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dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.70858 Cogitare enferm.

25: e70858, 2020

ARTIGO ORIGINAL

APLICABILIDADE DO MÉTODO ISBAR EM UMA UNIDADE DE


TERAPIA INTENSIVA ADULTO

Raphaella de Moraes Araujo¹, Luana Ferreira de Almeida², Vanessa Galdino de Paula³, Raquel de
Mendonça Nepomuceno4, Ana Lucia Cascardo Marins5

RESUMO
Objetivo: analisar a implementação do método ISBAR nas transferências de cuidados entre turnos
de enfermagem em uma unidade de terapia intensiva.
Método: estudo quase experimental. Foram observadas 432 transferências de cuidados entre
julho e setembro de 2019, através de instrumento pautado no método ISBAR, com identificação,
situação clínica, contexto assistencial, avaliação e recomendações para o paciente. Os dados foram
tratados com medidas estatísticas descritivas.
Resultados: em relação à identificação, o nome do paciente foi o mais relatado (96,30%). Quanto à
situação clínica, a alteração nos sinais vitais (49,54%). Dentre as informações associadas ao cuidado,
a integridade da pele (66,67%). No que tange às ações realizadas, destacaram-se as intervenções e
exames (53,70%). As informações sobre pendências apareceram em 28,94%.
Conclusão: pôde-se perceber que envolver os enfermeiros facilitou a implementação do ISBAR.
A uniformidade da transferência de cuidados na unidade investigada mostrou-se como ponto de
partida para a prevenção de incidentes relacionados à comunicação.
DESCRITORES: Comunicação em Saúde; Cuidados Críticos; Transferência da Responsabilidade
pelo Paciente; Segurança do Paciente; Cuidados de Enfermagem.

COMO REFERENCIAR ESTE ARTIGO:


Araujo R de M, Almeida LF de, Paula VG de, Nepomuceno R de M, Marins ALC. Aplicabilidade do método
ISBAR em uma unidade de terapia intensiva adulto. Cogitare enferm. [Internet]. 2020 [acesso em “colocar data
de acesso, dia, mês abreviado e ano”]; 25. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.70858.

1
Enfermeira. Residente em Enfermagem em Terapia Intensiva. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro,
RJ, Brasil.
2
Enfermeira. Doutora em Educação em Ciências e Saúde. Docente de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
3
Enfermeira. Doutora em Enfermagem e Biociências. Docente de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
4
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
5
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.70858 Cogitare enferm. 25: e70858, 2020

ORIGINAL ARTICLE / ARTÍCULO ORIGINAL

APPLICABILITY OF THE ISBAR METHOD IN AN ADULT INTENSIVE


CARE UNIT
ABSTRACT
Objective: To analyze the implementation of the ISBAR method in the transfer of care between
nursing shifts in an intensive care unit.
Method: A quasi-experimental study. 432 care transfers were observed between July and
September 2019, using an instrument based on the ISBAR method, with identification, clinical
situation, care context, assessment, and recommendations for the patient. The data were
treated with descriptive statistical measures.
Results: In relation to identification, the patient’s name was the most reported (96.30%). As
for the clinical situation, the change in vital signs (49.54%). Among the diverse information
associated with care, skin integrity (66.67%). Regarding the actions taken, interventions and
examinations stood out (53.70%). Pending information appeared in 28.94%.
Conclusion: It was noticed that involving nurses facilitated the implementation of ISBAR.
The uniformity of care transfer in the investigated unit proved to be a starting point for the
prevention of incidents related to communication.

DESCRIPTORS: Health Communication; Critical Care; Transfer of Responsibility for the Patient;
Patient safety; Nursing care.

