Conceitos e Subdivisoes Da Biogeografia
Conceitos e Subdivisoes Da Biogeografia
Conceitos e Subdivisoes Da Biogeografia
a) Evolução
BRASIL
- Naturalistas Europeus-
. Viajantes - Saint Hillaire (1799 a 1853)
Spix (1781 a 1826)
Von Martius (1794 a 1868) – distribuição da
Vegetação Bras.
“Flora Brasiliensis” – 40 volumes.
Warming – Final do séc. XIX – estudos em Lagoa
Santa-MG.
Wettsein (1904)
- Sampaio (1929)
Fitogeografia do Brasil
- Maack (1950) – vegetação do estado do Paraná
- Mello Leitão (1945) – Zoogeografia do Brasil
- Escola Brasileira
. 1934 – Criação da Fac. de Filosofia da Universidade de São Paulo
. 1937 – Criação do Conselho Nacional de Geografia
. Botânicos – Rawistwher (1944)
Ferri ( Mário Guimarães) – pioneiro de trabalhos de Ecologia
no Brasil
. Conselho Nacional de Geografia
Trabalhos de: Santos (1953)
- Vegetação Geral do Brasil
Kuhlmann (1953)
Romariz (1953, 1955) – Aspectos Regionais
Dansereau(1948) – Níveis da Biogeografia
Waibel (1948) – Capítulos de Geografia Tropical
Hueck (1953) – Vegetação da Serra do Mar
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b) Campo
Estuda a Geobiocenose (sistema de interações – abióticos e bióticos)
numa visão horizontal, ou seja, a distribuição, a estrutura, a dinâmica
espacial que envolve os componentes abióticos e bióticos. E também pode-
se considerar em decorrência da intensificação da atividade humana na
superfície da Terra os problemas ambientais.
a) Seres Autótrofos
Auto = próprio
trophos = nutrir
b) Seres Heterótrofos
São os seres vivos incapazes de produzir seu próprio alimento
retirando-o do meio externo. Se alimentam de compostos orgânicos
existentes no meio ambiente, como outros organismos ou seus produtos.
São representados pelos animais, fungos e a grande maioria das bactérias.
Vê-se que as plantas são indispensáveis aos seres vivos que não são
capazes de sintetizar substâncias orgânicas, fornecendo direta ou
indiretamente todos os nutrientes de que necessitam.
Existe algumas espécies de seres heterótrofos que se alimentam de
matéria orgânica morta e de dejetos biológicos promovendo a reciclagem
da matéria no ambiente físico, fornecendo elementos minerais que vão
servir aos produtores. Estes seres, representados principalmente pelas
bactérias e fungos, são denominados decompositores, microconsumidores,
ou Saprófitos.
2. Componentes Abióticos
São os fatores físicos do meio, no caso, Geologia, Geomorfologia,
Pedologia, Hidrografia e Climatologia.
Neste contexto, existe uma cadeia trófica onde a maioria dos animais
utiliza como alimento várias outras espécies. Portanto, em um Ecossistema
- os Produtores são os autótrofos da comunidade. As Bactérias e Fungos,
heterótrofos que decompõem o material orgânico, são os Decompositores.
Todos os heterótrofos, predadores de plantas ou de outros animais, são os
Consumidores da comunidade. Assim, os Consumidores são subdivididos
em: os que se alimentam diretamente de vegetais, no caso, são os
Consumidores de Primeira-Ordem; os que são predadores dos
consumidores de primeira-ordem, que são os Consumidores de Segunda-
Ordem; os predadores dos consumidores de segunda-ordem são os
Consumidores de Terceira-Ordem e assim por diante.
Esta hierarquia dos consumidores é determinada principalmente pelo
tamanho do alimento. Geralmente um animal captura e come presas mais
fracas do que ele. Por outro lado, um predador geralmente não pode utilizar
animais muito pequenos como fonte de alimento. Gastará mais energia para
achá-lo e capturá-lo do que a que ele obtêm comendo-o.
Por outro lado, uma mesma espécie pode participar de várias cadeias
alimentares e ocupar diferentes níveis tróficos ao mesmo tempo. Ao
conjunto de Cadeias Alimentares que se entrelaçam denominamos Teia
Alimentar.
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2. Biosfera
2.1. Conceito
- Sistema integrado de organismos vivos e seus suportes, compreendendo o
envelope periférico do planeta Terra com a atmosfera circundante
estendendo-se para cima e para baixo até onde exista naturalmente qualquer
forma de vida. (GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA, 1987, p. 21).
- A união de todos os espaços onde há vida na Terra forma uma tênue
cobertura de processos vitais em interação: a biosfera(CONTI ; FURLAN,
1996:110).
- É o espaço terrestre onde se desenvolve a vida(TROPPMAIR, 1987:21).
