Apostila 4 Curso Médio Teologia

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CENTRO TEOLÓGICO PLENITUDE

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CURSO MÉDIO

DE TEOLOGIA
MÓDULO 4

1. Missiologia – PAG 02
2. Homilética – PAG 12

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O CENTRO TEOLÓGICO ACREDITA NO SEU POTENCIAL

Missiologia

Introdução Missiologia (lat. missio "envio"; gr. logía "estudo") ou Teologia


de Missões é um ramo ou uma parte da Teologia que estuda as missões,
ou seja, ações de propagação do evangelho de Jesus Cristo. Contudo, esta
matéria é também um estudo sistemático da atividade evangelizadora da
Igreja e dos meios para realizá-las.

Os fundamentos bíblicos servem como base para a Missiologia estudar


sobre a teologia da missão, especialmente quando se trata da missiologia
cristã. Este estudo mostra como é realizada a missão a ser praticada em
vários lugares, sendo que para este estudo é necessário percorrer os
caminhos históricos da missão.

Pode se dizer que esta disciplina estuda a Realidade Missionária e reflete


sobre os deveres e tarefas missionárias do cristão e da Igreja. Então, disse
aos seus discípulos: a seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
(Mateus 9:37)
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1. Origem da Missiologia

A missiologia, como campo de estudo, surgiu no seio protestante no


século XIX e é considerada, portanto, uma ciência jovem. O protestante
Gustav Warneck (1834- 1910) foi o primeiro a iniciar um verdadeiro e
profundo estudo sistemático acerca da teologia de missão, o qual foi
reconhecido como o ''Pai da Missiologia''. Sua primeira obra, Evangelische
missionslehre, foi dividida em cinco volumes. A primeira citação ou
referência sobre a missiologia foi criada na Universidade de Edimburgo,
em 1867.

2. Atividades Missionárias

Como vimos anteriormente, a palavra missões significa enviar. O Novo


Testamento, o termo enviado é traduzido para o termo apóstolo. (Efésios
4:11). Quando se trata de missões no âmbito eclesial, referem-se ao
trabalho missionário em várias esferas, tais como:

• Propagar o evangelho de Jesus Cristo;

• Fazer atividades de filantropia;

• Outros;

Assim, a atividade missionária da Igreja não está vinculada somente ao


âmbito espiritual, mas também ao material. Em Mateus capítulo 25,
versículos 34 ao 46 vemos Jesus tratando da atividade filantrópica ou
material na atuação missionária.

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Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber;
era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e
visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. (Mateus 25:35-36) Desta
maneira, não adianta ministrar o Evangelho sem levar o pão ao
necessitado.

O Evangelho não deve ser somente ensinado, mas, também praticado. A


atividade missionária se iniciou com o próprio Deus, logo Deus é
considerado o primeiro missionário, uma vez que, desde os primórdios da
humanidade, o Senhor tem trabalhado em busca da Salvação do ser
humano. Ao enviar seu filho Jesus Cristo, a ação missionária de Deus
atinge o seu auge ou seu clímax.

Na verdade, toda a trindade tem atuado dentro de um propósito


missionário, exemplo:

• No Velho Testamento vemos o Pai atuando;

• Nos Evangelhos vemos o Filho atuando;

• E a partir de Atos capítulo 2 até os dias atuais vemos o Espírito Santo


atuando.

Contudo, essa atividade missionária não se restringe somente à Trindade,


mas também a toda Igreja de Jesus Cristo. Jesus nos deixou a grande
condição quando disse: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-
os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
(Mateus 28:19,20) Portanto, é de incumbência dos salvos cumprirem com
o ide missionário, obedecendo às ordens de Jesus Cristo, sabendo que
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inúmeros obstáculos surgirão em toda essa jornada, porém, como afirmou
o próprio Jesus Cristo, Ele não nos deixará a sós, mas estará conosco até a
consumação dos séculos.

Vejamos algumas considerações abaixo.