APLICABILIDAD DEL MÉTODO ISBAR EN UNA UNIDAD DE


CUIDADOS INTENSIVOS PARA ADULTOS
RESUMEN:
Objetivo: analizar la implementación del método ISBAR en la transferencia de cuidados entre
turnos de Enfermería en una unidad de cuidados intensivos.
Método: estudio cuasi-experimental. Se observaron 432 transferencias de cuidados entre
julio y septiembre de 2019, a través de un instrumento basado en el método ISBAR, con
identificación, situación clínica, contexto asistencial, evaluación y recomendaciones para el
paciente. Los datos se trataron con medidas estadísticas descriptivas.
Resultados: en relación con la identificación, el nombre del paciente fue lo más reportado
(96,30%). En cuanto a la situación clínica, prevalecieron los reportes sobre la alteración de
los signos vitales (49,54%). Entre los datos asociados con el cuidado, lo más reportado fue
la integridad de la piel (66,67%). En lo referente a las acciones realizadas, se destacaron las
intervenciones y los exámenes (53,70%). Los datos sobre cuestiones pendientes aparecieron
en el 28,94% de los casos.
Conclusión: se puede percibir que implicar a los enfermeros facilitó la implementación del
método ISBAR. La uniformidad de la transferencia de cuidados en la unidad investigada se
presentó como un punto de partida para prevenir incidentes relacionados con la comunicación.

DESCRIPTORES: Comunicación en Salud; Cuidados Críticos; Transferencia de la


Responsabilidad por el Paciente; Seguridad del Paciente; Cuidados de Enfermería.

Raphaella de Moraes Araujo | Luana Ferreira de Almeida | Vanessa Galdino de Paula | Raquel de Mendonça Nepomuceno | Ana Lucia Cascardo
Marins
Cogitare enferm. 25: e70858, 2020

INTRODUÇÃO

Falhas na comunicação entre profissionais de saúde estão entre as causas de mais


de 70% dos eventos adversos relacionados à assistência, e podem estar associadas com a
comunicação errônea/incompleta ou com o não entendimento da informação transmitida(¹).
Dentro desse contexto, uma vez que a situação clínica do paciente crítico pode
sofrer alterações em segundos, setores de alta complexidade são mais propícios aos
erros relacionados aos processos comunicativos, pois, muitas vezes, as decisões precisam
ser rápidas e informadas de forma precisa para a realização das intervenções inerentes à
preservação da vida(2).
Além das situações de alterações clínicas, rotineiramente, os processos de transmissão
de informações ocorrem em diversos momentos durante o mesmo plantão, tais como nas
transferências de pacientes entre setores e nas trocas de turnos da equipe de enfermagem.
Diante da gravidade destes pacientes, torna-se imperioso que toda a equipe tenha ciência
sobre as informações relevantes, assim como conhecer a melhor maneira de realizar essa
transmissão(3).
Majoritariamente, a transmissão de informações é considerada um momento de
transição do cuidado no qual haverá a revisão do estado de saúde e das necessidades
de cada paciente, garantindo a transferência de responsabilidade sobre a continuidade
do cuidado. Essas informações constituem a base do processo decisório, e subsidiam o
planejamento, a execução e a avaliação das ações a serem desenvolvidas(4).
Posto isso, é importante fazer com que a comunicação entre as equipes seja organizada
e sem interrupções, principalmente dentro de ambientes que prestam cuidados a pacientes
críticos. A atuação simultânea de diversos profissionais, somada à interdependência de
suas ações para a continuidade do cuidado, ratificam a necessidade da utilização de formas
assertivas e padronizadas de comunicação(1).
Na prática cotidiana, observa-se a variabilidade do processo de transição de cuidado
realizado pela equipe de enfermagem, seja por conta das características dos pacientes, seja
pelo dimensionamento ou organização da equipe, ou por conta da escolha do enfermeiro
acerca de quais informações são prioritárias.
Neste sentido, a literatura internacional é unânime ao indicar o uso de formulários
estruturados para a transferência de cuidados. Dentre os modelos indicados, encontra-se
o mnemônico ISBAR, que permite que os profissionais organizem sua assistência a partir
do conhecimento da situação e da condição do paciente, além de enfatizar a avaliação e
as recomendações para a continuidade da assistência(3,5).
Assim, este estudo objetivou analisar a implementação do método ISBAR nas
transferências de cuidados entre turnos de enfermagem em uma unidade de terapia intensiva
adulto. A contribuição deste trabalho se pauta no incentivo da comunidade científica
internacional para a implementação do acrônimo ISBAR no momento da transferência do
cuidado. Espera-se oferecer um instrumento com informações apropriadas, de forma clara
e concisa, para o perfil de pacientes atendidos na unidade.

