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1590/S1980-220X2020024903727
Autor correspondente:
Danielle Fabiana Cucolo
Rua Moacir Chagas, 41, Jd Guarani
CEP 13100-021 – Campinas, SP, Brasil Recebido: 01/07/2020
danielle.fabiana.cucolo@gmail.com Aprovado: 06/11/2020
Posteriormente, foram agrupadas em categorias, diferen- teste de comparações múltiplas de Dunn (para dife-
ciando-se para enfermeiros (E) e auxiliares/técnicos (AE/ renças significativas).
TE): 1. Comunicação - orientar paciente/acompanhante (E/ Adotou-se o limite de 70% do escore total para verifica-
AE/TE), checagem do novo local (E/AE/TE), existência ção da qualidade do processo de transferência, com escores
de prescrição médica (E), comunicar local de destino (E); variando de 5 a 7 para enfermeiros e de 4 a 6 para auxiliares
2. Cuidados - auxílio nas necessidades do paciente (E/AE/ e técnicos de enfermagem. A aferição mensal do número de
TE), encaminhamento para a nova unidade (AE/TE); 3. atividades conduzidas em cada unidade, turno e categoria
Recursos necessários para o transporte (E/AE/TE); e 4. profissional foi obtida mediante estudo de série histórica
Documentação (E/AE/TE). de três meses.
As atividades listadas nos instrumentos foram sub- Para o cálculo do percentual de tempo despendido na
metidas à avaliação por cinco enfermeiros doutores e três jornada de trabalho, consideraram-se as horas trabalhadas
enfermeiros clínicos para verificar pertinência, clareza e por turno, excluídas as pausas laborais do período diurno e
representatividade de seu conteúdo ao contexto de prática. noturno: Tempo total = tempo médio das admissões multipli-
Obteve-se 98% de concordância, acima dos ≥ 80% estabe- cado pelo número médio de admissões/categoria e unidade;
lecidos na literatura(12). Seguiu-se à essa etapa o pré-teste Jornada (%) = tempo médio de admissões convertido em
em unidades hospitalares, confirmando sua adequação. O %, considerando 5,75 horas (345 minutos) efetivamente
acompanhamento das transferências nas unidades ocorreu trabalhadas no período diurno e 11 horas (660 minutos)
no período de julho de 2016 a fevereiro de 2017. Houve no noturno.
complementação, para o estudo da série histórica, no As análises foram processadas através do programa The
período de agosto a outubro de 2018. SAS System for Windows (Statistical Analysis System),
Utilizou-se um software de controle de tempo (time trac- versão 9.2.SAS Institute Inc, 2002-2008, Cary, NC, USA,
king software)(13), denominado Toggl(14), para mensurar o tempo assumindo-se o nível de significância p<0,05.
despendido nas atividades. O momento zero para a transferên-
cia do paciente foi o contato do profissional de enfermagem Aspectos éticos
com a unidade de destino para confirmar a disponibilidade
O Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº 980.660/2015),
do leito. A cronometragem do tempo seguia, então, a provisão
o Administrador Hospitalar e o Gerente de Enfermagem
de recursos necessários para a transferência, as orientações ao
das instituições investigadas avalizaram o estudo. O aceite
paciente e/ou familiar e as atividades de enfermagem relati-
dos participantes ocorreu mediante assinatura do Termo de
vas ao preparo, ao transporte e à acomodação do paciente no
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em conformi-
leito de destino. Após a passagem de plantão e o registro das
dade com a resolução 466/12.
atividades no prontuário, o cronômetro era parado.