As principais atividades missionárias são:

• Evangelismo: Mt 28.19

• Filantropia: Mt 25.45

• Discipulado: Mt 28:19

• Integração: Ez 34.3,4

Existem três modos principais de se fazer missões:

• Indo: Mt 28.19

• Orando: Ef 6. 18,19

• Contribuindo: 2 Cor 9.7

Na atuação missionária tem que acontecer (Mt 4.23):

• Ensino: para crente

• Pregação: para não crente

• Cura: ambos – Mc 16.20 26

Missões Transculturais

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Entende-se por missões transculturais a prática missionária realizada em
outras culturas, porém, sem agredir a cultura vigente daquela
comunidade. Existe um ‘’porém’’ dentro desta prática, a saber:

Quando a referida cultura contraria os princípios bíblicos deve-se ensinar,


portanto, a verdade bíblica, mesmo que contrarie o pensamento local.
Como exemplo para esta questão, podemos citar uma prática de certas
tribos indígenas que claramente contrariam a moral bíblica e que deve
ser, com sabedoria, combatida.

Esta prática refere-se ao ato de enterrar filhos que nascem com


determinados defeitos físicos ou mentais por parte dessas tribos. É
notório que um trabalho missionário baseado dos princípios bíblicos
buscará com muita destreza e maturidade eliminar tal prática. Entretanto,
os demais elementos culturais de uma comunidade devem ser
preservados, em outras palavras, devem ser respeitados e não fazem
parte do alvo missionário.

Para um trabalho de missões transculturais eficaz, o candidato a


missionário deve preparar-se de várias formas.

Na lista abaixo citaremos as mais importantes:

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1- Espiritualidade: O missionário deve ter comunhão com Deus, vida
íntegra e coerente com as Sagradas Escrituras.
2- Teologia: O missionário deve ter conhecimento teológico bíblico
para não ensinar heresias, para ter precisão durante seu trabalho e
ensino, que coincida com o que realmente diz coma Bíblia.
3- Maturidade: O missionário deve ter maturidade. Deve ser uma
pessoa equilibrada, que saiba lidar bem com as críticas tanto
positivas quanto negativas e destreza para suportar bem as
dificuldades que com certeza vão acontecer durante o trabalho
missionário.
4- Preparação Acadêmica e Intelectual: É de suma importância que o
missionário se prepare intelectualmente concernente ao seu campo
missionário. Isso significa que ele deve conhecer o idioma do local,
de preferência dominá-lo, deve estudar cultura local, sua história,
analisar os pontos culturais que chocam ou não os princípios
bíblicos e assim por diante. Além de tudo isso, ele deve estudar
economia local, situação política dentre outros.
5- Subordinação: Este último tópico refere-se ao apoio que o
missionário deve receber durante a sua estadia no campo. Para
isso, ele deve se submeter à algum órgão cristão, convenção, igreja,
comunidade ou outros. Para o missionário, estar sozinho sem
subsídio algum é algo muito perigoso. É através desse apoio e dessa
situação de subordinação que ele receberá recursos financeiros,
apoio moral, apoio intercessório (grupo de irmãos intercedendo à
Deus pelos missionários.

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As verdades que devem fazer parte da mensagem do missionário
transcultural são as seguintes:

• Há um só Deus: o Senhor.
• Uma raça: toda a humanidade.
• Um só mal: o pecado.
• Um só remédio: a redenção.
• Um só redentor: Deus.

A mensagem dos apóstolos após a ascensão de Jesus era


respaldada nesses cinco itens acima. Missões transculturais
referem-se, portanto, ao cumprimento do trabalho de
evangelização mundial. Jesus Cristo deixou claro que sua vinda irá
acontecer após o mundo inteiro ser evangelizado. Veja o que ele
disse: E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo
habitado, como testemunho a todas as nações, e então chegará o
fim. (Mateus 24:14). Essa tarefa inicialmente era destinada ao povo
judeu. A nação de Israel foi escolhida por Deus para ser uma nação
missionária. No entanto, eles falharam nessa tarefa. Atualmente,
essa incumbência está sobre a Igreja, ou seja, os salvos de todo o
planeta.

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Janela 10-40

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Entende-se por janela 10-40 o espaço geográfico correspondente entre as
latitudes 10 e 40 do globo, espaço qual está localizado área do planeta
menos evangelizada. Acredita-se que habitantes dessa localidade nunca
ouviram falar da mensagem da cruz.