MÉTODO

Estudo quase experimental desenvolvido em uma unidade de terapia intensiva adulta


de um hospital universitário situado na cidade do Rio de Janeiro.
A intervenção proposta foi a implementação de um instrumento pautado no método

Aplicabilidade do método ISBAR em uma unidade de terapia intensiva adulto


Cogitare Enferm. 25: e70858, 2020

ISBAR para os momentos de transferências de turnos. Para tanto, primeiramente foi


feita, pelos autores, uma revisão de literatura quanto às recomendações de informações
transmitidas entre equipes de enfermagem em unidades de terapia intensiva no momento
da transferência do cuidado. Esta etapa incluiu consulta à base de dados Biblioteca Virtual
em Saúde.
A segunda etapa foi a estruturação das recomendações encontradas na literatura no
método ISBAR. A saber: a) Identificação do paciente, de suas comorbidades e das condições
que o levaram ao tratamento intensivo; b) Situação do paciente, que inclui padrão de sono,
alterações clínicas e metas assistenciais, indicando dispositivos invasivos e mecanismos de
suporte à manutenção da vida; c) Background, que corresponde ao contexto assistencial
do paciente; d) Avaliação do paciente realizada pelo enfermeiro diante das ocorrências e
ações realizadas; e) Recomendações/pendências para continuidade do cuidado.
Desta forma, foi elaborado um instrumento de transmissão de cuidado, que foi
apresentado individualmente a cada enfermeiro da unidade investigada. Essa etapa
ocorreu no local de trabalho, durante o horário de plantão, no momento mais conveniente,
conforme avaliação de cada profissional.
Buscou-se um ambiente sem muitos ruídos e interrupções, que evitasse desviar a
atenção dos enfermeiros quanto à leitura atenta do instrumento elaborado. Nesse momento,
houve a oportunidade da leitura, questionamentos e sugestões para o instrumento. Esse
momento buscou aproximar os enfermeiros para o âmbito das decisões, tendo em vista
uma maior adesão ao novo método, quando efetivamente implementado.
Após a leitura, as dúvidas foram esclarecidas e as sugestões registradas para
posterior avaliação. Em seguida, os registros das sugestões de melhoria sinalizadas por
todos os enfermeiros foram compilados, discutidos entre os autores à luz da literatura e,
após seleção das sugestões, serviram de embasamento para a criação do modelo final,
adequado à demanda do processo de trabalho dos próprios profissionais responsáveis
pelo processo de transferência do cuidado de enfermagem.
Os enfermeiros identificaram o instrumento como muito longo e optaram pela retirada
de itens como a identificação dos responsáveis pela transferência e continuidade do cuidado,
local da pulseira de identificação do paciente e informações sobre antibioticoterapia.
Após a realização das alterações consensuais e elaboração do instrumento final, ele
foi lido com cada profissional, individualmente, também no ambiente e local e trabalho,
buscando sua compreensão acerca de sua aplicação e esclarecimento de qualquer dúvida
relacionada ao seu preenchimento. Ou seja, cada enfermeiro teve a oportunidade de
conhecer o instrumento final após sugestões do grupo e consenso com os autores do
estudo.
Posteriormente, o instrumento foi implementado na unidade investigada e passou a
ser utilizados por todos os enfermeiros (22) atuantes no setor, durante as transmissões de
cuidados entre turnos de enfermagem. Depois de 15 dias, iniciou-se a coleta de dados,
com a observação direta das transmissões e cuidados entre os turnos de enfermagem,
através de um checklist que contemplou os mesmos itens do instrumento proposto.
Foram incluídas no estudo as transmissões de cuidados realizadas por enfermeiros
atuantes no setor, no período de julho a setembro de 2019. Foram excluídas aquelas
realizadas por alunos de graduação e pós-graduação, bem como pelos professores de
enfermagem, tendo em vista que esses não participaram das etapas para a elaboração do
instrumento.
As variáveis de interesse foram: 1) identificação do paciente (nome, leito, idade,
diagnóstico/comorbidades, alergias); 2) situação clínica (alteração dos sinais vitais, padrão
de sono, visitas familiares, meta do cuidado); 3) informações sobre a assistência (integridade
da pele - local de lesão, cobertura utilizada, perfusão periférica; nível de consciência;
Sistema respiratório – comissura labial, modo ventilatório, secreção traqueal; Situação

