RESOLUÇÃO CFN 656

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RESOLUÇÃO CFN Nº 656, DE 15 DE JUNHO DE 2020

Alterada pela Resolução CFN nº 731/2022

Dispõe sobre a prescrição


dietética,
pelo nutricionista, de
suplementos alimentares e
dá outras providências.

O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), no exercício das


competências previstas na Lei n° 6.583, de 20 de outubro de
1978, no Decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980, e no
Regimento Interno aprovado pela Resolução CFN n° 621, de 18
de fevereiro de 2019, nos termos em que deliberado na 358ª
Reunião Plenária do CFN por Videoconferência, realizada às 14h
do dia 23 de abril de 2020, e na 365ª Reunião Plenária do CFN
por Videoconferência, realizada às 15h do dia 5 de junho de
2020,

Considerando:

- a atualização do marco regulatório dos suplementos


alimentares pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), constituída por seis normas, a saber, Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) nos 239, 240, 241, 242 e 243 e
Instrução Normativa (IN) n° 28, todas de 26 de julho de 2018;

- a necessidade de alinhamento de terminologia ao novo


marco regulatório da Anvisa que adotou a denominação
suplementos alimentares para enquadrar seis categorias de
alimentos e uma de medicamento, apresentadas a seguir: (1)
suplementos de vitaminas e minerais; (2) substâncias
bioativas e probióticos; (3) novos alimentos e novos
ingredientes; (4) alimentos com alegações de propriedades
funcionais e de saúde; (5) suplementos para atletas; (6)
complementos alimentares para gestantes e nutrizes; e (7)
medicamentos específicos sem prescrição médica;
- que o marco normativo atual da Anvisa está em consonância
com o contexto internacional;

- a Lei n° 8.234, de 17 de setembro de 1991, que regulamenta


a profissão de nutricionista, a qual estabelece, em seu artigo
4º, inciso VII, a "prescrição de suplementos nutricionais,
necessários à complementação da dieta";

- a Resolução CNE/CES nº 5, de 7 de novembro de 2001, que


institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Nutrição, no artigo 5º, inciso VII, que atribui
competência ao nutricionista para "avaliar, diagnosticar e
acompanhar o estado nutricional; planejar, prescrever,
analisar, supervisionar e avaliar dietas e suplementos
dietéticos para indivíduos sadios e enfermos";

- que a Resolução CFN nº 600, de 25 de fevereiro de 2018,


que "dispõe sobre a definição das áreas de atuação do
nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos
mínimos de referência, por área de atuação, para a
efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras
providências", define como atividade complementar do
nutricionista a prescrição de suplementos alimentares, quando
necessário, em conformidade com a legislação vigente;

- as características ambientais únicas de cada região, como


solo, luz solar, temperatura, umidade e pressão atmosférica,
além do uso de práticas agronômicas específicas, condições
de transporte e armazenamento, entre outras, que podem
alterar a concentração e a composição de nutrientes nos
alimentos;

- que o indivíduo pode apresentar particularidades fisiológicas


e genéticas com possível alteração nos processos de
digestão, absorção, transformação e utilização dos nutrientes;

- que os suplementos alimentares se diferenciam dos


Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) à base de
vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas
isolados ou associados entre si, com a mesma base, apenas
pela finalidade de uso. Os primeiros objetivam suplementar a
alimentação de indivíduos saudáveis, enquanto os MIPs têm
finalidade terapêutica ou medicamentosa comprovada, sendo
isentos de prescrição se atenderem ao disposto na RDC
Anvisa n° 98, de 1° de agosto de 2016, e aprovados pela
Anvisa para comercialização como MIP;

- que, se o produto apresentar derivado vegetal, mesmo se


comercializado como suplemento alimentar ou alimento, o
nutricionista deve respeitar a legislação vigente da área de
fitoterapia, com exceção de drogas vegetais e óleos fixos, em
formas farmacêuticas, que podem ser classificados como
alimentos, novos alimentos e ingredientes, e suplementos
alimentares; (revogada pela Resolução CFN nº 731/2022)

