Trabalho de Geologia Historica.
Trabalho de Geologia Historica.
Trabalho de Geologia Historica.
Integrantes do grupo 6
1. Antônio yanga
2. Alfredo Mendes
3. Fernando Gregório
4. Inês Pedro
5. Izildo Alfredo
6. Palmira Barbosa
7. Sebastiao cabendo
SAURIMO 2024/2025
UNIVERSIDADE LUEJI A'NKONDE
LUNDA NORTE ◊ LUNDA SUL ◊
INSTITUTO POLITÉCNICO DA LUNDA SUL
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE ENGENHARIA
GRUPO Nº 6
Trabalho de investigação
cientifica apresentado, a
universidade Lueji A´Nkonde, como
requisito para avaliação na cadeira
de Geologia Histórica. Sobe
orientação da Engª. Madalena
Caji.
SAURIMO 2024/2025
1. INTRODUÇÃO
O debate entre fixistas e mobilistas representa uma das controvérsias mais marcantes
na história da geociência. Esse conflito ideológico, que perdurou por décadas, influenciou
diretamente o entendimento da dinâmica da crosta terrestre, impactando a forma como
os fenômenos geológicos eram interpretados. Este trabalho visa explorar a terceira etapa
desse debate, entre 1910 e 1960, focando nas principais teorias que moldaram a
geotécnica e estabeleceram as bases para o desenvolvimento da teoria da tectônica de
placas.
Justificativa do trabalho:
Objetivos:
Objetivos Específicos:
Metodologia:
3.
Os fixistas.
Fixismo é a teoria que afirma que as grandes estruturas da Terra, como continentes e
oceanos, são estáveis e mantêm sua posição ao longo do tempo. Segundo essa visão, as
montanhas e as formações geológicas se originam de processos verticais, como o empuxo
e a subsidência (afundamento de terras), e não de movimentos horizontais de massas
continentais. Essa teoria foi a principal abordagem nas ciências geológicas até o início do
século XX, sendo amplamente aceita em virtude da falta de evidências que sustentassem a
mobilidade dos continentes.
Os fixistas acreditavam que as principais características da superfície terrestre
montanhas, oceanos e continentes eram essencialmente estáveis e permanentes e que
essas formações resultavam de processos verticais, como subsidência (afundamento) e
soerguimento (elevação), em vez de movimentos horizontais de massas continentais. Essa
perspectiva dominou a geologia até meados do século XX, sustentada pela ideia de uma
Terra estática.
O Fixismo, foi uma doutrina amplamente aceita no século XVIII, que sustentava que
todas as espécies foram criadas tal como são por poder divino, e permaneceriam assim,
imutáveis, por toda sua existência, sem que jamais ocorressem mudanças significativas na
sua descendência. Dessa forma, a mudança não era uma regra.
4.
Principais evidencias do fixismo
Continentes e Oceanos como Estruturas Permanentes
5.
Rejeição da Deriva Continental
A ideia de que os continentes poderiam "derivar" por sobre a crosta oceânica foi
amplamente rejeitada pelos fixistas, que viam a crosta terrestre como uma estrutura
rígida e indivisível. Para eles, a estabilidade e permanência dos continentes eram
fundamentadas nas propriedades da litosfera, que eram consideradas demasiado rígidas
para permitir movimentos horizontais em grande escala.
A visão fixista de uma Terra estática permaneceu dominante até que estudos
paleomagnéticos, evidências de expansão do fundo oceânico, e a distribuição de
atividades sísmicas e vulcânicas começaram a indicar que a litosfera terrestre era muito
mais dinâmica do que se imaginava. Essa nova compreensão, que culminou na aceitação
da teoria da tectônica de placas, revolucionou o entendimento da geologia e consolidou o
mobilismo como o novo paradigma científico.
6.
