Escrita-Remix - Pop Art
Escrita-Remix - Pop Art
Escrita-Remix - Pop Art
CINEMA E AUDIOVISUAL
TEORIAS E ESTÉTICAS DA ARTE
1º SEMESTRE/ 2023
● Antecedentes históricos
A integração da arte e da cultura popular (como outdoors, embalagens e anúncios
impressos) começou muito antes dos anos 1950.
O artista espanhol Pablo Picasso, já na década de 1910, brincou sobre o nosso
caso de amor com as compras, criando uma mulher a partir de um rótulo e anúncio
da loja de departamentos Bon Marché, em 1913. Enquanto a obra não pode ser
considerada a primeira colagem Pop Art, certamente plantou as sementes para o
movimento.
● Influência do Dadaísmo
O pioneiro do Dadaísmo, Marcel Duchamp, impulsionou ainda mais a manobra
consumista de Picasso, introduzindo objetos produzidos em massa numa exposição
artística: porta-garrafas, pá de neve, mictório (de cabeça para baixo). Ele chamou
esses objetos de Ready-Mades, uma expressão anti-arte que pertencia ao seu
movimento.
Os primeiros artistas “pop” seguiram o exemplo de Duchamp na década de 1950,
selecionando imagens propositalmente populares, sem preocupação intelectual,
durante o auge do Expressionismo Abstrato.
As obras Two Beer Cans (1960), de Jasper Johns e Bed (1955), de Robert
Rauschenberg, são dois exemplos. Esses trabalhos foram denominados como
“Neo-Dada” durante seus anos de formação. Hoje, podemos chamá-los de Arte
Pré-Pop ou Arte Pop Antecipada.
● Pop Art
O lugar da arte sempre foi um tema extensamente debatido entre críticos,
apreciadores, pesquisadores e os próprios artistas. Durante um bom tempo, o
mundo da arte foi pensado como uma esfera autônoma, regida por seus próprios
códigos e fruto de uma criatividade centrada na individualidade do artista. Contudo,
principalmente a partir do século XX, notamos que essa separação entre a arte e o
mundo veio perdendo força na medida em que movimentos diversos buscaram
quebrar tais limites."
Na década de 1950, observamos a formulação de um movimento chamado de “pop
art”, como uma forma de reação ao expressionismo abstrato. Essa expressão,
oriunda do inglês, significa “arte popular”. A expressão foi criada pelo crítico
Lawrence Alloway durante encontros de um grupo de artistas, o "Grupo
Independente". Depois, espalhou-se durante os anos de 1960, atingindo seu auge
em Nova York. Os livros de história da arte tendem a afirmar que a colagem do
artista britânico Richard Hamilton “Just What Is It that Makes Today’s Home So
Different and So Appealing (1956) ?” mostrou que a Pop Art já estava em cena.
A colagem apareceu no programa “This Is Tomorrow na Whitechapel Art Gallery”,
em 1956. Assim, podemos dizer que esta obra de arte e esta exposição marcam o
início oficial do movimento, embora os artistas tenham trabalhado nesse tema
anteriormente em suas carreiras.
Ao contrário do que parece, essa arte popular que define tal movimento não tem
nada a ver com uma arte produzida pelas camadas populares ou com as noções
folcloristas de arte. O “pop art” enquanto movimento baseou-se, em grande medida,
na estética da cultura de massas, a mesma criticada pela Escola de Frankfurt, da
cultura feita para as multidões e produzida pelos grandes veículos de comunicação,
o movimento influenciou muito no grafismo, design, quadrinhos e na moda.
Esse movimento apareceu em um momento histórico marcado pelo reerguimento
das grandes sociedades industriais outrora afetadas pelos efeitos da Segunda
Guerra Mundial. Dessa forma, adotou os grandes centros urbanos norte-americanos
e britânicos como o ambiente para que seus primeiros representantes tomassem de
inspiração para criar as suas obras. Peças publicitárias, imagens de celebridades,
logomarcas e quadrinhos são algumas dessas inspirações.
Ao envolver elementos gerados pela sociedade industrial, a “pop art” realiza um
duplo movimento capaz de nos revelar a riqueza de sua própria existência. Por um
lado, ela expõe traços de uma sociedade marcada pela industrialização, pela
repetição e a criação de ícones instantâneos. Por outro, questiona os limites do
fazer artístico ao evitar um pensamento autonomista e abranger os fenômenos de
seu tempo para então conceber suas criações próprias.
Os integrantes da “pop art” conseguiram chamar a atenção do grande público ao se
inspirar por elementos que em tese não eram reconhecidos como arte, ao levar em
conta que o consumo era marca vigente desses tempos. Grandes estrelas do
cinema, revistas em quadrinhos, automóveis modernos, aparelhos eletrônicos ou
produtos enlatados foram desconstruídos para que as impressões e ideias desses
artistas assinalassem o poder de reprodução e a efemeridade daquilo que é
oferecido pela era industrial.
● Características
O Pop Art é um movimento artístico que se caracteriza pela reprodução de temas
relacionados ao consumo, publicidade e estilo de vida americano (american way of
life).
O uso de imagens da cultura popular nos anúncios publicitários, histórias em
quadrinhos, desenhos de revistas, fotografias, latas de refrigerante, embalagens de
alimentos, entre outros, eram as bases para as criações artísticas do pop art.
A repetição de uma mesma imagem várias vezes em cores diferentes, vivas e
inusitadas era outra marca desse estilo artístico, que tentava dar um tom irônico às
mensagens transmitidas pelas obras.
Os materiais mais usados pelos artistas da pop art eram derivados das novas
tecnologias que surgiram em meados do século XX. Gomaespuma, poliéster e
acrílico foram muito usados pelos artistas plásticos deste movimento.
Também destacavam-se como as principais características:
● Bibliografia
➢ Pop Art: obras, características e principais artistas - Toda Matéria
➢ Pop Art. A Pop Art e as manifestações da cultura de massa
➢ Pop Art - Artes Enem | Educa Mais Brasil
➢ Pop Art - o que é, técnicas, resumo e características - Sua Pesquisa
➢ Pop Art: contexto histórico, características e artistas - Movimentos - ArteRef
➢ Pop Art e suas influências atemporais - Lab Dicas Jornalismo