
▪ Pressão sistólica: pressão mais
elevada observada nas artérias
durante a fase sistólica do ciclo
cardíaco.
▪ Pressão diastólica: pressão mais
baixa detectada na aorta e seus
ramos durante a fase diastólica do
ciclo cardíaco.

GRANDE CIRCULAÇÃO: leva O2 para o sangue


− O átrio esquerdo recebe sangue arterial rico em O2 das veias pulmonares. Ao entrarem em sístole, o átrio
esquerdo manda o sangue que passa pela bicúspide e chega aos ventrículos esquerdos(semilunares) que se
encontra em diástole. Ao receber o sangue o ventrículo entra em sístole, e assim, o sangue venoso passa pela
valva aorta, vai para a artéria aorta, esta se ramifica, e distribui sangue para todo o corpo.
− Observação 1: artéria leva sangue O2
− Veia sangue CO2
− Observação 2: começa no ventrículo esquerdo e
termina no átrio direito (artéria aorta).

PEQUENA CIRCULAÇÃO: leva sangue CO2


− O sangue venoso rico em CO2, chega ao coração
por meio das veias cavas e coronárias. Passa pelo
átrio, entram em sístole, e ocorre a abertura da valva
tricúspide. Esta manda sangue para o ventrículo
direito (valvas semilunares do tronco pulmonar), que
se contrai, e assim o sangue passa pela valva e
tronco pulmonar. Logo, é mandado para os pulmões,
pelas artérias pulmonares. Nos pulmões ocorre a
hematose.
− Observação 1: artéria leva sangue CO2
− Veia leva sangue O2
− Observação 2: começa no ventrículo direito e termina no átrio esquerdo (artérias pulmonares)

BULHAS CARDÍACAS
− Primeira bulha B1: fechamento das valvas mitral e tricúspide, componente mitral antecede a tricúspide. Timbre
mais grave, representação do TUM.
− Segunda bulha B2: Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, representação do TA.
− Terceira bulha cardíaca B3: vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que
penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido, ruído de baixa frequência. Representação TU.
− Quarta bulha cardíaca B4: ruído débil. Ocorre no final da diástole- busca desaceleração do fluxo sanguíneo
mobilizado pela contração atrial de encontro com a massa sanguínea existente no interior do ventrículo.
− Ritmo cardíaco: duas bulhas=dois tempos=binário.
− Terceiro ruído= três tempos=ritmo tríplice
− TUM-TA-TU_TUM-TA-TU_TUM-TA-TU
− CONTRAÇÃO DO MUSCULO CARDIACO: Para o coração funcionar corretamente, as quatro câmaras devem
bater de uma maneira organizada. Este batimento é coordenado por impulsos elétricos. Uma câmara contrai
quando um impulso elétrico ou sinal move-se através dela. Este sinal começa num pequeno feixe de células,
altamente especializadas no átrio direito-nodo sinoatrial (nodo AS). O impulso elétrico que ai surge dirige-se aos
átrios, determinando a sua contração e também dirige-se a outro grupo de células, o nodo atrioventricular (nodo
AV), onde o segundo impulso é levado aos ventrículos, por um feixe de fibras, o feixe de His, provocando
contrações. Reações emocionais podem afetar a velocidade do disparo. Da mesma, forma quando corremos o
coração bombeira mais rapidamente, quando dormimos mais lentamente.
− Da mesma forma do musculo esquelético, o musculo cardíaco é estriado e contém retículos sarcoplasmáticos e
miofibrilas com actina e miosina.

ELETROCARDIOGRAMA: Um ECG registra uma derivação de cada vez, pois o traçado do ECG mostra a soma dos
potenciais elétricos gerados em todas as células do coração. Diferentes componentes do ECG refletem a
despolarização ou a repolarizaçao dos átrios e ventrículos. Devido ao fato de a despolarização iniciar a contração
muscular, os eventos elétricos(ondas) do ECG podem ser associados com a contração ou relaxamento (eventos
mecânicos).
− Descrição: onda P despolarização dos
átrios- sístole dos átrios
− Complexo QRS representa a onda
progressiva da despolarização (ocorre da
base para o ápice). Sístole dos ventrículos
− Onda T representa a repolarização (do
ápice para a base) dos ventrículos.
− Obs.: a repolarização atrial não é
representada por uma onda especial, esta
incorporada no complexo QRS.
− Onda Q(negativa): representa a
despolarização dos ventrículos
− A contração atrial inicia-se durante a ultima
parte da onda P e continua durante o segmento PR. A contração ventricular inicia-se logo após a onda Q e
continua na onda T.