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4. Especiação Geográfica
- Processo que diz respeito a origem das espécies.
As barreiras reprodutivas entre as espécies aparecem quando uma
população pequena torna-se geograficamente isolada da população original
durante longo intervalo de tempo. Assim, a seleção natural atuaria sobre
essas populações isoladas no decorrer de muitos milhares de gerações,
conduzindo assim a diferenças que poderiam impedir o intercruzamento e o
conseqüente fluxo de genes, na eventualidade de uma aproximação
posterior entre as duas populações consideradas. As barreiras que evitam o
intercruzamento entre espécies são denominadas mecanismos isoladores,
que por sua vez, podem ser de diversos tipos. O mais simples deles é a
separação geográfica- barreira geográfica(cadeia montanhosa e abertura de
oceanos).
4.1. Tipos de Barreiras
- Barreira Ecológicas – no caso de haver divergência no hábito
alimentar, ou então, mesmo dentro da área em comum em que
vivem, quando as espécies tem preferências por diferentes locais.
4.2.2.1. Simpatria
São espécies que vivem juntas, ou seja, a barreira originou 2 espécies, no
entanto, após a retirada da barreira, as duas passaram a viver juntas no
mesmo território. Mas, apresentam comportamento e nicho ecológico
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diferente. Assim, uma não atrapalha a outra pelo fato das necessidades de
ambas serem diferentes.
4.2.2.2. Parapatria
Após a retirada da barreira, as duas espécies passam a viver no mesmo
território, possuindo um limite natural determinado por elas. Não há
barreira geográfica, seria uma zona de transição.
4.2.2.3. Extinção
Após a retirada da barreira, as espécies entram em contato, mas mantendo
uma competição, utilizando as duas o mesmo nicho ecológico, tendo as
mesmas necessidades. Uma espécie elimina a outra ou emigra.
4.2.3.1. Fusão
Após a retirada da barreira, as espécies entram em contato, se
intercruzando, resultando em uma única espécie.
4.2.3.2. Subespécie
Após a retirada da barreira, as espécies entram em contato no mesmo
território, resultando em uma zona de contato entre elas, e em áreas que
uma espécie vive separada da outra.
5. Endemismo
Organismo ocorre em uma única área.
6. Cosmopolitismo
Organismos difundidos pelo mundo. É raro e só ocorre excepcionalmente.
Ex. Falcão-peregrino(Falco peregrinus).
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6.1.1.1. Luz
Constitui-se na fonte de energia para os seres produtores, que a
convertem em energia química armazenada em seus compostos orgânicos.
A quantidade de energia disponível em um ecossistema limita o número de
indivíduos que o interagem. Quanto ao crescimento das plantas em relação
a presença de luz tem-se a seguinte classificação:
a) Vegetais Heliófitos
São aqueles que crescem proporcionalmente ao aumento da luz. Precisam
de muita luz. Ex: Grama.
b) Vegetais Ciófitos
São aqueles que pouco crescem com a presença da luz, também chamados
de umbrófitos.
6.1.1.2. Temperatura
Ao lado da luz e da água, a temperatura é um dos mais importantes
fatores ecológicos que influi na distribuição de vegetais e animais na
superfície da Terra.
Assim, os limites de temperatura compatíveis com o
desenvolvimento de seres vivos situam-se, de maneira geral, entre -5º C e
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a) Animais Homeotermos
Possuem a temperatura do corpo constante. São os animais que conseguem
manter a temperatura do corpo constante em conseqüência de seus
processos metabólicos apesar das variações da temperatura do ambiente.
São chamados de sangue quente como os mamíferos e aves.
b) Animais Pecilotermos
Possuem a temperatura corporal variável. São animais que não conseguem
manter a temperatura constante. Ela desce ou sobe acompanhando as
flutuações do meio. Isto ocorre com os Invertebrados, com os Peixes,
Répteis e os Anfíbios.
6.1.1.3. Água
A água é a substância predominante nos seres vivos. Ela age como
veículo de assimilação e eliminação de muitas substâncias pelos
organismos, além de atuar no equilíbrio da temperatura corporal destes.
A umidade do ar representa a quantidade de água presente na
atmosfera na forma de vapor. Geralmente, em regiões quentes, a umidade
do ar é alta e, em regiões mais frias, o vapor de água atmosférico se
condensa precipitando-se na forma de chuva, diminuindo os teores da
umidade atmosférica.
Assim, os vegetais precisam de água que sob a forma de solução
nutritiva no solo, é absorvida pelas raízes e, sob forma de seiva, alcança as
folhas onde se realiza a fotossíntese. A necessidade de água varia entre as
espécies. Já os animais necessitam da água para sobreviver: água para
beber e um certo teor de umidade no ar. Deste modo, vegetais e animais
podem ser classificados conforme a exigência de água em:
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1. Hidrófitos
São os vegetais que vivem na água (da qual retiram as substâncias
nutritivas), podendo fixar-se no fundo do leito ou serem flutuantes. Os
animais aquáticos são chamados de Hidrófilos.
