Aula 00 - Introdução À Física e À Cinemática - EnEM 2023

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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF.

LUCAS COSTA

EXTENSIVO

ENEM
2023
Aula 01 - Introdução à Física e à Cinemática.
Exasiu
Exasi
Conceitos iniciais da Física: O Sistema Internacional de
Unidades, notação científica e ordem de grandeza. Estudo dos
vetores. Movimento: deslocamento e velocidade. Descrição de
movimentos: movimento linear

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 1


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SUMÁRIO
CONHEÇA O ENEM 4
COMO SE PREPARAR PARA A PROVA DE FÍSICA DA ENEM? 5
METODOLOGIA DO CURSO 6
CRONOGRAMA DE AULAS 6
FÓRUM DE DÚVIDAS 9
APRESENTAÇÃO PESSOAL 9

1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 11

2 - CONCEITOS INICIAIS: UMA INTRODUÇÃO À FÍSICA 11


2.1 - O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI) 11
2.2 - ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS 20
2.2.1 – ARREDONDAMENTOS 22
2.3 - NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA 22
2.3.1 - A NOTAÇÃO CIENTÍFICA 22
2.3.2 - A ORDEM DE GRANDEZA 23

3 - O ESTUDO DOS VETORES 25


3.1 - REGRA DO PARALELOGRAMO 26
3.1.1 – A LEI DOS SENOS 26
3.1.2 – A LEI DOS COSSENOS 27

4 - MOVIMENTO: DESLOCAMENTO E VELOCIDADE 31


4.1 - CONCEITOS IMPORTANTES 32
4.1.1 - INSTANTE E INTERVALO DE TEMPO 32
4.1.2 - PONTO MATERIAL E CORPO EXTENSO 33
4.1.3 - REFERENCIAL, MOVIMENTO E REPOUSO 33
4.1.4 - DISTÂNCIA PERCORRIDA E DESLOCAMENTO VETORIAL 33
4.1.5 - TRAJETÓRIA 34
4.1.6 - VELOCIDADE 36
4.1.7 - TIPOS DE MOVIMENTO 36
4.2 - O MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME 37
4.2.1 - A VELOCIDADE PARA O MRU 37
4.2.2 - A EQUAÇÃO HORÁRIA DO MOVIMENTO UNIFORME: 43
4.2.3 - A RELAÇÃO ENTRE 𝒌𝒎/𝒉 E 𝒎/𝒔: 44
4.2.4 - A VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA 48
4.2.5 - OS GRÁFICOS DO MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME 54

5 - RESUMO DA AULA EM MAPAS MENTAIS 64

6 - LISTA DE QUESTÕES 65
6.1 - JÁ CAIU NO ENEM 65
6.2 JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES 70

7 - GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 102


7.1 JÁ CAIU NO ENEM 102
7.2 JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES 102

8 - QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS 103


8.1 - JÁ CAIU NO ENEM 103
8.2 JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES 115

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9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 191

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 191

11 - VERSÃO DE AULA 191

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Querido aluno, a finalidade deste curso é lhe oferecer as bases para a resolução das
questões de física do vestibular ENEM. Espero que o seu tempo aqui investido seja proveitoso
para que você consiga alcançar a sua aprovação.

Tenho como foco a resolução do maior número possível de questões de vestibulares


anteriores, aliadas a questões autorais aliado a mapas mentais que facilitarão a memorização
do conteúdo teórico. Tudo isso para que o aprendizado seja rápido, direcionado e eficaz.

CONHEÇA O ENEM

O ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio foi criado no ano de 1998, com o objetivo de
ser uma avaliação de desempenho dos estudantes de escolas públicas e particulares do Ensino
Médio.

Desde 2009, o Enem tornou-se também uma forma de avaliação que seleciona estudantes
de todo o Brasil para instituições federais de ensino superior e para programas do Governo
Federal, tais como o Sisu, Prouni e Fies. Esses programas facilitam a vida de quem deseja
estudar em universidades públicas ou precisa de um apoio do governo para pagar a mensalidade
da universidade particular.

Para mais informações sobre a instituição acesse: nosso site:

https://www.estrategiavestibulares.com.br/vestibulares/enem/

Conteúdos de Física/ENEM desde 1999


Outros
Moderna
4%
Magnetismo 1%
3%

Ondulatória
14% Mecânica
33%

Eletricidade
21%

Óptica
7%

Termologia
17%

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Nas provas do Enem, há, incorporados nas questões, tópicos simples ou complexos de
todas as disciplinas. E essa prova tem exigido dos candidatos cada vez mais bagagem e
conhecimentos gerais. O candidato que quer se dar bem nessa prova, precisa ter um bom nível
de vocabulário e capacidade de interpretação, que veremos em nosso material.

As questões, em geral misturam notícias jornalísticas, trechos de obras literárias,


quadrinhos, imagens, letras de música, poemas, diálogos, entre outros.

Em anos anteriores, o Enem trouxe questões que demandam atenção a detalhes nas
entrelinhas de cada tipologia textual e um vocabulário mais amplo.

O Ministério da Educação está mais interessado em saber qual é, de fato, a capacidade


dos estudantes em ler e interpretar os textos em todas as disciplinas e assim, todos os conteúdos
explorados estarão, em cada parte da sua prova, contextualizados.

Como se preparar para a prova de Física da ENEM?

Com o intuito de facilitar a sua preparação, elaborei um material completo, ele foi dividido
da seguinte forma:

Aulas 00, 01, 02,


Mecânica
03, 04, 05 e 06

Termologia Aulas 07, 08 e 09

Ondulatória Aulas 10 e 11

Física Óptica Aula 12 e 13

Eletricidade Aulas 14 e 15

Magnetismo Aulas 16 e 17

Física Moderna,
Radioatividade e Aula 18
outros assuntos.

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Quando você estiver estudando um dos 7 grandes tópicos expostos acima, é sugerido que
você siga a sequência das aulas. Por exemplo: estude a Mecânica na sequência da Aula 00 até
a Aula 06. Isso é importante pois as questões abordadas na Aula 01 exigirão conceitos vistos na
Aula 00, e assim sucessivamente.

METODOLOGIA DO CURSO
Vamos estudar os mais importantes tópicos da TEORIA de Física, tanto nos Livros Eletrônicos
(aulas em .pdf) quanto em videoaulas

depois revisar o conteúdo teórico por meio MAPAS MENTAIS

praticar o que foi aprendido em QUESTÕES de provas recentes e/ou inéditas elaboradas a
partir dos tópicos mais cobrados

e nos aprimorar com SIMULADOS elaborados com questões inéditas

Referência às questões
Teoria com linguagem
METODOLOGIA mais cobradas em
direta e objetiva
prova

Resolução e
Resolução e Fixação através de
comentários em
comentários em resumos em formato de
questões de provas
questões de fixação mapas mentais
anteriores

Estimular a auto
preparação de resumos
e revisões peródicas
Aprovação!!!

CRONOGRAMA DE AULAS

Acompanhe o cronograma de lançamento das aulas de Física na área do aluno, no site


do Estratégia Vestibulares. Quanto à divisão por conteúdos, elaborei o seguinte planejamento:

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Aula Título Descrição do conteúdo

FRENTE 1 - MECÂNICA

Conceitos iniciais da Física: O Sistema Internacional de Unidades,


Introdução à
notação científica e ordem de grandeza. Estudo dos vetores.
00 Física e à
Movimento: deslocamento e velocidade. Descrição de movimentos:
cinemática.
movimento linear uniforme.

Movimentos Descrição de movimentos: movimento uniformemente variado;


01 lineares e movimento bidimensional (composição de movimentos); movimento
circulares. circular.

Dinâmica: as leis Forças de ação e reação. Relação entre força e aceleração. Força
02 de Newton e peso, força de atrito, força elástica, força centrípeta. Inércia e sua
suas aplicações. relação com sistemas de referência. Composição de forças.

Energia cinética. Trabalho e variação de energia cinética. Sistemas


Energia, trabalho conservativos: energia potencial, conservação de energia
03
e potência. mecânica. Trabalho de uma força. Potência. Sistemas dissipativos:
conservação da energia total.

Condições de equilíbrio, centro de massa. Momento de força e


Forças
máquinas simples. Forças modificando movimentos: variação da
04 modificando
quantidade de movimento, impulso de uma força, colisões.
movimentos.
Conservação da quantidade de movimento (escalar e vetorial).

O Sistema Solar: evolução histórica de seus modelos. O surgimento


do Universo e sua evolução. Lei da Gravitação Universal. Campo
05 A gravitação.
gravitacional. Significado de g. Movimento dos corpos celestes,
satélites e naves no espaço.

Pressão em líquidos e sua transmissão nesses fluidos. Pressão em


O estudo dos
06 gases. Pressão atmosférica. Empuxo e condições de equilíbrio em
fluidos.
fluidos. Vazão e continuidade em regimes de fluxo constante.

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FRENTE 2 - TERMOLOGIA

Calor, temperatura e equilíbrio térmico. Interpretação cinética da


temperatura e escala absoluta de temperatura. Propriedades
07 Termologia. térmicas dos materiais: calor específico (sensível), dilatação
térmica, condutividade térmica, calor latente (mudanças de fase).
Processos de transferência de calor.

Estudo dos Propriedades dos Gases Ideais. Conservação da energia:


08
gases. equivalente mecânico do calor, energia interna.

Noções de Irreversibilidade e limitações em processos de conversão


09
Termodinâmica. calor/trabalho. Máquinas térmicas e seu rendimento.

FRENTE 3 - ONDULATÓRIA

Ondas e suas características. Ondas mecânicas: propagação,


O estudo das
10 superposição e outras características. Reflexão, refração, difração
ondas.
e interferência de ondas. Som: propagação e outras características.

Superposição de pulsos. Ondas estacionárias em cordas. Ondas


estacionárias em tubos sonoros. Luz: natureza eletromagnética, cor,
dispersão. Luz: propagação, trajetória e outras características.
Ondas
Ondas eletromagnéticas: fontes, características e usos das diversas
11 estacionárias e
faixas do espectro eletromagnético. Modelo qualitativo para
eletromagnéticas.
transmissão e recepção de ondas eletromagnéticas. Descrição
qualitativa do funcionamento de comunicadores (rádios, televisores,
telefones). Óptica geométrica.

FRENTE 4 - ÓPTICA

Refração e Imagens obtidas por espelhos planos: reflexão e refração


12
Reflexão.

Imagens obtidas por lentes e por espelhos esféricos: reflexão e


Espelhos e lentes
13 refração. Instrumentos óticos simples (incluindo o olho humano e
esféricas.
lentes corretivas).

FRENTE 5 - ELETROMAGNETISMO

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Carga elétrica: quantização e conservação. Campo e potencial


14 Eletrostática. elétrico. Interação entre cargas: força e energia potencial elétrica.
Eletrização; indução eletrostática.

Corrente Elétrica: abordagem macroscópica e modelo


microscópico. Propriedades elétricas dos materiais: condutividade e
15 Eletrodinâmica. resistividade; condutores e isolantes. Dissipação de energia em
resistores. Potência elétrica. Relação entre corrente e diferença de
potencial (materiais ôhmicos e não ôhmicos). Circuitos simples.

Campos magnéticos e ímãs. Campo magnético terrestre. Modelo


16 Magnetismo I.
microscópico para ímãs e propriedades magnéticas dos materiais.

Correntes gerando campos magnéticos (fios e bobinas). Ação de


campos magnéticos: força sobre cargas e correntes. Indução
17 Magnetismo II. eletromagnética. Princípio de funcionamento de eletroímãs,
transformadores e motores. Noção de corrente alternada. Fontes de
energia elétrica: pilhas, baterias, geradores.

FRENTE 6 – FÍSICA MODERNA

Interações fundamentais da natureza: identificação, comparação de


intensidades e alcances. Estrutura da matéria. Modelo atômico: sua
utilização na explicação da interação da luz com diferentes meios.
Conceito de fóton. Fontes de luz. Estrutura nuclear: constituição dos
18 Física moderna.
núcleos, sua estabilidade e vida média. Radioatividade, fissão e
fusão. Energia nuclear. Riscos, benefícios e procedimentos
adequados para o uso de radiações. Fontes de energia, seus usos
sociais e eventuais impactos ambientais.

FÓRUM DE DÚVIDAS

O fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações


e o esclarecimento das suas dúvidas. O interessante é que você poderá ver as dúvidas de seus
colegas, que podem ser esclarecedoras. Para acessar o fórum, faça login na área do aluno e
busque pela opção “Fórum de Dúvidas”.

APRESENTAÇÃO PESSOAL

Para os que não me conhecem, meu nome é Lucas Costa e sou bacharel em Engenharia
Química, formado pela Universidade Federal Fluminense (2016) – UFF. Nessa mesma instituição
obtive o grau de Mestre em Engenharia Química em 2018.

Em 2009 obtive êxito nos seguintes vestibulares:

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• 1º lugar em Engenharia Civil do CEFET-RJ

• 6º lugar em Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

• 3º lugar geral para engenharias através do ENEM na (PUC-RJ)

• Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

• Engenharia Química na Universidade Federal Fluminense – UFF

• Engenharia Química na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Consegui esses resultados pelo uso de um material direcionado e alinhado com as provas
anteriores do vestibular pretendido, isso é a chave para a aprovação.

Conte comigo em sua caminhada, e para ficar sabendo de todas as notícias relativas aos
mais diversos vestibulares ocorrendo em nosso país, recomendo que você siga as mídias sociais
do Estratégia Vestibulares. Sinta-se também convidado a seguir o meu perfil, no qual trarei
questões resolvidas e mais dicas para sua preparação.

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula 00, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:

• O Sistema Internacional de Unidades, algarismos significativos e a notação científica.

• Movimento: deslocamento, velocidade e aceleração (escalar e vetorial).

• Estudo dos vetores.

• Descrição de movimentos: movimento linear uniforme.

Os assuntos mencionados se enquadram no subtópico denominado Mecânica.

Estude as aulas iniciais de seu material com atenção redobrada! A Mecânica é um tema
bastante explorado e cobrado frequentemente em questões interdisciplinares.

2 - CONCEITOS INICIAIS: UMA INTRODUÇÃO À FÍSICA


Querido aluno, este pequeno capítulo é essencial para a correta resolução de,
praticamente, todas as questões da disciplina de Física do seu vestibular. Você já se deparou
com algum colega incapaz de conseguir gabaritar uma questão de Física, mesmo sabendo
resolvê-la? Ele provavelmente se esqueceu de algum dos pequenos conceitos aqui abordados.

Tenha a atenção redobrada neste tópico, que apesar de trazer conceitos simples, é capaz
de ser o diferencial necessário para a sua aprovação.

2.1 - O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)


Em provas objetivas, as alternativas costumam apresentar a unidade correta para a
resposta desejada. Já em provas discursivas, a sua resposta numérica deve vir acompanhada
de alguma unidade de medida em todas as questões de Física, com exceção das grandezas
adimensionais.

Apesar de acreditar que o bom aluno será capaz de absorver naturalmente a informação
durante a resolução das questões, é recomendado ao estudante que decore estas unidades,
pois a maioria das questões cobra que as respostas sejam dadas segundo esse padrão. As sete
unidades base do SI são apresentadas a seguir:

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kg
cd m

mol
SI s

K A
De forma mais detalhada, temos:

Grandeza Unidade de base Símbolo

comprimento metro [m]

massa quilograma [kg]

tempo, duração segundo [s]

corrente elétrica ampere [A]

temperatura kelvin [K]


termodinâmica

quantidade de mol [mol]


substância

intensidade luminosa candela [cd]

Tabela 00.1 – Grandezas de base a suas respectivas unidades do SI

Todas as outras grandezas decorrem das grandezas de base e são medidas a partir de
unidades derivadas. Seguem exemplos de algumas grandezas derivadas:

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Grandeza derivada Símbolo Unidade derivada Símbolo

área 𝐴 metro quadrado m2

volume 𝑉 metro cúbico m3

velocidade 𝑣 metro por segundo m/s

aceleração 𝑎 metro por segundo ao quadrado m/s2

número de ondas 𝜎, 𝑣̃ inverso do metro m-1

massa específica 𝜇 quilograma por metro cúbico kg/m3

campo magnético 𝐻 ampere por metro A/m

concentração 𝑐 mol por metro cúbico mol/m3

concentração de massa 𝜌, 𝛾 quilograma por metro cúbico kg/m3

índice de refração 𝑛 um 1

permeabilidade relativa 𝜇𝑟 um 1

Tabela 00.2 – Principais grandezas derivadas e as suas respectivas unidades derivadas

Existem grandezas adimensionais, as quais possuem como unidade para o SI o número


1. Essa unidade não deve ser representada para fins de prova.

Algumas unidades derivadas recebem nomenclaturas especiais, seja como forma de


homenagear o pesquisador que tenha trabalhado no tema relacionado à unidade, seja para
simplificar uma unidade que ficaria muito extensa.

Nome escolhido
Expressão em termos
Grandeza derivada Símbolo para a Unidade
de outras unidades
derivada

ângulo plano 𝑟𝑎𝑑 radiano m/m = 1

frequência 𝐻𝑧 hertz s-1

força 𝑁 newton m kg s-2

pressão, tensão 𝑃𝑎 pascal N/m2 = m-1 kg s-2

energia, trabalho, quantidade de


𝐽 joule N m = m2 kg s-2
calor

potência, fluxo de energia 𝑊 watt J/s = m2 kg s-3

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carga elétrica, quantidade de


𝐶 coulomb sA
eletricidade

diferença de potencial elétrico 𝑉 volt W/A = m2 kg s-3 A-1

resistência elétrica 𝛺 ohm V/A = m2 kg s-3 A-2

indução magnética 𝑇 tesla Wb/m2 = kg s-2 A-1

Tabela 00.3 – Grandezas derivadas de nomenclatura especial e o nome atribuído a


unidade derivada

Infelizmente, existem regiões do planeta que insistem em utilizar outros sistemas de


medidas, sendo o caso do Sistema Imperial, usado nos Estados Unidos da América, o caso mais
emblemático.

Outras unidades que fazem parte do nosso cotidiano como minutos, horas, toneladas,
dias, litros, dentre outras, possuem equivalência com o SI. Sempre que essa equivalência for
relevante para fins de prova, elas serão trazidas explicitamente no material.

Algumas unidades pouco usuais costumam ter as suas equivalências expressas nas
próprias questões. Na tabela abaixo seguem exemplos das unidades não pertencentes ao SI:

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI

tempo minuto min 1 min = 60 s

tempo hora h 1 h = 3600 s

tempo dia d 1 d = 86400 s

volume litro L ou l 1 L = 1 dm3

massa tonelada t 1 t = 1000 kg

pressão bar bar 1 bar = 100 kPa

pressão milímetro de mercúrio mmHg 1 mmHg ≅ 133,3 Pa

comprimento angstrom2 Å 1 Å = 10-10 m

comprimento milha náutica M 1 M = 1852 m

força dina dyn 1 dyn = 10-5 N

Tabela 00.4 – Unidades usuais e não pertencentes ao SI

Finalmente, os prefixos do SI são um conjunto de múltiplos e submúltiplos das unidades


do SI. Eles são usados para representar valores muito maiores ou muito menores do que a
unidade do SI usada sem o prefixo.

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Alguns desses prefixos são tão usuais que muitos pensam ser uma unidade de fato, como
é o caso do quilômetro. O quilômetro [km] nada mais é que a unidade de comprimento metro [m]
acrescida do prefixo quilo, que equivale a 1000, ou 103. Desse modo, um quilômetro corresponde
a 1000 metros.

Alguns dos outros prefixos do SI são trazidos na tabela a seguir:

Símbolo Nome Fator Fator Nome Símbolo

d deci 10-1 101 deca da

c centi 10-2 102 hecto h

m mili 10-3 103 quilo k

µ micro 10-6 106 mega M

n nano 10-9 109 giga G

p pico 10-12 1012 tera T

f femto 10-15 1015 peta P

a atto 10-18 1018 exa E

z zepto 10-21 1021 zetta Z

y yocto 10-24 1024 yotta Y

Tabela 00.5 – Os prefixos do SI

Na sequência, trarei alguns exercícios que envolvem a análise dimensional. De forma


geral, o objetivo se resume a encontrar ou isolar alguma variável, para escrevermos a dimensão
dessa grandeza em função das outras que existem em uma certa relação.

Não fique preocupado caso desconheça algumas das relações que serão usadas, pois
elas aparecerão naturalmente ao longo do curso. Ao invés disso, foque em entender como as
variáveis são isoladas.

(2016/FUVEST/1ª FASE) Uma gota de chuva se forma no alto de uma nuvem espessa. À
medida que vai caindo dentro da nuvem, a massa da gota vai aumentando, e o incremento
de massa ∆𝒎, em um pequeno intervalo de tempo ∆𝒕, pode ser aproximado pela
expressão: ∆𝒎 = 𝜶 ∙ 𝒗 ∙ 𝑺 ∙ ∆𝒕, em que 𝜶 é uma constante, 𝒗 é a velocidade da gota, e 𝑺, a
área de sua superfície. No sistema internacional de unidades (SI), a constante 𝜶 é:
a) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚3 b) expressa em 𝑘𝑔 ∙ 𝑚−3 c) expressa em 𝑚3 ∙
𝑠 ∙ 𝑘𝑔−1
b) expressa em 𝑚3 ∙ 𝑠 −1 e) adimensional
Comentários

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Sabemos que a massa no SI é expressa em 𝑘𝑔, o tempo em 𝑠, a velocidade em 𝑚/𝑠 e a


área de uma superfície em 𝑚2 . Portanto, se conseguirmos isolar a constante 𝛼 na expressão
fornecida, iremos descobrir as unidades nas quais ela é expressa. Vamos começar pela
expressão fornecida.

∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 Expressão fornecida no
enunciado

Vamos começar invertendo a equação fornecida no enunciado:

∆𝑚 = 𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡

𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 = ∆𝑚

Agora podemos passar os termos, que não sejam o 𝛼, e que estejam à esquerda da
igualdade para o outro lado da expressão. Como o inverso da multiplicação é a divisão, esses
termos irão para o outro lado como a parte debaixo da fração:

𝛼 ∙ 𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡 = ∆𝑚

∆𝑚
𝛼=
𝑣 ∙ 𝑆 ∙ ∆𝑡

Já temos 𝛼 de forma isolada. Podemos substituir as unidades de cada um dos termos à


direita da igualdade:

𝑘𝑔
𝛼=𝑚
∙ 𝑚2 ∙ 𝑠
𝑠

Vamos simplificar o denominador da fração. Lembre-se que 𝑚 ∙ 𝑚2 = 𝑚3 , visto que no


produto de termos com uma mesma base, mantemos a base e somamos os expoentes.

Também podemos cancelar o “𝑠” que está no numerador (parte de cima da fração) com
que está no denominador (parte debaixo da fração).

𝑚 2
𝑚1 ∙ 𝑚2 ∙ 𝑠
∙𝑚 ∙𝑠 = = 𝑚3
𝑠 𝑠

Agora podemos voltar à equação principal:

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𝑘𝑔
𝛼=
𝑚3

Para finalizarmos a questão, lembre-se que um expoente negativo faz com que o termo
troque de posição entre o numerador e o denominador de uma fração, ou seja:

𝑘𝑔
𝛼= = 𝑘𝑔 ∙ 𝑚−3
𝑚3

Concluímos, portanto, que o gabarito é a letra B.

Gabarito: “b”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) O Sistema Internacional de Unidades teve as suas


unidades de base definidas a partir de valores exatos de algumas constantes físicas a
partir de 20 de maio de 2019. Denomina-se pressão a grandeza física que mede a razão
força que se exerce por unidade de área. Em homenagem a Blaise Pascal, nesse sistema
ela recebe o nome de Pascal. Também é interessante nos lembrarmos que, pela segunda
lei de Newton, podemos escrever a força como o produto da massa e da aceleração.

A unidade Pascal, em termos das unidades de base do SI (quilograma, metro e segundo)


vale
𝑘𝑔2 ⋅𝑚2
a)
𝑠
𝑘𝑔⋅𝑠
b)
𝑚2
𝑚2 ⋅𝑠
c)
𝑘𝑔

d) 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑠
𝑘𝑔
e)
𝑚⋅𝑠 2

Comentários:

Devemos fazer a análise dimensional da pressão. Não se preocupe quanto às definições


de pressão e força usadas durante a resolução dessa questão. Essas expressões virão em
momento apropriado durante o curso.

𝐹
𝑃=
𝐴

𝑁
[𝑃] =
[𝑚2 ]

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 17


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Convêm nos lembrarmos que a segunda lei de Newton diz que a força é dada pelo produto
entre massa e aceleração:

𝑚⋅𝑎
[𝑃] =
[𝑚2 ]

𝑚
[𝑘𝑔] ⋅ [ 2 ] 𝑚 1
[𝑃] = 𝑠 = [𝑘𝑔] ⋅ [ ] ⋅
[𝑚2 ] 𝑠 2 [𝑚2 ]

𝑚 1 1 1
[𝑃] = [𝑘𝑔] ⋅ [ 2 ] ⋅ 2 = [𝑘𝑔] ⋅ [ 2 ] ⋅
𝑠 [𝑚 ] 𝑠 [𝑚]

[𝑃] = [𝑘𝑔] ⋅ [𝑚−1 ] ⋅ [𝑠 −2 ]

Gabarito: “e”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) A lei da gravitação universal estabelece que a força de


atração entre dois corpos é diretamente proporcional ao produto de suas massas, e
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles. A Constante Gravitacional
Universal permite se escrever essa relação de proporcionalidade em forma de uma
igualdade e é definida por 𝑮, que vale aproximadamente

𝟔, 𝟔𝟕 ⋅ 𝟏𝟎−𝟏𝟏 𝒎𝟑 ⋅ 𝒌𝒈−𝟏 ⋅ 𝒔−𝟐 .

Quando expressa em centímetros, toneladas e segundos essa constante vale


a) 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−20 𝑐𝑚3 ⋅ 𝑡𝑜𝑛−1 ⋅ 𝑠 −2 .
b) 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−14 𝑐𝑚3 ⋅ 𝑡𝑜𝑛−1 ⋅ 𝑠 −2 .
c) 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−8 𝑐𝑚3 ⋅ 𝑡𝑜𝑛−1 ⋅ 𝑠 −2 .
d) 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−2 𝑐𝑚3 ⋅ 𝑡𝑜𝑛−1 ⋅ 𝑠 −2 .
e) 𝐺 = 6,67 ⋅ 10−22 𝑐𝑚3 ⋅ 𝑡𝑜𝑛−1 ⋅ 𝑠 −2 .
Comentários

Podemos transformar as grandezas usuais nas requisitadas pelo enunciado e multiplicar


pelo valor original da constante.

(100 𝑐𝑚)³
𝐺 = 6,67 ⋅ 10−11
0,001 𝑘𝑔 ⋅ 𝑠²

106 𝑐𝑚 109 𝑐𝑚³


𝐺 = 6,67 ⋅ 10−11 = 6,67 ⋅ 10 −11
10−3 𝑡𝑜𝑛 ⋅ 𝑠 2 𝑡𝑜𝑛 ⋅ 𝑠²

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 18


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

𝑐𝑚³
𝐺 = 6,67 ⋅ 10−2
𝑡𝑜𝑛 ⋅ 𝑠²

Gabarito: “d”.

(2020/INÉDITA/HENRIQUE GOULART) A Lei de Coulomb descreve a força elétrica entre


duas partículas eletricamente carregadas. Ela afirma que o módulo desta força, de atração
ou repulsão, é diretamente proporcional ao produto das quantidades de carga líquida de
cada partícula e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.
Analiticamente, a força é dada pela expressão abaixo.
𝒌⋅𝑸𝟏 ⋅𝑸𝟐
𝑭𝒆𝒍 =
𝒅𝟐

A constante “k” é a constante dielétrica do meio onde as cargas elétricas estão, cuja
unidade, no Sistema Internacional de Unidades (SI) é
𝑚2
a)
𝐶2
𝑁
b)
𝐶2
𝑁
c)
𝑚2
𝑁⋅𝑚2
d)
𝐶2
𝐶2
e)
𝑚2

Comentários

Ao se fazer uma análise dimensional das grandezas indicadas na Lei de Coulomb, temos
que as unidades, no SI, para força, é o newton, para as quantidades de carga líquida é o coulomb
e, para a distância, é o metro.

Assim, a unidade da constante eletrostática do meio fica:

[𝑘] ⋅ [𝑄1 ] ⋅ [𝑄2 ]


[𝐹𝑒𝑙 ] =
[𝑑]2

Como [Fel] = N, [Q1] = [Q2] = C e [d] = m, temos:

[𝑘] ⋅ 𝐶 ⋅ 𝐶
𝑁=
𝑚2
𝑁 ⋅ 𝑚2
[𝑘] =
𝐶2
O símbolo [ ] indica “unidade de medida de”. A Constante Dielétrica do Meio leva a
unidade que é necessária para fazer valer a igualdade da equação, equalizando as dimensões
dos dois lados da igualdade.

Gabarito: “d”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 19


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(2020/INÉDITA/HENRIQUE GOULART) A intensidade de uma onda eletromagnética emitida


por uma fonte pontual é definida como a potência emitida por unidade de área que, no
Sistema Internacional de Unidades, o SI, assume a unidade equivalente a
a) kg/m²s²
b) N kg/m²
c) kg/s³
d) kg/s²
Comentários

Intensidade é definida pela Potência por unidade de Área, conforme a relação abaixo:

𝑃
𝐼=
𝐴
Potência é uma grandeza que relaciona Energia por unidade de tempo, medida em watt,
enquanto a área é dada em metro quadrado. Energia, por sua vez, é dada em joule, que equivale
a newton vezes metro. E, finalmente, o newton se equivale a quilograma vezes metro por
segundo ao quadrado.

Assim, podemos escrever a unidade equivalente de Intensidade como:

[𝑃]
[𝐼] =
[𝐴]

𝑊 𝐽/𝑠 𝑁 ⋅ 𝑚/𝑠 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠 2 ⋅ 𝑚/𝑠


[𝐼] = = = =
𝑚2 𝑚2 𝑚2 𝑚2
Assim, podemos fazer algumas simplificações:

𝑘𝑔
[𝐼] =
𝑠3
Gabarito: “c”.

2.2 - ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS


Vamos fazer a leitura do comprimento de um objeto representado pelo traço de cor
vermelha. Suponha que você tenha à sua disposição duas réguas: uma graduada nos
centímetros e outra nos milímetros. Qual seria a leitura que você faria em cada caso?

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 20


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Na primeira régua, um valor como 6,4 seria considerado uma medida correta. Isso
acontece porque o 6 é um algarismo efetivamente lido por meio do aparelho, ao passo que o 4
é um algarismo duvidoso. Alguém poderia ter lido o valor como 6,5 e essa leitura também
estaria correta.

Já na segunda régua, é esperada uma medida como 6,57. Nesse caso os algarismos 6 e
5 são efetivamente lidos, ao passo que o 7 é um algarismo duvidoso.

Os algarismos significativos de uma medida são todos os algarismos efetivamente


lidos por uma pessoa utilizando algum aparelho como uma balança, régua ou qualquer outro
instrumento de aferição, acrescidos de mais um algarismo, denominado algarismo
duvidoso, que vem ao final da leitura.

Portanto, a leitura 6,4 é composta por um algarismo efetivamente lido e um duvidoso,


somando dois algarismos significativos. Por outro lado, a leitura 6,57 é composta por dois
algarismos efetivamente lidos e mais um duvidoso, sendo assim, ela é mais precisa em
comparação à primeira leitura.

A régua graduada nos milímetros tem uma precisão maior, isso nos permite
colher um número maior de algarismos significativos a cada leitura, quando
comparada à régua graduada nos centímetros.

Se uma medida é apresentada como 3,000 g, dizemos que ela possui 4 algarismos
significativos e que a precisão do instrumento vai até o centigrama, pois o algarismo duvidoso
está na casa dos miligramas. Não confunda com 0,0030 g: nesse caso os três primeiros zeros
nada aferiram, então não são considerados algarismos significativos.

Quando encontramos um valor como 4,45 ou 4,45 ∙ 104 , é fácil identificarmos que 3
algarismos significativos são fornecidos. O problema está em um valor como 4000 ou 2500.
Nesses casos, quantos algarismos significativos são fornecidos?

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 21


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O mais usual é que se considerem os 4 como algarismos significativos. Porém, existem


provas que podem considerar somente um ou dois algarismos significativos nessas leituras. Para
sanar problemas como esse, é recomendado o uso da notação científica.

2.2.1 – Arredondamentos
Arredondamentos são muito úteis quando temos mais algarismos significativos do que
podemos representar.
Suponha que você tenha medido a massa de uma bolinha de gude com uma balança com 4
algarismos significativos e tenha encontrado o valor de 4,892 g. Como esse valor seria escrito
com 3, 2 e 1 algarismo significativo, usando arredondamentos?

significativo
significativos

2 algarismos
significativos

1 algarismo
3 algarismos

4,89g 4,9 g 5g
2.3 - NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA
Primeiramente, cuidado! Os dois conceitos, apesar de quase sempre estudados em
conjunto, são diferentes.

2.3.1 - A notação científica


A notação científica nada mais é do que a escrita de valores utilizando potências de
10. Ela deve ser composta por dois termos, o primeiro sempre superior ao número 1 e inferior ao
número 10, e o outro uma potência de 10. Tal como no exemplo abaixo:

2,0 ∙ 105

A notação científica é útil para expressar valores muito grandes ou muito pequenos,
facilitar contas e eliminar dúvidas quanto ao número de algarismos significativos de uma medida.

Como descobrir o número a qual a potência de dez deve ser elevada?

Contando-se o número de casas decimais da posição onde ela deve parar até a última
casa à direita no valor original.

7600 7,6,0,0, 7,6 . 103


No exemplo anterior foram usados dois algarismos significativos. Isso não decorreu de
nenhuma regra, foi somente uma preferência pessoal.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 22


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2.3.2 - A ordem de grandeza


A ordem de grandeza é uma estimativa usada quando não se tem certeza quanto a um
valor e busca-se somente um guia, um valor próximo ao real.

Uma ordem de grandeza é retirada de uma notação científica: caso o valor anterior à
potência de 10 na notação científica seja inferior a √𝟏𝟎, aproximadamente 3,16, então
somente a potência de 10 é mantida. Caso o valor anterior seja superior a √𝟏𝟎, então a
potência de 10 é acrescida de um em seu expoente.

A ordem de grandeza
Valor anterior à
será a potência de 10
potência de 10
acrescida de uma
maior que 3,16
unidade.
Notação científica
Valor anterior à A ordem de grandeza
potência de 10 será a própria
menor que 3,16 potência de 10.

Note que no exemplo abaixo o 7,6 é maior que 3,16. Por isso, a ordem de grandeza
proveniente de 7,6 ∙ 103 deverá ser 104 .

7,6 . 103 104


7600
(notação (ordem de
(leitura bruta)
científica) grandeza)

Existem autores que adotam a referência no valor 5,00, ao invés de √10. Com isso,
teremos um problema na região entre 3,16 e 5,00: devemos acrescer um algarismo à potência
de dez nesses casos?

Os elaboradores de provas costumam evitar que as respostas finais fiquem nesse


intervalo. Outra tática das bancas é pedir para o candidato responder “o valor mais próximo” ou
invés da ordem de grandeza. Nesse caso, use o 5 no lugar de √10, como valor referência para
acrescer ou não a casa extra na potência de 10.

De qualquer forma, dentro do mundo acadêmico a forma mais aceita é que a ordem de
grandeza proveniente da notação científica deverá ser a potência de 10 acrescida de uma
unidade quando o valor a frente é superior a √10.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 23


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O valor √𝟏𝟎 não é escolhido de forma aleatória.


Perceba que a ordem de grandeza representa uma potência de base 10. Portanto, é
razoável que a metade entre 102 e 103 , por exemplo, seja 102,5 .
Dessa forma, o limiar entre uma ordem de grandeza e a seguinte deverá ser 100,5 ,
que é equivalente a 101/2 , ou √10.

Por fim, vamos converter alguns valores em notação científica e depois em ordem de
grandeza:

Número de algarismos
Valor Ordem de
significativos Notação científica
original grandeza
pretendido

3100 2 3,1 ∙ 103 103

8389 2 8,4 ∙ 103 104

0,00008389 2 8,4 ∙ 10−5 10−4

0,00002 4 2,000 ∙ 10−5 10−5

1009,84 3 1,01 ∙ 103 103

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) A doença do coronavírus (COVID-19) é uma doença


infecciosa causada por um coronavírus recém-descoberto. A maioria das pessoas que
adoece em decorrência da COVID-19 apresentará sintomas leves a moderados e se
recuperará sem tratamento especial.

www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019 Traduzido por SDL Inc.

Durante a crise do novo coronavírus, diversas empresas têm buscado produzir vacinas
em velocidades recordes. Em uma das vacinas, a dose recomendada do princípio ativo é
de 𝟑, 𝟎 𝝁𝒈. Considerando que um determinado país tenha comprado 𝟎, 𝟐𝟒 𝒌𝒈 desse
princípio ativo para a produção de vacinas, e que todo o insumo possa ser usado sem
desperdícios, a quantidade de doses de vacina que poderão ser produzidas será de
a) 8,0 ⋅ 107
b) 7,2 ⋅ 106
c) 4,0 ⋅ 105
d) 3,6 ⋅ 107
e) 1,3 ⋅ 106

Comentários

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 24


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Padronizando as unidades de massa informadas no enunciado, temos:

3,0 𝜇𝑔 = 3,0 ⋅ 10−6 𝑔

0,24 𝑘𝑔 = 240 𝑔

Agora que as massas estão na mesma unidade, podemos fazer a divisão para encontrar
a quantidade de doses 𝐷:

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜


𝐷=
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑐𝑖𝑛𝑎

240
𝐷= = 80 ⋅ 106 = 8,0 ⋅ 107
3,0 ⋅ 10−6

Gabarito: “a”.

3 - O ESTUDO DOS VETORES

Figura 00.01 – Um móvel se deslocando em uma trajetória retilínea.

Suponha uma partícula se deslocando em linha reta. Ela poderá somente andar em uma
direção. Já em relação ao sentido de seu movimento ela poderá se deslocar da direita para a
esquerda ou vice-versa. O módulo de sua velocidade é uma maneira de quantificar o quanto a
partícula se desloca com o tempo.