PRESSAO ARTERIAL
− Pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos, com forca proveniente dos
batimentos cardíacos. Quanto mais sangue for bombeado do coração por minuto, maior será esse valor, que
podem ser de dois tipos: um máximo ou sistólico; um mínimo ou diastólico. O primeiro refere-se a força de
bombeamento do coração e o segundo refere-se a pressão exercida dos vasos sanguíneos periféricos.
− O sangue é um tecido conjuntivo composto de matriz extracelular liquida, chamada de plasma sanguíneo, que
dissolve e suspende diversas células e fragmentos celulares. Possuem três funções básicas, sendo elas, a de
transporte, regulação e proteção. Composto por plasma, glóbulos vermelhos ou eritrócitos, glóbulos brancos ou
leucócitos e as plaquetas.
− O sangue contribui para a homeostasia transportando oxigênio, dióxido de carbono, nutrientes e hormônios para
dentro e fora da célula do corpo. O sangue ajuda a regular o pH e a temperatura e fornece proteção contras
doenças por meio da fagocitose e da produção de anticorpos.
− Debito cardíaco (DC): é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou pelo ventrículo direito) na aorta
(ou no tronco pulmonar) a cada minuto. O debito cardíaco é igual ao volume sistólico (VS), o volume de sangue
ejetado pelo ventrículo durante a contração é multiplicado pela frequência cardíaca (FR), o número de batimentos
por minuto. DC=FR.VS
− Fluxo sanguíneo: o sangue flui de região com menor pressão, para regiões de maior pressão. Porem, quanto
maior a resistência, menor o fluxo de sangue. Porém, é o volume de sangue que flui por qualquer tecido em um
determinado período de tempo. O fluxo sanguíneo total é o debito cardíaco, o volume de sangue que circula
pelos vasos sanguíneos sistêmicos (ou pulmonares) a cada minuto.
O PAPEL DO SISTEMA NERVOSO NO CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL
− Uma das mais importantes funções do controle nervoso da circulação é a sua capacidade de causar aumentos
rápidos da pressão arterial. Para isso, todas as funções vaso constritoras e cardioaceleradoras do sistema
nervoso simpático são estimuladas simultaneamente. Ao mesmo tempo, ocorre a inibição reciproca de sinais
inibitórios parassimpáticos vagais para o coração. Assim, ocorrem, a um só tempo, três importantes alterações,
cada uma ajudando a elevar a pressão arterial.
1. A grande maioria das arteríolas da circulação sistema se contrai, e aumenta a resistência periférica total.
2. As veias em especial se contraem fortemente o que desloca sangue para fora dos grandes vasos sanguíneos
periféricos em direção ao coração, aumentando o volume das câmaras cardíacas.
3. Por fim, o próprio coração é diretamente estimulado pelo SNA, aumentando ainda mais o bombeamento
cardíaco. Grande parte desse aumento é provocada pela frequência cardíaca que às vezes atinge o valor 3x
maior que o normal. Além disso, sinais nervosos simpáticos exercem efeito direto importante, aumentando a
força contrátil do musculo cardíaco o que também aumenta a capacidade do coração de bombear maiores
volumes de sangue. Exemplo: durante o exercício físico intenso, os músculos requerem maior fluxo
sanguíneo. Parte desse aumento é resultado da vasodilatação local, causada pela intensificação do
metabolismo das células musculares.
− As respostas reflexas do simpático e parassimpático permitem ajustes do debito cardíaco e da resistência
vascular periférica contribuindo para a estabilização e manutenção da pressão arterial sistêmica durante
diferentes situações fisiológicas.
− Pressorreceptores arteriais (sinônimo de barorreceptor) que é alta da pressão, e os receptores cardiopulmonares
que é de baixa pressão e os quimiorreceptores arteriais. São esses que estão envolvidos na modulação da
atividade parassimpática para o coração e simpática para o coração e vasos.
− Os pressorreceptores arteriais são mecanorreceptores funcionam de momento a momento no controle da
pressão arterial a curto prazo. Eles também exercem o efeito tônico sobre a atividade simpática (inibição) e
parassimpática(estimulação)
− O aumento da pressão arterial estira o barorreceptor fazendo com que transmita sinal para o SNC, esses sinais
de feedback são enviados de volta pelo SNA para a circulação, assim reduzindo a pressão arterial ate o seu
nível normal.
− Os barorreceptores são terminações nervosas localizadas nas paredes das artérias. São estimulados por
estiramento. Contudo, eles são abundantes na parede da carótida interna, pouco acima da bifurcação carotídea,
na área conhecida como seio carotídeo e na parede do arco aórtico.
− Os barorreceptores respondem rápido as alterações da pressão arterial. Cada sístole aumentam os impulsos e
cada diástole diminui os impulsos.
− Depois que os sinais dos barorreceptores chegam ao trato solitário do bulbo, sinais secundários inibem o centro
vasoconstritor bulbar e excitam o centro parassimpático vagal. Os efeitos finais são a vasodilatação das veias e
arteríolas em todo sistema circulatório periférico diminuindo a FC e a força de contração cardíaca.
− Se opõem aos aumentos e diminuição da pressão arterial. Conhecido como sistema de tamponamento
pressórico.
− Na parede dos seios carotídeos iniciam o reflexo do seio carótico que ajuda a regular a pressão sanguínea
sistólica
− Na parte ascendente da aorta e no arco da aorta inicia o reflexo aórtico, que regula a pressão sanguínea
sistêmica.

QUIMIORRECEPTORES
− São receptores sensoriais que monitoram a composição química do sangue, estão localizados próximos ao
barorreceptores do seio carótico e do arco da aorta.
− Baixa do Po2, baixa do pH e/ou alta Pco2 no sangue arterial causam reflexos que aumentam a ventilação e a
pressão arterial média.
− Uma reação extremamente forte, conhecida como resposta isquêmica cerebral, é desencadeada por um fluxo
sanguíneo inadequado(isquemia) para o encéfalo, esse fenômeno produz a vaso constrição e uma estimulação
cardíaca, mediadas pelo simpático. A resposta isquêmica cerebral é ativada pelos quimiorreceptores localizados
no SNC.
▪ Fatores que aumentam a pressão arterial
Aumento da FC também aumenta o volume e a PA em virtude da redução de tempo que o sangue tem
para deixar as artérias (isto é duração do ciclo cardíaco reduzida). Há também aumento do DC.
Após o aumento da FC, a PA se eleva até que a quantidade de sangue sai se iguale com a quantidade
que entra.

AUMENTO DA RESISTENCIA PERIFÉRICA


− Aumenta quando a contração do musculo luso nas paredes das arteríolas estreita seu lúmen, elevando o volume
arterial.
− A PA se eleva ate que nova pressão seja suficiente para superar a resistência adicional do fluxo, para que seja
igualado a entrada e saída do sangue.
− Aumento do debito sistólico: eleva a PA pelo aumento do DC, até que obtenha uma pressão mais alta obtida nas
artérias, durante a sístole.
− Debito diastólico: é a pressão mais baixa, durante a diástole
− Aumento da constante elástica: se refere a resistência do sistema arterial que progressivamente desde o
crescimento.

FATORES QUE DIMINUEM A PRESSÃO ARTERIAL


− Diminuindo a FC, da resistência periférica, do debito sistólico ou da constante elástica
− Hemorragia e estase sanguínea (dilatação dos vasos por fatores neurais, químicos ou mecânicos) reduzem a PA
pela diminuição do volume sanguíneo circulante.
1. Pressão de pulso arterial: A PA varia continuamente porque o coração ejeta sangue o tempo todo para as
artérias. O sangue flui sem a interrupção dos capilares.
2. Pressão sistólica: ocorre durante a ejeção ventricular sendo a pressão máxima. Pressão sistólica normal é de
aproximadamente 120 mmHg
3. Pressão diastólica: ocorre um pouco antes da ejeção ventricular sendo a pressão mínima. Pressão diastólica
normal é de aproximadamente 80 mmHg
4. Já a pressão de pulso depende de alguns fatores, tais como: idade, debito sistólico, constante elástica
arterial.

RETORNO VENOSO
− O volume de sangue que flui de volta para o coração pelas veias sistêmicas, ocorre por consequência da pressão
gerada pelas contrações do ventrículo esquerdo do coração. A diferença de pressão entre as vênulas (em média
d 16 mmHg) e o ventrículo direito (0 mmHg), embora pequena, em geral, é o suficiente para provocar o retorno
venoso. Se a pressão aumenta no átrio ou ventrículo direito, o retorno venoso diminui.
− Outros mecanismos que ajudam a “bombear” o sangue de volta para o coração: a bomba musculoesquelética e a
bomba respiratória, ambas dependem da presença de válvulas nas veias.
▪ Bomba musculoesquelética: repouso, contração muscular e relaxamento muscular.
▪ Bomba respiratória: também se baseia na alternância de compressão e descompressão das veias. Durante a
respiração, o diafragma se desloca para baixo, o que provoca redução da pressão na cavidade torácica e
aumento da pressão na cavidade abdominal.
− A outra maneira da pressão venosa ser alterada é por meio de mudança no tônus venoso produzidas por
aumento ou diminuição na atividade dos nervos simpáticos vasoconstritores que suprem o musculo liso venoso.
A pressão venosa periférica aumenta sempre que a atividade das fibras vasoconstritoras simpáticas para as
veias aumenta.

