DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2- COMUNICAÇÃO E MARKETING PESSOAL................................................. 5
2.1- O elo entre comunicação e marketing pessoal .................................................. 5
2.2- Marketing pessoal e comunicação no dia-a-dia ................................................ 6
3- DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ......................................................... 7
3.1- Orientação Profissional....................................................................................... 9
3.2- Treinamento e desenvolvimento de pessoal ................................................... 12
4- O COACHING E O MENTORING ..................................................................... 17
4.1- O Coaching ........................................................................................................ 17
4.1.1- O Coaching Contribuindo para o Desenvolvimento do Capital Intelectual
.................................................................................................................................... 20
4.1.2- Como Trabalhar o Coaching na Organização............................................ 23
4.1.3- O Mentoring ................................................................................................... 30
4.1.4- O Relacionamento-Mentoring como Ferramenta na Gestão de Pessoas .. 34
4.1.5- Programas de Mentoring .............................................................................. 37
5- LIDERANÇA, TRABALHO EM EQUIPE E EM AMBIENTE
MULTICULTURAL ................................................................................................ 40
5.1- A influência da cultura nacional ..................................................................... 42
5.2- Aprendizagem organizacional ......................................................................... 45
6- REFERÊNCIAS ................................................................................................... 50
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1 – INTRODUÇÃO
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2- COMUNICAÇÃO E MARKETING PESSOAL
Não adianta ser muito bom em alguma coisa e ninguém ficar sabendo disso.
Não adianta seu talento ser seu maior cartão de visita se ninguém pegar um
desses nas mãos.
Por isso, não existe jeito melhor de vender seu produto ou serviço que não seja
com uma boa comunicação e uma dose melhor ainda de marketing pessoal.
A ideia é atrelar sua imagem a seu produto. Criar mais do que um serviço, uma
ideia que esteja sempre ligada à imagem que você passa. Focar seus esforços
no modo que você se divulga e como você divulga sua marca é o caminho
mais curto em direção ao seu sucesso.
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E se a comunicação e marketing pessoal é um fator importante nesse esforço,
é porque tudo é uma mensagem que você passa. Desde o jeito que você se
comporta, até fala, quando fala e o jeito que diz. Isso passa ainda pelo seu
corpo, conteúdo e tudo ligado ao modo como você é.
Por isso é muito importante entender o poder dessa comunicação e não sim-
plesmente tentar adaptar um modelo ou truque. Um bom marketing pessoal
com uma comunicação eficiente é um processo completo e desafiador. Um
caminho onde cada passo deve ser bem pensado e muito bem planejado.
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ciência de suas qualidades e habilidades e conseguir usar tudo isso a seu fa-
vor.
Um bom produto talvez não seja mais suficiente, é preciso se destacar. A com-
binação comunicação e marketing pessoal fazem isso.
3- DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
É cediço que toda organização é constituída por pessoas sendo o principal pa-
trimônio e capital intelectual; elas passam a maior parte de seu tempo vivendo,
trabalhando e se relacionando. Numa visão ordenada, as pessoas são vistas
como seres humanos profundamente diferentes entre si, dotadas de personali-
dade própria, com uma história pessoal particular e diferenciada, possuidoras
de conhecimentos, destrezas e habilidades que podem ir além ou aquém da
sua capacidade, dependendo da sua potencialidade.
Cada dia mais torna-se clara a importância das pessoas quando se trata do
desenvolvimento de empresas . Entretanto, ressalta-se a necessidade de se
criar um contexto capacitante, no qual as pessoas sejam motivadas a se enga-
jar na solução colaborativa de desafios.
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tendo dar apoio aos profissionais, equipes e organizações, com o intuito de
ajudar a despertar o potencial de crescimento e melhorar o desempenho de
carreira alinhado a cultura organizacional.
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Assim, não adianta as empresas terem todos os recursos necessários se as
pessoas não podem ou não conseguem participar do processo, não se sentem
responsáveis, e interessadas pelo desenvolvimento da organização em que
trabalham. As pessoas precisam estar envolvidas com o negócio, para isso, é
fundamental ter uma gerência participativa, e para isso se faz necessário pre-
parar pessoas estratégicas para lugares estratégicos.
