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Processo Saúde - Doença.
Professora: Juliana Lopes
CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA SAÚDE-ausência de doença
DOENÇA- como falta ou perturbação da saúde.
Conceitos mais elaborados:
• “Completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não
meramente ausência de doença” (OMS).
• “Estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se
acham em situação normal” (Dicionário Aurélio).
• “Resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o seu meio
ambiente”. CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA
• A doença não pode ser compreendida apenas por meio das
medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece (CANGUILHEM; CAPONI apud BRÊTAS e GAMBA, 2006). • “Para Evans & Stoddart (1990) a doença não é mais que um constructo que guarda relação com o sofrimento, com o mal, mas não lhe corresponde integralmente. CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA
• Direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco da doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Constituição Federal, 1988). CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA
• Na prática, a saúde é quantificada segundo presença
ou ausência de sinais/sintomas- mais frequente a medição de coeficientes de mortalidade e morbidade. Processo Saúde-Doença
Modo pelo qual ocorre o processo biológico de
desgaste com a presença de um funcionamento biológico diferente e consequências para o desenvolvimento regular de um evento→ doença. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
NATURAL- conotação de progresso sem a intervenção do
homem.
DEFINIÇÃO- Conjunto de processos interativos compreendendo
as inter-relações do agente, do susceptível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
Desenvolve-se em dois períodos:
• Período Epidemiológico: meio ambiente destinado à
ocorrência das pré-condições da doença;
• Período Patológico: modificações que se passam no
organismo vivo (bioquímicas, histológicas, fisiológicas, etc).
Dois domínios- meio ambiente----pré-condições
- meio interno-------locus da doença
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
• Meio externo (ou
meio ambiente) – local onde se •Meio interno – local onde se desenvolve todas processa modificações as etapas para a bioquímicas, fisiológicas e determinação da histológicas. Neste meio atuam doença. Ex: fatores fatores intrínseco, fatores físicos, biológico e hereditários ou congênitos. sociopolítico- cultural. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
A História Natural da Doença aponta os diferentes
métodos de prevenção e controle, servindo de base para a compreensão de situações reais e específicas, tornando operacionais as medidas de prevenção. PADRÕES DE PROGRESSÃO DAS DOENÇAS
A doença não se desenvolve de modo uniforme no
organismo, podendo apresentar variações de um caso para outro:
1. Evolução aguda (rapidamente fatal):
ex.: raiva e exposição a altas doses de radiação;
2. Evolução aguda (clinicamente evidente e com rápida
recuperação na maioria dos casos):
ex.: muitas doenças infecciosas;
PADRÕES DE PROGRESSÃO DAS DOENÇAS
3. Caso de evolução sem sinais clínicos (salvo se submetido
espontânea de pacientes que procuram um serviço especializado (assistência médica). Concepções da História Natural da Doença
• Busca ativa de pacientes na comunidade, através de
inquéritos populacionais, permite entender as fases de patologia propriamente dita e a fase pré- patológica (grupos de risco e casos subclínicos). Fases da História Natural da Doença
• Fase Inicial: ainda não há doença propriamente dita,
no sentido clássico de fase patológica, mas já existem condições que favorecem o seu aparecimento. Fases da História Natural da Doença
• Fase Patológica Pré-clínica: a doença ainda está no
estágio de ausência de sintomatologia, embora o organismo já apresente alterações patológicas. Vai desde o início do processo patológico até o aparecimento de sintomas ou sinais da doença. O seu curso pode ser subclínico e evoluir para a cura, ou progredir para defeitos permanentes, cronicidade ou morte. Fases da História Natural da Doença
Fase Clínica: a doença se encontra em estágio
adiantado, podendo a manifestação ser leve, mediana, grave, de evolução aguda ou crônica. Fases da História Natural da Doença
• OBS: A assistência prestada a muitas doenças, traduz
apenas a “ponta do iceberg”, correspondente à demanda espontânea por serviços de saúde. As informações estatísticas produzidas pelos registros de estabelecimentos de saúde referem-se a parte visível deste iceberg e, por esta razão, fornecem um perfil de morbidade que nem sempre coincide exatamente com o padrão de doenças incidentes na comunidade. Fases da História Natural da Doença
• Fase de Incapacidade Residual: a doença não
progrediu até a morte ou não houve cura completa, deixando muitas vezes, sequelas. Etiologia e Prevenção de uma doença
São aspectos muitos relacionados, o melhor
conhecimento da etiologia indica melhores caminhos para concretizar a prevenção. Prevenção
Medidas Preventivas: utilizadas para evitar as doenças
ou suas consequências, quer ocorram sob forma esporádica, quer de modo endêmico ou epidêmico.
Ex.: cloração da água de abastecimento público, pasteurização do
leite, controle de vetores, imunização dos suscetíveis, educação em saúde da população, etc. Prevenção
A prevenção tem também um sentido mais amplo, o de
evitar o aparecimento do estágio seguinte da história natural da doença. Classificação das medidas preventivas
• Inespecíficas: medidas amplas que promovem o
bem-estar das pessoas.
• Específicas: medidas restritas, que incluem técnicas
próprias para lidar com cada dano à saúde em particular. Classificação de Leavell e Clark
• Prevenção Primária: ação aplicada em fase pré-
patogênica, ou seja, no início biológico da doença dirigida para a manutenção da saúde.
Promoção da Saúde (nível 1): moradia adequada,
escolas, lazer, alimentação adequada, educação, emprego, saneamento, etc. Classificação de Leavell e Clark
pessoal e do lar, saúde ocupacional, aconselhamento genético, proteção contra acidentes, controle de vetores, exames pré-natal. Classificação de Leavell e Clark • Prevenção Secundária: atenção voltada para o período patológico, enquanto a doença ainda está progredindo, seja em fase subclínica, seja de evolução clinicamente aparente, visando à prevenção da evolução do processo patológico.
Diagnóstico Precoce (nível 3): aplicação de inquéritos na
comunidade, exames periódicos individuais para constatação de casos, isolamento para evitar a propagação da doença, tratamento para evitar a progressão da doença, intervenções médicas e cirúrgicas. Classificação de Leavell e Clark • Prevenção Secundária:
Limitação do dano (nível 4): evitar futuras complicações,
sequelas, acesso facilitado a serviços de saúde, tratamento médico e cirúrgico adequado e hospitalização necessária. Classificação de Leavell e Clark
• Prevenção Terciária: atenção voltada à prevenção da
incapacidade através de medidas de reabilitação para atenuação da invalidez, cujas consequências proporcionaram sequelas (poliomielite, AVC, etc.).