Cristalografia 2022
Cristalografia 2022
Cristalografia 2022
• -Plano de simetria (plano imaginário que divide o cristal em duas metades onde uma é o espelho
da outra).
• - Eixo de simetria (linha imaginária em torno da qual se pode girar o cristal e repetir as posições
idênticas no espaço).
• - Centro de simetria (ponto imaginário no interior do cristal a partir do qual em sentidos opostos e
iguais distâncias encontra-se elementos iguais).
Continuação
• Os estudos feitos por Hauis o levaram a conclusão correta de que
cristais são arranjos tridimensionais (rede de Bravais) de átomos e
moléculas; uma única célula unitária é repetida indefinidamente ao
longo das três direções principais, que não são necessariamente
perpendiculares.
• No século XIX, um catálogo completo das possíveis simetrias de um
cristral foi produzido por Johann Hessel, Auguste Bravais, Yevgraf
Fyodorov, Arthur Schonflies e William Barlow. Dos dados disponíveis e
fundamentos físicos, Barlow propôs várias estruturas de cristais nos
anos de 1880, mas que só foram confirmados mais tarde através da
cristalografia de raios X. Em 1880, os dados disponíveis eram muito
escassos para que os modelos de Barlow fossem aceitos como
conclusivos.
2.2.2 - Relações de simetria nos cristais
• Os cristais podem ser agrupados em 32 classes, ou
grupos pontuais, de acordo com o números de eixos de
rotação e planos de reflexão que permitem sob condição
de manter invariante a malha cristalina. Essas classes,
por indiciarem a assimetria estrutural do cristal, e a
consequente assimetria na distribuição de cargas
eléctricas, correspondem a importantes variações no
comportamento piezoeléctrico e piroeléctrico dos
materiais.
2.2.3 - Eixos Cristalograficos
• Todos os cristais mostram, pelo arranjo de suas faces, uma simetria definida, o que
permite agrupá-los em diferentes classes.
• Estes podem mostrar várias formas e hábitos, mesmo assim os ângulos entre os planos
de cristalização são constantes. Este fenômeno é denominado lei de constância de
ângulos interfaciais.
Através da medida dos ângulos interfaciais, pode-se
especificar os tipos de minerais examinados.
A estrutura interna dos cristais é o facto mais importante
e fundamental relativo a uma substância cristalina em que
suas partículas são dispostas de maneira ordenada,
unidades tridimensionais que se repetem
indefinidamente formando o retículo cristalino, assim Figura 2 - Célula unitária de um cristal de
sal (NaCl). Note-se a ordenação dos
como os ladrilhos formam uma calçada. Essas unidades átomos
formadoras de cristal são chamadas celas unitárias.
Existem 14 tipos de células unitárias (redes de Bravais) divididas em 7 tipos
cristalinos.
• CÉLULA UNITÁRIA: Menor subdivisão da rede
cristalina que retém as características de toda • Célula unitária
a rede.
• Rede: estrutura geométrica
• Base: distribuição dos átomos em cada ponto
da rede.
• Rede + Base (átomo) = Estrutura Cristalina
2.3.1-Definição de Sistemas Cristalinos
• São grupos distintos de classes cristalinas agrupadas pela natureza análoga dos
elementos de simetria que se combinam ou pelo modo com que esta combinação
se efectua.
6) Densidade: designada por d, é o número que expressa a relação entre sua massa
e o seu volume. A densidade depende da composição química do mineral e de
sua estrutura cristalina.
13) Pleocroísmo: alguns minerais possuem uma absorção selectiva da luz nas
diferentes regiões cristalográficas, podendo, assim, aparecer com várias cores,
quando vistos em diferentes direções na luz transmitida. Exemplos comuns são a
Continuação
14) Refracção da luz: O poder de refracção da luz que um mineral possui tem
muitas vezes efeito distinto sobre a aparência do mineral. Índice de refracção
alto, difícil definir. Exemplos desses minerais são o quartzo e o feldspato.