Estes países são dominados pelas seguintes religiões:


• Budismo
• Islamismo
• Hinduísmo

Alguns desses países bloqueiam drasticamente a entrada de cristãos


missionários em suas localidades. Milhares de cristãos são mortos todos
os anos por extremistas mulçumanos e países comunistas.

É triste esta realidade, porém muitas igrejas cristãs ricas investem muito
pouco para evangelização dos países componentes da janela 10-40. Para
evangelizar esses países é necessário seguir todos os itens aprendidos no
capítulo anterior. Além disso, é preciso iniciativa por partes dos grandes
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ministérios os quais dispõem de recursos disponíveis para a realização e
alcance deste alvo missionário.
Nas linhas que se seguem veremos as características das principais que
compõem a Janela 10-40:
Budismo: Religião fundada por Buda, nome este que significa iluminado.
Segundo a lenda budista, Buda ao nascer, já falava. Vemos a partir daí
como esta religião por melhor intencionada que seja, desvirtua-se do que
ensina a Bíblia Sagrada, tanto que 28 ensina o ser humano a vencer o
sofrimento e a angústia sem citar a obra de Jesus Cristo na cruz. Contudo,
o próprio Jesus ensinou: Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei. (Mateus 11:28) Jesus também ensinou que
Ele é a verdade, o caminho que leva a vida e vida com abundância. Disse-
lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim. (João 14:6) O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a
destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (João
10:10)
Hinduísmo: Por acreditar em várias divindades, já percebemos o quanto
esta seita diverge do conteúdo bíblico. Eles, os hinduístas, acreditam que
haja divindades para vários setores da sociedade, tais como comércio,
educação, e outros. Para eles, Brahma é deus criador do universo.
Islamismo: Religião fundada por Maomé, essa religião é monoteísta, ou
seja, acredita num único Deus, chamado Alá, tendo Maomé como seu
profeta e o Alcorão como seu livro sagrado. O Islamismo encontra-se hoje
multifacetado, ou seja, existem ramificações dentro do próprio Islã,
algumas bastantes radicais. Por negarem o Novo Testamento Bíblico como
também o Velho, como o único texto inspirado por Deus (canônico) o Islã
torna-se oficialmente uma seita. O desprezo e o mau trato que é feito com

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suas mulheres também têm sido um marco para esta comunidade dentro
do cenário internacional.

Homilética

Introdução

Esta matéria visa transmitir ao discente de Teologia, conhecimentos


relacionados ao ato de pregar.
O termo Homilética significa conversação ou ainda o ato de falar em
público. Dentro deste campo do saber, estudaremos técnicas de como
elaborar um sermão (pregação), apresentação do pregador dentre outras
coisas.
Esta matéria é muito importante, pois ela cumpre com o princípio
ensinado por Jesus de dar a César o que é de César e o que de Deus dar a

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Deus: Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que
é de Deus. (Lucas 20:25) Isso significa que o principal elemento de uma
pregação é a palavra revelada, a unção e a espiritualidade do pregador,
porém, este não é o único elemento, ou seja, o preletor (aquele que
anuncia a pregação da noite) além dos elementos espirituais, devem
conhecer as técnicas de como elaborar um sermão e anunciá-lo.
Infelizmente, a ignorância tem predominado em muitas mentes de
preletores em forma de fanatismo, achando eles que o único a ser
utilizado na pregação é o espiritual.
Um renomado pastor da igreja episcopal do século XIX, afirmou o
seguinte: O sermão é um bocado de pão para ser comido e não uma obra
de arte para ser apreciada. O que este pastor que nos ensinar é que, a
mensagem de um culto tem que fazer efeito e mudanças na vida do
ouvinte e não apenas ser admirado. A melhor pregação é aquela cujo
efeito é feito na vida da igreja após o culto e não somente durante o
mesmo.
A Homilética faz parte do ramo da Teologia prática ou pragmática, que se
refere à vertente teológica que se debruça a estudar e treinar o teólogo
com semente às coisas práticas da vida cristã.