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nutricional – dieta zero/vazão, via da dieta, dieta oral/aceitação, escape glicêmico; Drenos;
Acessos vasculares - local, data troca de acessos periférico, infusões/vazão; Sistema
excretor - dispositivo/grumos/troca/fralda, balanço hídrico; Última função intestinal; 4)
ações realizadas (hemotransfusão, diálise, intervenções, avaliação); 5) informações para a
continuidade do cuidado (pendências/exames agendados, recomendações).
Os dados obtidos foram organizados em planilhas no Microsoft Excel®, a partir de
cada momento recomendado pela técnica ISBAR: pelas etapas de identificação, situação,
contexto assistencial, avaliação e recomendações para o paciente. Em seguida, foi avaliada
a conformidade das informações transmitidas, em relação ao instrumento elaborado e
utilizado pelos enfermeiros. Posteriormente, somaram-se as conformidades, sendo
aplicadas as frequências absoluta e relativa, que foram organizadas em tabelas, conforme
cada etapa recomendada.
Todos os preceitos éticos e legais foram atendidos e o estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa sob o número de parecer 3.301.861 de 03 de maio de 2019.

RESULTADOS

Pôde-se perceber que, em relação à identificação, o nome do paciente foi a


informação mais relatada pelos profissionais de enfermagem (96,30% n=416), seguido do
número do leito (75,93% n=328) e diagnóstico clínico (43,06% n=186), conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Dados referentes à identificação do paciente relatados pelos profissionais de enfermagem. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil, 2019 (n=432)

Identificação do paciente Sim Não


n % n %
Nome 416 96,3 16 3,7
Leito 328 75,93 104 24,07
Idade 103 23,84 329 76,16
Diagnóstico/Comorbidades 186 43,06 246 56,94
Alergias 69 15,97 363 84,03

Em relação à situação clínica do paciente, as alterações nos sinais vitais foi o item mais
mencionado pelos enfermeiros (49,54% n=214), seguido de informações sobre o padrão
de sono dos pacientes (14,81% n=64) e visita de familiares (10,42% n=45), conforme Tabela
2. O item “meta do cuidado” foi citado em 34 (7,87%) das 432 observações.

Aplicabilidade do método ISBAR em uma unidade de terapia intensiva adulto


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Tabela 2 - Dados referentes à situação clínica do paciente relatados pelos profissionais de enfermagem. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil, 2019 (n= 432)

Situação clínica do paciente Sim Não


n % n %
Alterações dos sinais vitais 214 49,54 218 50,46
Padrão de sono 64 14,81 368 85,19
Visitas familiares 45 10,42 387 89,58
Meta do cuidado 34 7,87 398 92,13

No background, que corresponde ao contexto assistencial do paciente, listando


informações técnicas associadas ao cuidado, a integridade da pele foi o item mais citado
(66,67% n=288), seguido pelo modo ventilatório (65,74% n=284) e a enumeração das
infusões em curso nos pacientes (64,58% n=279), conforme Tabela 3.

Tabela 3 - Dados referentes às informações sobre a assistência relatados pelos profissionais de enfermagem.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2019 (n=432) (continua)

Informações sobre a assistência Sim Não NA


n % n % n %
Integridade da pele
Local de lesão 286 66,2 146 33,8 0 0
Cobertura utilizada 138 31,94 197 45,6 97 22,45
Perfusão periférica 107 24,77 325 75,23 0 0
Nível de consciência 304 70,37 128 29,63 0 0
Sistema respiratório
Comissura labial 51 11,81 321 74,31 60 13,89
Modo ventilatório 284 65,74 143 33,1 5 1,16
Secreção traqueal 66 15,28 364 84,26 2 0,46
Situação nutricional
dieta zero/vazão 140 32,41 233 53,94 59 13,66
via dieta 241 55,79 185 42,82 6 1,39
dieta oral/aceitação 103 23,84 257 59,49 72 16,67
escape glicêmico 182 42,13 247 57,18 3 0,69
Drenos 93 21,53 161 37,27 178 41,2
Acessos vasculares
local/data troca periférico 254 58,8 178 41,2 0 0
infusões/vazão 279 64,58 153 35,42 0 0
Sistema excretor