Expandindo esse raciocínio, no caso de uma partícula que se move em qualquer outra
trajetória, é necessário um vetor para indicar a direção e o sentido da partícula. Vamos nos
recordar como é feita a soma vetorial.

Caso os vetores compartilhem a mesma direção, então basta somar ou subtrair seus
módulos, conforme o sentido por eles indicado.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 25


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Figura 00.02 – Soma de vetores que compartilham a mesma direção.

No caso de vetores perpendiculares, devemos utilizar a relação proposta por Pitágoras, já


que é possível formar um triângulo retângulo com os vetores a serem somados a⃗ e ⃗b como
catetos e o vetor resultante ⃗S como a hipotenusa.

Figura 00.03 – Soma de vetores perpendiculares entre si.


𝟐 𝟐 Soma de vetores perpendiculares entre
|𝐒| = |𝐚⃗|𝟐 + |𝐛|
si

3.1 - REGRA DO PARALELOGRAMO


A regra do paralelogramo é utilizada para calcular a soma de dois vetores quando o ângulo
entre eles é conhecido. Geralmente, quando usamos esse método utilizamos a lei dos cossenos
para determinarmos o módulo do vetor resultante.

Vamos nos recordar de duas leis importantes da geometria plana para um triângulo
qualquer:

Figura 00.04 – Um triângulo qualquer.

3.1.1 – A lei dos senos


𝑎 𝑏 𝑐
= =
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛾

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3.1.2 – A Lei dos cossenos


𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2. 𝑏. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠(𝛼)

𝑏 2 = 𝑎2 + 𝑐 2 − 2. 𝑎. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠(𝛽)

𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2 − 2. 𝑎. 𝑏. 𝑐𝑜𝑠(𝛾)

Para aplicarmos a regra do paralelogramo, podemos seguir um passo a passo:

1. Colocamos os dois vetores com origem em comum (ponto O) e construirmos um


paralelogramo, fazendo linhas tracejadas paralelas aos vetores, passando pelas
extremidades dos operandos.

2. Em seguida, ligamos a origem dos vetores (ponto O) ao encontro das linhas tracejadas
(ponto C), determinando o vetor resultante 𝑠 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐶 , conforme figura abaixo:

Figura 00.05 - Processo de soma de vetores pela regra do paralelogramo.

Perceba que o vetor resultante é dado pelo início de um dos vetores até o final do vetor
projetado, como mostrado na última figura, na qual o vetor 𝑏⃗ foi transladado até a posição
superior. Veja esse processo novamente, e tenha muito cuidado com a posição do ângulo 𝜃, que
nos interessa na soma vetorial.

⃗ para formação do vetor resultante 𝒔


Figura 00.06 - A translação do vetor 𝒂 ⃗.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 27


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O ângulo 𝜃, que deve ser usado na soma vetorial não é o ângulo entre os vetores,
mas sim o seu suplemento, ou seja, o quanto lhe falta até 180°. Lembre-se que o
cosseno dos ângulos no segundo quadrante, entre 90° e 180°, é sempre negativo.

Infelizmente, o método do paralelogramo é limitado à soma de dois vetores apenas. Para


somar mais vetores, precisaríamos aplicar a regra do paralelogramo para dois vetores, a partir
do resultante aplicar novamente a regra e assim sucessivamente. Isso torna o método nada
prático para o caso da soma de 𝑛 vetores.

A partir da lei dos cossenos e da regra do paralelogramo, quando o ângulo entre os dois
vetores não for de 90° e eles não forem colineares (de mesma direção) teremos que usar a lei
dos cossenos para determinar o módulo do vetor resultante.

Trarei novamente essa relação. Repare que precisaremos saber o módulo de cada um dos
vetores a ser somado e também o ângulo formado entre os dois vetores.

Figura 00.07 – Soma de vetores com um ângulo 𝜶 qualquer entre si.


𝟐 𝟐 Soma de vetores
|𝐒| = |𝐚⃗|𝟐 + |𝐛| − 𝟐 ∙ |𝐚⃗| ∙ |𝐛| ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝜽
com um ângulo 𝜽
entre si

⃗ e ⃗𝒃 são
(2019/INÉDITA) Determine o módulo do vetor resultante sabendo que 𝒂
representados logo abaixo. Dados |𝒂 ⃗ | = 𝟓.
⃗ | = 𝟑 e |𝒃

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 28


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Comentários

Inicialmente, encontraremos o vetor resultante 𝑠 = 𝑎 + 𝑏⃗ pela regra do paralelogramo, e


determinaremos seu módulo utilizando a lei dos cossenos:

Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ABC, tendo o cuidado de lembrar que o ângulo
𝜃 fica posicionado entre o vetor 𝑏⃗ e a translação do vetor 𝑎, logo, vale 180° − 60°, temos:

2
|𝑠|2 = |𝑎|2 + |𝑏⃗| − 2 ⋅ |𝑎| ⋅ |𝑏⃗| ⋅ cos(180° − 60°)

2
|𝑠|2 = |𝑎|2 + |𝑏⃗| − 2 ⋅ |𝑎| ⋅ |𝑏⃗| ⋅ cos(120°)

1
|𝑠|2 = 32 + 52 − 2 ⋅ 3 ⋅ 5 ⋅ (− )
2

1
|𝑠|2 = 32 + 52 −2 ⋅ 3 ⋅ 5 ⋅ (− )
2

|𝑠|2 = 32 + 52 + 3 ⋅ 5

|𝑠| = √49 = 7

Gabarito: |𝒔
⃗| =𝟕

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 29


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⃗,
(2019/INÉDITA) Qual das alternativas abaixo é uma relação verdadeira entre os vetores 𝒂
⃗𝒃, 𝒄
⃗ e ⃗𝒅.

a) 𝑎 + 𝑏⃗ = 𝑐 + 𝑑
b) 𝑎 + 𝑐 = 𝑑 + 𝑏⃗
c) 𝑎 + 𝑑 = 𝑐 + 𝑏⃗
d) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 + 𝑑 = ⃗0
e) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 = 𝑑

Comentários

Ao fazermos a soma vetorial entre 𝑎 e 𝑑 , vemos que o vetor resultante é de mesmo


módulo, direção e sentido ao vetor 𝑐 + 𝑏⃗. Podemos perceber isso pelo fato de 𝑎 e 𝑏⃗
compartilharem a mesma origem, e 𝑐 e 𝑑 o mesmo destino.

Gabarito: “c”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Na superfície de um lago de águas calmas, dois


⃗ e ⃗𝒃, separadas por um ângulo de 120°.
rebocadores exercem em um navio as forças 𝒂

⃗ e ⃗𝒃 é próximo de
O módulo do vetor diferença entre 𝒂
a) 15 𝑘𝑁
b) 21 𝑘𝑁
c) 24 𝑘𝑁
d) 31 𝑘𝑁

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 30


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e) 48 𝑘𝑁

Note e adote

Os módulos dos vetores são |𝑎| = 16 𝑘𝑁 e |𝑏⃗| = 20 𝑘𝑁.

Se precisar, use √61 ≅ 7,8.

Comentários

Podemos determinar o vetor diferença geometricamente, ligando a extremidade do


segundo vetor a extremidade do primeiro. Em seguida, calcularemos o seu módulo.

Pela Lei dos cossenos, para o triângulo formado pelos vetores, temos:

2 2
|𝑑 | = |𝑎|2 + |𝑏⃗| − 2|𝑎| ⋅ |𝑏⃗| ⋅ cos(120°)

2 1
|𝑑| = 162 + 202 − 2 ⋅ 16 ⋅ 20 ⋅ (− )
2

2
|𝑑| = 256 + 400 + 320 = 976

|𝑑 | = √976 = √24 ⋅ 61 = 4 ⋅ √61

|𝑑 | = 4 ⋅ 7,8 = 31,2 𝑘𝑁

Gabarito: “d”.

4 - MOVIMENTO: DESLOCAMENTO E VELOCIDADE


A parte da Física responsável por estudar os movimentos é denominada Cinemática.
Quando estudamos o movimento de uma grandeza escalar estaremos tratando da Cinemática
escalar. Por outro lado, a Cinemática vetorial trata do movimento de grandezas vetoriais.
Grandezas escalares podem ser definidas somente pelo seu módulo.

Mas qual a diferença prática entre uma grandeza vetorial e uma escalar?

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 31


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Nunca podemos tomar algo como uma verdade absoluta, sobretudo na Física. Contudo,
existem grandezas que são conhecidas por apresentar natureza escalar, são elas o tempo,
a temperatura, a massa, o trabalho de uma Força, o volume de um corpo, dentre outras.

Também existem as grandezas que são conhecidamente vetoriais, tais como a força, a
aceleração, a velocidade e o deslocamento.

Tenha em mente: uma grandeza escalar pode ser definida apenas por seu módulo,
ao passo que uma grandeza vetorial necessita de módulo, direção e sentido.

Grandeza • Módulo
escalar

• Módulo
Grandeza • Direção
vetorial • Sentido

Quando um automóvel se move em uma rodovia e seu velocímetro assinala 80 𝑘𝑚⁄ℎ, a


sua velocidade é uma grandeza vetorial? Ele desenvolve 80 𝑘𝑚 a cada hora, mas em qual
direção e em qual sentido? Perceba que a informação se torna incompleta quando a direção e
o sentido não são fornecidos.

Fique atento a esses exemplos clássicos, pois a chance de que o examinador espere que
você resolva as questões considerando a natureza escalar ou vetorial deles é grande.

4.1 - CONCEITOS IMPORTANTES


Nesse subtópico trarei os principais conceitos necessários para o entendimento do
movimento do ponto de vista da disciplina de Física.

4.1.1 - Instante e intervalo de tempo


O instante de tempo é o momento na qual o tempo é registrado. O instante na qual o
tempo inicial está associado, 𝑡0 , costuma ser chamado de origem dos tempos.

Já o intervalo de tempo é aquele marcado por um cronômetro entre o início e o fim de


um evento, seja ele o movimento de um corpo ou o período de duração de uma aula. Ele é
normalmente marcado em minutos, horas ou segundos, sendo esse último a sua unidade
padronizada no SI.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 32


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4.1.2 - Ponto material e corpo extenso


Quando as dimensões de um determinado ponto são desprezíveis no estudo de um
determinado fenômeno, denomina-se esse um ponto material. Por outro lado, quando as
dimensões do corpo devem ser consideradas, esse será um corpo extenso.

Um mesmo corpo pode ser considerado um ponto material ou um corpo extenso,


dependendo da situação estudada.

Vamos tomar como exemplo um veículo de lançamento reutilizável, popularmente


conhecido como um foguete. Quando calculado o seu tempo de viagem desde o lançamento até
o seu destino em órbita, as suas dimensões podem ser desprezadas, se comparadas com o
tamanho de seu percurso, ou seja, ele pode ser considerado um ponto material.

Por outro lado, quando o veículo é manobrado e transportado dentro de uma base de
lançamento as suas dimensões são cuidadosamente consideradas. Nesse cenário ele é
considerado um corpo extenso.

4.1.3 - Referencial, movimento e repouso


Imagine-se dentro de um ônibus em movimento. No velocímetro do veículo lê-se 50 𝑘𝑚⁄ℎ.
Você está em movimento em relação ao ônibus? O ônibus está em movimento em relação a via?
Você está em movimento em relação a via?

Logicamente, estando sentado em seu assento, você não estará em movimento em


relação ao ônibus, porém, esse estará em movimento em relação à via. E você também
estará em movimento em relação à via.

Dizemos que um corpo está em repouso (parado) se sua posição não varia com o passar
do tempo. Caso sua posição se altere com o passar do tempo dizemos que o corpo está em
movimento. Contudo, é possível que um corpo esteja em repouso em relação a um determinado
referencial e em movimento em relação a outro.

4.1.4 - Distância percorrida e deslocamento vetorial

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 33


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Esses dois conceitos são amplamente confundidos. Imagine um carro percorrendo


um trajeto entre uma cidade A e outra cidade B. O quanto o hodômetro (instrumento
que marca a quilometragem) do carro aferir dentre uma cidade e outra é a distância
percorrida. Agora imagine um helicóptero fazendo um trajeto retilíneo (em linha reta)
entre as cidades A e B: essa seria o deslocamento vetorial entre as duas cidades.

A distância pode ser aferida em quilômetros, decímetros, milhas, jardas, pés, dentro
outros. Porém a sua unidade padronizada no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o metro.

Vamos tomar um exemplo para ilustrar essa definição: um corpo vai de uma posição 𝑺𝟏 =
𝟐𝟎 𝒌𝒎 até outra 𝑺𝟐 = 𝟖𝟎𝒌𝒎 e depois migra para 𝑺𝟑 = 𝟒𝟎𝒌𝒎, assim, temos que:

A distância percorrida será de 60 𝑘𝑚 + 40 𝑘𝑚 = 100 𝑘𝑚. Note que de 𝑆1 = 20 𝑘𝑚 até 𝑆2 =


80 𝑘𝑚 temos a distância percorrida de 60 𝑘𝑚 e de 𝑆2 = 80 𝑘𝑚 até 𝑆3 = 40 𝑘𝑚 a distância
percorrida é de 40 𝑘𝑚.

Já o deslocamento vetorial será de 20 𝑘𝑚, visto que do ponto inicial 𝑆1 = 20 𝑘𝑚 ao ponto


final do percurso 𝑆3 = 40 𝑘𝑚, temos o deslocamento de 20 𝑘𝑚.

4.1.5 - Trajetória
A trajetória de um corpo é o caminho que ele percorre. Geralmente as questões abordam
trajetórias lineares (em linha reta) ou circulares.

A trajetória pode variar conforme o referencial. Imagine um garoto dentro de um ônibus


que solta uma bola. Para o rapaz, a bola faz uma simples trajetória vertical.

Figura 00.08 – A trajetória vertical da bola, tomando o rapaz como referencial.

Imagine agora que uma pessoa num ponto de ônibus seja capaz de enxergar a trajetória
desenvolvida pela bola. Para essa pessoa, a bola descreve uma trajetória parabólica.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 34


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Figura 00.09 – A trajetória parabólica da bola, tomando um referencial externo.

Esse conceito já foi cobrado:

(2000/UFMG) Julia está andando de bicicleta, com velocidade constante, quando deixa cair
uma moeda. Tomás está parado na rua e vê a moeda cair. Assinale a alternativa em que
melhor estão representadas as trajetórias da moeda, como observadas por Júlia e por
Tomás.

a)

b)

c)

d)
Comentário

Pelo referencial de Júlia, não existe movimento relativo na horizontal entre a moeda e a
Júlia andando de bicicleta, pois a moeda sai com a mesma velocidade horizontal que Júlia.
Então, Júlia vê a moeda cair na vertical.

Por outro lado, Tomás, parado na rua, vê a composição do movimento horizontal junto
com o movimento vertical da moeda. Ele vê a moeda indo “para a frente”, na direção do
deslocamento de Júlia, e, ao mesmo tempo, vê a moeda caindo na vertical. Essa composição de
movimento descreve uma trajetória curva, formando um arco de parábola.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 35


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Gabarito: “c”.

4.1.6 - Velocidade
Intuitivamente, a velocidade de um corpo está associada com a rapidez que ocorre o seu
deslocamento. Se um carro é capaz de atravessar uma ponte em 10 segundos a qual um ônibus
demora 20 segundos para atravessar, dizemos que o carro fez a travessia de maneira mais veloz.

4.1.7 - Tipos de movimento


No movimento progressivo o móvel se desloca no mesmo sentido de orientação do eixo
da trajetória. Isso implica variação da posição positiva ∆𝑆 > 0 e, por consequência, velocidade
positiva 𝑉 > 0.

Figura 00.10 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o


sentido crescente da marcação da quilometragem.

De maneira contrária, no movimento retrógrado o móvel se desloca no sentido oposto ao


de orientação do eixo da trajetória. Isso implica variação da posição negativa ∆𝑆 < 0 e, por
consequência, velocidade negativa 𝑣 < 0.

Figura 00.11 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o


sentido decrescente da marcação da quilometragem.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 36


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

4.2 - O MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME


O movimento retilíneo e uniforme (MRU) se caracteriza pelo deslocamento de um corpo
em uma trajetória retilínea (em linha reta) e com velocidade constante (uniforme). A única
equação, de fato, utilizada em questões desse conteúdo é a da velocidade.

4.2.1 - A velocidade para o MRU


A velocidade, para o movimento retilíneo e uniforme, se caracteriza pela razão entre a
variação da posição, ou deslocamento, e o tempo gasto durante esse movimento.


∆𝑺 Velocidade para o MRU
⃗𝒗 =
∆𝒕

𝒎 [𝑺] = 𝒎 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔) [𝒕] = 𝒔 (𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔)


[𝒗
⃗ ]= (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐)
𝒔

É comum utilizarmos uma pequena seta acima da grandeza que queremos destacar. Caso
essa grandeza seja vetorial, então utilizamos a seta, caso seja escalar, a omitimos.

Note que durante este curso, sempre que uma nova equação for introduzida, as unidades
das grandezas envolvidas serão expressas. Destaca-se que a grandeza velocidade tem como
unidade padrão no SI o metro por segundo, ou [𝑚/𝑠].

A velocidade de um corpo pode definida pela razão entre sua distância percorrida e o
intervalo de tempo ou pela razão entre seu deslocamento e o intervalo de tempo. No
primeiro caso temos a chamada velocidade média, e no segundo simplesmente a velocidade.

Veja como como isso é cobrado:

(1998/PUC CAMPINAS/MODIFICADA) Num bairro, onde todos os quarteirões são


quadrados e as ruas paralelas distam 𝟏𝟎𝟎 𝒎 uma da outra, um transeunte faz o percurso
de P a Q pela trajetória representada no esquema a seguir.
a) Qual a distância percorrida pelo transeunte?
b) Qual o seu deslocamento vetorial?
c) Supondo que ele demorou 15 minutos para percorrer este percurso, qual a sua
velocidade média? E a sua velocidade considerando o deslocamento vetorial?
Comentários

Sabendo que cada quarteirão mede 100 𝑚 podemos pela figura deduzir que a distância
total percorrida é de 700 𝑚. Sabemos que 1 minuto equivale a 60 𝑠, portanto o tempo total de
caminhada foi de 900 𝑠.

Podemos escrever a razão entre a distância percorrida e o tempo total de caminhada para
determinarmos a velocidade média:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 37


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

∆𝑆 700 Velocidade
𝑣= = ≅ 0,78 𝑚⁄𝑠
∆𝑡 900 escalar

Para determinarmos o deslocamento vetorial é preciso calcular a menor distância entre os


pontos P e Q. Para isso podemos traçar uma linha reta na figura. Com isso percebe-se que é
possível calcular a distância d através do cálculo da hipotenusa do triângulo retângulo destacado.

Aplicando o Teorema de Pitágoras temos que:

𝑑 2 = 3002 + 4002 Deslocamento vetorial

𝑑2 = 9000 + 16000 = 25000

𝑑 = √25000 = 500 𝑚

E, por fim, podemos calcular a velocidade vetorial da seguinte maneira:

∆𝑆 500 Velocidade vetorial


𝑣= = ≅ 0,56 𝑚⁄𝑠
∆𝑡 900

Gabarito: a) ∆𝑺 = 𝟕𝟎𝟎 𝐦 b) 𝒅 = 𝟓𝟎𝟎 𝐦 c) 𝒗 ≅ 𝟎, 𝟕𝟖 𝒎⁄𝒔 d) 𝒗


⃗ ≅ 𝟎, 𝟓𝟔 𝒎⁄𝒔.

(2019/Inédita) Suponha que durante uma olhada rápida para a tela do celular para checar
uma notificação, um motorista pode ficar sem prestar atenção na via por até 𝟐 𝒔. Se esse
motorista estiver dirigindo a 𝟑𝟎 𝒎/𝒔 em uma rodovia, qual a distância que ele irá percorrer
sem ter prestado atenção à via?

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 38


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Comentários

Podemos calcular a distância usando a relação da velocidade para o MRU:

∆𝑆
𝑣=
∆𝑡

Ao isolarmos a distância nessa relação, temos:

∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡

Por fim, substituindo-se os valores fornecidos:

∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡 = 30 ∙ 2 = 60 𝑚

Gabarito: ∆𝑺 = 𝟔𝟎 𝒎

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Um arqueiro profissional flechou um alvo que estava


distante dele de 90 metros. Sabendo que a velocidade média do objeto voador foi de 180
km/h, o tempo decorrido entre o instante que ele dispara a flecha e aquele que ele escuta
o seu impacto no alvo é próximo de

Note e adote:

- Considere o ar em repouso e ignore sua resistência

- Velocidade do som no ar: 360 m/s


a) 0,8 𝑠.
b) 1,4 𝑠.
c) 2,0 𝑠.
d) 2,6 𝑠.
e) 3,2 𝑠.

Comentários

O tempo que a flecha levou para chegar ao alvo foi de:

Δ𝑆 90𝑚
𝑣𝑚 = ∴ Δ𝑡1 = = 1,8 𝑠
Δ𝑡 180 ⋅ (1/3,6)𝑚/𝑠

O tempo que o som do impacto leva para chegar ao arqueiro é de:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 39


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Δ𝑆 90𝑚
𝑣𝑚 = ∴ Δ𝑡2 = = 0,25 𝑠
Δ𝑡 360 𝑚/𝑠

Então o tempo total é de 2,05 segundos, que é aproximadamente 2,0 s.

Gabarito: “c”.

(2020/INÉDITA/HENRIQUE GOULART) Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins


partiram da Lua há 50 anos atrás, mas um dos experimentos que eles deixaram para trás
continua retornando novos dados até hoje: os retrorrefletores. Junto com os astronautas
da Apollo 11, os da Apollo 14 e 15 também deixaram mais desses “espelhos” na superfície
lunar.

https://rocketsciencebrasil.com/2020/02/20/o-experimento-da-apollo-11-que-continua-funcionando/

Sabendo-se que a luz se propaga a uma velocidade de 300000km/s e que a distância que
separa a Terra e a Lua é cerca de 400000km, o tempo que um feixe de laser emitido daqui
da Terra leva para ser refletido na Lua e voltar vale
a) cerca de um segundo.
b) cerca de dois segundos.
c) igual a 4/3 de segundo.
d) pouco menos de três segundos.
e) pouco mais de três segundos.

Comentários

A relação entre velocidade, distância e tempo é dada pela equação abaixo:

∆𝑆 = 𝑣 ⋅ 𝑡

A distância percorrida pelo laser para ir e voltar é igual ao dobro da distância Terra-Lua,
2x400000 = 800000km. Além disso, a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas
vale 300000km/s.

Assim, podemos calcular o tempo que levou um feixe de laser para sair e retornar à Terra,
sendo refletido na superfície da Lua:

800000 = 300000 ⋅ 𝑡

800000 8
𝑡= = ≅ 2,7 𝑠
300000 3
O tempo de 2,7s é um pouco menos de três segundos.

Gabarito: “d”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 40


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) A pandemia de coronavírus trouxe a necessidade de


isolamento social e fechou inúmeras fronteiras. Com isso, um dos setores mais afetados
foi o do turismo. E esse cenário pode trazer uma mudança no comportamento dos
consumidores pós-pandemia. Segundo especialistas, as viagens nacionais e de carro
devem voltar ao radar.

valorinveste.globo.com/objetivo/organize-as-contas/noticia/2020/07/14/viagens-nacionais-e-de-carro-voltam-ao-radar-

com-pandemia-afirmam-especialistas.ghtml

As viagens de carro devem voltar ao radar no pós-pandemia. Hoje, podemos exaltar que
um dos trechos mais utilizados é o trajeto entre a cidade do Rio de Janeiro e a de São
Paulo. Caso mantida a velocidade constante de 80 km/h, o tempo total gasto nesse trajeto
é de 5 horas e 42 minutos. Nesse cenário, o volume de gasolina necessário para o trajeto
será próximo de

Dados: Consumo de Gasolina: 12 km/l.


a) 12 l
b) 24 l
c) 38 l
d) 29 l
e) 46 l

Comentários

Inicialmente, devemos encontrar a distância entre RJ e SP. Para isso, temos:

𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒: 80 𝑘𝑚/ℎ

𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜: 5ℎ 42𝑚𝑖𝑛

Da expressão da velocidade, temos:

Δ𝑆
𝑣= → Δ𝑆 = 𝑣 ⋅ Δ𝑡
Δ𝑡
Entretanto, antes de substituirmos na fórmula, devemos converter o tempo para horas:

42 50 7 57
5ℎ42𝑚𝑖𝑛 → 5ℎ + ℎ→ ℎ+ ℎ= ℎ = 5,7ℎ
60 10 10 10
Assim, podemos aplicar a fórmula:

𝑘𝑚
Δ𝑆 = 𝑣 ⋅ Δ𝑡 = 80 ⋅ 5,7ℎ ⇒ Δ𝑆 = 456 𝑘𝑚

Agora que temos a distância, podemos saber quantos litros de gasolina foram
necessários, aplicando a razão dada:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 41


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑘𝑚
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = = 12
𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑙
456 456
12 = → 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = = 38 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 12
Gabarito: “c”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) No norte do nosso país existe uma grande quantidade de


ribeirinhos, pessoas que moram nas margens dos extensos rios que cortam a região.
Muitos deles utilizam barcos e canoas como principal meio de transporte.

Considere um desses moradores tentando atravessar um rio com a distância de 350


metros entre as margens paralelas e uma correnteza que traz uma velocidade média de
𝟏, 𝟎𝟎 𝒎/𝒔. Para chegar a um ponto que se encontra na outra margem, a 100 metros de sua
casa rio abaixo, ele rema com uma velocidade constante de 𝟐, 𝟎𝟎 𝒎/𝒔 perpendicularmente
à correnteza.
A distância, em metros, em relação a sua casa do ponto em que ele deve sair é de
a) 75, rio acima.
b) 300, rio abaixo.
c) 150, rio acima.
d) 50, rio abaixo.
e) 500, rio acima.

Comentários

Calculemos o tempo que o ribeirinho levará para chegar à outra margem, utilizando
equações do movimento retilíneo uniforme, uma vez que remando perpendicularmente à
correnteza, a velocidade desta não terá influência no tempo de travessia do rio:

𝑣 = ∆𝑠/∆𝑡

∆𝑠 350
∆𝑡 = = = 175 𝑠
𝑣 2

Este é o tempo que o barco ficará em água, sob ação da correnteza. Podemos calcular o
deslocamento causado por ela da seguinte maneira:

𝑣𝑐 = ∆𝑠/∆𝑡

∆𝑠 = 𝑣𝑐 ⋅ ∆𝑡 = 1 ⋅ 175 = 175 𝑚

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 42


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Uma vez que o ponto de chegada do ribeirinho está a 100 m de sua casa, no sentido do
comprimento do rio, o barco deve sair de um ponto que dista 175 − 100 = 75 𝑚 da residência rio
acima.

Gabarito: “a”.

4.2.2 - A equação horária do movimento uniforme:


A equação horaria do movimento uniforme relaciona a posição ocupada por um corpo
no espaço com a sua velocidade 𝑉 e a posição inicial por ele ocupada 𝑆0 .

𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗 ∙ 𝒕 Equação da posição para o


MRU

𝒎 [𝑺] = 𝒎 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔) [𝒕] = 𝒔


[𝒗
⃗ ]=
𝒔

A definição da velocidade e a equação da posição para o MRU trazem a mesma ideia?

Sabemos que a quarta letra do alfabeto grego ∆ (delta) traz, para a Física, o significado
de variação. Logo, ∆𝑆 significa a posição final 𝑆 subtraída da posição inicial 𝑆0 :

∆𝑆 = 𝑆 − 𝑆0 Variação da posição

Ao substituirmos a variação da posição na definição da velocidade, encontraremos:

𝑆 − 𝑆0
𝑣=
∆𝑡

𝑣 ∙ ∆𝑡 = 𝑆 − 𝑆0

Finalmente, podemos passar 𝑆0 para o outro lado da igualdade e, sabendo que ∆𝑡 e 𝑡 na


prática significam um intervalo de tempo, e, portanto, podem ser escritas uma no lugar da outra:

Equação da posição em função


𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡
do tempo para o MRU

Escrever 𝑆(𝑡) ao invés de 𝑆 também pouco difere, de forma prática. Normalmente


encontramos a equação escrita da primeira maneira para que fique claro que a posição 𝑆
depende do tempo 𝑡. Daí o nome equação horária do movimento uniforme.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 43


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

4.2.3 - A relação entre 𝒌𝒎/𝒉 e 𝒎/𝒔:


A unidade mais usual para a velocidade, durante o nosso cotidiano, é o 𝑘𝑚/ℎ. Entretanto,
para o Sistema Internacional de Unidades essa grandeza deve ser expressa em 𝑚/𝑠. Essa
mistura de unidades é bastante explorada em provas de vestibular.

Sabemos que 1 𝑘𝑚 = 1000 𝑚. Temos também que 1ℎ = 3600 𝑠. A partir dessas duas
relações, podemos encontrar a relação entre 𝑘𝑚/ℎ e 𝑚/𝑠:

𝑘𝑚 1000 𝑚 1 𝑚 𝑚 𝑘𝑚
1 = = 𝑜𝑢 1 = 3,6
ℎ 3600 𝑠 3,6 𝑠 𝑠 ℎ

𝟏 𝒎/𝒔 = 𝟑, 𝟔 𝒌𝒎/𝒉

Como a maioria das questões traz sempre valores múltiplos de 5 𝑚/𝑠, a seguinte tabela
pode lhe ajudar a economizar algum tempo com essa conversão de unidades:

𝒎/𝒔 𝒌𝒎/𝒉

5 18

10 36

15 54

20 72

30 108

40 144

Tabela 00.6 – Os principais valores para a velocidade usados em questões.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Em uma corrida de Fórmula 1, o escocês Coulthard correu


a reta de chegada com uma velocidade média de 360 km/h no Grande Prêmio da Itália. O
escocês percorreu essa reta, que possui 900 metros, em um tempo, aproximado, de:
a) 2,5 𝑠. b) 9,0 𝑠 c) 0,7 𝑠. d) 4,5 𝑠.

Comentários

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 44


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Primeiro, devemos converter a unidade da velocidade para o sistema internacional, e


depois, aplicamos o conceito de velocidade média para calcularmos o tempo.

1 𝛥𝑠 900
vm = 360km/h ⋅ = 100𝑚/𝑠 = ∴ Δ𝑡 = = 9,0𝑠
3,6 𝛥𝑡 100

Gabarito: “b”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) A Grande Muralha da China, construída na dinastia Ming,


liga a cidade de Hushan, no litoral até Jiayuguan, no interior do País, percorrendo
𝟖𝟖𝟓𝟏, 𝟖 𝒌𝒎. Um ciclista resolve percorrer essa distância com velocidade média de 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔.
Sabendo que o ciclista pedala 8,0 horas por dia, todos os dias, a quantidade de dias gastas
no percurso foi próxima de
a) 20. b) 62. c) 221. d) 492.

Comentários

Primeiro, precisamos converter a unidade da velocidade para quilômetros e hora.

v = 5,0 m/s ⋅ 3,6 = 18 km/h

𝑣 = 18 𝑘𝑚/ℎ ⋅ 8ℎ/𝑑𝑖𝑎 = 144 𝑘𝑚/𝑑𝑖𝑎

Δ𝑆 8851,8
𝑣= ∴ Δ𝑡 = = 61,5 𝑑𝑖𝑎𝑠
Δ𝑡 144

Gabarito: “b”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Dois irmãos, que moram em uma mesma casa, combinam
de se encontrar em determinado ponto no centro da cidade em que moram pela manhã.
Um deles resolve ir de bicicleta e, estimando uma velocidade média 𝒗𝟏 = 𝟏𝟖 𝒌𝒎/𝒉, calcula
que precisará sair de casa 15 minutos antes da hora marcada com o intuito de chegar
precisamente no horário estipulado. Para também ser pontual, o tempo que o segundo
irmão precisará sair de casa antes da hora do encontro, sendo que decidiu ir a pé com
uma velocidade média 𝒗𝟐 = 𝟓 𝒌𝒎/𝒉 é de
a) 54 minutos. b) 15 minutos. c) 65 minutos. d) 32 minutos.

Comentários

Para encontrar o tempo que o irmão levará para chegar ao ponto de encontro, é preciso
calcular a distância da casa até o local. Podemos realizar esse cálculo a partir da velocidade 𝑣1
do irmão com a bicicleta, e o tempo gasto por ele para chegar:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 45


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

∆𝑠
𝑣1 =
∆𝑡

18
∆𝑠 = 𝑣1 ⋅ ∆𝑡 = ⋅ 15 ⋅ 60 = 4500 𝑚
3,6

Uma vez que a distância percorrida será a mesma para ambos, o tempo que o segundo
irmão levará para chegar ao local andando é de:

∆𝑠
𝑣2 =
∆𝑡

∆𝑠 4500
∆𝑡 = = = 3240 𝑠 = 54 𝑚𝑖𝑛
𝑣2 ( 5 )
3,6

Gabarito: “a”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) O projeto do trem-bala, que ligaria a cidade do Rio de


Janeiro à Campinas passando por São Paulo, poderia ser um grande projeto de integração
nacional. A composição fará o percurso, de 510 km, com velocidade média de 300 km/h.
Considerando que um carro de passeio faça um percurso de mesma distância, e sem
paradas, em um tempo 2,5 vezes maior que o tempo do trem-bala, aquele terá velocidade
média próxima de
a) 20 m/s b) 90 km/h c) 100 m/s d) 120 km/h e) 144 m/s

Comentários

Primeiro, devemos calcular o tempo que o trem fará o percurso:

ΔS 510
vm = ∴ Δt trem = = 1,7 h
Δt 300

Δt carro = 2,5 ⋅ Δt trem ∴ Δt carro = 4,25 h

ΔS 510
vm carro = =
Δt carro 4,25

vm carro = 120 𝑘𝑚/ℎ

Gabarito: “d”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 46


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(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Em um evento promocional, uma pessoa munida de


equipamentos de proteção, deve ser mais veloz que um drone em um trajeto do início de
uma longa escada rolante, devidamente preparada para o esforço a qual será exposta, até
o seu final em um piso superior. O aparelho é programado para movimentar a sua esteira
com velocidade de 𝟑, 𝟔 𝒌𝒎/𝒉 em relação às laterais do equipamento e em sentido contrário
ao movimento do participante.

O veículo aéreo não tripulado pode efetuar movimentos verticais, com velocidade de
módulo igual a 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔 ou horizontais com módulo igual 𝟏𝟎 𝒎/𝒔. Os intervalos de tempo
necessários para atingir tais velocidades, ou envolvidos com a reação do operador do
dispositivo, devem ser desprezados.
Sendo a diferença de nível entre os dois andares de 𝟗, 𝟎 𝒎 e a extensão da malha exposta
da escada rolante de 𝟏𝟓 𝒎, a velocidade média mínima com a qual a pessoa deve se mover,
em relação às laterais do equipamento, de modo a chegar simultaneamente com o objeto
voador ao ponto final do desafio deve ser de
a) 6,0 𝑘𝑚/ℎ b) 6,0 𝑚/𝑠 c) 3,0 𝑘𝑚/ℎ d) 3,0 𝑚/𝑠 e) 3,6 𝑘𝑚/ℎ
Comentários

O drone deverá percorrer uma trajetória vertical de 9,0 𝑚, e outra horizontal de 12 𝑚. Essa
última pode ser inferida pelo triângulo retângulo com catetos iguais a 9,0 𝑚 e 12 𝑚, além da
hipotenusa com a extensão da escada rolante de 15 𝑚. Devemos calcular o tempo total que será
gasto pelo dispositivo voador:

∆𝑆𝑥 12
∆𝑡𝑥 = = = 1,2 𝑠
𝑣𝑥 10
∆𝑆𝑦 9,0
∆𝑡𝑦 = = = 1,8 𝑠
{ 𝑣𝑦 5,0

Dessa forma, o drone levará um tempo de 3,0 𝑠 para completar o percurso. Sabemos que
o homem deve percorrer um trajeto de 15 𝑚 com uma velocidade que será dada pela diferença
entre sua velocidade em relação às laterais da escada rolante e a velocidade da máquina, que
atrapalha o seu movimento pois está em sentido oposto.

∆𝑆
𝑣ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 − 𝑣𝑒𝑠𝑐𝑎𝑑𝑎 =
∆𝑡

15
𝑣ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 − 1,0 =
3,0

𝑣ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 = 5,0 + 1,0 = 6,0 𝑚/𝑠

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 47


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Gabarito: “b”.

4.2.4 - A velocidade escalar média


Suponha que uma família decida fazer uma viagem do Rio de Janeiro até São Paulo,
fazendo uma parada na divisa entre os dois estados para tirar algumas fotos, e outra em São
José dos Campos para almoçar na casa do professor Toni.

Figura 00.12 - Representação da trajetória de São Paulo ao Rio de Janeiro no espaço.

Vamos fazer algumas suposições:

• A distância entre o centro do Rio de Janeiro e o centro de São Paulo é de 500 𝑘𝑚,
passando pela casa do professor Toni em São José dos Campos.

• O tempo levado no percurso do centro do Rio de Janeiro até a divisa RJ/SP foi de 4 horas.

• A família ficou tirando fotos durante meia hora.

• O tempo levado no percurso da divisa RJ/SP até São José dos Campos foi de 2 horas.

• O almoço demorou 1 hora e 30 minutos.

• O percurso final, da casa do professor Toni, em São José dos Campos, até o São Paulo
também foi de 2 horas.

Nessas condições, qual a velocidade média durante a viagem?

A primeira dúvida que esse tipo de cálculo costuma suscitar é: o tempo que o carro ficou
parado, durantes as fotos e posteriormente durante o almoço, deve entrar no cálculo? SIM! A
velocidade média de um percurso é definida pela razão entre a variação de espaço e o tempo
total do trajeto, inclusive paradas e afins. Dessa forma, para a viagem em questão, temos:

∆𝑆
𝑣𝑚 =
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

500 500
𝑣𝑚 = = = 50 𝑘𝑚/ℎ
4 + 0,5 + 2 + 1,5 + 2 10

Como aplicação da relação aprendida anteriormente, quanto vale essa velocidade em


𝑚/𝑠?