REFLEXOS ATRIAIS E DAS ARTÉRIAS PULMONARES QUE REGULAM A PRESSÃO ARTERIAL


− Átrios e artérias pulmonares têm em suas paredes receptores de estiramento de baixa pressão, desempenhando
a minimização das variações da PA, que são respostas as mudanças do volume sanguíneo. Não detectam a PA
sistêmica e sem elevações simultâneas nas áreas de baixa pressão.
REFLEXOS ATRIAIS QUE ATIVAM OS RINS – O REFLEXO DO VOLUME
− O estiramento dos átrios também provoca dilatação reflexa significativa das arteríolas aferentes renais.
− Sinais são transmitidos dos átrios para o hipotálamo para a diminuição a secreção de hormônios antidiuréticos
(ADH)
− A resistência arteriolar aferente diminuída nos rins provoca a elevação da pressão capilar glomerular, com o
resultante aumento da filtração de líquidos nos túbulos renais.
− A diminuição ADH diminui a absorção da água nos túbulos.
− A combinação dos dois faz com que ocorra o aumento da filtração glomerular e a diminuição da reabsorção
liquida. Aumentando a perda de liquido pelos rins e reduz o volume sanguíneo aumentado de volta a valores
normais.
− Também desencadeia a liberação de peptídeos natriuréticos atrial nos rins, que contribui mais ainda para a
excreção de liquido na urina e a normalização do volume sanguíneo.

SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA
− A renina é sintetizada e armazenada em forma inativa chamada pró-renina nas células justaglomerulares dos
rins. São células musculares lisas modificadas situadas nas paredes das arteríolas aferentes imediatamente
próxima aos glomérulos.
− Quando a PA cai, ocorre reações intrínsecas dos rins, fazem com que muitas moléculas pós-renina nas células
justaglomerulares sejam clivadas, liberando a renina, a maior parte da renina é liberada no sangue que vai até os
rins, para circular por todo o corpo. Pequenas quantidades de renina continuam nos rins para exercerem funções
intrarrenais.
− A renina é enzima e não substância vasoativa, agindo sobre outra proteína plasmática, globulina (substancia
renina ou angiotensina) liberando peptídeo com dez aminoácidos, a angiotensina I, que possui propriedades
vasoconstritivas, mas não são o bastante para causar alterações.
− O efeito da angiotensina II, nos rins, causa retenção de sais.
1. A constrição das arteríolas renais, diminui o fluxo sanguíneo pelos rins, diminui os capilares(pressão)
peritubulares, causando a rápida reabsorção.
2. É um potente estimulador da secreção da aldosterona pelas glândulas adrenais, assim que a
renina-angiotensina é ativada, a intensidade da secreção da aldosterona em geral também aumenta, pois tem
como função no aumento da reabsorção de sódio pelos túbulos renais. Causando assim a retenção de água,
aumentando o volume do liquido extracelular e causando de forma secundaria maior elevação da PA a longo
prazo.\
3. ECA= enzima conversora da angiotensina.

TONUS MUSCULAR:
− É o estado de tensão elástica (contração ligeira) que apresenta o musculo em repouso, e que lhe permite inicia a
contração após o impulso dos centros nervosos. Num estado de relaxamento completo (sem tônus), o musculo
levaria mais tempo a iniciar a contração.
− O tônus muscular pode apresentar alterado numa avaliação diagnostica. Quando o tônus muscular estiver
aumentado, musculatura rígida, denomina-se hipertonia. Quando o tônus se apresenta diminuído, musculatura
flácida, denomina-se hipotonia.
− Os músculos mantêm-se normalmente em um estado de contração parcial, o tônus muscular, que é causado pela
estimulação nervosa, é um processo inconsciente que mantém os músculos preparados para entrar em ação.
Quando o nervo que estimula um musculo é cortado, este perde o tônus e se torna flácido. Estados de tensão
emocional podem aumentar o tônus muscular, causando a sensação física de tensão muscular. Nesta condição,
gasta mais energia que o normal e isso causa a fadiga.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
− Inspiração: entrada de ar nos pulmões
− Expiração: saída de ar dos pulmões
− Musculo diafragma é essencial para que respiração aconteça, pois respira-se por diferenças de pressão. Quando
o diafragma contrai, ele se movimenta para baixo, e como a pleura dos pulmões está grudada no diafragma,
quando ele se rebaixa, acaba tracionando os pulmões junto com ele. E ao tracionar os pulmões, aumentando o
volume do sistema respiratório a pressão alveolar se torna menor do que a pressão que está na atmosfera e o ar
é puxado do meio de maior pressão para o meio de menor pressão.
− A inspiração tranquila ela é realizada quase que totalmente pelo musculo diafragma, sendo que os músculos
intercostais também podem ajudar elevando as costelas.
− Já a expiração passiva o diafragma simplesmente relaxa, e a própria retração elástica dos pulmões e da caixa
torácica comprimem os pulmões fazendo com que a pressão alveolar se torne superior a pressão atmosférica e o
ar então são empurrados para fora do sistema.
− Inspiração e expiração forçada, possuem músculos auxiliares para ajudar nesse processo. Por exemplo, numa
atividade física intensa, a sensação de estar ofegante, é de aumento da ventilação pulmonar para que o sangue
seja mais eficientemente oxigenado nos pulmões. Nesse momento acontece a inspiração forçada. Músculos
auxiliares são: músculos intercostais esternos, serráteis anteriores e os escalenos que possuem a principal
função de elevar as costelas. E também o esternocleidomastoideo que se inserem no osso esterno, quando se
contraem elevam o osso esterno e todos os músculos atuando junto ajuda a manter o funcionamento do sistema,
para que o ar entre mais rápido e com maior volume. Expiração forçada, como durante a tosse ou espirro,
músculos acessórios acabam ajudando por que a retração elástica dos pulmões e da caixa torácica não são
suficientes para expelir o ar com mais facilidade. Os músculos que ajudam comprimir o tórax e expelir o ar são os
músculos: abdominais e os intercostais internos.
− Depois que o ar que está na atmosfera entra no sistema respiratório, ele chega ate os alvéolos, onde o oxigênio
passa do alvéolo para o capilar sanguíneo, através da difusão, ou seja, do meio de maior concentração, nesse
caso o alvéolo, para o meio de menor concentração, nesse caso o sangue. Lembrando que, por aqui também
passa o co2 sentido inverso, ou seja, do capilar sanguíneo, para os alvéolos para depois ser exalado pelos
pulmões. O co2 também passa do sangue para os alvéolos por meio da difusão, porque ele está mais
concentrado no sangue, do que nos alvéolos.
− Hematose: transformação do sangue rico em gás carbônico, para o sangue rico em oxigênio. E esse fluxo de
gases ao passar dos alvéolos para o sangue ou vice e versa, precisa ultrapassar algumas barreiras para chegar
no seu local de destino. Essas barreiras são a parede do alvéolo, epitélio alveolar, o espaço intersticial, que fica
entre o alvéolo e o capilar sanguíneo e a parede do próprio capilar sanguíneo. Essas estruturas são chamadas
de barreiras ou membrana alvéolo-capilar.

