Questões sobre emoção e atenção

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Laís Lima Santana

FENÔMENOS E PROCESSOS

QUESTÃO 1:

Embora a Ciência esteja em constante desenvolvimento e ampliação do saber,


não existe ainda um consenso absoluto no conceito do termo emoção. A emoção é
estudada a partir da observação do comportamento e seus aspectos e há diferentes
opiniões nas pesquisas, entretanto, a maioria dos estudiosos e autores distinguem a
emoção dos sentimentos e estados afetivos em geral, definindo-a como: “uma reação
mais branda e com experiência mais complexa, com mais elementos intelectuais”
(DORIN, 1972, p.139). Mas, de forma corriqueira, dizemos que a emoção é uma carga
de sentimentos. Viver pela emoção é agir e tomar decisões por impulsos, baseados em
sentimentos, sem pensar nas consequências posteriores a ação, enquanto viver pela
razão é ter uma vivencia de eliminação dos impulsos, usando o raciocínio e o pensar,
ponderando e analisando sempre antes de qualquer ação.

A autora em questão defende o equilíbrio perfeito entre ambos, ativando então


um “modus vivendi” de perfeita harmonia e plenitude do ser, tornando-o cada vez mais
feliz. Entretanto esse aprendizado não é um caminho tão fácil a ser percorrido, pois não
existe um manual de instruções ou fórmula mágica capaz de realizar tal dosagem. Antes
de tudo, o indivíduo precisa se autoconhecer e, cada um, de acordo com sua
personalidade e situação inserida, colocar na balança e escolher qual dos dois, ou como
usar os dois, razão e emoção, juntos, para decidir e agir dentro do seu contexto. É muito
complicado saber dosar razão e emoção, e escolher um ou outro quando os dois estão
em conflito.

Atualmente, considera-se, ainda, virtuoso ser racional ao invés de emocional.


Esse dualismo platônico afeta as relações interpessoais e também a própria saúde
(doenças psicossomáticas). Sabemos que muito do comportamento das pessoas é
imposto pelas normas sociais pré-estabelecidas, parte deste controle reverbera também
no que diz respeito à expressão das emoções. Como já citado, reprimir a emoção e ser
racional ainda é louvável. Sendo que, a expressão emocional se faz necessária e
saudável em equilíbrio com a razão. Sucumbir à repressão da sociedade que aponta
expressão emocional como fragilidade, não condiz com a natureza humana. Enquanto
humanos, temos a necessidade intrínseca de viver as emoções e ainda assim manter-nos
racionais. As emoções são inerentes ao ser humano, e dessa forma, faz-se necessário
compreender que não existem emoções ruins, e a melhor maneira de lidar com elas, sem
prejudicar a saúde ou o desempenho pessoal/profissional, é compreender que a emoção
simplesmente acontece, é inevitável, mas, é neste momento que a razão se faz presente
para nortear, afinal, o que será feito a partir do que se sente é que precisa ser refletido.
Por exemplo, podemos pensar em um casal discutindo. Ambos estão com raiva
(genuíno), porém o que será feito (ação) com esse sentimento deve ser racional, ou seja,
não se pode machucar o outro. Outra situação é quando ocorre a perda de um ente
querido, o processo de luto é bastante peculiar e é importante se permitir viver, visto
que é uma resposta normal a um evento de vida inevitável. No entanto, é importante
atentar-se na interferência em longo prazo desse processo na vida de quem o vive.

Eliminar as emoções pode causar grande estrago no indivíduo, se possuímos


uma alma, se temos sentimentos, eles devem ser manifestados, mas na dose certa, pois,
seguir as emoções também pode levar o ser humano a viver ciclos viciosos, como por
exemplo, mulheres que desenvolvem dependência emocional com relação aos cônjuges
e não conseguem se desvincular de um relacionamento abusivo e tóxico por causa de
uma emoção e dos sentimentos que tem. E, agindo por impulsos, não calculam os danos.
Razão e emoção são lados de uma mesma moeda. Elas podem ser complementares e
não antagônicas. Uma decisão inteligente é, portanto, parar de enfrentar a razão versus
emoção.

Portanto, é fundamental o equilíbrio entre razão e emoção.

QUESTÃO 2:

A atenção é o meio pelo qual selecionamos e processamos uma quantidade


limitada de informação de todas as informações capturadas por nossos sentidos,
memórias armazenadas, dentre outros processos cognitivos (De Weed, 2003ª; Rao,
2003). As quatro funções principais da atenção são: detecção de sinal e vigilância,
busca, atenção seletiva e atenção dividida.