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 48


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𝑣𝑚 = 50 𝑘𝑚/ℎ = 50 ÷ 3,6 𝑚/𝑠 ≅ 14 𝑚/𝑠

(2019/INÉDITA) Um veículo viaja em uma estrada retilínea por 80 km a 40 km/h. Em


seguida, o automóvel segue pela mesma estrada e percorre mais um trecho de 80 km e
desta vez a 80 km/h pelo fato de o trecho ter a pavimentação melhor.
a) Qual é a velocidade média do automóvel neste percurso de 160 km?
b) Caso o veículo fizesse uma pausa de meia hora entre os dois trechos para fazer um
lanche, qual seria a velocidade média do percurso total?
Comentários

Para calcularmos a velocidade média devemos utilizar a definição de velocidade do MRU:

∆𝑆 Definição de velocidade do
𝑣=
∆𝑡 MRU

Primeiro precisamos calcular o tempo total, para isso aplicaremos a definição de


velocidade do MRU para cada um dos trechos, com o objetivo de obter o tempo gasto pelo
veículo para percorrer cada trecho. Reescrevendo a definição da velocidade, explicitando o
intervalo de tempo, temos:

∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣

E para cada um dos trechos:

∆𝑆1 80
∆𝑡1 = = =2ℎ
𝑣1 40

∆𝑆2 80
∆𝑡2 = = =1ℎ
𝑣2 80

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑡1 + ∆𝑡2 = 2 + 1 = 3ℎ

Finalmente, podemos calcular a velocidade média pela razão entre a distância total
percorrida e o tempo total gasto para fazê-lo:

∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = = 53, 3̅ ≅ 53 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 49


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Para o cálculo da nova velocidade média basta acrescentarmos o tempo que o veículo
ficou parado ao tempo total da viagem.

∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = ≅ 45,8 ≅ 46 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3,5

Sempre que o avaliador pedir a velocidade média devemos considerar todo o tempo da
viagem, mesmo que o veículo esteja parado por alguns momentos.

Gabarito: a) 𝒗𝒎 = 𝟓𝟑 𝒌𝒎/𝒉 b) 𝒗𝒎 = 𝟒𝟔 𝒌𝒎/𝒉

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Um avião parte do Aeroporto Internacional Tom Jobim


(GIG) com destino final para o Aeroporto Internacional de Natal (NAT). Em seu plano de
voo, existe uma parada no Aeroporto Internacional de Confins (CNF) para a entrada de
novos passageiros. No primeiro trecho a aeronave enfrenta ventos contrários em
desenvolve uma velocidade média em relação ao solo de 𝟕𝟓𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Na segunda etapa da
viagem, com a situação meteorológica mais favorável, a velocidade média é de 𝟗𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉.

O tempo total de viagem é mais próximo de


a) 2 horas 50 minutos b) 2 horas 55 minutos c) 3 horas 12 minutos
d) 3 horas 19 minutos e) 3 horas 33 minutos

Note e adote:
A aerovia que liga GIG a CNF possui aproximadamente 𝟒𝟖𝟓 𝒌𝒎 de extensão.

A aerovia que liga CNF a NAT possui aproximadamente 𝟏𝟕𝟗𝟔 𝒌𝒎 de extensão.

A aeronave ficou 40 minutos em CNF para reabastecimento e entrada de novos


passageiros.
Comentários

Isolando o intervalo de tempo na relação da velocidade escalar média, temos:

∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣

Para o primeiro trecho:

∆𝑆1 485
∆𝑡1 = = ≅ 0,65 ℎ = 38,8 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
𝑣1 750

E para o segundo trecho, de CNF até NAT:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 50


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∆𝑆2 1796
∆𝑡2 = = ≅ 2,0 ℎ = 120 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
𝑣2 900

O tempo total é dado pela soma dos tempos de translado ao tempo durante o qual o avião
ficou parado em CNF:

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑡1 + ∆𝑡2 + ∆𝑡𝐶𝑁𝐹

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 38,8 + 120 + 40 = 198,8 𝑚𝑖𝑛

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ≅ 3 ℎ 𝑒 19 𝑚𝑖𝑛

Gabarito: “d”

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) “Em Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança, Han
Solo, orgulhoso, alega que sua espaçonave fez o Percurso de Kessel em menos de doze
parsecs. Isso é estranho, como ele diz parsec como se fosse uma medida de tempo, em
vez de uma unidade de distância.”.

https://starwars.fandom.com/pt/wiki/Legends:Parsec Acesso em 17. jun. 2019.

Parsec é uma medida de distância que equivale a 3,3 anos-luz. Sabendo que a velocidade
da luz no vácuo vale 𝟑, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔, e que Han Solo percorreu o Percurso de Kessel, de 12
parsecs, em 10 minutos, podemos afirmar que a velocidade média da nave nesse trajeto
foi de
a) 7,1 ⋅ 107 𝑘𝑚/ℎ b) 2,2 ⋅ 1015 𝑘𝑚/ℎ c)6,0 ⋅ 106 𝑘𝑚/ℎ
d) 3,7 ⋅ 1013 𝑘𝑚/ℎ e) 6,2 ⋅ 1012 𝑘𝑚/ℎ

Comentários

Primeiro, vamos passar a medida de Parsec para metro.

31536000𝑠
1 parsec = 3,3 ano − luz ⋅ 3,0 ⋅ 108 𝑚/𝑠 ⋅
𝑎𝑛𝑜

1 parsec ≅ 3,1 ⋅ 1016 m

ΔS = 12 ⋅ 3,1 ⋅ 1016 ≅ 37,2 ⋅ 1016 m

Finalmente:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 51


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

37,2 ⋅ 1016 m 1min


vm = ⋅
10min 60s

vm ≅ 6,1 ⋅ 1014 m/s ≅ 2,2 ⋅ 1015 km/h

Gabarito: “b”.

(2019/INÉDITA) Um ciclista sobe uma ladeira com uma velocidade constante de 20 km/h e
desce a mesma ladeira com uma velocidade constante de 40 km/h. Calcule a velocidade
escalar média da viagem de ida e volta.

Comentários

Devemos usar a mesma definição de velocidade, e o tempo de cada trecho deve ser
calculado com o auxílio da mesma relação. Vamos chamar o comprimento da ladeira de 𝐿. Sendo
o comprimento da subida o mesmo da descida, podemos escrever:

∆𝑆𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + ∆𝑆𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝐿+𝐿


𝑣= =
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎

Podemos calcular cada tempo usando a relação da velocidade para o MRU, isolando o tempo:

∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 ∆𝑡: ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣

Substituindo o intervalo de tempo, temos:

2𝐿 2𝐿 2𝐿
𝑣= = =
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿
+ + +
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑉𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 20 40 40 40

2𝐿 40 2𝐿 ⋅ 40 80
𝑣= = 2𝐿 ∙ = = ≅ 27 𝑘𝑚/ℎ
3𝐿 3𝐿 3𝐿 3
40

Ao contrário do que nossa intuição nos leva a crer, a velocidade média não é de 30 km/h,
conforme demonstrado acima.

Gabarito: 𝒗 = 𝟐𝟕 𝒌𝒎/𝒉 .

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 52


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Dois amigos, 1 e 2, estavam disputando uma corrida de


kart em uma pista de formato circular de raio igual a 150 metros. Na largada, o carro de 2
teve um problema e terminou a primeira volta 15 segundos depois do carro de 1. Porém,
os dois terminaram a quarta volta juntos. Sabendo-se que do final da primeira volta até o
final da quarta volta ambos os carros mantiveram velocidades praticamente constantes, e
que a diferença entre essas velocidades foi de 𝟔, 𝟎 𝒎/𝒔, a velocidade média do carro 2, em
𝒎/𝒔, nas últimas 3 voltas foi próxima de

Se precisar, considere 𝛑 = 𝟑, 𝟎.
a) 36 b) 54 c) 72 d) 84 e) 98
Comentários

Pelo enunciado, os dois carros percorreram 3 voltas (a 2, 3 e 4) com velocidades


constantes, porém o carro 2, como teve o problema na largada, percorreu essas voltas com 15
segundos a menos que o carro 1.

3⋅2⋅π⋅R 6⋅π⋅R
v1 = =
t t

3⋅2⋅π⋅R 6⋅π⋅R
v2 = =
t − 15 t − 15

6⋅π⋅R 6⋅π⋅R
v2 − v1 = − =6
t − 15 t

t ⋅ π ⋅ R − (t − 15) ⋅ π ⋅ R = 𝑡 ⋅ (𝑡 − 15)

15 ⋅ 3 ⋅ 150 = 𝑡 ⋅ (𝑡 − 15)

t 2 − 15 ⋅ t − 6750 = 0

(𝑡 + 75) ⋅ (𝑡 − 90) = 0

Como a raiz deve ser positiva, o tempo de percurso das últimas 3 voltas do primeiro carro
é 90 segundos. Portanto, a velocidade do carro 2 será:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 53


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

6 ⋅ π ⋅ R 6 ⋅ 3 ⋅ 150 18 ⋅ 150
v2 = = = = 36 𝑚/𝑠
t − 15 90 − 15 75

Gabarito: “a”.

4.2.5 - Os gráficos do movimento retilíneo e uniforme


Ao compararmos a Equação da posição em função do tempo para o MRU com uma
equação de um polinômio do primeiro grau genérica, percebemos que a posição varia
linearmente em função do tempo 𝑺(𝒕), logo, teremos o gráfico na forma de uma reta.

𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗 ∙ 𝒕 Equação da posição em função do tempo para o MRU

𝒚(𝒙) = 𝑨 + 𝑩 ∙ 𝒙 Equação de um polinômio do 1º grau.

Perceba que A e B, assim como a Posição Inicial 𝑺𝟎 e a Velocidade V, são constantes. Se


a velocidade for positiva, o espaço cresce com a variação do tempo, o que gera uma curva
ascendente:

Figura 00.13 – A posição de um móvel em movimento progressivo em função do tempo.

Por outro lado, caso a velocidade do móvel seja negativa, o espaço decresce com a
variação do tempo, o que gera uma curva descendente.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 54


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Figura 00.14 – A posição de um móvel em movimento retrógrado em função do tempo.

Num gráfico de posição em função do tempo, a tangente do ângulo que a curva faz com
a reta horizontal (tracejada), 𝛼 e 𝛽, respectivamente, é numericamente igual a velocidade do
móvel.

𝑣𝑁
= 𝑡𝑔𝛼

Para o caso do movimento retrógrado, a 𝑡𝑔𝛽 𝑁 =|𝑣|. Entretanto, temos que neste caso
a velocidade é negativa, então, devemos lembrar de colocar o sinal de menos após
calcular a tangente para de fato determinar a velocidade.

As questões costumam trazer situações nas quais em um mesmo gráfico os movimentos


são distintos.

Figura 00.15 – A posição de um móvel em função do tempo

No gráfico acima, podemos observar três situações distintas: entre 𝑡 = 0 a 𝑡 = 2 𝑠 temos


um movimento progressivo, ou seja, velocidade maior que zero, evidenciado pela reta
crescente. Já entre 𝑡 = 2 𝑠 e 𝑡 = 4 𝑠 a velocidade é nula, fato evidenciado pela reta constante,
de inclinação zero.

Por fim, entre 𝑡 = 4 𝑠 e 𝑡 = 5 𝑠 sabemos que o movimento é retrógrado, ou seja, a


velocidade é negativa. Isso fica claro pela inclinação da reta, que é decrescente.

O comportamento do gráfico que ilustra a velocidade 𝑣 em função do Tempo 𝑡


apresentará, para o MRU, sempre o caráter de uma reta constante. Isso evidencia que o valor
da velocidade é sempre constante nesse tipo de movimento. No exemplo abaixo a velocidade
do móvel é de 7 𝒎⁄𝒔.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 55


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Figura 00.16 – A velocidade de um móvel em MRU em função do tempo

Em um gráfico que relaciona a velocidade e o tempo, a área abaixo da curva é


numericamente igual ao deslocamento realizado pelo móvel.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Um veículo de testes executa uma manobra na qual


mantém certa aceleração constante durante o intervalo de tempo dentre 𝒕 = 𝟐𝟎 𝒔 até 𝒕 =
𝟑𝟎 𝒔, tal como evidenciado no gráfico.

A velocidade média, em 𝒎/𝒔, desenvolvida pelo móvel durante o intervalo de tempo citado
vale
a) 25. b) 44. c) 57. d) 72. e) 95.

Note e adote: O gráfico não está em escala.


Comentários

Podemos usar a área abaixo da curva para calcularmos a distância total percorrida pelo
móvel durante o intervalo de tempo citado, sabendo que elas são numericamente equivalentes:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 56


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(𝐵 + 𝑏) ⋅ ℎ (40 + 10) ⋅ 10
∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = = = 50 ⋅ 5 = 250 𝑚
2 2

Agora podemos determinar a velocidade média desenvolvida:

∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 250
𝑣𝑚 = = = 25 𝑚/𝑠
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 10

Gabarito: “a”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Um robô aspirador inteligente exibe em seu aplicativo para


smartphone o seguinte gráfico relacionando a sua velocidade instantânea em função do
tempo.

A velocidade média durante os 5,0 primeiros segundos desse movimento será próxima
de:
a) 0,60 𝑚/𝑠 b) 1,5 𝑚/𝑠 c) 3,0 𝑚/𝑠 d) 15 𝑚/𝑠
Comentários

Para calcularmos a velocidade média, precisarmos relacionar a distância percorrida e o


tempo de 5 segundos. Para encontramos essa distância, podemos usar a área abaixo da curva,
pois ela será numericamente igual ao deslocamento:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 57


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𝐵𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 5 ⋅ 3
𝐴= = = 7,5
2 2

𝐴 ≡ Δ𝑆 = 7,5 𝑚

Finalmente, podemos encontrar a velocidade média:

Δ𝑆 7,5
𝑣= = = 1,5 𝑚/𝑠
Δt 5

Gabarito: “b”.

(2018/MACKENZIE/1ª FASE) Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada
retilínea, parando para um lanche, de acordo com gráfico acima. A velocidade média nas
primeiras 5 horas desse movimento é

a) 10 km/h b) 12 km/h c) 15 km/h d) 30 km/h e) 60 km/h


Comentários

Em um gráfico de velocidade em função do tempo podemos facilmente calcular a distância


percorrida pela área abaixo da curva, pois ela é numericamente igual à distância percorrida.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 58


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Pela análise do gráfico temos que a distância percorrida é igual a área dos dois retângulos
destacados. Lembre-se que a área de um retângulo pode ser calculada pelo produto entre a sua
base e a sua altura.

∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 20 + 2 ∙ 10 = 60 𝑘𝑚

Podemos determinar a velocidade média através da equação da velocidade para o MRU.

Lembre-se que todo o tempo deve ser incluído no cálculo, inclusive o tempo de uma hora durante
o qual a pessoa ficou parada lanchando.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Substituindo as informações obtidas:

60
𝑣𝑚 = = 12 𝑘𝑚/ℎ
5

Gabarito: “b”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Um viajante seguia de Atibaia para Bastos e faz uma


parada de meia hora em um posto de combustíveis que fica exatamente na metade do
caminho entre as cidades de origem e destino. Posteriormente, percorre a segunda
metade do caminho em 3 horas. O gráfico ilustra a relação de sua velocidade em função
do tempo, a partir do momento em que o motorista deixa o posto de combustíveis.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 59


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Se motorista saiu de casa às 6 horas da manhã, e chegou ao seu destino às 13:30 h, a


velocidade média com que ele percorreu a primeira metade do trajeto foi próxima de
a) 47 𝑘𝑚/ℎ b) 75 𝑘𝑚/ℎ c) 80 𝑘𝑚/ℎ d) 60 𝑘𝑚/ℎ e) 53 𝑘𝑚/ℎ
Comentários

Para o cálculo da velocidade média na primeira parte do trajeto, precisamos do tamanho


do trajeto, e do tempo que ele levou para percorrer o trecho. O tempo pode ser calculado a partir
do tempo total da viagem:

𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡1 + 𝑡𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜 + 𝑡2 = 𝑡𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 − 𝑡𝑠𝑎í𝑑𝑎

𝑡1 + 𝑡𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜 + 𝑡2 = 13 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 − 6 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠

𝑡1 + 𝑡𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑜 + 𝑡2 = 7 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

𝑡1 + 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 + 3 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = 7 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

𝑡1 = 4 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠

O tamanho do primeiro trecho pode ser obtido através do cálculo da área gráfico 𝑣 𝑥 𝑡 do
segundo trecho, já que o posto fica na metade do caminho. Dividindo o gráfico em retângulos,
ficamos com:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 60


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Logo,

∆𝑆 = 80 + 30 + 40 + 60 = 210 𝑘𝑚

Então:

∆𝑆 210 𝑘𝑚
𝑣𝑚 = = = 52,5 ≅ 53 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ

Gabarito: “e”.

(2020/INÉDITA/HENRIQUE GOULART) Um móvel se desloca sobre uma estrada plana e


retilínea com velocidade que varia conforme o gráfico abaixo.

A velocidade média desenvolvida por este móvel durante seu último minuto vale
a) 1200 m/s b) 120 m/s c) 20 m/s d) 20,6 m/s e) 18,3 m/s
Comentários

A Velocidade Média é definida como a razão do Deslocamento pelo respectivo Tempo


total, conforme apresentado na equação abaixo.

𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 61


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O deslocamento total realizado pelo móvel em seu último minuto, do instante 20s até 80s,
pode ser obtido a partir do cálculo da área abaixo da curva do gráfico, identificada em azul na
figura abaixo.

Esta figura pode ser dividida em figuras menores e calcular duas respectivas áreas.

Ao dividir em dois retângulos e um triângulo, ficamos:

20 ⋅ 10
𝑑 = (40 ⋅ 15) + (20 ⋅ 25) + ( )
2
𝑑 = 600 + 500 + 100 = 1200 𝑚

Com o deslocamento de 1200m e o tempo de 1min=60s, podemos determinar a


velocidade média:

1200
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 20 𝑚/𝑠
60
Gabarito: “c”.

(2020/INÉDITA/LUCAS COSTA) Um observador inercial analisa o movimento de um Míssil


e de um Interceptador, e constrói o gráfico 𝒗 𝒙 𝒕 mostrado ao lado, em que 𝒗 é a velocidade
de cada objeto e 𝒕 é o tempo. O movimento de ambos ocorre em uma linha reta.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 62


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Levando em consideração os dados apresentados no gráfico, assinale a alternativa que


apresenta corretamente o valor da diferença deslocamento ∆𝒙 do Interceptador e do Míssil
entre os instantes 𝒕 = 𝟎 e 𝒕 = 𝟑𝟎𝟎 𝒔.
a) ∆𝑥 = 0 b) ∆𝑥 = 55 𝑚 c) ∆𝑥 = 55 𝑘𝑚 d) ∆𝑥 = 75 𝑚 e) ∆𝑥 = 75 𝑘𝑚
Comentários

Devemos calcular a distância percorrida pelo interceptador e pelo míssil desde o instante
inicial até o instante 𝑡 = 300 𝑠. Isso pode ser feito através da área abaixo da curva para cada um
dos corpos. Calculando a área abaixo de cada figura até o instante 𝑡, temos para o interceptador:

[𝑡 + (𝑡 − 100)]
Δ𝑠𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = ⋅ 300 = 150 ⋅ (2 ⋅ 𝑡 − 100)
2

Δ𝑠𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = 150 ⋅ (2 ⋅ 300 − 100) = 150 ⋅ 500

Δ𝑠𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = 75000 𝑚 = 75 𝑘𝑚

E para o míssil:

Δ𝑠𝑚í𝑠𝑠𝑖𝑙 = 250 ⋅ 𝑡 = 250 ⋅ 300

Δ𝑠𝑚í𝑠𝑠𝑖𝑙 = 75000 𝑚 = 75 𝑘𝑚

Como ambos percorreram a mesma distância, a diferença pedida será nula.

Gabarito: “a”.

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5 - RESUMO DA AULA EM MAPAS MENTAIS


Use o(s) mapa(as) mental(ais) como forma de fixar o conteúdo e para consulta durante
a resolução das questões. Não tente decorar as fórmulas específicas para cada situação, ao
invés disso entenda como deduzi-las.

Tente elaborar os seus mapas mentais, eles serão de muito mais fácil assimilação do que
um montado por outra pessoa. Além disso, leia um mapa mental a partir da parte superior direita,
e siga em sentido horário.

O mapa mental foi disponibilizado como um arquivo .pdf na sua área do aluno.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 64


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6 - LISTA DE QUESTÕES

6.1 - JÁ CAIU NO ENEM


1. (2019/ENEM) A agricultura de precisão reúne técnicas agrícolas que consideram
particularidades locais do solo ou lavoura a fim de otimizar o uso de recursos. Uma
das formas de adquirir informações sobre essas particularidades é a fotografia aérea
de baixa altitude realizada por um veículo aéreo não tripulado (vant). Na fase de
aquisição é importante determinar o nível de sobreposição entre as fotografias. A
figura ilustra como uma sequência de imagens é coletada por um vant e como são
formadas as sobreposições frontais.

O operador do vant recebe uma encomenda na qual as imagens devem ter uma
sobreposição frontal de 20% em um terreno plano. Para realizar a aquisição das imagens,
seleciona uma altitude H fixa de voo de 1 000 m, a uma velocidade constante de 50 𝒎 𝒔−𝟏 .
A abertura da câmera fotográfica do vant é de 90°. Considere 𝒕𝒈(𝟒𝟓°) = 𝟏.

Natural Resources Canada. Concepts of Aerial Photography. Disponível em:


www.nrcan.gc.ca. Acesso em: 26 abr. 2019 (adaptado).

Com que intervalo de tempo o operador deve adquirir duas imagens consecutivas?

A) 40 segundos. B) 32 segundos. C) 28 segundos.

D) 16 segundos. E) 8 segundos.

2. (2019/ENEM 2ª APLICAÇÃO) Astrônomos medem a velocidade de afastamento de


galáxias distantes pela detecção da luz emitida por esses sistemas. A Lei de Hubble
afirma que a velocidade de afastamento de uma galáxia (em 𝒌𝒎/𝒔) é proporcional à sua
distância até a Terra, medida em megaparsec (𝑴𝒑𝒄). Nessa lei, a constante de

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 65


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𝒌𝒎
𝒔
proporcionalidade é a constante de Hubble (𝑯𝟎 ) e seu valor mais aceito é de 𝟕𝟐 .O
𝑴𝒑𝒄

parsec (𝒑𝒄) é uma unidade de distância utilizada em astronomia que vale


aproximadamente 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟔 𝒎. Observações astronômicas determinaram que a
velocidade de afastamento de uma determinada galáxia é de 𝟏𝟒𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒔. Utilizando a
Lei de Hubble, pode-se concluir que a distância até essa galáxia, medida em km, é igual
a:
a) 20 ⋅ 100 b) 20 ⋅ 106 c) 6 ⋅ 1020

d) 6 ⋅ 1023 e) 6 ⋅ 1026

3. (2017/ENEM LIBRAS) No Brasil, a quantidade de mortes decorrentes de acidentes por


excesso de velocidade já é tratada como uma epidemia. Uma forma de profilaxia é a
instalação de aparelhos que medem a velocidade dos automóveis e registram, por meio
de fotografias, os veículos que trafegam acima do limite de velocidade permitido. O
princípio de funcionamento desses aparelhos consiste na instalação de dois sensores
no solo, de forma a registrar os instantes em que o veículo passa e, em caso de excesso
de velocidade, fotografar o veículo quando ele passar sobre uma marca no solo, após
o segundo sensor. Considere que o dispositivo representado na figura esteja instalado
em uma via com velocidade máxima permitida de 60 km/h.

No caso de um automóvel que trafega na velocidade máxima permitida, o tempo, em


milissegundos, medido pelo dispositivo, é

a) 8,3. b) 12,5. c) 30,0. d) 45,0. e) 75,0.

4. (2013/ENEM 2ª APLICAÇÃO) Conta-se que um curioso incidente aconteceu durante a


Primeira Guerra Mundial. Quando voava a uma altitude de dois mil metros, um piloto
francês viu o que acreditava ser uma mosca parada perto de sua face. Apanhando-a
rapidamente, ficou surpreso ao verificar que se tratava de um projétil alemão.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 66


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PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970.

O piloto consegue apanhar o projétil, pois


a) ele foi disparado em direção ao avião francês, freado pelo ar e parou justamente na
frente do piloto.
b) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade visivelmente
superior.
c) ele foi disparado para cima com velocidade constante, no instante em que o avião
francês passou.
d) o avião se movia no sentido oposto ao dele, com velocidade de mesmo valor.
e) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade de mesmo valor.

5. (2013/ENEM 2ª APLICAÇÃO) Antes das lombadas eletrônicas, eram pintadas faixas nas
ruas para controle da velocidade dos automóveis. A velocidade era estimada com o
uso de binóculos e cronômetros. O policial utilizava a relação entre a distância
percorrida e o tempo gasto, para determinar a velocidade de um veículo.
Cronometrava-se o tempo que um veículo levava para percorrer a distância entre duas
faixas fixas, cuja distância era conhecida. A lombada eletrônica é um sistema muito
preciso, porque a tecnologia elimina erros do operador. A distância entre os sensores
é de 2 metros, e o tempo é medido por um circuito eletrônico. O tempo mínimo, em
segundos, que o motorista deve gastar para passar pela lombada eletrônica, cujo limite
é de 𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉, sem receber uma multa, é de
a) 0,05. b) 11,1. c) 0,18. d) 22,2. e) 0,50.

6. (2014/ENEM/3ª Aplicação) Durante a formação de uma tempestade, são observadas


várias descargas elétricas, os raios, que podem ocorrer das nuvens para o solo
(descarga descendente), do solo para as nuvens (descarga ascendente) ou entre uma
nuvem e outra. Normalmente, observa-se primeiro um clarão no céu (relâmpago) e
somente alguns segundos depois ouve-se o barulho (trovão) causado pela descarga
elétrica. O trovão ocorre devido ao aquecimento do ar pela descarga elétrica que sofre
uma expansão e se propaga em forma de onda sonora.

O fenômeno de ouvir o trovão certo tempo após a descarga elétrica ter ocorrido deve-
se
a) à velocidade de propagação do som ser diminuída por conta do aquecimento do ar.
b) à propagação da luz ocorrer através do ar e a propagação do som ocorrer através
do solo.
c) à velocidade de propagação da luz ser maior do que a velocidade de propagação do
som no ar.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 67


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d) ao relâmpago ser gerado pelo movimento de cargas elétricas, enquanto o som é


gerado a partir da expansão do ar.
e) ao tempo da duração da descarga elétrica ser menor que o tempo gasto pelo som
para percorrer a distância entre o raio e quem o observa.

7. (2012/ENEM) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma


encomenda o mais breve possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto
desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos
de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No primeiro
trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de
80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima
permitida é 120 km/h.

Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa
ande continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário,
em horas, para a realização da entrega?
a) 0,7 b) 1.4 c) 1.5 d) 2,0 e) 3,0

8. (2012/ENEM PPL) Em apresentações musicais realizadas em espaços onde o público


fica longe do palco, é necessária a instalação de alto-falantes adicionais a grandes
distâncias, além daqueles localizados no palco. Como a velocidade com que o som se
propaga no ar (vsom = 3,4 × 10² m/s) é muito menor do que a velocidade com que o sinal
elétrico se propaga nos cabos (vsinal = 2,6 × 10⁸ m/s), é necessário atrasar o sinal elétrico
de modo que este chegue pelo cabo ao alto-falante no mesmo instante em que o som
vindo do palco chega pelo ar. Para tentar contornar esse problema, um técnico de som
pensou em simplesmente instalar um cabo elétrico com comprimento suficiente para
o sinal elétrico chegar ao mesmo tempo que o som, em um alto-falante que está a uma
distância de 680 metros do palco.

A solução é inviável, pois seria necessário um cabo elétrico de comprimento mais


próximo de
a) 1,1 x 10³ km. b) 8,9 x 10⁴ km. c) 1,3 x 10⁵ km.
d) 5,2 x 10⁵ km. e) 6,0 x 10¹³ km.

9. (2008/ENEM)O gráfico abaixo modela a distância percorrida, em km, por uma pessoa
em certo período de tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas
depende da maneira como essa pessoa se desloca.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 68


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Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de locomoção e
unidade de tempo, quando são percorridos 10 km?
a) carroça – semana
b) carro – dia
c) caminhada – hora
d) bicicleta – minuto
e) avião – segundo

10. (2007/ENEM) Explosões solares emitem radiações eletromagnéticas muito intensas e


ejetam, para o espaço, partículas carregadas de alta energia, o que provoca efeitos
danosos na Terra. O gráfico abaixo mostra o tempo transcorrido desde a primeira
detecção de uma explosão solar até a chegada dos diferentes tipos de perturbação e
seus respectivos efeitos na Terra.

Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que a perturbação por ondas de rádio


geradas em uma explosão solar
a) dura mais que uma tempestade magnética.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 69


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b) chega à Terra dez dias antes do plasma solar.


c) chega à Terra depois da perturbação por raios X.
d) tem duração maior que a da perturbação por raios X.
e) tem duração semelhante à da chegada à Terra de partículas de alta energia.

11.

SEU OLHAR

(Gilberto Gil, 1984)

Na eternidade

Eu quisera ter

Tantos anos-luz

Quantos fosse precisar

Pra cruzar o túnel

Do tempo do seu olhar

(2001/ENEM) Gilberto Gil usa na letra da música a palavra composta anos-luz. O


sentido prático, em geral, não é obrigatoriamente o mesmo que na ciência. Na Física,
um ano luz é uma medida que relaciona a velocidade da luz e o tempo de um ano e
que, portanto, se refere a
a) tempo.
b) aceleração.
c) distância.
d) velocidade.
e) luminosidade.

6.2 JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2020/FUVEST/1ª FASE) Em 20 de maio de 2019, as unidades de base do Sistema


Internacional de Unidades (SI) passaram a ser definidas a partir de valores exatos de
algumas constantes físicas. Entre elas, está a constante de Planck 𝒉, que relaciona a
energia 𝑬 de um fóton (quantum de radiação eletromagnética) coma sua frequência 𝒇
na forma 𝑬 = 𝒉𝒇.

A unidade da constante de Planck em termos das unidades de base do SI (quilograma,


metro e segundo) é:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 70


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

a) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠
b) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚2
c) 𝑚2 𝑠/𝑘𝑔
d) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚
e) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠 3

2. (2020/FUVEST) Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora


cerca de 𝟑𝟎 𝒎𝒔 para chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que
conduz a informação do estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base
do tronco em 𝟐𝟎 𝒎𝒔. Da base do tronco ao cérebro, o pulso é conduzido na medula
espinhal. Considerando que a altura média do brasileiro é de 1,70 m e supondo uma
razão média de 0,6 entre o comprimento dos membros inferiores e a altura de uma
pessoa, pode‐se concluir que as velocidades médias de propagação do pulso nervoso
desde os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o cérebro são,
respectivamente:
a) 51 m/s e 51 m/s b) 51 m/s e 57 m/s c) 57 m/s e 57 m/s
d) 57 m/s e 68 m/s e) 68 m/s e 68 m/s

3. (2011/FUVEST) Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade
constante, de módulo igual a 𝟏𝟎, 𝟖 𝒌𝒎/𝒉, em trajetória retilínea, numa quadra plana e
horizontal. Num certo instante, a menina, com o braço esticado horizontalmente ao
lado do corpo, sem alterar o seu estado de movimento, solta a bola, que leva 𝟎, 𝟓 𝒔 para
atingir o solo. As distâncias 𝒔𝒎 e 𝒔𝒃 percorridas, respectivamente, pela menina e pela
bola, na direção horizontal, entre o instante em que a menina soltou a bola (𝒕 = 𝟎 𝒔) e o
instante 𝒕 = 𝟎, 𝟓 𝒔, valem:
a) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
b) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚
c) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚
d) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,25 𝑚
e) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚

Note e adote:

Desconsiderar os efeitos dissipativos.

4. (2000/FUVEST – 1ª FASE) Um motorista para em um posto e pede ao frentista para


regular a pressão dos pneus de seu carro em 25 “libras” (abreviação da unidade “libra
força por polegada quadrada” ou “𝒑𝒔𝒊”). Essa unidade corresponde à pressão exercida

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 71


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

por uma força igual ao peso da massa de 1 libra, distribuída sobre uma área de 1
polegada quadrada.
Uma libra corresponde a 𝟎, 𝟓 𝒌𝒈 e 1 polegada a 𝟐𝟓 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 𝒎, aproximadamente. Como 1
𝒂𝒕𝒎 corresponde a cerca de 𝟏 ∙ 𝟏𝟎𝟓 𝑷𝒂 no SI (e 𝟏 𝑷𝒂 = 𝟏 𝑵/𝒎𝟐 ), aquelas 25 “libras”
pedidas pelo motorista equivalem aproximadamente a:
a) 2 𝑎𝑡𝑚 b) 1 𝑎𝑡𝑚 c) 0,5 𝑎𝑡𝑚 d) 0,2 𝑎𝑡𝑚 e) 0,01 𝑎𝑡𝑚

5. (2010/FUVEST/1ª FASE) Astrônomos observaram que a nossa galáxia, a Via Láctea,


está a 𝟐, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎𝟔 anos-luz de Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa. Com base
nessa informação, estudantes em uma sala de aula afirmaram o seguinte:

I. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é de 2,5 milhões de km.


II. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é maior que 𝟐 ∙ 𝟏𝟎𝟏𝟗 km.

III. A luz proveniente de Andrômeda leva 2,5 milhões de anos para chegar à Via Láctea.

Note e adote:
1 ano tem aproximadamente 𝟑 ∙ 𝟏𝟎𝟕 𝒔

Está correto apenas o que se afirma em


a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

6. (2009/FUVEST/1ª FASE) Marta e Pedro combinaram encontrar-se em certo ponto de


uma autoestrada plana, para seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero
da estrada, constatou que, mantendo uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na
hora certa ao ponto de encontro combinado. No entanto, quando ela já estava no marco
do quilômetro 10, ficou sabendo que Pedro tinha se atrasado e, só então, estava
passando pelo marco zero, pretendendo continuar sua viagem a uma velocidade média
de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível que os dois amigos se
encontrassem próximos a um marco da estrada com indicação de
a) km 20 b) km 30 c) km 40 d) km 50 e) km 60

7. (2008/FUVEST/1ª FASE) Dirigindo-se a uma cidade próxima, por uma autoestrada


plana, um motorista estima seu tempo de viagem, considerando que consiga manter

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 72


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

uma velocidade média de 𝟗𝟎𝒌𝒎/𝒉. Ao ser surpreendido pela chuva, decide reduzir sua
velocidade média para 𝟔𝟎𝑲𝒎/𝒉, permanecendo assim até a chuva parar, quinze
minutos mais tarde, quando retoma sua velocidade média inicial. Essa redução
temporária aumenta seu tempo de viagem, com relação à estimativa inicial, em:
a) 5 min
b) 7,5 min
c) 10 min
d) 15 min
e) 30 min

8. (2007/FUVEST/1ª FASE) Um passageiro, viajando de metrô, fez o registro de tempo


entre duas estacoes e obteve os valores indicados na tabela.

Supondo que a velocidade média entre duas estações consecutivas seja sempre a mesma
e que o trem pare o mesmo tempo em qualquer estação da linha, de 𝟏𝟓 𝒌𝒎 de extensão, é
possível estimar que um trem, desde a partida da Estação Bosque até a chegada à Estação
Terminal, leva aproximadamente:
a) 20 min. b) 25 min. c) 30 min. d) 35 min. e) 40 min

9. (1992/FUVEST/1ª FASE) Em um prédio de 20 andares (além do térreo) o elevador leva


36 s para ir do térreo ao 20º andar. Uma pessoa no andar X chama o elevador, que está
inicialmente no térreo, e 39,6 s após a chamada a pessoa atinge o andar térreo. Se não
houve paradas intermediárias, e os tempos de abertura e fechamento da porta do
elevador e de entrada e saída do passageiro são desprezíveis, podemos dizer que o
andar X é o:

a) 9º. b) 11º. c) 16º. d) 18º. e) 19º.

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10. (2006/FUVEST) Um automóvel e um ônibus trafegam em uma estrada plana, mantendo


velocidades constantes em torno de 100 km/h e 75 km/h, respectivamente. Os dois
veículos passam lado a lado em um posto de pedágio. Quarenta minutos (2/3 de hora)
depois, nessa mesma estrada, o motorista do ônibus vê o automóvel ultrapassá-lo. Ele
supõe, então, que o automóvel deve ter realizado, nesse período, uma parada com
duração aproximada de
a) 4 minutos
b) 7 minutos
c) 10 minutos
d) 15 minutos
e) 25 minutos

11. (2004/FUVEST) João está parado em um posto de gasolina quando vê o carro de seu
amigo, passando por um ponto P, na estrada, a 60 km/h. Pretendendo alcançá-lo, João
parte com seu carro e passa pelo mesmo ponto P, depois de 4 minutos, já a 80 km/h.
Considere que ambos dirigem com velocidades constantes. Medindo o tempo, a partir
de sua passagem pelo ponto P, João deverá alcançar seu amigo, aproximadamente,
em
a) 4 minutos
b) 10 minutos
c) 12 minutos
d) 15 minutos
e) 20 minutos

12. (2020/UERJ) O universo observável, que se expande em velocidade constante, tem


extensão média de 93 bilhões de anos-luz e idade de 13,8 bilhões de anos. Quando o
universo tiver a idade de 20 bilhões de anos, sua extensão, em bilhões de anos-luz,
será igual a:
a) 105 b) 115 c) 135 d) 165

13. (2019/UERJ) O Sol é a estrela mais próxima da Terra e dista cerca de 150.000.000 km
do nosso planeta. Admitindo que a luz percorre 300.000 km por segundo, o tempo, em
minutos, para a luz que sai do Sol chegar à Terra é, aproximadamente, igual a:

a) 7,3 b) 7,8 c) 8,3 d) 8,8

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 74


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14. (2019/UERJ) Estima-se que um mosquito seja capaz de voar 3,0 km por dia, como
informa o texto. Nessas condições, a velocidade média do mosquito corresponde, em
km/h, a:

a) 0,125 b) 0,250 c) 0,600 d) 0,800

15. (2017/UERJ) O rompimento da barragem de contenção de uma mineradora em Mariana


(MG) acarretou o derramamento de lama contendo resíduos poluentes no rio Doce.
Esses resíduos foram gerados na obtenção de um minério composto pelo metal de
menor raio atômico do grupo 8 da tabela de classificação periódica. A lama levou 16
dias para atingir o mar, situado a 600 km do local do acidente, deixando um rastro de
destruição nesse percurso. Caso alcance o arquipélago de Abrolhos, os recifes de
coral dessa região ficarão ameaçados.