- as Ingestões Dietéticas de Referência (DRI, do inglês


Dietary Reference Intakes), publicadas pelo Institute of
Medicine (IOM), Food and Nutrition Board (FNB), definiram
quatro categorias de valores de referência para ingestão de
macronutrientes, fibras alimentares, vitaminas e minerais:
Necessidade Média Estimada (EAR, do inglês Estimated
Average Requirement); Recomendação de Ingestão
Adequada (RDA, do inglês Recommended Dietary
Allowance); Ingestão Adequada (AI, do inglês Adequate
Intake); e Nível Superior Tolerável de Ingestão (UL, do inglês
Tolerable Upper Intake Levels);

- que é dever do nutricionista utilizar os recursos disponíveis,


cientificamente comprovados, de diagnóstico e tratamento
nutricionais a seu alcance, em favor dos indivíduos e da
coletividade sob sua responsabilidade profissional;

- que é de responsabilidade do nutricionista analisar, com


rigor técnico-científico, qualquer tipo de prática ou pesquisa; e

- que a prescrição dietética de suplementos alimentares,


quando indispensável para suprir necessidades nutricionais
específicas, deve ter caráter de complementação e/ou
suplementação do plano alimentar e não de substituição
da alimentação saudável e equilibrada,

RESOLVE:

Art. 1º Esta Resolução regulamenta a prescrição dietética de


suplementos alimentares pelo nutricionista.
§ 1° A prescrição dietética de suplementos alimentares pelo
nutricionista inclui nutrientes, substâncias bioativas, enzimas,
prebióticos, probióticos, produtos apícolas, como mel,
própolis, geleia real e pólen, novos alimentos e novos
ingredientes e outros autorizados pela Anvisa para
comercialização, isolados ou combinados, bem como
medicamentos isentos de prescrição à base de vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas isolados ou
associados entre si.

§ 1° A prescrição dietética de suplementos alimentares pelo


nutricionista inclui nutrientes (vitaminas, minerais, lipídios,
ácidos graxos, carboidratos, fibras alimentares, proteínas,
aminoácidos e precursores e metabólitos de aminoácidos,
isolados ou associados entre si), substâncias bioativas,
enzimas, prebióticos, probióticos, produtos apícolas, como
mel, própolis, geleia real e pólen, novos alimentos e novos
ingredientes e outros autorizados pela Anvisa para
comercialização, isolados ou combinados, bem como
medicamentos isentos de prescrição à base de vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas isolados ou
associados entre si. (nova redação dada pela Resolução CFN
nº 731/2022)

§ 2° O nutricionista poderá prescrever produtos


acabados/industrializados ou seus equivalentes manipulados
e outros produtos não acabados passíveis de manipulação,
isentos de prescrição médica e contemplados nesta
Resolução.

§ 3° Entende-se como suplemento alimentar o produto para


administração exclusiva pelas vias oral e enteral, incluídas
mucosa, sublingual e sondas enterais e excluída a via
anorretal, apresentado em formas farmacêuticas, destinado a
suplementar a alimentação de indivíduos.

Art. 2º Esta Resolução tem como fundamentação legal os


seguintes atos normativos e suas atualizações, legislação mínima
de referência para a prescrição dietética de suplementos
alimentares pelo nutricionista:

I. RDC Anvisa n° 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe


sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias;
II. RDC Anvisa n° 24, de 14 de junho de 2011, que dispõe
sobre o registro de medicamentos específicos, alterada pela
RDC n° 242/2018 no § 3° do art. 3°, no inciso XII, do artigo 5°,
no art. 6° e revogada parcialmente nos incisos XI e XIV do art.
4°, o parágrafo único do art. 6°, os §§ 1° e 2° do art. 31 e os
incisos I e III do art. 33;