As sessões de observação ocorreram de segunda a sex- RESULTADOS
ta-feira, nos períodos diurno e noturno. Uma das pesquisa-
doras era comunicada por telefone quanto à proximidade de Foram observadas 200 transferências (100 realizadas por
transferência nas unidades investigadas. A interação com o enfermeiros e 100 por auxiliares/técnicos) entre as unida-
profissional, durante o desenvolvimento da ação, foi evitada, des estudadas, sendo 138 (69%) realizadas na Unidade de
exceto quando houve necessidade de esclarecer dúvidas em Urgência e Emergência (E=61 e AE/TE=77), 31 (16%)
relação à execução de alguma atividade. nas Unidades Cirúrgicas (E=19 e AE/TE=12), 20 (10%)
Quando a equipe de enfermagem executava uma ati- na Unidade de Terapia Intensiva, exclusivamente por
vidade, era checada nos instrumentos de transferência de enfermeiros. Nas Unidades Materno Infantil (n=8; 4%)
pacientes para verificar se havia conformidade com as ativi- e Médico-Cirúrgica (n=3; 1%) foram realizadas apenas
dades da NIC, ocorrendo, concomitantemente, a mensuração por auxiliares e técnicos. As oportunidades de observação
do tempo decorrido. aconteceram, predominantemente, nos turnos da manhã
(n=102) e tarde (n=90).
Análise e tratamento dos dados Os enfermeiros demandaram, em média, 9,3 (DP=3,5)
minutos nas transferências realizadas na Urgência e Emergência
Os dados foram computados através de:
e 12,2 (DP=2,5) minutos na Unidade de Terapia Intensiva
• Estatística descritiva: frequência absoluta e percentual
(p<0,01). O tempo dedicado pelos auxiliares/técnicos variou de
para as variáveis categóricas; média (M), desvio padrão
7,1 (DP=2,8) minutos na Unidade Cirúrgica 1 a 11,0 (DP=2,2)
(DP), valores mínimo e máximo, mediana (MD) e
minutos na Unidade Materno Infantil. Durante os turnos, o
quartis (Q1-Q3) para as variáveis numéricas;
maior tempo exigido dos enfermeiros e auxiliares/técnicos
• Teste Qui-quadrado: comparação das variáveis categó- foi, respectivamente, no período noturno, com 11,1 (DP=4,0)
ricas, utilizando-se, na presença de valores esperados minutos, e tarde - 9,7 (DP=3,0) minutos (Tabela 1).
menores que cinco, o teste exato de Fisher; Na observação das transferências de pacientes, o item
• Teste de Mann-Whitney (comparação das variáveis Documentação foi omitido tanto por enfermeiros (46%)
numéricas entre dois grupos), Teste de Kruskal- quanto por auxiliares/técnicos (42%), sendo que 39% das
Wallis (comparação entre três ou mais grupos, devido atividades de auxílio às necessidades do paciente (item
à ausência de distribuição normal das variáveis) e o Cuidados) não foram realizadas pelos enfermeiros (Tabela 2).
Tabela 1 – Tempo médio despendido (em minutos) por enfermeiros e auxiliares/técnicos para realização de transferências – Catanduva,
SP, Brasil, 2018.
Enfermeiros (n=100) Auxiliares/Técnicos (n=100)
Variáveis
M(DP) Variação Valor p M(DP) Variação Valor p
Unidades
Cirúrgica 1 10,1(4) 4,4-15 <0,01* 7,1(2,8) 3,1-12,3 Ns*
Cirúrgica 2 9,8(2,9) 6,4-13,2 UUE≠UTI** 10,8(0,8) 10,2-11,4
Cirúrgica 3 - - 7,5(4,1) 2,8-10,3
UMC - - 9,7(3,4) 7,3-12,2
UMI - - 11,0(2,2) 7,5-13,5
UUE 9,3(3,5) 3,3-19,2 9,2(3,2) 1,3-16,3
UTI 12,2(2,5) 8,6-17,4 - -
Todas Unidades 10,1(3,5) 3,3-19,3 9,2(3,2) 1,3-16,3
Turnos
Manhã (M) 9,4(3,2) 3,3-19,2 Ns* 8,8(3,2) 1,3-16,3 Ns*
Tarde (T) 10,8(3,7) 3,3-18,3 9,7(3,0) 3,1-14,5
Noturno (N) 11,1(4,0) 6,4-15,4 6,7(3,7) 2,8-10,3
Nota - M: Média; DP: Desvio padrão; Ns: Não significante; UMC: Unidade Médico-Cirúrgica; UMI- Unidade Materno Infantil; UUE: Unidade de
Urgência e Emergência; UTI: Unidade de Terapia Intensiva; Valor p- *Teste de Mann Whitney; **Kruskal-Wallis. n= 200.