Com base nas informações apresentadas no texto, a velocidade média de


deslocamento da lama, do local onde ocorreu o rompimento da barragem até atingir o
mar, em km/h, corresponde a:

a) 1,6 b) 2,1 c) 3,8 d) 4,6

16. (2017.2/UERJ) Pela turbina de uma hidrelétrica, passam 𝟓𝟎𝟎 𝒎𝟑 de água por segundo.
A ordem de grandeza do volume de água que passa por essa turbina em 𝟑 𝒉
corresponde, em litros, a:
a) 𝟏𝟎𝟖 b) 𝟏𝟎𝟏𝟎 c) 𝟏𝟎𝟏𝟐 d) 𝟏𝟎𝟏𝟒

17. (2015/UERJ) Em uma pista de competição, quatro carrinhos elétricos, numerados de I


a IV, são movimentados de acordo com o gráfico 𝒗 𝒙 𝒕 a seguir.

O carrinho que percorreu a maior distância em 4 segundos tem a seguinte numeração:

a) I b) II c) III d) IV

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18. (2019/UERJ/1ª FASE) Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um


veículo ao longo do tempo, traçada a partir das posições registradas durante seu
deslocamento.

O valor estimado da velocidade média do veículo, em 𝒎/𝒔, corresponde a:

a) 𝟏 b) 2 c) 3 d) 4

19. (2014.2/UERJ) Em um longo trecho retilíneo de uma estrada, um automóvel se desloca


a 80 km/h e um caminhão a 60 km/h, ambos no mesmo sentido e em movimento
uniforme. Em determinado instante, o automóvel encontra-se 60 km atrás do caminhão.
O intervalo de tempo, em horas, necessário para que o automóvel alcance o caminhão
é cerca de:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

20. (2010/UERJ) Um foguete persegue um avião, ambos com velocidades constantes e


mesma direção. Enquanto o foguete percorre 4,0 km, o avião percorre apenas 1,0 km.
Admita que, em um instante t1, a distância entre eles é de 4,0 km e que, no instante t2,
o foguete alcança o avião.

No intervalo de tempo t2-t1, a distância percorrida pelo foguete, em quilômetros,


corresponde aproximadamente a:

a) 4,7 b) 5,3 c) 6,2 d) 8,6

21. (2020/UNESP) A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou um estudo


apresentando a mobilidade no sistema viário da cidade de São Paulo. Um dos
resultados desse estudo consiste na comparação da velocidade média do tráfego

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 76


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geral, em um importante conjunto de vias, no sentido bairro-centro (BC) e no sentido


centro-bairro (CB), nos horários de pico dos períodos da manhã e da tarde, de 2013 a
2017. O gráfico apresenta esse comparativo:

De acordo com o gráfico, em apenas um dos sentidos e em um determinado período foram


registradas seguidas reduções anuais no tempo médio de deslocamento ao longo das
vias. Comparando 2017 com 2013, a redução do tempo de deslocamento nessas vias, em
porcentagem, é de, aproximadamente,

a) 12,9%. b) 5,1%. c) 21,7%. d) 1,8%. e) 27,7%.

22. (2020/UNESP) O gráfico representa a velocidade escalar de um nadador em função do


tempo, durante um ciclo completo de braçadas em uma prova disputada no estilo nado
de peito, em uma piscina.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 77


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Considerando que, em um trecho de comprimento 36 m, o nadador repetiu esse ciclo de


braçadas e manteve o ritmo de seu nado constante, o número de braçadas completas
dadas por ele foi em torno de

a) 20. b) 35. c) 15. d) 30. e) 25.

23. (2018/UNESP) Juliana pratica corridas e consegue correr 𝟓, 𝟎 𝒌𝒎 em meia hora. Seu
próximo desafio é participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso é de 𝟏𝟓 𝒌𝒎.
Como é uma distância maior do que a que está acostumada a correr, seu instrutor
orientou que diminuísse sua velocidade média habitual em 𝟒𝟎 % durante a nova prova.
Se seguir a orientação de seu instrutor, Juliana completará a corrida de São Silvestre
em

a) 2h 40min. b) 3h 00min. c) 2h 15min. d) 2h 30min. e) 1h 52min.

24. (2019/UNESP/1ª FASE) Tomando como base um Boeing 737-800, seus tanques de
combustível podem comportar até 21 t (21 toneladas) de querosene de aviação (QAV).

O consumo do QAV tem como principal variável o peso total da aeronave. Além disso,
altitude, velocidade e temperatura também influenciam na conta. Quanto mais longo o
percurso, mais eficiente a aeronave será, pois o consumo do QAV em altitude é muito
menor, devido à atmosfera mais rarefeita, que causa menos resistência ao avanço e, ao
mesmo tempo em que ocorre o consumo, reduz-se o peso da aeronave.

Em voo de cruzeiro (quando o avião alcança a velocidade e altitude ideais) o consumo de


QAV é de aproximadamente 2200 kg/h. A fase do voo com maior consumo de combustível
é a subida, pois a aeronave precisa de muita força para decolar e ganhar altitude. O
consumo de QAV chega a ser o dobro, se comparado ao voo de cruzeiro. Já na descida,
o consumo é menor, chegando a ser 1/3 em comparação ao voo de cruzeiro.

(www.agenciaabear.com.br. Adaptado.)

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 78


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O gráfico mostra o tempo decorrido desde que um Boeing 737-800 iniciou a decolagem no
aeroporto de origem, atingiu sua altitude de cruzeiro e finalmente pousou no aeroporto de
destino. Os aeroportos podem ser considerados ao nível do mar.

Considerando as informações sobre consumo de QAV dadas no texto, pode-se estimar


que o consumo total de combustível no voo representado pelo gráfico foi próximo de

a) 7 000 kg. b) 11 000 kg. c) 9 000 kg. d) 3 000 kg. e) 5 000 kg.

25. (2017/UNESP/1ª FASE) O limite máximo de velocidade para veículos leves na pista
expressa da Av. das Nações Unidas, em São Paulo, foi recentemente ampliado de
𝟕𝟎 𝒌𝒎/𝒉 para 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉. O trecho dessa avenida conhecido como Marginal Pinheiros
possui extensão de 𝟐𝟐, 𝟓 𝒌𝒎.

Comparando os limites antigo e novo de velocidades, a redução máxima de tempo que


um motorista de veículo leve poderá conseguir ao percorrer toda a extensão da
Marginal Pinheiros pela pista expressa, nas velocidades máximas permitidas, será de,
aproximadamente,

a) 1 minuto e 7 segundos. b) 4 minutos e 33 segundos. c) 3 minutos e 45 segundos.

d) 3 minutos e 33 segundos. e) 4 minutos e 17 segundos.

26. (2016/UNESP/1ª FASE)Em uma viagem de carro com sua família, um garoto colocou
em prática o que havia aprendido nas aulas de física. Quando seu pai ultrapassou um
caminhão em um trecho reto da estrada, ele calculou a velocidade do caminhão
ultrapassado utilizando um cronômetro.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 79


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

O garoto acionou o cronômetro quando seu pai alinhou a frente


do carro com a traseira do caminhão e o desligou no instante em
que a ultrapassagem terminou, com a traseira do carro alinhada
com a frente do caminhão, obtendo 𝟖, 𝟓 𝒔 para o tempo de
ultrapassagem.

Em seguida, considerando a informação contida na figura e


sabendo que o comprimento do carro era 𝟒 𝒎 e que a velocidade
do carro permaneceu constante e igual a 𝟑𝟎 𝒎/𝒔, ele calculou a
velocidade média do caminhão, durante a ultrapassagem, obtendo
corretamente o valor

a) 24 m/s. b) 21 m/s. c) 22 m/s. d) 26 m/s. e) 28 m/s.

27. (2015/UNESP/1ª FASE) João mora em São Paulo e tem um compromisso às 𝟏𝟔 𝒉 em


São José dos Campos, distante 𝟗𝟎 𝒌𝒎 de São Paulo. Pretendendo fazer uma viagem
tranquila, saiu, no dia do compromisso, de São Paulo às 𝟏𝟒 𝒉, planejando chegar ao
local pontualmente no horário marcado. Durante o trajeto, depois de ter percorrido um
terço do percurso com velocidade média de 𝟒𝟓 𝒌𝒎/𝒉, João recebeu uma ligação em
seu celular pedindo que ele chegasse meia hora antes do horário combinado.

Para chegar ao local do compromisso no novo horário, desprezando-se o tempo parado


para atender a ligação, João deverá desenvolver, no restante do percurso, uma velocidade
média, em 𝒌𝒎/𝒉, no mínimo, igual a

a) 120. b) 60. c) 108. d) 72. e) 90.

28. (2014/UNESP/1ª FASE) Os dois primeiros colocados de uma prova de 100 m rasos de
um campeonato de atletismo foram, respectivamente, os corredores A e B. O gráfico
representa as velocidades escalares desses dois corredores em função do tempo,
desde o instante da largada (t = 0) até os instantes em que eles cruzaram a linha de
chegada.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 80


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Analisando as informações do gráfico, é correto afirmar que, no instante em que o


corredor A cruzou a linha de chegada, faltava ainda, para o corredor B completar a prova,
uma distância, em metros, igual a

a) 5. b) 25. c) 15. d) 20. e) 10.

29. (2014/UNESP/1ª FASE) Um motorista dirigia por uma estrada plana e retilínea quando,
por causa de obras, foi obrigado a desacelerar seu veículo, reduzindo sua velocidade
de 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 (𝟐𝟓 𝒎/𝒔) para 𝟓𝟒 𝒌𝒎/𝒉 (𝟏𝟓 𝒎/𝒔). Depois de passado o trecho em obras,
retornou à velocidade inicial de 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉. O gráfico representa como variou a
velocidade escalar do veículo em função do tempo, enquanto ele passou por esse
trecho da rodovia.

Caso não tivesse reduzido a velocidade devido às obras, mas mantido sua velocidade
constante de 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 durante os 𝟖𝟎 𝒔 representados no gráfico, a distância adicional que
teria percorrido nessa estrada seria, em metros, de

a) 1650. b) 800. c) 950. d) 1250. e) 350.

30. (2011/UNESP/1ª FASE-MODIFICADA) No gráfico a seguir são apresentados os valores


da velocidade 𝑽, em 𝒎/𝒔, alcançada por um dos pilotos em uma corrida em um circuito
horizontal e fechado, nos primeiros 𝟏𝟒 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 do seu movimento. Sabe-se que de
𝟖 𝒂 𝟏𝟎 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 a trajetória era retilínea. Considere 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e que para completar
uma volta o piloto deve percorrer uma distância igual a 𝟒𝟎𝟎 𝒎.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 81


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

A partir da análise do gráfico, são feitas as afirmações:


I. O piloto completou uma volta nos primeiros 𝟖 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 de movimento.

II. O piloto demorou 𝟗 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 para completar uma volta.

São verdadeiras apenas as afirmações

a) I. b) II. c) I e II. d) Nenhuma.

31. (2010/UNESP/1ª FASE) Nos últimos meses assistimos aos danos causados por
terremotos. O epicentro de um terremoto é fonte de ondas mecânicas tridimensionais
que se propagam sob a superfície terrestre. Essas ondas são de dois tipos:
longitudinais e transversais. As ondas longitudinais viajam mais rápido que as
transversais e, por atingirem as estações sismográficas primeiro, são também
chamadas de ondas primárias (ondas P); as transversais são chamadas de ondas
secundárias (ondas S). A distância entre a estação sismográfica e o epicentro do
terremoto pode ser determinada pelo registro, no sismógrafo, do intervalo de tempo
decorrido entre a chegada da onda P e a chegada da onda S.

Considere uma situação hipotética, extremamente simplificada, na qual, do epicentro


de um terremoto na Terra são enviadas duas ondas, uma transversal que viaja com
uma velocidade de, aproximadamente 𝟒, 𝟎 𝒌𝒎/𝒔, e outra longitudinal, que viaja a uma
velocidade de, aproximadamente 𝟔, 𝟎 𝒌𝒎/𝒔. Supondo que a estação sismográfica mais
próxima do epicentro esteja situada a 𝟏𝟐𝟎𝟎 𝒌𝒎 deste, qual a diferença de tempo
transcorrido entre a chegada das duas ondas no sismógrafo?

a) 600 s. b) 400 s. c) 300 s. d) 100 s. e) 50 s.

32. (2008/UNESP/1ª FASE) Os movimentos de dois veículos, I e II, estão registrados no


gráfico abaixo.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 82


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Sendo veículos retilíneos, a velocidade do veículo II no instante em que alcança I é:

a) 15 𝑚/𝑠. b) 20 𝑚/𝑠. c) 25 𝑚/𝑠. d) 30 𝑚/𝑠. e) 35 𝑚/𝑠.

33. (2007/UNESP/1ª FASE) Mapas topográficos da Terra são de grande importância para as
mais diferentes atividades, tais como navegação, desenvolvimento de pesquisas ou
uso adequado do solo. Recentemente, a preocupação com o aquecimento global fez
dos mapas topográficos das geleiras o foco de atenção de ambientalistas e
pesquisadores. O levantamento topográfico pode ser feito com grande precisão
utilizando os dados coletados por altímetros em satélites. O princípio é simples e
consiste em registrar o tempo decorrido entre o instante em que um pulso de laser é
emitido em direção à superfície da Terra e o instante em que ele retoma ao satélite,
depois de refletido pela superfície na Terra.

Considere que o tempo decorrido entre a emissão e a recepção do pulso de laser,


quando emitido sobre uma região ao nível do mar, seja de 𝟏𝟖 ⋅ 𝟏𝟎−𝟒 𝒔 s. Se a velocidade
do laser for igual a 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔, calcule a altura, em relação ao nível do mar, de uma
montanha de gelo sobre a qual um pulso de laser incide e retorna ao satélite após
𝟏𝟕, 𝟖 ⋅ 𝟏𝟎−𝟒 segundos.

34. (2007/UNESP/1ª FASE) O motorista de um veículo A é obrigado a frear bruscamente


quando avista um veículo B à sua frente, locomovendo-se no mesmo sentido, com uma
velocidade constante menor que a do veículo A. Ao final da desaceleração, o veículo A
atinge a mesma velocidade que B, e passa também a se locomover com velocidade
constante.

O movimento, a partir do início da frenagem, é descrito pelo gráfico da figura.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 83


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Considerando que a distância que separava ambos os veículos no início da frenagem era
de 𝟑𝟐 𝒎, ao final dela a distância entre ambos é de

a) 1,0 m. b) 2,0 m. c) 3,0 m. d) 4,0 m. e) 5,0 m.

35. (2014/UNESP) O fluxo (Φ) representa o volume de sangue que atravessa uma sessão
transversal de um vaso sanguíneo em um determinado intervalo de tempo. Esse fluxo
pode ser calculado pela razão entre a diferença de pressão do sangue nas duas
extremidades do vaso (P1 e P2), também chamada de gradiente de pressão, e a
resistência vascular (R), que é a medida da dificuldade de escoamento do fluxo
sanguíneo, decorrente, principalmente, da viscosidade do sangue ao longo do vaso. A
figura ilustra o fenômeno descrito.

Assim, o fluxo sanguíneo Ф pode ser calculado pela seguinte fórmula, chamada de lei de
Ohm:

Considerando a expressão dada, a unidade de medida da resistência vascular (R), no


Sistema Internacional de Unidades, está corretamente indicada na alternativa
𝒌𝒈⋅𝒔 𝒌𝒈⋅𝒎𝟒 𝒌𝒈⋅𝒔𝟐 𝒌𝒈 𝒌𝒈𝟐 ⋅𝒎𝟓
a) b) c) d) e)
𝒎𝟓 𝒔 𝒎 𝒎𝟒 ⋅𝒔 𝒔𝟐

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 84


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

36. (2009/UNESP) Desde 1960, o Sistema Internacional de Unidades (SI) adota uma única
unidade para quantidade de calor, trabalho e energia, e recomenda o abandono da
antiga unidade ainda em uso. Assinale a alternativa que indica na coluna I a unidade
adotada pelo SI e na coluna II a unidade a ser abandonada.

37. (2011/UnB) Todo infinito tem o mesmo tamanho? Qual a diferença entre o infinitamente
grande e o infinitamente pequeno? Afinal, o que é o infinito?

Ao longo da história, muitos dedicaram-se a refletir sobre esse problema, como o


grego Zenão de Eleia (495-435 a.C.), que propôs o problema da corrida entre Aquiles,
o mais veloz corredor do mundo, e uma tartaruga, que, em razão de sua óbvia
desvantagem, largaria alguns metros à frente do herói mítico. Contrariamente à
constatação evidente da vantagem de Aquiles, argumentou Zenão que o atleta nunca
alcançaria o animal, pois, quando chegasse ao ponto de partida da tartaruga, ela já
teria avançado mais uma distância, de modo que, quando ele atingisse o ponto onde
ela se encontrava nesse momento, ela já teria avançado mais outra distância. E isso
se sucederia infinitamente, caso os espaços fossem divididos infinitamente.

O entendimento dessa questão sempre foi intrigante. Pensadores da Antiguidade,


anteriores a Pitágoras (500 a.C.), já eram atormentados por essa problemática.
Entretanto, apenas ao final do século XIX, na Alemanha, com Georg Cantor (1845-
1918), a ideia de infinito foi, realmente, consolidada na matemática. Os matemáticos já
sabiam do caráter infinito de alguns conjuntos, como os dos números inteiros, dos
racionais, dos irracionais e dos reais, mas desconheciam que alguns conjuntos
poderiam ser mais infinitos que outros. Cantor demonstrou que, embora infinitos, os
números racionais podem ser enumerados — ou contados —, assim como os inteiros.
Todavia, os números irracionais são “mais infinitos" que os racionais e não podem
ser contados. Assim, a quantidade de infinitos racionais, valor denominado alef zero,
é menor que a quantidade de infinitos irracionais, valor denominado alef 1. Em outras
palavras, Cantor postulou que os números racionais, bem como os inteiros, são, de
fato, infinitos, mas são contáveis, ao passo que os números irracionais são infinitos e

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 85


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incontáveis e o infinito dos números racionais é menor que o infinito dos números
irracionais.

Internet: <http://revistagalileu.globo.com> (com adaptações).

Com base nessas informações, julgue o item a seguir.

Na física, a resposta para o problema proposto por Zenão pode ser dada pela seguinte
afirmação: o movimento de Aquiles será negativamente acelerado, se o da tartaruga for
retilíneo uniforme.

38. (2020/UFPR) Grandezas físicas são caracterizadas pelos seus valores numéricos e
respectivas unidades. Há vários sistemas de unidades, sendo que o principal, em uso
na maioria dos países, é o Sistema Internacional de Unidades – SI. Esse sistema é
composto por sete unidades básicas (ou fundamentais) e por unidades derivadas,
formadas por combinações daquelas. A respeito do assunto, considere as seguintes
afirmativas:

1. No SI, a unidade associada com a grandeza capacitância é farad.

2. No SI, a unidade associada com a grandeza energia é erg.

3. No SI, a unidade associada com a grandeza campo magnético é tesla.

4. No SI, a unidade associada com a grandeza pressão é pascal.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

39. (2019/UFPR) O Sistema Internacional de Unidades (SI) tem sete unidades básicas:
metro (𝒎), quilograma (𝒌𝒈), segundo (𝒔), ampère (𝑨), mol (𝒎𝒐𝒍), kelvin (𝑲) e candela
(𝒄𝒅). Outras unidades, chamadas derivadas, são obtidas a partir da combinação destas.
Por exemplo, o coulomb (𝑪) é uma unidade derivada, e a representação em termos de
unidades básicas é 𝟏 𝑪 = 𝟏 𝑨 ⋅ 𝒔. A unidade associada a forças, no SI, é o newton (𝑵),
que também é uma unidade derivada. Assinale a alternativa que expressa corretamente
a representação do newton em unidades básicas.
a) 1 𝑁 = 1 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠 2 . b) 1 𝑁 = 1 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2 /𝑠 2 .

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 86


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c) 1 𝑁 = 1 𝑘𝑔/𝑠 2 . d) 1 𝑁 = 1 𝑘𝑔/𝑠.

e) 1 𝑁 = 1 𝑘𝑔. 𝑚2 .

40. (2018/UFPR/MODIFICADA) Numa experiência realizada em laboratório, a posição x de


um objeto, cuja massa é constante, foi medida em função do tempo t. Com isso,
construiu-se o gráfico a seguir. Sabe-se que o referencial adotado para realizar as
medidas é inercial e que o objeto se move ao longo de uma linha reta.

Com base no gráfico, considere as seguintes afirmativas:


1. A velocidade média entre 𝒕 = 𝟎 e 𝒕 = 𝟏𝟎 𝒔 é de 𝟐 𝒎/𝒔.

2. A velocidade média entre 𝒕 = 𝟐𝟎 e 𝒕 = 𝟑𝟎 𝒔 é de 𝟒 𝒎/𝒔.

3. O deslocamento total do objeto desde t = 0 até t = 40 s é nulo.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

d) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.

e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

41. (2018/UFPR/MODIFICADA)

Um trem se desloca em movimento retilíneo uniforme numa dada seção reta de trilhos.
Sabe-se que, nesse movimento, analisado num referencial inercial, a velocidade é de
𝟕𝟐 𝒌𝒎/𝒉. Com base nesses dados, assinale a alternativa que apresenta corretamente o
valor do deslocamento realizado pelo trem num intervalo de 10 minutos executando esse
movimento.

a) 1,2 km. b) 10 km. c) 12 km. d) 100 km. e) 120 km.

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42. (2018/UFPR) Existem grandezas características de cada área da Física, e suas


respectivas unidades são usadas de forma bastante comum. Considerando essas
unidades, em Eletromagnetismo, ____________ aparece como unidade comum. Em
Termodinâmica, temos __________. Em Mecânica, temos ___________, e em
Ondulatória, ___________.

Assinale a alternativa que apresenta as unidades que preenchem corretamente as


lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.

a) metro – segundo – dioptria – tesla.

b) coulomb – kelvin – newton – hertz.

c) joule – metro – volt – grama.

d) watt – radiano – ampère – pascal.

e) newton – mol – ohm – candela.

43. (2017/UFPR) A utilização de receptores GPS é cada vez mais frequente em veículos. O
princípio de funcionamento desse instrumento é baseado no intervalo de tempo de
propagação de sinais, por meio de ondas eletromagnéticas, desde os satélites até os
receptores GPS. Considerando a velocidade de propagação da onda eletromagnética
como sendo de 𝟑𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒔 e que, em determinado instante, um dos satélites
encontra-se a 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝒎 de distância do receptor, qual é o tempo de propagação da
onda eletromagnética emitida por esse satélite GPS até o receptor?

a) 10 s. b) 1s. c) 0,1 s. d) 0,01 s. e) 1ms.

44. (2016/UFPR) Um sistema amplamente utilizado para determinar a velocidade de


veículos - muitas vezes, chamado erroneamente de "radar" - possui dois sensores
constituídos por laços de tios condutores embutidos no asfalto. Cada um dos laços
corresponde a uma bobina. Quando o veículo passa pelo primeiro laço, a indutância
da bobina é alterada e é detectada a passagem do veículo por essa bobina. Nesse
momento, é acionada a contagem de tempo, que é interrompida quando da passagem
do veículo pela segunda bobina.

Com base nesse sistema, considere a seguinte situação: em uma determinada via, cuja
velocidade limite é 60 km/h, a distância entre as bobinas é de 3,0 m. Ao passar um
veículo por esse “radar”, foi registrado um intervalo de tempo de passagem entre as
duas bobinas de 200 ms. Assinale a alternativa que apresenta a velocidade
determinada pelo sistema quando da passagem do veículo.

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a) 15 km/h b) 23,7 km/h c) 54 km/h d)58,2 km/h e) 66,6


km/h.

𝒌𝒈∙𝒎²
45. (2012/UFPR) A unidade de uma grandeza física pode ser escrita como .
𝒔³∙𝑨
Considerando que essa unidade foi escrita em termos das unidades fundamentais do
SI, assinale a alternativa correta para o nome dessa grandeza.

a) Resistência elétrica. b) Potencial elétrico. c) Fluxo


magnético.

d) Campo elétrico. e) Energia elétrica.

46. (2011/UFPR) Em 1914, o astrônomo americano Vesto Slipher, analisando o espectro da


luz de várias galáxias, constatou que a grande maioria delas estava se afastando da
Via Láctea. Em 1931, o astrônomo Edwin Hubble, fazendo um estudo mais detalhado,
comprovou os resultados de Slipher e ainda chegou a uma relação entre a distância (𝒙)
e a velocidade de afastamento ou recessão (𝒗) das galáxias em relação à Via Láctea,
isto é, 𝒙 = 𝑯−𝟏
𝟎 ⋅ 𝒗. Nessa relação, conhecida com a Lei de Hubble, 𝑯𝟎 é determinado
experimentalmente e igual a 𝟕𝟓 𝒌𝒎/(𝒔 ⋅ 𝑴𝒑𝒄). Com o auxílio dessas informações e
supondo uma velocidade constante para a recessão das galáxias, é possível calcular
a idade do Universo, isto é, o tempo transcorrido desde o Big Bang (Grande Explosão)
até hoje. Considerando 𝟏 𝒑𝒄 = 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟔 𝒎, assinale a alternativa correta para a idade do
Universo em horas.
a) 6,25 ⋅ 1017 . b) 3,75 ⋅ 1016 . c) 2,40 ⋅ 1018 .

d) 6,66 ⋅ 1015 . e) 1,11 ⋅ 1014 .

47. (2019/UNICAMP) O físico inglês Stephen Hawking (1942-2018), além de suas


contribuições importantes para a cosmologia, a física teórica e sobre a origem do
universo, nos últimos anos de sua vida passou a sugerir estratégias para salvar a raça
humana de uma possível extinção, entre elas, a mudança para outro planeta. Em abril
de 2018, uma empresa americana, em colaboração com a Nasa, lançou o satélite TESS,
que analisará cerca de vinte mil planetas fora do sistema solar. Esses planetas orbitam
estrelas situadas a menos de trezentos anos-luz da Terra, sendo que um ano-luz é a
distância que a luz percorre no vácuo em um ano. Considere um ônibus espacial atual
que viaja a uma velocidade média 𝒗 = 𝟐, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟒 𝒌𝒎/𝒔.

O tempo que esse ônibus levaria para chegar a um planeta a uma distância de 100
anos-luz é igual a

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Dado: A velocidade da luz no vácuo é igual a 𝒄 = 𝟑, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔. Se necessário, use


aceleração da gravidade 𝒈 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 , aproxime 𝛑 = 𝟑, 𝟎 e 𝟏 𝒂𝒕𝒎 = 𝟏𝟎𝟓 𝑷𝒂.

a) 66 anos. b) 100 anos. c) 600 anos. d) 1.500 anos.

48. (2018/UNICAMP) Situado na costa peruana, Chankillo, o mais antigo observatório das
Américas, é composto por treze torres que se alinham de norte a sul ao longo de uma
colina. Em 21 de dezembro, quando ocorre o solstício de verão no Hemisfério Sul, o
Sol nasce à direita da primeira torre (sul), na extrema direita, a partir de um ponto de
observação definido.

À medida que os dias passam, a posição em que o Sol nasce se desloca entre as torres
rumo à esquerda (norte). Pode-se calcular o dia do ano, observando-se qual torre
coincide com a posição do Sol ao amanhecer. Em 21 de junho, solstício de inverno no
Hemisfério Sul, o Sol nasce à esquerda da última torre na extrema esquerda e, à medida
que os dias passam, vai se movendo rumo à direita, para reiniciar o ciclo no dezembro
seguinte.

Sabendo que as torres de Chankillo se posicionam ao longo de 300 metros no eixo


norte-sul, a velocidade escalar média com a qual a posição do nascer do Sol se desloca
através das torres é de aproximadamente

a) 0,8 m/dia. b) 1,6 m/dia. c) 25 m/dia. d) 50 m/dia.

49. (2018/UNICAMP) Materiais termoelétricos são aqueles com alto potencial de


transformar calor em energia elétrica. A capacidade de conversão de calor em
𝑺𝟐
eletricidade é quantificada pela grandeza 𝑭 = 𝑻 , que é adimensional e função da
𝝆𝒌

temperatura T e das propriedades do material: resistividade elétrica 𝜌, condutividade


térmica k, coeficiente Seebeck S. O gráfico a seguir mostra 𝜌 em função de T para certo
material termoelétrico. Analisando o gráfico e considerando k = 2,0 W/(m x K) e S = 300
μV/K para esse material, a uma temperatura T = 300K, conclui-se que a grandeza F
desse material a essa temperatura vale

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 90


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a) 0,003. b) 0,6. c) 0,9. d) 90.

50. (2017/UNICAMP) Em 2016 foi batido o recorde de voo ininterrupto mais longo da
história. O avião Solar Impulse 2, movido a energia solar, percorreu quase 𝟔. 𝟒𝟖𝟎 𝒌𝒎
em aproximadamente 𝟓 𝒅𝒊𝒂𝒔, partindo de Nagoya no Japão até o Havaí nos Estados
Unidos da América.

A velocidade escalar média desenvolvida pelo avião foi de aproximadamente

a) 54 𝑘𝑚/ℎ. b) 15 𝑘𝑚/ℎ. c) 1.296 𝑘𝑚/ℎ. d) 198 𝑘𝑚/ℎ.

51. (2017/UNICAMP) O semáforo é um dos recursos utilizados para organizar o tráfego de


veículos e de pedestres nas grandes cidades. Considere que um carro trafega em um
trecho de uma via retilínea, em que temos 3 semáforos. O gráfico abaixo mostra a
velocidade do carro, em função do tempo, ao passar por esse trecho em que o carro
teve que parar nos três semáforos. A distância entre o primeiro e o terceiro semáforo
é de

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a) 330 𝑚. b) 440 𝑚. c) 150 𝑚. d) 180 𝑚.

52. (2016/UNICAMP) Drones são veículos voadores não tripulados, controlados


remotamente e guiados por GPS. Uma de suas potenciais aplicações é reduzir o tempo
da prestação de primeiros socorros, levando pequenos equipamentos e instruções ao
local do socorro, para que qualquer pessoa administre os primeiros cuidados até a
chegada de uma ambulância. Considere um caso em que o drone ambulância se
deslocou 𝟗 𝒌𝒎 em 𝟓 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔. Nesse caso, o módulo de sua velocidade média é de
aproximadamente

a) 1,4 𝑚/𝑠. b) 30 𝑚/𝑠. c) 45 𝑚/𝑠. d) 140 𝑚/𝑠.

53. (2015/UNICAMP/1ª FASE) Recentemente, uma equipe de astrônomos afirmou ter


identificado uma estrela com dimensões comparáveis às da Terra, composta
predominantemente de diamante. Por ser muito frio, o astro, possivelmente uma
estrela anã branca, teria tido o carbono de sua composição cristalizado em forma de
um diamante praticamente do tamanho da Terra.
Os astrônomos estimam que a estrela estaria situada a uma distância 𝒅 = 𝟗, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟖 𝒎
da Terra. Considerando um foguete que se desloca a uma velocidade 𝒗 = 𝟏, 𝟓 ⋅ 𝟏𝟎𝟒 𝒎/𝒔,
o tempo de viagem do foguete da Terra até essa estrela seria de (𝟏 𝒂𝒏𝒐 ≅ 𝟑, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟕 𝒔)

a) 2.000 anos. b) 300.000 anos. c) 6.000.000 anos. d) 20.000.000 anos.

54. (2014/UNICAMP/1ª FASE) Andar de bondinho no complexo do Pão de Açúcar no Rio de


Janeiro é um dos passeios aéreos urbanos mais famosos do mundo. Marca registrada

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 92


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da cidade, o Morro do Pão de Açúcar é constituído de um único bloco de granito,


despido de vegetação em sua quase totalidade e tem mais de 600 milhões de anos.

O passeio completo no complexo do Pão de Açúcar inclui um trecho de bondinho de


aproximadamente 𝟓𝟒𝟎 𝒎, da Praia Vermelha ao Morro da Urca, uma caminhada até a
segunda estação no Morro da Urca, e um segundo trecho de bondinho de cerca de
𝟕𝟐𝟎 𝒎, do Morro da Urca ao Pão de Açúcar. A velocidade escalar média do bondinho
no primeiro trecho é 𝒗𝟏 = 𝟏𝟎, 𝟖 𝒌𝒎/𝒉 e, no segundo, é 𝒗𝟐 = 𝟏𝟒, 𝟒 𝒌𝒎/𝒉. Supondo que,
em certo dia, o tempo gasto na caminhada no Morro da Urca somado ao tempo de
espera nas estações é de 𝟑𝟎 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔, o tempo total do passeio completo da Praia
Vermelha até o Pão de Açúcar será igual a

a) 33 min. b) 36 min. c) 42 min. d) 50 min.

55. (2013/UNICAMP/1ª FASE) Para fins de registros de recordes mundiais, nas provas de
𝟏𝟎𝟎 𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 rasos não são consideradas as marcas em competições em que houver
vento favorável (mesmo sentido do corredor) com velocidade superior a 𝟐 𝒎/𝒔 . Sabe-
se que, com vento favorável de 𝟐 𝒎/𝒔 , o tempo necessário para a conclusão da prova
é reduzido em 𝟎, 𝟏 𝒔 . Se um velocista realiza a prova em 𝟏𝟎 𝒔 sem vento, qual seria sua
velocidade se o vento fosse favorável com velocidade de 𝟐 𝒎/𝒔 ?

a) 8,0 𝑚/𝑠. b) 9,9 𝑚/𝑠. c) 10,1 𝑚/𝑠. d) 12,0 𝑚/𝑠.

56. (2012/UNICAMP) O transporte fluvial de cargas é pouco explorado no Brasil,


considerando-se nosso vasto conjunto de rios navegáveis. Uma embarcação navega a
uma velocidade de 26 nós, medida em relação à água do rio (use 1 nó = 0,5 m/s). A
correnteza do rio, por sua vez, tem velocidade aproximadamente constante de 5,0 m/s
em relação às margens. Qual é o tempo aproximado de viagem entre duas cidades
separadas por uma extensão de 40 km de rio, se o barco navega rio acima, ou seja,
contra a correnteza?

a) 2 horas e 13 minutos. b) 1 hora e 23 minutos.

c) 51 minutos. d) 37 minutos.

57. (2014/UEA) Com aproximadamente 6 500 km de comprimento, o rio Amazonas disputa


com o rio Nilo o título de rio mais extenso do planeta. Suponha que uma gota de água
que percorra o rio Amazonas possua velocidade igual a 18 km/h e que essa velocidade

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 93


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se mantenha constante durante todo o percurso. Nessas condições, o tempo


aproximado, em dias, que essa gota levaria para percorrer toda a extensão do rio é

a) 20. b) 35. c) 25. d) 30. e) 15.

58. (2016/UEMA) Para os jogos olímpicos que serão realizados no Brasil, em 2016, espera-
se bater o recorde na prova de nado borboleta em piscina de 50 m, alcançada no
campeonato brasileiro, de 2012, no Rio de Janeiro. Naquela oportunidade, a prova foi
realizada em 22,76 segundos, quando César Cielo desenvolveu uma velocidade de,
aproximadamente, 2,00 m/s.

HTTP ://tribunadonorte.com.br.

A velocidade empreendida pelo atleta na prova corresponde, em km/h, a

a) 1,64. b) 7,20. c) 8,00. d) 11,38. e) 25,00.

59. (2015/UEMA) “[...] A distância que um atleta de futebol percorre durante uma partida é,
em média, 12 km para os homens e 10 km para as mulheres."

Fonte: Disponível em: <http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/>. Acesso em: 30 jun. 2014.


(adaptado)

As velocidades médias, para homens e mulheres, no decorrer dos 90 min, em um jogo de


futebol, são, respectivamente,

a) 114,3 m/min e 95,2 m/min b) 8,0 km/h e 6,7 km/h

c) 266,70 m/min e 222,2 m/min d) 8,0 m/h e 6,7 m/h

e) 16,0 m/h e 13,4 m/h

60. (2019/UFU) O morcego é um animal que possui um sistema de orientação por meio da
emissão de ondas sonoras. Quando esse animal emite um som e recebe o eco 0,3
segundos após, significa que o obstáculo está a que distância dele? (Considere a
velocidade do som no ar de 340 m/s).

a) 102 m. b) 51 m. c) 340 m. d) 1.133 m.

61. (2007/UFU) O gráfico a seguir representa a velocidade em função do tempo de um


automóvel que parte do repouso. A velocidade máxima permitida é de 72 km/h. No
instante t, quando o motorista atinge essa velocidade limite, ele deixa de acelerar o
automóvel e passa a se deslocar com velocidade constante.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 94


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Sabendo-se que o automóvel percorreu 1,2 km em 90 segundos, o valor do instante t é

a) 80 s. b) 30 s. c) 60 s. d) 50 s.

62. (2016/UFRGS) Pedro e Paulo diariamente usam bicicletas para ir ao colégio. O gráfico
abaixo mostra como ambos percorreram as distâncias até o colégio, em função do
tempo, em certo dia.

Com base no gráfico, considere as seguintes afirmações.

I. A velocidade média desenvolvida por Pedro foi maior do que a desenvolvida por Paulo.

II. A máxima velocidade foi desenvolvida por Paulo.

III. Ambos estiveram parados pelo mesmo intervalo de tempo, durante seus percursos.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III.

d) Apenas II e III. e) I, II e III.

63. (2015/UFRGS) Em 2014, comemoraram-se os 50 anos do início da operação de trens de


alta velocidade no Japão, os chamados trens-bala. Considere que um desses trens se
desloca com uma velocidade constante de 360 km/h sobre trilhos horizontais. Em um
trilho paralelo, outro trem desloca-se também com velocidade constante de 360 km/h,
porém em sentido contrário.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 95


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Nesse caso, o módulo da velocidade relativa dos trens, em m / s. é igual a

a) 50. b) 100. c) 200. d) 360. e) 720.