III. RDC Anvisa n° 98, de 1º de agosto de 2016, que dispõe


sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de
medicamentos como isentos de prescrição e o
reenquadramento como medicamentos sob prescrição, e dá
outras providências;

IV. RDC Anvisa n° 107, de 5 de setembro de 2016, que altera


a RDC nº 199, de 26 de outubro de 2006, que dispõe sobre os
medicamentos de notificação simplificada,
alterada parcialmente pela RDC n° 242/2018 nos itens ácido
fólico, carbonato de cálcio + colecalciferol e sulfato ferroso;

V. IN Anvisa n° 11, de 29 de setembro de 2016, que


dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de prescrição,
revogada parcialmente pela RDC n° 242/2018 no texto do
anexo - lista de medicamentos isentos de prescrição, grupos
terapêuticos: aminoácidos, vitaminas, minerais e tônicos orais;

VI. RDC Anvisa nº 239, de 26 de julho de 2018, que


estabelece os aditivos alimentares e coadjuvantes de
tecnologia autorizados para uso em suplementos alimentares;

VII. RDC Anvisa nº 240, de 26 de julho de 2018, que altera a


Resolução - RDC nº 27, de 6 de agosto de 2010, que dispõe
sobre as categorias de alimentos e embalagens isentos e com
obrigatoriedade de registro sanitário;

VIII. RDC Anvisa nº 241, de 26 de julho de 2018, que dispõe


sobre os requisitos para comprovação da segurança e dos
benefícios à saúde dos probióticos para uso em alimentos;

IX. RDC Anvisa n° 242, de 26 de julho de 2018, que altera a


Resolução – RDC nº 24, de 14 de junho de 2011, a Resolução
- RDC n° 107, de 5 de setembro de 2016, a Instrução
Normativa - IN n° 11, de 29 de setembro de 2016 e a
Resolução - RDC n° 71, de 22 de dezembro de 2009, e
regulamenta o registro de vitaminas, minerais, aminoácidos e
proteínas de uso oral, classificados como medicamentos
específicos;

X. RDC Anvisa nº 243, de 26 de julho de 2018, que dispõe


sobre os requisitos sanitários dos suplementos alimentares;

XI. IN Anvisa nº 28, de 26 de julho de 2018, que estabelece as


listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de
rotulagem complementar dos suplementos alimentares.

XI. IN Anvisa nº 28, de 26 de julho de 2018, que estabelece as


listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de
rotulagem complementar dos suplementos alimentares; (nova
redação dada pela Resolução CFN nº 731/2022)

XII. IN Anvisa nº 76, de 5 de novembro de 2020, que dispõe


sobre a atualização das listas de constituintes, de limites de
uso, de alegações e de rotulagem complementar dos
suplementos alimentares; e (incluída pela Resolução CFN nº
731/2022)

XIII. IN Anvisa n° 102, de 15 de outubro de 2021, que altera a


Instrução Normativa nº 28, de 26 de julho de 2018, que
estabelece as listas de constituintes, de limites de uso, de
alegações e de rotulagem complementar dos suplementos
alimentares. (incluída pela Resolução CFN nº 731/2022)

Art. 3º Na prescrição dietética de suplementos alimentares, o


nutricionista deve:

I. considerar o indivíduo na sua integralidade,


respeitando suas condições clínicas, biopsicossociais,
socioeconômicas, culturais e religiosas;

II. realizar triagem e avaliação nutricional


sistematizadas, envolvendo critérios objetivos e/ou
subjetivos que permitam a identificação de deficiência
ou de riscos nutricionais;

III. considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos


demais membros da equipe multidisciplinar, definindo
com estes, sempre que pertinente, a conduta a ser
instituída;
IV. considerar que a prescrição dietética de
suplementos alimentares não pode ser realizada de
forma isolada, devendo fazer parte da adequação do
consumo alimentar e ser avaliada sistematicamente;

V. considerar os nutrientes e não nutrientes que possam


contribuir para a redução do risco e para o tratamento
de doenças relacionadas à nutrição;