MECANICA VENTILATORIA.
− Sob circunstancias normais, a inspiração é realizada quando a pressão alveolar diminui abaixo da pressão
atmosférica (0 cm H2O), é determinada como respiração com pressão negativa. Quando um gradiente de
pressão é suficiente para superar a resistência ao fluxo de ar oferecida pelas vias aéreas de condução é
estabelecida entre a atmosfera e os alvéolos, o ar flui para dentro dos pulmões.
− Já no caso da ventilação com pressão positiva é em geral utilizada em pacientes incapazes de geral um
gradiente de pressão entre a atmosfera e os alvéolos pela respiração normal com a pressão negativa.
− O equilíbrio de forças entre o pulmão e a cavidade torácica é mantida pela pressão negativa intrapleural.
− Rompimento do equilíbrio de forças entre o pulmão e a parede torácica- pneumotórax.
− A pressão pleural normalmente é negativa (-3 mmhg), assim os alvéolos são mantidos abertos. Se houver
perfusão da pleura, o pulmão colabará (sinônimo de colapso) devido a entrada de ar e o extravasamento do
liquido. Não haverá mais pressão negativa para unir as duas pleuras. Então a pleura parietal acompanha o
pulmão que vai colabar (colapso, estado anormal em que as paredes de um órgão, normalmente afastados,
entram em contato.
− Os alvéolos não são capazes de se expandir sozinhos por conta própria, eles se expandem passivamente em
resposta a aumentos da pressão de distensão através da parede dos alvéolos.
− Esse gradiente de pressão transmural aumentado, gerado pelos músculos da inspiração abre ainda mais os
alvéolos altamente distensíveis e, assim, diminui a pressão alveolar.
− Pressão alveolar=pressão intrapleural + pressão de retração elástica alveolar.
− Os músculos da inspiração atuam para aumentar o volume da cavidade torácica. A medida que os músculos
respiratórios contraem, o volume torácico expande, aumentando o estresse de distensão sobre os pulmões, e a
pressão intrapleural torna-se mais negativa. Portanto, o gradiente de pressão transmural (pressão transpulmonar)
aumenta tendendo a distender a parede alveolar, e assim, os alvéolos se expandem passivamente.
− O aumento do volume alveolar diminui a pressão alveolar e estabelece o gradiente de pressão para o fluxo de ar
no interior dos pulmões.
− Também não existem conexões entre os pulmões e as paredes das caixas torácicas, exceto onde esta suspenso
no hilo a partir do mediastino, região situada no meio da caixa torácica.
− Liquido pleural lubrifica o movimento dos pulmões dentro da cavidade

PRESSÃO ALVEOLAR
− É a pressão do ar dentro dos alvéolos pulmonares. Quando a glote está aberta e não existe fluxo de ar para
dentro ou para fora dos pulmões, as pressões em todas as partes da arvore respiratória, ate os alvéolos são
iguais a pressão atmosférica.
− Durante a expiração ocorre pressões contrarias.

PRESSÃO PLEURAL
− É a pressão do liquido entre a pleura parietal e visceral.
− A ventilação minuto é a quantidade total de novo ar levado para o interior das vias respiratórias a cada minuto. O
volume corrente normal é de cerca de 500 ml, e a frequência respiratória é de aproximadamente 12
respirações/minuto. Logo a ventilação minuto é em media 6L/dia

EXISTEM 4 VOLUMES PULMONARES E 4 CAPACIDADES PULMONARES.


▪ Volume corrente: é o volume de ar que entra ou sai do nariz ou da boca a cada respiração.
▪ Volume residual (Vr): volume de gás que permanece nos pulmões após uma expiração máxima forçada. O Vr
determinado pela forca gerada pelos músculos da expiração e pela retração elástica dos pulmões oposta por
retração elástica da parede torácica. A compreensão dinâmica das vias aéreas durante a expiração forçada
pode ser um determinante fator do Vr, devido o aprisionamento de gás que ocorre no interior dos alvéolos
quando as vias aéreas entram em colapso.
▪ Volume de reserva expiratório (Vre): é o volume de gás exalado dos pulmões durante uma expiração máxima
forçada que se inicia no final de uma expiração corrente normal.
▪ Volume reserva inspiratório (Vri): é o volume de gás inspirado para os pulmões durante uma inspiração
corrente
▪ Capacidade residual funcional (Crf): é o volume de gás que permanece nos pulmões ao final da expiração
corrente, de repouso.
▪ Capacidade inspiratória (Ci): é o volume do ar inalado para os pulmões durante o esforço inspiratório
máximo. É determinado pela força de contração dos músculos inspiratórios máximo que começa no final de
uma expiração corrente normal (Crf)
▪ Capacidade pulmonar total (Cpt): é o volume de ar nos pulmões após um esforço inspiratório máximo. É
determinado pela força de contração dos músculos inspiratórios e pela retração elástica dos pulmões e da
parede torácica.
▪ Capacidade vital (Cv): é o volume do ar exalado durante a expiração máxima forçada, começando após uma
inspiração máxima forçada.
− Ventilação alveolar: a importância fundamental da ventilação pulmonar é de renovar continuamente o ar nas
áreas de trocas gasosas dos pulmões, onde o ar está próximo à circulação sanguínea pulmonar. Essas áreas
incluem os alvéolos, sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios.
− Espaço morto: ar que não é útil para as trocas gasosas. Determinada área do pulmão é ventilada, mas não
perfundida e os gases que chegam aos alvéolos nestas regiões não podem participar das trocas gasosas e é
funcionalmente morto.

VIAS AEREAS INFERIORES


− Laringe
− Tranqueia
− Brônquios
− Bronquíolos
− Alvéolos
− Obs.: os três últimos localizados nos pulmões

LARINGE
− A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoço,
diante da quarta, quinta e sexta vertebra cervicais.
− Possui três funções:
1. Atua como passagem de ar durante a respiração.
2. Produz som, ou seja, a voz (fonação)
3. Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias.
− Na superfície interna, encontramos uma fenda anteroposterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas
pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e a prega vocal(cordas vocais verdadeiras)
− Ela é constituída de músculos, cartilagem e ligamentos
− Possui 3 cartilagens impares (cartilagem tireóidea, cricoidea, epiglótica) e 3 cartilagens pares (cartilagem
aritenoidea, cuneiforme e corniculada), ou seja, 9 peças de cartilagem
▪ Cartilagem epiglote: se fixa no osso hioide e na cartilagem tireoide. Ela é uma espécie de “porta” para o
pulmão, onde apenas o ar ou substancias gasosas entram e sem dele. Já as substancias liquidas e solidas
não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se para o esôfago.
▪ Cartilagem tireoide: consiste na cartilagem hialina e forma a parede antero e lateral da laringe, é maior nos
homens devido à influencia dos hormônios na fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas
apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos denominados cornos superiores e
inferiores.
▪ Cartilagem cricoide: localiza-se logo abaixo da cartilagem tireoide e antecede a traqueia.
▪ Cartilagem aritenoide: articula-se com a cartilagem cricoide, estabelecendo uma articulação do tipo diartrose.
Elas são mais importantes, porque influenciam as posições e tensões das pregas vocais (cordas vocais
verdadeiras)
▪ Cartilagem corniculada: situa-se acima da cartilagem aritenoide
▪ Cartilagem cuneiforme: é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada
correspondente, ligando cada aritenoide à epiglote.