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Há alguns anos, as empresas não tinham a preocupação com a área de Re-
cursos Humanos, era muito comum os candidatos a uma vaga aguardarem
pacientemente serem chamados para atendimento. Até aquela época, os re-
cursos humanos disponíveis eram mais que suficientes para as necessidades
das organizações. Os executivos eram selecionados apenas para cuidar de
problemas de curta perspectiva temporal, as decisões eram de mera rotina ou
a prescrições de ordem legal trabalhista.
Assim nos mostra o autor que, diante de tal situação, as organizações tiveram
de encontrar soluções, desenvolver o Recursos Humanos para desenvolver
pessoas, encontrar condições para retê-las em sua organização.
Para o mesmo autor as pessoas destacam-se por ser o único recurso vivo e
inteligente, por seu caráter eminentemente dinâmico e por seu incrível poten-
cial de desenvolvimento. Sabendo disso, as organizações lançam mão de am-
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pla variedade de meios para desenvolver as pessoas, agregar-lhes valor e tor-
na-las cada vez mais capacitadas e habilitadas para o trabalho.
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Para Stewart (2002) as empresas devem atuar como ímã de capital intelectual
– ou seja, prover um lugar, um veículo de aculturação e uma cultura, ou seja,
uma comunidade de pessoas com quem trabalhar e viajar. Propiciar conversas
e acumular conhecimentos tácitos.
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Gil e Arnosti (2007) mostram que para aumentar a produção e o fluxo do co-
nhecimento, a melhor saída hoje é pulverizar a sede corporativa, compartilhan-
do conhecimento em pequenos grupos. As novas estruturas organizacionais
devem ser capazes de reagir rapidamente às mudanças. Nesse sentido, é es-
sencial tomar medidas para o conhecimento fluir melhor dentro da organização.
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Técnicas de treinamento e desenvolvimento são extremamente eficazes para
que se tenha um clima de participação e envolvimento das pessoas com os
objetivos que a organização deseja alcançar, e ao mesmo tempo, desenvolve o
seu capital intelectual, aquelas pessoas chave que os clientes e fornecedores
sempre perguntam, aquelas que têm as soluções mais criativas, aquelas que
representam referencias ou exemplos para os demais funcionários. Mas para
isso, é necessário definir quais os objetivos e os resultados que se quer che-
gar.
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e organizado pelo qual a pessoa aprende conhecimentos diversos para propó-
sitos genéricos.
a) Coaching.
b) Mentoring.
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De acordo com Gil e Arnosti (2007) diante da velocidade com que os aconteci-
mentos e as organizações evoluem, os empregados devem buscar novas fon-
tes de conhecimento e experiências e se preocupar em aprender pelos pró-
prios esforços.
Para Rossi (2012) quando se coloca o foco nas pessoas, o papel do departa-
mento de Recursos Humanos torna-se fundamental e estratégico na medida
em que deve procurar identificar as potencialidades das pessoas e as oportu-
nidades que daí podem surgir.
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4- O COACHING E O MENTORING
Chiavenato (2002) nos fala ainda, que são as pessoas que conferem inteligên-
cia, saber e competência para a organização. O problema central esta em au-
mentar gradativamente a produtividade do conhecimento. O desafio principal é
fazer com que pessoas comuns realizem coisas extraordinárias.
4.1- O Coaching
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passageiros. Por analogia, coach pode ser considerado aquele que conduz
pessoas de uma parte para outra, ou seja, de um estado atual a um estado fu-
turo. De uma condição presente a uma futura. É alguém capaz de apoiar outro
a ir do lugar em que se encontra a outro, inclusive por caminhos ainda não tri-
lhados.
Desse modo, entende-se que o coach pode ser definido como alguém que,
sendo superior hierárquico, busca incentivar e impulsionar o desempenho do
seu colaborador. Assim, o coach pode ser definido como o líder que procura
mobilizar sua equipe para alcançar as metas correspondentes aos resultados
definidos na estratégia organizacional.
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cliente, visando o desenvolvimento pessoal e profissional, apoiando e instigan-
do, com o objetivo de atingir resultados previamente estabelecidos.
A esse respeito, Araújo (1999) afirma que o termo tem sua origem no mundo
dos esportes e designa o papel de professor, treinador, preparador, técnico. “É
o papel que você assume quando se compromete a apoiar alguém a atingir
determinado resultado” (p. 25).
