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Actividade 3.

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Jacob Francisco Cuamba

Jeronimo Beleque
Onésio Agostinho Cambula

EDUCAÇÃO ESPECIAL
Licenciatura em Ensino de Física (EaD)-2º Ano

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo 29 de Agosto de 2024

Jacob Francisco Cuamba


Jeronimo Beleque
Onésio Agostinho Cambula
Actividade 3

1. O que é Educação Especial?

R: A Educação Especial é definida como uma modalidade da educação escolar destinada a atender
alunos que possuem necessidades educacionais especiais. Esses alunos necessitam de abordagens,
recursos e estratégias pedagógicas específicas para garantir seu aprendizado e desenvolvimento pleno.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), a Educação Especial deve
ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, mas pode ser aplicada em qualquer nível
educacional, desde a educação infantil até o ensino superior.

2. Quem são os alunos considerados “educandos com necessidades educacionais especiais” e


quais são suas características?

R: Podemos considerar, portanto, que o aluno com necessidades educacionais especiais é aquele que
apresenta necessidades próprias específicas e diferentes dos demais alunos, no que diz respeito ao
domínio das aprendizagens curriculares, demandando recursos pedagógicos e metodológicos
educacionais específi cos.

As características desses alunos variam de acordo com a natureza de suas necessidades:

Deficiências mentais: alunos com limitações significativas no funcionamento intelectual e na


capacidade de realizar atividades cotidianas, como aprendizado, comunicação e habilidades sociais.

Deficiências físico-motoras: incluem aqueles com limitações decorrentes de condições como paralisia
cerebral, amputações ou outras condições que afectem a mobilidade e o controle motor.

Deficiências sensoriais (auditiva e visual): afectam a capacidade de ouvir ou enxergar, exigindo


adaptações como o uso de Braille, Libras (Língua Brasileira de Sinais), ou de tecnologias assistivas.

Deficiência múltipla: combina mais de um tipo de deficiência, como, por exemplo, surdocegueira ou
deficiência física com deficiência intelectual.

Transtornos de conduta e autismo: alunos com padrões comportamentais diferenciados, como o


transtorno do espectro autista, que podem apresentar dificuldades na comunicação, na socialização e no
aprendizado.
Altas habilidades/superdotação: educandos que apresentam grande facilidade de aprendizado,
capacidade de resolver problemas complexos, dominar rapidamente conceitos e que, por isso, precisam
de desafios suplementares e enriquecimento curricular para que possam desenvolver seu potencial.

3. Qual a diferença entre o modelo médico e o modelo pedagógico ou educacional?

R: A diferença entre o modelo médico e o modelo pedagógico ou educacional está na maneira como
cada um interpreta e aborda as necessidades dos alunos com deficiência:

Modelo Médico: Este modelo é centrado na patologia ou deficiência da criança. Ele vê a deficiência
como um problema individual, onde a criança precisa se adaptar ao ambiente e superar suas dificuldades
por conta própria. A responsabilidade de se ajustar à sociedade recai principalmente sobre a criança,
como se a deficiência fosse uma falha pessoal.

Modelo Pedagógico/Educacional: Ao contrário, o modelo pedagógico é centrado na pessoa, focando


nas suas possibilidades e potencialidades. Este modelo não vê a deficiência como um problema a ser
superado pela criança sozinha, mas como uma condição que requer que o ambiente educacional se
adapte às suas necessidades. O foco está em criar estratégias educacionais que promovam o
desenvolvimento e a integração do aluno na sociedade, respeitando suas capacidades e contribuindo para
a normalização das ofertas educativas

4. O que você entende por serviço de apoio pedagógico especializado?

R: O serviço de apoio pedagógico especializado é um conjunto de ações e serviços oferecidos dentro do


ambiente escolar comum, com o objetivo de complementar e/ou suplementar o processo de ensino-
aprendizagem dos alunos com NEE. Esses serviços são prestados por profissionais especializados, como
professores de educação especial e terapeutas, e são desenvolvidos em salas de recursos ou diretamente
nas classes regulares, dependendo das necessidades de cada aluno.

Este serviço inclui o uso de materiais didáticos adaptados, como livros em Braille para alunos cegos
ou com baixa visão, bem como recursos tecnológicos, como computadores com software de
acessibilidade ou equipamentos que ampliem a visão dos alunos com dificuldades visuais. O objetivo do
apoio pedagógico especializado é permitir que os alunos com NEE possam participar activamente das
actividades curriculares, sem que suas limitações impeçam seu progresso educacional.
Além disso, o apoio pedagógico pode incluir atendimentos individualizados, adaptações metodológicas
e uso de linguagens alternativas de comunicação, como a Libras, garantindo a plena participação dos
educandos no ambiente escolar comum.

5. O que significa Enfoque Sistêmico?

O Enfoque Sistêmico na Educação Especial representa uma abordagem integrada que reconhece a
interdependência entre a educação especial e outros sectores da sociedade, como saúde, assistência
social e trabalho. Este enfoque entende que a Educação Especial não pode ser considerada de forma
isolada; ela deve estar articulada com todas as esferas da sociedade para atender às necessidades dos
alunos de maneira holística e eficiente. A ideia é que a Educação Especial, ao invés de ser uma prática
segregada, deve estar plenamente integrada ao sistema educacional e aos demais serviços sociais. Isso
significa que a educação de alunos com necessidades especiais deve ser coordenada com serviços de
saúde, assistência social, e até mesmo programas de trabalho, para garantir que todas as necessidades
desses alunos sejam atendidas de forma integrada. Assim, o enfoque sistêmico propõe uma educação
que não se diferencia da educação regular em termos filosóficos, mas sim nas metodologias e estratégias
de ação, que são adaptadas para atender a um público diverso com diferentes necessidades.

6. Qual a diferença entre integração e inclusão? Em casos extraordinários onde deverão ser
atendidos os alunos com necessidades educacionais especiais.

R: Integração e inclusão são conceitos relacionados, mas com diferenças fundamentais no contexto
educacional:

Integração: Refere-se ao processo em que os alunos com necessidades educacionais especiais são
inseridos no ambiente escolar regular, porém, sem que a escola realize adaptações significativas para
atender às suas necessidades. Na integração, a expectativa é que o aluno se adapte ao ambiente escolar
existente. Na prática, isso muitas vezes reforça a segregação, pois os alunos que não conseguem
acompanhar o currículo regular são excluídos ou não recebem o suporte necessário.

Inclusão: É um conceito mais amplo e transformador. Na inclusão, a escola adapta-se para atender a
todos os alunos, independentemente de suas necessidades ou capacidades. A inclusão promove a
igualdade de oportunidades, garantindo que todos os alunos sejam educados juntos em um ambiente que
respeita e valoriza a diversidade. Na inclusão, a escola modifica suas práticas pedagógicas, currículos, e
até mesmo sua infraestrutura para acolher todos os alunos, promovendo a aprendizagem conjunta de
alunos com e sem deficiência.

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