2. Higrófitos
Plantas que preferem locais muito úmidos. Apresentam folhas largas e
finas, desprovidos de mecanismos para redução da transpiração.
3. Higrófilos
São animais que necessitam de ambientes úmidos. Apresentam o corpo
desprotegidos contra a perda de água como anelídeos ( vermes, minhocas e
lesmas).
4. Xerófitos
São os vegetais que suportam longo período de seca, pois necessitam de
pouca água. O aspecto xerófitico manifesta-se na própria estrutura e
aparência das plantas que apresentam recursos para reduzir a transpiração
como redução da superfície foliar (folhas pequenas e espinhosas), cobertura
de cera ou pelos, ou película courácea com menos número de estômatos,
recursos fisiológicos para acumulação de água nas folhas, troncos e raízes.
5. Xerófilos
São os animais que precisam apenas de pequenas quantidades de água, pois
têm meios de defesa contra a seca como proteção por uma pele espessa ou
cutícula resistente. Ex: girafas e camelos.
1. Parasitismo
É quando um organismo vivo se alimenta de célula, tecido ou fluído de
outro ser vivo, chamado de hospedeiro, o qual comumente é prejudicado
por este processo. Ex: É comum entre vermes e insetos.
2. Saprofitismo
É quando os seres vivos se alimentam a partir de matéria orgânica em
decomposição. Ex: Bactéria e fungos.
3. Epifetismo
É quando as plantas utilizam outras apenas como suporte, sem prejudicá-
las.Ex: Plantas heliófitas que vivem no sub-bosque apoiando-se sobre
troncos e galhos da copa de indivíduos de grande porte e o caso das
orquídeas.
4. Simbiose
É quando ocorre uma associação de dois ou mais seres vivos com
beneficio mútuo.
5. Comensualismo
É quando uma espécie se benéfica de outra sem reflexos positivos ou
negativos para esta. As espécies ciófitas aproveitam da sombra projetada e
do microclima criado pelas espécies de maior porte.
6. Predação
É o processo de destruir de forma violenta outro ser vivo. Ocorre entre
os animais.Ex: lobos e jacarés em grupos e o gavião de forma individual.
7. Competição
É a luta contínua na biosfera para ocupar o espaço vital que se
caracteriza pela luz, pela sombra, pela umidade e por outras condições
ambientais necessárias á sobrevivência das diferentes espécies vegetais e
animais.
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3.1. Conceito
- É o ciclo dos elementos químicos entre o meio biótico e o meio
abiótico geofísico.
- Bio = porque os organismos vivos interagem no processo de síntese
orgânica e decomposição dos elementos; Geo = porque o meio terrestre é a
fonte dos elementos e Químicos porque são ciclos de elementos químicos.
Se distingue três tipos de ciclos biogeoquímicos:
3.2. Os Ciclos
3.2.1. Ciclo Hidrológico ou da Água
A água é a substância mais abundante na biosfera, sendo encontrada
nos estados sólido, líquido e gasoso. O volume total de água em seus três
estados físicos é estimado em aproximadamente 1,5 bilhão de quilômetros
cúbicos.
Assim, é o principal componente dos organismos vivos. Seu
percentual no peso dos seres varia entre 70 e 90, sendo mais abundante em
tecidos jovens do que nos idosos. A água pode ser consumida pelos seres
por diversos meios, seja ingerindo-a diretamente, seja utilizando a água
contida nos alimentos ou ainda pela penetração por meio da pele. A perda
de água, por sua vez, dá-se basicamente por evapotranspiração, respiração,
excreções urinárias e dejeções.
A água presente nos corpos hídricos como mares, rios e lagos e na
superfície dos solos sofre um processo de evaporação pela ação da radiação
solar, passando à atmosfera sob a forma de vapor. Este, sofrendo
resfriamento, condensa-se na forma de nuvens. A água é então devolvida à
superfície terrestre na forma de chuvas, neblina, neve ou granizo.
No solo, a água pode infiltrar-se pelos poros do terreno, onde, além
de abastecer o lençol freático, fica disponível para as plantas. A água de
precipitação pode escoar sobre a superfície do solo, abastecendo os corpos
hídricos. Parte desta água pode também evaporar na superfície do solo.
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Glaciações Interglaciais
Atual
Último Interglaciar_______________________Holoceno
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4. Wurm
1. Gunz
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1. O ecossistema não tem nem escala nem suporte espacial bem definido.
Pode ser o oceano, mas também pode ser o pântano com rãs. Não é,
portanto um conceito geográfico.(STODDART, 1974).