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No entanto, identificar o coach, simplesmente como um treinador pode ser um
equívoco, pois o processo de coaching não se reduz a um mero treinamento,
caracterizado, muitas vezes, pela repetição exaustiva e mecânica de um exer-
cício, jogada, movimento, ou ação. O processo de trabalho de um coach é mul-
tidisciplinar e envolve diversos conceitos de psicologia, liderança e gestão,
neurociência, filosofia e sociologia. Conforme especificado no quadro a seguir:
O mundo corporativo anseia por gestores que façam diferença na vida das
pessoas.
Vieira (2012) nos diz que não há mais espaço para àqueles chefes ortodoxos e
burocráticos, pois o mundo corporativo anseia por verdadeiros líderes que,
além de fazerem a diferença na busca de melhores resultados, são capacita-
dos para o coaching.
Para Chiavenato (2002) existem quatro razões pelas quais o coaching esta se
tornando uma necessidade imperiosa nas organizações.
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A primeira razão é que esta havendo uma mudança incrível no mundo dos ne-
gócios. Antes as organizações estavam acostumadas a um mundo estável e
permanente, no qual as cosias mudavam lentamente e de maneira progressiva
e previsível. O velho esquema de mandar-obedecer não funciona mais e esta
sendo substituído por outro estilo de liderança-participação, sem o qual as or-
ganizações não conseguirão sucesso em um mundo altamente competitivo e
mutável. Trata agora de formar líderes e talentos, de construir carreiras que
preparem e viabilizem as organizações para um futuro que, se não é bem co-
nhecido, será bem diferente do presente e do passado.
Por fim, a quarta razão das empresas optarem pelo coaching é que o capital
humano somente pode crescer, florescer e aumentar indefinidamente através
da aprendizagem. A aprendizagem é o combustível principal que move as pes-
soas e organizações em direção ao desenvolvimento e a excelência. Antes de
desenvolver a organização em si, a tarefa prioritária esta em desenvolver os
líderes e buscar incrementar as competências humanas. Por esta razão, muitas
organizações estão se transformando em verdadeiras agências de aprendiza-
gem e os antigos órgãos de treinamento estão se transformando em verdadei-
ras universidades corporativas. O coaching constitui a maneira mais simples,
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barata e efetiva de garantir a aprendizagem contínua das pessoas em uma or-
ganização.
Para Mello (2012) a busca pelo coaching tem sido crescente para jovens talen-
tos, seja para auxiliá-los na adaptação ao mundo corporativo, ajudando-os no
entendimento dos diversos códigos, nem sempre tão explícitos a olhos nus, até
o desenvolvimento de competências fundamentais para obtenção do cresci-
mento dentro da empresa.
O autor ainda destaca que, para dar conta de tantas variáveis, a combinação
de metodologias tem sido uma realidade constante. Crescem os programas de
coaching com metodologias de aplicação em grupo, por Skype, círculos de
chamadas telefônicas, e-learning antes, durante e após os programas. Vale
ressaltar que este mix em muito enriquece os modelos clássicos de aprendiza-
gem, favorecendo públicos de novas gerações que cresceram em um mundo
digital; em contrapartida, desafia o “mindset” dos profissionais mais experien-
tes.
Segundo Goeking (2011) com o mercado de trabalho cada vez mais competiti-
vo e a “invasão” de profissionais da geração Y que aparentam ter nascido com
a veia empreendedora pulsante, funcionários e gestores buscam alternativas
para desenvolver suas habilidades com foco nos resultados profissionais efeti-
vos e palpáveis.
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4.1.2- Como Trabalhar o Coaching na Organização
Para Recinella (2013) a maioria das pessoas não tem seu objetivo estabeleci-
do, seja pessoal ou profissional. Já aquelas que têm, não sabem que estratégia
utilizar para atingi-lo. É aí que surge o profissional coach, para conduzir um
processo onde o grande responsável pela mudança é o próprio cliente, juntos
estabelecem um objetivo a ser atingido de tal forma que no final do processo
os resultados sejam atingidos ou pelo menos estejam encaminhados para tal.
E são nesses pontos que o coach trabalha a pessoa, primeiro no que diz res-
peito a parceria necessária para realização do processo. O segundo, no que se
refere ao foco do processo, que esta diretamente relacionado com o alcance
de metas para a obtenção de resultados que tragam benefícios para a vida do
profissional.
Recinella (2013) explica que, por se tratar de um processo onde o grande res-
ponsável pela mudança é o próprio cliente (coachee), este se torna essencial-
mente o centro das atenções, já que somente ele possui todas as respostas.
