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01- Há quanto tempo você atua nessa área?
Assim, na saúde mental, eu estou faz 12, 13 anos.No caso,
aqui em Horizonte, em maio do ano que vem vai fazer 10 anos.O meu primeiro contato direto trabalhando na saúde mental, foi na época de estágio.Eu estava no 7,8 período da faculdade não vou lembrar que ano que era esse,eu acho que era 2009, 2010.Que eu estagiei no hospital de custódia, que era o Conjuiciário, que fechou recentemente,e aí eu passei um ano, um ano e meio estagiando lá, na época que saiu o concurso aqui de horizonte, acho que foi 2010, que saiu o edital.Em 2011 eu fiz a prova e aí eu fui chamada do final de 2013.
02- Por qual motivo você escolheu atuar como profissional
no Cras?
Desde essa minha experiência de estágio, eu me encontrei
na saúde mental,eu já estava terminando o curso de psicologia e eu não me via em outra área.Eu já tinha visto alguns colegas, mas eu não me identificava em nenhuma área,E aí eu comecei a estagiar no Hospital psiquiátrico, em que, todas as dificuldades possíveis a imaginar que o ambiente tinha,por ser um hospital de custódia,eu gostei muito da experiência.E aí quando eu terminei o estágio, fui trabalhar em alguns lugares, sempre na área da assistência, sempre em Cras.E aí eu gostava, mas realmente eu já me identificava mais com a saúde mental.
03- Como você enxerga a sua contribuição profissional para
a sociedade no geral? No mundo que a gente vive atualmente, que as pessoas, a sociedade ela é muito mediatista,a gente ver o capitalismo, vender soluções rápidas,em um final de semana você vira especialísta na mente.Os remédios, eles prometem resultados muito rápidos,e a gente sabe que tem muitas coisas na vida que não se resolvem com essa agilidade.E a citologia vem justamente com esse objetivo, com essa proposta de compreender melhor os fenômenos,e ajudar as pessoas a descobrir o seu caminho, a sua forma de resolver aquela situação,não existe uma receita no mundo que vai ajudar todos. Nós trazemos muito esse papel da reflexão.
04-Quais os maiores desafios para a sua atuação nessa
área?
Nossa, são muitos.A saúde de metal, existe um estigma
muito grande em relação à saúde de mental acredito que no mundo todo, é visto como algo ruim, falar de coisas tristes.Falar de morte, de sofrer, de chorar, de luto.Isso é algo abafado,silenciado, Inclusive pelos profissionais da saúde.A gente vive uma cultura que exalta, nós estarmos felizes sempre,e a tristeza ela faz parte da vida.E a gente vive uma cultura que não quer falar muito disso,Por conta disso, os governos em geral, eles não têm um bom investimento financeiro na Saúde Mental.
05- Como você atua em relação à família do paciente, que
está em tratamento e precisa de um amparo maior?
A gente ampara e atende também.Normalmente, a gente
percebe que o paciente mais grave, ele tem uma evolução melhor quando ele tem o apoio da família, quando ele não tem o apoio da família, as coisas não andam.Porque é uma pessoa que vai precisar de suporte,É uma pessoa que vai precisar de quem cuide em casa.E quando a família tem essa compreensão, tudo fica mais fácil,por mais grave que o caso seja.Mas quando a família não tem essa compreensão, ou quando a família também está muito adoecida, é muito difícil.Enfim, é muito complicado.
06-Quais recursos é utilizada para a expansão do acesso a
esse atendimento?
É o psicosocial.Quando o CAPS foi criado, na verdade
quando o SUS foi criado, ele foi criado com um projeto, a proposta do SUS é um serviço de base comunitário, de base territorial.Então a gente precisa trabalhar muito com ações fora do prédio.A ideia é que se trabalhe muito isso.E na teoria é uma coisa muito linda,só que na nossa formação é muito falha.
07- Você poderia detalhar como funciona o atendimento,o
acolhimento, o acompanhamento, o cuidado e a alta em alguns dos casos ?
Aqui no caps a questão do acolhimento funciona
atualmente de maneira que não agendamos o primeiro atendimento mas fica uma pessoa sobre aviso e aí ela vai receber as ocorrências do dia,Então todo mundo que procurou serviço pela primeira vez que chegar por acaminhamento ou que já é paciente mas há muito tempo não vem ou que tem uma consulta marcada por mês, veio mas eu hoje porque não tá sentindo bem essa pessoa vai ser ouvida por um profissional que ta no dia, Esse profissional que pode ser ou psicólogo, ou assistente social, enfermeiro ou farmacêutico, todas as categorias que trabalham aqui podem ouvir nesses casos menos o médico.E aí nesse acolhimento que é um dos momentos assim mais delicados, é um momento que você vai filtrar a demanda é um momento que você vai tentar conhecer dentro do período de tempo reduzido o que é que aquela pessoa com a necessidade dela.E aí a partir do momento que as demandas são metificadas as pessoas elas são agendadas.