TRAQUEIA
− Tubo que faz a continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se
situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.
− O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis de cartilagem incompletos para trás, que
são denominadas cartilagens da traqueia.
− Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, o epitélio é ciliado, facilitando a
expulsão de mucosidades e corpos estranhos.
− Interiormente a traqueia se bifurca, dando origem a brônquios principais: direito e esquerdo
− A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência anteroposterior que recebe o
nome de Carina da traqueia e serve para acentuar a separação dos dois brônquios.
PULMÃO
− Pulmão direito é mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma
é mais alto do lado direito para acomodar o fígado.
− Face diafragmática (face inferior):é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática
− Face costal (face lateral)
− Face mediastinal (face medial)
− Ápice do pulmão: voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta sulco percorrido pela
artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da
articulação esternoclavicular.
− Base do pulmão: a base do pulmão apresenta uma forma côncava apoiando-se sobre a face superior do
diafragma.
− Bordas do pulmão: borda anterior é delgada. Borda do pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo
coração. a borda posterior projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta
duas opções: 1. Uma é delgada e projeta-se costofrênico; 2. A outra é mais arredondada e projeta-se no
mediastino.
− Pulmão direito: constituídos por três lobos e por duas fissuras.
− Pulmão esquerdo: é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura obliqua.
Pulmão direito Pulmão esquerdo

Lobo superior: apical, anterior e posterior Lobo superior: apical posterior, anterior, Língula superior
e inferior

Lobo médio: medial e lateral Lobo inferior: apical(superior), basal anterior, basal
posterior, basal medial, basal lateral

Lobo inferior: apical(superior), basal anterior, basal


posterior, basal medial e basal lateral

− Hilo do pulmão: região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas
que chegam e saem dele. Tem-se: brônquios, artérias pulmonares, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais
e vasos linfáticos.
− A raiz do pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o nervo frênico e posteriormente com o nervo vago.

HISTOLOGIA PULMONAR

− Brônquios
▪ Mucosa: epitélio pseudoestratificado
cilíndrico ciliado à cilíndrico simples
com células caliciformes.
▪ Rico em fibras elásticas, tecido
conjuntivo frouxo
▪ Placas de cartilagem hialina
aparecem como ilhas entre o tecido
conjuntivo.
− Bronquíolos
▪ Mucosa: inicia-se com epitélio
cilíndrico simples ciliado com
algumas células caliciformes passa a cúbico simples intermitentemente ciliado.
▪ Tecido conjuntivo frouxo, ausência de cílios. Camada tecido muscular liso muito desenvolvido.

− Bronquíolos respiratórios: revestido com epitélio cubico situado sobre o tecido conjuntivo fibroelástico e musculo
liso.
− Alvéolos: sacos revestidos por epitélio plano simples sustentados por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas,
ricamente supridos por capilares.
− Pleura: serosa que reveste os pulmões: mesotélio, tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas

A traqueia bifurca-se em dois brônquios principais, que são os tubos de maior calibre da arvore brônquica.
Bronquíolos principais dividem-se em brônquios lobares (são os secundários)
No pulmão direito (bronqui lobo superior, médio, inferior)
Pulmão esquerdo (brônquio superior e inferior)
Cada um dos cinco brônquios lobares se divide em brônquios segmentares (que são os terciários)
Os bronquíolos possuem estruturas semelhantes à da traqueia, mas há variações. O epitélio colunar ciliado
pseudoestratificado. Tecido epitelial fibrocolágeno contendo quantidades variáveis de glândulas seromucosas.
Quantidade variável do musculo liso com fibras elásticas organizadas em fendas longitudinais.
Quantidade variável de anéis cartilaginosos parciais.

TIPOS CELULARES
− Células ciliadas: são colunares e na maior parte da arvore brônquica, possuem núcleo basal e lisossomos e
numerosas mitocôndrias
− Células basais: repousam sobre uma membrana basal
− Células intermediarias: células tronco em processo de transformação em células colunares ciliadas
− Células caliciformes: são mais numerosas nos brônquios principais e lobares
− Células neuroendócrinas: são localizadas na membrana basal. Elas secretam hormônios peptídeos ativos,
incluindo a bombesina e a serotonina. São numerosas no pulmão fetal.
− Musculo liso está presente nas paredes dos brônquios
− PNEUMATÓCITOS: pneumócitos tipo I representam 40% da população das células alveolares. Mas constituem
90% dos sacos alveolares e dos alvéolos.
− Os pneumócitos tipo I são células achatadas com núcleos delgados que são unidas por junção de oclusão
(impede a passagem de liquido), contem poucas mitocôndrias e organelas e seu citoplasma oferece um
revestimento muito delgado à membrana basal alveolar.
− Os pneumócitos tipo I tem a função de ligar as células vizinhas, seu epitélio é pavimentoso simples e também
são responsáveis pelas trocas gasosas.
− Os pneumócitos tipo II representa 60% da população alveolar, mas ocupam de 5 a 10% da superfície alveolar.
São células arredondadas grandes.
− A principal função do pneumócito tipo II é a produção do surfactante pulmonar. (responsável pela secreção do
liquido alveolar ou surfactante)
− Quando liberado pelo pneumócito II, o surfactante produz uma monocamada de revestimento interno na
superfície alveolar, com uma fase aquosa inferior e uma fase lipídica superficial.
− O surfactante age como um detergente reduzindo a tensão superficial alveolar, impedindo o colapso dos alvéolos.
Durante a expiração e facilitando a expansão durante a inspiração
− OBSERVAÇÃO: o pneumócito tipo II e o surfactante são primeiramente detectáveis nas 28 semanas de
gestação, se nascer prematuro antes desse tempo, causa a insuficiência do surfactante, isto leva ao colapso
alveolar com danos no pneumócitos tipo I, e é conhecida como a angustia respiratória infantil.
▪ Surfactante pulmonar: é um liquido que reduz de forma significativa a tensão superficial dentro do alvéolo
pulmonar, prevenindo o colapso durante a expiração.

MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO
− M. inspiratórios
▪ Os músculos da inspiração incluem o diafragma, os músculos intercostais externos e os músculos acessórios
da inspiração. O diafragma é o maior, é o musculo primário da respiração. Ele é inervado pelos dois nervos
frênicos, nervos que saem da medula espinal entre o terceiro e o quinto segmentos cervicais.
▪ As fibras musculares do diafragma, são inseridas no esterno e nas seis costelas inferiores. Além disso, o
diafragma também está ligado a coluna vertebral pelos seus dois pilares. As outras extremidades dessas
fibras musculares convergem em direção ao centro tendíneo, o qual também está ligado em sua superfície
superior ao pericárdio.
▪ E os escalenos aumenta e alarga a caixa torácica.
− M. expiratório
▪ A expiração passiva durante a respiração normal, de repouso e nenhum musculo respiratório contrai. Quando
os músculos inspiratórios relaxam, o aumento de retração elástica dos alvéolos distendidos é o suficiente
para diminuir o volume alveolar e aumentar a pressão alveolar acima da pressão atmosférica. Se estabelecer
um gradiente de pressão para o fluxo de ar para fora dos pulmões.
▪ A expiração ativa ocorre durante o exercício, a fala, tosse, espirro, etc.
▪ Os principais músculos são os músculos da parede abdominal e os musculo intercostais internos. Quando os
músculos abdominais contraem, eles aumentam a pressão abdominal e empurram o conteúdo abdominal
contra o diafragma relaxado, tracionando-o para cima em direção ao tórax. A contração dos músculos
intercostais internos deprime o gradil costal, de maneira oposta a ação dos intercostais externos. A expiração
ativa comprime o tórax e torna a pressão intrapleural positiva.

TROCAS GASOSAS

− A difusão simples do oxigênio e do dióxido de carbono ocorre através das camadas celulares (entre os alvéolos e
capilares pulmonares, ou entre os capilares sistêmicos e células)
− Considerando que a permeabilidade da membrana é constante, então três fatores influenciam na difusão dos
pulmões:
1. Área de superfície
2. Gradiente de concentração
3. Espessura da membrana
− A difusão efetua do gás ocorre da área de alta concentração para a área de baixa concentração.
− A inspiração força o ar passar pela traqueia, pelos brônquios e bronquíolos, ate os alvéolos. Extensa rede de
capilares pulmonares circunda todas as paredes dos alvéolos, o que permite a rápida difusão do oxigênio, do
alvéolo para o sangue pulmonar, e do gás carbônico do sangue para os alvéolos.

PRESSÃO PARCIAL
− As concentrações dos diferentes gases nos alvéolos são expressas em termos de pressão exercida por esse gás
isoladamente, o que é denominado de pressão parcial. Sendo o oxigênio, 104 mmHg e gás carbônico, 40 mmHg.
− A pressão é diretamente proporcional a concentração das moléculas de gás.
− A pressão do oxigênio no sangue que penetra nos capilares pulmonares é baixa, de apenas 40 mmHg. Como
resultado, o oxigênio difunde para o sangue pulmonar, até que sua pressão se iguale a 104 mmHg da pressão
parcial do oxigênio no ar alveolar.
− A pressão do gás carbônico, no sangue chega aos capilares pulmonares, é alta, de cerca de 45mmHg, de modo
que o gás carbônico difunde desse sangue para os alvéolos, até sua concentração se iguale aos 40 mmHg de
pressão parcial de gás carbônico no ar alveolar. Assim, o sangue pulmonar absorve o oxigênio e elimina o gás
carbônico.
− Quando a pressão parcial do gás nos alvéolos é maior do que no sangue, como ocorre no caso de oxigênio,
ocorre difusão resultante dos alvéolos para o sangue. Quando a pressão parcial do gás no sangue é maior do
que o ar dos alvéolos, como é no caso do dióxido de carbono, ocorre difusão do gás do sangue para os alvéolos.
▪ OBSERVAÇÃO: em um adulto jovem a capacidade de difusão do oxigênio, em condições de repouso é de 21
ml/min/mmHg. A diferença media de pressão do oxigênio através da membrana respiratória é de
aproximadamente 11 mmHg durante uma respiração normal.

TROCA DE GASES NOS PULMÕES E NOS TECIDOS


− Quando o sangue arterial alcança os capilares teciduais o gradiente é invertido.
− Quando o sangue atinge os capilares dos tecidos periféricos, o oxigênio se difunde para as suas células, visto
que elas estão utilizando o oxigênio de forma continua, o que mantém o teor de oxigênio muito baixo, da ordem
de alguns milímetros de mercúrio. De modo inverso, essas células produzem gás carbônico, também de modo
continuo, de forma que pressão celular do gás carbônico é bem maior do que a do sangue capilar, por
conseguinte, o gás carbônico difunde das células para o sangue, por onde é transportado para os pulmões.
− Com a Po2 é menor nas células e o oxigênio se difunde a favor do seu gradiente de pressão parcial do plasma
para as células.
− Inversamente, Po2 é maior nos tecidos do que no sangue capilar sistêmico devido a produção de CO2 durante o
metabolismo.
− O gradiente faz o CO2 difundir-se das células para os capilares
− Se a difusão de gases entre os alvéolos e o sangue é relativamente reduzida, isto chama-se hipofixia (estado de
pouco oxigênio)
− A hipofixia frequente, mas não sempre, é acompanhada de hipercapnia, que significa a concentração
alterada(elevação) de dióxido de carbono.
− Uma diminuição de Po2 alveolar, resulta em menos oxigênio entrando no sangue.
− A baixa pressão alveolar Po2, tem como principal fator a altitude.

TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE


− O efeito tampão altera o pH
▪ A hemoglobina é a proteína ligadora
de oxigênio nas hemácias(eritrócitos),
liga-se reversivelmente ao oxigênio.
▪ Hb+O2↔HbO2
− 98% do oxigênio estão ligados a
hemoglobina e são transportadas dentro
dos eritrócitos, o restante fica dissolvido no plasma.
− A pressão do oxigênio determina a ligação oxigênio-hemoglobina, pois nos capilares pulmonares, o O2 é
dissolvido no plasma fazendo com que mais oxigênio de difunda dos alvéolos para o plasma. A transferência do
oxigênio do ar alveolar para o plasma, para os eritrócitos e para a hemoglobina ocorre tão rapidamente que o
sangue nos capilares pulmonares capta oxigênio quanto a pressão do oxigênio no plasma e o numero de
eritrócitos permitirem.
− Uma vez que o sangue arterial alcance os tecidos, o processo de troca que acontece nos pulmões se inverte. O
oxigênio dissolvido se difunde para fora dos capilares sistêmicos e para as células e ocorre o decréscimo
resultante de pressão do oxigênio no plasma.
− A formação da Carbaminohemoglobina é facilitada pela presença de CO2 e H+, porque estes fatores diminuem a
afinidade da ligação da hemoglobina com o oxigênio. Ocorre em meio acido
▪ CO2+Hb↔Hb.CO2
− Resumindo: o oxigênio sai do plasma e vai para dentro dos alvéolos, e a Pco2 do plasma começa a cair. A
diminuição da Pco2 do plasma permite que o CO2 dissolvido se difunda para fora dos eritrócitos. Quando os
níveis de CO2 dos eritrócitos diminuem, o equilíbrio da reação CO2- HCO3- é alterado, deslocando-se para a
produção de mais CO2.
− A capacidade tamponante = a quantidade de ser ácido ou base que pode ser adicionada antes que o tampão
perca sua habilidade de resistir a mudança do pH.
− O oxigênio dissolvido no plasma (pO2 d plasma) é influenciado por composição do ar inspirado, ventilação
alveolar, difusão do oxigênio entre os alvéolos e o sangue e perfusão inadequada dos alvéolos( garante o correto
funcionamento celular; mecanismo pela qual as células do corpo e seus órgãos correspondentes são
“alimentados” com oxigênio e nutrientes)
− O conteúdo total de oxigênio no sangue arterial depende da quantidade de oxigênio dissolvido no plasma e do
ligado a hemoglobina.
− Processo
▪ O ar é inalado no interior das
narinas, onde nelas filtrando-o,
após o ar passar para a faringe,
durante o processo respiratório,
a epiglote permite a passagem
de ar de forma a não fechar a
abertura de acesso à laringe em
relação a glote. Em seguida, o
ar atinge a região da laringe.
▪ Imediatamente, o ar percorre a
traqueia, que se divide em dois
ramos chamados de brônquios,
um em direção ao pulmão
direito e outro ao esquerdo. Dos
brônquios partem números
bronquíolos e em suas
finalizações encontra-se os
alvéolos, que ocorrem as
chamadas hematoses, processo
em que os gases se difundem de acordo com o gradiente de concentração, ou seja, do meio de maior
concentração para o meio de menor concentração. Sendo assim, o maior teor de gás carbônico presente no
sangue venoso se difunde dos capilares pulmonares para o interior dos alvéolos, e o de maior teor de
oxigênio se difunde para os capilares pulmonares, onde o O2 é assimilado pelos íons de ferro presente na
molécula chamada de hemoglobina que esta contida as hemácias.
▪ Após o gás carbônico ser eliminado pela expiração, efetuando o processo inverso da inspiração.
▪ Na situação de concentração do diafragma(deslocando-se) para baixo e relaxamento dos músculos
intercostais (expansão das costelas), a cavidade torácica tem seu volume aumentado, na qual apresenta uma
baixa pressão no interior do pulmão, o que resulta na entrada de ar (rico em oxigênio)
▪ Na situação de relaxamento do diafragma (deslocando-se para cima) e contração dos músculos intercostais
(retração das costelas), a cavidade torácica tem seu volume diminuído, apresentando alta pressão no interior
do pulmão, resultando na saída de ar(rico em gás carbônico).

QUIMIORRECEPTORES
− Centrais (localizados na porção ventral do bulbo, próximos aos neurônios envolvidos no controle respiratório)
▪ Estes receptores são sensíveis as alterações do CO2 e H+ sanguíneos.
▪ Aumentam a atividade respiratória
▪ CO2 e H+: aumento da excitação dos quimiorreceptores é mais afetada pelo aumento do CO2 no liquido
cefalorraquidiano, pois passa fácil pela barreira hematoencefálica isso altera o H+ (diminuindo o pH)
− Periféricos (localizados nos corpos carotídeos e aórticos)
▪ Estes são mais sensíveis às variações de pressão do oxigênio, no pH e na pressão do gás carbônico do
plasma.
▪ Estes corpos carotídeos e para-aórticos estão localizados próximos aos barorreceptores envolvidos no
controle reflexo da pressão sanguínea.
▪ Outros fatores que afetam a respiração:
1. Temperatura corporal: causa o aumento da ventilação, quando há aumento na pressão do CO2 ou diminuição
da pressão do O2. Efeito indireto, via metabolismo ou direto do centro respiratório.
2. Ofegar: para perda de calor: pele não possui glândulas sudoríparas (impede a perda de calor por evaporação)
3. Temperatura corporal hipotálamo aumenta o centro do ofegar (relacionado ao centro pneumatáxico).
Ofegar causa a queda superficial da pressão do CO2 no corpo.

CENTRO RESPIRATÓRIO
− Se compõe de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral
− Divide-se em três agrupamentos principais de neurônios:
1. O grupo respiratório dorsal, situado na porção dorsal do bulbo, responsável principalmente pela inspiração;
(área apneustica)
2. Grupo respiratório ventral, localizado na parte do ventrolateral do bulbo, encarregado basicamente da
expiração;
3. Centro pneumatáxico, encontrado na porção dorsal superior a ponte, essencialmente controla a frequência e
amplitude respiratória
− Grupo respiratório dorsal
▪ Em grande parte, situa-se no interior do núcleo do trato solitário (NTS). Este corresponde à terminação
sensorial do nervo vago(X) e glossofaríngeo (IX) que transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório.
− Sinal inspiratório em “rampa”
▪ É o sinal nervoso, transmitido para os músculos inspiratórios, principalmente para o diafragma, não
representa surto instantâneo dos potenciais de ação. Esse sinal inibe um débil com elevação constante de 2
segundos.
▪ Então o sinal representa interrupções abruptas durante aproximadamente os próximos 3 segundos, o que
desativa a excitação do diafragma e permite a retração elástica dos pulmões e da parede torácica,
produzindo a expiração. Em seguida inicia-se outro ciclo.
▪ A vantagem da “rampa” está na indução de aumento constante do volume nos pulmões durante a inspiração.
1. O controle de velocidade auxilia durante a respiração mais intensa, a rampa aumenta com rapidez e
promove a expansão rápida dos pulmões.
2. Quanto mais rapidamente a expansão for interrompida, menor será a duração da expiração.
Consequentemente ocorre um aumento da frequência respiratória
− Centro pneumatáxico limita a duração da inspiração e aumenta a frequência respiratória
1. O efeito primário desse centro é controlar o ponto de “desligamento” da rampa inspiratória. Controlando
assim, a duração da fase de expansão do ciclo pulmonar.
2. Essa ação de limitar a inspiração, apresenta um efeito secundário de aumento de frequência respiratória,
já que a limitação da inspiração também reduz a expiração e o ciclo total de cada movimento respiratório.
− Grupo respiratório ventral dos neurônios
▪ Permanecem quase que totalmente inativos durante a respiração normal e tranquila. Portanto, esse tipo de
respiração é induzido apenas por sinais inspiratórios dorsais transmitido principalmente pelo diafragma, e a
expiração resulta na retração elástica
▪ Não participam da oscilação rítmica básica responsável pelo controle da respiração
▪ A estimulação elétrica de alguns neurônios no grupo ventral provoca a inspiração, enquanto a estimulação de
outros leva a expiração.
▪ Eles são importantes na provisão de sinais expiratórios vigorosos para os músculos abdominais, durante a
expiração muito intensa.
▪ Assim, essa área atua mais ou menos como mecanismo suprarregulatório, para que quando ocorrer
necessidade de alto nível de ventilação pulmonar, particularmente durante a atividade física intensa.
▪ Portanto, esses neurônios contribuem para a inspiração e expiração.
Área apneustica: é uma rede de neurônios que ainda possui sua função principal desconhecida.
Acredita-se que esse centro auxilie o centro pneumatáxico controlando a profundidade da inspiração.

