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O rei inglês Henrique VIII ficou famoso não pelo simples fato de ser um rei,

mas pelos seus polêmicos casamentos em busca do tão sonhado herdeiro.


Nascido em 28 de junho de 1491, foi o sexto filho de Henrique VII e
Elizabeth de Iorque. O segundo monarca da dinastia Tudor exerceu amplo
poder político, dentre as principais medidas de seu governo, destacaram-se a
ruptura com a Igreja Católica e a criação de uma nova religião, o Anglicanismo.

O início da polêmica com o catolicismo veio em seu primeiro casamento com


a espanhola Catarina de Aragão. O rei inglês queria um menino para ser o seu
sucessor ao trono, entretanto, sua primeira esposa deu à luz uma menina cujo
nome era Mary. Isso levou o rei inglês a procurar uma nova esposa para casar-
se novamente e conseguir seu objetivo que era um herdeiro. Todavia, para que
Henrique pudesse divorciar-se, ele teria que obter a autorização do papa
Clemente VII. Este momento ficou conhecido por “Questão real”.

O principal motivo, dizem os historiadores, para o papa não ter permitido o


divórcio do rei foi o fato de Catarina ser tia do imperador Carlos V, que apoiava
a Igreja no combate aos luteranos. Mesmo não obtendo a permissão do papa,
Henrique VIII tomou uma iniciativa e, em 1534, o parlamento proclamou o ato
de supremacia em que o rei inglês criou sob seu poder a religião
anglicana. Feito isso, Henrique VIII conseguiu o divórcio e casou-se com Ana
Bolena, com a qual esperava ter o herdeiro. Porém, ela, assim como a primeira
esposa, deu-lhe uma filha que teve por nome Elizabeth. Como não havia
conseguido ainda ter um menino, Henrique VIII, na busca pelo seu objetivo,
acusou Ana de adultério e ela acabou sendo morta por essa acusação, dando
oportunidade a Henrique de casar-se novamente. Desse modo, o rei casou-se
com Jane Seymour, que mesmo morrendo após o parto, gerou Edward I, o tão
esperado filho e sucessor ao trono.

Quando Elizabeth completou 13 anos de idade, Henrique VIII morreu e como


era de se esperar, o seu filho, Edward I, assumiu o trono com apenas nove anos
de idade. Todavia, a saúde do novo rei era vulnerável e, em 1553, ele morreu
de tuberculose. Nesse caso, a sucessora por direito era Mary, a primeira filha
de Henrique com Catarina. Assumindo o trono em meio a polêmicas por ser
católica, Mary casou-se com Felipe II, rei da Espanha, em 1554, e mandou
perseguir e queimar na fogueira as pessoas que eram contra o seu governo.

Vários países da Europa enfrentaram verdadeiras crises em relação às reformas


religiosas que se espalhavam pelo velho continente, entre elas, podemos
destacar o Luteranismo, na Alemanha, e o Calvinismo, na Suíça. Em meio a
esse cenário de luta entre católicos e reformistas, a atual rainha inglesa
suspeitava que sua irmã, Elizabeth, estava incentivando revoltas contra seu
governo e, por isso, deu ordem para prendê-la na torre de Londres. Porém, Mary
morreu em 1558 e o direito ao trono ficou com Elizabeth. Surpreendendo em
seu governo, a nova rainha adotou medidas para melhorar a economia inglesa e
também de impedir possíveis invasões de países inimigos.

Dentre as importantes características de governo de Elizabeth, destacaram-se


os investimentos na indústria inglesa, a expansão econômica através da
Companhia das Índias e o desenvolvimento no campo das Artes e da Literatura,
como as publicações dos romances de alguns autores, entre eles, William
Shakespeare, Edmund Spenser e Christopher Marlowe. Com essas atitudes, a
rainha inglesa inaugurou um momento áureo para a sua nação.

Além disso, o reinado da rainha Elizabeth (1533 – 1603) destacou-se pelo apoio
que recebeu de seus súditos e por complementar a obra reformista de seu pai,
Henrique VIII, exigindo que o Anglicanismo fosse tomado novamente com a
religião oficial da Inglaterra, já que sua antecessora havia colocado o
catolicismo como principal religião. Além disso, ela tomou medidas
pragmáticas tentando assimilar características também do calvinismo para não
dividir o reino por questões de crença, estabeleceu acordos para evitar possíveis
conflitos e deu voz aos católicos no parlamento para que não houvesse uma
guerra civil. Mesmo assim, ocorreram confrontos religiosos com os católicos,
como o de 1569, que foi violentamente punido. A rainha Elizabeth, além de
enfrentar uma delicada relação com a Igreja Católica, teve um duro confronto
imposto pelo rei espanhol Felipe II, que acabou perdendo a guerra. O conflito
ficou conhecido pelo governo inglês como “castigo protestante” aos espanhóis.

Conhecida também por ser a rainha virgem, Elizabeth, que nunca se casou nem
deixou herdeiros, permaneceu no poder até sua morte em 1603, encerrando a
dinastia Tudor. No período de seu governo, a Igreja Católica adotou uma série
de medidas contrarreformistas, como o Concílio de Trento elaborado pelo papa
Paulo III. Essas medidas católicas eram uma maneira de combater o avanço de
religiões como o Calvinismo e o Anglicanismo.

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