64. (2018/UFRGS) Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis


horizontais para facilitar o deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 𝟒𝟖 𝒎
de comprimento e velocidade de 𝟏, 𝟎 𝒎/𝒔.Uma pessoa ingressa na esteira e segue
caminhando sobre ela com velocidade constante no mesmo sentido de movimento da
esteira. A pessoa atinge a outra extremidade 𝟑𝟎 𝒔 após ter ingressado na esteira.

Com que velocidade, em 𝒎/𝒔, a pessoa caminha sobre a esteira?

a) 2,6. b) 1,6. c) 1,0. d) 0,8. e) 0,6.

65. (2018/UECE/1ª FASE) Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua
posição seja uma função linear do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes
de tempo 𝒕𝟏 e𝒕𝟐 ,

a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.

b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.

c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.

d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.

66. (2017/UECE/1ª FASE) Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura
h, em metros. No fundo do tanque há uma torneira, através da qual passa um
determinado volume (em m3) de água a cada segundo, resultando em uma vazão
(em m3/s). É possível escrever a altura em função da vazão q através da equação
𝒉 = 𝑹. 𝒒, onde a constante de proporcionalidade R pode ser entendida como uma
resistência mecânica à passagem do fluido pela torneira. Assim, a unidade de
medida dessa resistência é

a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s

67. (2011/PUC RJ) No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do


tempo. Nós podemos dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e
final da trajetória em m/s é:

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a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3

68. (2010/UFMG) Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma
lagoa. Neste gráfico, está registrada a distância que cada uma delas percorre, em
função do tempo. Após 30 minutos do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por
telefone, que acaba de passar pela igreja. Com base nessas informações, são feitas
duas observações:

I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.

II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente

Considerando-se a situação descrita, é CORRETO afirmar que

a) apenas a observação I está certa. b) apenas a observação II está certa.

c) ambas as observações estão certas. d) nenhuma das duas observações está


certa.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 97


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69. (2010/UEL) Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de
duas retas de comprimento 𝑳 e duas semicircunferências de raio 𝑹 conforme
representado na figura a seguir.

A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝒗 e nos
trechos curvos seja 𝟐𝒗/𝟑. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média
em todo o percurso igual a 𝟒𝒗/𝟓. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio
dos semicírculos é dado pela expressão:

𝒂) 𝑳 = 𝝅𝑹 𝝅𝑹 𝝅𝑹 𝝅𝑹 𝟑𝝅𝑹
𝒃) 𝑳 = 𝒄) 𝑳 = 𝒅) 𝑳 = 𝒆) 𝑳 =
𝟐 𝟑 𝟒 𝟐

70. (UFF/2004/1ª FASE) Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou


lançamentos aéreos de 87t de alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de
Luvemba, em Angola. Os produtos foram ensacados e amarrados sobre placas de
madeira para resistirem ao impacto da queda.

Disponível em: <www.angola.org>.

A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. Para um


observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a trajetória do pacote
depois de abandonado, é:

a) I b) II c) III d) IV e) V

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 98


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71. (2019/EEAR) Dois vetores 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 formam entre si um ângulo 𝜽 e possuem módulos


iguais a 5 unidades e 12 unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem
módulo igual a 13 unidades, podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜽 entre os
vetores 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 vale:

𝑎) 0° 𝑏) 45° 𝑐) 90° 𝑑) 180°

72. (1999/FATEC) Considere a escada de abrir. Os pés 𝑷 e 𝑸 se movem com velocidade


constante, 𝒗.

O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑷𝑶𝑸 se
torne equilátero será:

𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿 2𝐿
a) b) c) d) e)
𝑣 2𝑣 √3𝑣 4𝑣 𝑣

73. (UFC/MODIFICADA) Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝑯 do solo.
Um atleta de altura 𝒉 passa sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade
constante 𝒗. Determine a velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do
atleta se desloca no solo.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 99


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

74. (ITA) Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a
𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉 e o restante com velocidade média de 𝟔𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Determine a velocidade média
do carro no percurso total.

75. (1998/UNEB) Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem
o formato de um losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às
peculiaridades do terreno, cada lado foi percorrido com uma velocidade média
diferente: o primeiro a 𝟐𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o segundo a 𝟑𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o terceiro a 𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉 e,
finalmente, o último a 𝟔𝟎 𝒌𝒎/𝒉.

A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da


fazenda, em 𝒌𝒎/𝒉, foi de:

a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32

76. (2002/UFSM) Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝐯) e (𝐤𝐯) na primeira metade
e no percurso todo, respectivamente, onde 𝐤 é uma constante positiva. Se 𝐤𝐯 ≠ 𝟎, é
correto afirmar que:
01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝒌.
02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(𝟏 + 𝑲)𝒗]/𝟐.

04. é impossível que se tenha 𝒌 = 𝟐.

08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.

16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda


metade.

Soma:

77. (1996/ITA) Um automóvel a 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 passa por um guarda num local que a velocidade
máxima é 𝟔𝟎 𝒌𝒎/𝒉. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta,
mantendo aceleração constante até que atinge 𝟏𝟎𝟖 𝒌𝒎/𝒉 em 𝟏𝟎 𝒔 e continua com essa
velocidade até alcançá-lo, quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 𝟓 𝒔 para alcançar o carro.

b) o guarda levou 𝟔𝟎 𝒔 para alcançar o carro.

c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 𝟐𝟓 𝒎/𝒔.

d) o guarda percorreu 𝟕𝟓𝟎 𝒎 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.

e) nenhuma das respostas acima é correta.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 100


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

78. (ITA) Um avião voando horizontalmente a 𝟒𝟎𝟎𝟎 𝒎 de altura numa trajetória retilínea
com velocidade constante passou por um ponto 𝑨 e depois por um ponto 𝑩 situado a
𝟑𝟎𝟎𝟎 𝒎 do primeiro. Um observador no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de
𝑩, começou a ouvir o som do avião, emitido em 𝑨, 𝟒, 𝟎𝟎 segundos antes de ouvir o som
proveniente de 𝑩. Se a velocidade do som no ar era de 𝟑𝟐𝟎 𝒎/𝒔, qual era velocidade do
avião?
𝑎) 960 𝑚/𝑠 𝑏) 750 𝑚/𝑠 𝑐) 390 𝑚/𝑠 𝑑) 421 𝑚/𝑠 𝑒) 292 𝑚/𝑠

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 101


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

7 - GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

7.1 JÁ CAIU NO ENEM


1. B 2. C 3. C

4. E 5. C 6. C

7. C 8. D 9. C

10. D 11. C

7.2 JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES


1. A 2. D 3. E

4. A 5. E 6. D

7. A 8. D 9. B

10. C 11. C 12. C

13. C 14. A 15. A

16. B 17. B 18. A

19. C 20. B 21. C

22. E 23. D 24. A

25. E 26. D 27. D

28. D 29. E 30. B

31. D 32. D 33. ℎ = 3,0 ⋅ 103 𝑚.

34. B 35. D 36. A

37. Correta 38. C 39. A

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 102


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

40. D 41. C 42. B

43. C 44. C 45. B

46. E 47. D 48. B

49. C 50. A 51. A

52. B 53. D 54. B

55. C 56. B 57. E

58. B 59. B 60. B

61. C 62. A 63. C

64. E 65. D 66. A

67. A 68. C 69. A

70. E 71. C 72. B

73. 𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 = 𝑣 ⋅ 𝐻/(𝐻 − ℎ) 74. 𝑣𝑚 = 48 𝑘𝑚/ℎ 75. E

76. Soma = 04 77. D 78. D

8 - QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

8.1 - JÁ CAIU NO ENEM


1. (2019/ENEM) A agricultura de precisão reúne técnicas agrícolas que consideram
particularidades locais do solo ou lavoura a fim de otimizar o uso de recursos. Uma
das formas de adquirir informações sobre essas particularidades é a fotografia aérea
de baixa altitude realizada por um veículo aéreo não tripulado (vant). Na fase de
aquisição é importante determinar o nível de sobreposição entre as fotografias. A
figura ilustra como uma sequência de imagens é coletada por um vant e como são
formadas as sobreposições frontais.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 103


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O operador do vant recebe uma encomenda na qual as imagens devem ter uma
sobreposição frontal de 20% em um terreno plano. Para realizar a aquisição das imagens,
seleciona uma altitude H fixa de voo de 1 000 m, a uma velocidade constante de 50 𝒎 𝒔−𝟏 .
A abertura da câmera fotográfica do vant é de 90°. Considere 𝒕𝒈(𝟒𝟓°) = 𝟏.

Natural Resources Canada. Concepts of Aerial Photography. Disponível em: www.nrcan.gc.ca. Acesso em: 26 abr.

2019 (adaptado).

Com que intervalo de tempo o operador deve adquirir duas imagens consecutivas?

A) 40 segundos. B) 32 segundos. C) 28 segundos.

D) 16 segundos. E) 8 segundos.
Comentários

Devemos analisar a situação de duas fotografias consecutivas, representada por dois


triângulos:

Da figura, percebemos que a distância entre duas fotografias será de:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 104


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

∆𝑆 = 𝐿 − 0,2 ⋅ 𝐿 = 0,8 𝐿

Para determinarmos o valor de 𝐿, podemos usar a metade do primeiro triângulo, traçando


uma reta perpendicular a sua base, que pode ser uma altura. Pela tangente do ângulo de 45°,
temos:

𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝐻
𝑡𝑔(45°) = =
𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐿/2

Sendo a altitude fixa de voo de 1.000 m, e a tangente de 45° igual a 1, conforme


enunciado:

1000
1= ⇒ 𝐿 = 2000 𝑚
𝐿/2

De posse da distância percorrida entre pelo vant a cada foto, e de sua velocidade, somos
capazes de determinar o intervalo de tempo pedido:

∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣

0,8 ⋅ 𝐿 0,8 ⋅ 2000 0,8 ⋅ 200


∆𝑡 = = = = 0,8 ⋅ 40 = 32 𝑠
𝑣 50 5

Gabarito: “b”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 105


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

2. (2019/ENEM 2ª APLICAÇÃO) Astrônomos medem a velocidade de afastamento de


galáxias distantes pela detecção da luz emitida por esses sistemas. A Lei de Hubble
afirma que a velocidade de afastamento de uma galáxia (em 𝒌𝒎/𝒔) é proporcional à sua
distância até a Terra, medida em megaparsec (𝑴𝒑𝒄). Nessa lei, a constante de
𝒌𝒎
𝒔
proporcionalidade é a constante de Hubble (𝑯𝟎 ) e seu valor mais aceito é de 𝟕𝟐 .O
𝑴𝒑𝒄

parsec (𝒑𝒄) é uma unidade de distância utilizada em astronomia que vale


aproximadamente 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟔 𝒎. Observações astronômicas determinaram que a
velocidade de afastamento de uma determinada galáxia é de 𝟏𝟒𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒔. Utilizando a
Lei de Hubble, pode-se concluir que a distância até essa galáxia, medida em km, é igual
a:
a) 20 ⋅ 100 b) 20 ⋅ 106 c) 6 ⋅ 1020

d) 6 ⋅ 1023 e) 6 ⋅ 1026
Comentários

Segundo a lei de Hubble, existe proporcionalidade entre a velocidade de afastamento das


𝑘𝑚
𝑠
galáxias e a distância à Terra, e a constante que rege essa proporcionalidade vale 𝐻0 = 72 .
𝑀𝑝𝑐
Podemos então escrever a relação da seguinte maneira:

𝑉𝑎𝑓𝑎𝑠𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐻0 ⋅ 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎

Logo, do enunciado

𝑘𝑚
1440 𝑘𝑚/𝑠 = 72 𝑠 ⋅ 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑀𝑝𝑐

Através de análise dimensional, podemos eliminar as unidades de velocidade (𝑘𝑚/𝑠) de


ambos os lados da equação:

72
1440 = ⋅ 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑀𝑝𝑐

Sabendo que 1 𝑀𝑝𝑐 = 106 𝑝𝑎𝑟𝑠𝑒𝑐,

72
1440 = ⋅ 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
3 ⋅ 1016 ⋅ 106 𝑚

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 106


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1440 ⋅ 3 ⋅ 1022 𝑚
𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 = = 60 ⋅ 1022 𝑚 = 6 ⋅ 1023 𝑚 = 6 ⋅ 1020 𝑘𝑚
72

Gabarito: “c”.

3. (2017/ENEM LIBRAS) No Brasil, a quantidade de mortes decorrentes de acidentes por


excesso de velocidade já é tratada como uma epidemia. Uma forma de profilaxia é a
instalação de aparelhos que medem a velocidade dos automóveis e registram, por meio
de fotografias, os veículos que trafegam acima do limite de velocidade permitido. O
princípio de funcionamento desses aparelhos consiste na instalação de dois sensores
no solo, de forma a registrar os instantes em que o veículo passa e, em caso de excesso
de velocidade, fotografar o veículo quando ele passar sobre uma marca no solo, após
o segundo sensor. Considere que o dispositivo representado na figura esteja instalado
em uma via com velocidade máxima permitida de 60 km/h.

No caso de um automóvel que trafega na velocidade máxima permitida, o tempo, em


milissegundos, medido pelo dispositivo, é

a) 8,3. b) 12,5. c) 30,0. d) 45,0. e) 75,0.

Comentários

Como a distância é de 0,50 metros e a velocidade máxima é de 60 km/h, podemos calcular


o tempo utilizando a velocidade média:

Δ𝑆 0,50 ⋅ 10−3 𝑘𝑚
𝑣𝑚 = ∴ Δ𝑡 = = 8,333 ⋅ 10−6 ℎ
Δ𝑡 60𝑘𝑚/ℎ

Convertendo para milissegundos, teremos:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 107


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Δ𝑡 = 8,333 ⋅ 10−6 ℎ ⋅ 3600 𝑠 = 30 𝑚𝑠

Gabarito: “c”.

4. (2013/ENEM 2ª APLICAÇÃO) Conta-se que um curioso incidente aconteceu durante a


Primeira Guerra Mundial. Quando voava a uma altitude de dois mil metros, um piloto
francês viu o que acreditava ser uma mosca parada perto de sua face. Apanhando-a
rapidamente, ficou surpreso ao verificar que se tratava de um projétil alemão.

PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970.

O piloto consegue apanhar o projétil, pois


a) ele foi disparado em direção ao avião francês, freado pelo ar e parou justamente na
frente do piloto.
b) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade visivelmente
superior.
c) ele foi disparado para cima com velocidade constante, no instante em que o avião
francês passou.
d) o avião se movia no sentido oposto ao dele, com velocidade de mesmo valor.
e) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade de mesmo valor.

Comentários

a) Incorreta. Com o piloto em movimento, caso o projétil tivesse sido freado pelo ar, teria
ficado para trás, visto que a velocidade relativa entre os dois seria numericamente igual à do
piloto.

b) Incorreta. Uma vez que o piloto observou o projétil parado, a velocidade deste deveria
ser igual a do piloto, para que a velocidade relativa entre os dois fosse nula.

c) Incorreta. Com movimentos em direções distintas não seria possível que o projétil
ficasse parado em relação ao piloto.

d) Incorreta. Para que o projétil tivesse velocidade nula em relação ao piloto, a direção e
sentido de ambos precisariam ser as mesmas.

e) Correta. Com velocidade em mesmo sentido, direção, e módulo, o a velocidade relativa


entre o piloto e o projétil seria nula.

Gabarito: “e”.

5. (2013/ENEM 2ª APLICAÇÃO) Antes das lombadas eletrônicas, eram pintadas faixas nas
ruas para controle da velocidade dos automóveis. A velocidade era estimada com o
uso de binóculos e cronômetros. O policial utilizava a relação entre a distância
percorrida e o tempo gasto, para determinar a velocidade de um veículo.
Cronometrava-se o tempo que um veículo levava para percorrer a distância entre duas

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 108


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faixas fixas, cuja distância era conhecida. A lombada eletrônica é um sistema muito
preciso, porque a tecnologia elimina erros do operador. A distância entre os sensores
é de 2 metros, e o tempo é medido por um circuito eletrônico.

O tempo mínimo, em segundos, que o motorista deve gastar para passar pela lombada
eletrônica, cujo limite é de 𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉, sem receber uma multa, é de

a) 0,05. b) 11,1. c) 0,18. d) 22,2. e) 0,50.

Comentários

Para responder essa questão, primeiramente é necessário ajustar a unidade da


velocidade:

40 𝑘𝑚/ℎ
≅ 11,11 𝑚/𝑠
3,6

Para encontrar o menor tempo que o carro pode atravessar a faixa para manter-se no
limite de velocidade imposto, utilizamos a equação da definição da velocidade:

∆𝑆
𝑣=
∆𝑡

2
11,11 =
∆𝑡

2
∆𝑡 = ≅ 0,18 𝑠
11,11

Gabarito: “c”.

6. (2014/ENEM/3ª Aplicação)Durante a formação de uma tempestade, são observadas


várias descargas elétricas, os raios, que podem ocorrer das nuvens para o solo
(descarga descendente), do solo para as nuvens (descarga ascendente) ou entre uma
nuvem e outra. Normalmente, observa-se primeiro um clarão no céu (relâmpago) e
somente alguns segundos depois ouve-se o barulho (trovão) causado pela descarga
elétrica. O trovão ocorre devido ao aquecimento do ar pela descarga elétrica que sofre
uma expansão e se propaga em forma de onda sonora.

O fenômeno de ouvir o trovão certo tempo após a descarga elétrica ter ocorrido deve-
se
a) à velocidade de propagação do som ser diminuída por conta do aquecimento do ar.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 109


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b) à propagação da luz ocorrer através do ar e a propagação do som ocorrer através


do solo.
c) à velocidade de propagação da luz ser maior do que a velocidade de propagação do
som no ar.
d) ao relâmpago ser gerado pelo movimento de cargas elétricas, enquanto o som é
gerado a partir da expansão do ar.
e) ao tempo da duração da descarga elétrica ser menor que o tempo gasto pelo som
para percorrer a distância entre o raio e quem o observa.
Comentários

Como a velocidade do som no ar é cerda de 340m/s e a velocidade da luz é de 300 000


000m/s (𝟑, 𝟎 × 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔), então sempre veremos a luz antes de ouvir o som do trovão, pois a
velocidade da luz é muito maior que a velocidade do som.

Raio é o fenômeno, relâmpago é o clarão, devido ao aquecimento do ar pela descarga


elétrica, e trovão é o estrondo sônico causado pela expansão do ar.

Gabarito: “c”.

7. (2012/ENEM) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma


encomenda o mais breve possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto
desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos
de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No primeiro
trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de
80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima
permitida é 120 km/h.

Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa
ande continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário,
em horas, para a realização da entrega?

a) 0,7 b) 1.4 c) 1.5 d) 2,0 e) 3,0


Comentários

O tempo total de viagem será dado pela soma dos tempos dos dois trechos. Vamos nos
lembrar da relação entre velocidade, distância e tempo para o movimento retilíneo e uniforme:

∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑡1 + ∆𝑡2

∆𝑆1 ∆𝑆2
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
𝑣1 𝑣2

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 110


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

80 60
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = + = 1 + 0,5 = 1,5 ℎ
80 120

Gabarito: “c”.

8. (2012/ENEM PPL) Em apresentações musicais realizadas em espaços onde o público


fica longe do palco, é necessária a instalação de alto-falantes adicionais a grandes
distâncias, além daqueles localizados no palco. Como a velocidade com que o som se
propaga no ar (vsom = 3,4 × 10² m/s) é muito menor do que a velocidade com que o sinal
elétrico se propaga nos cabos (vsinal = 2,6 × 10⁸ m/s), é necessário atrasar o sinal elétrico
de modo que este chegue pelo cabo ao alto-falante no mesmo instante em que o som
vindo do palco chega pelo ar. Para tentar contornar esse problema, um técnico de som
pensou em simplesmente instalar um cabo elétrico com comprimento suficiente para
o sinal elétrico chegar ao mesmo tempo que o som, em um alto-falante que está a uma
distância de 680 metros do palco.

A solução é inviável, pois seria necessário um cabo elétrico de comprimento mais


próximo de
a) 1,1 x 10³ km.
b) 8,9 x 10⁴ km.
c) 1,3 x 10⁵ km.
d) 5,2 x 10⁵ km.
e) 6,0 x 10¹³ km.

Comentários

Para a situação da questão, necessitamos um cabo tal que o som chegue ao mesmo
tempo que o sinal elétrico no fim do destino. Vamos primeiro calcular quanto tempo o som
demora para chegar no destino:

Então, temos que calcular a distância percorrida para o sinal elétrico tal que ele também
chegue em dois segundos no destino.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 111


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Este valor de distância é absurdo! Seria necessário um cabo que conseguisse dar treze
voltas ao redor da Terra! Vemos, então, que essa não é uma solução possível para as
apresentações musicais, e o técnico de som estava enganado. Para marcar a alternativa correta,
a questão pede apenas o comprimento necessário do cabo, que é igual ao comprimento da
alternativa (D).

Gabarito: “d”.

9. (2008/ENEM) O gráfico abaixo modela a distância percorrida, em km, por uma pessoa
em certo período de tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas
depende da maneira como essa pessoa se desloca.

Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de


locomoção e unidade de tempo, quando são percorridos 10 km?
a) carroça – semana
b) carro – dia
c) caminhada – hora
d) bicicleta – minuto
e) avião – segundo

Comentários

A questão cobra que o candidato seja capaz de estimar a velocidade média dos diversos
modais apresentados, além de conseguir interpretar o gráfico.

a) Incorreta. Uma carroça é capaz de se locomover a 5 𝑘𝑚/ℎ, o que significa que em


pouco mais de duas horas ela terá andando uma distância de 10 𝑘𝑚. Esse tempo será muito
menor que duas 2 semanas.

b) Incorreta. Um carro consegue andar a, no mínimo, 50 𝑘𝑚/ℎ. Isso significa que em muito
menos de uma hora, ela já tera percorrido 10 𝑘𝑚. Em pouco mais de dois dias, um carro é capaz
de sair do Sul do nosso país e chegar até o Rio Grande do Norte. Dessa forma, a alternativa é
inconsistente.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 112


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

c) Correta. Podemos assumir que a velocidade média de uma caminhada seja de 5 𝑘𝑚/ℎ.
Dessa forma, em cerca de duas horas a pessoa terá caminhado por 10 𝑘𝑚. Isso faz com que a
alternativa seja consistente.

d) Incorreta. Assumindo que a bicicleta tenha andado 10 𝑘𝑚 em dois minutos ela deverá
andar a 5 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛, ou 300 𝑘𝑚/ℎ. Ainda que exagerado, esse valor é muito alto para uma
bicicleta.

e) Incorreta. Um avião comercial voa a pouco menos de 1000 𝑘𝑚/ℎ, em pouco mais de
duas horas ele terá andado cerca de 2000 𝑘𝑚. Se uma hora equivale a 3600 𝑠, o avião anda
cerca de 0,5 𝑘𝑚 a cada segundo. Em 2 𝑠 ele terá andado perto de 1,0 𝑘𝑚, e não 10 𝑘𝑚.

Gabarito: “c”.

10. (2007/ENEM) Explosões solares emitem radiações eletromagnéticas muito intensas e


ejetam, para o espaço, partículas carregadas de alta energia, o que provoca efeitos
danosos na Terra. O gráfico abaixo mostra o tempo transcorrido desde a primeira
detecção de uma explosão solar até a chegada dos diferentes tipos de perturbação e
seus respectivos efeitos na Terra.

Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que a perturbação por ondas de rádio


geradas em uma explosão solar
a) dura mais que uma tempestade magnética.
b) chega à Terra dez dias antes do plasma solar.
c) chega à Terra depois da perturbação por raios X.
d) tem duração maior que a da perturbação por raios X.
e) tem duração semelhante à da chegada à Terra de partículas de alta energia.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 113


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Comentários

a) Incorreta. Pela análise gráfica, vemos que a tempestade magnética, causada pelo
plasma solar, dura cerca de 9 dias, ao passo que as perturbações por onda de rádio cerca de 4
horas.

b) Incorreta. As ondas de rádio chegam em menos de um minuto, ao passo que o plasma


em cerca de um dia.

c) Incorreta. Pelo gráfico, as perturbações de raios X e de ondas de rádio chegam em


instantes de tempo muito próximos, não podemos afirmar qual chega antes ou depois com o
gráfico fornecido.

d) Correta. A partir da análise do gráfico, notamos que a perturbação por ondas de rádio
dura até 4 horas. Por outro lado, as perturbações por raios X duram apenas cerca de 10 minutos.

e) Incorreta. A partir da análise do gráfico, notamos que a perturbação por ondas de rádio
dura até 4 horas. Por outro lado, as partículas de alta energia duram quase um dia completo.

Gabarito: “d”.

11.

SEU OLHAR

(Gilberto Gil, 1984)

Na eternidade

Eu quisera ter

Tantos anos-luz

Quantos fosse precisar

Pra cruzar o túnel

Do tempo do seu olhar

(2001/ENEM) Gilberto Gil usa na letra da música a palavra composta anos-luz. O


sentido prático, em geral, não é obrigatoriamente o mesmo que na ciência. Na Física,
um ano luz é uma medida que relaciona a velocidade da luz e o tempo de um ano e
que, portanto, se refere a

a) tempo. b) aceleração. c) distância.

d) velocidade. e) luminosidade.
Comentários

A autor tem a impressão de que o ano-luz é uma unidade de tempo, quando na verdade
corresponde à distância percorrida pela luz no intervalo de um ano:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 114


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

𝐴𝑛𝑜 𝑙𝑢𝑧 = 𝑐 ⋅ ∆𝑡

𝐴𝑛𝑜 𝑙𝑢𝑧 = 3,0 ⋅ 108 𝑚/𝑠 ⋅ 1 𝑎𝑛𝑜

𝐴𝑛𝑜 𝑙𝑢𝑧 = 3,0 ⋅ 108 𝑚/𝑠 ⋅ 3 ⋅ 107 𝑠 ≅ 9,0 ⋅ 1015 𝑚

Gabarito: “c”.

8.2 JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2020/FUVEST/1ª FASE) Em 20 de maio de 2019, as unidades de base do Sistema


Internacional de Unidades (SI) passaram a ser definidas a partir de valores exatos de
algumas constantes físicas. Entre elas, está a constante de Planck 𝒉, que relaciona a
energia 𝑬 de um fóton (quantum de radiação eletromagnética) coma sua frequência 𝒇
na forma 𝑬 = 𝒉𝒇. A unidade da constante de Planck em termos das unidades de base
do SI (quilograma, metro e segundo) é:
a) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠 b) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚2 c) 𝑚2 𝑠/𝑘𝑔

d) 𝑘𝑔 𝑠/𝑚 e) 𝑘𝑔 𝑚2 /𝑠 3
Comentários

Devemos fazer a análise dimensional da relação de Planck:

𝐸 =ℎ⋅𝑓

[𝐽] = ℎ ⋅ [𝐻𝑧]

ℎ = [𝐽]/[𝐻𝑧]

Devemos nos lembrar, por exemplo, que o trabalho de uma força, medido em J, é dado
pelo produto entre força e distância. Também devemos nos lembrar que o 𝐻𝑧 equivale ao inverso
do segundo:

ℎ = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜/[1/𝑠]

ℎ = 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 ⋅ [𝑠]

ℎ = 𝐹 ⋅ 𝑑 ⋅ [𝑠]

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 115


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

ℎ = 𝐹 ⋅ [𝑚] ⋅ [𝑠]

Também convêm nos lembrarmos que a segunda lei de Newton diz que a força é dada
pelo produto entre massa e aceleração:

ℎ = 𝑚 ⋅ 𝑎 ⋅ [𝑚] ⋅ [𝑠]

𝑚
ℎ = [𝑘𝑔] ⋅ [ 2 ] ⋅ [𝑚] ⋅ [𝑠]
𝑠

𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2
ℎ=[ ]
𝑠

Gabarito: “a”

2. (2020/FUVEST) Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora


cerca de 𝟑𝟎 𝒎𝒔 para chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que
conduz a informação do estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base
do tronco em 𝟐𝟎 𝒎𝒔. Da base do tronco ao cérebro, o pulso é conduzido na medula
espinhal. Considerando que a altura média do brasileiro é de 1,70 m e supondo uma
razão média de 0,6 entre o comprimento dos membros inferiores e a altura de uma
pessoa, pode‐se concluir que as velocidades médias de propagação do pulso nervoso
desde os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o cérebro são,
respectivamente:

a) 51 m/s e 51 m/s b) 51 m/s e 57 m/s c) 57 m/s e 57 m/s

d) 57 m/s e 68 m/s e) 68 m/s e 68 m/s


Comentários

Devemos usar a equação da velocidade para o movimento uniforme, considerando os


dados fornecidos:

∆𝑆𝑑𝑒𝑑𝑜 1,7 1,7 ⋅ 103 1700 170


𝑣𝑑𝑒𝑑𝑜 = = = = = ≅ 57 𝑚/𝑠
∆𝑡𝑑𝑒𝑑𝑜 30 ⋅ 10−3 30 30 3

Se a razão média entre o comprimento dos membros inferiores e a altura da pessoa é de


0,6, temos que os membros superiores terão razão de 0,4, já que os membros inferiores em
conjuntos com os superiores formam o corpo humano. Dessa forma:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 116


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

∆𝑆𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 1,7 ⋅ 0,4


𝑣𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 = =
∆𝑡𝑑𝑒𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑐é𝑏𝑟𝑜 − ∆𝑡𝑝é𝑠 𝑎𝑜 𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 30 ⋅ 10−3 − 20 ⋅ 10−3

0,68
𝑣𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 = = 0,068 ⋅ 103 = 68 𝑚/𝑠
10 ⋅ 10−3

Gabarito: “d”.

3. (2011/FUVEST) Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade
constante, de módulo igual a 𝟏𝟎, 𝟖 𝒌𝒎/𝒉, em trajetória retilínea, numa quadra plana e
horizontal. Num certo instante, a menina, com o braço esticado horizontalmente ao
lado do corpo, sem alterar o seu estado de movimento, solta a bola, que leva 𝟎, 𝟓 𝒔 para
atingir o solo. As distâncias 𝒔𝒎 e 𝒔𝒃 percorridas, respectivamente, pela menina e pela
bola, na direção horizontal, entre o instante em que a menina soltou a bola (𝒕 = 𝟎 𝒔) e o
instante 𝒕 = 𝟎, 𝟓 𝒔, valem:
a) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚 b) 𝑠𝑚 = 1,25 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚

c) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 0 𝑚 d) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,25 𝑚

e) 𝑠𝑚 = 1,50 𝑚 e 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚

Note e adote:

Desconsiderar os efeitos dissipativos.


Comentários

Desprezando os efeitos dissipativos, não haverá nenhuma aceleração horizontal atuando


sob a bola. Como ela foi abandonada pela menina, elas deverão ter a mesma velocidade
horizontal. E essa velocidade deverá ser uniforme, portanto, podemos usar a relação da
velocidade no MRU para determinar as distâncias pedidas, que são iguais. Lembre-se que
devemos converter a velocidade para 𝑚/𝑠 e, para isso, devemos dividi-la por 3,6:

∆𝑆
𝑣= ↔ ∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡
∆𝑡

10,8
𝑠𝑚 = 𝑠𝑏 = ∙ 0,5
3,6

𝑠𝑚 = 𝑠𝑏 = 1,50 𝑚

Gabarito: “e”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 117


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4. (2000/FUVEST – 1ª FASE) Um motorista para em um posto e pede ao frentista para


regular a pressão dos pneus de seu carro em 25 “libras” (abreviação da unidade “libra
força por polegada quadrada” ou “𝒑𝒔𝒊”). Essa unidade corresponde à pressão exercida
por uma força igual ao peso da massa de 1 libra, distribuída sobre uma área de 1
polegada quadrada.
Uma libra corresponde a 𝟎, 𝟓 𝒌𝒈 e 1 polegada a 𝟐𝟓 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 𝒎, aproximadamente. Como 1
𝒂𝒕𝒎 corresponde a cerca de 𝟏 ∙ 𝟏𝟎𝟓 𝑷𝒂 no SI (e 𝟏 𝑷𝒂 = 𝟏 𝑵/𝒎𝟐 ), aquelas 25 “libras”
pedidas pelo motorista equivalem aproximadamente a:
a) 2 𝑎𝑡𝑚 b) 1 𝑎𝑡𝑚 c) 0,5 𝑎𝑡𝑚 d) 0,2 𝑎𝑡𝑚 e) 0,01 𝑎𝑡𝑚
Comentários

Essa questão é mais antiga, porém traz os conceitos que acabamos de estudar. Quer
aprender a resolver esse tipo de questão? Então vamos seguir passo a passo a partir do
enunciado. Partiremos da definição de libra trazida pelo examinador:

25 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟ç𝑎
25 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎𝑠 = 25 psi =
1 𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎2

Convertendo libras para Newtons, vamos usar a informação de que 1 libra equivale a 0,5
kg.

𝑘𝑔 𝑘𝑔
25 𝑙𝑓 25 𝑙𝑓 ∙ 0,5 25 𝑙𝑓 ∙ 0,5
𝑙𝑓 𝑙𝑓 12,5 𝑘𝑔
2
= 2
= 2
=
1 𝑝𝑜𝑙 1 𝑝𝑜𝑙 1 𝑝𝑜𝑙 1 𝑝𝑜𝑙2

Fique tranquilo nesse próximo passo, ele cobra um conceito que aprenderemos na aula
que aborda o estudo das forças. Como queremos chegar até a Força Peso, devemos multiplicar
a massa pela aceleração da gravidade (adotada como 𝑔 ≅ 10 𝑚/𝑠 2 ). Lembre-se que a unidade
Newton [N] equivale a [𝑘𝑔 ∙ 𝑚/𝑠 2 ]:

𝑃⃗ = 𝑚 ∙ 𝑔 Relação a força peso e a


massa de uma partícula

12,5 𝑘𝑔 Massa por área


1 𝑝𝑜𝑙2

𝑚 Força Peso por área


12,5 𝑘𝑔 ∙ 10
𝑠2
1 𝑝𝑜𝑙2

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 118


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𝑚
125 𝑘𝑔 ∙
𝑠 2 = 125 𝑁
1 𝑝𝑜𝑙 2 1 𝑝𝑜𝑙2

Agora precisamos converter a área de polegadas quadradas para metros quadrados. Não
se assuste com as operações utilizando notação científica, elas facilitam bastante os cálculos.

Se temos o fator de conversão de polegadas para metros, devemos elevá-lo ao quadrado


para obter a conversão de polegadas quadradas para metros quadrados:

125 𝑁 125 𝑁
=
𝑚2 𝑚2
1 𝑝𝑜𝑙2 ∙ (25 ∙ 10−3 )2 1 𝑝𝑜𝑙2 ∙ (25 ∙ 10−3 )2
𝑝𝑜𝑙2 𝑝𝑜𝑙2

125 𝑁
252 ∙ 10(−3)∙2 𝑚2

125 𝑁 125 𝑁
−6 2
= ∙ 106 = 0,2 ∙ 106 2
625 ∙ 10 𝑚 625 𝑚

Usando a informação do enunciado de que 1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 ficamos com:

𝑁
0,2 ∙ 106 = 0,2 ∙ 106 𝑃𝑎
𝑚2

Contudo, esse valor não está respeitando as regras de uma notação científica. Devemos
andar com a vírgula uma casa para a direita e por isso o expoente foi diminuído em uma unidade.

0,2 ∙ 106 𝑃𝑎 = 2,0 ∙ 105 𝑃𝑎

Para finalizarmos, devemos usar a informação também trazida pelo enunciado de que 1
𝑎𝑡𝑚 corresponde a cerca de 1 ∙ 105 𝑃𝑎:

2,0 ∙ 105 𝑃𝑎 = 2 𝑎𝑡𝑚

Gabarito: “a”.

5. (2010/FUVEST/1ª FASE) Astrônomos observaram que a nossa galáxia, a Via Láctea,


está a 𝟐, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎𝟔 anos-luz de Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa. Com base
nessa informação, estudantes em uma sala de aula afirmaram o seguinte:

I. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é de 2,5 milhões de km.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 119


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II. A distância entre a Via Láctea e Andrômeda é maior que 𝟐 ∙ 𝟏𝟎𝟏𝟗 km.

III. A luz proveniente de Andrômeda leva 2,5 milhões de anos para chegar à Via Láctea.

Note e adote:
1 ano tem aproximadamente 𝟑 ∙ 𝟏𝟎𝟕 𝒔

Está correto apenas o que se afirma em

a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.


Comentários

I. Incorreta. A assertiva tenta confundir o candidato fazendo-o associar o ano luz à


distância proposta. Para que ela estivesse correta um ano luz deveria corresponder a um km.
Um ano luz corresponde à distância percorrida pela luz no vácuo durante um ano. Como a luz
percorre 299 792 458 metros em apenas um segundo, a assertiva está completamente
equivocada.

II. Correta. Vamos efetuar os cálculos:

∆𝑆 Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU

Vamos chamar a velocidade da luz de “c”. Primeiro vamos determinar qual a distância em
km que a luz percorre em um ano. Adotaremos que a velocidade da luz, no vácuo, é de,
aproximadamente, 3 ∙ 108 𝑚/𝑠.

∆𝑆 = 𝑐 ∙ ∆𝑡

∆𝑆 = 3 ∙ 108 ∙ 3 ∙ 107

∆𝑆 = 9 ∙ 1015 𝑚 = 9 ∙ 1012 𝑘𝑚

Portanto, um ano-luz corresponde, aproximadamente, a 9 ∙ 1012 𝑘𝑚. Vamos determinar a


quantos km correspondem 2,5 ∙ 106 anos-luz:

∆𝑆 = 9 ∙ 1012 ∙ 2,5 ∙ 106

∆𝑆 = 22,5 ∙ 1018 = 2,3 ∙ 1019 𝑘𝑚

Então a distância entre a via Láctea e Andrômeda é maior que 2 ∙ 1019 𝑘𝑚

III. Correta. Vamos voltar à sua definição: um ano luz corresponde a distância percorrida,
no vácuo, pela luz durante um ano. Se Andrômeda está a 2,5 ∙ 106 anos-luz da Via Láctea, isso

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 120


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significa que a luz proveniente daquela galáxia leva 2,5 ∙ 106 = 2,5 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 de anos para chega
na nossa galáxia.

