Paixão libertadora
Paixão libertadora
Paixão libertadora
A primeira vez que Lucas viu Elisa foi em uma tarde ensolarada, durante um torneio de vôlei de
praia. Ele estava no time principal da equipe nacional, e ela estava lá apenas como
espectadora, acompanhando amigos que estavam jogando. Ela tinha algo diferente, uma
energia tranquila que contrastava com o movimento frenético da praia. Seus olhos brilhavam
com o reflexo do mar, e o sorriso dela parecia ser capaz de suavizar até o clima mais quente.
No intervalo de uma das partidas, Lucas, que sempre foi um tanto reservado, sentiu uma
vontade inexplicável de se aproximar. Não era comum ele conversar com estranhos durante as
competições, mas algo nele mudou naquele momento. Ele se aproximou da bancada onde ela
estava e, com um sorriso tímido, perguntou se ela sabia as regras do jogo.
"Eu sei o básico", ela respondeu, com um sorriso acolhedor. "Mas confesso que prefiro assistir
aos jogos pela diversão. E você, parece que joga muito bem."
A conversa fluiu de maneira natural, e, antes que percebessem, os dois estavam conversando
sobre mais do que apenas vôlei. Ela se chamava Elisa, trabalhava como fotógrafa e estava em
uma fase de redescoberta pessoal após uma viagem ao exterior. Lucas ficou encantado com o
jeito dela de ver o mundo, e Elisa se sentiu atraída pela paixão que ele demonstrava por seu
esporte, uma paixão que parecia ser maior do que qualquer troféu.
Nos dias seguintes, Lucas e Elisa continuaram se encontrando. Ela foi a vários jogos do time,
sempre discretamente sentada nas arquibancadas, aplaudindo cada ponto com entusiasmo.
Ele, por sua vez, tentava sempre encontrá-la após as partidas, compartilhando suas vitórias e,
especialmente, seus momentos de superação. Ela parecia ser seu refúgio após a tensão dos
jogos.
Mas o romance não nasceu de maneira fácil. O mundo de Lucas era dinâmico e cheio de
viagens, treinos e competições internacionais, enquanto Elisa, com sua profissão de fotógrafa,
passava a maior parte do tempo capturando momentos no Brasil e no exterior. Havia algo na
rotina deles que não parecia se encaixar de imediato.
Foi em uma dessas viagens internacionais, durante uma competição na Europa, que Lucas e
Elisa finalmente entenderam que, apesar das diferenças em seus mundos, ambos queriam
estar ali, juntos. Elisa, que sempre teve o sonho de registrar cada instante de beleza, decidiu
acompanhar Lucas em mais algumas viagens, capturando as emoções das partidas e, ao
mesmo tempo, descobrindo novos cantos do mundo ao lado dele.
Elisa sorriu, a luz dourada do sol refletindo em seu rosto, e respondeu: "E eu, com você."
O vôlei e a fotografia eram os mundos deles, mas o amor que estava crescendo entre eles
transcendia qualquer rede ou lente. Eles descobriram que, assim como no esporte, a vida é
feita de trabalho em equipe, compreensão e muita dedicação. Juntos, eram imbatíveis.