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Dispositivo/grumos/troca/fralda 203 46,99 229 53,01 0 0


Balanço hídrico 86 19,91 346 80,09 0 0
Última função intestinal 247 57,18 185 42,82 0 0
Legenda: NA – Não se Aplica

No que tange às ações realizadas, informações sobre intervenções e exames foram as


mais relatadas (53,70% n=232), seguidas por aquelas referentes a procedimentos dialíticos
(23,38% n=101). Das 90 transfusões de sangue, 71 (16,44%) foram citadas durante as
transferências (Tabela 4).

Tabela 4 - Dados referentes às ações realizadas durante o turno relatados pelos profissionais de enfermagem.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2019 (n= 432)

Ações realizadas Sim Não NA


n % n % n %
Hemotransfusão 71 16,44 19 4,4 342 87,04
Diálise 101 23,38 16 3,7 315 82,18
Intervenções 232 53,7 200 46,3 0 35,42
Avaliação 99 22,92 333 77,08 0 35,42
Legenda: NA – Não se Aplica

As informações sobre recomendações, pendências e exames agendados apareceram


em 125 (28,94%) observações (Tabela 5).

Tabela 5 - Informações relatadas pelos profissionais de enfermagem para a continuidade do cuidado. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil, 2019 (n=432)

Informações para a continuidade do cuidado Sim Não


n % n %
Pendências/exames agendados 136 31,48 296 68,52
Recomendações 125 28,94 307 71,06

Aplicabilidade do método ISBAR em uma unidade de terapia intensiva adulto


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DISCUSSÃO

Pôde-se perceber a importância da gerência local em envolver os profissionais


antes de tomar decisões importantes, buscando entender como essas mudanças podem
influenciar na atuação de cada profissional, e consequentemente, no trabalho da equipe.
No contexto da implementação de um formulário estruturado para a transferência do
cuidado, recomenda-se a adaptação ao contexto da unidade em que será utilizado(6,7).
Houve certa resistência inicial dos profissionais frente à mudança documental, fato que
pode estar relacionado à sobrecarga de trabalho(8).
Salienta-se que não há consenso entre os intensivistas sobre quais são as informações
essenciais durante uma transferência de cuidados; e o que se pressupõe ser importante,
no dia a dia, não é efetivamente transmitido. Em consonância, observou-se nesse estudo
que muitos itens do instrumento não foram citados durante as transferências, mesmo que
o formulário tenha sido construído pelos próprios profissionais que o utilizaram(9,10).
Ao longo do período de coleta de dados, pôde-se perceber uma gradativa melhora
na adesão à ferramenta. Corroborando com esse achado, estudo refere que a resposta dos
enfermeiros ao uso do ISBAR foi mais positiva após quatro semanas de uso do instrumento.
Nesse intervalo, os profissionais demonstraram maior confiança na transferência de
informações relacionadas ao paciente(11).
Partindo desse contexto, torna-se evidente a necessidade de acompanhamento
periódico para a padronização e atualização da comunicação. O treinamento das habilidades
comunicativas melhora significativamente a integração da equipe multidisciplinar e colabora
para a implementação de uma cultura de segurança, colocando o comportamento individual
e organizacional em sinergia para a minimização de riscos relacionados à assistência(9,12).
A partir dos resultados, 416 (96,30%) pacientes foram identificados pelo nome,
com valorização da identificação através da referência ao seu leito de internação em 328
(75,93%) observações. No contexto de terapia intensiva, o cuidado com a identificação
do paciente precisa ser redobrado, uma vez que o próprio paciente pode não estar
responsivo para confirmar seus dados. Além disso, a ocorrência de mudanças de leito ou
internação de homônimos podem aumentar os riscos relacionados à identificação incorreta
do paciente(13).
Ainda no contexto de identificação, observou-se que informações referentes à
presença ou ausência de alergias não foram citadas em 363 (84,03%) casos, fato preocupante
visto que, nas últimas décadas, as mortes relacionadas a reações anafiláticas aumentaram
em 300% e muitos erros tem sido relacionados à subvalorização desse dado(14).
A ausência de informações sobre o contexto clínico do paciente e suas comorbidades
também preocupa, uma vez que essa informação dá subsídios aos profissionais sobre quais
cuidados devem ser despendidos a cada paciente; inclusive sobre os equipamentos de
proteção individual que são indicados, para condições específicas(7).
Observou-se que, em casos de internações prolongadas, a identificação do paciente
foi vista como desnecessária pelos profissionais, em vista da familiaridade de todos com o
caso(15). Esse fator pode ter sido responsável pela baixa frequência de referência aos itens
supracitados.
Em relação à situação atual do paciente, predominaram as referências sobre as
alterações dos sinais vitais (49,54% n=214). Esse fato pode estar relacionado à priorização
de aspectos diretos e clínicos relacionados à gravidade do paciente e que incidam
diretamente sobre sua assistência. Itens como padrão de sono ou visitação de familiares
foram subnotificados(8).
Informações sobre o padrão de sono são importantes, pois padrões irregulares ou