Por isso o coach tem que essencialmente gostar de gente e ser humilde o sufi-
ciente para não se sentir incomodado ou constrangido em ser um apoio para o
sucesso de seu cliente, além disso deve correr em suas veias a necessidade
do aprendizado contínuo.
Vieira (2012) escreve que o líder coach é muito valorizado no mundo corporati-
vo, por conservar a capacidade de transformar as pessoas e o mundo à sua
volta, extravasando a mesmice da qual muitas empresas são reféns. Mais do
que agente desta mudança, ao coach compete dissemina-la, preparando seus
liderados para que desenvolvam suas competências e garantam a continuida-
de – e também disseminação – da criticidade e de uma cultura corporativa dife-
renciada e produtiva.
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O coach pode ser um superior hierárquico de dentro da organização, desde
que esteja devidamente preparado para assumir essas atribuições, ou um con-
sultor externo.
Uma dificuldade muito comum, é que, apesar de tudo o que se fala sobre a im-
portância das pessoas, muitos líderes estão ainda mais preocupados com os
processos e controles. A cultura do imediatismo também dificulta o processo do
coaching. É preciso aprender a investir tempo e esforço para desenvolver pes-
soas. Poucos líderes são capazes de ações pedagógicas ou didáticas com os
subordinados. Transferir o conhecimento tácito e explícito para os outros é uma
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dificuldade enorme para muitos líderes. Os gestores ainda estão distantes de
serem multiplicadores do conhecimento nas suas organizações.
Por todas essas razões, Chiavenato (2002) nos diz que o coaching pode ser
entendido como uma técnica de supervisão, de orientação, de treinamento e
até de gestão do desempenho. Na verdade, ele é tudo isso e mais uma manei-
ra direta e eficaz de motivar e estimular as pessoas, dar-lhes orientação e rumo
na vida profissional, incentivar a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal e
melhorar a qualidade de vida no trabalho. Afinal, nada melhor do que a intera-
ção humana e a emoção no intercambio de ideias e conhecimentos.
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1. Utiliza a disciplina como motivação e estímulo: os outros são o fim; os
objetivos e metas formam junto com o resultado o seu corolário; ele utiliza mui-
to o recurso de reuniões e procura e valoriza muito a sinergia; delega, orienta e
reconhece;
2. Estimula o feedback: tem o desempenho como resultado, transforma os
erros em aprendizado e promove o desenvolvimento;
3. Conserva a habilidade de ouvir e considerar: ele respeita e reconhece as
ações de seus liderados (seu fim), canaliza os conflitos na direção do cresci-
mento, usa a crítica como ferramenta e incentiva o trabalho em equipe.
Para Mello (2012), nesta onda cheia de prosperidade, vale lembrar que coa-
ching é um processo de desenvolvimento e, como todo processo, implica lidar
com o aspecto atemporal e individual inerente a todo ser humano, pois nem
todas as pessoas são capazes de realizar mudanças na mesma intensidade e
velocidade.
✓ Atitude
✓ Dedicação
✓ Liderança
✓ Confiabilidade
✓ Honestidade
✓ Coragem
✓ Criatividade
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✓ Curiosidade
✓ Insight
✓ Sinergia
✓ Integridade
✓ Consenso
✓ Perseverança
✓ Valores
✓ Iniciativa
✓ Colaboração
✓ Empatia
✓ Compreensão
✓ Paixão.
✓
Moreira (2012) aduz que o trabalho inicia-se normalmente pela definição dos
objetivos visados pelo cliente, que podem abranger áreas tão diversas como a
questão do tempo, o relacionamento interpessoal, o trabalho em equipe, a mo-
tivação da equipe entre outras. A questão ou tema podem ser de origem pes-
soal ou profissional, carreira, esportes, equipe, tudo que contribua para o de-
senvolvimento de um ou mais clientes.
Nesse sentido, é muito importante que os objetivos fiquem claros para o coa-
ching e para o coach: O quê? Para quê? Por quê?
27
Elementos importantes do coaching
Leite (2009) estabelece três conversações críticas para haver mudanças, con-
forme indica o quadro a seguir.
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Leite (2009) explica que o objetivo das perguntas realizadas no coaching volta-
se para os seguintes aspectos:
Neste contexto, o coach contribui para despertar o potencial que existe em ca-
da um e a possibilidade de realiza-lo.