15) Dupla refracção da luz: todos os minerais cristalinos, excepto os que pertencem
ao sistema isométrico, mostram o fenómeno da dupla refracção da luz. Isto é,
quando um raio luminoso penetra num desses minerais, desdobra-se em dois
raios divergentes, cada um deles caminhando através do mineral com velocidade
característica e tendo seu índice de refracção próprio. Ex: a calcita.
Continuação
16) Piezeletricidade: diz-se que um cristal possui piezeletricidade quando se
desenvolve uma carga eléctrica na sua superfície, ao exercer pressão nas
extremidades de um de seus eixos. Somente podem mostrar esta propriedade os
minerais que se cristalizam em classes de simetria a que falta um centro da
mesma, tendo assim, eixos polares. O quartzo provavelmente é o mineral
piezelétrico mais importante.
17)Pireletricidade: chama-se pireletricidade o desenvolvimento simultâneo de
cargas eléctricas positiva e negativa nas extremidades opostas de um eixo do
cristal, sob condições adequadas de alteração da temperatura. Somente
apresentam esta propriedade os cristais que possuem um único eixo polar.
18) Magnetismo: diz-se que possuem magnetismo os minerais que, em seu estado
natural, são atraídos por um ímã. Ex: a magnetita e a pirotita
Continuação
• 19) Iridescência: Um mineral é iridescente quando mostra uma série de cores
espectrais em seu interior ou sobre uma superfície. Uma iridescência interna é
causada geralmente pela presença de pequenas fracturas ou planos de clivagem,
ao passo que uma externa é causada pela presença de uma película ou
revestimento superficial delgado.
• 20) Acatassolamento: Alguns minerais apresentam, sob a luz reflectida, uma
aparência sedosa que resulta de muitas inclusões dispostas paralelamente a uma
direção cristalográfica. Quando se lapida uma gema, na forma de cabuchão, de
um mineral destes, ele é cruzado por um feixe de luz que forma ângulos retos
com a direção das inclusões. Esta propriedade, conhecida por acatassolamento, é
exibida pelo olho-de-gato, uma variedade gemológica do crisoberilo.
Continuação
• 21) Asterismo: Alguns cristais, especialmente os do sistema hexagonal, quando
vistos na direcção do eixo vertical, mostram raios de luz como uma estrela. Este
fenómeno, chamado asterismo, origina-se de peculiaridades de estrutura ao
longo das direcções axiais ou de inclusões dispostas em ângulos rectos quanto a
estas direcções. O exemplo notável é a safira astérica ou estrelada.
• 22) Diafaneidade: Conhece-se por diafaneidade a propriedade que alguns
minerais têm de permitirem que a luz os atravesse. Usa-se os seguintes termos
para designar os diferentes graus dessa propriedade:
a) Transparente: o contorno de um objecto visto através do mineral é
perfeitamente definido.
• Radiação eletromagnética;
• Espectro contínuo (Bremsstrahlung);
• Espectro característico;
• Absorção;
• Filtros;
• Produção de raios X;
• Detecção de raios X.
4.1.1 - INTRODUÇÃO
• No início do século 20, percebeu-se que os raio-X poderiam ser usados para "ver" a
estrutura da matéria de forma não invasiva. Isto marca o alvorecer da moderna
cristalografia. Os raio-X foram descobertos em 1895. Eles são feixes de luz que não
são visíveis ao olho humano. Quando os raio-X atingem um objecto, átomos do
objecto espalham-se.
• Cristalógrafos descobriram que os cristais, devido ao seu arranjo regular de átomos,
dispersam os raios em apenas algumas direcções específicas. Ao medir essas
direcções e a intensidade dos feixes espalhados, cientistas foram capazes de produzir
uma imagem tridimensional da estrutura atómica do cristal. Cristais foram escolhidos
como materiais ideais para estudar a estrutura da matéria em nível atómico ou
molecular, por conta de três características comuns: são sólidos, tridimensionais e
construídos a partir de arranjos dos átomos regulares e frequentemente simétricos.