Porque aí quando eu ia atender não é porque eu queria um
um áudio para o NSS Quem dá lá para o NSS é o médico tem que marcar a lista médica não é porque eu fui um aninho aqui ele tem às vezes minha mãe trazia criança porque a gente não tinha criança que tinha algum grau de déficit cognitivo acho que na criança tem que falar e aí não, a gente já é que me apreu para terapia opacional e aí agora como é que se faz?Quando é marcado quando o profissional está na acolhimento sério, é nessa demanda para a psicologia normalmente ele conversa com os psicólogos ou faz os encaminhamentos ajudando rapidamente o porquê com a história e aí a gente vai e marca essa avaliação da psicologia se for um caso de ficar acompanhando a gente marca os retornos a gente mesmo marca os retornos porque tem paciente que a gente vai ver toda semana que a gente vai ver quinzenal tem paciente que vincua com a gente mas que não tem essa demanda para a psicoterapia você atende só para ver como é que está e aí na fulano, conseguiu trabalhar e conseguiu e... e aí esse amendamento fica direto para que a gente possa fazer um gerenciamento melhor dessa agenda é muito parecido com... nesse sentido, se parece com a clínica porque o profissional passa para a agenda quando é grupo, não quarta-feira, quinzenal, tem um grupo de mulheres a pessoa que vai marcar ela já é agendado por um cartão dela só os atendimentos individuais é que são feitos direitamente com um psicólogo qual a caixa de danela assim não era o acompanhamento não era na aula a da aula tem a alta da psicologia e tem a alta do serviço normalmente uma alta do serviço ela é mais difícil mas por conta de toda a falta do não existe um suporte em saúde mental tão bom no município que for um carro por exemplo, não tem essa é uma crítica que eu faço desde sempre o que funciona em horizonte funciona é ser subúlbico é coisas da prefeitura a gente não vê, é muito difícil se uma associação há algum até as cores de cultura, de dança de esporte que tem é da prefeitura a gente não vê e aqui tem muita empresa e as empresas elas não investem as não investem no município então tudo que é de melhoria acaba vindo do poder público então por uma pessoa ela tem a alta do carros por exemplo,
08- Quais são os casos mais atendidos no caps?
O que surge muito aqui è doencas mentais relacionada ao
trabalho por ser uma cidade com muitas indústria,muito que tem cobrança no trabalho, tem muitas situações relacionadas à violência casos de síndrome ansiosa, ou seja de pessoa q perderam familiar tentativa de suicidio. 09 - cabra e outras drogas e a poucos mesmos a gente inaugurou o cabos infantil que fica ali para a comunidade você já viu tipo de paciente para uma razão o cabos não consegue manter a entrada muito que ele não consegue não tem tratamento olha, é difícil acontecer mais tempo que são aquelas pessoas tem passagem de assim que ele diz que quer se tratar mas ele não quer tem situação assim, aquela pessoa que você que não toma medicação, que é pra vir para as consultas e não vem que é pra participar das atividades e não vem aí só vem, quando está muito, muito, muito mal e tem uma demanda que está crescendo muito agora que são demandas que vem do ministério público e aí são demandas que a princípio nem são demandas no cabos são situações que por algum motivo a pessoa, a justiça entende que está tendo um serão direito tendo a violado tipo uma mãe que tem um filho com algum tipo de retardo mas não leva um filho para as consultas por meio de mês e a gente receba a notificação do ministério público e acaba que fica muito complicado atuar nesses casos, por quê?
porque a princípio serve uma atuação pra escolha jurídica
né, porque assim a gente não obriga a gente não tem como brigar para as pessoas tratar e se cuidar para a pessoa e para a família se a pessoa diz não, não quero, muito obrigada né, acontece a pessoa não quer muito obrigada se é uma situação que a gente percebe que a negligência da família a família deveria estar cuidando porque a pessoa está muito doente mas a família não aceita a gente acender o ministério como que é o ministério, vamos poder colaborar né, que ela deveria ter como obrigar a pessoa e agora poner a pessoa, ela está orientada está no juízo, na mão dela ela olha e não quer ou então é um menor de idade no caso a mãe chega e diz olha, eu não quero para mim eu fico com a gente vai fazer né, a gente não tem a gente não tem como fazer e tem situações de pessoas que têm um comportamento excêntrico estranho que alguns consideram o comportamento não é normal mas é uma pessoa que não acredita em ninguém não faz mal para ninguém, não faz mal a si mesmo está ali vivendo andando seu abacaxi você vai lancer no pescoço e fala assim, não está falando nada e já é uma situação assim, parecida que a promotoria no instagram pediu para a gente intervir a gente vai fazer o que né, porque a pessoa não está fazendo mal a ninguém porque assim, o que é considerado um transtorno mental grave o que é quando a pessoa ela corre risco de vida ou ela está colocando outras pessoas em risco de vida o mais estranho é excêntrico, que seja o comportamento dela se isso não está acontecendo ela vive a vida dela trabalha, tem as propões de renda não coloca ninguém risco não coloca um outro risco então assim, é estranho, mas parece mais que cabe a gente respeitar principalmente quando essa pessoa ela recusa então ela recusa qualquer tipo de intervenção, a gente não tem como brincar a essa pessoa a entrar nos parametros da normalidade e aí chegam muitas situações assim, de intervenções do Ministério Público normalmente a gente faz uma visita mas a gente não tem como tratar que eles acartam o Ministério Público olha, eles recebem o relatório normalmente eles pedem uma segunda visita porque assim, eles não tendem como escutar porque eles falam muito que o relatório chega assim eu quero uma visita mande o relatório dizendo como é que está a situação da dona a gente faz uma visita faz um atendimento se é uma imustração que a gente pode interver a gente faz um relatório dizendo como está e dizendo quase que a gente vai tomar toda a situação que não tem como a gente tem que informar tal jeito, tal coisa e aí às vezes eles mandam de volta ah, eu quero que faça uma nova visita e aí a gente informa olha, o Cato não tem como obrigar quem tem poder de polícia é a Justiça o Diabla não tem e fica até meio contraditório se era eles que eram para obrigar e porque é que falta porque é que volta, a gente vive assim e é meio contraditório a gente vive é