Tabela 2 – Frequência de atendimento dos escores para cada item verificado nas transferências realizadas por enfermeiros e auxilia-
res/técnicos – Catanduva, SP, Brasil, 2018.
Comunicação Cuidados Recurs/transp Documentação
Subitens (4/2)* (1/2)* (1/1)* (1/1)*
N(%) N(%) N(%) N(%)
Enf (n= 100)
Não realizou - 39(39) 27(27) 46(46)
1 1(1) 61(61) 73(73) 54(54)
2 14(14) - - -
3 34(34) - - -
4 51(51) - - -
Aux/Téc (n=100)
Não realizou 4(4) 1(1) 19(19) 42(42)
1 21(21) 18(18) 81(81) 58(58)
2 75(75) 81(81) - -
Nota: Recurs/transp.: Recursos para transporte; Aux/Tec: Auxiliar/Técnico; Enf: Enfermeiro; *Escore disponível em cada item para Enfermeiros/Au-
xiliares e Técnicos. n= 200.
Considerando a série histórica, entre agosto e outubro Tabela 3 – Distribuição média/mês de transferências realizadas
de 2018, a equipe de enfermagem realizou 835 transfe- pela equipe de enfermagem por unidades e turnos no período
de agosto a outubro de 2018 e tempo médio (em minutos) se-
rências/mês. O número médio variou de 13 (DP=3,0) a gundo corte no escore 70% – Catanduva, SP, Brasil, 2018.
378 (DP=47,7) entre unidades e de 67 (DP=8,1) a 245 Enfermeiros (n=210) Auxiliares/Técnicos (n=625)
Variáveis
M(DP) M(DP)
(DP=22,1) nos turnos. Os enfermeiros responderam por
Unidades
210 (DP=12,2) e os auxiliares/técnicos por 625 (DP=25,5) Cirúrgica 1 14(4,0) 31(5,5)
movimentações. Quando o escore total ≥70% foi alcan- Cirúrgica 2 23(4,6) 22(4,9)
çado, obteve-se tempo médio para os enfermeiros de 10,9 Cirúrgica 3 22(4,9) 121(1,1)
(DP=3,9) minutos e para os auxiliares/técnicos de 9,3 Médico-Cirúrgica 13(3,0) 19(8,9)
Materno Infantil 13(3,0) 21(6,0)
(DP=3,2) minutos (Tabela 3).
Emergência 94(15,5) 378(47,4)
Com relação ao tempo médio dedicado para as transfe- Terapia Intensiva 31(1,7) 33(2,5)
rências de pacientes, a equipe de enfermagem destinou entre Turnos
6,1 minutos (Unidade Médico-Cirúrgica) e 30,2 minutos Manhã 69(13,3) 153(10,7)
Tarde 74(5,0) 227(34,5)
(Cirúrgica 3), com percentual de acréscimo na jornada de
Noite 67(8,1) 245(22,1)
trabalho entre 19,3 (manhã) e 29 (tarde). Para atingir um Escore
escore ≥5 (enfermeiros) e ≥4 (auxiliares/técnicos), os profis- ≥4 - 9,3(3,2)
sionais despenderam, respectivamente, 76,3 e 193,7 minutos ≥5 10,9(3,9) -
(Tabela 4). Nota: M: média; DP: Desvio padrão. n=835.
Tabela 4 – Tempo médio total (minutos) e percentual da jornada de trabalho dedicados nas transferências da equipe de enfermagem
por unidade, turno e segundo corte no escore em 70% – Catanduva, SP, Brasil, 2018.