HOMEOSTASE
− É a tendência a resistir as mudanças, a fim de manter um ambiente interno estável, relativamente constante.
− Envolve ciclos de retroalimentação negativa (feedback negativo) que neutraliza mudanças de varias propriedades
e seus valores-alvo conhecidos como ponto de ajuste.
− Assim quando ocorre a retroalimentação positiva amplia os estímulos iniciadores, como se movessem o sistema
para “longe” do estado inicial.
− Organismo em homeostase:
1. Mudança interna e externa: mudança resulta em perda de homeostase. Isto desencadeia respostas de
compensação.
2. No caso da interna, há sucesso na compensação e resulta em saúde
3. No caso da externa, há falha na compensação e resulta em doença
− Controle homeostático: sequencias de estímulos-resposta conhecidos como reflexos.
▪ Centro integrador (via eferente) efetor resposta retroalimentação negativa estimulo(inicio)
receptor (via aferente) centro integrador.
▪ Centro integrador, são células nervosas especificas do cérebro. Por meio delas estimula a via aferente que
são: os músculos lisos dos vasos sanguíneos e cutâneos, neles há perda de calor. Já no musculo
esquelético, ocorre a contração e tremores, logo, há aumento na produção de calor. Nesse momento ocorre a
retroalimentação negativa. Então, o inicio se dá por meio da queda da temperatura corporal, que estimula as
terminações nervosas sensíveis à temperatura. Estas fazem parte da via aferente.
− Controle do pH
1. Acidose sanguínea: o pH é compensado por uma alta excreção renal de H+ e, com isso, reabsorção de
bicarbonato renal para o sangue, onde ele tampona o excesso de H+. se for acidose metabólica, a
compensação se dá pelo sistema respiratório (hiperventilação)
2. Alcalose sanguínea: ocorre uma compensação renal através de pouca excreção de H-, que fica na corrente
sanguínea e tampona o excesso de bicarbonato. E a alcalose metabólica é compensada por hipoventilação
ou espirometria em circuito fechado (respirar num saco de papel)
− Transporte pela membrana capilar renal: a filtração é o transporte em massa de um liquido com seus pequenos
solutos dissolvidos através de uma membrana
1. Uma diferença de pressão hidrostática entre os capilares glomerulares e capsula de Bowman promove a
filtração
2. Pelo fato de não haver gradientes de concentração para os íons inorgânicos, a glicose, aminoácidos e a
insulina, as concentrações do plasma e do ultrafiltrado no espaço de Bowman são as mesmas.
3. A carga filtrada é proporcional as forcas que afetam a filtração, a saber as diferenças de pressão hidrostática.
− Sistema de transporte da membrana basolateral (abluminal)
1. Transporte ativo primário, a bomba de sódio e potássio transporta Na+ contra o potencial eletroquímico a
partir do interior da célula e manem uma baixa concentração de Na+ intracelular.
2. Difusão facilitada, envolve o transporte passivo de proteína transportadora de uma região de mais para
menos concentrada
3. Transporte de Na+, é o efluxo através das células.
− Sistema que transporta a membrana apical (adluminal)
▪ A superfície do epitélio renal do túbulo proximal difere das outras membranas, logo a difusão simples não
desempenha um papel significativo no transporte de íons. O movimento de Na+ através da membrana,
influxo, é favorecido pelo gradiente eletroquímico.
− Transporte mediado por transportador ativo secundário
▪ O transporte de Na+ ao longo de seu gradiente fornece energia para o transporte ativo e outros solutos.
Depende da transferência sequencial de um segundo soluto. Há dois tipos de mecanismos dependentes de
Na+:
▪ Cotransporte (simporte): quando o segundo soluto é transportado na mesma direção do primeiro
▪ Contra o gradiente (antiporte): o segundo soluto é transportado na direção oposta do primeiro.
− Para que ocorra o reflexo frente a um estimulo e uma subsequente reposta é muito importante que exista uma
comunicação entre os hormônios (sangue “entrega” e os neurotransmissores.

SISTEMA URINÁRIO.
− O sistema excretor é responsável por garantir que diversas substancias encontradas em excesso no corpo e os
produtos tóxicos do metabolismo sejam eliminados. A maior parte dessas substancias é gerada a partir do
metabolismo das células, como a ureia e a creatina. Forma um conjunto de órgãos que produzem e excretam a
urina. Contribui efetivamente para a homeostase por meio da produção da urina. Os rins fazem o principal papel
do sistema urinário, as outras partes do sistema são basicamente vias de passagem e áreas de armazenamento.
− Funções dos rins
▪ Regulação da composição iônica do sangue
▪ Regulação do pH do sangue: os rins excretam uma quantidade variável de H+ na urina e conserva o
bicarbonato
▪ Regulação do volume do sangue: ajustam o volume do sangue, eliminando ou conservando o volume de
água na urina.
▪ Regulação da pressão arterial: secretam a enzima renina, o seu aumento faz com que aumente a PA.
▪ Manutenção da osmolaridade do sangue: regulam separadamente a perda de água e solutos na urina, os rins
vão manter uma osmolaridade.
▪ Produção de hormônios: calcitriol, a forma ativa da vitamina D, ajuda a regular a homeostasia do cálcio e do
fosforo no organismo, e a eritropoietina, estimula a produção de hemácias.
▪ Regulação e concentração sanguínea de glicose: liberam glicose no sangue para ajudar a manter uma
concentração sanguínea normal
▪ Excreção de resíduos e substancias estranhas
− Funções do sistema urinário
▪ Os ureteres transportam urina dos rins para a bexiga, esta armazena a urina. A uretra elimina a urina do
corpo
− Anatomia, histologia, embriologia renal
▪ Os rins são órgãos pares, localizados acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome
▪ Rim direito é mais baixo que o esquerdo, porque o fígado ocupa o lado direito acima do rim.
▪ Em sua parte côncava, encontra-se a fissura vertical, chamada de hilo renal, parte pela qual o ureter emerge
do rim junto com os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.
▪ É derivado do mesoderma especial: o mesoderma intermediário, tendo a sua formação no inicio da 4 semana
de gestação envolvendo os 3 tipos de rins, o proefro, mesonefro, metanefro
▪ No inicio os rins estão na pelve, porem com o crescimento da pelve e do abdome do embrião, os rins se
localizam

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