Os outros ramos da teologia são:

• Teologia Bíblica
• Teologia Histórica
• Teologia Sistemática

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Convém ressaltar que, é imprescindível por parte do teólogo e pregador o
conhecimento profundo das três áreas citadas acima, além dos específicos
conhecimentos da Homilética.
Além das informações supracitadas acima, é inadmissível ao pregador
carências em que concerne ao conhecimento da hermenêutica, exegese e
da própria língua materna, no nosso caso, português.
A Homilética depende crucialmente da hermenêutica e da exegese como
também do domínio da língua escrita e falada.
Vejamos o porquê:
• A homilética precisa da hermenêutica bíblica para que a mensagem
transmitida por ela seja bem esclarecida, e sem a hermenêutica, essa
mensagem soaria incerta e confusa.
• A homilética precisa da exegese bíblica para que a comunicação com o
ouvinte seja transmitida espiritualmente viva e sem ela, a mensagem seria
muito humanista e sem vida. Desta maneira, se o pregador não estiver
instrumentalizado corretamente no que se refere a uma correta
interpretação bíblica, é bastante provável que ele inclua elementos
heréticos em seu sermão.
Um dos principais momentos de um culto é a hora da exposição da
palavra, momento este que só é comparado com o momento da oração.
Nem o louvor, nem as oportunidades para os corais, nem o espaço para os
avisos se compara a este momento tão sublime.
No entanto, a despeito de todo o conhecimento técnico e teórico e as
disciplinas transmitirá aos estudantes é de suma importância que o
mesmo não se omita em hipótese alguma da preparação espiritual. Assim,
a comunhão com Deus, uma vida exemplar, uma vida de oração dentre
outro pontos são cruciais e sem eles a pregação se torna sem vida e vazia.

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Esboço do Sermão Dentro do estudo da Homilética, se estuda
essencialmente o sermão.
Sermão nada mais é que a mensagem a ser pregada em um culto ou
reunião. O sermão também a chamado de preleção. Antes de
adentrarmos sobre os tipos de sermão, convém estudarmos concernente
a elaboração do sermão. Um sermão é algo que deve ser bem elaborado e
organizado.
Sendo assim, o sermão deve conter os seguintes elementos:
a) Introdução ou Exórdio: A introdução tem por finalidade apresentar
o tema do sermão. Busca também despertar a atenção do ouvinte
para que o mesmo se interesse pelo que vai ser pregado.
b) Faz parte da Introdução o tema e o título. A diferença entre tema e
título consiste em que o tema é o assunto do sermão enquanto que
o título é um resumo do tema que pode ser feito com uma ou duas
palavras. Exemplo de tema: a importância da oração para o bem
estar do cristão.

Exemplo de título:

A oração e o cristão.

É interessante começar a introdução com um ou mais dos seguintes


elementos:

• Com uma pergunta bem elaborada e bem inteligente;

• Com alguma história fictícia ou verídica, mas que venha ter relação
direta com o tema da mensagem.

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c) Desenvolvimento: É o corpo do texto. É a parte mais aprofundada
do sermão. É o momento de maior importância e de maior duração
de uma pregação. No desenvolvimento ou corpo do texto deve ser a
parte mais profunda de uma mensagem bíblica. Deve conter
argumentação para o convencimento do ouvinte.

O desenvolvimento pode ser dividido por tópicos, exemplo:


1 - Introdução: Tema: a importância da oração para o bem estar do
cristão. Título: a oração e o cristão.
2 – Desenvolvimento:
2.1- O que é oração
2.2 - Diferença entre oração e reza
2.3 - A oração eficaz É importante que o desenvolvimento não passe
de cinco tópicos para que não fique muito cansativo para o ouvinte.
d) Conclusão: É a parte final do sermão onde se faz o fechamento.
Geralmente se conclui o sermão com o chamado ‘’apelo’’.
Contudo, o termo apelo é muito agressivo, daí o mais correto é
dizer ‘’convite’’.
Convite é o momento em que, após a pregação, se convida alguns
grupos para que venham a frente, esses grupos são: o não-
convertido, o desviado ou aquele grupo de pessoas que foram
tocadas de modo particular dentro do tema da mensagem.
Não é obrigatório que se convide todos esses grupos.
Na conclusão é interessante que conte um testemunho pessoal caso
o tenha, contanto que seja sucinto e de acordo com o tema da
mensagem. Desta maneira, seguindo o roteiro acima, aprende-se
como se faz um esboço, seguindo a estrutura mencionada neste
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capítulo. Ao escolher a passagem bíblica, o pregador deve ter em
mente a necessidade da igreja. O texto inicial de um sermão não
deve ser longo e também não tão curto. Convém ressaltar também
que a intimidade do pregador com Deus é indispensável para este
momento, pois o pregador precisa ter sensibilidade para que o
Espírito Santo o inspire à ministrar sobre a igreja aquilo que
realmente está no coração de Deus.
Em média, um sermão deve durar 45 minutos, mas isso pode variar
de região para região e até mesmo de denominação para
denominação.
O local onde o pregador coloca o esboço não deve ficar à vista da
platéia, porém deve ficar em um lugar de fácil visualização por parte
do preletor.