Enfermeiros (n=100) Auxiliares/Técnicos (n=100) Equipe de Enfermagem (n=200)
Variáveis
Tempo total Jornada (%) Tempo total Jornada (%) Tempo total Jornada (%)
Unidades
Cirúrgica 1 4,7 - 7,3 - 12 -
Cirúrgica 2 7,5 - 7,9 - 15,4 -
Cirúrgica 3 - - 30,2 - 30,2 -
Médico-Cirúrgica - - 6,1 - 6,1 -
Materno Infantil - - 7,7 - 7,7 -
Emergência 29,1 - 115,9 - 145 -
Terapia Intensiva 12,6 - - - 12,6 -
Todas unidades 70,7 - 191,7 - 262,4 -
Turnos
Manhã 21,6 6,3 44,9 13,0 66,5 19,3
Tarde 26,6 7,7 73,4 21,2 100 29,0
Noite 24,8 7,2 54,7 15,8 79,5 23,0
Escore
≥5 76,3 - - - - -
≥4 - - 193,7 - - -
n= 200.
Para qualificar a transferência de pacientes, ou seja, ≥70% intervenção devem ser investigados em outros contextos de
do escore total, o enfermeiro consumiu mais tempo - 10,9 prática, considerando as diferenças culturais e de dinâmica
minutos -, representando um aumento de 7,9%, enquanto de trabalho. Ressalta-se que métodos observacionais podem
que auxiliares/técnicos demandaram 9,3 minutos - aumento provocar mudança no comportamento das pessoas observa-
de 1,1%. A equipe de enfermagem dedicou, portanto, 4,7% a das, sendo que alterações na dinâmica organizacional e na
mais do seu tempo médio de trabalho. Não foram identificados movimentação de pacientes no intervalo transcorrido entre o
estudos para comparar tais achados, mas revisão sistemática acompanhamento das transferências nas unidades e estudo da
recente(19) evidencia piores resultados assistenciais quando o série histórica podem ter influenciado os resultados obtidos.
enfermeiro dedica menos tempo ao paciente, sem esclarecer, Em visão diferenciada de outros autores, o presente
contudo, como os enfermeiros gerenciam o tempo limitado de estudo buscou elencar ações da equipe de enfermagem em
trabalho frente às diversas demandas de atendimento. conformidade com as descritas em taxonomia internacio-
Considerando uma série histórica de 835 transferên- nal(10), conduzidas durante a transferência de pacientes entre
cias, observou-se, também, expressiva variação média no unidades, e mensurar o tempo médio despendido para sua
transporte interno de pacientes (13-378) entre as unidades, realização. Evidenciou-se que, para qualificar o processo de
refletindo sobre o tempo médio dedicado pela equipe de transferência de pacientes, a equipe de enfermagem precisa
enfermagem (6,1-30,2 minutos). É importante notar que dedicar um percentual maior de tempo da jornada de tra-
em algumas unidades não foram registradas transferência balho. Nesse sentido, os enfermeiros devem considerar essa
de algumas categorias, no período investigado, o que pode movimentação entre as unidades para prever o dimensiona-
explicar o pequeno valor numérico encontrado. mento de pessoal e propor melhorias no processo. Além disso,
Analisando a influência dessa rotatividade de pacientes este estudo pode subsidiar outras pesquisas sobre fluxo de
sobre a carga de trabalho da equipe, o percentual diário de pacientes intra-hospitalar, apoiando enfermeiros na gestão
uso do tempo da jornada laboral oscilou entre 19,3 (manhã) e do cuidado e do capital humano.
29% (tarde). O maior número de altas no período da manhã,
possivelmente, justifica o maior número de movimentações CONCLUSÃO
entre as unidades no período da tarde. As transferências O tempo médio dedicado pelos enfermeiros nas transfe-
realizadas na UUE exigiram mais tempo da equipe de enfer- rências variou de 9,3 (DP=3,5) a 12,2 (DP=2,5) minutos, e
magem em relação às demais unidades. O transporte de pelos auxiliares/técnicos entre 7,1 (DP=2,8) e 11,0 (DP=2,2)
pacientes realizado por enfermeiros em um pronto socorro minutos. Documentação e auxílio nas necessidades de cui-
adulto de um hospital universitário representou 3,4% do dados do paciente constituíram ponto frágil do processo.