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• Possibilidade de formar um time de profissionais competentes e com-
prometidos com resultados.
• Melhoria da produtividade.
• Atuação de times de alto desempenho, pautada pela excelência.
• Elevação da autoestima dos envolvidos no processo.
• Assertividade na delegação.
• Certeza de que, com um time de alta performance, o líder poderá as-
sumir novas responsabilidades.
4.1.3- O Mentoring
Araújo (2010) escreve que o termo mentoring tem a sua origem na mitologia
grega, mais concretamente na obra “Odisseia” de Homero. Quando o persona-
gem Ulisses vai em viagem, pede a um sábio grego chamado Mentor que se
ocupe da educação do seu filho. O conceito de mentor ou mentora entrou rapi-
damente na linguagem comum para simbolizar a pessoa estimada e culta que
guia e aconselha uma pessoa jovem e menos experiente.
Chiavenato (2002) nos mostra que o conceito do mentoring pode sofrer varia-
ções.
30
do protegido no trabalho e em outras áreas da sua vida. Um mentor é um
membro veterano da profissão ou da organização que oferece apoio, instru-
ções, retorno da avaliação, aceitação e amizade; cria as oportunidades para
seu protegido mostrar suas habilidades; oferece missões educacionais e desa-
fiadoras; e serve como um papel-modelo e conselheiro. Omentoring esta rela-
cionado com executivos de alto nível que oferecem orientação e apoio para o
desenvolvimento de carreira das pessoas.
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Atualmente, o mentoring significa basicamente um processo pelo qual o orien-
tado adquire conhecimento, experiência e orientação para a carreira e para a
vida com a ajuda e o apoio de um mentor. Na realidade, esse conceito – men-
tor e orientado – lembra muito o atual conceito de escola – com relacionamento
entre professor e aluno – em nossos dias.
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para o desenvolvimento e na qual uma delas proporciona orientação, modela-
gem de papel, compartilhamento de contatos e redes de relacionamento e
apoio geral à outra.
Para Araújo (2010) é mais frequente o mentor ser uma pessoa mais velha que
o mentorado, mas pode acontecer o inverso. Por exemplo, um jovem colabora-
dor que domina as novas tecnologias pode mentorar alguém mais velho da or-
ganização que pouco ou nada sabe de tecnologia.
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4.1.4- O Relacionamento-Mentoring como Ferramenta na Gestão de
Pessoas
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Quando conduzido dessa forma, o mentoring alavanca fortemente o crescimen-
to da carreira e faz com que as pessoas passem a ganhar mais status e posi-
ção do que as pessoas que não receberam apoio e suporte de mentores.
Araújo (2010) refere-se que é possível constatar três fases numa relação de
Mentoring. Numa primeira fase, o mentorado prova ser digno e capaz de
acompanhar o seu mentor, percebendo-se aqui, num curto espaço de tempo,
se o “matching” é bem sucedido. Numa segunda fase decorre então o processo
de Mentoring (a fase mais longa) e num último momento decorre a fase de se-
paração, na qual o mentorado demonstra ser autônomo. Pode ocorrer, o fenô-
meno de “o aluno suplantar o mestre”, o que, aliás, pode ser uma das explica-
ções para o fato de esta estratégia ter sido um pouco esquecida, pois o mentor
tem de ser alguém muito seguro de si próprio e sem sentimentos de competiti-
vidade.
Inquirindo: O que você acha que deve fazer? Por que você pensa as-
sim?
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Explorando: Pode dizer-me algo mais a respeito do que você acha dis-
so?
Conectando: Qual o ponto que se relaciona com o que você disse on-
tem?
Reunindo: Com o que nós concordamos hoje? Por que temos de discu-
tir novamente este assunto?
Por isso, antes de pedir a qualquer executivo que seja o mentor da sua empre-
sa, tenha bastante claro quais são as habilidades que a organização precisa.
Isso pode variar de acordo com a perspectiva de cada uma.
Para Araújo (2010) os mentores deverão ser pessoas com experiência acumu-
lada, de preferência com influência e contatos diversificados, voluntariosos e
disponíveis, com empatia e assertividade para orientar o seu pupilo e acima de
tudo com capacidade de promover a reflexão. O mentor tem de ter uma sensi-
bilidade especial para os momentos de excelência para a aprendizagem que é
costume chamar de “momentos ensináveis”, ou seja, momentos ideais para
expandir as potencialidades do pupilo.