Gabarito: “e”

6. (2009/FUVEST/1ª FASE) Marta e Pedro combinaram encontrar-se em certo ponto de


uma autoestrada plana, para seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero
da estrada, constatou que, mantendo uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na
hora certa ao ponto de encontro combinado. No entanto, quando ela já estava no marco
do quilômetro 10, ficou sabendo que Pedro tinha se atrasado e, só então, estava
passando pelo marco zero, pretendendo continuar sua viagem a uma velocidade média
de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível que os dois amigos se
encontrassem próximos a um marco da estrada com indicação de

a) km 20 b) km 30 c) km 40 d) km 50 e) km 60
Comentários

Podemos usar a equação da posição para o movimento uniforme e escrever a posição em


função de tempo para Marta e Pedro.

𝑆(t) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡 Equação Horária da Posição

Substituindo-se os seus respectivos valores:

S (t) = 10 + 80 ∙ 𝑡
{ 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎
S𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 (t) = 0 + 100 ∙ 𝑡

Igualando as duas equações determinaremos o instante de tempo no qual ocorrerá o


encontro entre os dois viajantes.

100 ⋅ 𝑡 = 10 + 80 ∙ 𝑡

20 ⋅ 𝑡 = 10

10
𝑡= = 0,5 ℎ𝑜𝑟𝑎
20

Sabendo o instante de tempo, podemos substitui-lo em qualquer uma das equações e


determinar a posição de encontro.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 121


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S (0,5) = 10 + 80 ∙ 0,5 = 50 𝑘𝑚
{ 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎
S𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 (0,5) = 0 + 100 ∙ 0,5 = 50 𝑘𝑚

Gabarito: “d”.

7. (2008/FUVEST/1ª FASE) Dirigindo-se a uma cidade próxima, por uma autoestrada


plana, um motorista estima seu tempo de viagem, considerando que consiga manter
uma velocidade média de 𝟗𝟎𝒌𝒎/𝒉. Ao ser surpreendido pela chuva, decide reduzir sua
velocidade média para 𝟔𝟎𝑲𝒎/𝒉, permanecendo assim até a chuva parar, quinze
minutos mais tarde, quando retoma sua velocidade média inicial. Essa redução
temporária aumenta seu tempo de viagem, com relação à estimativa inicial, em:

a) 5 min b) 7,5 min c) 10 min d) 15 min e) 30 min


Comentários

Inicialmente, o móvel iria a 90𝑘𝑚/ℎ. Contudo, durante um intervalo de tempo de 15 min


(que corresponde a ¼ de hora), ele anda a 60 𝑘𝑚/ℎ por causa da chuva.

Para determinarmos a diferença de tempo causado por essa variação de velocidade,


basta vermos o quanto ele andou durante esse tempo e calcular quanto seria o tempo gasto caso
ele não tivesse esse imprevisto. O deslocamento durante o intervalo de chuva pode ser calculado
usando a equação da velocidade para o MRU:

∆𝑆 Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU

Substituindo-se os valores que nos foram fornecidos temos:

Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
𝑣𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 =
Δ𝑡𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎

Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
60 =
1/4

1
Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 = 60 ⋅
4

Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎 = 15 𝑘𝑚

Devemos agora calcular qual seria o tempo que o motorista levaria para se deslocar por
15 𝑘𝑚 na velocidade de tempo seco.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 122


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Δ𝑠𝑐ℎ𝑢𝑣𝑎
𝑣𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 =
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙

15
90 =
Δt normal

15 1
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = = ℎ
90 6

Como uma hora equivale a 60 minutos, temos que:

1
Δ𝑡𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = ⋅ 60 = 10 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
6

Se normalmente o motorista demoraria 10 minutos, e levou 15 minutos, por ter reduzido a


velocidade, seu atraso será de 5 minutos.

Gabarito: “a”.

8. (2007/FUVEST/1ª FASE) Um passageiro, viajando de metrô, fez o registro de tempo


entre duas estacoes e obteve os valores indicados na tabela.

Supondo que a velocidade média entre duas estações consecutivas seja sempre a mesma
e que o trem pare o mesmo tempo em qualquer estação da linha, de 𝟏𝟓 𝒌𝒎 de extensão, é
possível estimar que um trem, desde a partida da Estação Bosque até a chegada à Estação
Terminal, leva aproximadamente:

a) 20 min. b) 25 min. c) 30 min. d) 35 min. e) 40 min.


Comentários

Vamos calcular a velocidade média do trem, dado que, ele anda 2 𝑘𝑚 (de Vila Maria a
Felicidade) em 4 min, de acordo com a tabela. Usando a equação da velocidade para o MRU,
sabendo que 4 minutos equivalem a 4/60 ℎ:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 123


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2
𝑣𝑡𝑟𝑒𝑚 = = 30 𝑘𝑚/ℎ
4
60

Agora, podemos calcular o tempo gasto para o trem sair da Estação Bosque até a Estação
Terminal:

∆𝑆𝑏𝑜𝑠𝑞𝑢𝑒/𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
∆𝑡 =
𝑣𝑡𝑟𝑒𝑚

15
∆𝑡 = = 0,5 ℎ = 30 𝑚𝑖𝑛
30

Entretanto, devemos lembrar que o trem fica 1 𝑚𝑖𝑛 parado nas estações até chegar na
Terminal, isto é, ele gasta um minuto nas estações de São José até a Felicidade, ou seja, mais
5 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠. Então, o tempo total será de 35 minutos.

Gabarito: “d”.

9. (1992/FUVEST/1ª FASE) Em um prédio de 20 andares (além do térreo) o elevador leva


36 s para ir do térreo ao 20º andar. Uma pessoa no andar X chama o elevador, que está
inicialmente no térreo, e 39,6 s após a chamada a pessoa atinge o andar térreo. Se não
houve paradas intermediárias, e os tempos de abertura e fechamento da porta do
elevador e de entrada e saída do passageiro são desprezíveis, podemos dizer que o
andar X é o:

a) 9º. b) 11º. c) 16º. d) 18º. e) 19º.


Comentários

Podemos definir a velocidade do elevador como sendo a razão entre o número de andares
pelo tempo:

𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠
𝑣𝑚 =
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜

A velocidade escalar média desse elevador será:

20 5
𝑣𝑚 = = 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠/𝑠
36 9

O elevador gastou 39,6 segundos para chegar até o andar dele e voltar para o térreo.
Como o módulo da velocidade escalar do elevador é constante, podemos dizer que o mesmo
tempo que ele leva para subir ele leva para descer. Logo, o elevador levou metade do tempo

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 124


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para subir, isto é, gastou 19,8 segundos. Portanto, o número de andares que ele andou para
subir foi:

5 𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠
= ⇒ 𝑛º 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑒𝑠 = 11
9 19,8

Com isso, a pessoa estava no 11º andar.

Gabarito: “b”.

10. (2006/FUVEST) Um automóvel e um ônibus trafegam em uma estrada plana, mantendo


velocidades constantes em torno de 100 km/h e 75 km/h, respectivamente. Os dois
veículos passam lado a lado em um posto de pedágio. Quarenta minutos (2/3 de hora)
depois, nessa mesma estrada, o motorista do ônibus vê o automóvel ultrapassá-lo. Ele
supõe, então, que o automóvel deve ter realizado, nesse período, uma parada com
duração aproximada de
a) 4 minutos
b) 7 minutos
c) 10 minutos
d) 15 minutos
e) 25 minutos
Comentários

Como os veículos estavam lado a lado no posto de pedágio, quando ocorre a


ultrapassagem podemos concluir que as distâncias percorridas pelos veículos foram iguais.

𝑑𝑎 = 𝑑𝑂

Porém o automóvel fez o mesmo percurso em “t” minutos a menos. Sendo dois
movimentos uniformes utilizaremos:

𝑑 = 𝑉. 𝑡

Distância do automóvel (da):

𝑑𝑜 = 𝑉𝑜 . 𝑡𝑜 = 75.40

Distância do automóvel (da):

𝑑𝑎 = 𝑉𝑎 . 𝑡𝑎 = 100. (40 − 𝑡)

𝑑𝑎 = 𝑑𝑂

100. (40 − 𝑡) = 75.40

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 125


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

3000
40 − 𝑡 =
100
40 − 𝑡 = 30

𝑡 = 10 𝑚𝑖𝑛

Como utilizamos uma igualdade não houve necessidade de converter o tempo (min →
hora) para efetuar o cálculo.

Gabarito: “c”.

11. (2004/FUVEST) João está parado em um posto de gasolina quando vê o carro de seu
amigo, passando por um ponto P, na estrada, a 60 km/h. Pretendendo alcançá-lo, João
parte com seu carro e passa pelo mesmo ponto P, depois de 4 minutos, já a 80 km/h.
Considere que ambos dirigem com velocidades constantes. Medindo o tempo, a partir
de sua passagem pelo ponto P, João deverá alcançar seu amigo, aproximadamente,
em
a) 4 minutos
b) 10 minutos
c) 12 minutos
d) 15 minutos
e) 20 minutos
Comentários

Primeira coisa que devemos entender da questão é que durante o tempo que João leva
para chegar no ponto P (4 mim) seu amigo está em movimento, e que a distância percorrida por
seu amigo nesse intervalo de tempo será a distância que João deverá percorrer para alcançá-lo
a partir do ponto P. A imagem a seguir ilustra a situação.

O tempo deve ser usado em horas nos cálculos.

4
𝑡 = 4𝑚𝑖𝑛 = ℎ
60
Calcularemos primeiro a distância percorrida pelo amigo de João, multiplicando a
velocidade pelo tempo:

𝑑 = 𝑉. 𝑡

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 126


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4
𝑑 = 60. = 4 𝑘𝑚
60
Como os dois têm movimento no mesmo sentido, encontraremos a velocidade relativa
entre eles fazendo a diferença entre suas velocidades.

𝑉𝑅 = 𝑉𝐽 − 𝑉𝐴

𝑉𝑅 = 80 − 60 = 20 𝑘𝑚/ℎ

Sabendo a distância e a velocidade entre eles, podemos encontrar o tempo de alcance


dividindo um pelo outro.

𝑑
𝑡=
𝑉

4 1
𝑡= ℎ = ℎ = 12 𝑚𝑖𝑛
20 5
Gabarito: “c”.

12. (2020/UERJ) O universo observável, que se expande em velocidade constante, tem


extensão média de 93 bilhões de anos-luz e idade de 13,8 bilhões de anos.

Quando o universo tiver a idade de 20 bilhões de anos, sua extensão, em bilhões de


anos-luz, será igual a:

a) 105 b) 115 c) 135 d) 165


Comentários

Sabendo que a velocidade escalar média é igual a variação do deslocamento pelo tempo
gasto nesse deslocamento, têm-se:

ΔS 93 bilhões de anos luz Extensão


vm =
⃗⃗⃗⃗⃗ = =
Δt 13,8 bilhões de anos 20 bilhões de anos

93 ⋅ 20
Extensã𝑜 = ≅ 135 𝑏𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑙𝑢𝑧
13,8

Gabarito: “c”.

13. (2019/UERJ) O Sol é a estrela mais próxima da Terra e dista cerca de 150.000.000 km
do nosso planeta. Admitindo que a luz percorre 300.000 km por segundo, o tempo, em
minutos, para a luz que sai do Sol chegar à Terra é, aproximadamente, igual a:

a) 7,3 b) 7,8 c) 8,3 d) 8,8


Comentários

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 127


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Sabendo que a velocidade escalar média é igual a variação do deslocamento pelo tempo
gasto nesse deslocamento, têm-se:

ΔS ΔS
vm =
⃗⃗⃗⃗⃗ ∴ Δt =
Δt vm
⃗⃗⃗⃗⃗

1,5 ⋅ 108
Δt = = 500 𝑠 ≅ 8,3 𝑚𝑖𝑛
3,0 ⋅ 105

Gabarito: “c”.

14. (2019/UERJ) Estima-se que um mosquito seja capaz de voar 3,0 km por dia, como
informa o texto. Nessas condições, a velocidade média do mosquito corresponde, em
km/h, a:

a) 0,125 b) 0,250 c) 0,600 d) 0,800


Comentários

Sabendo que a velocidade média é dada por:

∆𝑠
𝑣=
∆𝑡
Então, do enunciado:

∆𝑠 = 3 𝑘𝑚 𝑒 ∆𝑡 = 1 𝑑𝑖𝑎 = 24 ℎ

Portanto:

3
𝑣=
24
1
𝑣=
8
𝑣 = 0,125 𝑘𝑚/ℎ

Gabarito: “a”.

15. (2017/UERJ) O rompimento da barragem de contenção de uma mineradora em Mariana


(MG) acarretou o derramamento de lama contendo resíduos poluentes no rio Doce.
Esses resíduos foram gerados na obtenção de um minério composto pelo metal de
menor raio atômico do grupo 8 da tabela de classificação periódica. A lama levou 16
dias para atingir o mar, situado a 600 km do local do acidente, deixando um rastro de
destruição nesse percurso. Caso alcance o arquipélago de Abrolhos, os recifes de
coral dessa região ficarão ameaçados.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 128


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Com base nas informações apresentadas no texto, a velocidade média de deslocamento


da lama, do local onde ocorreu o rompimento da barragem até atingir o mar, em km/h,
corresponde a:

a) 1,6 b) 2,1 c) 3,8 d) 4,6


Comentários

Sabendo que a velocidade escalar média é igual a variação do deslocamento pelo tempo
gasto nesse deslocamento, têm-se:

ΔS 600
vm =
⃗⃗⃗⃗⃗ = ≅ 1,56 𝑘𝑚/ℎ
Δt 16 ⋅ 24

Gabarito: “a”.

16. (2017.2/UERJ) Pela turbina de uma hidrelétrica, passam 𝟓𝟎𝟎 𝒎𝟑 de água por segundo.
A ordem de grandeza do volume de água que passa por essa turbina em 𝟑 𝒉
corresponde, em litros, a:
a) 𝟏𝟎𝟖 b) 𝟏𝟎𝟏𝟎 c) 𝟏𝟎𝟏𝟐 d) 𝟏𝟎𝟏𝟒
Comentários

Devemos nos lembrar que 1 𝑚3 = 1000 𝑙:

𝑉 = 500 𝑚3 = 500 ⋅ 1000 = 5 ⋅ 102 ⋅ 103 = 5 ⋅ 105 𝑙

Também devemos saber que uma hora equivale a 60 minutos, e um minuto a 60


segundos:

∆𝑡 = 3 ℎ = 3 ⋅ 60 ⋅ 60 = 1,08 ⋅ 104 𝑠

O volume que passa pela turbina em três horas, será dado por:

𝑉3 = 5 ⋅ 105 ⋅ 1,08 ⋅ 104 = 5,4 ⋅ 109

Como a questão pede a ordem de grandeza:

𝑉3 = 5,4 ⋅ 109 𝑙 = 1010 𝑙

Gabarito: “b”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 129


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17. (2015/UERJ) Em uma pista de competição, quatro carrinhos elétricos, numerados de I


a IV, são movimentados de acordo com o gráfico 𝒗 𝒙 𝒕 a seguir.

O carrinho que percorreu a maior distância em 4 segundos tem a seguinte numeração:

a) I b) II c) III d) IV
Comentários

Sabendo que, em um gráfico de velocidade pelo tempo, a distância é numericamente igual


à área embaixo do gráfico, temos:

2 ⋅ 0,5 0,5 + 2
Δ𝑆1 = + + (4 − 3) ⋅ 2 = 3,75 𝑚
2 2

1 ⋅ 1 (1 + 1,5) ⋅ (3 − 1)
Δ𝑆2 = + + (4 − 3) ⋅ 1,5 = 4,5 𝑚
2 2

2⋅1
Δ𝑆3 = + (4 − 2) ⋅ 1 = 3,0 𝑚
2

3 ⋅ 0,5 (1 + 0,5) ⋅ (4 − 3)
Δ𝑆4 = + = 1,5 𝑚
2 2

Gabarito: “b”.

18. (2019/UERJ/1ª FASE) Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um


veículo ao longo do tempo, traçada a partir das posições registradas durante seu
deslocamento.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 130


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O valor estimado da velocidade média do veículo, em 𝒎/𝒔, corresponde a:

a) 𝟏 b) 2 c) 3 d) 4
Comentários

Pelo gráfico de posição em função do tempo podemos perceber que se trata de um MRU,
já que estamos diante de uma reta. Podemos calcular a velocidade média pela variação da
posição pelo tempo.

Precisamos escolher dois pontos para fazer a nossa estimativa. Quando 𝑡 = 12 𝑠, 𝑆12 ≅
16 𝑚. E para 𝑡 = 0, 𝑆0 ≅ 4 𝑚. Daí:

∆S 𝑆12 − 𝑆0
v= =
∆𝑡 𝑡12 − 𝑡0

16 − 4 12
𝑣= = = 1 𝑚/𝑠
12 − 0 12

Gabarito: “a”

19. (2014.2/UERJ) Em um longo trecho retilíneo de uma estrada, um automóvel se desloca


a 80 km/h e um caminhão a 60 km/h, ambos no mesmo sentido e em movimento
uniforme. Em determinado instante, o automóvel encontra-se 60 km atrás do caminhão.
O intervalo de tempo, em horas, necessário para que o automóvel alcance o caminhão
é cerca de:

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
Comentários

A relação entre velocidade, deslocamento e tempo é dada pela equação abaixo:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 131


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𝑑
𝑉=
𝑡

Como o automóvel se desloca a 80km/h, na mesma direção e sentido do deslocamento


do caminhão, que se move a 60km/h, então a velocidade relativa entre eles vale 20 km/h, pois o
carro se aproxima do caminhão com esta taxa. Para vencer a distância de 60 km entre eles, o
tempo de encontro fica:

𝑑 60
𝑡= = =3ℎ
𝑉𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 20

Gabarito: “c”.

20. (2010/UERJ) Um foguete persegue um avião, ambos com velocidades constantes e


mesma direção. Enquanto o foguete percorre 4,0 km, o avião percorre apenas 1,0 km.
Admita que, em um instante t1, a distância entre eles é de 4,0 km e que, no instante t2,
o foguete alcança o avião.

No intervalo de tempo t2-t1, a distância percorrida pelo foguete, em quilômetros,


corresponde aproximadamente a:

a) 4,7 b) 5,3 c) 6,2 d) 8,6


Comentários

A relação entre velocidade, deslocamento e tempo é dada pela equação abaixo:

𝑑
𝑉𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 =
𝑡𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜

4
𝑉𝐹𝑜𝑔𝑢𝑒𝑡𝑒 − 𝑉𝐴𝑣𝑖ã𝑜 =
𝑡𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜

4
4 ⋅ 𝑉𝑎𝑣𝑖ã𝑜 − 𝑉𝐴𝑣𝑖ã𝑜 =
𝑡𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜

4
3 ⋅ 𝑉𝑎𝑣𝑖ã𝑜 =
𝑡𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜

4
𝑡𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜 =
3 ⋅ 𝑉𝑎𝑣𝑖ã𝑜

Este é o tempo que o foguete ficou se movendo, totalizando uma distância de:

𝑑𝑓𝑜𝑔𝑢𝑒𝑡𝑒 = 𝑉𝑓𝑜𝑔𝑢𝑒𝑡𝑒 ⋅ 𝑡𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜

4
𝑑𝑓𝑜𝑔𝑢𝑒𝑡𝑒 = 4 ⋅ 𝑉𝑎𝑣𝑖ã𝑜 ⋅
3 ⋅ 𝑉𝑎𝑣𝑖ã𝑜

16
𝑑𝑓𝑜𝑔𝑢𝑒𝑡𝑒 = = 5,3 𝑘𝑚
3

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 132


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Gabarito: “b”.

21. (2020/UNESP) A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou um estudo


apresentando a mobilidade no sistema viário da cidade de São Paulo. Um dos
resultados desse estudo consiste na comparação da velocidade média do tráfego
geral, em um importante conjunto de vias, no sentido bairro-centro (BC) e no sentido
centro-bairro (CB), nos horários de pico dos períodos da manhã e da tarde, de 2013 a
2017. O gráfico apresenta esse comparativo:

De acordo com o gráfico, em apenas um dos sentidos e em um determinado período foram


registradas seguidas reduções anuais no tempo médio de deslocamento ao longo das
vias. Comparando 2017 com 2013, a redução do tempo de deslocamento nessas vias, em
porcentagem, é de, aproximadamente,

a) 12,9%. b) 5,1%. c) 21,7%. d) 1,8%. e) 27,7%.


Comentários

A velocidade e o tempo são grandezas inversamente proporcionais, para uma mesma


distância percorrida:

∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣

O único trecho em que a velocidade sempre foi crescente é o BC – manhã. Dessa forma,
devemos fazer a razão entre os tempos desse trecho para os anos de 2017 e 2013:

∆𝑆 ∆𝑆 1
∆𝑡2017 𝑣2017 𝑣2017 𝑣2017
= = =
∆𝑡2013 ∆𝑆 ∆𝑆 1
𝑣2013 𝑣2013 𝑣2013

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 133


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∆𝑡2017 𝑣2013 18,4


= = ≅ 0,783
∆𝑡2013 𝑣2017 23,5

Para determinarmos a diminuição percentual, devemos subtrair o valor encontrado de 1 e efetuar


a multiplicação por 100:

𝑅𝑒𝑑𝑢çã𝑜 = (1 − 0,783) ⋅ 100 = 21,7 %

Gabarito: “c”.

22. (2020/UNESP) O gráfico representa a velocidade escalar de um nadador em função do


tempo, durante um ciclo completo de braçadas em uma prova disputada no estilo nado
de peito, em uma piscina.

Considerando que, em um trecho de comprimento 36 m, o nadador repetiu esse ciclo de


braçadas e manteve o ritmo de seu nado constante, o número de braçadas completas
dadas por ele foi em torno de
a) 20. b) 35. c) 15. d) 30. e) 25.
Comentários

𝐴 = 𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 + 𝐴4

1,8 ⋅ (0,6 − 0,4) 1,8 ⋅ (0,8 − 0,6)


𝐴 = 1,8 ⋅ (0,4 − 0) + + + 1,8 ⋅ (1,0 − 0,8)
2 2

𝐴 = 1,44 𝑚

Então, em um ciclo de braçadas, ele percorre 1,44 m. Como ele se move em um trecho
com 3m metros, o número de braçadas do nadador é de:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 134


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36
𝑛= = 25 𝑏𝑟𝑎ç𝑎𝑑𝑎𝑠
1,44

Gabarito: “e”.

23. (2018/UNESP) Juliana pratica corridas e consegue correr 𝟓, 𝟎 𝒌𝒎 em meia hora. Seu
próximo desafio é participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso é de 𝟏𝟓 𝒌𝒎.
Como é uma distância maior do que a que está acostumada a correr, seu instrutor
orientou que diminuísse sua velocidade média habitual em 𝟒𝟎 % durante a nova prova.
Se seguir a orientação de seu instrutor, Juliana completará a corrida de São Silvestre
em

a) 2h 40min. b) 3h 00min. c) 2h 15min. d) 2h 30min. e) 1h 52min.

Comentários

Primeiro devemos calcular a velocidade média de Juliana em seus treinos, para isso
podemos utilizar a Equação da velocidade para o MRU.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Substituindo-se os valores fornecidos, lembrando que meia hora é equivalente a 0,5 hora:

5,0
𝑣𝑚,𝑡𝑟𝑒𝑖𝑛𝑜 = = 10 𝑘𝑚/ℎ
0,5

Se Juliana reduzir a sua velocidade média em 40%, ela deverá correr com 60% da
velocidade média, assim:

60
𝑣𝑚,𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑡𝑖çã𝑜 = 60 % 𝑑𝑒 10 𝑘𝑚/ℎ = ∙ 10 𝑘𝑚/ℎ
100

𝑣𝑚,𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑡𝑖çã𝑜 = 0,6 ⋅ 10 = 6,0 𝑘𝑚/ℎ

Agora que sabemos a velocidade média com a qual Juliana irá competir, e também
sabemos que a corrida de São Silvestre tem um percurso de 15 km, podemos calcular o tempo
esperado para Juliana fazendo uso novamente da Equação da velocidade para o MRU:

∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑣𝑚,𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑡𝑖çã𝑜 =
𝑡𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎

Substituindo as informações obtidas:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 135


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15
0,6 =
𝑡𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎

Rearranjando:

15
𝑡𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎 = = 2,5ℎ
6,0

Vamos interpretar o resultado obtido para respondermos corretamente à questão:

𝑡𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎 = 2,5ℎ = 2,0 ℎ + 0,5ℎ = 2,0ℎ + 30 𝑚𝑖𝑛

Portanto, é esperado que Juliana complete a prova em 2 horas e 30 minutos.

Gabarito: “d”.

24. (2019/UNESP/1ª FASE) Tomando como base um Boeing 737-800, seus tanques de
combustível podem comportar até 21 t (21 toneladas) de querosene de aviação (QAV).

O consumo do QAV tem como principal variável o peso total da aeronave. Além disso,
altitude, velocidade e temperatura também influenciam na conta. Quanto mais longo o
percurso, mais eficiente a aeronave será, pois o consumo do QAV em altitude é muito
menor, devido à atmosfera mais rarefeita, que causa menos resistência ao avanço e, ao
mesmo tempo em que ocorre o consumo, reduz-se o peso da aeronave.

Em voo de cruzeiro (quando o avião alcança a velocidade e altitude ideais) o consumo de


QAV é de aproximadamente 2200 kg/h. A fase do voo com maior consumo de combustível
é a subida, pois a aeronave precisa de muita força para decolar e ganhar altitude. O
consumo de QAV chega a ser o dobro, se comparado ao voo de cruzeiro. Já na descida,
o consumo é menor, chegando a ser 1/3 em comparação ao voo de cruzeiro.

(www.agenciaabear.com.br. Adaptado.)

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 136


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O gráfico mostra o tempo decorrido desde que um Boeing 737-800 iniciou a decolagem no
aeroporto de origem, atingiu sua altitude de cruzeiro e finalmente pousou no aeroporto de
destino. Os aeroportos podem ser considerados ao nível do mar.

Considerando as informações sobre consumo de QAV dadas no texto, pode-se estimar


que o consumo total de combustível no voo representado pelo gráfico foi próximo de

a) 7 000 kg. b) 11 000 kg. c) 9 000 kg. d) 3 000 kg. e) 5 000 kg.

Comentários

Do gráfico, temos que o tempo de subida é de 20 minutos. O tempo de cruzeiro de 130


minutos e o tempo de descida de 30 minutos.

Em cada trecho, devemos calcular a quantidade de QAV consumida pelo produto do


consumo e o tempo de voo. Perceba que isso pode ser determinado pela análise adimensional:

𝑘𝑔 𝑘𝑔
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 ⋅ 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = ⋅ℎ = ⋅ ℎ = 𝑘𝑔
ℎ ℎ

Devemos converter cada intervalo de tempo para horas. Lembre-se que uma hora
equivale a 60 minutos. Para a subida, cujo consumo é o dobro do fase de cruzeiro, temos:

20
𝑄𝐴𝑉𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 2 ⋅ 2200 ⋅ = 1466,7 𝑘𝑔 𝑄𝐴𝑉
60

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 137


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Durante a fase de cruzeiro, temos:

130
𝑄𝐴𝑉𝑐𝑟𝑢𝑧𝑒𝑖𝑟𝑜 = 2200 ⋅ = 4766,7 𝑘𝑔 𝑄𝐴𝑉
60

Finalmente, na fase de descida, na qual o consumo é de um terço da fase de cruzeiro:

2200 30
𝑄𝐴𝑉𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 = ⋅ = 366,7 𝑘𝑔 𝑄𝐴𝑉
3 60

E o total de 𝑄𝐴𝑉 consumido durante esse voo foi de:

𝑄𝐴𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑄𝐴𝑉𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑄𝐴𝑉𝑐𝑟𝑢𝑧𝑒𝑖𝑟𝑜 + 𝑄𝐴𝑉𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎

𝑄𝐴𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1466,7 + 4766,7 + 366,7 ≅ 7000 𝑘𝑔 𝑄𝐴𝑉

Gabarito: “a”.

25. (2017/UNESP/1ª FASE) O limite máximo de velocidade para veículos leves na pista
expressa da Av. das Nações Unidas, em São Paulo, foi recentemente ampliado de
𝟕𝟎 𝒌𝒎/𝒉 para 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉. O trecho dessa avenida conhecido como Marginal Pinheiros
possui extensão de 𝟐𝟐, 𝟓 𝒌𝒎.

Comparando os limites antigo e novo de velocidades, a redução máxima de tempo que


um motorista de veículo leve poderá conseguir ao percorrer toda a extensão da
Marginal Pinheiros pela pista expressa, nas velocidades máximas permitidas, será de,
aproximadamente,

a) 1 minuto e 7 segundos. b) 4 minutos e 33 segundos. c) 3 minutos e 45 segundos.

d) 3 minutos e 33 segundos. e) 4 minutos e 17 segundos.

Comentários

Devemos calcular os tempos necessários para percorrer a Marginal Pinheiros com as duas
velocidades citadas. Para isso, devemos usar a equação da velocidade para o MRU.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Isolando o intervalo de tempo nessa relação, temos:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 138


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣

Agora podemos substituir os valores:

22,5
∆𝑡𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑜 = ℎ
90

22,5
∆𝑡𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜 = ℎ
70

Em vez de fazer essas duas divisões horrorosas, podemos antes converter os


intervalos de tempo para segundos, o que facilitaria as nossas contas. Lembre-se que
uma hora equivale a 3600 segundos.

Dessa forma:

22,5
∆𝑡𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑜 = ⋅ 3600 𝑠
90

22,5
∆𝑡𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜 = ⋅ 3600 𝑠
70

Repare que podemos simplificar as operações:

22,5
∆𝑡𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑜 = ⋅ 3600 = 22,5 ⋅ 40 = 900 𝑠
90

22,5 22,5 ⋅ 360


∆𝑡𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜 = ⋅ 3600 = ≅ 1157 𝑠
70 7

Isso significa uma diferença de tempo de:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 139


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∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1157 − 900 = 257 𝑠

Um minuto equivale a 60 segundos. Dessa forma, temos:

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 240 𝑠 + 17 𝑠 = 4 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 + 17 𝑠

Gabarito: “e”

26. (2016/UNESP/1ª FASE) Em uma viagem de carro com sua família, um garoto colocou
em prática o que havia aprendido nas aulas de física. Quando seu
pai ultrapassou um caminhão em um trecho reto da estrada, ele
calculou a velocidade do caminhão ultrapassado utilizando um
cronômetro.

O garoto acionou o cronômetro quando seu pai alinhou a frente


do carro com a traseira do caminhão e o desligou no instante em
que a ultrapassagem terminou, com a traseira do carro alinhada
com a frente do caminhão, obtendo 𝟖, 𝟓 𝒔 para o tempo de
ultrapassagem.

Em seguida, considerando a informação contida na figura e


sabendo que o comprimento do carro era 𝟒 𝒎 e que a velocidade do carro permaneceu
constante e igual a 𝟑𝟎 𝒎/𝒔, ele calculou a velocidade média do caminhão, durante a
ultrapassagem, obtendo corretamente o valor

a) 24 m/s. b) 21 m/s. c) 22 m/s. d) 26 m/s. e) 28 m/s.

Comentários

Devemos considerar o carro e o caminhão como corpos extensos nessa situação. A


ultrapassagem se inicia quando a parte dianteira do carro se alinha com a parte traseira do
caminhão, e ela tem fim quando a parte dianteira do caminhão se alinha com a parte traseira do
carro.

Por esse motivo, podemos imaginar que a distância equivalente à soma dos comprimentos
do carro e do caminhão deve ser percorrida com a velocidade relativa entre esses dois veículos,
que se dará pela diferença entre a velocidade do carro (maior) e a velocidade do caminhão
(menor).

Dessa forma, devemos usar a equação da velocidade para o MRU.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 140


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Para a situação em questão, temos:

𝐿𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜
𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 =
∆𝑡

𝐿𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 + 𝐿𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜
𝑣𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 − 𝑣𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 =
∆𝑡

4 + 30
30 − 𝑣𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 =
8,5

4 + 30
−𝑣𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 = − 30
8,5

4 + 30 34
𝑣𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 = 30 − = 30 − = 30 − 4
8,5 8,5

𝑣𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 = 26 𝑚/𝑠

Gabarito: “d”

27. (2015/UNESP/1ª FASE) João mora em São Paulo e tem um compromisso às 𝟏𝟔 𝒉 em


São José dos Campos, distante 𝟗𝟎 𝒌𝒎 de São Paulo. Pretendendo fazer uma viagem
tranquila, saiu, no dia do compromisso, de São Paulo às 𝟏𝟒 𝒉, planejando chegar ao
local pontualmente no horário marcado. Durante o trajeto, depois de ter percorrido um
terço do percurso com velocidade média de 𝟒𝟓 𝒌𝒎/𝒉, João recebeu uma ligação em
seu celular pedindo que ele chegasse meia hora antes do horário combinado.

Para chegar ao local do compromisso no novo horário, desprezando-se o tempo parado


para atender a ligação, João deverá desenvolver, no restante do percurso, uma velocidade
média, em 𝒌𝒎/𝒉, no mínimo, igual a

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 141


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

a) 120. b) 60. c) 108. d) 72. e) 90.

Comentários

Primeiramente, devemos descobrir quanto tempo João gastou para percorrer o primeiro
terço da viagem, que equivale a 30 𝑘𝑚. Como sabemos a sua velocidade média nesse trecho,
temos que:

∆𝑆1 ∆𝑆1
𝑣1 = ⟺ ∆𝑡1 =
∆𝑡1 𝑣1

∆𝑆1 30 2
∆𝑡1 = = = ℎ
𝑣1 45 3

Se um terço do trecho de 90 𝑘𝑚 já foi percorrido, sabemos que ainda restam dois terços
de 90 𝑘𝑚, ou 60 𝑘𝑚 a serem percorridos.

João teria um prazo de 1,5 ℎ, ou 3/2 ℎ, já que saiu de São Paulo às 14h e deve chegar às
15h e 30 minutos em São José dos Campos. Contudo como 2/3 ℎ já se passaram, ele tem a
diferença entre esses intervalos de tempo para chegar ao seu destino. Com isso, podemos
escrever:

∆𝑆2 60 60 60
𝑣2 = = = =
∆𝑡2 3 − 2 9 − 4 5
2 3 6 6 6

6
𝑣2 = 60 ⋅ = 12 ⋅ 6 = 72 km/h
5

Gabarito: “d”

28. (2014/UNESP/1ª FASE) Os dois primeiros colocados de uma prova de 100 m rasos de
um campeonato de atletismo foram, respectivamente, os corredores A e B. O gráfico
representa as velocidades escalares desses dois corredores em função do tempo,
desde o instante da largada (t = 0) até os instantes em que eles cruzaram a linha de
chegada.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 142


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Analisando as informações do gráfico, é correto afirmar que, no instante em que o


corredor A cruzou a linha de chegada, faltava ainda, para o corredor B completar a prova,
uma distância, em metros, igual a

a) 5. b) 25. c) 15. d) 20. e) 10.

Comentários

Pela análise do gráfico, podemos perceber que o corredor A cruzou a linha de chegada
na marca de 10 segundos. O corredor B, nesse instante de tempo, tinha a velocidade de 10
metros por segundo. Se esse corredor ainda permaneceu correndo por dois segundos, isso
significa que ele ainda percorreu a distância de 20 metros.

Gabarito: “d”

29. (2014/UNESP/1ª FASE) Um motorista dirigia por uma estrada plana e retilínea quando,
por causa de obras, foi obrigado a desacelerar seu veículo, reduzindo sua velocidade
de 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 (𝟐𝟓 𝒎/𝒔) para 𝟓𝟒 𝒌𝒎/𝒉 (𝟏𝟓 𝒎/𝒔). Depois de passado o trecho em obras,
retornou à velocidade inicial de 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉. O gráfico representa como variou a
velocidade escalar do veículo em função do tempo, enquanto ele passou por esse
trecho da rodovia.

Caso não tivesse reduzido a velocidade devido às obras, mas mantido sua velocidade
constante de 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 durante os 𝟖𝟎 𝒔 representados no gráfico, a distância adicional que
teria percorrido nessa estrada seria, em metros, de

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 143


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a) 1650. b) 800. c) 950. d) 1250. e) 350.

Comentários

Como o gráfico fornecido relaciona a velocidade e o tempo, podemos calcular a distância


pedida pela área do gráfico destacada abaixo:

Note que a área azul simula a situação na qual a velocidade teria permanecido constante
valendo 25 𝑚/𝑠. Sendo essa área a de um trapézio, podemos escrever:

(𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 + 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟)


Aazul = ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
2

[(60 − 10) + (40 − 20)]


Aazul = ⋅ (25 − 15)
2

(50 + 20)
Aazul = ⋅ 10 = 350
2

Como a área é numericamente igual à distância percorrida, temos:

𝐷 = 350 𝑚

Gabarito: “e”

30. (2011/UNESP/1ª FASE-MODIFICADA) No gráfico a seguir são apresentados os valores


da velocidade 𝑽, em 𝒎/𝒔, alcançada por um dos pilotos em uma corrida em um circuito
horizontal e fechado, nos primeiros 𝟏𝟒 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 do seu movimento. Sabe-se que de
𝟖 𝒂 𝟏𝟎 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 a trajetória era retilínea. Considere 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 e que para completar
uma volta o piloto deve percorrer uma distância igual a 𝟒𝟎𝟎 𝒎.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 144


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A partir da análise do gráfico, são feitas as afirmações:


I. O piloto completou uma volta nos primeiros 𝟖 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 de movimento.

II. O piloto demorou 𝟗 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔 para completar uma volta.

São verdadeiras apenas as afirmações

a) I. b) II. c) I e II. d) Nenhuma.

Comentários

I – Incorreta. A distância percorrida pelo piloto nos 8 primeiros segundos de movimento


pode ser calculada pela área abaixo da curva:

A área do triângulo azul pode ser calculada da seguinte forma:

𝑏𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (8 − 0) ⋅ (80 − 0)


Aazul = = = 320
2 2

Sendo a área numericamente igual a distância percorrida, temos que ela será de apenas
320 𝑚, ao passo que uma volta compreende uma distância de 400 𝑚.

