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Esquema Iv

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Perseguição

Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer


meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer
forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou
privacidade.

Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:

I – contra criança, adolescente ou idoso;

II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino,


nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código;

III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o


emprego de arma.

§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das


correspondentes à violência.

§ 3º Somente se procede mediante representação.


Violência psicológica contra a mulher

Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a


prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise
a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, chantagem,
ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro
meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e
autodeterminação:

Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa,


se a conduta não constitui crime mais grave.

Sequestro e cárcere privado

Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro


ou cárcere privado:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:

I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou


companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;

II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em


casa de saúde ou hospital;

III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.

IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;

V – se o crime é praticado com fins libidinosos.


§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da
natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Redução a condição análoga à de escravo

Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo,


quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva,
quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida
contraída com o empregador ou preposto:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena


correspondente à violência.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:

I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do


trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;

II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se


apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com
o fim de retê-lo no local de trabalho.

§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:

I – contra criança ou adolescente;

II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou


origem.
Tráfico de Pessoas

Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir,


comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça,
violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:

I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;

II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de


escravo;

III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;

IV - adoção ilegal; ou

V - exploração sexual.

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

§ 1o A pena é aumentada de 1/3 até a metade se:

I - o crime for cometido por funcionário público no exercício


de suas funções ou a pretexto de exercê-las;

II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou


pessoa idosa ou com deficiência;

III - o agente se prevalecer de relações de parentesco,


domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência
econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica
inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou

IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território


nacional.

§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for


primário e não integrar organização criminosa.
SEÇÃO II
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO

Violação de domicílio

Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou


astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem
de direito, em casa alheia ou em suas dependências:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo,


ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais
pessoas:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena


correspondente à violência.

§ 2º - (Revogado pela Lei nº 13.869, de 2019) (Vigência)

§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa


alheia ou em suas dependências:

I - durante o dia, com observância das formalidades legais,


para efetuar prisão ou outra diligência;

II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime


está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.

§ 4º - A expressão "casa" compreende:

I - qualquer compartimento habitado;

II - aposento ocupado de habitação coletiva;

III - compartimento não aberto ao público, onde alguém


exerce profissão ou atividade.
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":

I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação


coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo
anterior;

II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

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