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Chiavenato (2002) relata algumas barreiras, principalmente no relacionamento
mentor e protegido entre sexos diferentes, bem como entre minorias, diferentes
raças ou credos. Contudo, ultrapassadas essas barreiras, que estão mais na
cabeça das pessoas do que no comportamento da organização, o mentoring
pode ser uma excelente ferramenta de desenvolvimento de carreiras. Ele trans-
fere conhecimento, visão profissional, experiência bem-sucedida, rede de rela-
cionamento, raciocínio, padrões de comportamentos, ética e responsabilidade
como nenhum outro instrumento de formação profissional.
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Chiavenato (2002) nos apresenta dois programas de mentoring que podem
trazer benefícios a organização. São eles: O Mentoring Interno, O Mentoring
B2B ou Mentoring Externo.
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Chiavenato (2002) advoga que muitas empresas criam e desenvolvem forne-
cedores em uma ponta ou canais de vendas na outra ponta por intermédio
mentoring externo, ajudando a desenvolver expertise, melhorar a qualidade do
seu trabalho, aumentar eficiência e reduzir custos de produção. Esse investi-
mento traz benefícios a todos: tanto para a empresa maior – a mentora B2B –
como para os seus satélites, que são parceiros indispensáveis do seu sucesso.
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aceitação e confirmação; b) aconselhamento; c) abertura para o relacio-
namento.
• Função modelar: é a função de exemplo, do espelhamento. O mentor
serve como objeto de respeito, imitação e admiração para o mentorado.
É um processo de aprendizagem por observação, tácito.
Contar com o apoio de alguém que já vivenciou mais e que enxerga o negócio
de fora pode também garantir o sucesso da empresa.
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um mesmo local, chamadas comumente de tradicionais, com profissionais ex-
patriados e locais. Podem também ser formadas por membros espalhados em
diferentes unidades da empresa ou de várias empresas, chamadas de equipes
virtuais, sendo seus contatos, geralmente, mediados por sistemas de informa-
ção e comunicação (Krumm, Terwiel, & Hertel, 2013).
As equipes multiculturais, cada vez mais, são criadas como um elemento cen-
tral para os resultados das empresas, sendo vistas como um recurso estratégi-
co no processo de internacionalização, no desenvolvimento de ambientes cria-
tivos e inovadores, na formação de novos gestores e até mesmo na sistemati-
zação de processos em suas diferentes unidades (Adler & Gundersen, 2008;
Morgeson et al, 2010; Blanche & Dupuis, 2019). Elas podem oferecer diferen-
tes benefícios para as empresas, já que um grupo heterogêneo (em ideias, na-
cionalidades, gêneros, formação, entre outras características) responde positi-
vamente a um ambiente desafiador que demanda por criatividade e inovação,
podendo ser capaz de ter melhor desempenho e resultados comparados com
equipes homogêneas, conforme já demonstrado por diferentes pesquisas (Bu-
eno & Freitas, 2015; Mannix & Neale, 2016).
Apesar das equipes multiculturais possuírem potencial para terem alto desem-
penho, elas apresentam desafios para seu bom gerenciamento e consequen-
temente realização de tarefas de acordo com as expectativas (Bueno & Freitas,
2015). Um dos pontos cruciais para o bom desempenho de qualquer equipe é,
segundo Heinz (2014), o estabelecimento de uma comunicação, no mínimo,
razoável sendo este um dos pontos mais críticos e que merece gerenciamento
e atenção. Não somente a linguagem verbal pode ser um desafio na gestão,
mas também a linguagem não verbal, destacando a importância dos diferentes
contextos de comunicação (Hall, 1976). Outro ponto importante e delicado é
como lidar com a diversidade cultural que, apesar de proporcionar diferentes
perspectivas e possibilitar soluções diferentes para um mesmo problema, de-
manda por tempo, paciência e empatia (Adler & Gundersen, 2008; Blanche &
Dupuis, 2019).
41
O aumento das equipes multiculturais traz desafios específicos para as empre-
sas, dada a crescente diversidade em seus escritórios.
A cultura é vista como uma força crítica de localização (Pudelko, Carr & Hen-
ley, 2007), contribuindo para o aumento da complexidade dos negócios além
das fronteiras nacionais. Para as empresas, as equipes multiculturais podem
ser uma maneira eficiente de lidar com as especificidades locais e, ao mesmo
tempo, alcançar a coordenação global.