Quando atentamos para um assunto, é porque, com base nos nossos estímulos (interesse
consciente ou não) foi capturada e processada uma quantidade limitada de informações,
ou seja, designamos um foco acentuado aos estímulos que nos interessam para lidar
efetivamente. Desta forma, o processo psicológico básico da atenção inclui o consciente
e inconsciente, sendo o segundo processo difícil de ser estudado pelos pesquisadores
pelo simples fato de ausência da consciência.

Tendo a consciência como principal processo para atenção, sendo estes parcialmente
sobrepostos, a atenção consciente auxilia na monitoração das interações indivíduo-
ambiente, estabelecimento na relação passado e presente, e controle e planejamento das
ações futuras. Desta forma, dentre os “fatores de distração” que impactam na habilidade
da atenção destacam-se a ansiedade, agitação, dificuldade da tarefa e habilidade. Para
correlacionar estes fatores com a atenção, podemos citar como exemplo, um estudante
em seu primeiro semestre na faculdade, prestes a realizar sua primeira avaliação
(prova). Embora tenha se preparado, devido a ansiedade, além de dormir relativamente
tarde, não conseguiu relaxar durante à noite de sono e consequentemente se atrasou no
horário, pois planejou sair com antecedência para não enfrentar um trânsito caótico.
Ainda que tenha conseguido chegar no local da execução da prova dentro do prazo
planejado, ele estava cansado e sonolento (estado de agitação) em virtude dos fatos
mencionados e sendo a avaliação uma tarefa nova, exige-se alocar mais recursos de
atenção. Durante a aplicação da avaliação, suas habilidades são postas em prática e ele
sente o celular vibrar no bolso, que somado as demais condições (exaustão, ansiedade,
tensão) desconecta totalmente a atenção dele da prova.

Sendo assim, podemos notar que para desempenhar de fato a atenção consciente
existem inúmeros fatores situacionais recorrentes do cotidiano (interação indivíduo-
ambiente) que influenciam nesse processo cognitivo.
SÍNTESE PSICOLOGIA SOCIAL

ATRIBUIÇÕES DE CAUSALIDADE

Atribuições de causalidade não, necessariamente se submetem a princípios lógicos, mas


é psicológico, garantindo uma lógica pessoal, de significado para o individuo sem
compromisso com evidencias da realidade.

Atribuições causais podem ser feitas para os comportamentos realizados por si próprio
ou para aqueles realizados por outras pessoas.

Causas de atribuições de causalidade - Como fazemos atribuições sobre o


comportamento. Para Heider, existem duas causas possíveis, pelas quais, tende-se a
atribuir o comportamento dos outros: causa interna (pessoal - motivação, inteligência,
traços de personalidade e etc) e externa (impessoal - ações de terceiros, situação
inesperada).

As atribuições de Heider foram nomeados como locus de controle, às quais ele


acrescentou estabilidade e controle. E tem haver com a fonte: porque que aquilo
aconteceu? A pessoa ou o ambiente? Interno ou externo?

Lócus de controle pode ser interno ou externo, dependendo da pessoa ou do contexto.

A estabilidade é a avaliação que fazemos em relação à estabilidade ao longo do tempo


(é frequente ou não? é constante?)

Controlabilidade se refere se a interpretação é devida a fatores externos, que não

dependem da pessoa, ou interna, dependente da pessoa. Faz referência à duração da


causa.

Todo ser humano deseja conhecer as fontes de suas experiências, saber sua gênese,
como surgiu para compreender o seu mundo. E nesse processo de busca, de conhecer a
si mesmo e aos outros, ele usa as razões, fazem uso da percepção e cognição, praticando
o egotismo, ou seja, se for bom, sou responsável, se não, foi o outro.

Quando o individuo é ator a tendência é fugir da norma, enquanto o observador é


normativo.
ATITUDE

Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou


eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e
comportamento. Envolve, também, o que as pessoas pensam, sentem e como elas
gostariam de se comportar em relação a determinados objetos e situações.

Atividade x valores – A construção dos valores individuais direcionam as atividades


sociais, consequentemente, a maioria dos comportamentos.

Componentes cognitivos – organização duradoura de crenças e cognições.

Componentes afetivos – carga afetiva pró ou contra um objeto social.

Componentes comportamentais – predisposição à ação. E aqui temos a combinação da


cognição e afeto, o que vai instigar à ação.

Comportamento – atitude e comportamento são: ser atraído por um objeto begativo ou


positivo, de acordo com cada inidivudo, é a forma que a pessoa pensa e como gosta se
comportar diante de um objeto.

Consistente – Normas sociais, hábitos.

Inconsistente – Múltiplas atitudes

Atitudes da pessoa – Relativas a um ato em particular.

Norma subjetiva – Percepção do que outras pessoas esperam que o outro faça.

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