Mobilistas
O mobilismo propõe que os continentes não são estáticos, mas se movem pela
superfície terrestre. Essa teoria ganhou força com o trabalho do meteorologista Alfred
Wegener em 1912, ao sugerir a hipótese da deriva continental. Wegener observou que os
continentes pareciam se encaixar como peças de um quebra-cabeça, além de apresentar
semelhanças paleontológicas e geológicas entre continentes atualmente separados por
oceanos, como a América do Sul e a África. Embora inicialmente desacreditada por não
oferecer um mecanismo claro para o movimento dos continentes, a teoria mobilista
ganhou força nas décadas seguintes com novas descobertas, como o paleomagnetismo e
a tectônica de placas.
7.
Evidencias da teoria do mobilismo
A teoria do mobilismo começou a ganhar aceitação ao longo do século XX com a
convergência de evidências provenientes de diferentes campos de pesquisa, que juntas
corroboraram a ideia de uma Terra dinâmica e em constante movimento. Três
descobertas principais foram cruciais para fortalecer o mobilismo e formar a base da
moderna tectônica de placas:
A teoria da expansão do fundo oceânico, proposta por Harry Hess em 1962, foi uma
inovação crucial para o mobilismo. Hess sugeriu que o assoalho oceânico era
continuamente renovado nas dorsais oceânicas, onde o magma sobe e solidifica,
empurrando o material antigo para os lados. Combinada com os padrões de inversão
magnética, essa teoria forneceu uma explicação convincente para a formação e a
movimentação das placas oceânicas. Isso reforçou a ideia de que a crosta terrestre não
era fixa, mas composta por placas que se moviam ao longo do manto.
Sismologia e Distribuição de Terremotos e Vulcões
8.
Evidências de Inversão Magnética
Ao longo do tempo geológico, o campo magnético da Terra sofreu várias inversões, nas quais
o polo norte e o polo sul magnéticos trocaram de posição. Rochas vulcânicas nas dorsais meso-
oceânicas registram essas inversões ao se solidificarem: o alinhamento magnético dos minerais
reflete a orientação do campo magnético da Terra naquele período. Quando cientistas mapearam
o magnetismo dessas rochas ao longo do fundo oceânico, observaram padrões simétricos de faixas
magnéticas que se alternavam em polaridade. Esse fenômeno, conhecido como **anomalias
magnéticas**, sugere que a crosta oceânica está continuamente sendo criada e empurrada para
fora nas dorsais oceânicas, apoiando o conceito de expansão do assoalho oceânico e mobilismo.
9.
Importância na Aceitação do Mobilismo
O estudo do paleomagnetismo foi essencial para a aceitação da teoria da tectônica de
placas, pois ofereceu uma explicação concreta e mensurável para o movimento das
massas continentais, algo que teorias anteriores como a de Wegener não conseguiam
fornecer. A descoberta das inversões magnéticas e sua distribuição simétrica ao longo das
dorsais oceânicas forneceu uma das evidências mais fortes de que o movimento das
placas tectônicas é uma realidade dinâmica e constante na Terra.
Essas observações sobre o magnetismo em rochas e os padrões de inversão magnética
transformaram a compreensão dos processos geológicos globais, fundamentando o mobilismo
como a base da geologia moderna.
10.
Principais impactos das duas teorias.
Rompimento com o Paradigma da Terra Fixa: A teoria ficcionista, que via a Terra como
uma estrutura estática onde as formações geológicas eram causadas apenas pela
contração, dominava o pensamento científico até o início do século XX. O surgimento das
ideias Mobilistas desafiou essa visão, mostrando que o planeta era muito mais dinâmico
do que se acreditava.
Início de um Novo Paradigma: O questionamento das ideias fixas abriu espaço para
uma nova forma de pensar a estrutura da Terra, onde o movimento e a mobilidade eram
elementos essenciais. Isso foi revolucionário para a época, pois forçou os cientistas a
reavaliarem as causas da formação de montanhas, fossas e terremotos.
11.
Limitações do Fixismo.
O fixismo baseava-se na ideia de que a crosta era estável, o que impedia a aceitação de
movimentos horizontais. Isso impediu uma visão mais dinâmica da Terra e dificultou a
incorporação de novos dados, como o paleomagnetismo e a expansão do fundo oceânico,
até o surgimento do mobilismo.