42
cultural envolve um processo complexo, multifacetado e dinâmico no qual os
indivíduos trocam e compartilham significados. Hall (1976) foi um dos pioneiros
ao abordar as diferenças na comunicação entre culturas de alto e de baixo con-
texto sendo que, para o autor, nas culturas de alto contexto a comunicação, em
grande parte, ocorre por meio de elementos não verbais ou escritos, como a
linguagem corporal e a postura. Já nas culturas de baixo contexto, a comunica-
ção se dá primordialmente pelas palavras escritas ou faladas.
43
jamento e o formalismo. A figura abaixo apresenta uma síntese dos traços cul-
turais citados pela autora:
44
res e formar o chamado modelo “Glocal” que mescla as práticas tradicionais da
cultura nacional com as práticas estrangeiras que são adaptadas ao contexto
enfrentado pelos gestores. É importante ressaltar que o modelo “Glocal” res-
significa as práticas já estabelecidas, sintetizando e transformando o estilo an-
tigo com o novo. Na mesma linha, Blanche e Dupuis (2019) argumentam que
há uma boa chance dos indivíduos não se comportarem mais tão de acordo
com o que escreveram os autores mais antigos sobre cada cultura nacional,
pois eles precisaram e precisam se adaptar e se ajustar às diferentes culturas
das pessoas com quem se relacionam, principalmente no ambiente de traba-
lho, para poderem trabalhar e cooperar com colegas e superiores a fim de atin-
gir seus objetivos.
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multiculturais são compartilhadas práticas, valores e conhecimento. E o com-
partilhamento do conhecimento é visto como o ponto central da dinâmica inter-
cultural.
Silva e Burger (2017) argumentam que, cada vez mais, as organizações estão
preocupadas com o gerenciamento do conhecimento adquirido, visto que este
pode levar a uma importante vantagem competitiva e incentivar a inovação,
passando assim a ser parte fundamental do ambiente corporativo. O conheci-
mento é multidimensional, sendo assim, gerencia-lo não é uma prática simples,
muito menos fácil de ser implementada nas organizações. Portanto, é necessá-
rio que os gestores busquem modos para obter novos conhecimentos e para
46
compartilhá-los, além de analisar sua aplicabilidade diante dos projetos, equi-
pes e a organização em si.
A grande valorização das empresas nos últimos anos tem sido, frequentemen-
te, associada ao fato de estas possuírem recursos que lhes garantem vanta-
gens competitivas no longo prazo. Esses recursos constituem-se em valiosos,
raros inimitáveis e insubstituíveis ativos intangíveis, que auxiliam uma empresa
a alcançar retornos acima da média e, assim, a criar e sustentar seu valor eco-
nômico.
47
buir para o crescimento e o sucesso nos negócios através do aumento do capi-
tal intelectual como riqueza organizacional.
Diante do exposto, pode-se dizer que não há mais espaço para aqueles chefes
ortodoxos e burocráticos, mas cresce a procura e a valorização por líderes que
buscam os melhores resultados e capacitados para o coaching ou para o men-
48
toring. A cultura do imediatismo muitas vezes se torna uma dificuldade no pro-
cesso de desenvolvimento através do coaching e do mentoring.
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6- REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Ane. Coach: Um parceiro para o seu sucesso. São Paulo: Gente,
1999.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa.3. Ed. São Paulo:
Atlas, 1991.
50
GIL, Antônio de Loureiro; ARNOSTI, José Carlos Melchior. Balanço Intelectual:
A estratégia com projetos de mudanças e o reconhecimento dos talentos hu-
manos. São Paulo: Saraiva, 2007.
KAYO, Eduardo Kazuoet al. Ativos intangíveis, ciclo de vida e criação de valor.
Revista de Administração Contemporânea. Vl.10, nº 3. Curitiba, Jul./Set. 2006.
MELLO, S. A crescente busca pelo coaching. Revista Você RH. Mai/2012. Dis-
ponível em: . Data de acesso: 26 de out.2013.
51
REVISTA VOCÊ RH. Ouça o Mestre. Nov./2008. Disponível em: . Data de
acesso: 27 de out. 2013. RICCI, Renato. O que é coaching e como ele pode
transformar você? São Paulo: Qualitec, 2006.
52