• Graças à cristalografia de raio-X, os cientistas podem estudar as ligações químicas
que atraem um átomo para outro. Tome grafite e diamantes, por exemplo. Estes
minerais dificilmente são parecidos: um é opaco e macio (grafite é usado para fazer
lápis), enquanto que o outro é transparente e duro.
4.1.2 - As principais propriedades dos raios X úteis para
o radiodiagnóstico
1-Radiação eletromagnética - não têm carga, não podem ser defletidos por
campos elétricos ou magnéticos;
-No vácuo, propagam-se com a velocidade da luz;
-Quanto maior for a voltagem do tubo gerador do raios X, melhor eles atravessam um
corpo;
2- O espectro de raios-X é formado de duas partes distintas e superpostas: uma contínua e outra
em linhas discretas. A parte contínua se deve aos raios-X de bremsstrahlung e vai de energias
muito baixas até uma energia máxima, numericamente igual a diferença de potencial aplicada
ao tubo.
• Espectro contínuo é um espectro que possui energias distribuídas continuamente em uma
certa faixa de valores, em oposição ao espectro discreto ou de linhas, que contém apenas
energias de certos valores bem definidos.
• O espectro contínuo de raios X é uma curva de intensidade (medida em contagens por
segundo) versus comprimento de onda do raio X. Essa curva depende do material do alvo e da
Continuação
• O espectro característico é quando um elétron externo pode arrancar um elétron do
átomo, criando uma vacância. Esta vacância é preenchida por um elétron de uma
camada externa, se emitindo um fóton de raio-X. A energia deste raio e igual á
deferência entre as energias das camadas eletrônicas envolvidas. Por isso se chama
raio-X característico.
• O bremsstrahlung é radiação eletromagnética produzida pela aceleração ou
desaceleração de um elétron quando desviada por fortes campos
eletromagnéticos dos núcleos alvo de alto Z (número de prótons). O nome
bremsstrahlung vem do alemão. A tradução literal é ‘radiação de frenagem’
• Lei de Bragg;
• Métodos de difração
4.3.1 – LEI DE BRAGG
• Descoberta por W.H. e W.L. Bragg em 1915, a Lei de Bragg interpreta a difracção das
ondas eletromagnéticas por um cristal. O processo de difracção é a reacção das ondas
em contacto com um obstáculo que não é totalmente transparente.
• A lei determina correlação entre a distância entre os átomos de um cristal e os ângulos
sob os quais são principalmente difractados os raios X transmitidos sobre o cristal.
• Essa lei empírica se forma sob a equação 2d sin a = nλ.
• d = corresponde à distância entre dois planos anatómicos do cristal,
• n = corresponde a uma ordem de difracção,
λ = determina o comprimento da onde da luz incidente,
a = define o ângulo de incidência desse raio luminoso.
• refere-se a equação: nλ = 2d sinΘ (1)
•
Continuação
• Refere-se a equação: nλ = 2d sinΘ (1), que foi derivada pelos físicos ingleses Sir
W.H. Bragg e seu filho Sir W.L. Bragg, em 1913, para explicar porque as faces
clivadas de cristais reflectem feixes de raio-X a certos ângulos de incidência (teta,
Θ). A variável d é a distância entre camadas atómicas em um cristal, e a variável
lambda λ é o comprimento de onda do feixe de raio-X incidente, n é um inteiro.
• Esta observação é um exemplo de interferência de ondas de raio-X, conhecido
como difracção de raio-X (XRD) e é uma evidência directa da estrutura periódica
de cristais, que fora postulada por vários séculos.
• Os Bragg receberam o Prémio Nobel de Física em 1915 por seu trabalho na
determinação das estruturas cristalinas do NaCl, do ZnS e do diamante.
4.2.2 - Cristalografia antes da técnica de difração de raios X
4-Müller A (1923). «The X-ray Investigation of Fatty Acids». Journal of the Chemical Society
(London). 123: 2043
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