Tipos de Sermão Dentro do estudo da Homilética.

Existem três tipos de sermões. Eles são:


• Sermão Temático
• Sermão Expositivo
• Sermão Textual
Cada um desses sermões tem a sua importância particular. Na
verdade, nenhum é mais importante que o outro. Contudo,
acredita-se que o sermão textual é o mais fidedigno com relação à
exatidão do texto bíblico. Isto acontece porque, no sermão textual,
o pregador é ‘’obrigado’’ a se prender ao que diz o texto bíblico e

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não às suas conjecturas particulares. Mesmo assim, os demais tipos
de sermões têm as suas importâncias equivalentes.
O uso de cada tipo de sermão depende do estilo do culto,
exemplo:
 Para um culto de ensino, é mais interessante um sermão
temático ou textual.
 Para um culto evangelístico, é mais interessante o sermão
expositivo. Desta maneira é indispensável que o pregador
tenha domínio dos três tipos de sermões para saber aplicar
de acordo com cada ocasião.

Sermão Temático

O sermão temático ao tipo de sermão no qual o mesmo é dividido em


temas, ou seja, ao elaborar o esboço do sermão, o pregador partirá de um
tema estabelecido. A partir daí, o pregador na preparação e elaboração do
sermão desenvolverá os subtópicos ou sub-temas, os quais devem ter
ligação direta com tema central da mensagem, explicando-a. Um sermão
temático não vem diretamente do texto bíblico, mas isso não quer dizer
que o tema não seja bíblico, esse sermão apenas não segue um roteiro
baseado em cada palavra ou sentença do texto escolhido.

Segue abaixo um exemplo de um esboço de um sermão temático:

• Tema: Jesus é a vida verdadeira (Jo 10:10)


• Título: A vida em Cristo
• Sub-Tópico I: Vida só em Cristo
• Sub-Tópico II: Fora de Cristo só ilusão
 Sub-Tópico III: Receba a vida de Cristo

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É importante também mencionar que o tema da mensagem não precisa
ser necessariamente escolhido a partir de um versículo, mas sim,
mediante ao que Espírito Santo ministrou ao coração do pregador. E a
partir desse processo o pregador, então, escolherá o versículo que melhor
condiz com o tema que está em seu coração.

É um tipo de sermão que não é tão difícil de preparar, porém sem deixar
de ser atrativo para o ouvinte.

Sermão Expositivo

Este sermão, como o próprio nome já diz, é baseado numa exposição.


Geralmente, acontece da seguinte maneira: o pregador escolhe uma
história bíblica e dentro dessa mesmo história procura um versículo
apropriado para a leitura no início da preleção. Por conseguinte, o
pregador fará uma narração da história trazendo posteriormente uma ou
várias aplicações pessoais e coletivas que esta referida história ensina ao
ouvinte. Esse tipo de sermão não é baseado em sub-tópicos ou sub-temas.
Como já foi dito, ele é muito útil para cultos evangelistas e para culto
públicos em geral, pois, assim como o sermão temático, ele é bastante
atrativo, podendo prender até mesmo a atenção do ouvinte, mas do que o
sermão anterior, exemplo:

• A Vida de José

• Narra-se toda a história

• Aplicação dessa história ao ouvinte: assim como Deus mudou a vida de


José, ele também pode mudar a sua.

Sermão Textual

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Este tipo de sermão como mencionamos anteriormente é o mais
creditado com relação à fidedignidade do texto bíblico, pois o mesmo
exige que o pregador apreende-se exatamente ao que está escrito no
texto. O sermão textual acontece assim: Texto Bíblico: (Jo 10:10) O ladrão
não vem senão para roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenha
vida, e a tenham com abundância.