II – Correta. Sabemos que de 0 a 8 segundos, o piloto percorreu 320 𝑚. Isso significa que
ainda restam 80 𝑚 para uma volta completa. Note que a partir de 𝑡 = 8 𝑠 o piloto passa a se
mover com velocidade uniforme de 80 𝑚/𝑠, até 𝑡 = 10 𝑠. Se a sua velocidade é de 80 𝑚/𝑠, isso
significa que a cada segundo, ele se move uma distância de 80 𝑚. Sendo assim, após um
segundo, ou seja, em 𝑡 = 9 𝑠, o piloto terá completado a volta.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 145


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Gabarito: “b”

31. (2010/UNESP/1ª FASE) Nos últimos meses assistimos aos danos causados por
terremotos. O epicentro de um terremoto é fonte de ondas mecânicas tridimensionais
que se propagam sob a superfície terrestre. Essas ondas são de dois tipos:
longitudinais e transversais. As ondas longitudinais viajam mais rápido que as
transversais e, por atingirem as estações sismográficas primeiro, são também
chamadas de ondas primárias (ondas P); as transversais são chamadas de ondas
secundárias (ondas S). A distância entre a estação sismográfica e o epicentro do
terremoto pode ser determinada pelo registro, no sismógrafo, do intervalo de tempo
decorrido entre a chegada da onda P e a chegada da onda S.

Considere uma situação hipotética, extremamente simplificada, na qual, do epicentro


de um terremoto na Terra são enviadas duas ondas, uma transversal que viaja com
uma velocidade de, aproximadamente 𝟒, 𝟎 𝒌𝒎/𝒔, e outra longitudinal, que viaja a uma
velocidade de, aproximadamente 𝟔, 𝟎 𝒌𝒎/𝒔. Supondo que a estação sismográfica mais
próxima do epicentro esteja situada a 𝟏𝟐𝟎𝟎 𝒌𝒎 deste, qual a diferença de tempo
transcorrido entre a chegada das duas ondas no sismógrafo?

a) 600 s. b) 400 s. c) 300 s. d) 100 s. e) 50 s.

Comentários

Devemos calcular os tempos necessários para a onda percorrer a distância do epicentro


até a estação sismográfica com as duas velocidades citadas. Para isso, devemos usar a equação
da velocidade para o MRU.

∆𝑆 ∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣 MRU)

Agora podemos substituir os valores:

1200
∆𝑡𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑜 = = 200 𝑠
{ 6
1200
∆𝑡𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 300 𝑠
4

Dessa forma, temos a diferença entre os tempos de 100 𝑠.

Gabarito: “d”

32. (2008/UNESP/1ª FASE) Os movimentos de dois veículos, I e II, estão registrados no


gráfico abaixo.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 146


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Sendo veículos retilíneos, a velocidade do veículo II no instante em que alcança I é:

a) 𝟏𝟓 𝒎/𝒔. b) 𝟐𝟎 𝒎/𝒔. c) 𝟐𝟓 𝒎/𝒔. d) 𝟑𝟎 𝒎/𝒔. e) 𝟑𝟓 𝒎/𝒔.

Comentários

Em um gráfico de posição em função do tempo, como o da questão, um veículo alcança


o outro quando os dois ocupam a mesma posição no espaço. Isso acontece no tempo 𝑡 = 15 𝑠,
e 𝑆 = 225 𝑚.

Até 𝑡 = 15 𝑠, o veículo II se move com velocidade variável, o que fica evidenciado por seu
gráfico ser uma curva. Isso dificulta o cálculo de sua velocidade instantânea. Por outro lado,
podemos determinar a sua velocidade usando os pontos a partir desse tempo, visto que até o
final do gráfico a sua velocidade permanece praticamente constante.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Usando o ponto no qual 𝑡 = 15 𝑠 e 𝑆 = 225 𝑚, e o ponto no qual 𝑡 = 20 𝑠 e 𝑆 = 375 𝑚,


temos:

(375 − 225) 150


𝑣= = = 30 𝑚/𝑠
(20 − 15) 5

Gabarito: “d”

33. (2007/UNESP/1ª FASE) Mapas topográficos da Terra são de grande importância para as
mais diferentes atividades, tais como navegação, desenvolvimento de pesquisas ou
uso adequado do solo. Recentemente, a preocupação com o aquecimento global fez
dos mapas topográficos das geleiras o foco de atenção de ambientalistas e
pesquisadores. O levantamento topográfico pode ser feito com grande precisão
utilizando os dados coletados por altímetros em satélites. O princípio é simples e
consiste em registrar o tempo decorrido entre o instante em que um pulso de laser é

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 147


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

emitido em direção à superfície da Terra e o instante em que ele retoma ao satélite,


depois de refletido pela superfície na Terra.

Considere que o tempo decorrido entre a emissão e a recepção do pulso de laser,


quando emitido sobre uma região ao nível do mar, seja de 𝟏𝟖 ⋅ 𝟏𝟎−𝟒 𝒔 s. Se a velocidade
do laser for igual a 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔, calcule a altura, em relação ao nível do mar, de uma
montanha de gelo sobre a qual um pulso de laser incide e retorna ao satélite após
𝟏𝟕, 𝟖 ⋅ 𝟏𝟎−𝟒 segundos.
Comentários

Devemos calcular a distância percorrida pelo laser nas duas situações. Para isso,
devemos usar a equação da velocidade para o MRU.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Isolando a distância nessa relação, temos:

∆𝑆 = 𝑣 ⋅ ∆𝑡

Agora podemos substituir os valores:

∆𝑆𝑚𝑎𝑟 = 3 ⋅ 108 ⋅ 18 ⋅ 10−4 = 54 ⋅ 104 𝑚

∆𝑆𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛ℎ𝑎 = 3 ⋅ 108 ⋅ 17,8 ⋅ 10−4 = 53,4 ⋅ 104 𝑚

A diferença entre as distâncias será o dobro da altura da montanha, visto que o tempo
envolvido na incidência e no retorno do laser:

2 ⋅ ℎ𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛ℎ𝑎 = 0,60 ⋅ 104 𝑚

ℎ𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛ℎ𝑎 = 0,30 ⋅ 104 𝑚 = 3,0 ⋅ 103 𝑚

Gabarito: 𝒉 = 𝟑, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟑 𝒎.

34. (2007/UNESP/1ª FASE) O motorista de um veículo A é obrigado a frear bruscamente


quando avista um veículo B à sua frente, locomovendo-se no mesmo sentido, com uma
velocidade constante menor que a do veículo A. Ao final da desaceleração, o veículo A
atinge a mesma velocidade que B, e passa também a se locomover com velocidade
constante.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 148


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

O movimento, a partir do início da frenagem, é descrito pelo gráfico da figura.

Considerando que a distância que separava ambos os veículos no início da frenagem era
de 𝟑𝟐 𝒎, ao final dela a distância entre ambos é de

a) 1,0 m. b) 2,0 m. c) 3,0 m. d) 4,0 m. e) 5,0 m.

Comentários

A diferença entre a distância percorrida pelo veículo A e pelo veículo B, durante a


frenagem, pode ser calculada pela área entre as duas curvas:

A área do triângulo azul pode ser calculada da seguinte forma:

𝑏𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
Aazul =
2

(4 − 0) ⋅ (30 − 15)
Aazul = = 30
2

Sendo a área numericamente igual a distância percorrida, temos que ela será de 30 𝑚.
Como a distância entre os dois veículos era, inicialmente, de 32 𝑚, ainda restarão 2 𝑚 entre os
dois veículos após a frenagem.

Gabarito: “b”

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 149


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35. (2014/UNESP) O fluxo (Φ) representa o volume de sangue que atravessa uma sessão
transversal de um vaso sanguíneo em um determinado intervalo de tempo. Esse fluxo
pode ser calculado pela razão entre a diferença de pressão do sangue nas duas
extremidades do vaso (P1 e P2), também chamada de gradiente de pressão, e a
resistência vascular (R), que é a medida da dificuldade de escoamento do fluxo
sanguíneo, decorrente, principalmente, da viscosidade do sangue ao longo do vaso. A
figura ilustra o fenômeno descrito.

Assim, o fluxo sanguíneo Ф pode ser calculado pela seguinte fórmula, chamada de lei de
Ohm:

Considerando a expressão dada, a unidade de medida da resistência vascular (R), no


Sistema Internacional de Unidades, está corretamente indicada na alternativa
𝒌𝒈⋅𝒔 𝒌𝒈⋅𝒎𝟒 𝒌𝒈⋅𝒔𝟐 𝒌𝒈 𝒌𝒈𝟐 ⋅𝒎𝟓
a) b) c) d) e)
𝒎𝟓 𝒔 𝒎 𝒎𝟒 ⋅𝒔 𝒔𝟐

Comentários

Se o fluxo (Φ) representa o volume de sangue que atravessa uma sessão transversal de
um vaso sanguíneo em um determinado intervalo de tempo, sua unidade fica:

[𝛷]

Pressão é definida como a razão da força por uma área. Assim, temos:

𝑁 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚/𝑠 2
[𝑃] = 2 =
𝑚 𝑚2
A partir da definição fornecida, podemos escrever:

𝑘𝑔
[𝑃] 𝑚 ⋅ 𝑠 2 𝑘𝑔
[𝑅] = = =
[𝛷] 𝑚3 𝑚4 ⋅ 𝑠
𝑠
Gabarito: “d”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 150


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36. (2009/UNESP) Desde 1960, o Sistema Internacional de Unidades (SI) adota uma única
unidade para quantidade de calor, trabalho e energia, e recomenda o abandono da
antiga unidade ainda em uso. Assinale a alternativa que indica na coluna I a unidade
adotada pelo SI e na coluna II a unidade a ser abandonada.

Comentários

a) Correta. A antiga unidade caloria, advinda da não mais aceita Teoria do Calorífico, foi
substituída pelo Joule como unidade de energia no Sistema Internacional de Unidades.

b) Incorreta. A assertiva inverte as duas unidades, o Joule substituiu a caloria.

c) Incorreta. O Watt é uma unidade de potência, e não de energia.

d) Incorreta. A quilocaloria é a unidade antiga de energia, com o prefixo quilo, que


representa 103 . Ainda assim, o Watt não é uma unidade de energia, e sim de potência.

e) Incorreta. O pascal é a unidade padrão para a pressão no SI.

Gabarito: “a”.

37. (2011/UnB) Todo infinito tem o mesmo tamanho? Qual a diferença entre o infinitamente
grande e o infinitamente pequeno? Afinal, o que é o infinito?

Ao longo da história, muitos dedicaram-se a refletir sobre esse problema, como o


grego Zenão de Eleia (495-435 a.C.), que propôs o problema da corrida entre Aquiles,
o mais veloz corredor do mundo, e uma tartaruga, que, em razão de sua óbvia
desvantagem, largaria alguns metros à frente do herói mítico. Contrariamente à
constatação evidente da vantagem de Aquiles, argumentou Zenão que o atleta nunca
alcançaria o animal, pois, quando chegasse ao ponto de partida da tartaruga, ela já
teria avançado mais uma distância, de modo que, quando ele atingisse o ponto onde
ela se encontrava nesse momento, ela já teria avançado mais outra distância. E isso
se sucederia infinitamente, caso os espaços fossem divididos infinitamente.

O entendimento dessa questão sempre foi intrigante. Pensadores da Antiguidade,


anteriores a Pitágoras (500 a.C.), já eram atormentados por essa problemática.
Entretanto, apenas ao final do século XIX, na Alemanha, com Georg Cantor (1845-

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 151


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1918), a ideia de infinito foi, realmente, consolidada na matemática. Os matemáticos já


sabiam do caráter infinito de alguns conjuntos, como os dos números inteiros, dos
racionais, dos irracionais e dos reais, mas desconheciam que alguns conjuntos
poderiam ser mais infinitos que outros. Cantor demonstrou que, embora infinitos, os
números racionais podem ser enumerados — ou contados —, assim como os inteiros.
Todavia, os números irracionais são “mais infinitos" que os racionais e não podem
ser contados. Assim, a quantidade de infinitos racionais, valor denominado alef zero,
é menor que a quantidade de infinitos irracionais, valor denominado alef 1. Em outras
palavras, Cantor postulou que os números racionais, bem como os inteiros, são, de
fato, infinitos, mas são contáveis, ao passo que os números irracionais são infinitos e
incontáveis e o infinito dos números racionais é menor que o infinito dos números
irracionais.

Internet: <http://revistagalileu.globo.com> (com adaptações).

Com base nessas informações, julgue o item a seguir.

Na física, a resposta para o problema proposto por Zenão pode ser dada pela seguinte
afirmação: o movimento de Aquiles será negativamente acelerado, se o da tartaruga for
retilíneo uniforme.
Comentários

Correta. Colocando uma reta de direção horizontal com sentido de crescimento da


esquerda para a direita. Sabendo que a velocidade de Aquiles é maior que a da Tartaruga, para
que a Tartaruga, com movimento retilíneo uniforme, nunca seja alcançada, Aquiles deverá ser
freado. Portanto, o movimento de Aquiles é retilíneo e uniformemente variado e com aceleração
negativa.

Gabarito: “Correta”.

38. (2020/UFPR) Grandezas físicas são caracterizadas pelos seus valores numéricos e
respectivas unidades. Há vários sistemas de unidades, sendo que o principal, em uso
na maioria dos países, é o Sistema Internacional de Unidades – SI. Esse sistema é
composto por sete unidades básicas (ou fundamentais) e por unidades derivadas,
formadas por combinações daquelas. A respeito do assunto, considere as seguintes
afirmativas:

1. No SI, a unidade associada com a grandeza capacitância é farad.

2. No SI, a unidade associada com a grandeza energia é erg.

3. No SI, a unidade associada com a grandeza campo magnético é tesla.

4. No SI, a unidade associada com a grandeza pressão é pascal.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 152


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b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.


c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Comentários
As grandezas derivadas de nomenclatura especial mais usadas do Sistema Internacional
são:
Nome escolhido Expressão em
Grandeza derivada Símbolo para a Unidade termos de outras
derivada unidades

frequência 𝐻𝑧 hertz s-1

força 𝑁 newton m kg s-2

pressão, tensão 𝑃𝑎 pascal N/m2 = m-1 kg s-2

energia, trabalho, quantidade de


𝐽 joule N m = m2 kg s-2
calor

potência, fluxo de energia 𝑊 watt J/s = m2 kg s-3

carga elétrica, quantidade de


𝐶 coulomb sA
eletricidade

diferença de potencial elétrico 𝑉 volt W/A = m2 kg s-3 A-1

resistência elétrica 𝛺 ohm V/A = m2 kg s-3 A-2

indução magnética 𝑇 tesla Wb/m2 = kg s-2 A-1


Notamos que a única afirmativa incorreta é a segunda, visto que a grandeza associada à
energia é o Joule [J].
Gabarito: “c”.

39. (2019/UFPR) O Sistema Internacional de Unidades (SI) tem sete unidades básicas:
metro (𝒎), quilograma (𝒌𝒈), segundo (𝒔), ampère (𝑨), mol (𝒎𝒐𝒍), kelvin (𝑲) e candela
(𝒄𝒅). Outras unidades, chamadas derivadas, são obtidas a partir da combinação destas.
Por exemplo, o coulomb (𝑪) é uma unidade derivada, e a representação em termos de
unidades básicas é 𝟏 𝑪 = 𝟏 𝑨 ⋅ 𝒔. A unidade associada a forças, no SI, é o newton (𝑵),
que também é uma unidade derivada. Assinale a alternativa que expressa corretamente
a representação do newton em unidades básicas.
a) 𝟏 𝑵 = 𝟏 𝒌𝒈 ⋅ 𝒎/𝒔𝟐 . b) 𝟏 𝑵 = 𝟏 𝒌𝒈 ⋅ 𝒎𝟐 /𝒔𝟐 .

c) 𝟏 𝑵 = 𝟏 𝒌𝒈/𝒔𝟐 . d) 𝟏 𝑵 = 𝟏 𝒌𝒈/𝒔.

e) 𝟏 𝑵 = 𝟏 𝒌𝒈. 𝒎𝟐 .

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 153


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Comentários

O físico Isaac Newton, através da lei que ficou conhecida como Segunda Lei de Newton,
definiu a grandeza “força” realizada em um corpo como o produto da massa desse corpo pela
aceleração impressa nele. Fazendo uma análise dimensional, temos:

𝐹 = 𝑚 ⋅ 𝑎 = [𝑘𝑔] ⋅ [𝑚/𝑠 2 ] = [𝑁]

Gabarito: “a”.

40. (2018/UFPR/MODIFICADA) Numa experiência realizada em laboratório, a posição x de


um objeto, cuja massa é constante, foi medida em função do tempo t. Com isso,
construiu-se o gráfico a seguir. Sabe-se que o referencial adotado para realizar as
medidas é inercial e que o objeto se move ao longo de uma linha reta.

Com base no gráfico, considere as seguintes afirmativas:


1. A velocidade média entre 𝒕 = 𝟎 e 𝒕 = 𝟏𝟎 𝒔 é de 𝟐 𝒎/𝒔.

2. A velocidade média entre 𝒕 = 𝟐𝟎 e 𝒕 = 𝟑𝟎 𝒔 é de 𝟒 𝒎/𝒔.

3. O deslocamento total do objeto desde t = 0 até t = 40 s é nulo.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

d) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.

e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.


Comentários

1. Falsa. Como a velocidade média é igual a variação do deslocamento pelo tempo gasto
nesse deslocamento, vemos que, como o deslocamento é negativo, a velocidade média será de
−2𝑚/𝑠.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 154


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2. Verdadeira. Como a velocidade média é igual a variação do deslocamento pelo tempo


gasto nesse deslocamento, temos o deslocamento igual a 40 𝑚 e o tempo de 10 𝑠, portanto a
velocidade será igual 4 𝑚/𝑠

3. Falsa. O deslocamento será de 0 a 20 metros, portanto o deslocamento total é 20 m.

Gabarito: “d”.

41. (2018/UFPR/MODIFICADA) Um trem se desloca em movimento retilíneo uniforme numa


dada seção reta de trilhos. Sabe-se que, nesse movimento, analisado num referencial
inercial, a velocidade é de 𝟕𝟐 𝐤𝐦/𝐡. Com base nesses dados, assinale a alternativa que
apresenta corretamente o valor do deslocamento realizado pelo trem num intervalo de
10 minutos executando esse movimento.

a) 1,2 km. b) 10 km. c) 12 km. d) 100 km. e) 120


km.
Comentários

Vamos efetuar as conversões de unidade:

𝑣𝑚 = 72 𝑘𝑚/ℎ = 1,2 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛


⃗⃗⃗⃗⃗

Δ𝑆 = Δ𝑡 ⋅ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑚 = 10 𝑚𝑖𝑛 ⋅ 1,2 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 = 12 𝑘𝑚

Gabarito: “c”.

42. (2018/UFPR) Existem grandezas características de cada área da Física, e suas


respectivas unidades são usadas de forma bastante comum. Considerando essas
unidades, em Eletromagnetismo, ____________ aparece como unidade comum. Em
Termodinâmica, temos __________. Em Mecânica, temos ___________, e em
Ondulatória, ___________.

Assinale a alternativa que apresenta as unidades que preenchem corretamente as


lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.

a) metro – segundo – dioptria – tesla.

b) coulomb – kelvin – newton – hertz.

c) joule – metro – volt – grama.

d) watt – radiano – ampère – pascal.

e) newton – mol – ohm – candela.


Comentários

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 155


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Vamos analisar as unidades apresentadas em cada uma das alternativas:

a) metro (unidade segundo (unidade de dioptria (unidade de tesla (unidade de


de tempo) vergência ou densidade de fluxo
comprimento) capacidade de magnético)
refração)

b) coulomb kelvin (unidade de newton (unidade de hertz (unidade de


(unidade de temperatura) força) frequência)
carga elétrica)

c) joule (unidade metro (unidade de volt (unidade de grama (unidade de


de energia) comprimento) diferença de massa)
potencial)

d) watt (unidade radiano (unidade de ampère (unidade de pascal (unidade de


de potência) medidas angulares) corrente elétrica) pressão)

e) newton mol (unidade de ohm (unidade de candela (unidade de


(unidade de medida de quantidade resistência elétrica) intensidade luminosa)
força) substâncias)

Dessa forma, temos como resposta a alternativa B.

Gabarito: “b”.

43. (2017/UFPR) A utilização de receptores GPS é cada vez mais frequente em veículos. O
princípio de funcionamento desse instrumento é baseado no intervalo de tempo de
propagação de sinais, por meio de ondas eletromagnéticas, desde os satélites até os
receptores GPS. Considerando a velocidade de propagação da onda eletromagnética
como sendo de 𝟑𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒔 e que, em determinado instante, um dos satélites
encontra-se a 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝒎 de distância do receptor, qual é o tempo de propagação da
onda eletromagnética emitida por esse satélite GPS até o receptor?

a) 10 s. b) 1s. c) 0,1 s. d) 0,01 s. e) 1ms.


Comentários

Como a velocidade média é igual a variação do deslocamento pelo tempo gasto nesse
deslocamento, têm-se:

𝑣𝑚 = Δ𝑆/Δ𝑡 ∴ Δ𝑡 = Δ𝑆/𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗𝑚

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 156


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𝑣𝑚 = 30000/300000 = 0,1 s
⃗⃗⃗⃗⃗

Gabarito: “c”.

44. (2016/UFPR) Um sistema amplamente utilizado para determinar a velocidade de


veículos - muitas vezes, chamado erroneamente de "radar" - possui dois sensores
constituídos por laços de tios condutores embutidos no asfalto. Cada um dos laços
corresponde a uma bobina. Quando o veículo passa pelo primeiro laço, a indutância
da bobina é alterada e é detectada a passagem do veículo por essa bobina. Nesse
momento, é acionada a contagem de tempo, que é interrompida quando da passagem
do veículo pela segunda bobina.

Com base nesse sistema, considere a seguinte situação: em uma determinada via, cuja
velocidade limite é 60 km/h, a distância entre as bobinas é de 3,0 m. Ao passar um
veículo por esse “radar”, foi registrado um intervalo de tempo de passagem entre as
duas bobinas de 200 ms. Assinale a alternativa que apresenta a velocidade
determinada pelo sistema quando da passagem do veículo.

a) 15 km/h b) 23,7 km/h c) 54 km/h d)58,2 km/h e) 66,6


km/h.
Comentários

Como a velocidade média é igual a variação do deslocamento pelo tempo gasto nesse
deslocamento, e lembrando de converter as unidades, têm-se:

𝑣𝑚 = Δ𝑆/Δ𝑡 = 3 𝑚/0,2𝑠 = 15𝑚/𝑠 = 54𝑘𝑚/ℎ


⃗⃗⃗⃗⃗

Gabarito: “c”.
𝒌𝒈∙𝒎²
45. (2012/UFPR) A unidade de uma grandeza física pode ser escrita como .
𝒔³∙𝑨
Considerando que essa unidade foi escrita em termos das unidades fundamentais do
SI, assinale a alternativa correta para o nome dessa grandeza.

a) Resistência elétrica. b) Potencial elétrico. c) Fluxo


magnético.

d) Campo elétrico. e) Energia elétrica.


Comentários

Podemos rearranjar as unidades fornecidas na questão da seguinte forma:


𝑘𝑔∙𝑚∙𝑚 𝑚 1
𝑘𝑔 ∙ ∙𝑚∙
𝑠∙𝑠²∙𝐴 𝑠² 𝐴∙𝑠

Note que as unidades representam as grandezas massa, aceleração, distância e o carga


elétrica (que corresponde ao produto da corrente elétrica pelo intervalo de tempo).

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 157


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𝑚 1 𝑚 1
𝑘𝑔 ∙ ∙𝑚∙( ) → 𝑘𝑔 ∙ ∙𝑚∙
𝑠² 𝐴∙𝑠 𝑠² 𝐶

O produto massa pela aceleração nos fornece a unidade de força newton. Assim:
𝑚 1 1
(𝑘𝑔 ∙ ) ∙ 𝑚 ∙ → (𝑁) ∙ 𝑚 ∙
𝑠² 𝐶 𝐶

E o produto das unidades de força pela unidade de comprimento, ou seja, newton vezes
metro, corresponde a unidade de energia joule.
1 1 𝐽
(𝑁 ∙ 𝑚) ∙ → 𝐽∙ →
𝐶 𝐶 𝐶

Temos, então, a unidade de energia dividida pela unidade de carga elétrica. Energia
potencial elétrica dividida pela carga elétrica corresponde ao potencial elétrico dado em volts.
𝐸 𝐽
𝑈= → 𝑉=
𝑞 𝐶

Gabarito: “b”.

46. (2011/UFPR) Em 1914, o astrônomo americano Vesto Slipher, analisando o espectro da


luz de várias galáxias, constatou que a grande maioria delas estava se afastando da
Via Láctea. Em 1931, o astrônomo Edwin Hubble, fazendo um estudo mais detalhado,
comprovou os resultados de Slipher e ainda chegou a uma relação entre a distância (𝒙)
e a velocidade de afastamento ou recessão (𝒗) das galáxias em relação à Via Láctea,
isto é, 𝒙 = 𝑯−𝟏
𝟎 ⋅ 𝒗. Nessa relação, conhecida com a Lei de Hubble, 𝑯𝟎 é determinado
experimentalmente e igual a 𝟕𝟓 𝒌𝒎/(𝒔 ⋅ 𝑴𝒑𝒄). Com o auxílio dessas informações e
supondo uma velocidade constante para a recessão das galáxias, é possível calcular
a idade do Universo, isto é, o tempo transcorrido desde o Big Bang (Grande Explosão)
até hoje. Considerando 𝟏 𝒑𝒄 = 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟔 𝒎, assinale a alternativa correta para a idade do
Universo em horas.
a) 𝟔, 𝟐𝟓 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟕 . b) 𝟑, 𝟕𝟓 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟔 . c) 𝟐, 𝟒𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟖 .

d) 𝟔, 𝟔𝟔 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟓 . e) 𝟏, 𝟏𝟏 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟒 .
Comentários

Encontrando o valor da constante 𝐻0 em segundos:

𝑘𝑚 75 ⋅ 1000 [𝑚]
𝐻0 = 75 = = 25 ⋅ 10−19 𝑠 −1
𝑠 ⋅ 𝑀𝑝𝑐 [𝑠] ⋅ 106 ⋅ 3 ⋅ 1016 [𝑚]

Sendo 𝑥 = 𝑣 ⋅ ∆𝑡 = 𝐻0−1 ⋅ 𝑣, temos que:

1
∆𝑡 = 𝐻0−1 = ⋅ 1019 𝑠 = 4 ⋅ 1017 𝑠 ≅ 1,11 ⋅ 1014 ℎ
25

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 158


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Gabarito: “e”.

47. (2019/UNICAMP) O físico inglês Stephen Hawking (1942-2018), além de suas


contribuições importantes para a cosmologia, a física teórica e sobre a origem do
universo, nos últimos anos de sua vida passou a sugerir estratégias para salvar a raça
humana de uma possível extinção, entre elas, a mudança para outro planeta. Em abril
de 2018, uma empresa americana, em colaboração com a Nasa, lançou o satélite TESS,
que analisará cerca de vinte mil planetas fora do sistema solar. Esses planetas orbitam
estrelas situadas a menos de trezentos anos-luz da Terra, sendo que um ano-luz é a
distância que a luz percorre no vácuo em um ano. Considere um ônibus espacial atual
que viaja a uma velocidade média 𝒗 = 𝟐, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟒 𝒌𝒎/𝒔.

O tempo que esse ônibus levaria para chegar a um planeta a uma distância de 100
anos-luz é igual a
Dado: A velocidade da luz no vácuo é igual a 𝒄 = 𝟑, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟖 𝒎/𝒔. Se necessário, use
aceleração da gravidade 𝒈 = 𝟏𝟎𝒎/𝒔𝟐 , aproxime 𝛑 = 𝟑, 𝟎 e 𝟏 𝒂𝒕𝒎 = 𝟏𝟎𝟓 𝑷𝒂.

a) 66 anos. b) 100 anos. c) 600 anos. d) 1.500 anos.


Comentários

Sabendo que anos-luz é a medida de distância que a luz percorre em 1 ano, tem-se:

Δ𝑡 = 100 ⋅ 365 ⋅ 24 ⋅ 3600 = 3,2 ⋅ 109 𝑠

Δ𝑆 = 𝑐 ⋅ Δ𝑡 = 3,0 ⋅ 108 𝑚/𝑠 ⋅ 3,2 ⋅ 109 𝑠 = 9,6 ⋅ 1017 𝑚

Para sabermos o tempo que o ônibus irá percorrer essa distância, faremos:

𝑣𝑚 = 2,0 ⋅ 104 𝑘𝑚/𝑠 = 2,0 ⋅ 107 𝑚/𝑠


⃗⃗⃗⃗⃗

Δ𝑆 9,6 ⋅ 1017 𝑚
Δ𝑡 = = = 4,8 ⋅ 1010 𝑠
𝑣𝑚 2,0 ⋅ 107 𝑚/𝑠

1 1 1
Δ𝑡 = 4,8 ⋅ 1010 𝑠 ⋅ ⋅ ⋅ ≅ 1500 𝑎𝑛𝑜𝑠
3600 24 365

Gabarito: “d”.

48. (2018/UNICAMP) Situado na costa peruana, Chankillo, o mais antigo observatório das
Américas, é composto por treze torres que se alinham de norte a sul ao longo de uma
colina. Em 21 de dezembro, quando ocorre o solstício de verão no Hemisfério Sul, o

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 159


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Sol nasce à direita da primeira torre (sul), na extrema direita, a partir de um ponto de
observação definido.

À medida que os dias passam, a posição em que o Sol nasce se desloca entre as torres
rumo à esquerda (norte). Pode-se calcular o dia do ano, observando-se qual torre
coincide com a posição do Sol ao amanhecer. Em 21 de junho, solstício de inverno no
Hemisfério Sul, o Sol nasce à esquerda da última torre na extrema esquerda e, à medida
que os dias passam, vai se movendo rumo à direita, para reiniciar o ciclo no dezembro
seguinte.

Sabendo que as torres de Chankillo se posicionam ao longo de 300 metros no eixo


norte-sul, a velocidade escalar média com a qual a posição do nascer do Sol se desloca
através das torres é de aproximadamente

a) 0,8 m/dia. b) 1,6 m/dia. c) 25 m/dia. d) 50 m/dia.


Comentários

Devemos utilizar a Equação da velocidade para o MRU e substituir os valores fornecidos


para encontrarmos a velocidade pedida:

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Nos foi informado que as torres de Chankillo se posicionam ao longo de 300 metros no
eixo norte-sul. Entre 21 de junho e 21 de dezembro temos aproximadamente 6 meses, ou 180
dias. E nesse intervalo de tempo o sol nascente se desloca pelos 300 m citados, daí:

300
𝑣= ≅ 1,6 𝑚/𝑑𝑖𝑎
180

Gabarito: “b”.

49. (2018/UNICAMP) Materiais termoelétricos são aqueles com alto potencial de


transformar calor em energia elétrica. A capacidade de conversão de calor em
𝑺𝟐
eletricidade é quantificada pela grandeza 𝑭 = 𝑻 , que é adimensional e função da
𝝆𝒌

temperatura T e das propriedades do material: resistividade elétrica 𝜌, condutividade


térmica k, coeficiente Seebeck S. O gráfico a seguir mostra 𝜌 em função de T para certo
material termoelétrico. Analisando o gráfico e considerando k = 2,0 W/(m x K) e S = 300

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 160


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

μV/K para esse material, a uma temperatura T = 300K, conclui-se que a grandeza F
desse material a essa temperatura vale

a) 0,003. b) 0,6. c) 0,9. d) 90.


Comentários

Podemos resolver a questão com a análise dimensional. Primeiramente, a partir do


gráfico, podemos obter a resistividade elétrica do material quando a temperatura for igual a 300K,
por exemplo. Nesta temperatura, 𝜌 = 1,5 ⋅ 10−3 Ω𝑐𝑚. Assim, podemos aplicar a equação:

𝑆2
𝐹= ⋅𝑇
𝜌⋅𝑘

Dados: 𝜌 = 1,5 ⋅ 10−3 Ω𝑐𝑚 = 1,5 ⋅ 10−3 ⋅ 10−2 Ω𝑚 = 1,5 ⋅ 10−5 Ω𝑚


𝑊
𝑆 = 300 𝜇𝑉/𝐾 = 300 ⋅ 10−6 𝑉/𝐾 = 3 ⋅ 10−4 𝑉/𝐾 𝑘 = 2,0
𝑚 ⋅𝐾

(3 ⋅ 10−4 )2
𝐹= ⋅ 300 = 0,9
1,5 ⋅ 10−5 ⋅ 2,0

Gabarito: “c”.

50. (2017/UNICAMP) Em 2016 foi batido o recorde de voo ininterrupto mais longo da
história. O avião Solar Impulse 2, movido a energia solar, percorreu quase 𝟔. 𝟒𝟖𝟎 𝒌𝒎
em aproximadamente 𝟓 𝒅𝒊𝒂𝒔, partindo de Nagoya no Japão até o Havaí nos Estados
Unidos da América.

A velocidade escalar média desenvolvida pelo avião foi de aproximadamente

a) 𝟓𝟒 𝒌𝒎/𝒉. b) 𝟏𝟓 𝒌𝒎/𝒉. c) 𝟏. 𝟐𝟗𝟔 𝒌𝒎/𝒉. d) 𝟏𝟗𝟖 𝒌𝒎/𝒉.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 161


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Comentários

Podemos calcular a velocidade média do avião a partir da Equação da velocidade para o


MRU.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Substituindo-se os valores fornecidos, lembrando que um dia equivale a 24 horas:

6480 6480 648


𝑣𝑚 = = = = 54 𝑘𝑚/ℎ
24 ⋅ 5 12 ⋅ 10 12

Gabarito: “a”.

51. (2017/UNICAMP) O semáforo é um dos recursos utilizados para organizar o tráfego de


veículos e de pedestres nas grandes cidades. Considere que um carro trafega em um
trecho de uma via retilínea, em que temos 3 semáforos. O gráfico abaixo mostra a
velocidade do carro, em função do tempo, ao passar por esse trecho em que o carro
teve que parar nos três semáforos. A distância entre o primeiro e o terceiro semáforo
é de

a) 𝟑𝟑𝟎 𝒎. b) 𝟒𝟒𝟎 𝒎. c) 𝟏𝟓𝟎 𝒎. d) 𝟏𝟖𝟎 𝒎.

Comentários

O gráfico mostra o carro inicialmente com velocidade nula, o que significa que ele está
parado no primeiro semáforo. Em seguida, a partir de 𝑡 = 5 𝑠, a sua velocidade aumenta, se torna
constante e volta a diminuir. Dentre os instantes de tempo 𝑡 = 25 𝑠 e 𝑡 = 45 𝑠 temos o veículo
parado no segundo semáforo. Por fim, durante 𝑡 = 45 𝑠 a 𝑡 = 65 𝑠 o carro se movimenta e para
no terceiro semáforo.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 162


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Dessa forma, podemos calcular a distância entre o primeiro e o terceiro semáforo pela
soma das áreas abaixo da curva para o gráfico que relaciona a velocidade com o tempo.

Devemos calcular a área dos dois trapézios destacados:

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑡𝑟𝑎𝑝é𝑧𝑖𝑜 1 + 𝐴𝑡𝑟𝑎𝑝é𝑧𝑖𝑜 2

Lembre-se que a área de um trapézio é dada por:

(𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 + 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟) ⋅ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎


𝐴𝑡𝑟𝑎𝑝é𝑧𝑖𝑜 =
2

Para a situação em questão, temos:

[(25 − 5) + (20 − 10)] ⋅ (10 − 0) [(65 − 45) + (60 − 50)] ⋅ (12 − 0)


𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
2 2

(20 + 10) ⋅ 10 (20 + 10) ⋅ 12


𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
2 2

30 ⋅ 10 30 ⋅ 12
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = + = 150 + 180 = 330
2 2

Se a área é numericamente igual a distância, temos que ∆𝑆 = 330 𝑚. Lembre-se que a


𝑚
unidade de distância será proveniente do produto entre as unidades dos eixos: ⋅ 𝑠 = 𝑚.
𝑠

Gabarito: “a”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 163


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

52. (2016/UNICAMP) Drones são veículos voadores não tripulados, controlados


remotamente e guiados por GPS. Uma de suas potenciais aplicações é reduzir o tempo
da prestação de primeiros socorros, levando pequenos equipamentos e instruções ao
local do socorro, para que qualquer pessoa administre os primeiros cuidados até a
chegada de uma ambulância. Considere um caso em que o drone ambulância se
deslocou 𝟗 𝒌𝒎 em 𝟓 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔. Nesse caso, o módulo de sua velocidade média é de
aproximadamente

a) 𝟏, 𝟒 𝒎/𝒔. b) 𝟑𝟎 𝒎/𝒔. c) 𝟒𝟓 𝒎/𝒔. d) 𝟏𝟒𝟎 𝒎/𝒔.

Comentários

Para calcularmos a velocidade média do drone, assumindo que o avaliador pede a


velocidade escalar média, podemos usar a equação da velocidade para o MRU

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Substituindo-se os valores fornecidos, lembrando que 1 𝑘𝑚 = 1000 𝑚, e que 1 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 =


60 𝑠, temos:

9 ⋅ 1000 9 ⋅ 1000 9 ⋅ 20
𝑣𝑚,𝑑𝑟𝑜𝑛𝑒 = = = = 30 𝑚/𝑠
5 ⋅ 60 5 ⋅ 60 6

Gabarito: “b”.

53. (2015/UNICAMP/1ª FASE) Recentemente, uma equipe de astrônomos afirmou ter


identificado uma estrela com dimensões comparáveis às da Terra, composta
predominantemente de diamante. Por ser muito frio, o astro, possivelmente uma
estrela anã branca, teria tido o carbono de sua composição cristalizado em forma de
um diamante praticamente do tamanho da Terra.
Os astrônomos estimam que a estrela estaria situada a uma distância 𝒅 = 𝟗, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟏𝟖 𝒎
da Terra. Considerando um foguete que se desloca a uma velocidade 𝒗 = 𝟏, 𝟓 ⋅ 𝟏𝟎𝟒 𝒎/𝒔,
o tempo de viagem do foguete da Terra até essa estrela seria de (𝟏 𝒂𝒏𝒐 ≅ 𝟑, 𝟎 ⋅ 𝟏𝟎𝟕 𝒔)

a) 2.000 anos. b) 300.000 anos. c) 6.000.000 anos. d) 20.000.000 anos.