Embora Alfred Wegener tenha sugerido a deriva continental, ele não conseguiu
apresentar um mecanismo convincente que explicasse como continentes pesados
poderiam se deslocar através de uma crosta sólida. Isso gerou ceticismo e atrasou a
aceitação da teoria, uma vez que as forças propostas por Wegener, como a rotação da
Terra e as forças gravitacionais, foram consideradas insuficientes.
12.
Importância Geológica do Fixismo
Estabelecimento de Termos e Observações Descritivas:
A teoria fixista, apesar de defender uma Terra estática, foi fundamental na criação de
um vocabulário técnico e de métodos de observação e classificação de estruturas
geológicas. Cientistas fixistas focaram na descrição detalhada das formações geológicas e
contribuíram para a regionalização geotectônica, especialmente em áreas como o Pré-
Cambriano. Esses estudos descritivos forneceram uma base para futuros modelos
geológicos e ajudaram a desenvolver ferramentas de análise estrutural.
13.
Importância Geológica do Mobilismo
Revolução Tectônica e Entendimento dos Processos Dinâmicos:
Proposta inicialmente por Alfred Wegener e confirmada com o avanço dos estudos
paleomagnéticos, a deriva continental demonstrou que continentes antes unidos se
separaram ao longo de milhões de anos, moldando a disposição atual da superfície
terrestre. Esse entendimento foi crucial para o desenvolvimento de modelos de evolução
dos continentes e dos oceanos.
14.
Outros Cientistas Precursores do Mobilismo
Antes de Wegener, outros cientistas também sugeriram, ainda que timidamente, que
os continentes pudessem ser móveis:
15.
Arthur Holmes (Mobilista) e a Teoria das Correntes de Convecção
Arthur Holmes: Nos anos 1920 e 1930, Holmes propôs um modelo teórico de
correntes de convecção no manto terrestre como mecanismo de deslocamento dos
continentes, apoiando a teoria de Wegener. Ele sugeriu que o calor interno da Terra criava
movimentos no manto que impulsionavam as placas tectônicas.
Muitos geólogos fixistas resistiram a essa ideia, argumentando que não havia
evidências observacionais para as correntes de convecção, mantendo o fixismo como a
teoria dominante até a segunda metade do século XX.
Harry Hess: Nos anos 1960, o geólogo americano propôs que novas crostas oceânicas
eram formadas nas dorsais meso-oceânicas, impulsionando a expansão do fundo
oceânico. Sua teoria foi uma peça-chave para a tectônica de placas e ajudou a confirmar a
mobilidade da crosta terrestre.
16.
Relações entre Mobilistas e Fixistas no Pós-Guerra
Rivalidades iniciais deram lugar à colaboração, embora a transição não tenha sido
simples, com alguns fixistas ainda relutantes em abandonar completamente suas
posições.
17.
Conclusão
O impacto do debate entre Fascistas e Mobilistas vai muito além da Geotectônica. Ele
transformou nossa compreensão sobre a Terra, influenciou a forma como estudamos o
planeta, e preparou o caminho para a ciência moderna. Essa transição de uma visão
estática para uma visão dinâmica da Terra foi essencial para que hoje possamos
compreender fenômenos naturais complexos e prever, com maior precisão, os efeitos de
processos tectônicos.
A conclusão do embate entre fixismo e mobilismo resultou em uma profunda
transformação na geologia e no entendimento da dinâmica da Terra. O fixismo, que
dominou o pensamento geológico até o início do século XX, defendia uma Terra estática
onde as montanhas e outras estruturas resultavam de processos verticais, sem
deslocamento horizontal das massas continentais. Essa visão, apesar de coerente com os
conhecimentos e tecnologias da época, não conseguia explicar diversas observações
geológicas, como as semelhanças de fósseis e formações rochosas entre continentes
distantes.
18.
Referências bibliográficas
https://www.revistas.usp.br/bigsp/article/download/54736/58386.
https://ensina.rtp.pt/explicador/interpretacao-das-evidencias-de-mobilismo-geologico/.
https://chatgpt.com/backend-api/bing/redirect?
query=Terceira+etapa+fixismo+mobilismo+1910+1960+geologia.