 O ladrão: representa o diabo. Roubar, matar e destruir: são as


intenções e as ações que o diabo intenta contra a humanidade. Eu
vim: aqui quem está falando é o próprio Jesus. Ele diz ‘’eu vim’’
porque ele é o Messias ou o Cristo, que significa enviado. Para que
tenha vida, e a tenham com abundância: esta é a intenção e função
de Jesus, totalmente oposta ao do ladrão, que é o diabo. Jesus que
nos dar vida e não uma vida qualquer, porém abundante. Como se
percebe acima, é desta maneira que se processa um sermão textual,
ou seja, um sermão completamente amarrado ao texto bíblico.

Conselhos para o Pregador


 Retórica
 Eloquência

Inúmeros conselhos se tornam cruciais para o bom desempenho e


aceitação do pregador e de sua mensagem por parte do telespectador.
Dentre esses conselhos, alistaremos os mais importantes:

Vestimenta: é de suma importância para o pregador vestir-se bem e está


apresentável. Por mais que pareça insignificante, este elemento dá
credibilidade ao pregador.
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Ilustração: esse elemento refere-se à mensagem e não ao pregador. É
importante que a mensagem seja exemplificada através de histórias,
ilustrações, testemunho pessoal e se possível, até mesmo de informações
audiovisuais, através de data-show, slides, etc. Bom vocabulário e
correção gramatical: o pregador que não domina bem sua língua materna,
mas que comete erros concernentes à gramática falada acaba
distanciando de si o público mais erudito, por isso, além de falar
corretamente, é importante ter um bom cabedal de palavras. Elegância e
bons modos: a gentileza, a educação e a cortesia também creditam o
pregador. Um pregador que limpa o suor com a mão e não com o lenço,
que dá socos na tribuna e bate na Bíblia, que usa palavras nossa
autorização por escrito, caso contrário, será passível de sansões judiciais.
Palavras de baixo calão, que não seja asseado, dentre outras questões
também prejudicam e muito a imagem do palestrante. Cultura Bíblica e
Secular: é importante que o pregador tenha conteúdo teológico e secular,
isso enriquece a pregação e gera credibilidade.

Retórica e Eloquência

Retórica Na Grécia Antiga.

Houve um grupo de filósofos chamado sofistas. Eles eram mestres na arte


da argumentação. Daí surgiu o termo sofisma, que se entende por:
convencer como verdade uma mentira. A retórica nasceu na Grécia
Portanto o pregador deve ter alta capacidade argumentativa para
convencer o telespectador.

Eloquência
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Eloquência é a entonação e ritmo que se dá à fala durante uma pregação.
Este recurso também chama a atenção do telespectador, prendendo-a.
Este elemento é muito utilizado pelos pregadores assembleianos e
políticos. É interessante, contudo, não confundir eloqüência com unção,
erro que tem sido cometido por muitos pregadores. Assim, retórica difere
de eloqüência no seguinte quesito: Enquanto que a eloqüência foca na
entonação e ritmo, a retórica foca na argumentação inteligente.

Elementos da Mensagem

• Emissor (Deus) Canal (voz) Receptor (ouvinte)

• Ruídos Impedimentos Ex: Sono, demônio, gritaria,

• Tema quem dá é o Espírito Santo / Título quem dá é o pregador guiado


pelo Espírito Santo.

QUESTIONÁRIO

1. Define Missiologia.

2. Onde surgiu a Missiologia como campo de estudos?

3. Quais as atividades missionárias?

4. Quais as principais atividades missionárias?

5. Três modos principais de fazer missão?

6. Como deve ser a vida do missionário com Deus?

7. Fale sobre a Janela 10-40 .


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8. Define Homilética.

9. Quais os outros ramos da teologia segundo a apostila?

10.Qual a diferença entre título e tema?

11.Quais os 3 tipos de sermão?

12.O que é um sermão Expositivo ?

13.Quais os cuidados que o pregador deve ter?

O CENTRO TEOLÓGICO ACREDITA NO SEU POTENCIAL

PR ELIEZER SILVA

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