Comentários

Novamente devemos utilizar a equação da velocidade para o MRU.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 164


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∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Substituindo-se os valores fornecidos, temos:

4
9,0 ⋅ 1018
1,5 ⋅ 10 =
∆𝑡

9,0 ⋅ 1018
∆𝑡 =
1,5 ⋅ 104

∆𝑡 = 6,0 ⋅ 10(18−4)

∆𝑡 = 6,0 ⋅ 1014 𝑠

Sabemos que 1 𝑎𝑛𝑜 ≅ 3,0 ⋅ 107 𝑠, logo podemos montar uma regra de 3 para
determinarmos a quantos anos o tempo encontrado equivale:

1 𝑎𝑛𝑜 ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ 3,0 ⋅ 107 𝑠


𝑥 ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ 6,0 ⋅ 1014 𝑠

Como as grandezas são diretamente proporcionais, podemos efetuar a multiplicação


cruzada dos valores:

1 𝑎𝑛𝑜 ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ 3,0 ⋅ 107 𝑠


𝑥 ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ 6,0 ⋅ 1014 𝑠

𝑥 ⋅ 3,0 ⋅ 107 = 1 ⋅ 6,0 ⋅ 1014

6,0 ⋅ 1014
𝑥= = 2,0 ⋅ 107 𝑎𝑛𝑜𝑠
3,0 ⋅ 107

Isso equivale a 20.000.000 𝑎𝑛𝑜𝑠.

Gabarito: “d”.

54. (2014/UNICAMP/1ª FASE) Andar de bondinho no complexo do Pão de Açúcar no Rio de


Janeiro é um dos passeios aéreos urbanos mais famosos do mundo. Marca registrada
da cidade, o Morro do Pão de Açúcar é constituído de um único bloco de granito,
despido de vegetação em sua quase totalidade e tem mais de 600 milhões de anos.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 165


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O passeio completo no complexo do Pão de Açúcar inclui um trecho de bondinho de


aproximadamente 𝟓𝟒𝟎 𝒎, da Praia Vermelha ao Morro da Urca, uma caminhada até a
segunda estação no Morro da Urca, e um segundo trecho de bondinho de cerca de
𝟕𝟐𝟎 𝒎, do Morro da Urca ao Pão de Açúcar. A velocidade escalar média do bondinho
no primeiro trecho é 𝒗𝟏 = 𝟏𝟎, 𝟖 𝒌𝒎/𝒉 e, no segundo, é 𝒗𝟐 = 𝟏𝟒, 𝟒 𝒌𝒎/𝒉. Supondo que,
em certo dia, o tempo gasto na caminhada no Morro da Urca somado ao tempo de
espera nas estações é de 𝟑𝟎 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔, o tempo total do passeio completo da Praia
Vermelha até o Pão de Açúcar será igual a

a) 33 min. b) 36 min. c) 42 min. d) 50 min.

Comentários

Devemos calcular os tempos gastos no deslocamento do bondinho nos seus dois trechos.
Esse tempo, somado ao tempo de espera e de caminhada corresponderá ao tempo total do
passeio completo.

Para determinarmos o intervalo de tempo em cada trecho podemos utilizar a equação da


velocidade para o MRU.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Antes de substituirmos os valores fornecidos, é interessante convertermos as velocidades


para metros por segundo. Repare que, apesar de parecer que o avaliador forneceu valores
aleatórios para as velocidades, na verdade os valores constam na nossa tabela de valores
usuais, porém divididos por 10:

𝒎/𝒔 𝒌𝒎/𝒉

5 18

10 36

15 54

20 72

30 108

40 144

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 166


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Isso nos permite concluir que:

𝑣 = 10,8 𝑘𝑚/ℎ = 3,0 𝑚/𝑠


{ 1
𝑣2 = 14,4 𝑘𝑚/ℎ = 4,0 𝑚/𝑠

Caso prefira não decorar essa tabela, lembre-se que a conversão de 𝑘𝑚/ℎ para 𝑚/𝑠 é
feita pela divisão por 3,6. Voltando à equação da velocidade, ao isolarmos o tempo, temos:

∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣

Substituindo as velocidades em metros por segundo, e as distâncias em metros, temos:

∆𝑆1 540
∆𝑡1 = = = 180 𝑠
𝑣1 3
∆𝑆2 720
∆𝑡2 = = = 180 𝑠
{ 𝑣2 4

Se 1 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 = 60 𝑠, então 180 𝑠 = 3 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠. Com isso, temos um tempo total de 30


minutos de caminhada e espera, somado a dois tempos de 3 minutos de cada trecho. Isso gera
um tempo total de 36 minutos.

Gabarito: “b”.

55. (2013/UNICAMP/1ª FASE) Para fins de registros de recordes mundiais, nas provas de
𝟏𝟎𝟎 𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 rasos não são consideradas as marcas em competições em que houver
vento favorável (mesmo sentido do corredor) com velocidade superior a 𝟐 𝒎/𝒔 . Sabe-
se que, com vento favorável de 𝟐 𝒎/𝒔 , o tempo necessário para a conclusão da prova
é reduzido em 𝟎, 𝟏 𝒔 . Se um velocista realiza a prova em 𝟏𝟎 𝒔 sem vento, qual seria sua
velocidade se o vento fosse favorável com velocidade de 𝟐 𝒎/𝒔 ?

a) 𝟖, 𝟎 𝒎/𝒔. b) 𝟗, 𝟗 𝒎/𝒔. c) 𝟏𝟎, 𝟏 𝒎/𝒔. d) 𝟏𝟐, 𝟎 𝒎/𝒔.

Comentários

Se o velocista realizou a prova em 10 𝑠 sem vento, na situação de vento favorável de


2 𝑚/𝑠 o seu tempo será 0,1 𝑠 menor, ou seja, ele completará a prova em 9,9 𝑠.

Sendo a distância da prova de 100 metros, podemos usar a equação da velocidade para
o MRU para determinarmos a velocidade média de prova:

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 167


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Substituindo-se os valores fornecidos:

100
𝑣𝑚 = ≅ 10,1 𝑚/𝑠
9,9

Aluno, poderíamos ter encontrado a alternativa correta sem termos efetuado essa última
divisão. Perceba que 100/10 = 10. Se o denominador é ligeiramente menor, sabemos que o
resultado deve ser ligeiramente maior. Isso elimina as alternativas “a” e “b”. A alternativa “d”
apresenta um valor muito acima do esperado, portanto, a alternativa “c” nos resta como
alternativa correta.

Gabarito: “c”.

56. (2012/UNICAMP) O transporte fluvial de cargas é pouco explorado no Brasil,


considerando-se nosso vasto conjunto de rios navegáveis. Uma embarcação navega a
uma velocidade de 26 nós, medida em relação à água do rio (use 1 nó = 0,5 m/s). A
correnteza do rio, por sua vez, tem velocidade aproximadamente constante de 5,0 m/s
em relação às margens. Qual é o tempo aproximado de viagem entre duas cidades
separadas por uma extensão de 40 km de rio, se o barco navega rio acima, ou seja,
contra a correnteza?

a) 2 horas e 13 minutos. b) 1 hora e 23 minutos.

c) 51 minutos. d) 37 minutos.

Comentários

Como 1 nó é 0,5m/s, então as velocidades ficam:

𝑉𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 = 26 𝑛ó𝑠 = 26 ⋅ 0,5 = 13 𝑚/𝑠

𝑉𝑟𝑖𝑜 = 5 𝑚/𝑠

O barco navegar rio acima significa que ele está contra a correnteza. Se o rio estivesse
com águas paradas em relação à margem, ele avançaria 13m a cada segundo. Contra a
correnteza, ele avança 13m ao mesmo tempo que o rio o leva para trás 5m no intervalo de 1s.
Assim, a velocidade do barco em relação à margem fica igual à diferença entre as velocidades
do barco e do rio.

𝑉 𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 = 𝑉𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 − 𝑉𝑟𝑖𝑜 = 13 − 5 = 8 𝑚/𝑠


𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚

Portanto, o tempo de viagem entre duas cidades distante de 40km fica:

𝑑 =𝑉⋅𝑡

Dados: V = 8m/s d = 40km = 40000m

40000 = 8 ⋅ 𝑡

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 168


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40000 5000
𝑡= = 5000 𝑠 = ℎ ≅ 1,4 ℎ = 1ℎ 𝑒 24𝑚𝑖𝑛
8 3600
Gabarito: “b”.

57. (2014/UEA) Com aproximadamente 6 500 km de comprimento, o rio Amazonas disputa


com o rio Nilo o título de rio mais extenso do planeta. Suponha que uma gota de água
que percorra o rio Amazonas possua velocidade igual a 18 km/h e que essa velocidade
se mantenha constante durante todo o percurso. Nessas condições, o tempo
aproximado, em dias, que essa gota levaria para percorrer toda a extensão do rio é

a) 20. b) 35. c) 25. d) 30. e) 15.


Comentários

Sabendo que a velocidade escalar média é igual a variação do deslocamento pelo tempo
gasto nesse deslocamento, têm-se:

ΔS ΔS 6500
vm =
⃗⃗⃗⃗⃗ ∴ Δt = = ≅ 360 ℎ = 15 𝑑𝑖𝑎𝑠
Δt vm
⃗⃗⃗⃗⃗ 18

Gabarito: “e”.

58. (2016/UEMA) Para os jogos olímpicos que serão realizados no Brasil, em 2016, espera-
se bater o recorde na prova de nado borboleta em piscina de 50 m, alcançada no
campeonato brasileiro, de 2012, no Rio de Janeiro. Naquela oportunidade, a prova foi
realizada em 22,76 segundos, quando César Cielo desenvolveu uma velocidade de,
aproximadamente, 2,00 m/s.

HTTP ://tribunadonorte.com.br.

A velocidade empreendida pelo atleta na prova corresponde, em km/h, a

a) 1,64. b) 7,20. c) 8,00. d) 11,38. e) 25,00.


Comentários

Fazendo a relação entre m/s e km/h temos:

vm = 2,00 m/s ⋅ 3,6


⃗⃗⃗⃗⃗

vm = 7,20 km/h
⃗⃗⃗⃗⃗

Gabarito: “b”.

59. (2015/UEMA) “[...] A distância que um atleta de futebol percorre durante uma partida é,
em média, 12 km para os homens e 10 km para as mulheres."

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 169


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Fonte: Disponível em: <http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/>. Acesso em: 30 jun. 2014.


(adaptado)

As velocidades médias, para homens e mulheres, no decorrer dos 90 min, em um jogo de


futebol, são, respectivamente,

a) 114,3 m/min e 95,2 m/min b) 8,0 km/h e 6,7 km/h

c) 266,70 m/min e 222,2 m/min d) 8,0 m/h e 6,7 m/h

e) 16,0 m/h e 13,4 m/h


Comentários

Sabendo que a velocidade escalar média é igual a variação do deslocamento pelo tempo
gasto nesse deslocamento, têm-se:

ΔS
vm Homem =
⃗⃗⃗⃗⃗ = 12𝑘𝑚/90𝑚𝑖𝑛 ⋅ 60 = 8,0 𝑘𝑚/ℎ
Δt

ΔS
vm Mulher =
⃗⃗⃗⃗⃗ = 10𝑘𝑚/90𝑚𝑖𝑛 ⋅ 60 = 6,7 𝑘𝑚/ℎ
Δt

Gabarito: “b”.

60. (2019/UFU) O morcego é um animal que possui um sistema de orientação por meio da
emissão de ondas sonoras. Quando esse animal emite um som e recebe o eco 0,3
segundos após, significa que o obstáculo está a que distância dele? (Considere a
velocidade do som no ar de 340 m/s).

a) 102 m. b) 51 m. c) 340 m. d) 1.133 m.


Comentários

Sabendo o ultrassom deve sair do morcego e voltar a ele, e que a velocidade escalar
média é igual a variação do deslocamento pelo tempo gasto nesse deslocamento, têm-se:

ΔS vm ⋅ Δt 340 ⋅ 0,3
⃗⃗⃗⃗⃗
vm =
⃗⃗⃗⃗⃗ ∴ ΔS = = = 51 𝑚
Δt 2 2

Gabarito: “b”.

61. (2007/UFU) O gráfico a seguir representa a velocidade em função do tempo de um


automóvel que parte do repouso. A velocidade máxima permitida é de 72 km/h. No
instante t, quando o motorista atinge essa velocidade limite, ele deixa de acelerar o
automóvel e passa a se deslocar com velocidade constante.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 170


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Sabendo-se que o automóvel percorreu 1,2 km em 90 segundos, o valor do instante t é

a) 80 s. b) 30 s. c) 60 s. d) 50 s.
Comentários

Sabendo que, em um gráfico de velocidade pelo tempo, a distância é numericamente igual


à área embaixo do gráfico, temos:

20 ⋅ t
Δ𝑆 = + (90 − 𝑡) ⋅ 20 = 1200𝑚
2

t + 2 ⋅ (90 − 𝑡) = 2 ⋅ 60 ∴ 𝑡 = 60 𝑠

Gabarito: “c”.

62. (2016/UFRGS) Pedro e Paulo diariamente usam bicicletas para ir ao colégio. O gráfico
abaixo mostra como ambos percorreram as distâncias até o colégio, em função do
tempo, em certo dia.

Com base no gráfico, considere as seguintes afirmações.

I. A velocidade média desenvolvida por Pedro foi maior do que a desenvolvida por Paulo.

II. A máxima velocidade foi desenvolvida por Paulo.

III. Ambos estiveram parados pelo mesmo intervalo de tempo, durante seus percursos.

Quais estão corretas?

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 171


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III.

d) Apenas II e III. e) I, II e III.


Comentários

Observando a questão, vamos comentar cada um dos itens:

1. Verdadeira. Como a velocidade média é igual a variação do deslocamento pelo tempo


gasto nesse deslocamento, temos:

Δ𝑠 1600 − 0
𝑣𝑚𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 = = = 3,2 𝑚/𝑠
Δ𝑡 500

Δ𝑠 800 − 200
𝑣𝑚𝑃𝑎𝑢𝑙𝑜 = = ≅ 2,33 𝑚/𝑠
Δ𝑡 600

2. Falsa. A máxima velocidade será quando percorre a maior distância em um tempo


menor.

Δ𝑠 800 − 0
𝑣𝑀á𝑥𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 = = = 8,0 𝑚/𝑠
Δ𝑡 100

Δ𝑠 1000 − 200
𝑣𝑀á𝑥𝑃𝑎𝑢𝑙𝑜 = = ≅ 3,2 𝑚/𝑠
Δ𝑡 250

3. Falsa. Pedro fica parado de 100 s até 250 s, totalizando 150 s em repouso. Já Paulo,
fica parado de 250 até 350 s, portanto ele fica em repouso por 100 s.

Gabarito: “a”.

63. (2015/UFRGS) Em 2014, comemoraram-se os 50 anos do início da operação de trens de


alta velocidade no Japão, os chamados trens-bala. Considere que um desses trens se
desloca com uma velocidade constante de 360 km/h sobre trilhos horizontais. Em um
trilho paralelo, outro trem desloca-se também com velocidade constante de 360 km/h,
porém em sentido contrário.

Nesse caso, o módulo da velocidade relativa dos trens, em m / s. é igual a

a) 50. b) 100. c) 200. d) 360. e) 720.


Comentários

Como eles estão em sentidos contrários, podemos dizer que o módulo da velocidade
relativa entre eles é a soma do módulo de suas velocidades. E fazendo a conversão para m/s,
temos:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 172


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

|𝑣𝑟𝑒𝑙 | = |𝑣1 | + |𝑣2 | = 2 ⋅ 360 = 720 𝑘𝑚/ℎ = 200 𝑚/𝑠

Gabarito: “c”.

64. (2018/UFRGS) Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis


horizontais para facilitar o deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 𝟒𝟖 𝒎
de comprimento e velocidade de 𝟏, 𝟎 𝒎/𝒔.Uma pessoa ingressa na esteira e segue
caminhando sobre ela com velocidade constante no mesmo sentido de movimento da
esteira. A pessoa atinge a outra extremidade 𝟑𝟎 𝒔 após ter ingressado na esteira.

Com que velocidade, em 𝒎/𝒔, a pessoa caminha sobre a esteira?

a) 2,6. b) 1,6. c) 1,0. d) 0,8. e) 0,6.


Comentários

A velocidade média da pessoa será dada pela soma da sua velocidade ao caminhar com
a velocidade da esteira. Essa velocidade será igual a razão entre a distância percorrida e o
tempo, conforme a equação da velocidade para o movimento retilíneo e uniforme:

∆𝑆 (Equação da velocidade para o


𝑣=
∆𝑡 MRU)

Para a situação em questão, temos:

∆𝑆𝑒𝑠𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 𝑣𝑒𝑠𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 =
∆𝑡

48
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 1,0 =
30

𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 1,0 = 1,6

𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 = 0,6 𝑚/𝑠

Gabarito: “e”

65. (2018/UECE/1ª FASE) Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua
posição seja uma função linear do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes
de tempo 𝒕𝟏 e𝒕𝟐 ,

a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.

b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 173


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.

d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.


Comentários
Não temos informações acerca da aceleração do carro, logo, não sabemos se a
velocidade instantânea tende a crescer ou decrescer. Podemos afirmar que a velocidade média
entre os instantes 𝑡1 e 𝑡2 é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.
Gabarito: “d”

66. (2017/UECE/1ª FASE) Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura h,
em metros. No fundo do tanque há uma torneira, através da qual passa um determinado
volume (em m3) de água a cada segundo, resultando em uma vazão (em m3/s). É
possível escrever a altura em função da vazão q através da equação 𝒉 = 𝑹. 𝒒, onde a
constante de proporcionalidade R pode ser entendida como uma resistência mecânica
à passagem do fluido pela torneira. Assim, a unidade de medida dessa resistência é

a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s


Comentários

A análise dimensional resolve o problema. Sabemos que a vazão 𝑞 é medida em 𝑚3 /𝑠 e


a altura ℎ em 𝑚. Com isso:

ℎ =𝑅∙𝑞

Isolando R

𝑅 = ℎ/𝑞

Agora basta substituir as respectivas unidades de h e q:

𝑚 𝑠 𝑠 𝑠
𝑅= 3 =𝑚∙ 3 =𝑚∙ 3 = 2
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
s

Gabarito: “a”

67. (2011/PUC RJ) No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do


tempo. Nós podemos dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e
final da trajetória em m/s é:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 174


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3
Comentários

Pelo gráfico de posição em função do tempo podemos perceber que se trata de um MRUV,
já que estamos diante de uma parábola (duas na verdade) e não uma reta. Também notamos
que tanto a posição inicial quanto a posição final são o ponto de posição 0. Como a velocidade
média é calculada pela variação da posição pelo tempo, e a posição final e a inicial são a mesma,
temos que a variação da posição é nula, portanto, a velocidade média também é nula.

Gabarito: “a”

68. (2010/UFMG) Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma
lagoa. Neste gráfico, está registrada a distância que cada uma delas percorre, em
função do tempo. Após 30 minutos do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por
telefone, que acaba de passar pela igreja. Com base nessas informações, são feitas
duas observações:

I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.

II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente

Considerando-se a situação descrita, é CORRETO afirmar que

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 175


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

a) apenas a observação I está certa. b) apenas a observação II está certa.

c) ambas as observações estão certas. d) nenhuma das duas observações está


certa.

Comentários

Pelo gráfico de distância em função do tempo de ambas as moças serem retas constantes
podemos afirmar que ambas desenvolvem velocidades constantes. Tomando os pontos iniciais
e o os pontos finais para cada uma é possível determinar a velocidade de cada uma delas.

Tânia andou 20 km em 50 minutos, o que é o mesmo que dizer que ela se desloca a uma
20 2 4
velocidade de ou , que equivale a 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 . Assim podemos escrever sua Equação
50 5 10
Horária da Posição como:

𝑆(t) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡 Equação Horária da Posição

Substituindo os seus valores:

4
S𝑡â𝑛𝑖𝑎 (t) = 0 + ( )∙𝑡
10

4∙𝑡
S𝑡â𝑛𝑖𝑎 (t) =
10

Ângela andou 15 km em 50 minutos, o que é o mesmo que dizer que ela se desloca a
uma velocidade de 15/50 ou 1,5/5, dobrando o numerador e o denominador, 3/10 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 .
Assim podemos escrever sua Equação Horária da Posição como:

3
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 0 + ( )∙𝑡
10

3∙𝑡
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) =
10

I) Se Tânia efetuou o telefonema 30 minutos depois do início do percurso, ela o fez a uma
distância de 12 km do ponto de onde largaram. Isso pode ser calculado da seguinte forma:

4 ∙ 30
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (30) = = 12 𝑘𝑚
10

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 176


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Podemos determinar o tempo Ângela leva para percorrer os mesmos 12 km e,


consequentemente estar em frente à Igreja, da seguinte forma:

SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 12

3∙𝑡
= 12
10

3 ∙ 𝑡 = 120

120
𝑡= = 40 minutos
3

Portanto é verdade que Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.

II) Já sabemos que Ângela passa pela igreja no momento t = 40 minutos, substituindo
esse tempo na equação horária de Tânia podemos determinar em que posição ela se encontra:

4 ∙ 40
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (40) = = 16 𝑘𝑚
10

Então, quando Ângela está na posição de 12km a partir do início, Tânia já está na posição
de 16 km do início, Tânia de fato está 4 km à frente de Ângela. Concluímos que as duas
observações estão corretas.

Gabarito: “c”

69. (2010/UEL) Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de
duas retas de comprimento 𝑳 e duas semicircunferências de raio 𝑹 conforme
representado na figura a seguir.

A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝒗 e nos
trechos curvos seja 𝟐𝒗/𝟑. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média
em todo o percurso igual a 𝟒𝒗/𝟓. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio
dos semicírculos é dado pela expressão:

𝒂) 𝑳 = 𝝅𝑹 𝝅𝑹 𝝅𝑹 𝝅𝑹 𝟑𝝅𝑹
𝒃) 𝑳 = 𝒄) 𝑳 = 𝒅) 𝑳 = 𝒆) 𝑳 =
𝟐 𝟑 𝟒 𝟐

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 177


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Comentários

A velocidade média de uma volta é dada por:

∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑣𝑚 =
𝑡𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎

A distância total de uma volta é dada pelo dobro da distância de cada reta, 𝟐𝑳, somado
ao dobro do comprimento de cada semicircunferência de raio 𝑹, o que equivale ao comprimento
da circunferência de raio 𝑹, que por sua vez, vale 𝟐 ⋅ 𝝅 ⋅ 𝑹.

O tempo total de uma volta, 𝒕𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂 , é dado pela soma dos tempos necessários para cruzar
cada trecho da pista. Isolando-se o tempo na relação da velocidade do MRU, temos:

∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣

Para os trechos retos, podemos escrever:

𝐿
∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 =
𝑣

E para cada semicircunferência:

𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3

Podemos rearranjar essa última relação. Lembre-se que a divisão de duas frações é
equivalente ao produto da fração do numerador pelo inverso da fração do denominador:

𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3

3
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 = 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅
2⋅𝑣

3⋅𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣

Agora podemos voltar a expressão da velocidade média:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 178


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑆𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐

2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + ∆𝑆𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐

2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣

2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣

𝐿+𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣

Devemos substituir a velocidade média fornecida pelo enunciado:

4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣

Podemos efetuar a multiplicação cruzada:

4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣

𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
4⋅𝑣⋅( + ) = 5 ⋅ (𝐿 + 𝜋 ⋅ 𝑅)
𝑣 2⋅𝑣

4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣

4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣

4⋅𝐿+2⋅3⋅𝜋⋅𝑅 =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 179


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

6⋅𝜋⋅𝑅−5⋅𝜋⋅𝑅 =5⋅𝐿−4⋅𝐿

𝜋⋅𝑅 =𝐿

𝐿 =𝜋⋅𝑅

Gabarito: “a”.

70. (UFF/2004/1ª FASE) Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou


lançamentos aéreos de 87t de alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de
Luvemba, em Angola. Os produtos foram ensacados e amarrados sobre placas de
madeira para resistirem ao impacto da queda.

Disponível em: <www.angola.org>.

A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. Para um


observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a trajetória do pacote
depois de abandonado, é:

a) I b) II c) III d) IV e) V
Comentários

Ao ser abandonado do avião, o pacote não possui velocidade escalar na direção vertical,
entretanto, ele possui a mesma velocidade horizontal do avião, por isso, o pacote seguirá seu
movimento na horizontal ao mesmo tempo que está caindo. Portanto, sua trajetória será um arco
de parábola, semelhante ao caso do menino soltando a bola dentro do ônibus, na parte teórica.

Gabarito: “e”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 180


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

71. (2019/EEAR) Dois vetores 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 formam entre si um ângulo 𝜽 e possuem módulos


iguais a 5 unidades e 12 unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem
módulo igual a 13 unidades, podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜽 entre os
vetores 𝑽𝟏 e 𝑽𝟐 vale:

𝒂) 𝟎° 𝒃) 𝟒𝟓° 𝒄) 𝟗𝟎° 𝒅) 𝟏𝟖𝟎°

Comentários

Devemos aplicar a lei dos cossenos para efetuar essa soma vetorial e descobrirmos o
valor do ângulo 𝜃:

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2 ∙ 𝑏 ∙ 𝑐 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝛼) Lei dos cossenos: soma de


vetores com um ângulo qualquer

Substituindo-se os valores da situação em questão:

132 = 122 + 52 − 2 ∙ 12 ∙ 5 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

169 = 144 + 25 − 120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

169 = 169 − 120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

0 = −120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0

0
𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = =0
120

𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0

Lembre-se:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 181


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Arco em 𝝅 𝝅 𝝅 𝝅 𝟑𝝅
0 𝝅 𝟐𝝅
radianos 𝟔 𝟒 𝟑 𝟐 𝟐

Arco em
0 30° 45° 60° 90° 180° 270° 360°
graus

1 √2 √3
seno 0 1 0 -1 0
2 2 2

√3 √2 1
cosseno 1 0 -1 0 1
2 2 2

Se cos(90°) = 0, então: 180° − 𝜃 = 90°, logo 𝜃 = 90° .

Gabarito: “c”.

72. (1999/FATEC) Considere a escada de abrir. Os pés 𝑷 e 𝑸 se movem com velocidade


constante, 𝒗.

O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑷𝑶𝑸 se
torne equilátero será:

𝑳 𝑳 𝟐𝑳 𝑳 𝟐𝑳
𝐚) 𝐛) 𝐜) 𝐝) 𝐞)
𝒗 𝟐𝒗 √𝟑𝒗 𝟒𝒗 𝒗

Comentários

A escada inicialmente está fechada e vai abrir com velocidade constante na direção
horizontal até se tornar um triângulo equilátero. Vamos analisar o ponto 𝑄. Precisamos lembrar
que um triângulo equilátero possui todos os lados iguais e o segmento 𝑂𝑀 divide o lado 𝑃𝑄 ao
meio.

Dessa forma, se colocarmos a origem do movimento no ponto 𝑀, temos que seu 𝑠0 está
𝐿
em M e depois seu 𝑠1 estará a uma distância do ponto M, pois o triângulo se tornou um triângulo
2
equilátero.
𝐿
Logo, seu Δ𝑠 = . Assim, fazendo uso da equação da velocidade para o MRU, temos:
2

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 182


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𝐿
Δ𝑠
𝑣= = 2
Δ𝑡 Δ𝑡

𝐿
Δ𝑡 =
2𝑣

Gabarito: “b”.

73. (UFC/MODIFICADA) Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝑯 do solo.
Um atleta de altura 𝒉 passa sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade
constante 𝒗. Determine a velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do
atleta se desloca no solo.

Comentários

Vamos considerar como instante inicial o momento em que o atleta está exatamente
abaixo da lâmpada e um instante 𝑡, em que existe uma projeção da cabeça do atleta no solo.

O triângulo 𝐴𝐵𝐶 é semelhante ao triângulo 𝐷𝐸𝐶, portanto:

𝐻 Δ𝑠𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎
=
𝐻−ℎ Δ𝑠𝑎𝑡𝑙𝑒𝑡𝑎

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 183


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𝐻 𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 ⋅ 𝑡
=
𝐻−ℎ 𝑣𝑎𝑡𝑙𝑒𝑡𝑎 ⋅ 𝑡

𝑣⋅𝐻
𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 =
𝐻−ℎ

Gabarito: 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 = 𝒗 ⋅ 𝑯/(𝑯 − 𝒉)

74. (ITA) Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a
𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉 e o restante com velocidade média de 𝟔𝟎 𝒌𝒎/𝒉. Determine a velocidade média
do carro no percurso total.
Comentários

Em primeiro momento, muitos alunos pensam em fazer a média aritmética das velocidades, mas
veremos que a informação pedida não é a média aritmética das velocidades, e sim a média
harmônica.

Vamos considerar que todo o percurso seja de 2𝑑 (isso é um truque para evitar frações), sendo
que na primeira metade (𝑑) ele anda a uma velocidade 𝑣1 , gastando um tempo Δ𝑡1 . Na segunda
metade (d também) ele anda a uma velocidade 𝑣2 , gastando um tempo Δ𝑡2 .

Sendo assim, ele anda uma distância total 2𝑑 e cada trecho ele anda a uma velocidade, logo,
gastará tempos distintos, de maneira que o tempo total é a soma dos tempos.

Dessa forma, podemos escrever:

Δ𝑠 2𝑑
𝑣𝑚 = =
Δ𝑡 Δ𝑡1 + Δ𝑡2

Contudo, precisamos conhecer uma relação entre as distâncias e os tempos. Para isso, vamos
calcular quanto o móvel gasta em cada metade, já que ele está com velocidades distintas em
cada trecho.

Para a primeira metade, temos:

Δ𝑠1
𝑣1 =
Δ𝑡1

𝑑
Δ𝑡1 =
𝑣1

E para a segunda metade:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 184


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

Δ𝑠2
𝑣2 =
Δ𝑡2

𝑑
Δ𝑡2 =
𝑣2

Agora podemos substituir os tempos na equação da velocidade média:

2𝑑 2𝑑 2
𝑣𝑚 = 𝑣𝑚 = =
𝑑 𝑑 1 1 1 1
+ 𝑑( + ) +
𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2

Substituindo-se os valores fornecidos:

2 2 2 ⋅ 40 ⋅ 60 2 ⋅ 40 ⋅ 60
𝑣𝑚 = = = = = 48 𝑘𝑚/ℎ
1 1 1 1 40 + 60 100
+ +
𝑣1 𝑣2 40 60

Provamos, portanto, que um móvel percorrendo um percurso dividido em 𝑛 partes iguais, com
velocidades diferentes, terá a sua velocidade média do percurso total determinada pela média
harmônica das velocidades.

Gabarito: 𝒗𝒎 = 𝟒𝟖 𝒌𝒎/𝒉.

Um móvel percorrendo um percurso dividido em 𝑛 partes iguais, com velocidades diferentes,


terá a sua velocidade média do percurso total determinada pela média harmônica das
velocidades.
A média harmônica de 𝑛 termos é dada por:
𝑛
𝑀𝐻 = 1 1 1
+ +⋯+
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛

75. (1998/UNEB) Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem
o formato de um losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às
peculiaridades do terreno, cada lado foi percorrido com uma velocidade média

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 185


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

diferente: o primeiro a 𝟐𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o segundo a 𝟑𝟎 𝒌𝒎/𝒉, o terceiro a 𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉 e,


finalmente, o último a 𝟔𝟎 𝒌𝒎/𝒉.

A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da


fazenda, em 𝒌𝒎/𝒉, foi de:

a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32
Comentários

Como visto acima, se um móvel percorre distâncias iguais, com velocidades diferentes, a
velocidade média é dada pela média harmônica das velocidades, logo, temos que:

4
𝑣𝑚 = = 32 𝑘𝑚/ℎ
1 1 1 1
+ + +
20 30 40 60

Gabarito: “e”.

76. (2002/UFSM) Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝐯) e (𝐤𝐯) na primeira metade
e no percurso todo, respectivamente, onde 𝐤 é uma constante positiva. Se 𝐤𝐯 ≠ 𝟎, é
correto afirmar que:
01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝒌.
02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(𝟏 + 𝑲)𝒗]/𝟐.

04. é impossível que se tenha 𝒌 = 𝟐.

08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.

16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda


metade.

Soma:
Comentários

Sabemos que a velocidade média do percurso todo é:

2 2 1 2 1 𝑘
𝑣𝑚 = ⇒ 𝑘𝑣 = ⇒ = − ⇒ 𝑣2 = .𝑣
1 1 1 1 𝑣2 𝑘𝑣 𝑣 2−𝑘
+ +
𝑣1 𝑣2 𝑣 𝑣2

Assim, sabemos de imediato que as duas primeiras afirmações são falsas, e a informação
(04) é verdadeira, pois, para 𝒌 = 𝟐 não podemos definir 𝒗𝟐 , ela seria tão grande quanto
queiramos, quando k tende a 2. Vamos considerar que todo o caminho tenha uma distância igual
a 𝟐𝒅, pois assim evitamos as frações em nossos cálculos. Dessa forma, o intervalo de tempo
para a primeira metade será dado por:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 186


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𝑑
∆𝑡1 =
𝑣

E para a segunda metade do caminho:

𝑑
∆𝑡2 =
𝑘𝑣
2−𝑘

Portanto, a relação dos tempos é dada por:

∆𝑡2 2 − 𝑘
=
∆𝑡1 𝑘

Logo, as duas últimas afirmações estão erradas também e a única afirmativa correta é a
04.

Gabarito: 𝑺𝒐𝒎𝒂 = 𝟎𝟒.

77. (1996/ITA) Um automóvel a 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 passa por um guarda num local que a velocidade
máxima é 𝟔𝟎 𝒌𝒎/𝒉. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta,
mantendo aceleração constante até que atinge 𝟏𝟎𝟖 𝒌𝒎/𝒉 em 𝟏𝟎 𝒔 e continua com essa
velocidade até alcançá-lo, quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 𝟓 𝒔 para alcançar o carro.

b) o guarda levou 𝟔𝟎 𝒔 para alcançar o carro.

c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 𝟐𝟓 𝒎/𝒔.

d) o guarda percorreu 𝟕𝟓𝟎 𝒎 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.

e) nenhuma das respostas acima é correta.

Comentários

Considerando que o guarda começa seu movimento no instante em que o automóvel


passa por ele, podemos escrever o gráfico 𝑣 × 𝑡 relativo à situação e utilizar o conceito da área
do gráfico 𝑣 × 𝑡 ser numericamente igual a variação do espaço.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 187


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Cuidado com as unidades! O enunciado traz as velocidades em 𝑘𝑚/ℎ e devemos


transformá-las em 𝑚/𝑠, como estão as respostas:

108
𝑣𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = = 30 𝑚/𝑠
3,6

90
𝑣𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = = 25 𝑚/𝑠
3,6

No instante 𝑡 em que o guarda alcança o motorista infrator, podemos escrever que suas
posições são iguais e ainda dizer que a distância percorrida foi a mesma, pois ambos têm a
mesma origem de espaço (momento em que o infrator passa pelo guarda):

𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎

𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑠0 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 − 𝑠0

Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎

Calculando a área abaixo de cada figura até o instante 𝑡, temos que:

𝑡 + (𝑡 − 10)
Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = ⋅ 30 = 15 ⋅ (2𝑡 − 10)
2

Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = 25. 𝑡

Igualando as duas relações, temos:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 188


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – PROF. LUCAS COSTA

15 ⋅ (2𝑡 − 10) = 25 ⋅ 𝑡

𝑡 = 30 𝑠

Dessa forma, o deslocamento do guarda é dado por:

Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 25 ⋅ 30 = 750 𝑚

Gabarito: “d”.

78. (ITA) Um avião voando horizontalmente a 𝟒𝟎𝟎𝟎 𝒎 de altura numa trajetória retilínea
com velocidade constante passou por um ponto 𝑨 e depois por um ponto 𝑩 situado a
𝟑𝟎𝟎𝟎 𝒎 do primeiro. Um observador no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de
𝑩, começou a ouvir o som do avião, emitido em 𝑨, 𝟒, 𝟎𝟎 segundos antes de ouvir o som
proveniente de 𝑩. Se a velocidade do som no ar era de 𝟑𝟐𝟎 𝒎/𝒔, qual era velocidade do
avião?
𝒂) 𝟗𝟔𝟎 𝒎/𝒔 𝒃) 𝟕𝟓𝟎 𝒎/𝒔 𝒄) 𝟑𝟗𝟎 𝒎/𝒔 𝒅) 𝟒𝟐𝟏 𝒎/𝒔 𝒆) 𝟐𝟗𝟐 𝒎/𝒔
Comentários

Pela observação do triângulo, notamos se tratar do pitagórico, cujas dimensões são 3, 4


e 5, multiplicado por 1000. Isso nos permite concluir que a distância do observador ao ponto A
vale 5000 𝑚.

Podemos isolar o tempo na relação da velocidade para o MRU para determinarmos o


tempo para o som ir do ponto A ao observador:

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 189


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∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣𝑠𝑜𝑚

Substituindo-se os valores fornecidos:

5000 125
∆𝑡𝐴 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = = 𝑠
320 8

De maneira análoga, para o som ir do ponto B até o observador, temos:

4000 100
∆𝑡𝐵 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = = 𝑠
320 8

Como o som vem do ponto 𝐴 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 antes de começar a vir do ponto B, temos:

∆𝑡𝐴 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 + 4 𝑠 = ∆𝑡𝐵 → 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 + Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵

125 100
+4= + Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵
8 8

125 100 57
Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵 = +4− = 𝑠
8 8 8

Por fim, a velocidade do avião no trecho AB pode ser encontrada por:

Δ𝑠𝐴→𝐵 3000
𝑣𝑎𝑣𝑖ã𝑜 = = = 421,05 𝑚/𝑠
Δ𝑡𝑎𝑣𝑖ã𝑜 𝐴→𝐵 57
8

Gabarito: “d”.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 190


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9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”

Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua
aprovação. É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum
de dúvidas.

O fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações


e o esclarecimento das dúvidas dos alunos. Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área
do aluno, no site do Estratégia Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/
e busque pela opção “Fórum de Dúvidas”.

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 1. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 354p.

[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 1. 11ª ed. Saraiva, 1993. 512p.

[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 1. 9ª ed. Moderna. 521p.

[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 1. 10ª ed. LTC. 282p.

11 - VERSÃO DE AULA

Versão Data Modificações

1.0 31/12/2021 Primeira versão do texto.

AULA 00 – INTRODUÇÃO À FÍSICA E À CINEMÁTICA. 191

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