Método de Newton
Método de Newton
Método de Newton
11 de Março de 2024
Método de Newton
onde a função A(x) deve ser escolhida de tal forma que A(x) 6= 0;
Vimos pelo Teorema 3.4 (dado na aula anterior) que temos garantia
de convergência se max |ψ 0 (x)| < 1 para x ∈ I . Assim se escolhermos
A(x) tal que ψ 0 (x) = 0, teremos que para x ∈ I , (I suficientemente
pequeno), max |ψ 0 (x)| < 1, garantindo então a convergência do
método;
pois f 0 (x) 6= 0;
Considerando ψ 0 (x) = 0 tem-se da equação (3) torna-se
1
A(x) = − 6= 0, (4)
f 0 (x)
Considerando
1
A(x) = − (5)
f 0 (x)
obtem-se
f (x)
ψ(x) = x − . (6)
f 0 (x)
Assim e o processo iterativo definido por
f (xk )
xk+1 = xk − (7)
f 0 (xk )
f (xk ) f (xk )
f 0 (xk ) = tan(α) = ⇒ f 0 (xk ) = (8)
xk − xk+1 xk − xk+1
f (xk ) f (xk )
⇒ xk − xk+1 = ⇒ xk+1 = xk − 0 (9)
f 0 (xk ) f (xk )
Devido à sua interpretação geométrica o Método de Newton é
também chamado de Método das Tangentes.
Exemplo
Determinar, usando o método de Newton, a menor raiz positiva da
equação:
4 cos(x) − exp(x) = 0 (10)
com erro inferior a 10−2 (ou quatro iterações).
Teorema 3.6:
Se f , f 0 , f 00 são contínuas em I cujo centro x é uma raiz de f (x) e se
f 0 (x) 6= 0 então a ordem de convergência do Método de Newton é
quadrática, ou seja, p = 2.
Observações:
A vantagem do método de Newton é que sua convergência é
quadrática;
A desvantagem do método de Newton está no fato de termos que
calcular a derivada da função e em cada iteração calcular o seu valor
numérico, o que pode ser muito caro computacionalmente;
Além disso a função pode ser não diferenciável em alguns pontos do
domínio;
−f (x0 , y0 ) fy (x0 , y0 )
−g (x0 , y0 ) gy (x0 , y0 )
x1 − x0 =
fx (x0 , y0 ) fy (x0 , y0 )
gx (x0 , y0 ) gy (x0 , y0 )
−f (x0 , y0 )gy (x0 , y0 ) + fy (x0 , y0 )g (x0 , y0 )
=
fx (x0 , y0 )gy (x0 , y0 ) − fy (x0 , y0 )gx (x0 , y0 )
−fgy + fy g −fgy + fy g
= = (13)
fx gy − fy gx (x0 ,y0 ) J(f , g ) (x0 ,y0 )
e
−fx (x0 , y0 ) −f (x0 , y0 )
−gx (x0 , y0 ) −g (x0 , y0 )
y1 − y0 =
fx (x0 , y0 ) fy (x0 , y0 )
gx (x0 , y0 ) gy (x0 , y0 )
−fx (x0 , y0 )g (x0 , y0 ) + f (x0 , y0 )gx (x0 , y0 )
=
fx (x0 , y0 )gy (x0 , y0 ) − fy (x0 , y0 )gx (x0 , y0 )
−fx g + fgx −fx g + fgx
= = (14)
fx gy − fy gx (x0 ,y0 ) J(f , g ) (x0 ,y0 )
com J(f , g ) = fx gy − fy gx ;
Observações:
Quando essa iteração converge, a convergência é quadrática;
O método de Newton converge sob as seguintes condições suficientes:
a) f , g e suas derivadas parciais até segunda ordem sejam contínuas e
limitadas numa vizinhança V contendo (x, y );
b) O Jacobiano J(f , g ) não se anula em V ;
c) A aproximação inicial (x0 , y0 ) seja escolhida suficientemente próxima da
raiz (x, y );
O método de Newton pode ser aplicado a um sistema de n equações a
n incógnitas. Em cada etapa da iteração teremos que calcular n2
funções derivadas parciais e n funções (computacionalmente caro);
A menos que seja disponível uma informação, a priori, a respeito da
localização da raiz desejada, há a possibilidade da iteração não
convergir ou que ela convirja para uma outra raiz;
Exemplo
Determinar uma raiz do sistema:
(
x2 + y2 = 2
(16)
x2 − y2 = 1
com erro inferior a 10−3 (ou quatro iterações) usando o método de Newton.