VI. considerar as possíveis interações entre nutrientes,


não nutrientes, fármacos e plantas medicinais, bem
como reações adversas potenciais, toxicidade e
contraindicações;

VII. respeitar os limites de UL para nutrientes e, em


casos não contemplados, considerar critérios de
eficácia e segurança com alto grau de evidências
científicas;

VII. respeitar os limites de UL e, em casos não


contemplados, considerar critérios de eficácia e
segurança com alto grau de evidências
científicas; (nova redação dada pela Resolução CFN nº
731/2022)

VIII. respeitar as listas de constituintes autorizados para


uso em suplementos alimentares, prevista nos anexos I
e II da IN Anvisa n° 28/2018 e suas atualizações, e os
insumos autorizados pela Anvisa, para comercialização,
disponíveis nas farmácias de manipulação;

IX. na prescrição de enzimas, indicar a atividade


enzimática em Unidades (U)i, e na de probiótico, em
Unidades Formadoras de Colônias (UFC);

X. considerar a biodisponibilidade e segurança na


prescrição de substâncias que podem ser encontradas
em diferentes formas químicas;

XI. registrar em receituário: nome do


paciente/cliente/usuário; via, composição e posologia
dos suplementos alimentares; data de prescrição;
assinatura, carimbo do profissional com nome e número
de seu registro no Conselho e respectiva jurisdição,
telefone e endereço completo ou outro meio de contato
profissional; e

XII. registrar, em prontuário dos


clientes/pacientes/usuários, via de administração,
composição e posologia dos suplementos alimentares
prescritos, mantendo-o arquivado pelo tempo
determinado em normativa.

XII. registrar, em prontuário dos


clientes/pacientes/usuários, via de administração,
composição, posologia e justificativa de uso dos
suplementos alimentares prescritos, mantendo-o
arquivado pelo tempo determinado em normativa. (nova
redação dada pela Resolução CFN nº 731/2022)

Parágrafo único. Na identificação de efeitos colaterais,


efeitos adversos, intoxicações, voluntárias ou não,
observadas ou relatadas pelos clientes/pacientes/usuários, o
nutricionista deverá registrar no prontuário e, quando
pertinente, notificar os órgãos sanitários competentes, assim
como o laboratório industrial ou a farmácia de manipulação.

Parágrafo único-A. O receituário a que se refere o inciso XI


pode ser entregue pessoalmente ou enviado eletronicamente
(digitalizado ou com assinatura digital certificada) ao
cliente/paciente/usuário, com confirmação de recebimento, no
momento da consulta ou posteriormente. (incluída pela
Resolução CFN nº 731/2022)

Art. 4º A prescrição de suplementos alimentares, objeto desta


Resolução, exige pleno conhecimento do assunto, cabendo ao
nutricionista responsabilidades ética, civil e criminal quanto aos
efeitos na saúde dos clientes/pacientes/usuários, a fim de evitar
imperícia, imprudência ou negligência nos termos do Código de
Ética e Conduta do Nutricionista, Resolução CFN nº 599, de 25
de fevereiro de 2018, e suas atualizações.

Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,


revogando-se a:

I. Resolução CFN nº 390, de 27 de outubro de 2006; e

II. Recomendação CFN nº 004, de 21 de fevereiro de 2016.


RITA DE CÁSSIA FERREIRA ELISABETH CHIARI RIOS
FRUMENTO NETO
Presidente do CFN Secretária do CFN
CRN-5/1887 CRN-9/6059

ANEXO
GLOSSÁRIO

I. Alimento com alegação de propriedade de saúde: Alegação de


propriedade de saúde é aquela que afirma, sugere ou implica a
existência de relação entre o alimento ou o ingrediente com
doença ou condição relacionada à saúde (RDC Anvisa nº
18/1999).

II. Alimento com alegação de propriedade funcional: Alegação de


propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou
fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento,
no desenvolvimento, na manutenção e em outras funções
normais do organismo humano (RDC Anvisa nº 18/1999).