tempo de trabalho desses profissionais(20). Para qualificar a transferência de pacientes, ou seja, ≥70% do
O subdimensionamento de pessoal nas unidades hospi- escore total, a equipe de enfermagem dedicou 4,7% a mais
talares está diretamente ligado à sobrecarga, uma vez que a do seu tempo médio de trabalho.
transferência de pacientes não é uma atividade calculada para Os achados desta pesquisa apontam significativa influên-
composição da equipe(21). Sendo assim, a movimentação de cia da intervenção sobre a carga de trabalho, revelando um
pacientes precisa ser ponderada dentre os fatores determinantes consumo de 19,3 a 29% do tempo da jornada de trabalho
para mensuração das atividades de enfermagem, dimensiona- da equipe de enfermagem. Assim, precisa ser contemplada
mento de pessoal e na elaboração das escalas de trabalho(11). na mensuração das atividades para dimensionamento e
Por considerar a realidade de dois hospitais, o tempo distribuição de pessoal, visando melhoraria da qualidade e
demandado da equipe de enfermagem e a qualidade dessa continuidade do cuidado.
RESUMO
Objetivo: Mensurar o tempo médio despendido pela equipe de enfermagem na transferência de pacientes, comparar as atividades
observadas, durante a realização desta intervenção, com as descritas pela Classificação das Intervenções de Enfermagem e investigar a
intensidade de sua influência sobre a carga de trabalho. Método: Estudo observacional com utilização de software para cronometragem
de tempo conduzido em dois hospitais da região noroeste do estado de São Paulo. Foram acompanhadas 200 transferências de pacientes
realizadas pela equipe mediante uso de dois instrumentos validados. Resultados: O tempo médio dedicado pelos enfermeiros nas
transferências variou de 9,3 (desvio padrão=3,5) a 12,2 (desvio padrão=2,5) minutos e pelos auxiliares/técnicos entre 7,1 (desvio
padrão=2,8) e 11,0 (desvio padrão=2,2) minutos. Consideraram-se qualificadas (≥70% do escore) 63 transferências realizadas por
enfermeiros e 87 por auxiliares/técnicos. A equipe consumiu de 19,3 a 29% do tempo da jornada de trabalho, nesta intervenção.
Conclusão: A transferência de pacientes gera impacto sobre a carga de trabalho da equipe e precisa ser contemplada na mensuração das
atividades de enfermagem para dimensionamento e distribuição de pessoal, visando melhoraria da qualidade e continuidade do cuidado.
DESCRITORES
Carga de Trabalho; Avaliação de Processos em Cuidados de Saúde; Gerenciamento do Tempo; Fluxo de Trabalho; Recursos Humanos
de Enfermagem.
RESUMEN
Objetivo: Medir el tiempo medio empleado por el equipo de enfermería en el traslado de pacientes, comparar las actividades observadas
durante esta intervención con las descritas por la Clasificación de Intervenciones de Enfermería e investigar la intensidad de su influencia
en la carga de trabajo. Método: Se trata de un estudio observacional realizado con un software para el registro de los tiempos y llevado
a cabo en dos hospitales de la región noroeste del estado de São Paulo. El plantel realizó 200 traslados de pacientes, supervisado por
dos instrumentos validados. Resultados: El tiempo medio empleado por el personal de enfermería en los traslados osciló entre 9,3
(desviación estándar=3,5) y 12,2 (desviación estándar=2,5) minutos y el de los auxiliares/técnicos entre 7,1 (desviación estándar=2,8) y 11,0
(desviación estándar=2,2) minutos. Se consideraron cualificados 63 traslados realizados por enfermeros y 87 por auxiliares/técnicos (≥70%
de la puntuación). El equipo consumió del 19,3 al 29% del tiempo de la jornada laboral en esta intervención. Conclusión: El traslado de
pacientes repercute en la carga de trabajo del plantel de enfermería y debe tenerse en cuenta en la medición de las actividades de enfermería
para el dimensionamiento y la distribución del personal, con el objetivo de mejorar la calidad y la continuidad de los cuidados.
DESCRIPTORES
Carga de Trabajo; Evaluación de Procesos; Atención de Salud; Administración del Tiempo; Flujo de Trabajo; Personal de Enfermería.
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