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insuficientes estão relacionados a alterações nas funções cardiovasculares, nas respostas de


compensação respiratórias e na liberação de insulina, fatores que interferem diretamente na
recuperação clínica(16). Sinergicamente, a presença de familiares pode reduzir a incidência
de delírium, distúrbio comum em terapia intensiva, tornando a informação sobre a visitação
de suma importância(17).
Ainda, pôde-se observar que a meta do cuidado não foi traçada em 398 (92,13%)
transferências. A ausência de conteúdo relacionado a planos futuros para o gerenciamento
clínico do paciente pode levar a erros por parte do profissional, comprometendo a
segurança e a qualidade da assistência. Situações de cuidados paliativos ou ordens de
cessação de esforços merecem a devida atenção nesse contexto, pois a não comunicação
da decisão muda completamente a direção assistencial(7).
O item referente ao background ajuda a listar o contexto em que o paciente se
encontra, informando seu quadro clínico. Nesse momento, há uma priorização dos sistemas
cuja deterioração pode agravar a situação clínica, e que estão diretamente relacionados
à assistência. Assim como em estudo correlato, os sistemas mais referidos durante a
transferência de cuidado foram o sistema nervoso/nível de consciência (69,91% n=302),
sistema tegumentar/integridade cutânea (66,67% n=288) e sistema respiratório/modo
ventilatório (65,74% n=284)(7-8,11).
Itens relacionados ao contexto hemodinâmico foram citados ainda mais precocemente,
dentro do contexto de “Situação” do mnemônico, fator que corrobora com a priorização
de dados importantes pelos profissionais responsáveis pela transferência.
Em contraposição, informações sobre a secreção traqueal não foram transmitidas em
364 (84,26%) observações, o que se traduz em grande risco para o paciente. A aspiração
traqueal só deve ocorrer quando for necessária, sendo importantes as informações sobre
quantidade e características das secreções para a individualização da assistência(18).
Destaca-se a ausência de informações sobre o balanço hídrico em mais de 80% das
transferências observadas, sendo constantemente substituído pelo débito urinário total
durante o período. Cabe ressaltar que alterações no balanço hídrico estão diretamente
relacionadas a alterações de eletrólitos, já comuns em pacientes internados em unidades
de terapia intensiva, e que podem levar a distúrbios que resultam em óbito(19).
Em relação ao item A do mnemônico, referente à avaliação e às ações realizadas
durante o turno, os profissionais citaram intervenções em 232 (53,70%) transferências,
dentre as quais se destacaram o preparo para exames e a instalação de dispositivos invasivos.
A avaliação do enfermeiro não foi citada em 333 (77,08%) observações, restringindo as
transferências somente à referência a fatores técnicos relacionados ao cuidado. Autores
correlacionam esse fato a uma provável menor compreensão do quadro clínico por parte
do receptor, devendo a transferência ser acompanhada por interpretações e julgamentos
por parte dos profissionais responsáveis pelo cuidado(10).
No campo de recomendações, os enfermeiros relatam sua impressão sobre o que
é importante para a continuidade da assistência, e o que é preciso ser feito em prol da
recuperação do paciente. Nesse item, também devem ser mencionadas informações sobre
resultados de exames que interfiram diretamente na assistência(7,11).
Em 296 (68,52%) transferências, os enfermeiros não fizeram referência a pendências na
assistência e ao agendamento de exames; e em 307 (71,06%) não fizeram recomendações
para o profissional que assumiria a assistência. Ressalta-se que a inclusão das recomendações
durante a transferência é crucial para a continuidade da assistência, para o planejamento
de alta e para a programação de novos exames(7).
Apesar da baixa referência a itens elencados como primordiais dentro da literatura,
sabe-se que, durante a transferência do cuidado, os enfermeiros se preocupam em
relatar a criticidade do caso e informações referentes aos riscos a que os pacientes estão
submetidos; sendo esses os profissionais mais atentos a questões que podem trazer riscos,