III. Derivado vegetal: Produto da extração da planta medicinal


fresca ou da droga vegetal, que contenha as substâncias
responsáveis pela ação terapêutica, podendo ocorrer na forma de
extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros (RDC Anvisa nº
26/2014).

IV. Droga vegetal: Planta medicinal, ou suas partes, que


contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica,
após processos de coleta/colheita, estabilização, quando
aplicável, e secagem, podendo estar nas formas íntegra,
rasurada, triturada ou pulverizada (RDC Anvisa nº 26/2014).
Plantas inteiras ou suas partes, geralmente secas, não
processadas, podendo estar íntegras ou fragmentadas. Também
se incluem exsudatos, tais como gomas, resinas, mucilagens,
látex e ceras, que não foram submetidos a tratamento específico
(RDC Anvisa nº 298/2019).

V. Forma farmacêutica: Estado final de apresentação que os


princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou mais
operações farmacêuticas executadas com ou sem a adição de
excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua utilização e obter
o efeito terapêutico desejado, com características apropriadas a
uma determinada via de administração (Resolução CFN nº
525/2013).
VI. Insumo: Matéria-prima empregada na manipulação de
preparações magistrais e oficinais (adaptado da RDC Anvisa nº
67/2007).

VII. Medicamento Isento de Prescrição (MIP) à base de vitaminas


e/ou minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas: Vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas isolados ou associados
entre si, para uso oral, comercializados como medicamentos
isentos de prescrição, com indicações terapêuticas bem
estabelecidas e diferentes das alegações estabelecidas para
suplementos alimentares (adaptado da RDC Anvisa nº 242/2018).

VIII. Novos Alimentos e Novos Ingredientes: Alimentos ou


substâncias sem histórico de consumo no país, ou alimentos com
substâncias já consumidas e que venham a ser adicionadas ou
utilizadas em quantidades muito superiores às atualmente
observadas nos alimentos utilizados na dieta habitual (adaptado
da RDC Anvisa nº 16/1999).

IX. Óleo fixo: Óleo não volátil, geralmente líquido à temperatura


ambiente. É predominantemente constituído por triacilgliceróis,
com ácidos graxos diferentes ou idênticos (COSTA, 1978)ii.

X. Planta medicinal: Espécie vegetal cultivada ou não, utilizada


com propósitos terapêuticos. Chamase planta fresca aquela
coletada no momento do uso e planta seca, a que foi submetida à
secagem, quando se denomina droga vegetal (Resolução CFN nº
525/2013).

XI. Posologia: Descreve a dose de um medicamento, os


intervalos entre as administrações e a duração do tratamento
(Resolução RDC Anvisa nº 134, de 13 de julho de 2001).

XII. Preparação magistral: É aquela obtida em farmácia,


aplicando-se as boas práticas de manipulação (BPM), a partir de
prescrições de profissionais habilitados ou da indicação pelo
farmacêutico e solicitação de compra, dispensados aos usuários
ou ao seu responsável e que estabelece uma relação prescrição-
farmacêutico-usuário (Resolução CFN nº 525/2013).

XIII. Probiótico: Micro-organismo vivo que, quando administrado


em quantidades adequadas, confere benefícios à saúde do
indivíduo (adaptado da RDC Anvisa nº 243/2018).
XIV. Substância bioativa: Nutriente ou não nutriente consumido
normalmente como componente de um alimento, que possui ação
metabólica ou fisiológica específica no organismo humano (RDC
Anvisa nº 243/2018).

i Unit of Food Chemical Codex.


i Unidades conforme Food Chemical Codex, Farmacopeias ou documentos oficiais
similares. (nova redação dada pela Resolução CFN nº 731/2022)
ii COSTA, Aloísio Fernandes. Farmacognosia: farmacognosia experimental. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 1978.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U.

Publicada no D.O.U. nº 115, quinta-feira, 18 de junho de 2020,


seção 1, páginas 90 e 91.

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