Aplicabilidade do método ISBAR em uma unidade de terapia intensiva adulto


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e mais proativos nessa análise após as transferências de cuidados(9).


A implementação do mnemônico influi diretamente nesse processo, tornando a
transferência mais clara e efetiva, refletindo diretamente na qualidade da assistência. Diante
dos resultados, observa-se que houve melhora na comunicação, visto que a utilização do
instrumento possibilitou uma uniformização na transmissão do cuidado entre as equipes
de enfermagem.
Verificou-se neste estudo que, após a implementação do método ISBAR na unidade
investigada, as informações transmitidas pelos enfermeiros ocorreram de forma consistente
e precisa. Ainda que os profissionais não tenham transmitido todas as informações
necessárias para o cuidado seguro, a utilização do instrumento por todos os enfermeiros
levou a um aumento da qualidade da transferência de cuidados, corroborando com outros
estudos(20-22), uma vez que a utilização de instrumentos padronizados possibilita um melhor
planejamento e desencadeamento de ações desenvolvidas pelas equipes de enfermagem
durante o seu turno de trabalho.
Entende-se como principal limitação desse estudo o curto intervalo de tempo de
observação. Acredita-se que a adesão da equipe aumente conforme se familiarize com a
nova proposta. Ainda, cita-se o fato de haver um paciente institucionalizado como um viés
de pesquisa, uma vez que suas transferências não seguiam a estruturação do instrumento
e podem ter sido responsáveis pela redução percentual de alguns itens referenciados nos
resultados.

CONCLUSÃO

Em atendimento ao objetivo, pôde-se perceber que envolver os enfermeiros na


construção do instrumento facilitou a implementação do ISBAR na unidade pesquisada. Foi
possível aproximá-los do método de transmissão de cuidados e reduzir as dúvidas sobre
cada item, assim como organizar as informações consideradas relevantes no instrumento
proposto, de acordo com o perfil dos pacientes.
Embora este estudo tenha mostrado falhas na transmissão de informações pelos
enfermeiros, conforme preconizado no instrumento elaborado, a uniformidade da
transferência de cuidados na unidade investigada mostrou-se como um ponto de partida
para a prevenção de incidentes e eventos adversos relacionados à comunicação entre as
equipes de enfermagem.

REFERÊNCIAS

1. Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP). Abril pela segurança do paciente. Comunicação
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Recebido: 18/12/2019
Finalizado: 16/07/2020

Autor Correspondente:
Luana Ferreira de Almeida
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
R. Ituverava, 314 - 22750-006 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
E-mail: luana.almeida3011@gmail.com

Contribuição dos autores:


Contribuições substanciais para a concepção ou desenho do estudo; ou a aquisição, análise ou interpretação de dados do
estudo - RMN, ALCM
Responsável por todos os aspectos do estudo, assegurando as questões de precisão ou integridade de qualquer parte do
estudo - RMA, LFA, VGP

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